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Anthony Knivet
   (1560-1649)
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  Anthony Knivet
  1º de (0)
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1589
Atualizado em 31/10/2025 09:20:14
Antonio Knivet esteve na aldeia dos Tamoios em aproximadamente 1598
•  Cidades (1): Atibaia/SP
•  Temas (1): Tamoios
    1 fonte
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  Anthony Knivet
  2º de (0)
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26 de agosto de 1591, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 09:20:15
Partida de Plymouth, na Inglaterra
•  Pessoas (1): Thomas Cavendish (31 anos)
•  Temas (1): Japão/Japoneses



  Anthony Knivet
  3º de (0)
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25 de dezembro de 1591, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 09:20:15
A vila de Santos é assaltada e “nela encontrou ouro que os Índios trouxeram de um lugar chamado por eles Mutinga”
•  Cidades (5): Itaóca/SP, Itu/SP, Santos/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Afonso Sardinha, o Velho (60 anos), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Thomas Cavendish (31 anos), John Whithal (João Leitão)
•  Temas (10): Açúcar, Cabo Frio, Inglaterra/Ingleses, Japão/Japoneses, Marcos em pedras, Ouro, Rio Anhemby / Tietê, Serra de Jaraguá, Tamoios, Ytutinga
“Histórias e Tradições da Cidade de São Paulo”
Data: 1954
Créditos: Ernani Silva Bruno
Página 39
    2 fontes
  1 relacionada

1°. Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
1915
Á participação de Withall atribui frei Vicente do Salvador as arremetidas dos piratas e corsários ingleses contra as vilas do litoral paulista. Estas, 1588, 1591 e 1591 por Thomas Cavendish. No assalto que o último dirigiu contra São Vicente, ao findar o ano de 1591, levou, além do produto do saque, de acordo com a narrativa de Anthony Knivet, testemunha presencial do feito, boa quantidade de ouro, já explorado pelos portugueses, e que os nativos extraíram da Mutinga (ribeirão de Amaitinga, segundo o dr.F. L. Leite Pereira; garganta de Itutinga, conforme o dr. O. Derby; ou Piratininga, consoante com o dr. J. H. Duarte Pereira).  ver mais


    Registros relacionados
3 de maio de 2024, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:24
1°. Apóstolo Thomé



  Anthony Knivet
  4º de (0)
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3 de fevereiro de 1592, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 09:20:16
Ingleses partem para o estreito de Magalhães
•  Cidades (1): Santos/SP
•  Pessoas (1): Thomas Cavendish (32 anos)
•  Temas (1): Estreito de Magalhães
    1 fonte
  0 relacionadas



  Anthony Knivet
  5º de (0)
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1592
Atualizado em 31/10/2025 09:20:16
Expedições
•  Cidades (2): São Sebastião/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Francisco de Sousa (52 anos)
•  Temas (4): Caminho do Peabiru, Curiosidades, Tamoios, Tupinambás
Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II
Data: 1544
Créditos: João Afonso, dito de Saintonge
Cosmographie (1544), .De
    4 fontes
  2 relacionadas

1°. Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923)
1883
Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600.  ver mais

2°. Expedição Peabiru - Pay Zumé
17 de julho de 2018, sexta-feira
Anthony Knivet foi o pirata inglês abandonado por seu capitão no litoral de São Sebastião, em São Paulo. Eram os índios Tamoios que habitavam aquela região. Os Tamoios pertenciam à família dos Tupinambás, que ocupavam quase toda a costa brasileira da Amazônia até Cananéia.

Ao desembarcar no brasil o pirata inglês viu pelo menos dois portugueses sendo devorados pelos pelos Tupinambás em rituais sagrados. Essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses, já que eles escravizavam e matavam a população indígena.

Anthony Knivet se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos avisaram que ele seria salvo. Disseram que Knivet não era português. Os Tamoios sabiam disso, ainda falaram

nós sabemos que os nossos antepassados foram amigos dos seus antepassados

Knivet era inglês, de pele clara. Como era possível essa conexão? Pela tradição Tupinambá, os ancestrais indígenas também vieram pelo mar. Os Tamoios mostraram ao pirata inglês o provável local do desembarque, na região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro.

Esses grupos Tupinambás chamavam a si mesmo de Tamoio. Tamoio significa "avô", justamente porque ele diziam ser a tribo mais velha do Brasil.

Mais curioso é que os Tamoios fizeram questão em mostrar a Knivet algumas marcas sagradas pela região, e lá estava a marca de um pé, fincada na pedra.

Os chamados "fincapés" estão em muitos lugares na América. Muito mais do que marcas, eles são a representação de um mito. O mito da passagem de um homem branco, que deixou nas pedras o vestígio de sua existência.

Na época dos descobrimentos foram encontradas mais de doze marcas pelo Brasil. Elas estão na Bahia, em Pernambuco, na Paraíba, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina.  ver mais



  Anthony Knivet
  6º de (0)
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1593
Atualizado em 31/10/2025 09:20:17
Tendo retornado de uma expedição ao Espirito Santo, Martim de Sá conhece Knivet
•  Cidades (1): Rosana/SP
•  Pessoas (3): Martim Correia de Sá (18 anos), Salvador Correia de Sá, O Velho (55 anos), Francisco de Saavedra (n.1555)
•  Temas (1): Guaianase de Piratininga
Anais da Biblioteca Nacional (1876-1997)
Data: 1600
Créditos: Crédito/Fonte: Anais da Biblioteca Nacional (1876-1997)
01/01/1600



  Anthony Knivet
  7º de (0)
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1596
Atualizado em 31/10/2025 09:20:18
Knivet e alguns portugueses se tornam prisioneiros dos tamoyos /
•  Temas (3): Tamoios, Ouro, Montanha Sagrada DO Araçoiaba
História da Terra e do Homem no Planalto Central
Data: 2011
Créditos: Paulo Bertran
Página 45
    2 fontes
  1 relacionada

1°. Expedição Peabiru - Pay Zumé
17 de julho de 2018, sexta-feira



  Anthony Knivet
  8º de (0)
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5 de outubro de 1596, sábado
Atualizado em 31/10/2025 09:20:19
Onde
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (11): Afonso Sardinha, o Velho (65 anos), Ascenso Ribeiro, Francisco da Gama (26 anos), Gaspar Colaço, João de Prado, João Pereira Botafogo (56 anos), João Pereira de Souza (f.1605), Manoel Soeiro, Martim Correia de Sá (21 anos), Sebastião de Freitas (31 anos), Wilhelm Jostten Glimmer (16 anos)
•  Temas (1): Carijós/Guaranis
Na capitania de São Vicente
Data: 1957
Créditos: Washington Luís (1869-1957)
Página 263
    3 fontes
  2 relacionadas

1°. “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
1934
Amiudando-se as entradas dos paulistas, que intensificavam a sua ofensiva, encontramos logo no ano seguinte de 1595 o capitão Manuel Soeiro, capitaneando outra léva de bandeirantes contra os carijós. Nela tomou parte Sebastião de Freitas, o antigo soldado de Gabriel Soares, que em 1596 de novo se achava em São Paulo.

Foi neste de 1596, que saiu de São Paulo a mais importante das bandeiras, até então registradas. Parece-nos ter ela tomado rumo norte, pelo vale do rio Parahyba, indo capitaneada pelo Capitão Mór João Pereira de Sousa Botafogo, a fazer "guerra da Parnahyba, conforme rezam os documentos.

Saiu ela de São Paulo no mês de outubro de 1596, na mesma ocasião em que do Rio partia a gente de Martim de Sá, que ia contra os Tamoyos, orientado conforme o roteiro, que Knivet nos legou.

Por esse itinerário de Knivet, a arrancada de Martim de Sá deveria ter arribato em Paraty, subido a serra do Mar, atravessados os campos de Cunha, e em seguida transposto os rios Parahytinga e Parahyba, justamente na ocasião em que julgo estar trilhando essas regiões a bandeira de Botafogo, que por São Miguel deveria ter chegado ao vale do Parahyba.

É possível terem sido Botafogo á gente de armas de Martim, indo com eles perlustrar os sertões do rios Verde e Sapucahy, na faina da destruição dos restos da tribo tamoya.

É preciso ficar em memória que é apenas um hipótese a aventada. É possível e quiçá provável mesmo que seja a de João Pereira de Sousa Botafogo, um empreendimento diverso do de Martim de Sá, cujo itinerário Knivet descreve.

Basílio de Magalhães, no seu já citado "Expansão geográfica", diz que a expedição de Martim de Sá, composta de 700 portugueses e 2000 nativos, teria partido não em 1596, como supúnhamos, mas em 14 de outubro de 1597, isto é, um ano após.

