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Atualizado em 31/10/2025 04:57:06 Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas ![]() Data: 1915 Página 367(mapa(.284.(.283.(.282.
• 1°. Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III* De uma carta de Felippe Guilhem, vê-se que a serra resplandescente, suposta serra do ouro ficava a oeste de Porto Seguro, ao lado ocidental de um grande rio, junto dele. Esse veio de água era o rio Grande (Jequitinhonha), o qual, no regimento dado a Thomé de Sousa, foi designado sob o nome de Peraçú. • 2°. Partida da expedição de Bras Cubas* No "Descobrimento e devassamento do território de Minas Gerais", procuramos mostrar que, por mandado do governador geral Mem de Sá, Braz Cubas foi ao rio São Francisco e o explorou no intento de descobrir as serras de ouro e de prata, resultando verificar-se a não existência destas na parte explorada, da barra do rio das Velhas para o norte, isto é, em uma boa extensão acima e abaixo do paralelo de Porto-Seguro. [Primeiro Congresso Nacional de História Nacional, 1915. Página 394] • 3°. Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567) Como quer que seja, Gabriel Soares de Sousa, que estava no Brasil desde 1567, partiu para a Europa, em agosto de 1584, afim de conseguir os meios de que necessitava para a faina ingente, que planejara, de descobrir os anunciados tesouros. Obtidas, após, grandes delongas, a patente régia de capitão-mór e Governador da Conquista e do Descobrimento do rio São Francisco, alvarás de honras e mercês, assim como a ajuda material e ordens de outros suprimentos, embarcou-se Soares para o Brasil, em 7 de abril de 1590, trazendo umas 364 pessoas, inclusive quatro frades carmelitas, na urca flamenga Grifo Dourado, que dois meses depois naufragava na enseada do Vasabarris. Perdeu-se toda a fazenda da nau, isto é, deu tudo em Vasabarris (afirma Diogo de Vasconcellos, que daí nasceu o expressivo prolóquio); [p. 49] • 4°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe • 5°. A Câmara da vila de São Paulo dirige uma representação ao capitão-mor Jerônimo Leitão É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. • 6°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1°. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordemente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve. • 7°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil A nova destes descobrimentos compeliu a metrópole a ordenar a d. Francisco de Sousa, que desde 9 de junho de 1591 era governador geral do Brasil, viesse pessoalmente examinar o que havia de certo em tais achados, cuja notícia fora levada a côrte. [Páginas 75 e 76] • 8°. A vila de Santos é assaltada e “nela encontrou ouro que os Índios trouxeram de um lugar chamado por eles Mutinga” Á participação de Withall atribui frei Vicente do Salvador as arremetidas dos piratas e corsários ingleses contra as vilas do litoral paulista. Estas, 1588, 1591 e 1591 por Thomas Cavendish. No assalto que o último dirigiu contra São Vicente, ao findar o ano de 1591, levou, além do produto do saque, de acordo com a narrativa de Anthony Knivet, testemunha presencial do feito, boa quantidade de ouro, já explorado pelos portugueses, e que os nativos extraíram da Mutinga (ribeirão de Amaitinga, segundo o dr.F. L. Leite Pereira; garganta de Itutinga, conforme o dr. O. Derby; ou Piratininga, consoante com o dr. J. H. Duarte Pereira). • 9°. Francisco de Proença acompanhou Diogo Martins Cão numa entrada para a descoberta de Sabaraboçu “Dessas expedições são mais conhecidas as dirigidas por Martins Cão, do apelido "O Magnata" ou "Mata-Neros", e a do malogrado escritor Gabriel Soares de Souza”. • 10°. Diogo Gonçalves Laço chega á São Paulo Informado, entretanto, d. Francisco de Sousa de que, nas proximidades de São Paulo haviam sido descobertas jazidas de ouro e de ferro, enviou, em 1598, a essas, minas, Diogo Gonçalves Laço, no posto de capitão, e ele próprio, em obediência a ordens régias, partiu, em 1599, para São Paulo, afim de visitar as minas de Ybiraçoyaba, descobertas por Afonso Sardinha e Clemente Alvarez, nas imediações de Sorocaba. • 11°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* Pelas narrativas de Knivet se confirma que d. Francisco de Sousa pouco se demorou em S. Vicente. quando veio ao sul, em 1599, a promover a exploração das minas. Em novembro desse ano, quando Salvador Correira chega a Santos, a chamado do governador geral, levando-lhe auxilio de gente e munições para as entradas ao sertão, já o ativo governador estava a muita léguas no interior, distante de S. Paulo, na serra de Araçoiaba, cuja fama, como vimos, a fazia conhecida como montanha de todos os metais. D. Francisco não se demorou em fazer seguir uma expedição á serra da Mantiqueira, que Anthony Knivet designa como "um sítio chamado Itapusik" e que evidentemente é como uma erronia de Itapucú, que ele, em outra parte da narrativa, assinala como Itapuca, querendo dizer monte de pedras compridas, trecho da Mantiqueira que é hoje o Pucú ou Pedra do Pecú, por onde, dois anos antes, passara a malograda expedição de Martim de Sá, em perseguição dos tamoyos. Anthony Knivet, que já estivera no lugar, teve ordem de seguir na expedição, a qual mui provavelmente se meteu a caminho de novembro e dezembro de 1599. Knivet não a descreve com as minúcias com que trata de tantas outras em que antes tomara parte; resume-lhe os fatos e muito pouca coisa; diz que se acharam em Itapucú minas não vulgares, e, por prova, trouxeram de lá uma porção de terra aurífera e algumas pepitas de ouro, encontradas em terreno de aluvião, com o que muito se alegrou o governador comunicando o fato para o reino e pedindo permissão para examinar si essas minas eram ou não lavráveis. Restituído a Salvador Correia, que tornara ao Rio sem aguardar os resultados da expedição de Itapucú, voltou o prisioneiro inglês aos seus misteres antigos, na lavoura da cana. Perece, porém, que pouco tempo se demorou no engenho de açúcar de seu amo, porque foi por este mandado para as bandas da serra dos Órgãos, que o narrador chama Orgelen, talvez acompanhando a Martim de Sá na sua expedição contra os tomiminós do baixo Parahyba. [Páginas 387 e 388] [1] • 12°. Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava" Em documentos dos séculos XVI e XVII, lê-se quase sempre Biraçoyaba ou Byraçoyaba, nome tupi que tanto póde proceder de Ibiraçoyaba, significado de cobertura de madeira, como de Piraçoyaba, exprimindo chapéu de couro, talvez pela semelhança do perfil da montanha com a cópia de um chapéu. Documento de 1601 dá notícia de que já em 1601 se intentava a exploração do ouro, prata e outros metais do vale do Sarapohy. É um requerimento de Francisco Rodrigues a d. Francisco de Souza, pedindo as terras desse rio. • 13°. Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido Em documentos dos séculos XVI e XVII, lê-se quase sempre Biraçoyaba ou Byraçoyaba, nome tupi que tanto póde proceder de Ibiraçoyaba, significado de cobertura de madeira, como de Piraçoyaba, exprimindo chapéu de couro, talvez pela semelhança do perfil da montanha com a cópia de um chapéu. Documento de 1601 dá notícia de que já em 1601 se intentava a exploração do ouro, prata e outros metais do vale do Sarapohy. É um requerimento de Francisco Rodrigues a d. Francisco de Souza, pedindo as terras desse rio. • 14°. D. Francisco voltou a Portugal, e, depois, a Valladolid, para onde havia se transferido a corte de Felipe III Manuel João Branco. Temos, porém ,sobre tal periodo o depoimento de Salvador Correia de Sá e Benevides, prestado em 3 de Maio de 11677,quando este, - que tambem aqui estivera menino, acompawhando o pae e o avó , era membro do Conselho Ultramarino ( doc . cit . , « Rev. do Inst. Hist . e Geogr. Bras. » LXIII , p . 1 ", 9 ) . Disse elle o seguinte :« Que no ano de 1606 , tornou D. Francisco de Sousa a renovar as noticias das minas de S. Paulo , e morreu neste serviço, havendo fabricado um engenho de ferro (de que ha muito é bom ). Morreu tambem um mineiro allemão que levava comsigo que ouviu dizer a muitos moradores de S. Paulo que o dito mineiro dissera a D. Francisco que do ouro se atrevia a fazer- lhe fundição tamanha como a cabeça de um cavallo; morrera um e outro.« Que el - rei de Castella com estas noticias mandara a seu avò Salvador Corrêa de Sáa, no anno de 614, succeder ao mesmo D. Francisco, com as mesmas jurisdicções, e mercês ( que eram grandes ) , e em sua companhia um frade trinitario, que tinha fama de grande mineiro, pelo haver sido no Potossy, em sua companhia.« Que sendo elle conselheiro de 12 para 13 annos, passara ao Brasil, aonde particularmente em S. Paulo ) estiveram perto de cinco annos, fazendo differentes fundições, e em todas ellas achando metaes não conhecidos, porque parecia ferro ou cobre, e nem um destes dois generos era . Vendo - se seu avô atalhado, avisara ao Marquez de Alenquer (que governava este reino ) por vezes, pedindo - lhe mineiros, beneficiadores, ensaia dores, e a ultima vez dando noticias de uma serra chamada Sabarabussií, donde uns moradores que a ella foram (e entre elles um ourives de prata trouxeram uma tomboladeira , di zendo que era de prata que daquella serra tiraram , que elle con selheiro viu , e tem de peso o mesmo que um prato pequeno, esi era do prato ou da serra elles o sabiam, porque elle o não vira tirar .« Que o que se affirma é que ha muito ferro e cobre no rio que vai a metter - se no da Prata, que fica nas costas do Pernaguá para Oeste, muito ouro de lavagem , que naquelle tempo se tirava em quantidade, por haver muitos indios, e elle trouxera um grão de quarenta e oito oitavas ao Marquez V. rei; vendo seu avô que lhe não deferiam com mineiros, se viera a represental - o, e dar noticias do que tinha obrado, com o que ficou em calma por aquella parte » .A expressão « perto de cinco annos » indica bem claramente que o periodo de governo de Salvador Correia de Sá ( o velho)se prolongou até 1618 .Neste anno ( e não a 11 de Junho de 1623, como pretende Porto Seguro, « Historia Geral do Brasil » , II, 1208) é que foi nomeado governador da Repartição do Sul Martim Correia de Sá, cuja administração se extendeu até 1632 .A corða fez expedir , a 18 de Agosto de 1618, um regimento( in Silva Lisboa, op . cit . , II, 355-365 ) , mandando largar aos seus descobridores as terras mineraes das capitanias de S. Paulo e S. Vicente, mediante apenas o pagamento do quinto . Começa esse_documento fazendo referencia ás missões especiaes de d . Francisco de Sousa e Salvador Correia, missões inuteis,« por se não poder por ellas averiguar a certeza das ditas minas,e não se ter tirado dellas proveito algum para a minha Fa zenda » . Usa Taques ( « Informação » , 13) de expressão per feita, quando diz que « tornou o mesmo Senhor a repetir esta graça » , porquanto o acto de 30 de Janeiro de 1619 (in Silva Lisboa, op . cit. , II, 306-338é a simples reedição do regi mento de 15 de Agosto de 1603, analogo, nos seus effeitos, ao de 18 de Agosto de 1618 . [1]Consulta por Salvador Correia de Sá realizada pelo Conselho Ultramarino Regimento surgiu depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”Estes regimentos só reforçam as expectativas e os investimentos feitos em torno das supostas minas. Segundo nos diz Taunay, baseado numa consulta de Salvador Correia de Sá e Benevides realizada pelo Conselho Ultramarino em 1677, o regimento de 1603 teria surgido em função das várias dúvidas existentes em relação às minas, em especial, depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”. • 15°. Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordemente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve. [p. 74] • 16°. Segundo os documentos históricos, o seu primeiro povoador foi Diogo de Unhate, morador em Santos, que obteve de Pedro Cubas, delegado de Salvador Correia de Sá, então capitão-mór de Santo Amaro, uma carta de sesmaria compreendendo o terreno entre Ararapira e Superaguy "na parte que se chama Parnaguá" É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordamente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve. [Página 74] • 17°. Sesmarias concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordemente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve. [p. 74] • 18°. Colar feito em ouro produziu o primeiro regimento das minas Um colar feito de ouro, extraído de terras de São Paulo e remetido a Philippe III, produziu em 1618 o primeiro regimento das minas, assinado em Valladolid a 15 de Agosto de 1618 e registrado em Lisboa a 30 de Janeiro do ano seguinte. [Página 440] • 19°. É do Padre Inácio de Siqueira SJ, em junho de 1635, a primeira descrição literária da Ilha de Santa Catarina* • 20°. Antão Lopes da Horta substitui Manoel João Branco na administração das Minas de São Paulo • 21°. Balthazar Fernandes está em São Vicente como representante de Parnaíba na reunião que trata a representação paulista na coroação de D. João IV • 22°. Documento • 23°. Ordem do Rei D. João IV para a descoberta das "tais" minas de ouro e prata • 24°. Documento • 25°. Bartholomeu Fernandes de Faria se torna administrador das Minas de São Paulo Este Pedro de Sousa Pereira (que, pelo cognome, parece ser da familia de João de Sousa Pereira o "Botafogo"), ora provedor da Fazenda, quando foi nomeado para substituir a Bartholomeu Fernandes de Faria no posto de administrador das minas de S. Paulo, em que este se empossara a 18 de Abril de 1648 e no qual fallecera. Daquelle conta dr. Ermelino Leão (op. cit., 37) que "foi inculpado, pelos moradores do Rio de Janeiro, pela morte do mineiro Jayme Commere e esteve preso por faltas commettidas no cargo de provedor das minas de Paranaguá". E logo adeante: "... o um typo curioso: teve contra si a revolta de duas populações, Rio de Janeiro e Paranaguá". Como se verá do que expomos, elle tambem opposição da edilidade paulistana. Isso, entretanto, não impediu que volvesse elle mais tarde ao cargo de provedor da Fazenda, por provisão de 16 de Julho de 1683. [p. 82] • 26°. Rei escreve a Pedro de Souza Por 1650, Theotonio Ébano manifestava a Antonio Galvão, governador da capitania do Rio de Janeiro, amostras de pedras das minas que ele "teve notícia haver junto a vila de Paranaguá". Levada esta nova ao rei, escreve este a carta de 28 de novembro de 1651, dirigida a Pedro de Souza, então administrador das minas de São Paulo, determinando-lhe investigações. Pereira, afim de dar cumprimento a tal ordem, seguindo a Paranaguá (...) • 27°. Pedro de Souza, Administrador das minas, recebeu ordem do Rei Dom João IV para fazer indagações a respeito das minas • 28°. Em uma carta régia fica explícito que estas minas eram as míticas jazidas de prata • 29°. Jorge Soares de Macedo chegou ao Rio de Janeiro* As novas referentes a descobrimentos de ouro em Paranaguá e ás esmeraldas de Sabarabuçú, e, mais do que tudo isso , as diversas bandeiras paulistas realizadas de 1672 a 1675, compeliram o soberano a transferir do norte para igual posto na Repartição do Sul ao fidalgo espanhol, que, com o seu imediato e cunhado Jorge Soares de Macedo, com o mineiro Coutinho e mais pessoal da administração, chegou ao Rio de Janeiro em Novembro de 1678. • 30°. Rodrigo Castelo Branco chega as minas de Paranaguá* • 31°. Tendo o paulista Diogo Pereira Lima dado a manifesto, por essa época, um ribeiro de ouro de lavagem em Paranaguá, d. Rodrigo proibiu a idade de qualquer pessoa ao dito córrego, enviando o descobrir a outras explorações • 32°. D. Rodrigo publica regimento de instruções para os provedores das minas de Iguape e Cananéa, São Paulo, Paranaguá e Curitiba • 33°. D. Rodrigo chega na vila de São Paulo • 34°. Rodrigo de Castelo Branco encarregou o padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constara haver em Itú Ainda administrador geral, a 13 de janeiro de 1681, encarregou ao padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constava haver em Itú/SP, prometendo ao revelador de tais riquezas, além de mercês honorificas, o alto prêmio de 2.000 cruzados, que o fidalgo daria do seu próprio bolso. Se esta expedição se realizou, foi igualmente inútil. [Página 91] • 35°. Partida de Fernão Dias em busca das minas • 36°. Pedro de Souza é nomeado provedor da Fazenda ( 59 ) Esto Pedro de Sousa Pereira (que, pelo cognome, parece ser da familia de João de Sousa Pereira o "Botafogo") , era provedor da Fazenda, quando foi nomeado para substituir a Bartholomeu Fernandes de Faria no posto de administrador das minas de S. Paulo, em que este se empossara a 18 de Abril de 1648 e no qual fallecera.Daquelle conta o dr . Ermelin )Leão ( op . cit ., 37 ) que « foi inculpado, pelos moradores do Rio de Janeiro,pola morte do mineiro Jayme Commere e esteve preso por faltas commettidas no cargo de provedor das minas de Paranaguá » . E logo adeante : ... 6um typo curioso : teve contra si a revolta de duas populações, Rio de Janeiro© Paranaguá » . Como se verá do que expomos, mereceu elle tambem opposição da edilidade paulistana . Isso, entretanto, não impediu que volvesse olle mais tarde aocargo de provedor da Fazenda, por provisão de 16 de Julho de 1683. • 37°. Segundo o rei Pedro II “os moradores da vila de Sorocaba queriam realizar uma expedição bandeirante em vila Rica e na cidade de Xerez, para comercializarem com os castelhanos daquelas partes, para se melhorarem da pobreza em que viviam de que lhes poderiam resultar conveniências, também e Fazenda Real” • 38°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628 >Não queremos dizer que as viagens dos condottieri dos sertões fosse, in globo, a pé enxuto, pois que algumas se iniciaram até pelo litoral, como a que subiu a Ribeira de Iguape para atacar o Guayrá, e quase todas tiveram por bussola as caudais do admirável sistema potamográfico peculiar do planalto paulista. Até os fins do século XVII, ou, melhor, até 1720, a atividade incomparável dos pioneiros mamelucos exercita-se essencialmente por vias xerográficas, que não hidrográficas. Só de então em diante é que o descobrimento dos placers auríferos de Goyás e Mato Grosso e a ocupação definitiva dessas paragens se efetuam pelas "estradas que andam", pelo Tietê, pelo Paraná, pelos afluentes deste, e, palmilhando pequenos varadouros, pelo Paraguay e seus tributários. De Sorocaba partia a linha de penetração que levava ao trecho superior dos afluentes orientais do Paraná e do Uruguay. Pelos De Sorocaba partia a linha de penetração que levava ao trecho superior dos afluentes orientais do Paraná e do Uruguay. Pelos rios que desembocam entre os saltos do Urubupungá e Guayrá, tranferiram-se da bacia do Paraná a do Paraguay, chegaram a Cuyabá e a Mato Grosso. (...) Itu e Sorocaba foram uma espécie de sentinelas avanças, donde os gonfaloneiros paulistas se arrojavam para o sul e para o oeste. • 39°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre • 40°. “Memórias históricas do Rio de Janeiro e das provincias annexas à jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil”. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830) Como Pizarro, em suas "Memórias Históricas do Rio de Janeiro", assevera que já antes de 1578 se exploravam as jazidas auríferas de Paranaguá, e Veira dos Santos assegura, em suas "Memórias históricas de Paranaguá", que já em 1578 ou 1580 era enviado ao rei de Portugal o produto daquelas lavras, isso nos induz a crer que semelhante descobrimento tenha sido feito pela jornada de Heliodoro Eobanos, o qual penetrasse ali seguindo em parte o "caminho de São Thomé" (Peabirú ou Piabiyú dos carijós), já percorrido antes pelo padre Lourenço Nunes (Abaré-bebê, o "padre voador") e pelo mártir Pedro Correia, vitimado por aqueles selvícolas em 1554. • 41°. "Desaparecimento" de Eliza Silva Samudio*
“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953) 1940. Atualizado em 31/10/2025 11:31:08 Relacionamentos • Cidades (12): Apiaí/SP, Boituva/SP, Caeté/MG, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Mogi das Cruzes/SP, Ouro Preto/MG, Paranaguá/PR, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (49) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Ascenso Luiz Grou (1575-1653), Bacharel de Cananéa, Baltazar Carrasco dos Reis (1617-1697), Balthazar Fernandes (1577-1670), Basílio de Magalhães (66 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Bento Maciel Parente, Brás Cubas (1507-1592), Cacique de Carapicuíba, Clemente Álvares (1569-1641), Custódia Lourença, Diogo de Unhate (1535-1617), Diogo Martins Cam, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Assis Carvalho Franco (54 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes Pinto, Gabriel de Lara (f.1694), Gonçalo Monteiro, Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Henrique da Costa (1573-1616), Jean de Laet (1571-1649), Jerônimo Leitão, João de Anhaya, João de Anhaya Lemos (f.1723), João de Piña (n.1585), João Fernandes Saavedra (f.1667), João Pereira Botafogo (1540-1627), João Pires, o gago (1500-1567), John Whithal (João Leitão), Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Luis Sarmiento de Mendoça, Luiz Martins, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Marcos Fernandes, velho (1530-1582), Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero (Pedro) de Góes, Pero Correia (f.1554), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Jorge Velho (1643-1705), Simão Álvares Martins (Jorge) (1573-1636), Simão Jorge Velho (1526-1585), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (28): Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bahia?, Cahaetee, Caminho do Peabiru, Caminho São Paulo-Santos, Cananéas, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Cruzes, Guaimbé, Guerra de Extermínio, Jaguaporecuba, Lagoa Dourada, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Minas de Itaimbé, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Peru, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itapocú, Rio Jaguari, Rio Paranapanema, Tamoios, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda ![]() • 1. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza novembro de 1599 Dom Francisco de Sousa por suas vez, chegou á vila em maio de 1599, seguido de considerável comitiva. Jornadeou logo para as minas do Araçoyaba, onde Affonso Sardinha, o moço, lhe fez doação dum dos fornos catalães para o preparo do ferro, passando depois a visitar as minas de Bacaetava, São Roque e Jaraguá. Pouco meses depois retornava ao Araçoyaba e dali enviava uma expedição ao Itapucú, da qual fez parte Antonio Knivet.