Sendo assim, vê-se que nada teria de comum uma expedição com outra, a não ser a região do Parahyba percorrida por ambas. O que parece não restar dúvidas é quanto a participação dos paulistas na expedição de Martim de Sá. Esta teria sido uma reedição da de Salema, vinte e três anos antes. [O Bandeirismo Paulista e o recuo do meridiano, 1924. Alfredo Ellis Junior. Página 39. Páginas 55 e 56]  ver mais

2°. A viagem do corsário inglês Anthony Knivet ao mar do sul e sua passagem pelo vale do rio Paraíba, Giovanna Louise Nunes
2013



  Anthony Knivet
  9º de (0)
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1597
Atualizado em 31/10/2025 04:57:17
Roteiro Knivet
•  Cidades (17): Araçoiaba da Serra/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Jundiaí/SP, Juquiá/SP, Mogi das Cruzes/SP, Paraty/RJ, Peruíbe/SP, Santo André/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Sebastião/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP, Bragança Paulista/SP
•  Temas (18): Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Itapeva (Serra de São Francisco), Japão/Japoneses, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Montanhas, Pories, Rio Juquiá, Rio Sorocaba, Rodovia Raposo Tavares, Tamoios, Tupiniquim, Caminhos até Ypanema, Rio Jaguari, Morro do Lopo
Primeiro Congresso Nacional de História Nacional
Data: 1915
Página 367(mapa(.284.(.283.(.282.
    1 fonte
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  Anthony Knivet
  10º de (0)
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14 de outubro de 1597, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 09:20:19
D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas
•  Cidades (12): Itanhaém/SP, Itu/SP, Jundiaí/SP, Paraty/RJ, Peruíbe/SP, Pilar do Sul/SP, Rio de Janeiro/RJ, Salto de Itu/SP, Santos/SP, São Vicente/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Afonso Sardinha, o Velho (66 anos), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Francisco de Sousa (57 anos), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Martim Correia de Sá (22 anos), Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592)
•  Temas (26): “Parateí”, Bairro Itavuvu, Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Cruzes, Ermidas, capelas e igrejas, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Guaianase de Piratininga, Japão/Japoneses, Ouro, Paranaitú, Peru, Porcos, Represa de Itupararanga, Rio Anhemby / Tietê, Rio Camandocaia, Rio Itapocú, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Santa Ana, Tamoios, Tapuias, Vila Helena
Primeiro Congresso Nacional de História Nacional
Data: 1915
Página 367(mapa(.284.(.283.(.282.
    5 fontes
  3 relacionadas

1°. PARANHOS, Paulo. A passagem bandeirante pelo Caminho Velho das Minas. Gerais. Revista da ABRASP, nº 11, 2005
2005

2°. A viagem do corsário inglês Anthony Knivet ao mar do sul e sua passagem pelo vale do rio Paraíba, Giovanna Louise Nunes
2013
Na entrada de 14 de outubro de 1597, com a bandeira em regra, seguiram juntamente a Sá e Knivet, o também inglês Henrique Banaway, além de um capelão, muitos moradores e colonos do Rio de Janeiro. Knivet comenta que, partindo de Parati para o sertão, a oeste verificava um grande número de canoas a navegar entre as ilhas e a terra firme, o que leva a crer em um comércio entre os moradores do Rio de Janeiro e as cidades do litoral norte paulista e o vale do rio Paraíba. [Página 113]  ver mais

3°. Escritas e leituras contemporâneas Vol. 2: Estudos de literatura
2019
Chegamos num lugar de terra seca, cheio de morros, rochas e nascentes de vários córregos. Em muitos desses córregos encontramos pequenas pepitas de ouro do tamanho de uma noz, e muito ouro em pó feito areia. Depois disso, chegamos a uma região bonita onde avistamos uma enorme montanha brilhante à nossa frente. Levamos dez dias para alcança-la pois, tentamos atravessar a planície, mesmo longe da serra, o sol ficava forte demais e não podíamos mais avançar por causa da claridade que refletia e nos cegava (...) Então respondi: "Amigos, o melhor é arriscar nossas vidas agora como já fizemos antes em outros lugares. (...) Por isso, creio que o melhor caminho a seguir é tentar atravessar, pois sem dúvida Deus, que já nos livrou de perigos sem fim, não há de nos abandonar agora. Além disso, se tivermos sorte de atravessarmos para o outro lado, decerto encontraremos espanhóis ou nativos, pois sei que todos vocês já ouviram que num dia claro pode-se ver o caminho desde Potosí até esta montanha." Quando terminei de dizer isso, os portugueses decidiram arriscar a travessia. [KNIVET, 1878. Páginas 117 e 118]  ver mais



  Anthony Knivet
  11º de (0)
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1589
Atualizado em 31/10/2025 09:20:20
Antonio Knivet esteve na aldeia dos Tamoios em aproximadamente 1598
•  Cidades (4): Sorocaba/SP, Bragança Paulista/SP, Atibaia/SP, Guarulhos/SP
•  Pessoas (1): Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
•  Temas (7): Tamoios, Tupiniquim, Morro do Lopo, Montanhas, Canibalismo, Rio Jaguari, Temiminós
    1 fonte
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  Anthony Knivet
  12º de (0)
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5 de maio de 1599, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 09:20:20
D. Francisco chegou a São Paulo em maio de 1599 com grande comitiva
•  Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (16): Afonso Sardinha, o Velho (68 anos), Antonio Camacho (n.1556), Antônio de Marins Loureiro, Antonio de Proença (59 anos), Antonio Raposo, o Velho (42 anos), Cornélio de Arzão (f.1638), Diogo Nunes, Francisco da Gama (29 anos), Francisco de Sousa (59 anos), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (24 anos), Geraldo Correa, João Antonio Cabral Camello, João Soares, Lopo de Souza (f.1610), Wilhelm Jostten Glimmer (19 anos)
•  Temas (18): Algodão, Bacaetava / Cahativa, Belgas/Flamengos, Caminho de Paranapiacaba, Caminho de Piratininga, Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Capitania de São Vicente, Cavalos, Ermidas, capelas e igrejas, Fortes/Fortalezas, Habitantes, Ouro, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Ybyrpuêra, Peru
    1 fonte
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  Anthony Knivet
  13º de (0)
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3 de junho de 1599, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 04:57:11
Chegada
•  Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (10): Afonso Sardinha, o Velho (68 anos), Cornélio de Arzão (f.1638), Francisco de Sousa (59 anos), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (24 anos), José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830), Manoel de Góes Raposo, Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Pedro Taques (39 anos), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Wilhelm Jostten Glimmer (19 anos)
•  Temas (12): Bacaetava / Cahativa, Bairro Itavuvu, Buraco de Prata, Cavalos, Ermidas, capelas e igrejas, Guerra de Extermínio, Léguas, Ouro, Pela primeira vez, Pelourinhos, Prata, Rio Itapocú
    1 fonte
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  Anthony Knivet
  14º de (0)
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Novembro de 1599
Atualizado em 31/10/2025 13:10:05
A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
•  Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Ibiúna/SP, Itu/SP, Salto de Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Afonso Sardinha, o Velho (68 anos), Francisco de Sousa (59 anos), Gaspar Gomes Moalho, Martim Correia de Sá (24 anos), Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Salvador Correia de Sá e Benevides (5 anos)
•  Temas (22): Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caucaya de Itupararanga, Comando de Policiamento do Interior-7, Ermidas, capelas e igrejas, Grunstein (pedra verde), Guaianase de Piratininga, Japão/Japoneses, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Itapocú, Rio Sapucaí, Rio Sarapuy, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Sabarabuçu, Sarapuy / Sapucay
Anthony Knivet em Sorocaba
Data: 1915
Créditos: Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
Página 381
    15 fontes
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1°. O Relato de Anthony Knivet, Jornal Correio Paulistano
19 de dezembro de 1875, domingo
Quando chegamos, achava-se o governador a 50 léguas, em um lugar no interior, onde lhe constava haverem muitas minas de ouro. Não tendo achado, porém, coisa que pagasse o trabalho, despachou gente mais para o sertão em busca de um sítio chamado Itapusik. Como eu conhecia esse lugar, tive ordem do governador geral para seguir para ali.

Encontramos em Itapusik minas não vulgares. Trouxemos uma porção de terra aurífera e vários pedacinhos de ouro, que achamos em lugares lavrados pelas águas. Muito folgou com isso o governador geral; deu-nos pelo achado mais do ele valia, e enviou-o ao rei, a quem requereu permissão para averiguar se essas minas eram lavráveis ou não.

Mandou igualmente 40 mil libras em lâminas de prata preparada na mina de São Paulo a 12 léguas de São Vicente. Quando eu me achava em Itapusik, partiu meu amo para casa. Em consequência de sua retirada, tive de servir como soldado até que partissem navios para o Rio de Janeiro. Servi 3 meses, e fui muito bem recompensado pelo governador, que remeteu-me de novo para meu velho amo.  ver mais

2°. “D. Francisco de Souza”. Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957), Jornal Correio Paulistano
10 de outubro de 1904, segunda-feira
As minas de Piraçoyaba pouco ouro tinham; não eram mais que uma montanha de ferro, o nosso Ypanema de hoje, e foram, portanto, uma decepção para d. Francisco de Souza. Apesar disso não esmoreceu; nessas proximidades levantou pelourinho e erigiu uma vila que denominou São Phelippe; do mesmo modo, depois indo examinar as minas de Bituruna, que não corresponderam á sua expectativa, também levantou pelourinho e erigiu outra vila, a vila de Monserrat.*

Com a primeira cortejava o rei e com a segunda a santa de sua especial devoção; e não se esquecia dos moradores de São Paulo, porque prometia procurar-lhes com sua majestade muitos privilégios e mercês e elevar-lhes a vila á cidade, "por ter sido a primeira e principal parte onde, mediante o favor divino, descobriu minas".

Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) equivocou-se dizendo ficar a vila Monserrat próxima ás minas de Biraçoyaba; confundiu Monserrat com São Phelippe supondo ter existido uma có vila. Na coleção de mapas apresentados ao árbitro pelo Barão do Rio Branco, na questão chamada das Missões, ha os mapas n°. 5-A e n°. 6-A, que localizam Monserrat a N.O. de São Paulo, além do Anhamby, e São Phelippe a oeste de São Paulo, na margem de um afluente do Anhamby.

Quando Salvador Correia elevou Sorocaba a vila, diz que d. Francisco de Sousa já lá tinha mandado levantar pelourinho. - Vide em "Azevedo Marques. Apontamentos sobre Sorocaba. Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) (Jornal de Viagem, por diferentes vilas até Sorocaba - R.I.H.G.R., vol. 45) em 1803 esteve em Parnahyba, e nas proximidades desta vila, examinou as lavras de Bituruna, "Monserrat", Taboão e Santa Fé. O mapa da Comissão Geográfica e Geológica do Estado, situa o município de Parnahyba sua fazenda "Monserrat" e porto "Grupiara", vocabulo usado pelos mineiros daquele tempo.  ver mais

3°. História do Brasil, 1914. João Ribeiro
1914

4°. Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
1915
Pelas narrativas de Knivet se confirma que d. Francisco de Sousa pouco se demorou em S. Vicente. quando veio ao sul, em 1599, a promover a exploração das minas. Em novembro desse ano, quando Salvador Correira chega a Santos, a chamado do governador geral, levando-lhe auxilio de gente e munições para as entradas ao sertão, já o ativo governador estava a muita léguas no interior, distante de S. Paulo, na serra de Araçoiaba, cuja fama, como vimos, a fazia conhecida como montanha de todos os metais.

D. Francisco não se demorou em fazer seguir uma expedição á serra da Mantiqueira, que Anthony Knivet designa como "um sítio chamado Itapusik" e que evidentemente é como uma erronia de Itapucú, que ele, em outra parte da narrativa, assinala como Itapuca, querendo dizer monte de pedras compridas, trecho da Mantiqueira que é hoje o Pucú ou Pedra do Pecú, por onde, dois anos antes, passara a malograda expedição de Martim de Sá, em perseguição dos tamoyos. Anthony Knivet, que já estivera no lugar, teve ordem de seguir na expedição, a qual mui provavelmente se meteu a caminho de novembro e dezembro de 1599.

Knivet não a descreve com as minúcias com que trata de tantas outras em que antes tomara parte; resume-lhe os fatos e muito pouca coisa; diz que se acharam em Itapucú minas não vulgares, e, por prova, trouxeram de lá uma porção de terra aurífera e algumas pepitas de ouro, encontradas em terreno de aluvião, com o que muito se alegrou o governador comunicando o fato para o reino e pedindo permissão para examinar si essas minas eram ou não lavráveis.

Restituído a Salvador Correia, que tornara ao Rio sem aguardar os resultados da expedição de Itapucú, voltou o prisioneiro inglês aos seus misteres antigos, na lavoura da cana. Perece, porém, que pouco tempo se demorou no engenho de açúcar de seu amo, porque foi por este mandado para as bandas da serra dos Órgãos, que o narrador chama Orgelen, talvez acompanhando a Martim de Sá na sua expedição contra os tomiminós do baixo Parahyba. [Páginas 387 e 388] [1]  ver mais

5°. “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1929
Após a expedição de Itapucú, a que já nos referimos, Antonio Knivet regressou para a Europa em companhia de Salvador Corrêa de Sá, em agosto de 1601. De seu compatriota, Henrique Barraway, que o acompanhou em quase todas suas peregrinações, sabe-se que ficou em São Paulo, onde se casou com Francisca Alvares, filha de Marcos Fernandes, e dele procede o apelido de Baruel. Faleceu anos após, na vila de São Paulo.  ver mais

6°. “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1940
Dom Francisco de Sousa por suas vez, chegou á vila em maio de 1599, seguido de considerável comitiva. Jornadeou logo para as minas do Araçoyaba, onde Affonso Sardinha, o moço, lhe fez doação dum dos fornos catalães para o preparo do ferro, passando depois a visitar as minas de Bacaetava, São Roque e Jaraguá. Pouco meses depois retornava ao Araçoyaba e dali enviava uma expedição ao Itapucú, da qual fez parte Antonio Knivet.  ver mais

7°. História da Terra e do Homem no Planalto Central. Paulo Bertran
2011
Sem mais esperar, D. Francisco, ainda no ano de 1599, envia ao sertão Anthony Knivet – ex-pirata inglês e criado relutante dos Correia de Sá do Rio de Janeiro – de onde volta com amostras de ouro. Rodrigues Ferreira acha ter ele atingido o São Francisco, onde já estivera em 1596.  ver mais

8°. Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina*
Fevereiro de 2014
Poucos mezes depois retornava ao Araçoiaba e dalli enviava uma bandeira, mais para o interior, da qual fez parte Antonio Knivet. As empresas, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas por André de Leão e Nicolau Barreto.  ver mais

9°. As Incríveis Aventuras e Estranhos Infortúnios de Anthony Knivet: Memórias de um aventureiro inglês que em 1591 saiu de seu país com o pirata Thomas Cavendish e foi abandonado no Brasil, entre índios canibais e colonos selvagens
2023
Knivet embrenha-se pelo sertão, por lugares nunca antes pisados por um europeu, entrando em contato com tribos desconhecidas e negociando escravos que serão usados nos engenhos e em trabalhos domésticos. Suas outras entradas pelo interior do Brasil, seguindo rotas indígenas e caminhos desconhecidos, são viagens de exploração em busca de minas de ouro e de pedras preciosas, que se incrementaram no governo de d. Francisco de Sousa.

O que movia essas entradas era principalmente a recente descoberta da gigantesca montanha de prata em Potosí, na atual Bolívia, e também os mitos de indígenas brasileiros sobre uma montanha de metais preciosos, a lendária Sabarabuçu. Percorrendo o interior de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, Knivet e seus companheiros deparam, em vários lugares, com pepitas de ouro, ouro em pó e uma grande variedade de pedras preciosas, como diamantes, rubis, safiras, e com a mitológica montanha resplandecente, segundo ele, tão brilhante que chega a cegar a vista dos viajantes, e tão alta que se perde entre as nuvens.  ver mais


    Registros relacionados
1625. Atualizado em 25/02/2025 04:46:33
1°. “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”



  Anthony Knivet
  15º de (0)
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Fevereiro de 1600
Atualizado em 31/10/2025 06:16:00
Segunda visita a Nossa Senhora de Montsserrat / Adiante desta vila quatro léguas (19km), no sitio chamado serra de Biraçoiaba*
•  Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Afonso Sardinha, o Velho (69 anos), Francisco de Sousa (60 anos)
•  Temas (10): Bacaetava / Cahativa, Fazenda Ipanema, Fortes/Fortalezas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Primeira Fábrica em Ipanema, Rio Itapocú, Serra de Araçoiaba, Bairro Itavuvu
    5 fontes
  0 relacionadas



  Anthony Knivet
  16º de (0)
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14 de agosto de 1601, sexta-feira
Atualizado em 03/11/2025 15:21:17
Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru
•  Cidades (3): Sorocaba/SP, Potosí/BOL, Rio de Janeiro/RJ
•  Pessoas (4): Francisco de Sousa (61 anos), Martim Correia de Sá (26 anos), Salvador Correia de Sá, O Velho (63 anos), Diogo de Quadros
•  Temas (4): Buraco de Prata, Peru, Prata, Rio Itapocú
    1 fonte
  5 relacionadas

1°. “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”
1625
Aqui os canibais não estime mais de ouro, ou pedras preciosas, então Armazene de ouro. de todas as pedras nas ruas: se os espanhóis tivessem conhecidos deste País, eles não precisavam ter ido para Peru, não há igual para todos os ricos metais e muitos tipos de pedras preciosas. Neste lugar Eu vivi dezoito meses, e fui nu como os Canibais fez.

Depois que tivemos Passando por este País, chegamos a um Rio que corre de Tucumã para o Chile, onde demoramos quatro dias fazendo Canoas passar o Rio, pois havia tantos crocodilos, que não ousávamos passar por medo deles: depois de passarmos por este Rio, chegamos à Montanha de todos Metais.

Neste local há vários espanhóis e portugueses foram, e certos homens fora da lei foram lançados em terra nesta costa por um tal Pedro de Sarmiento, que veio a este lugar, e instalou uma grande Cruz, e nela escreveu que o País era o Rei da Espanha; o que eu publiquei, e escrevi que era a Rainha da Inglaterra.