Atualizado em 31/10/2025 04:57:09 “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) ![]() Data: 1924 Créditos: Alfredo Ellis Junior Página 150
• 1°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós Muito espaçados eram, porém, os assomos da gente piratiningana na luta agressiva ao selvagem, pelo menos não era eles vultuosos, a ponto de deixarem sulco na História, pois só onze anos mais tarde se assinala outra expedição ao sertão, que foi chefiada por Jerônimo Leitão, capitão-mór da Capitania de São Vicente, em 1585,da qual fizeram parte Diogo de Onhatte, escrivão da Câmara de São Paulo, Diogo Teixeira de Carvalho, Affonso Sardinha, Antonio de Proença, o moço fidalgo da Câmara do Infante Dom Luiz, Sebastião Leme, Manuel Ribeiro, Paulo Rodrigues, Manuel Fernandes Ramos, Domingos Dias, o velho, padre Sebastião de Paiva, Salvador Pires, o moço, e Affonso Dias. ("Archivo Municipal de São Paulo", "Livro do Tombo"). • 2°. O capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos Cinco anos mais tarde o capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos. Foi esta expedição registrada, em um mapa castelhano da segunda metade do século XVIII, mapa este constante da brilhantíssima coletânea, organizada pelo erudito mestre Dr. Taunay, diretor do Museu Paulista. • 3°. Onde Amiudando-se as entradas dos paulistas, que intensificavam a sua ofensiva, encontramos logo no ano seguinte de 1595 o capitão Manuel Soeiro, capitaneando outra léva de bandeirantes contra os carijós. Nela tomou parte Sebastião de Freitas, o antigo soldado de Gabriel Soares, que em 1596 de novo se achava em São Paulo. Foi neste de 1596, que saiu de São Paulo a mais importante das bandeiras, até então registradas. Parece-nos ter ela tomado rumo norte, pelo vale do rio Parahyba, indo capitaneada pelo Capitão Mór João Pereira de Sousa Botafogo, a fazer "guerra da Parnahyba, conforme rezam os documentos. Saiu ela de São Paulo no mês de outubro de 1596, na mesma ocasião em que do Rio partia a gente de Martim de Sá, que ia contra os Tamoyos, orientado conforme o roteiro, que Knivet nos legou. Por esse itinerário de Knivet, a arrancada de Martim de Sá deveria ter arribato em Paraty, subido a serra do Mar, atravessados os campos de Cunha, e em seguida transposto os rios Parahytinga e Parahyba, justamente na ocasião em que julgo estar trilhando essas regiões a bandeira de Botafogo, que por São Miguel deveria ter chegado ao vale do Parahyba. É possível terem sido Botafogo á gente de armas de Martim, indo com eles perlustrar os sertões do rios Verde e Sapucahy, na faina da destruição dos restos da tribo tamoya. É preciso ficar em memória que é apenas um hipótese a aventada. É possível e quiçá provável mesmo que seja a de João Pereira de Sousa Botafogo, um empreendimento diverso do de Martim de Sá, cujo itinerário Knivet descreve. Basílio de Magalhães, no seu já citado "Expansão geográfica", diz que a expedição de Martim de Sá, composta de 700 portugueses e 2000 nativos, teria partido não em 1596, como supúnhamos, mas em 14 de outubro de 1597, isto é, um ano após. Sendo assim, vê-se que nada teria de comum uma expedição com outra, a não ser a região do Parahyba percorrida por ambas. O que parece não restar dúvidas é quanto a participação dos paulistas na expedição de Martim de Sá. Esta teria sido uma reedição da de Salema, vinte e três anos antes. [O Bandeirismo Paulista e o recuo do meridiano, 1924. Alfredo Ellis Junior. Página 39. Páginas 55 e 56] • 4°. Retorno* Os paulistas que acompanharam João Pereira de Sousa Botafogo, elevam-se a mais de uma centena, além do corpo de nativos. Dentre eles, porém, só consegui assinalar os seguintes: Capitão João Pereira de Sousa Botafogo (cabo da tropa), capitão Francisco Pereira, João do Prado, o velho, e seu genro Miguel de Almeida de Miranda, Sebastião de Freitas, Gaspar Collaço Villela, Estevam Martins, Simão Borges de Cerqueira, João Bernal, Francisco Farel, Vasco da Motta, Antonio Castilho, Antonio Pinto, João de Santa Anna, Miguel Gonçalves. Diogo Ramires, Ascenço Ribeiro, Francisco da Gama, Braz Gonçalves, o velho, Tristão de Oliveira, Antonio Zouro, Antonio de Andrade... de Barros, Pero Velho, Mathias Gomes, Antonio Pereira e Capitão Domingos Rodrigues (velho). Deveriam ter ocorrido importantes fatos durante a "guerra da Parnahyba", pois, em julho de 1597, o chefe da entrada, Botafogo foi preso, sendo obrigado a passar o comando a Francisco Pereira, que trouxe a bandeira a São Paulo, onde chegou nos últimos meses do ano, tendo-se demorado no sertão pelo espaço de ano e maio. • 5°. Retorno Longos anos permaneceu internada no sertão a expedição de Domingos Rodrigues, pois tendo partido de São Paulo como parte integrante da expedição de João Pereira de Sousa Botafogo, como dissemos acima, em outubro de 1596, somente chegou a São Paulo em 23 de dezembro de 1600, isto é, mais de quatro anos depois. É o que nos demonstra o inventário de Francisco da Gama, um dos expedicionários, que faleceu em fevereiro de 1600, ainda no sertão, onde o capitão Domingos Rodrigues procedeu ao arrolamento dos bens, que o falecido trazia consigo ("Inventários e testamentos", v. I.o., 339). Só foi iniciado judicialmente em São Paulo esse inventário a 23 de dezembro do mesmo 1600, pela volta da expedição. ("Inventários e testamentos", I.o., 335). • 6°. O procurador do Conselho, João de Sant´Ana, um dos signatários da carta Além deste preciosíssimo documento, existe um outro também municipal, publicado em "Actas", vol. II,130, mais eloquente ainda em elucidar a verdadeira região, caminhada pela expedição sob exame. Este documento confirma o supra citado completando-o. Trata-se de uma carta escrita ao Governador Geral Diogo Botelho, pelos oficiais da Câmara Paulistana, sobre a terça parte dos nativos apresados pela expedição de Nicolau Barreto, que segundo corria, seria tomada para o governo. Tem essa carta a data de 18 de julho de 1603, "... a cometer entada tam perigosa e de tão pouco proveito que para se aviarem qualquer pobre fez mais gasto do que se espera trazer de proveito e ainda já tão rota a fama e esta provisão posto que nos a não temos vto. que areseamos se mãde ao sertão recado do conteúdo na provisão e eles sabendo corre mto. risco vir nhu de la se não vense caminho do piquiri que é província do rio da Prata de que resultaria muito mal a esta capitania...". Prova este documento, que Nicolau Barreto estava para atravessar, na volta a São Paulo, um chamado caminho do Pequiry, que é certamente o afluente do rio Paraná, situado na então província do Rio da Prata, que por força de Tordesilhas, abrangia o Guayrá, hoje Estado do Paraná. Queremos crer que o chamado caminho do Pequiry seja o passo do rio Paraná, na foz do rio Pequiry, onde justamente o grande caudal se estreita sobremaneira, para se precipitar do alto da serra de Maracajú, nas Sete Quedas. Por ai, talvez, Barreto tenha passado para o Paraguay penetrando, assim, no vice reinado do Perú, que então abrangia, também, a enorme área boliviana, em cordilheira andina. [Páginas 23, 24 e 25] • 7°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza Quanto ao roteiro seguido pela expedição, engaram-se profundamente o dr. Derby e os que produziram a opinião deste notável sábio, afirmando que Nicolau Barreto, com sua expedição, rumou o norte, penetrou nas gerais e atravessando o rio das Velhas, pelo vale, do São Francisco, chegou ao Paracatú, nas proximidades do território goyano, pelo extremo, segundo o saudoso historiador americano, atingido pela leva em questão. Tivesse sido esta a região percorrida, pela expedição, não se justificaria ser ela a detentora, até aquela data do "record" de penetração do nosso hinterland conforme faz certo a estafadíssima carta de 13 de janeiro de 1606; Marinho e Domingos Rodrigues foram muito além. Documentos existem, porém, que prova, ex abundantia, ter Barreto tomado rumo sudoeste e nunca trilhado as regiões, que a miragem do nome de Paracatú levou o dr. Derby a se desviar do bom caminho, no pesquisa histórica. • 8°. Expedição* • 9°. Diversos homens poderosos, cujos nomes por essa razão não são talvez mencionados, revéis e desobedientes aos mandos das justiças, se aprontavam para ir aos carijós • 10°. Ebirapoeira, na qual se fabricavam coisas para resgate: Testamento de “Belchior casado com Hilária Luís Grou, tio de Domingos Fernandes” • 11°. Falecimento de Belchior Dias, Raposo Tavares assume o comando O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado. Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...) • 12°. Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves Depois dessa empreitada, temos a assinalar a que chefiou Martim Rodrigues Tenório, que, em agôsto de 1608, desceu o Tietê com os seguintes companheiros, dentre os muitos, que compunham a expedição: Antônio Nunes, Baltasar Gonçalves, Braz Gonçalves, Diogo Martins, João de Santana, João Pais, Manuel de Oliveira e Lourenço Gomes de Ruxaque. ("Inventários e Testamentos", vol. II, pág. 357; vol. III, pág. 255; e vol. IX, pág. 23). O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado. Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...) • 13°. Raposo* • 14°. Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro Em seguida ás bandeiras de Martim Rodrigues e de Belchior Dias Carneiro, durante todo o ano de 1609, não conseguimos encontrar referência alguma a qualquer expedição ao sertão. No ano seguinte, porém, de 1610, em outubro, encontramos Clemente Alvares e Cristovam de Aguiar, e muito provavelmente Braz Gonçalves (o mesmo que acompanhou a bandeira aniquilada de Martim Rodrigues aos "bilreiros"), a ponto de penetrar no sertão dos "carijós", pelo porto de Pirapitinguy (Tietê), conforme se vê de um protesto, aparentemente enérgico, dos oficiais da Câmara Paulistana. • 15°. Carta de Bartholomeu de Toralea • 16°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo* De fato, não era só com o uso da violência que os índios, em especial os carijós, foram descidos e levados a São Paulo. Os métodos persuasórios eram amplamente utilizados: faziam-se promessas de variados tipos, promovia-se a reunião de parentes e formavam-se redes de alianças. Sobre estes métodos, ver: MONTEIRO, John. “Os Guarani e a História do Brasil Meridional” In: CUNHA, M. História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1982. p. 475-498. Neste sentido, é famosa a carta do vilariquenho Bartolomeu de Torales, em 1612, comentando como Sebastião Preto, de São Paulo, havia utilizado com os caciques de “puras dádivas” para atraí-los, com suas aldeias, para a vila vicentina. “Carta de Bartolomeu de Torales a Diego Marin Negron”. Anais do Museu Paulista, Tomo I, 2a Parte, p.158. • 17°. “desde 1611 os portugueses de São Paulo entravam “de roldon” sacando e levando os índios. Dizia que, com isso, já tinham ido embora mais de três mil índios, e que, não fossem as ações de Torales e de Añasco, que mantinha alguns caciques presos, a região já teria se despovoado” • 18°. Bandeirantes • 19°. Bandeira comandada por Mateus Grou no Assungí De São Paulo, as nascentes do Assuguy medem, em linha reta, cerca de 400 quilômetros, o que quer dizer, que a expedição teve a vencer pelo menos 600 quilômetros, através de obstáculos naturais de todo o gênero, devendo levar para chegar ao seu alvo pelo menos três meses, de onde se conclui que, em janeiro de 1629, devia a expedição estar trilhando as proximidades de Ibiaguira, ou num raio de 50 