Esta colina é de diversos tipos de Metais, Cobre e Ferro, algum Ouro, e grande estoque de Quicke-prata. É muito alto, e totalmente nua, sem nenhuma árvore. Aqui também foi feita uma igrejinha, onde encontramos duas imagens, uma de Nossa Senhora e outra de Cristo crucificado.

Quando os Tamoyes viram aqueles sinais, pensaram que eu os havia traído, e (de fato) fiquei pasmo, pensando que havíamos estado em alguma parte do Rio da Prata, e porque os índios não deviam desanimar, mostrei minha auto-estima. para ficar muito feliz, e disse-lhes que eu sabia que eram sinais que meus conterrâneos costumavam fazer quando vinham para países estranhos: com essas convicções fiz os Tamoyes virem em sua jornada para o Mar; caso contrário, se eu lhes dissesse que havia uma caixa montada pelos espanhóis, o medo de que os pobres canibais estivessem nelas tinha caixa o suficiente para fazer com que todos voltassem de onde vieram. Por fim, chegamos ao Mar, como eu lhe disse, à Cidade dos Cariyohs: esta Cidade fica em um belo lugar agradável, perto da costa em uma bela baía, onde cem   ver mais

2°. Memórias para a História do extinto estado do Maranhão, Tomo II
1874
Em 14 de Agosto de 1601 Salvador Corrêa de Sá (o velho) e sua senhora seguirão para Pernambuco no navio de Knivet, que aportou em fins de Setembro a margem do rio Camaragibe (Alagoas) no engenho de um allemão.  ver mais

3°. O Relato de Anthony Knivet, Jornal Correio Paulistano
19 de dezembro de 1875, domingo
Andava eu então ocupado em ir e vir á noite ao engenho em um barco, transportando pau Brasil para a urca; e por causa do ar inchou-me de tal modo uma das pernas que eu não a podia mover. É comumente mui perigoso, naquela região, expor-se ao ar durante a noite quem está quente; pois, como a terra é cálida, penetra o ar com muita força, e faz enfermar de repente um ou outro membro do corpo humano. Durante bem um mês, andei bastante incomodado dessa perna. A 14 de agosto de 1601, embarcou meu amo Salvador Corrêa de Sá, com sua mulher Donna de Soso, naquela urca para seguir viagem do Rio de Janeiro para Pernambuco.   ver mais

4°. “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1929
Após a expedição de Itapucú, a que já nos referimos, Antonio Knivet regressou para a Europa em companhia de Salvador Corrêa de Sá, em agosto de 1601. De seu compatriota, Henrique Barraway, que o acompanhou em quase todas suas peregrinações, sabe-se que ficou em São Paulo, onde se casou com Francisca Alvares, filha de Marcos Fernandes, e dele procede o apelido de Baruel. Faleceu anos após, na vila de São Paulo.  ver mais

5°. Anthony Knivet, consulta em Brasilhis Database, brasilhis.usal.es
6 de novembro de 2023, segunda-feira


    Registros relacionados
1625. Atualizado em 25/02/2025 04:46:33
1°. “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”
15 de julho de 1941, sexta-feira. Atualizado em 10/10/2025 19:57:05
2°. Projeto da Igreja de Santa Rita


Em 14 de agosto Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou.



  Anthony Knivet
  17º de (0)
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Outubro de 1601
Atualizado em 03/11/2025 15:21:13
Manuel de Mascarenhas ainda voltou. comandando socorros para defender a fortaleza e a incipiente cidade dos ataques ferozes do “tuixáua potiguar Piragiba, que a trazia de cerco, segundo a narrativa de Antony Knivet*
•  Pessoas (1): Manuel Mascarenhas Homem (n.1600)



  Anthony Knivet
  18º de (0)
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1625
Atualizado em 31/10/2025 13:10:04
“As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”
•  Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, Potosí/BOL, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP
•  Pessoas (2): Isabel de Aragão ou Santa Isabel (1271-1336), Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592)
•  Temas (17): Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Caucaya de Itupararanga, Colinas, Japão/Japoneses, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Montanhas, Ouro, Peru, Represa de Itupararanga, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itararé, Rio Jaguari, Sabarabuçu, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra de Jaraguá
Anthony Knivet em Sorocaba
Data: 1915
Créditos: Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
Página 381
    5 fontes
  2 relacionadas

1°. Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923)
1883
Do Espirito Santo ha certeza que Domingos Martins Cão fez uma expedição a procura das esmeraldas por ordem de D. Francisco de Sousa, quando este ainda estava na Bahia, isto é, antes de 1598. Ha ainda notícia de uma expedição feita no mesmo ou no seguinte ano por ordem de D. Francisco de Sousa. Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600.  ver mais

2°. História do Brasil, 1914. João Ribeiro
1914


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11 de fevereiro de 1584, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:36
1°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe
1592. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
2°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
Do Espirito Santo ha certeza que Domingos Martins Cão fez uma expedição a procura das esmeraldas por ordem de D. Francisco de Sousa, quando este ainda estava na Bahia, isto é, antes de 1598. Ha ainda notícia de uma expedição feita no mesmo ou no seguinte ano por ordem de D. Francisco de Sousa. Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600.
14 de agosto de 1601, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:59
3°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru
Aqui os canibais não estime mais de ouro, ou pedras preciosas, então Armazene de ouro. de todas as pedras nas ruas: se os espanhóis tivessem conhecidos deste País, eles não precisavam ter ido para Peru, não há igual para todos os ricos metais e muitos tipos de pedras preciosas. Neste lugar Eu vivi dezoito meses, e fui nu como os Canibais fez.

Depois que tivemos Passando por este País, chegamos a um Rio que corre de Tucumã para o Chile, onde demoramos quatro dias fazendo Canoas passar o Rio, pois havia tantos crocodilos, que não ousávamos passar por medo deles: depois de passarmos por este Rio, chegamos à Montanha de todos Metais.

Neste local há vários espanhóis e portugueses foram, e certos homens fora da lei foram lançados em terra nesta costa por um tal Pedro de Sarmiento, que veio a este lugar, e instalou uma grande Cruz, e nela escreveu que o País era o Rei da Espanha; o que eu publiquei, e escrevi que era a Rainha da Inglaterra.

Esta colina é de diversos tipos de Metais, Cobre e Ferro, algum Ouro, e grande estoque de Quicke-prata. É muito alto, e totalmente nua, sem nenhuma árvore. Aqui também foi feita uma igrejinha, onde encontramos duas imagens, uma de Nossa Senhora e outra de Cristo crucificado.

Quando os Tamoyes viram aqueles sinais, pensaram que eu os havia traído, e (de fato) fiquei pasmo, pensando que havíamos estado em alguma parte do Rio da Prata, e porque os índios não deviam desanimar, mostrei minha auto-estima. para ficar muito feliz, e disse-lhes que eu sabia que eram sinais que meus conterrâneos costumavam fazer quando vinham para países estranhos: com essas convicções fiz os Tamoyes virem em sua jornada para o Mar; caso contrário, se eu lhes dissesse que havia uma caixa montada pelos espanhóis, o medo de que os pobres canibais estivessem nelas tinha caixa o suficiente para fazer com que todos voltassem de onde vieram. Por fim, chegamos ao Mar, como eu lhe disse, à Cidade dos Cariyohs: esta Cidade fica em um belo lugar agradável, perto da costa em uma bela baía, onde cem
16 de maio de 2023, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:55
4°. História do Brasil (João Ribeiro), consultado em Wikipédia



  Anthony Knivet
  19º de (0)
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1874
Atualizado em 03/11/2025 15:21:14
Memórias para a História do extinto estado do Maranhão, Tomo II
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (3): Christovão Linz, Inês de Souza, Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
•  Temas (3): Açúcar, Fortes/Fortalezas, Grunstein (pedra verde)
    Registros relacionados
1578. Atualizado em 24/10/2025 02:35:33
1°. Registros indicam ouro
14 de agosto de 1601, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:59
2°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru
Em 14 de Agosto de 1601 Salvador Corrêa de Sá (o velho) e sua senhora seguirão para Pernambuco no navio de Knivet, que aportou em fins de Setembro a margem do rio Camaragibe (Alagoas) no engenho de um allemão.
Setembro de 1601. Atualizado em 25/07/2025 04:43:18
3°. Aportam no rio Camarajipe*



  Anthony Knivet
  20º de (0)
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1874
Atualizado em 03/11/2025 15:21:14
Os seis primeiros documentos da História do Brazil
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (8): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Ascenso Ribeiro, Brás Cubas (1507-1592), Francisco Correa (f.1590), Francisco de Sousa (1540-1611), João Ramalho (1486-1580), Rio Paraíba, Simão de Vasconcelos (1597-1671)
•  Temas (4): Carijós/Guaranis, Diamantes e esmeraldas, Ouro, Caminho do Paraguay



  Anthony Knivet
  21º de (0)
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19 de dezembro de 1875, domingo
Atualizado em 31/10/2025 13:10:04
O Relato de Anthony Knivet, Jornal Correio Paulistano
•  Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Francisco de Sousa (1540-1611), Martim Correia de Sá (1575-1632), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
•  Temas (10): Bairro Itavuvu, Canôas, Dinheiro$, Epidemias e pandemias, Léguas, Nheengatu, Ouro, Pontes, Prata, Rio da Prata
Correio Paulistano
Data: 1875
Página 1
    2 fontes
  0 relacionadas
    Registros relacionados
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
1°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
Quando chegamos, achava-se o governador a 50 léguas, em um lugar no interior, onde lhe constava haverem muitas minas de ouro. Não tendo achado, porém, coisa que pagasse o trabalho, despachou gente mais para o sertão em busca de um sítio chamado Itapusik. Como eu conhecia esse lugar, tive ordem do governador geral para seguir para ali.

Encontramos em Itapusik minas não vulgares. Trouxemos uma porção de terra aurífera e vários pedacinhos de ouro, que achamos em lugares lavrados pelas águas. Muito folgou com isso o governador geral; deu-nos pelo achado mais do ele valia, e enviou-o ao rei, a quem requereu permissão para averiguar se essas minas eram lavráveis ou não.

Mandou igualmente 40 mil libras em lâminas de prata preparada na mina de São Paulo a 12 léguas de São Vicente. Quando eu me achava em Itapusik, partiu meu amo para casa. Em consequência de sua retirada, tive de servir como soldado até que partissem navios para o Rio de Janeiro. Servi 3 meses, e fui muito bem recompensado pelo governador, que remeteu-me de novo para meu velho amo.
14 de agosto de 1601, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:59
2°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru
Andava eu então ocupado em ir e vir á noite ao engenho em um barco, transportando pau Brasil para a urca; e por causa do ar inchou-me de tal modo uma das pernas que eu não a podia mover. É comumente mui perigoso, naquela região, expor-se ao ar durante a noite quem está quente; pois, como a terra é cálida, penetra o ar com muita força, e faz enfermar de repente um ou outro membro do corpo humano. Durante bem um mês, andei bastante incomodado dessa perna. A 14 de agosto de 1601, embarcou meu amo Salvador Corrêa de Sá, com sua mulher Donna de Soso, naquela urca para seguir viagem do Rio de Janeiro para Pernambuco.



  Anthony Knivet
  22º de (0)
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Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923)
1883. Atualizado em 23/10/2025 15:51:07
Relacionamentos
 Cidades (5): Cananéia/SP, Porto Seguro/BA, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (36) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Garcia (f.1526), Américo Vespúcio (1454-1512), Ascenso Ribeiro, Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (1507-1592), Diogo Garcia de Moguér, Domingos Luís Grou (1500-1590), Duarte Machado, Fernão de Magalhães (1480-1521), Francisco Correa (f.1590), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Hans Staden (1525-1576), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), João Coelho de Souza (f.1574), João de Azpilcueta Navarro, João Ramalho (1486-1580), Jorge Correa, Jorge Ferreira (1493-1591), José de Anchieta (1534-1597), Manuel Aires de Casal (1754-1821), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Nicolau Coelho (1460-1504), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pero Lobo, Pero Vaz de Caminha (1450-1500), Piqueroby (1480-1552), Robério Dias (n.1600), Sebastião Fernandes Tourinho, Simão de Vasconcelos (1597-1671), Vasco da Gama (1469-1524), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 Temas (13): Açúcar, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Escravizados, Franceses no Brasil, Guerra de Extermínio, Habitantes, Montanhas, Ordem de Cristo, Pela primeira vez, Peru, Rio Sorocaba

Registros mencionados (2)
1. Expedições
1592

Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600.
2. “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”
1625

Do Espirito Santo ha certeza que Domingos Martins Cão fez uma expedição a procura das esmeraldas por ordem de D. Francisco de Sousa, quando este ainda estava na Bahia, isto é, antes de 1598. Ha ainda notícia de uma expedição feita no mesmo ou no seguinte ano por ordem de D. Francisco de Sousa. Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600.
Registros mencionados (11)
09/03/1500 - Ao meio-dia a esquadra de Pedro Álvares Cabral partiu de Lisboa. Eram 13 embarcações [6938]
14/03/1500 - A frota passou por Grã Canária, a maior das Ilhas Canárias [6939]
21/04/1500 - Partida [224]
24/01/1502 - A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia [21460]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
01/12/1532 - Caminho da Serra* [25855]
1540 - Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho [26931]
1552 - Expedição [26774]
1592 - Expedições [26775]
1625 - “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet” [23864]
21/11/1727 - O comerciante João Antunes Cabral Camelo chega Cuiabá [6770]




  Anthony Knivet
  23º de (0)
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1895
Atualizado em 31/10/2025 04:57:20
Revista do Museu Paulista
•  Cidades (7): Bertioga/SP, Cubatão/SP, Jacareí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (5): Ana Pimentel Henriques Maldonado (1500-1571), Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), Brás Cubas (1507-1592), João Pires Cubas (n.1460), José de Anchieta (1534-1597)
•  Temas (22): Bocaína, Boigy, Cabusú, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Cayacangas, Estradas antigas, Guaianás, Ilha de Barnabé, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Montanhas, Nossa Senhora da Escada, Rio Cubatão, Rio Cubatão em Cubatão, Rio Geribatiba, Rio Mogy, Serra da Mantiqueira, Serra de Paranapiacaba, Tamoios, Taperovira, Ururay
Revista do Museu Paulista
Data: 1895
Página 36
    Registros relacionados
3 de março de 1531, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:42:20
1°. Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba”
Nas sesmarias concedidas a Braz Cubas por d. Anna Pimentel, a 3 de março de 1531 ha referências a essa ilha, que hoje se denomina Barnabé.Passemos a transcrever alguns tópicos: "... a qual terra (sesmaria) está na povoação de São Vicente (Santos ainda não existia nesse tempo) do dito sr. Martim Afonso e a dita terra poderá ser de grandura de duas léguas e meia, pouco mais ou menos, até três léguas por costa e por dentro quanto se puder estender, que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba, assim que pelo braço de mar dentro e mais lhe fazemos doação.

Estas terras de Braz Cubas segundo confrontações do referido documento, conforme se vê no mapa, eram duas e meia a três léguas de costa, desde a foz do Jurubatuba, até o outeiro Guanique, que neste tempo também era ilha, e que se acha á margem esquerda do Rio Cabaçú, no largo do Candinho, costeando as montanhas que ficavam sobre o mar.

Como em todo esse sertão oriental, compreendida esta sesmaria, que estava ainda nessa época infestada pela tribo indômita de Ururay, que se aliavam aos tamoyos no ódio e hostilidades aos portugueses, houve dificuldade em povoar e cultivar essa região, conforme declara o mesmo documento. [Páginas 514 e 515]
24 de abril de 1537, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:42:22
2°. Sesmaria
A data da Sesmaria de Pedro de Góes é de 24 de abril de 1537 e acha-se transcrita em diversas crônicas e monografias. Confrontava para o oriente, na serra de Taperovira com as ditas terras de Braz Cubas, pelo rio Jurubatuba; dai, costeava o lagamar até a ponta ocidental desta serra até o ponto hoje denominado Pedreira, e dali cortava em linha reta até a illha do Caramacôara (Casquerinho) onde o rio Cubatão tem uma de suas barras. [Revista do Museu Paulista, 1895. Página 515 e 516



  Anthony Knivet
  24º de (0)
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1899
Atualizado em 31/10/2025 13:10:03
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP (1898-1899)
•  Cidades (4): Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (12): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Balthazar Fernandes (1577-1670), Clemente Álvares (1569-1641), Gonçalo Correia de Sá (n.1540), Jean de Laet (1571-1649), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Suzana Dias (1540-1632), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (10): Ambuaçava, Bituruna, vuturuna, Itapeva (Serra de São Francisco), Nossa Senhora da Luz, Ouro, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Tamanduatei, Ybyrpuêra, Apiassava das canoas
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP
Data: 1899
Página 189
    Registros relacionados
23 de setembro de 1619, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:52
1°. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas
Parnahyba, sendo ainda do termo de São Paulo, principiava a povoar-se no ano de 1619. O descobrimento de minas chamou para aquele lugar muitos povoadores. André Fernandes pediu sesmaria alegando que era lavrador de posses, que andava em serviços de Sua Majestade no descobrimento das minas e que tinha necessidade de terras junto a elas. Concederam-lhe duas léguas aos 23 de setembro de 1619. Balthazar Fernandes, alegando os mesmos serviços, pediu no mesmo lugar uma légua, que se lhe concedeu no mesmo dia e ano. Clemente Alvaro, pelas mesmas e idênticas razões, pediu no dito lugar, junto as minas, sesmaria em Bituruna, águas vertentes para o rio Anhemby, e lhe concederam duas léguas aos 23 de setembro do dito ano. Todas estas sesmarias foram concedidas por Gonçalo Correa e fazem já menção de alguns moradores no dito lugar. As minas era de Bituruna e acham-se as sesmarias registradas no livro 4.°, desde fls. 24, 28 até 30.