quilômetros, justamente, onde o falecimento de Luiz Eanes, nessa ocasião, denúncia a presença da expedição de Matheus (inicio do inventário de Luiz Eanes, 10 de janeiro de 1629). Há ainda a coincidência extrema de que expedicionários, como Antonio Grou, figuram simultaneamente na lista dos companheiros de Manuel Preto, da "Relacion de los agrabios", e na expedição de Matheus Grou. Existe outro argumento ainda mais notável e interessante. É que Balthazar Gonçalves Malio, fazendo parte da expedição de Matheus Grou, sendo assinalado diversas vezes no inventário sertanejo de Luiz Eanes, saiu de São Paulo com a expedição de Manuel Preto, a 18 de outubro de 1628, conforme prova o testamento de sua mulher Jeronima Fernandes, feito em 5 de janeiro de 1630, onde diz: "... e porque o dito meu marido de presente está ao sertão na companhia de Manuel Preto..." Sendo que Balthazar só aparece no inventário em setembro de 1631. Não ha, pois, que duvidar terem havido estreitas ligações de organização entre as duas expedições mencionadas; e a ser assim como se evidencia, a lista dos integrantes, conhecidos de Guayrá, pode ser aumentada de vinte e três nomes identificados: [Páginas 55, 56 e 57] • 20°. Estão no Alto do Tibagy • 21°. Documento • 22°. Inventário de Jerônima Fernandes* • 23°. Partida Ficando, exuberantemente, provado ter esta expedição de 1635 tomado o caminho marítimo, para o sertão rio-grandense, onde eram os Patos, passemos a acompanha-la no seu roteiro. Vinte dias, mais ou menos, deveriam os barcos ter levado, na rota de Santos ao Rio Grande do Sul, pois que eram meio de transporte infinitamente mais rápidos do que as longas caminhadas, pelos sertões agrestes, da via terrestre. Deveria a expedição, em questão, ter desembarcado, ou na Laguna, em Santa Catarina, justamente onde passava o meridiano de Tordesilhas, e que dessa época, em diante, foi muito frequentada pelos expedicionários paulistas, como faz certo o inventário do paulista Custódio Gomes, 1638. Teriam já, nessa longínqua época a "advocacia administrativa" e a "negociata", implantado o seu terrível domínio nas nossas plagas? • 24°. Pero da Motta Leite deu licença a uma bandeira tendo por cabeças Ascenço de Quadros, Pero de Oliveira e João Missel Gigante • 25°. Ordem • 26°. D. João IV foi reconhecido soberano em São Paulo No volume VII, Suplemento do "Registro Geral", página 251, vem impresso esse auto de aclamação, com a respectiva certidão, com a data de três de abril, provando que o fato, em absoluto, não teve lugar em maio, nem em outra data qualquer. Assim dizem os documentos: "... o vereador mais velho Paulo do Amaral arvorou o dito pendão por três vezes dizendo em cada uma Real Real Real por El Rei dom João IV de Portugal respondendo a cada uma destas vezes todos os circunstantes com mil vivas e júbilos em o dito altar que estava preparado em o qual assistia o reverendo padre vigário revestido com o sobre peliz e estola em um livro dos Santos Evangelhos ou missal jurou nele o dito capitão mór João Luiz Mafra de conhecer e manter por estes reinos de Portugal o senhor dom João o IV rei de Portugal prometendo-lhe a menagem desta capitania e que a não entregaria senão a sua real majestade ou a seu certo recado e acabado tornou o dito vereador a tremular o dito pendão três vezes dizendo Real Real por El Rei dom João IV de Portugal a quem seguiam os vivas e júbilos dos mais circunstantes e saindo da dita procissão a casa do conselho donde havia de ficar o dito pendão por remate de tudo antes de se recolher o dito vereador fez as ditas cerimônias arvorando três vezes o dito pendão ao que seguiu a acostumada e aprazível voz de todos com mil vivas e júbilos por aqui se deu fim a esta tão festejada como alegre cerimônia de que mandaram fazer este auto de juramento e obediência e eterna na vassalagem e sujeição ao dito senhor rei dom João IV de Portugal em que assinara e eu Manoel Coelho escrevi. João Luiz Mafra, Antonio Raposo Tavares, Francisco Pinheiro Raposo, João Fernandes de Saavedra, Paulo do Amaral, João Martins de Heredia, ... Miguel Garcia Carrasco ..., frei João da Graça, dom abade de São Bento frei Manuel de Santa Maria ... Custódio, frei Francisco dos Santos guardião ambos de São, Fernão Dias Paes, Antonio Pompeu de Almeida, Francisco Rodrigues da Guerra, O licenciado Francisco de Chaves, o vigário Manuel Nunes, Francisco Velho de Moraes, João Ferreira Coutinho, Lourenço Castanho Taques, Victor Antonio e Castro Novo, padre Manuel Madureira Bernardo de Quadros, dom Francisco de Lemos, Manuel Lourenço de Andrade, Luiz Rodrigues Cavalheiro, Balthazar de Godoy, Claudio Furquim, Manuel Mourato Coelho, Domingos da Rocha, frei Vicente de Brito, frei Antonio de Santo Estevam, frei Domingos da Luz, frei Domingos da Encarnação, Antonio Pedroso de Alvarenga, Antonio Ribeiro de Moraes, Ascenso Ribeiro, João Raposo Bocarro, Francisco da Fonseca Prado Falcão, Gregório Fernandes, Francisco Martins. [Páginas 121, 122 e 123] Veio, pois, como se vê, a descoberta destes dois documentos de publicação oficial desfazer uma dúvida e um erro que se acentuavam na nossa história: pois a já mencionada obra de Ermelino de Leão, recentissimamente saída a lume, muito convictamente afirma: não haver documentos que provem as aclamações tido lugar nos primórdios de abril. É que o escritor paranaense não teve a necessária argucia de proceder á devassa da documentação impressa, deixando de compulsar os volumes do "Registro Municipal". A causa, porém, desse erro que ameaçava se enraizar nas páginas história, está no pouco cuidado dos que a tem estudado se limitando a copiar o já impresso, abstendo-se das pesquisas originais, pois que chegam muitos historiadores a ignorar o nome do próprio governador da capitania nesse ano de 1641!!! Parece incrível que se tenha afirmado ter sido o capitão-mór nessa época um tal de Luiz Leme (talvez atribuindo a Luiz Dias Paes Leme, o sertanista, já nosso conhecido), quando é certo não figurar nos documentos esse nome como exercendo o mencionado cargo da governança! Ermelino de Leão, corrigindo esta asserção, diz que o capitão mór na ocasião foi Francisco Pinheiro Raposo e, naturalmente, o mesmo signatário do auto de aclamação de dom João IV, como vimos acima. A emenda nos parece tão errada quanto o soneto, pois o capitão mór era João Luiz Mafra, como se vê dos documentos impressos, estando de acordo com a verdade do saudosíssimo João Mendes, que isso afirmava. Reintegrada, pois, a verdade histórica e banida qualquer dúvida existente sobre a verdadeira data das aclamações, com elementos irrefutáveis, como os que estampamos acima, estão elas definitivamente perpetuadas na nossa história, marcando os episódios, que tanto enobreceram o caráter paulista. [Páginas 125 e 126] • 27°. Paulistas estariam no "sertão"* • 28°. Na sessão da Camara de São Paulo, de 28 de setembro de 1641, declarava o procurador do conselho Miguel Carrasco, aos seus pares, que "a sua notícia era vindo que se aviaram desta vila mais de setenta moradores dele para irem ao sertão contra as leis provisões e proibições de Sua Majestade" • 29°. Bandeira que em setembro do ano passado estava no sertão deveria ter voltado a São Paulo, data em que foi iniciado o inventário de Sebastião Gonçalves* • 30°. Expedição de Jerônimo da Veiga • 31°. Expedição de Sebastião Machado Fernandes Camacho • 32°. Chegada a São Paulo da bandeira de João Mendes Geraldo • 33°. Partiu de São Paulo, para o sertão, uma formidável bandeira* • 34°. Carta do governador geral Antonio Telles da Silva, capitão mór da Bahia, aos officiaes da Camara paulista* • 35°. Parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”. • 36°. Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para Iguape Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”. • 37°. Expedição deveria estar de retorno ao povoado paulistano* • 38°. Porto notável esforço dedicado, não apenas, mas principalmente por Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) em desprezar Sorocaba. Dentre as 262 páginas do “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, somente na 249, ao tratar o Bandeirismo em declínio escreve: Quando o nascer de século dos setecentos presenciava as múltiplas descobertas auríferas, por entre as fragas das serranias centro-minerais, coroando os esforços tenazes da gente paulista, lavrou o cruento destino o decreto irremovível do declínio do bandeirismo. E, então, foi Ararytaguaba (Porto Feliz) a dolorosa sangria, dilatadamente aberta nas veias paulistas, de onde jorrara, para as bandas de além, o sangue aos borbotões das forças sertanistas, despovoando o berço piratiningano, para povoar os extensos territórios goyano e cuyabano, com a imensa aluvião de exploradores do ouro. Eis os últimos degraus que descemos, no ingrato setecentismo, onde nos demoramos, por longissimas décadas, até que a cruzada nobilitante do trabalho inicia a sem dúvida pela gente campineira sorocabana, ituana e paulistana em que germinaria finalmente, a semente hereditária do bandeirismo, veio a nos trazer a segunda e definitiva fase da grandeza da nossa pátria paulista que tem como pedestal o maior monumento agrícola, jamais existido na superfície do planeta (...) • 39°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628 • 40°. Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid Como dissemos, os cursos do grande rio e de seus numerosíssimos afluentes não foram por Castella aproveitados, para a penetração de suas vastíssimas colonias, ficando a bacia amazônica ao abandono. Por isso não foi difícil aos missionários religiosos, portugueses, no século XVIII, aí penetrar, fundando núcleos, que foram marcos possessórios, que valeram perante o tratado de 1750, que mais ou menos contornou o Brasil de hoje. • 41°. Bandeira* • 42°. Apenas três vereadores* • 43°. O ITINERÁRIO DAS APARIÇÕES. AYVU RAPYTA E A PALAVRA DE LEÓN CADOGAN.
Atualizado em 31/10/2025 04:57:11 Chegada
Atualizado em 31/10/2025 04:57:12 Introdução à História das bandeiras - XXII. Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jornal A Manhã ![]() Data: 1948 Página 8
• 1°. Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a procurar a célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente • 2°. Segundo as noções geográficas de então, a região de São Vicente localizava-se nas vizinhanças das ricas terras do Peru e das minas de Potosi, e os sertões ainda inexplorados, uma terra incógnita situada entre o rio Paraná e a costa, já visitados por ingleses em 1526 Aliás, até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Desviando muito para o leste o curso do Prata-Paraguai, para abranger na soberania portuguesa todo ou quase todo o vale platino, resultava que o Tocantins-Araguaia ocupava nas cartas da primeira metade do século XVII o lugar que na realidade pertencia ao Tapajoz e ao Madeira-Guaporé. • 3°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias • 4°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe • 5°. Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui Aliás, até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Desviando muito para o leste o curso do Prata-Paraguai, para abranger na soberania portuguesa todo ou quase todo o vale platino, resultava que o Tocantins-Araguaia ocupava nas cartas da primeira metade do século XVII o lugar que na realidade pertencia ao Tapajoz e ao Madeira-Guaporé. • 6°. Estrada Real, Koboyama • 7°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?
Atualizado em 31/10/2025 04:57:13 “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda ![]() Data: 1959 Créditos: Sérgio Buarque de Holanda Páginas 70 e 71
• 1°. Mapa de Andrèa Bianco • 2°. Colombo Ainda em 1436, o mapa de Andrèa Bianco, provavelmente conhecido de Colombo, mostra, ao lado do Paraíso, numa península projetada do oriente da Ásia, homens sem cabeça e com olhos e a boca no peito. A Índia verdadeira, Índia Maior, como lhe chamavam antigos geógrafos e que o Almirante presumia ter alcançado, tanto que escrevera, ainda em 1503, aos Reis Católicos que certa região por ele descoberta ficava a dez jornadas do Ganges, era, dada a notoriedade de seus tesouros e mistérios, um dos lugares favorecidos pela demanda do sítio do Éden. [Páginas 22 e 23] • 3°. Martin Waldseemüller chega a converter em “pagus S. Paulli ”, originando a hipótese de que se acharia ali o mais antigo povoado europeu no Brasil onde ficara a impressão das pisadas, para consigo levarem as raspasem relicários. Foi, em parte, a êsse hábito que, segundo o autor daCrônica da Companhia, se deveu o desgaste das ditas rochas, até aopaulatino desaparecimento das pegadas que já nos meados do séculoXVII eram invisíveis, pôsto que a lembrança delas ainda a guardassemos antigos. Além disso era sua existência atestada em certas cartas dedoação, onde se lia por exemplo: "Concedo uma data de terra sita naspegadas de São Tomé, tanto para tal parte, tanto para outra[ .... ]"10•A relação dos milagres do apóstolo, aqui como na índia, nãofica, porém, nisso, e sua notícia não nos chegou unicamente atravésdos padres missionários. Ao próprio Anthony Knivet, tido por herege,que em certo lugar chamado Itaoca ouvira dos naturais ter sido alio lugar onde pregara São Tomé, mostraram perto do mesmo sítio umimenso rochedo, que em vez de se sustentar diretamente sôbre o solo,estava apoiado em quatro pedras, pouco maiores, cada uma, do queum dedo. Disseram-lhe os índios que aquilo fôra milagre e que arocha era, de fato, uma peça de madeira petrificada. Disseram mais,que o apóstolo falava aos peixes e dêstes era ouvido. Para a parte domar encontravam-se ainda lajedos, onde o inglês pudera distinguirpessoalmente grande número de marcas de pés humanos, todos de igualtamanho li. Parece de qualquer modo evidente que muitos pormenores dessaespécie de hagiografia do São Tomé brasileiro se deveram sobretudoà colaboração dos missionários católicos, de modo que se incrustaram,afinal, tradições cristãs em crenças originárias dos primitivos moradores da terra. Que a presença das pegadas nas pedras se tivesseassociado, entre êstes, e já antes do advento do homem branco, àpassagem de algum herói civilizador, é admissível quando se tenha emconta a circunstância de semelhante associação se achar disseminadaentre inúmeras populações primitivas, em todos os lugares do mundo.E é de compreender-se, por outro lado, que entre missionários e catequistas essa tendência pudesse amparar o esfôrço de conversão dogentio à religião cristã. Não admira, pois, se a legenda "alapego de sam paulo", que numadas mais antigas representações cartográficas do continente sul-americano, a de Caverio, aparentemente de 1502, se acha colocada emlugar aproximadamente correspondente à bôca do Rio Macaé, no atualEstado do Rio de Janeiro e que, em 1507, Waldseemüller chega aconverter em "pagus S. Paulli", originando a hipótese de que se achariaali o mais antigo povoado europeu no Brasil, levasse pelo menos umestudioso e historiador à idéia de que a outro apóstolo cristão, alémde São Tomé, se associassem as impressões de pés humanos encontradas em pedras através de várias partes do Brasil e ligadas pelosíndios à lembrança ancestral de algum personagem adventício que, ao lado de revelações sobrenaturais, lhes tivesse comunicado misteres maiscomezinhos, tais como o plantio, por exemplo, e a utilização da mandioca 12. Essas especulações foram reduzidas a seus verdadeiros limites,desde que Duarte Leite, aparentemente com bons motivos, explicoucomo a discutida palavra "alapego" não passaria de simples corrupçãode "arquipélago", alusivo à pequena Ilha de Sant´Ana, em frente à fozdo Macaé e a algumas ilhotas circunvizinhas. Em realidade a identificação de rastros semelhantes no ExtremoOriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu"preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde odizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua,não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI. A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo : "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put(é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui ahistória de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?"14. Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto noOriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes.Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval equinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo,que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas aosanto, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aosíndios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora umpenedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima,como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por seremiguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110] • 4°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel Pode dar-se idéia de celeridade com que se difundiu a lenda do \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\apostolado\apostolado.txtie São Tomé nas índias, e não apenas nas índias Orientais, lembrando como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro, já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã , referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, à Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. “Eles têm recordação de São Tomé”, diz o texto. E adianta: “Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que têm cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior”. “No país chamam freqüentemente a seus filhos Tomé.” A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.” E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” O crédito universal do motivo da impressão dos pés humanos, a que provavelmente não seriam alheios os nossos índios, a julgar pelos testemunhos de numerosos cronistas, dava ainda mais corpo à idéia. Aos europeus recém-vindos tratavam logo os naturais de mostrar essas impressões, encontradas em várias partes da costa. Simão de Vasconcelos, por exemplo, refere-nos como as viu em cinco lugares diferentes: para o norte de São Vicente; em Itapoã, fora da barra da Baía de Todos os Santos; na praia do Toqué Toqué, dentro da mesma barra; em Itajuru, perto de Cabo Frio, e na altura da cidade de Paraíba, a sete graus da parte do sul, para o sertão. Neste último lugar, com um penedo solitário, achavam-se duas pegadas de um homem maior e outras duas menores, de onde tirou o jesuíta que não andaria só o apóstolo e reporta-se, aqui, a São João Crisóstomo tanto quanto ao Doutor Angélico, segundo os quais se fazia ele acompanhar, em geral, de outro discípulo de Cristo: “as segundas pegadas menores”, escreve, “devem ser deste” 5. Por sua vez, Frei Jaboatão, dos Frades Menores, diz que no lugar do Grojaú de Baixo, sete léguas distante do Recife de Pernambuco, vira gravada a estampa de um pé, e era o esquerdo, “tão admiravelmente impresso, que à maneira de sinete em líquida cera, entrando com violência pela pedra, faz avultar as fímbrias da pegada, arregoar a pedra e dividir os dedos, ficando todo o circuito do pé a modo que se levanta mais alto que a dita pedra sobre que está impressa a pegada” 6 . Admite que sem embargo de atribuir-lhe a fama do vulgo a São Tomé, seria antes de um menino que andasse em sua companhia, porventura seu anjo da guarda. E a causa da suspeita estava na pequenez da impressão, que mostrava ser de um menino de cinco anos, com pouca diferença. • 5°. Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.”. E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” [Páginas 135 e 136] À fé comum dos índios Tupi poderia o cronista da Companhia juntar a de muitos descobridores e conquistadores brancos do Novo Mundo. O próprio Colombo não começara por ver no Pária, precisamente ao norte da Amazônia, em lugar que Schõner, no seu Globo de 1515, chega a identificar com o Brasil - Paria sive Brasília - a verdadeira porta do Éden? E não lhe parece tão bom como o do Fison o ouro que na mesma terra se criava? Mais tarde, sob a forma de Eldorado, se deslocaria esse paraíso colombino para a Guiana e para o rio de Orellana. Nem faltariam argumentos ainda mais respeitáveis, apoiados estes em escritos de teólogos antigos e modernos, a favor da crença dos que situassem o sagrado horto no coração do Brasil, e de preferência na Amazônia. Observa Vasconcelos que muitos daqueles teólogos, entre eles o próprio São Tomás de Aquino, teriam colocado o Paraíso debaixo da linha equinocial, cuidando que era a parte do mundo mais temperada (...) [Página 173] Confirmadas, bem ou mal, as notícias obtidas pela expedição lusitana de 1514 e documentadas na Nova Gazeta acerca das terras do ouro e prata, não tardariam muito em manifestar-se os ciúmes e divergências nacionais em torno de sua posse. Entre as Coroas de Portugal e Castela, que eram as diretamente interessadas, conduziu-se a polêmica sem acrimônia visível, como convinha a casas reais tão intimamente aparentadas, e no entanto com obstinada firmeza. A esperança dos maravilhosos tesouros, alvo de todas as ambições, dissimulava-se naturalmente sob raciocínios mais confessáveis, de sorte que não vinham à tona senão argumentos como o da demarcação ou o da prioridade. Não menos do que os castelhanos, presumiam-se os portugueses favorecidos, neste caso, pela linha de Tordesilhas, chegando mesmo a reivindicar todo o litoral que se estende até o estuário platino ou mais ao sul. E quem provaria a sem-razão dessas pretensões? Quanto ao problema das prioridades eram capazes de apresentar argumentos ainda mais impressionantes. [Página 91] • 6°. São Thomé Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." [Páginas 135 e 136] • 7°. Real Cédula de D. Joana • 8°. Carta do embaixador Juan de Çúñiga a Carlos V* • 9°. Partida • 10°. Subiram o rio* • 11°. Uma carta do embaixador João da Silveira a Dom João III era portadora de notícias alarmantes* • 12°. A denominação Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro • 13°. Diário de Pero Lopes Francisco de Chaves, morador antigo de Cananéia e possivelmente um dos que ficaram em terra da nau San Gabriel de Dom Rodrigo de Acuna, se não mesmo um dos náufragos da armada de Solis, e neste caso, antigo companheiro de Henrique Montes e Aleixo Garcia, aparece no Diário da Navegação de Pero Lopes, a propósito da jornada que mandou Martim Afonso de Cananéia terra adentro em busca do metal precioso. Para tanto seguira Pero Lobo a 1 de setembro de 1531 com quarenta besteiros e quarenta espingardeiros, guiados pelo mesmo Chaves, que “se obrigava que em dez meses tornara ao dito porto com quatrocentos escravos carregados de prata e ouro”. Pode dizer-se que cronologicamente é essa a primeira grande entrada paulista de que existe documentação. [p. 98] • 14°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? Dos Patos saíra Aleixo Garcia, e saíra, mais tarde, Cabeza de Vaca. Ambos tinham subido o Rio Itapucu, rumando para terras do atual Estado do Paraná, e sabe-se que o adelantado, valendo-se de guias indígenas, seguiu o itinerário de seu antecessor. Esse itinerário está descrito nos “Comentários” de Pero Hernandez e sobre ele discorre, com sua habitual segurança, o Barão do Rio Branco, além de reproduzi-lo em mapa 55. Tudo faz admitir que em algum ponto dessa via devesse desembocar o caminho que tinham percorrido, saindo de Cananéia, os expedicionários de Pero Lobo. De outro modo explica-se mal o fato de a gente de Cabeza de Vaca transitar em sua entrada pelo mesmo lugar onde dez anos antes se verificara o trucidamento daqueles expedicionários encontrando, além disso, à altura do Tibaji, um índio recentemente convertido chamado Miguel, de volta à costa do Brasil, de onde era natural, após longa assistência entre os castelhanos do Paraguai. Desse Miguel dirá mais tarde Irala, em documento publicado por Machaín, que tinha seguido pelo caminho que percorreu Aleixo Garcia: “por el camino que Garcia vino”. • 15°. Adorno assassina Henrique Montes • 16°. Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires Na atividade que, já a partir de 1538, e até 1546, ano em que morreu, desenvolvera na Ilha de Santa Catarina, no continente vizinho, no Guairá e até em Assunção, o Frade Bernardo de Armenta, comissário da Ordem de São Francisco, estariam, muito possivelmente, os acontecimentos históricos que podem ter servido para avivar a lenda. A alta reputação ganha por ele entre os indígenas teria sido partilhada e talvez herdada, até certo ponto, por outro franciscano que o acompanhou e lhe sobreviveu, Frei Alonso Lebron, o mesmo que Pascoal Fernandes iria aprisionar em 1548, levando para São Vicente 39 . A este podia corresponder, na história, o papel atribuído no mito indígena ao “companheiro” de Sumé. Sabe-se que Frei Bernardo percorreu, pelo menos uma vez, em toda a sua extensão, o caminho chamado de São Tomé quando acompanhou, à frente de uma centena de índios, o Governador Gabeza de Vaca, e que o tinham em grande acatamento aqueles índios. Posto que o não estimasse o “adelantado ”, autor de sérias acusações ao seu comportamento, entre outras a de que, junto com Frei Alonso Lebron, guardaria encerradas em sua casa mais de trinta índias dos doze aos vinte anos de idade 40, a boa conta em que era geralmente havido entre catecúmenos e gentios Carijó espelha-se no nome que todos lhe atribuíam de Pay Zumé, como a identificá-lo com figura mítica. Consta que, ao chegar a Santa Catarina, onde aceita a oferta do feitor real Pedro Dorantes, que se propõe ir descobrir o caminho “por donde garcia entró”, Cabeza de Vaca conseguiria realizar mais facilmente o intento de penetrar por terra até o Paraguai pelo fato de o julgarem os índios filho do comissário da Ordem de São Francisco, ou seja, de Bernardo de Armenta, “a quien ellos dizen Payçumé y tienen en mucha veneración”, segundo se expressaria em carta o próprio Dorantes 43 . No que dirão mais tarde os guaiarenhos aos missionários jesuítas, não parece muito fácil separar o que pertenceria ao franciscano, predecessor daqueles na obra de catequese, dos atributos do personagem mitológico celebrado pelos seus avós e a eles comunicado de geração em geração. Mesmo no nome dado ao caminho que, da costa do Brasil, procurava as partes centrais do continente, não se prenderia, de alguma forma, a lendária tradição a uma verdade histórica ou, mais precisamente, ao fato de o ter trilhado Frei Bernardo, que na imaginação dos índios da terra deveria ser figura mais considerável do que o adelantado? O certo, por este ou outro motivo, é que o mítico Sumé assume então no Paraguai, em particular no Guairá, que se achava para todos os efeitos dentro do Paraguai, proporções que desconhecera na América Lusitana, de precursor declarado e verdadeiro profeta da catequese jesuítica. Que dizer então do Pay Tumé peruano, em quem se acrisolam suas virtudes taumatúrgicas, dando ensejo à formação de toda uma brilhante hagiografia capaz de emparelhar-se com a do apóstolo cristão nas supostas andanças através do extremo oriente? [Páginas 152 e 153] • 17°. Documento • 18°. Expedição de Mercadillo à província de Maxifaro, perto das cabeceiras do Amazonas, e ao país dos Omágua • 19°. Tupinambás Êsse fato surpreende tanto mais quanto a mestiçagem e o assíduo contato dos portuguêses com o gentio da costa, longe de amortecer, era de molde talvez a reanimar alguns dos motivos edênicos trazidos da Europa e que tanto vicejaram em outras partes do Nôvo Mundo. Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos e examinados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre". Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram sôbre êles as notícias da existência de minas preciosas. • 20°. Tem-se registro de uma ofensiva por parte dos Tupinambás à região* Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos eexaminados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre". Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram s"ôbre êles as notícias da existência de minas preciosas. Num primeiro momento, é certo, tiveram essas notícias qualquer coisa de deslumbrante. Delas tratara, em carta a D. João III, certo Filipe Guillén, castelhano de nação, o qual, tendo sido boticário em sua terra, fizera-se passar em Portugal por grande astrônomo e astrólogo, até que, revelado um dia seu embuste, o mandou prender el-rei.Já à sua chegada ao Brasil, pelo ano de 1539, êsse mesmo homem,de quem Gil Vicente chegou a declarar, numas trovas maldizentes,que andou por céus e terras, olhou o solo e o abismo,de[ abismo vió el profundo,de[ profundo el paraisa,dei paraíso vió el mundo,dei mundo vió quanto quiso5,pretendera ter ouvido como de Pôrto Seguro entravam terra adentrouns homens e andavam lá cinco e seis meses. Empenhando-se eminquirir e saber das "estranhas coisas dêste Brasil", propusera-se sair,com o favor de Sua Alteza, a descobrir as minas que os índios diziamlá haver. [Páginas 34 e 35] • 21°. Carta de mestre Pedro de Medina • 22°. Descoberta das minas de Potosí • 23°. Pascoal Fernandes aprisiona o Frei Alonso Lebron • 24°. Entrada grande de Domingo Martinez de Irala • 25°. Depoimento de Brás Arias, em Sevilha Brás Arias, português de São Vicente, dera causa a uma denúncia por onde os oficiais da Casa de Contratação puderam ter conhecimento dos processos usados em tais assaltos. A denúncia partira do mesmo Martin de Orue que apare- cerá mais tarde em Lisboa a colher informações para o Conselho de Sua Majestade sobre as propostas de Diogo ou Domingos Nunes a el-rei Dom João III e sobre as pretensões territoriais lusitanas com respeito a terras da demarcação de Castela. Quatro ou cinco dias apenas depois da chegada de Arias, era este chamado a com- parecer perante o visitador de Sua Majestade na Casa, a fim de prestar depoimento acerca dos latrocínios e malícias atribuídos por Orue aos de São Vicente e outras partes do Brasil em prejuízo de vassalos e súditos do imperador. Tomado seu juramento na devida forma de como diria a verdade do que sabia, confirmou Arias, acrescentando-lhes novos pormenores, as acusações do espião castelhano. Referiu como, cerca de um ano antes, dois navios, um de São Vicente, outro da capitania de Ilhéus, se tinham reunido em Cananéia, seguindo em conserva até a laguna do Viaça, junto à Ilha de Santa Catarina, onde estavam vários espanhóis, além de muitos índios e índias, que vinham sendo doutrinados por Frei Alonso Lebron, da Ordem de São Francisco. Achando-se a testemunha num dos navios, em que saíra a fazer os seus tratos, viu como Pasqual Fernandes, genovês, vizinho de São Vicente, e Martim Vaz, de Ilhéus, senhores e mestres dos navios, atraíram a bordo com enganos e fingida amizade aos espanhóis, entre estes Frei Alonso, além de parte dos catecúmenos que apresaram, e seriam cento e tantas peças, entre homens e mulheres. Feito isso partiram ambos os navios, com todos aqueles prisioneiros, seguindo um deles, o que era de Pascoal Fernandes, com destino a São Vicente, e neste iam o dito frade e os demais espanhóis, além de parte dos índios aprisionados, en- quanto o de Martim Vaz tomava o caminho de Ilhéus. Vira mais a testemunha, e assim o disse, que chegado a São Vicente o navio de Pasqual Fernandes, o capitão daquele porto, que se chamava Brás Cubas, lhe tomou os espanhóis e índios cristãos, pondo aqueles em liberdade e entregando estes a Frei Alonso, que lhe mostrara os privilégios e faculdades recebidos da sua Ordem e de Sua Majestade. Em seguida, deixou o frade em poder de certos vizinhos e moradores portugueses de São Vicente os índios e índias convertidos, para que os guardassem provisoria- mente, enquanto ele próprio ia a Portugal e Castela a queixar-se do sucedido. E com efeito, partiu para esses reinos onde, todavia, não chegou, constando-lhe que fora aprisionado por algum corsário francês. Quanto aos índios ainda não convertidos, sabia ainda o depoente que Brás Cubas os deixou em poder de Pasqual Fernandes e dos companheiros deste que participavam do negócio com a condição de os devolverem se e quando fossem reclamados por quem de direito os pudesse haver. • 26°. Primeira notícia da descoberta de metais preciosos foi o biscainho João Sanches: “e na parte donde nós outros povoamos, os portuguezes encontraram muitas minas de prata muito ricas, e isto digo porque na minha presença fizeram muitas fundições, as quais todas enviam ao rei de Portugal para que logo mande povoar toda a costa” • 27°. Caminho Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino nuevo que se habia descubierto”. • 28°. Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João Ramalho Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”. Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá. • 29°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá. • 30°. Ulrico Schmidel chegou a São Vicente Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”. Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá. Por esse tempo, o vivo interesse com que a “costa do ouro e da prata” fora disputada pelas duas Coroas ibéricas parecia em grande parte arrefecido. Tanto que, compreendida em um dos quinhões que a Pero Lopes coubera na distribuição de capitanias hereditárias, o qual quinhão devia estender-se de Cananéia até, aproximadamente, o porto dos Patos, não se preocupam em colonizá-la os portugueses. Quando muito continuam a impedir que nela se estabeleçam os seus rivais. Em vez do metal precioso que dali parecera reluzir aos antigos navegantes, o que iam a buscar na mesma costa eram os Carijó para a lavoura ou o serviço doméstico. • 31°. Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte • 32°. Documento • 33°. Carta • 34°. Documento* • 35°. Partida da expedição de Bras Cubas* Outro tanto dissera em 1560 Vasco Rodrigues de Caldas, quando obteve de Mem de Sá autorização para rematar a jornada do espanhol. No mesmo ano e no anterior tinham-se realizado as expedições de Brás Cubas e Luís Martins, saídas do litoral vicentino. De uma delas há boas razões para presumir que teria alcançado a àrea do São Francisco, onde recolheu amostras de minerais preciosos. Marcava-se,assim, um trajeto que seria freqüentemente utilizado, no século seguinte,pelas bandeiras paulistas. É de crer, no entanto, que o govêrno, interessado, porventura, em centralizar os trabalhos de pesquisa mineral,tanto quanto possível, junto à sua sede no Brasil, não estimulasse as penetrações a partir de lugares que, dada a distância, escapavam mais fàcilmente à sua fiscalização. [p. 44 e 45] Se em vida do Senhor de Beringel tiveram, não obstante, algum alento as pesquisas de minerais preciosos, não só nas proximi- dades da vila de São Paulo, mas também em sítios apartados, como aqueles - porventura na própria região do São Francisco - de onde Brás Cubas e Luís Martins tinham tirado ouro já nos anos de 1560 e 61, por sua morte vieram elas a fenecer ou, por longo espaço, a afrouxar-se. [p. 64] • 36°. CARTA de nomeação de Domingos Garrucho para mestre-de-campo-general da projectada jornada de descobrimento da lagoa do Ouro • 37°. Peru • 38°. O Minion of London zarpou de Harwich a três de novembro de 1580 com dois integrantes da tripulação de John Winter a bordo, homens que conheciam a rota e tinham no currículo uma estadia em São Vicente • 39°. Conversa com o então embaixador de Portugal em Londres, Antônio de Castilho • 40°. Chegada da armada de Valdez ao Rio de Janeiro Sabe-se, com efeito, que um dos informantes de Hakluyt sobre as vantagens que podia oferecer a Ilha de São Vicente é o mesmo Thomas Griggs, que, tendo viajado anteriormente no Minion, aludira, segundo aqui mesmo já foi notado, à pouca distância, “doze dias apenas”, por terra ou água, entre a vila de Santos e certas partes do Peru. Que não deveria parecer muito extraordinária essa idéia indicam-no os receios surgidos na mesma época, isto é, em 1582, no Rio de Janeiro, de que se desgarrassem e fugissem para o Peru os oitenta soldados deixados em São Vicente parada defesa do porto pelo contador Andrés de Equino, da armada de Diego Florez Valdez. Mesmo a quem não partilhasse de ilusões semelhantes sobre a pretensa facilidade de acesso ao Peru entrando pelo caminho de São Vicente, pareceria claro, ainda nos primeiros anos do século seguinte, e mais tarde, que, de todas as do Brasil, era aquela a capitania de melhor passagem para as míticas serras, de onde, segundo numerosos testemunhos, continuamente se despejavam riquezas fabulosas no lago que ia alimentar o São Francisco e outros rios. E se o mau sucesso de tantas buscas sucessivas parecia sugerir que, ao menos na América Portuguesa, se não verificava a antiga crença de que os tesouros naturais sempre se avolumam à medida que se vai de oeste para leste, impunha-se a suspeita de que essas minas estariam, ao contrário, nas vizinhanças dos lugares onde fora largamente comprovada sua existência: em outras palavras, para as bandas do poente e junto às raias do Peru. Idéia simplista, sem dúvida; por isso mais apta a logo fazer prosélitos. A prova de que não se apartaria muito da realidade está em que, passado mais de um século, se descobrirão, justamente naquele rumo, as grandes aluviões auríferas de Cuiabá e Mato Grosso, das mais avultadas que registra a história das minas do Brasil. [p. 118] • 41°. Discourse of Western Planting • 42°. Alvará de Felipe II concediendo privilegios a Gabriel Soares de Sousa • 43°. Expedição de Martim Correia de Sá • 44°. Richard Hakluyt • 45°. Relato do padre Andrea Lopez • 46°. D. Francisco partiu de São Paulo, com destino incerto* • 47°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fêz dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na côrte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do Sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acêrca da distância entre aquela vila e o Peru. A carta é, antes de tudo, um cerrado libelo contra os capitães, ouvidores e até governadores-gerais que segundo diz, não entendiam e nem estudavam senão como haviam de "esfolar, destruir e afrontar" o povo de São Paulo. Para dar remédio a tais malefícios, pede-se ao donatário que, por sua pessoa, ou "coisa muito sua", trate de acudir com brevidade à terra que o Senhor Martim Afonso de Sousa ganhou e Sua Majestade lhe deu com tão avantajadas mercês e favores. E para mostrar a bondade da mesma terra, referem-se os oficiais da Câmara entre outras coisas, às minas, exploradas ou não, que nela se acham, a de Caatiba, de onde se tirou o primeiro ouro, e ainda a serra que vai dali para o norte - "haverá sessenta léguas de cordilheira de terra alta, que tôda leva ouro" -, além do ferro de Santo Amaro, já em exploração, e o de Biraçoiaba, que é região mais larga e abastada, e também do muito algodão, da muita madeira, de outros muitos achegos, tudo, enfim, quanto é preciso para nela fazer-se "um grande reino a Sua Majestade". Ao lado disso, fala-se também no grande meneio e trato com o Peru e na presença de "mais de 300 homens portuguêses, fora seus índios escravos, que serão mais de 1500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Peru por terra, e isto não é fábula" [M. E. de AZEVEDO MARQUES, Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo, 11, págs. 224 e segs. Cf. também ACSP, li, págs. 497 e segs., onde vem reproduzida a carta dos camaristas de São Paulo, de acôrdo com o texto anteriormente impresso por Azevedo Marques.]