André Fernandes foi o fundador de Parnahyba, Balthazar Fernandes fundou Sorocaba e Domingos Fernandes fundou Ytú: todos três eram filhos de Manoel Fernandes Ramos, fidalgo português, e de Suzana Dias, neta de João Ramalho e bisneta de Tebiriçá. [Página 813 do pdf]



  Anthony Knivet
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19 de março de 1899, domingo
Atualizado em 31/10/2025 04:57:19
Teodoro Sampaio sobre Ambuaçava
•  Cidades (1): São Paulo/SP
•  Pessoas (2): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos)
•  Temas (2): Ambuaçava, Carijós/Guaranis
Revista do Instituto histo´rico e geogra´fico de Sa~o Paulo
Data: 1899
Página 277



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1900
Atualizado em 31/10/2025 13:10:02
“Peregrinações de Anthony Knivet no Brasil no Século XVI“, Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Jerônimo Leitão, Mem de Sá (1500-1572), Teodoro Fernandes Sampaio (45 anos)
•  Temas (3): Bacaetava / Cahativa, Ouro, Rio Jaguari
Peregrinações de Anthony Knivet no Brasil no Século XVI
Data: 1900
Créditos: Teodoro Sampaio
Página 383



  Anthony Knivet
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10 de outubro de 1904, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 13:10:02
“D. Francisco de Souza”. Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957), Jornal Correio Paulistano
•  Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (9): Diogo Martins Cam, Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), José Maria da Silva Paranhos Jr (59 anos), Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Sebastião de Freitas (1565-1644), Washington Luís Pereira de Sousa (35 anos)
•  Temas (19): Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Dinheiro$, Escravizados, Estreito de Magalhães, Grupiara, Leis, decretos e emendas, Música, Nossa Senhora de Montserrate, Pelourinhos, Peru, Pólvora, Portos, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio São Francisco, Sabarabuçu, São Filipe, São Paulo de Piratininga
Jornal Correio Paulistano
Data: 1904
10/10/1904
    Registros relacionados
20 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 28/10/2025 16:13:44
1°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias
11 de novembro de 1595, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:14:38
2°. Alvará proibiu terminantemente a escravização do indígena e que revigorou o de 20 de março de 1570, que permitia a cativação dos que fossem tomados em guerra justa
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
3°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
As minas de Piraçoyaba pouco ouro tinham; não eram mais que uma montanha de ferro, o nosso Ypanema de hoje, e foram, portanto, uma decepção para d. Francisco de Souza. Apesar disso não esmoreceu; nessas proximidades levantou pelourinho e erigiu uma vila que denominou São Phelippe; do mesmo modo, depois indo examinar as minas de Bituruna, que não corresponderam á sua expectativa, também levantou pelourinho e erigiu outra vila, a vila de Monserrat.*

Com a primeira cortejava o rei e com a segunda a santa de sua especial devoção; e não se esquecia dos moradores de São Paulo, porque prometia procurar-lhes com sua majestade muitos privilégios e mercês e elevar-lhes a vila á cidade, "por ter sido a primeira e principal parte onde, mediante o favor divino, descobriu minas".

Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) equivocou-se dizendo ficar a vila Monserrat próxima ás minas de Biraçoyaba; confundiu Monserrat com São Phelippe supondo ter existido uma có vila. Na coleção de mapas apresentados ao árbitro pelo Barão do Rio Branco, na questão chamada das Missões, ha os mapas n°. 5-A e n°. 6-A, que localizam Monserrat a N.O. de São Paulo, além do Anhamby, e São Phelippe a oeste de São Paulo, na margem de um afluente do Anhamby.

Quando Salvador Correia elevou Sorocaba a vila, diz que d. Francisco de Sousa já lá tinha mandado levantar pelourinho. - Vide em "Azevedo Marques. Apontamentos sobre Sorocaba. Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) (Jornal de Viagem, por diferentes vilas até Sorocaba - R.I.H.G.R., vol. 45) em 1803 esteve em Parnahyba, e nas proximidades desta vila, examinou as lavras de Bituruna, "Monserrat", Taboão e Santa Fé. O mapa da Comissão Geográfica e Geológica do Estado, situa o município de Parnahyba sua fazenda "Monserrat" e porto "Grupiara", vocabulo usado pelos mineiros daquele tempo.
6 de junho de 1600, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:37
4°. Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara
1656. Atualizado em 25/02/2025 04:40:06
5°. Mapa “Le Bresil” de Nicolas Sanson (1600-1667)



  Anthony Knivet
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1914
Atualizado em 03/11/2025 15:21:16
História do Brasil, 1914. João Ribeiro
•  Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Jundiaí/SP, Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
•  Pessoas (3): João Capistrano Honório de Abreu (61 anos), Martim Correia de Sá (1575-1632), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
•  Temas (15): Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Grunstein (pedra verde), Guaianase de Piratininga, Lepos, Pories, Rio Jaguari, Serra de Paranapiacaba, Tamoios, Tomenos, Nheengatu, Peru, Colinas
    Registros relacionados
11 de fevereiro de 1584, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:36
1°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
2°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
1625. Atualizado em 25/02/2025 04:46:33
3°. “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”
4 de outubro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:32:35
4°. Biografia de Maria de Zunega, consultada em pt.rodovid.org/wk/Pessoa:1123476



  Anthony Knivet
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1915
Atualizado em 31/10/2025 13:10:01
Revista do Instituto Histórico e Geográfico brasileiro
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Francisco de Sousa (1540-1611), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
•  Temas (2): Ouro, Rio Itapocú
Revista do Instituto Histórico e Geográfico brasileiro
Data: 1915
Página 387