. Sôbre a distância entre o litoral atlântico e os Andes são muitas vêzes imprecisas e discordes as notícias da época, e já se sabe como a idéia de que os famosos tesouros peruanos eram vulneráveis do lado do Brasil, chegara a preocupar a própria Coroa de Castela nos dias. [Páginas 94 e 95] • 48°. Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais • 49°. Aporta a Pernambuco dom Francisco de Sousa, nomeado capitão-general e governador da Repartição do Sul (ver 11 de junho de 1611) • 50°. BN. Biblioteca Nacional do Brasil. 22/04/1609 Carta de Dom Diogo de Menezes, governador do Brasil, escrita da Bahia ao rei D. Felipe II em que se lhe queixou de prover Dom Francisco de Souza as Fortalezas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente desobrigando-o da homenagem que delas tinha e lhe apontou alguns inconvenientes pertencentes ao governador daquela província e a sua fazenda como dela se podem ver] • 51°. D. Francisco chegou em São Paulo Com todo o desvairado otimismo de seus planos grandiosos, não é impossível que, no íntimo, Dom Francisco se deixas-se impressionar por aquela idéia, partilhada com outros portugueses da época, de que, em matéria de ouro e prata, Deus se mostrara mais liberal aos castelhanos, dando-lhes a fabulosa riqueza de suas minas. Assim se explica a miragem do Potosi, o sonho, que já tinha sido o de Tomé de Sousa, de fazer do Brasil um “outro Peru” e que está presente em todos os atos de sua administração. Essa idéia obsessiva há de levá-lo, em dado momento, ao ponto de querer até introduzir lhamas andinas em São Paulo. Com esse fito chegaria a obter provisão real, lavrada em 1609, determinando que se metessem aqui duzentas lhamas ou, em sua linguagem, “duzentos carneiros de carga, daqueles que costumam trazer e carregar a prata de Potosi, para acarrear o ouro e a prata” das minas encontradas nas terras de sua jurisdição. E recomenda-se no mesmo documento que das ditas lhamas se fizesse casta e nunca faltassem 77 . Já seria essa, à falta de outras, uma das maneiras de ver transfiguradas as montanhas de Paranapiacaba numa réplica oriental dos Andes. E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fez dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na Corte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acerca da distância entre aquela vila e o Peru. • 52°. D. Francisco enviou a Madri um de seus filhos, Antônio de Sousa, com dois regalos para d. Filipe II: uma espada e uma cruz forjadas com o pouco ouro das minas de São Paulo* Em maio de 1610, enquanto seu filho se preparava para ir à Espanha levando a incumbência, entre outras, de fazer vir bacelos de vinha e sementes de trigo a fim de se introduzirem dessas granjearias, assentou-se em câmara que, na procuração dada a Dom Antonio em nome do povo para ir tratar de coisas relacionadas com o bem comum fosse excluída qualquer solicitação para a vinda daquelas plantas, de modo a que ninguém ficasse depois com a obrigação de as cultivar 4 *. Semelhante exemplo esclarece bem os receios que deveria causar entre a mesma gente o descobrimento ou conquista das minas, tão apetecidas de Dom Francisco. Tal há de ser sua constância nesses temores que, para fins do século, um governa- dor do Rio de Janeiro assinala o escasso interesse que demonstravam os paulistas por aquelas minas. Julgavam, e abertamente o diziam, observa ele, que, descobertos os tesouros, lhes haveriam de enviar governador e vice-rei, meter presídios na capitania para sua maior segurança, multiplicar ali os tributos, com o que ficariam expostos ao descrédito, perderiam o governo quase livre que tinham de sua república, seriam mandados onde antes mandavam, e nem lhes deixariam ir ao sertão, ou, se lá fossem, lhes tirariam as peças apresadas para as empregar no serviço das minas. • 53°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil • 54°. Inventário de Martim Tenório, registrado em ebirapoeira, termo da Vila de São Paulo • 55°. Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* • 56°. “Do lado espanhol” • 57°. Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande” • 58°. Quevedo, escrito por volta de 1636 • 59°. Carta do secretário do Conselho Ultramarino, solicitando informações sobre as minas de prata de Sabarabuçu e outras minas de esmeraldas e ouro de fundição de que se tinha notícia e que haviam motivado a preparação da jornada de Fernão Dias • 60°. Ruiz Montoya en Indias (1608-1652). Francisco Jarque (1609-1691) Francisco Jarque, por sua vez, na biografia que escreveu de Montoya, além de reproduzir o que diz este das origens e fama do mesmo caminho chamado de São Tomé, refere como, por ele, “el Peabiyu, que es el camino que llaman de San Tomé”, tratara o Padre Antônio Ruiz de recolher os catecúmenos que se tinham escapado, em 1628, às garras dos “portugueses dei Brasil”, assim como à servidão a que os queriam sujeitar os espanhóis da Vila Rica iniciando, à beira dele, a fundação de um povoado que teria, afinal, destino idêntico ao dos outros, destruído que foi pelos mamelucos de São Paulo. • 61°. Já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo Também Nicolas dei Techo, recorrendo ao testemunho de Nóbrega, apoiado pelas razões de Orlandini, o historiador da Companhia, refere, já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo. Conserva-se, adianta, “igual todo el ano, sin mas que las hierbas crecen algo y difieren bastante de las que hay en el campo, ofreciendo el aspecto de una via hecha con artificio; jamás la miran los misioneros dei Guairá que no experimenten grande asombro”. Além disso, perto da capital do Guairá existiriam elevados penhascos coroados de pequenas planícies onde se viam, como em várias partes do Brasil, gravadas sobre o rochedo, pisadas humanas. Contavam os indígenas como, daquele lugar, costumava o apóstolo, freqüentemente, pregar ao povo que acudia de toda parte a ouvi-lo. • 62°. Livro de Frei Antônio do Rosário, aponta entre os tesouros do Brasil o diamante, que seria então mandado “não em bisalhos, mas em caixas, que todo ano vem a este Reyno” • 63°. Descoberta dos diamantes no Brasil, no Cerro Frio • 64°. Missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação com S. Tomé Em realidade a identificação de rastros semelhantes no Extremo Oriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu "preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde o dizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua, não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI. A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo: "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put (é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui a história de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?" 14. Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto no Oriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes. Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval e quinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo, que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da 1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas ao santo, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aos índios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora um penedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima, como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por serem iguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110] • 65°. “Terra sem mal”
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Atualizado em 31/10/2025 04:57:18 “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953) ![]() Data: 1929 Créditos: Francisco de Assis Carvalho Franco Página 1
• 1°. Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567) Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Corôa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos. Foi ele um dos nobres que ficaram na Bahia, da arribada de Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567). [p. 1] • 2°. Partida para Monomotapa Pelo alvará de 13 de dezembro de 1590, tivera permissão para "prosseguir nos seus descobrimentos além do Rio de São Francisco, atendendo ao trabalho e despesas que tinha tido nesse negócio". Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Coroa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos. Foi ele um dos nobres que ficaram na Bahia, da arribada de Francisco Barreto, que havia sido governador e ia á conquista de Monomotapa. [Página 1] • 3°. Gabriel Diogo Martins Cam era um sesmeiro do Irajá, que havia anteriormente penetrado no recesso baiano, a mando de d. Francisco de Sousa, na demanda inútil da Serra Resplandescente. Ora, sua incumbência se restringia a seguir a mesma rota de Antonio Dias de Adorno. É sabido que esse sertanista, buscando a serra legendária, atalhara para a serra dos Aimorés, seguindo a diretriz do rio Caravelhas - e penetrara assim no denominado sertão das esmeraldas. Desse ponto, alongando-se pelo sertão a varando o território de Minas atual e parte do da Bahia, foi chegar doente junto a Jequiriçá, no próprio engenho de Gabriel Soares de Souza em 1574. [Os companheiros de D. Francisco de Souza, 1929. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953). Páginas 10 e 11] • 4°. Testamento Dessas nomeações se deduz que a Côrte andava naquela época bastante preocupada com as possíveis riquezas minerais do subsolo da nova terra descoberta. De fato, ali andava desde 1584, como arauto das riquezas do Brasil. • 5°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós Em 1585 Antonio de Proença fez parte da expedição chefiada por Jeronimo Leitão, a qual se dirigiu por via marítima á Paranaguá, donde regressou no ano seguinte com numerosa presa. • 6°. Pelo alvará de 13 de dezembro de 1590, tivera permissão para "prosseguir nos seus descobrimentos além do Rio de São Francisco, atendendo ao trabalho e despesas que tinha tido nesse negócio". Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Coroa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos Dessas nomeações se deduz que a Côrte andava naquela época bastante preocupada com as possíveis riquezas minerais do subsolo da nova terra descoberta. De fato, ali andava desde 1584, como arauto das riquezas do Brasil, Gabriel Soares de Sousa, senhor de engenho na Bahia. Pelo alvará de 13 de dezembro de 1590, tivera permissão para "prosseguir nos seus descobrimentos além do Rio de São Francisco, atendendo ao trabalho e despesas que tinha tido nesse negócio." Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Corôa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos. Foi ele um dos nobres que ficaram na Bahia, da arribada de Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567). [p. 1] • 7°. Alvará nomeando Agostinho de Sotomaior, castelhano, provedor das minas do Brasil, devendo acompanhar o governador dom Francisco de Sousa Ao partir do Reino, em Março de 1591, deixou d. Francisco de Sousa assentada a nomeação de várias auxiliares mineiros que deviam alcança-lo no Brasil. Foram assim assinados os alvarás transferindo o castelhano Agostinho de Soutomaior, de provedor das minas de Monomotapa, para o mesmo cargo nas do Brasil (26 de março de 1591) e na mesma data, a de certo Christovam, lapidário de esmeraldas. [p. 1] • 8°. Carta régia ordenando que as duas urcas em que deveriam vir para o Brasil o governador nomeado dom Francisco de Sousa e Gabriel Soares de Sousa regressassem carregadas de açúcares Ao partir do Reino, em março de 1591, deixou d. Francisco de Sousa assentada a nomeação de vários auxiliares mineiros que deviam alcança-lo no Brasil. Foram assim assinados os alvarás transferindo o castelhano Agostinho de Soutomaior, de provedor das minas de Monomotapa, para o mesmo cargos nas do Brasil, em 26 de março de 1591, e na mesma data, a de certo Christovam, lapidário de esmeraldas. • 9°. Alvará de nomeação, para feitor das minas de ferro, João Corrêa Mais tarde, teve alvará de nomeação, para feitor das minas de ferro, João Corrêa, em 5 de novembro de 1591, que, um ano após, tinhas seus ordenados num alvará, encontrando-se ainda no Reino, com mais empregados destinados ás minas referidas, aguardando ordens de partida. • 10°. Manuel Juan de Morales foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão, Wilhelm Glymmer), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba Sebastião de Freitas veio com d. Francisco da Metrópole, tendo tomado parte na expedição de Gabriel Soares de Sousa (1591). Natural de Alagôa, da cidade de Silves, no Algarve, filho de Manuel Pires, passou, logo após o fracasso do senhor de engenho bahiano, para a Capitania de São Vicente, tendo se casado com d. Maria Pedroso, filha de Antonio Rodrigues de Alvarenga, tronco dos Alvarengas de São Vicente. Exerceu os cargos de almotacel (1596-1598), juiz da Câmara (1600), vereador (1604-1609) e capitão da vila de São Paulo: a primeira vez por provisão de 22 de junho de 1606 e a segunda vez pela provisão datada de 12 de janeiro de 1609. Obteve várias dadas de chão, e uma sesmaria concedida pelo capitão-mór Pedro Vaz de Barros. Por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara. Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..." Sebastião de Freitas parece ter falecido depois da expedição de ataque ao Guairá (1628). • 11°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* Após a expedição de Itapucú, a que já nos referimos, Antonio Knivet regressou para a Europa em companhia de Salvador Corrêa de Sá, em agosto de 1601. De seu compatriota, Henrique Barraway, que o acompanhou em quase todas suas peregrinações, sabe-se que ficou em São Paulo, onde se casou com Francisca Alvares, filha de Marcos Fernandes, e dele procede o apelido de Baruel. Faleceu anos após, na vila de São Paulo. • 12°. Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara. Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..." • 13°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru Após a expedição de Itapucú, a que já nos referimos, Antonio Knivet regressou para a Europa em companhia de Salvador Corrêa de Sá, em agosto de 1601. De seu compatriota, Henrique Barraway, que o acompanhou em quase todas suas peregrinações, sabe-se que ficou em São Paulo, onde se casou com Francisca Alvares, filha de Marcos Fernandes, e dele procede o apelido de Baruel. Faleceu anos após, na vila de São Paulo. • 14°. Petição que fez Clemente Alvarez "...porquanto Francisco Alvares Corrêa que está eleito por eleição para ser procurador é ido fóra da villa e não se sabe aonde, que se ajuntasse algumas pessoas da governança da terra para com eles ditos oficiais elegerem um procurador que sirva em sua ausência e assim acordaram; e outrossim mandaram uma provisão que éra vinda a esta vila do sr. Governador d. Francisco de Sousa sobre o ouro valer por trinta mil réis o marco, que se suspendesse o seu efeito até a vinda do senhor governador por estar de caminho para esta Capitania..." • 15°. Epidemia que atingia a vila de São Paulo / D. Francisco está no Sertão Das atas seguintes se verifica que a 12 de Maio de 1611 d. Francisco ainda permanecia no sertão, em companhia de moradores de São Paulo e dos juízes Salvador Pires e Manuel Francisco e que a 5 de junho seguintes esses juízes já haviam regressado, não se falando de d. Francisco. • 16°. Retornam a São Paulo • 17°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil Das atas seguintes se verifica que a 12 de maio do mesmo ano d. Francisco ainda permanecia no sertão, em companhia de moradores de São Paulo e dos juízes Salvador Pires e Manuel Francisco e que a 5 de junho seguinte esses juízes já haviam regressado, não se falando de d. Francisco. A 12 de junho foi lavrado um termo em como d. Luis de Sousa se havia apresentado, com um codicilo e nomeação, que fizera d. Francisco de Sousa, e para o fim de assumir o governo das Capitanias do Sul. Vê-se, pois, que, entre 5 e 12 de junho de 1611, d. Francisco de Sousa faleceu, afirmando Pedro Taques que foi a 11. Mas seu falecimento ter-se-ia dado na vila de São Paulo ou no sertão? • 18°. Cornélio Arzão teria introduzido o plantio de trigo em São Paulo com um moinho no Anhangabaú • 19°. Carta de el-rei Filipe III, o Piedoso (1578-1621) ao governador geral do Brasil, Gaspar de Sousa De uns raros documentos, sabemos ainda que d. Francisco de Sousa não havia abandonado a sua miragem da Sabarabossú. Comprova-se com o que abaixo transcrevemos de essencial da carta de el-rei ao governador geral do Brasil, Gaspar de Sousa, datada de Lisboa, a 22 de fevereiro de 1613: "Eu, el-rei, vos envio muito saudar. Marcos d´Azevedo me fez relação do descobrimento que fez das Esmeraldas, sendo disso encarregado por d. Francisco de Sousa, governador que foi das Capitanias do Rio de Janeiro, São Vicente e Espírito Santo, oferecendo quatro pedras que disse ter tirado das minas dela, nas quais mandei fazer e se achou serem esmeraldas finas... E me representou o dito Marcos d´Azevedo que para as ditas minas se poderem cultivar como convém fazendo-se a jornada á custa da minha fazenda, sendo para ela as esmeraldas, serão necessários mais de dez mil cruzados de despesa. E para a fazer algum particular com a minha ajuda e fazendo-lhe mercês para obrigar aos que quiserem ir em sua companhia e dando-lhe licença para que possam trazer as esmeraldas, pagando os quintos - não faltaria quem se obrigasse a faze-la com quatro mil cruzados para despesas e pela boa informação que tenho do dito Marcos de Azevedo e experiência que ele já tem da matéria, Hey por bem, etc." [p. 40] • 20°. História do Brasil. Autor: Frei Vicente do Salvador (1564-1639)
Atualizado em 31/10/2025 04:57:19 “Porta para as riquezas do Paraíso Terrestre: 1”. Carlos Pimentel Mendes, em novomilenio.inf.br
• 1°. Carta de Angelino Dalorto • 2°. Expedição de Cabeça de Vacca • 3°. Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina Depois de aludir às expedições de Aleixo Garcia e do espanhol Cabeza de Vaca, pelo caminho iniciado em Cananéia, nos primeiros anos do século XIV, Sérgio Buarque de Holanda, o autor de Visão do Paraíso, observa ser "provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos". • 4°. Caminho Depois de aludir às expedições de Aleixo Garcia e do espanhol Cabeza de Vaca, pelo caminho iniciado em Cananéia, nos primeiros anos do século XIV, o autor de Visão do Paraíso observa ser "provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Calderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que ´de São Vicente se podia ir até Assunção por certo camiño nuevo que se habia descubierto´." "Esse novo caminho - continua Sérgio Buarque -, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá". • 5°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei • 6°. Carta de Luís Sarmiento de Mendoza, embaixador espanhol em Lisboa Em 1553, chegava a Lisboa a notícia levada por Tomé de Sousa, atribuída a certo mameluco do Brasil que o acompanhava, que pretendia ter andado no Peru, de onde tornara por terra à costa do Brasil e afirmava que tal percurso poderia ser feito em muito poucos dias. • 7°. Documento* O historiador Capistrano de Abreu tentou identificar tal mameluco citado por Tomé de Sousa como sendo Diogo Nunes, provavelmente natural da capitania de São Vicente, que por volta de 1554 ofereceu a Dom João III curiosos Apontamentos sobre uma viagem ao Peru, relatando que seria possível "ir por São Vicente, atravessando pelas cabeceiras do Brasil, tudo por terra firme". Nesse ponto, contradiz outro historiador, Varnhagen, que acreditou ser o espanhol Diogo Nuñes de Quesada o autor de tal documento. Um documento aparentemente definitivo sobre o tema seria a relação que Martin de Orue escreveu antes de setembro de 1554 (conservada no Arquivo de Índias de Sevilha), com o trecho "del peru vyno por el año pasado un pasajero natural portugues que se dize domyngo nunes natural de Moron ques Junto ala Raya de Castilla el qual trujo de veynte a treynta myll ducados este andando persuadiento al Rey por uma conquysta por el Brasil para por ally entrar a las espaldas de cuzcol [...]". Com as abreviaturas usadas na época e o pouco esmero de Orue na transcrição de nomes portugueses, não é difícil a Sérgio Buarque de Holanda apontar que Domingos e Diego sejam o mesmo prenome do viajante natural de Mourão (Moron), junto à raia de Castela, na Espanha. • 8°. Carta* • 9°. Peru Outro inglês - Thomas Griggs, tesoureiro do navio Minion of London, mandado ao Brasil em 1580 por uma companhia londrina de aventureiros - informava que certa parte do Peru estaria situada "por água ou terra a doze dias apenas" da vila de Santos. Seu testemunho confirma as informações do compatriota John Whithall, então morador em Santos, que atraíra a atenção dos aventureiros londrinos. Não por acaso, Santos e São Vicente passaram subitamente a despertar grande interesse entre mercadores, navegantes e piratas ingleses, que pensaram em estabelecer na ilha vicentina um trampolim para a conquista das minas espanholas de Potosi, já que São Vicente era pouco fortificada e bastante abastecida de víveres que sustentariam "infinitas multidões" de conquistadores. Desinteresse - Enquanto isso, os paulistas estavam mais interessados na caça aos índios para escravização que na busca de riquezas minerais, e convencidos de que, se o ouro e as esmeraldas fossem encontrados, imediatamente a Metrópole reforçaria seu controle sobre São Paulo, tirando sua liberdade de ação. Assim, havia um amplo desinteresse, quando não um verdadeiro boicote, à busca dessas riquezas pelas terras paulistas. A propósito, vale recordar que, no século XVI, os diamantes (incolores) eram considerados desinteressantes, tendo muito maior valor as esmeraldas, verdes, estas bem mais procuradas, pelo papel importante que tinham nas visões paradisíacas (eram encontradas no bíblico rio Fison), em que a tais pedras verdes eram atribuídas virtudes sobrenaturais, como a identificação de venenos e resistir a quaisquer malefícios, garantindo ainda a castidade de suas portadoras e sendo um símbolo da vida eterna. O comércio de escravos indígenas era mais compensador que a busca de lendárias riquezas, e o insucesso de várias expedições ao Peru, algumas massacradas por indígenas hostis, não animavam muitas tentativas. • 10°. Registram-se por volta de 1600 algumas entradas em busca dessas riquezas, especialmente da lendária lagoa dourada de Paraupeba ou Paraupava Ainda assim, registram-se por volta de 1600 algumas entradas em busca dessas riquezas, especialmente da lendária lagoa dourada de Paraupeba ou Paraupava (nas montanhas de Sabarabuçu ou Sabaroasu - topônimo proveniente de Taberaboçu, forma corrompida do tupi Itaberaba e seu aumentativo Itaberabaoçu, significando "serra resplandecente"), onde começariam importantes rios, como o São Francisco, o Prata e o Amazonas - que se acreditava estarem interligados a ela, pelo fato de serem rios caudalosos e perenes. Tal lagoa - que explicaria o fato desses rios serem ainda mais caudalosos no verão, quando se esperaria que secassem devido ao calor - estaria no território do atual estado de Goiás ou em Minas Gerais, onde inclusive existe ainda o assim denominado sítio de Paraopeba (e o Rio Paraopeba é um dos principais afluentes do alto curso do Rio São Francisco).(ibidem) • 11°. D. Francisco partiu de São Paulo, com destino incerto* Ainda assim, registram-se por volta de 1600 algumas entradas em busca dessas riquezas, especialmente da lendária lagoa dourada de Paraupeba ou Paraupava (nas montanhas de Sabarabuçu ou Sabaroasu - topônimo proveniente de Taberaboçu, forma corrompida do tupi Itaberaba e seu aumentativo Itaberabaoçu, significando "serra resplandecente"), onde começariam importantes rios, como o São Francisco, o Prata e o Amazonas - que se acreditava estarem interligados a ela, pelo fato de serem rios caudalosos e perenes. Tal lagoa - que explicaria o fato desses rios serem ainda mais caudalosos no verão, quando se esperaria que secassem devido ao calor - estaria no território do atual estado de Goiás ou em Minas Gerais, onde inclusive existe ainda o assim denominado sítio de Paraopeba (e o Rio Paraopeba é um dos principais afluentes do alto curso do Rio São Francisco). Assim acreditava João de Laet, que reproduziu em sua obra as observações do compatriota Guilherme Glimmer "acerca de uma viagem que pudera empreender em 1601, quando morador na capitania de São Vicente, e que até hoje representa o único documento conhecido sobre o percurso da bandeira confiada ao mando de André de Leão. As origens dessa expedição prendem-se, de acordo com o testemunho de Glimmer, ao fato de ter recebido Dom Francisco de Sousa de certo brasileiro, pela mesma época, amostras de uma pedra de cor tirante ao azul, de mistura com grãos dourados. Submetida ao exame dos entendidos, um quintal dessa pedra chegara a dar nada menos do que trinta marcos de prata pura."
Atualizado em 31/10/2025 04:57:19 Teodoro Sampaio sobre Ambuaçava ![]() Data: 1899 Página 277
Atualizado em 31/10/2025 04:57:20 Revista do Museu Paulista ![]() Data: 1895 Página 36
• 1°. Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba” Nas sesmarias concedidas a Braz Cubas por d. Anna Pimentel, a 3 de março de 1531 ha referências a essa ilha, que hoje se denomina Barnabé.Passemos a transcrever alguns tópicos: "... a qual terra (sesmaria) está na povoação de São Vicente (Santos ainda não existia nesse tempo) do dito sr. Martim Afonso e a dita terra poderá ser de grandura de duas léguas e meia, pouco mais ou menos, até três léguas por costa e por dentro quanto se puder estender, que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba, assim que pelo braço de mar dentro e mais lhe fazemos doação. Estas terras de Braz Cubas segundo confrontações do referido documento, conforme se vê no mapa, eram duas e meia a três léguas de costa, desde a foz do Jurubatuba, até o outeiro Guanique, que neste tempo também era ilha, e que se acha á margem esquerda do Rio Cabaçú, no largo do Candinho, costeando as montanhas que ficavam sobre o mar. Como em todo esse sertão oriental, compreendida esta sesmaria, que estava ainda nessa época infestada pela tribo indômita de Ururay, que se aliavam aos tamoyos no ódio e hostilidades aos portugueses, houve dificuldade em povoar e cultivar essa região, conforme declara o mesmo documento. [Páginas 514 e 515] • 2°. Sesmaria A data da Sesmaria de Pedro de Góes é de 24 de abril de 1537 e acha-se transcrita em diversas crônicas e monografias. Confrontava para o oriente, na serra de Taperovira com as ditas terras de Braz Cubas, pelo rio Jurubatuba; dai, costeava o lagamar até a ponta ocidental desta serra até o ponto hoje denominado Pedreira, e dali cortava em linha reta até a illha do Caramacôara (Casquerinho) onde o rio Cubatão tem uma de suas barras. [Revista do Museu Paulista, 1895. Página 515 e 516 Sobre o Brasilbook.com.br |