  Anthony Knivet
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1915
Atualizado em 31/10/2025 04:57:06
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
•  Cidades (16): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Ibiúna/SP, Iguape/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Juquiá/SP, Mogi das Cruzes/SP, Paracatu/MG, Paranaguá/PR, Porto Feliz/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
•  Pessoas (42): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Agostinho Barbalho Bezerra, Antonio de Lemos Conde, Brás Cubas (1507-1592), Clemente Álvares (1569-1641), Cristóvão de Barros, Diogo de Unhate (1535-1617), Diogo Domingues de Faria (1618-1690), Diogo Pereira Lima, Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Fernão Paes de Barros (n.1632), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel de Lara (f.1694), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Inácio de Siqueira, Jaime Comas (Jayme Commere), Jerônimo Leitão, João Capistrano Honório de Abreu (62 anos), João Coelho de Souza (f.1574), João de Barros de Abreu (n.1560), João IV, o Restaurador (1604-1656), John Whithal (João Leitão), José da Silva Ferrão, José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830), Leonardo Nunes, Luís Gonzaga da Silva Leme (63 anos), Martim Correia de Sá (1575-1632), Mem de Sá (1500-1572), Orville Derby (64 anos), Pandiá Calógeras (45 anos), Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Salvador Jorge Velho (1643-1705), Teodoro Fernandes Sampaio (60 anos), Thomas Cavendish (1560-1592), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (40): “o Rio Grande”, Caminho de Piratininga, Caminho de São Roque-Sorocaba, Caminho do Peabiru, Curiosidades, Ermidas, capelas e igrejas, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Guerra de Extermínio, Itapeva (Serra de São Francisco), Leis, decretos e emendas, M. Itapucú, Minas de Itaimbé, Minas do Geraldo, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Ouro, Paranaitú, Peru, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio das Velhas, Rio Itapocú, Rio Jaguari, Rio Jequitinhonha, Rio Mogy, Rio São Francisco, Rio Sapucaí, Rio Sorocaba, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Sabarabuçu, Sarapuy / Sapucay, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra de Jaraguá, Tamoios, Temiminós, União Ibérica, Ytutinga
Primeiro Congresso Nacional de História Nacional
Data: 1915
Página 367(mapa(.284.(.283.(.282.
    Registros relacionados
Julho de 1550. Atualizado em 28/10/2025 16:16:26
1°. Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III*
De uma carta de Felippe Guilhem, vê-se que a serra resplandescente, suposta serra do ouro ficava a oeste de Porto Seguro, ao lado ocidental de um grande rio, junto dele. Esse veio de água era o rio Grande (Jequitinhonha), o qual, no regimento dado a Thomé de Sousa, foi designado sob o nome de Peraçú.
Junho de 1560. Atualizado em 30/10/2025 09:15:16
2°. Partida da expedição de Bras Cubas*
No "Descobrimento e devassamento do território de Minas Gerais", procuramos mostrar que, por mandado do governador geral Mem de Sá, Braz Cubas foi ao rio São Francisco e o explorou no intento de descobrir as serras de ouro e de prata, resultando verificar-se a não existência destas na parte explorada, da barra do rio das Velhas para o norte, isto é, em uma boa extensão acima e abaixo do paralelo de Porto-Seguro. [Primeiro Congresso Nacional de História Nacional, 1915. Página 394]
1567. Atualizado em 28/03/2025 04:55:16
3°. Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567)
Como quer que seja, Gabriel Soares de Sousa, que estava no Brasil desde 1567, partiu para a Europa, em agosto de 1584, afim de conseguir os meios de que necessitava para a faina ingente, que planejara, de descobrir os anunciados tesouros. Obtidas, após, grandes delongas, a patente régia de capitão-mór e Governador da Conquista e do Descobrimento do rio São Francisco, alvarás de honras e mercês, assim como a ajuda material e ordens de outros suprimentos, embarcou-se Soares para o Brasil, em 7 de abril de 1590, trazendo umas 364 pessoas, inclusive quatro frades carmelitas, na urca flamenga Grifo Dourado, que dois meses depois naufragava na enseada do Vasabarris. Perdeu-se toda a fazenda da nau, isto é, deu tudo em Vasabarris (afirma Diogo de Vasconcellos, que daí nasceu o expressivo prolóquio); [p. 49]
11 de fevereiro de 1584, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:36
4°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe
1 de setembro de 1585, domingo. Atualizado em 31/10/2025 00:22:26
5°. A Câmara da vila de São Paulo dirige uma representação ao capitão-mor Jerônimo Leitão
É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá.
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:31:39
6°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1°. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordemente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve.
9 de junho de 1591, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:07:19
7°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
A nova destes descobrimentos compeliu a metrópole a ordenar a d. Francisco de Sousa, que desde 9 de junho de 1591 era governador geral do Brasil, viesse pessoalmente examinar o que havia de certo em tais achados, cuja notícia fora levada a côrte. [Páginas 75 e 76]
25 de dezembro de 1591, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
8°. A vila de Santos é assaltada e “nela encontrou ouro que os Índios trouxeram de um lugar chamado por eles Mutinga”
Á participação de Withall atribui frei Vicente do Salvador as arremetidas dos piratas e corsários ingleses contra as vilas do litoral paulista. Estas, 1588, 1591 e 1591 por Thomas Cavendish. No assalto que o último dirigiu contra São Vicente, ao findar o ano de 1591, levou, além do produto do saque, de acordo com a narrativa de Anthony Knivet, testemunha presencial do feito, boa quantidade de ouro, já explorado pelos portugueses, e que os nativos extraíram da Mutinga (ribeirão de Amaitinga, segundo o dr.F. L. Leite Pereira; garganta de Itutinga, conforme o dr. O. Derby; ou Piratininga, consoante com o dr. J. H. Duarte Pereira).
1596. Atualizado em 24/10/2025 04:07:21
9°. Francisco de Proença acompanhou Diogo Martins Cão numa entrada para a descoberta de Sabaraboçu
“Dessas expedições são mais conhecidas as dirigidas por Martins Cão, do apelido "O Magnata" ou "Mata-Neros", e a do malogrado escritor Gabriel Soares de Souza”.
13 de maio de 1598, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:29
10°. Diogo Gonçalves Laço chega á São Paulo
Informado, entretanto, d. Francisco de Sousa de que, nas proximidades de São Paulo haviam sido descobertas jazidas de ouro e de ferro, enviou, em 1598, a essas, minas, Diogo Gonçalves Laço, no posto de capitão, e ele próprio, em obediência a ordens régias, partiu, em 1599, para São Paulo, afim de visitar as minas de Ybiraçoyaba, descobertas por Afonso Sardinha e Clemente Alvarez, nas imediações de Sorocaba.
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
11°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
Pelas narrativas de Knivet se confirma que d. Francisco de Sousa pouco se demorou em S. Vicente. quando veio ao sul, em 1599, a promover a exploração das minas. Em novembro desse ano, quando Salvador Correira chega a Santos, a chamado do governador geral, levando-lhe auxilio de gente e munições para as entradas ao sertão, já o ativo governador estava a muita léguas no interior, distante de S. Paulo, na serra de Araçoiaba, cuja fama, como vimos, a fazia conhecida como montanha de todos os metais.

D. Francisco não se demorou em fazer seguir uma expedição á serra da Mantiqueira, que Anthony Knivet designa como "um sítio chamado Itapusik" e que evidentemente é como uma erronia de Itapucú, que ele, em outra parte da narrativa, assinala como Itapuca, querendo dizer monte de pedras compridas, trecho da Mantiqueira que é hoje o Pucú ou Pedra do Pecú, por onde, dois anos antes, passara a malograda expedição de Martim de Sá, em perseguição dos tamoyos. Anthony Knivet, que já estivera no lugar, teve ordem de seguir na expedição, a qual mui provavelmente se meteu a caminho de novembro e dezembro de 1599.

Knivet não a descreve com as minúcias com que trata de tantas outras em que antes tomara parte; resume-lhe os fatos e muito pouca coisa; diz que se acharam em Itapucú minas não vulgares, e, por prova, trouxeram de lá uma porção de terra aurífera e algumas pepitas de ouro, encontradas em terreno de aluvião, com o que muito se alegrou o governador comunicando o fato para o reino e pedindo permissão para examinar si essas minas eram ou não lavráveis.

Restituído a Salvador Correia, que tornara ao Rio sem aguardar os resultados da expedição de Itapucú, voltou o prisioneiro inglês aos seus misteres antigos, na lavoura da cana. Perece, porém, que pouco tempo se demorou no engenho de açúcar de seu amo, porque foi por este mandado para as bandas da serra dos Órgãos, que o narrador chama Orgelen, talvez acompanhando a Martim de Sá na sua expedição contra os tomiminós do baixo Parahyba. [Páginas 387 e 388] [1]
14 de julho de 1601, sábado. Atualizado em 30/10/2025 01:27:10
12°. Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava"
Em documentos dos séculos XVI e XVII, lê-se quase sempre Biraçoyaba ou Byraçoyaba, nome tupi que tanto póde proceder de Ibiraçoyaba, significado de cobertura de madeira, como de Piraçoyaba, exprimindo chapéu de couro, talvez pela semelhança do perfil da montanha com a cópia de um chapéu.

Documento de 1601 dá notícia de que já em 1601 se intentava a exploração do ouro, prata e outros metais do vale do Sarapohy. É um requerimento de Francisco Rodrigues a d. Francisco de Souza, pedindo as terras desse rio.
14 de julho de 1601, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:58
13°. Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido
Em documentos dos séculos XVI e XVII, lê-se quase sempre Biraçoyaba ou Byraçoyaba, nome tupi que tanto póde proceder de Ibiraçoyaba, significado de cobertura de madeira, como de Piraçoyaba, exprimindo chapéu de couro, talvez pela semelhança do perfil da montanha com a cópia de um chapéu. Documento de 1601 dá notícia de que já em 1601 se intentava a exploração do ouro, prata e outros metais do vale do Sarapohy. É um requerimento de Francisco Rodrigues a d. Francisco de Souza, pedindo as terras desse rio.
1606. Atualizado em 24/10/2025 04:15:12
14°. D. Francisco voltou a Portugal, e, depois, a Valladolid, para onde havia se transferido a corte de Felipe III
Manuel João Branco. Temos, porém ,sobre tal periodo o depoimento de Salvador Correia de Sá e Benevides, prestado em 3 de Maio de 11677,quando este, - que tambem aqui estivera menino, acompawhando o pae e o avó , era membro do Conselho Ultramarino ( doc . cit . , « Rev. do Inst. Hist . e Geogr. Bras. » LXIII , p . 1 ", 9 ) . Disse elle o seguinte :« Que no ano de 1606 , tornou D. Francisco de Sousa a renovar as noticias das minas de S. Paulo , e morreu neste serviço, havendo fabricado um engenho de ferro (de que ha muito é bom ). Morreu tambem um mineiro allemão que levava comsigo que ouviu dizer a muitos moradores de S. Paulo que o dito mineiro dissera a D. Francisco que do ouro se atrevia a fazer- lhe fundição tamanha como a cabeça de um cavallo; morrera um e outro.« Que el - rei de Castella com estas noticias mandara a seu avò Salvador Corrêa de Sáa, no anno de 614, succeder ao mesmo D. Francisco, com as mesmas jurisdicções, e mercês ( que eram grandes ) , e em sua companhia um frade trinitario, que tinha fama de grande mineiro, pelo haver sido no Potossy, em sua companhia.« Que sendo elle conselheiro de 12 para 13 annos, passara ao Brasil, aonde particularmente em S. Paulo ) estiveram perto de cinco annos, fazendo differentes fundições, e em todas ellas achando metaes não conhecidos, porque parecia ferro ou cobre, e nem um destes dois generos era . Vendo - se seu avô atalhado, avisara ao Marquez de Alenquer (que governava este reino ) por vezes, pedindo - lhe mineiros, beneficiadores, ensaia dores, e a ultima vez dando noticias de uma serra chamada Sabarabussií, donde uns moradores que a ella foram (e entre elles um ourives de prata trouxeram uma tomboladeira , di zendo que era de prata que daquella serra tiraram , que elle con selheiro viu , e tem de peso o mesmo que um prato pequeno, esi era do prato ou da serra elles o sabiam, porque elle o não vira tirar .« Que o que se affirma é que ha muito ferro e cobre no rio que vai a metter - se no da Prata, que fica nas costas do Pernaguá para Oeste, muito ouro de lavagem , que naquelle tempo se tirava em quantidade, por haver muitos indios, e elle trouxera um grão de quarenta e oito oitavas ao Marquez V. rei; vendo seu avô que lhe não deferiam com mineiros, se viera a represental - o, e dar noticias do que tinha obrado, com o que ficou em calma por aquella parte » .A expressão « perto de cinco annos » indica bem claramente que o periodo de governo de Salvador Correia de Sá ( o velho)se prolongou até 1618 .Neste anno ( e não a 11 de Junho de 1623, como pretende Porto Seguro, « Historia Geral do Brasil » , II, 1208) é que foi nomeado governador da Repartição do Sul Martim Correia de Sá, cuja administração se extendeu até 1632 .A corða fez expedir , a 18 de Agosto de 1618, um regimento( in Silva Lisboa, op . cit . , II, 355-365 ) , mandando largar aos seus descobridores as terras mineraes das capitanias de S. Paulo e S. Vicente, mediante apenas o pagamento do quinto . Começa esse_documento fazendo referencia ás missões especiaes de d . Francisco de Sousa e Salvador Correia, missões inuteis,« por se não poder por ellas averiguar a certeza das ditas minas,e não se ter tirado dellas proveito algum para a minha Fa zenda » . Usa Taques ( « Informação » , 13) de expressão per feita, quando diz que « tornou o mesmo Senhor a repetir esta graça » , porquanto o acto de 30 de Janeiro de 1619 (in Silva Lisboa, op . cit. , II, 306-338é a simples reedição do regi mento de 15 de Agosto de 1603, analogo, nos seus effeitos, ao de 18 de Agosto de 1618 . [1]Consulta por Salvador Correia de Sá realizada pelo Conselho Ultramarino Regimento surgiu depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”Estes regimentos só reforçam as expectativas e os investimentos feitos em torno das supostas minas. Segundo nos diz Taunay, baseado numa consulta de Salvador Correia de Sá e Benevides realizada pelo Conselho Ultramarino em 1677, o regimento de 1603 teria surgido em função das várias dúvidas existentes em relação às minas, em especial, depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”.
7 de março de 1608, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 12:10:44
15°. Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi
É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordemente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve. [p. 74]
1609. Atualizado em 24/10/2025 02:36:08
16°. Segundo os documentos históricos, o seu primeiro povoador foi Diogo de Unhate, morador em Santos, que obteve de Pedro Cubas, delegado de Salvador Correia de Sá, então capitão-mór de Santo Amaro, uma carta de sesmaria compreendendo o terreno entre Ararapira e Superaguy "na parte que se chama Parnaguá"
É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordamente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve. [Página 74]
1 de junho de 1614, domingo. Atualizado em 24/10/2025 21:43:18
17°. Sesmarias concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate
É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordemente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve. [p. 74]
15 de agosto de 1618, sexta-feira. Atualizado em 31/03/2025 21:08:43
18°. Colar feito em ouro produziu o primeiro regimento das minas
Um colar feito de ouro, extraído de terras de São Paulo e remetido a Philippe III, produziu em 1618 o primeiro regimento das minas, assinado em Valladolid a 15 de Agosto de 1618 e registrado em Lisboa a 30 de Janeiro do ano seguinte. [Página 440]
Junho de 1635. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43
19°. É do Padre Inácio de Siqueira SJ, em junho de 1635, a primeira descrição literária da Ilha de Santa Catarina*
14 de setembro de 1639, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
20°. Antão Lopes da Horta substitui Manoel João Branco na administração das Minas de São Paulo
6 de agosto de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:17
21°. Balthazar Fernandes está em São Vicente como representante de Parnaíba na reunião que trata a representação paulista na coroação de D. João IV
1 de junho de 1644, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:00
22°. Documento
7 de junho de 1644, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 01:19:17
23°. Ordem do Rei D. João IV para a descoberta das "tais" minas de ouro e prata
11 de novembro de 1644, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:59
24°. Documento
18 de abril de 1648, sábado. Atualizado em 22/08/2025 03:39:22
25°. Bartholomeu Fernandes de Faria se torna administrador das Minas de São Paulo
Este Pedro de Sousa Pereira (que, pelo cognome, parece ser da familia de João de Sousa Pereira o "Botafogo"), ora provedor da Fazenda, quando foi nomeado para substituir a Bartholomeu Fernandes de Faria no posto de administrador das minas de S. Paulo, em que este se empossara a 18 de Abril de 1648 e no qual fallecera. Daquelle conta dr. Ermelino Leão (op. cit., 37) que "foi inculpado, pelos moradores do Rio de Janeiro, pela morte do mineiro Jayme Commere e esteve preso por faltas commettidas no cargo de provedor das minas de Paranaguá". E logo adeante: "... o um typo curioso: teve contra si a revolta de duas populações, Rio de Janeiro e Paranaguá". Como se verá do que expomos, elle tambem opposição da edilidade paulistana. Isso, entretanto, não impediu que volvesse elle mais tarde ao cargo de provedor da Fazenda, por provisão de 16 de Julho de 1683. [p. 82]
28 de novembro de 1651, sexta-feira. Atualizado em 29/10/2025 02:50:15
26°. Rei escreve a Pedro de Souza
Por 1650, Theotonio Ébano manifestava a Antonio Galvão, governador da capitania do Rio de Janeiro, amostras de pedras das minas que ele "teve notícia haver junto a vila de Paranaguá". Levada esta nova ao rei, escreve este a carta de 28 de novembro de 1651, dirigida a Pedro de Souza, então administrador das minas de São Paulo, determinando-lhe investigações. Pereira, afim de dar cumprimento a tal ordem, seguindo a Paranaguá (...)
30 de abril de 1653, sexta-feira. Atualizado em 29/10/2025 02:50:16
27°. Pedro de Souza, Administrador das minas, recebeu ordem do Rei Dom João IV para fazer indagações a respeito das minas
16 de dezembro de 1667, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 04:23:45
28°. Em uma carta régia fica explícito que estas minas eram as míticas jazidas de prata
Novembro de 1678. Atualizado em 29/10/2025 22:39:56
29°. Jorge Soares de Macedo chegou ao Rio de Janeiro*
As novas referentes a descobrimentos de ouro em Paranaguá e ás esmeraldas de Sabarabuçú, e, mais do que tudo isso , as diversas bandeiras paulistas realizadas de 1672 a 1675, compeliram o soberano a transferir do norte para igual posto na Repartição do Sul ao fidalgo espanhol, que, com o seu imediato e cunhado Jorge Soares de Macedo, com o mineiro Coutinho e mais pessoal da administração, chegou ao Rio de Janeiro em Novembro de 1678.
Abril de 1679. Atualizado em 10/10/2025 19:07:09
30°. Rodrigo Castelo Branco chega as minas de Paranaguá*
3 de outubro de 1679, sexta-feira. Atualizado em 13/10/2025 21:02:16
31°. Tendo o paulista Diogo Pereira Lima dado a manifesto, por essa época, um ribeiro de ouro de lavagem em Paranaguá, d. Rodrigo proibiu a idade de qualquer pessoa ao dito córrego, enviando o descobrir a outras explorações
27 de abril de 1680, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:16
32°. D. Rodrigo publica regimento de instruções para os provedores das minas de Iguape e Cananéa, São Paulo, Paranaguá e Curitiba
2 de julho de 1680, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:55:20
33°. D. Rodrigo chega na vila de São Paulo
13 de janeiro de 1681, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:54
34°. Rodrigo de Castelo Branco encarregou o padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constara haver em Itú
Ainda administrador geral, a 13 de janeiro de 1681, encarregou ao padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constava haver em Itú/SP, prometendo ao revelador de tais riquezas, além de mercês honorificas, o alto prêmio de 2.000 cruzados, que o fidalgo daria do seu próprio bolso. Se esta expedição se realizou, foi igualmente inútil. [Página 91]
19 de março de 1681, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:55
35°. Partida de Fernão Dias em busca das minas
16 de julho de 1683, sexta-feira. Atualizado em 21/08/2025 23:30:49
36°. Pedro de Souza é nomeado provedor da Fazenda
( 59 ) Esto Pedro de Sousa Pereira (que, pelo cognome, parece ser da familia de João de Sousa Pereira o "Botafogo") , era provedor da Fazenda, quando foi nomeado para substituir a Bartholomeu Fernandes de Faria no posto de administrador das minas de S. Paulo, em que este se empossara a 18 de Abril de 1648 e no qual fallecera.Daquelle conta o dr . Ermelin )Leão ( op . cit ., 37 ) que « foi inculpado, pelos moradores do Rio de Janeiro,pola morte do mineiro Jayme Commere e esteve preso por faltas commettidas no cargo de provedor das minas de Paranaguá » . E logo adeante : ... 6um typo curioso : teve contra si a revolta de duas populações, Rio de Janeiro© Paranaguá » . Como se verá do que expomos, mereceu elle tambem opposição da edilidade paulistana . Isso, entretanto, não impediu que volvesse olle mais tarde aocargo de provedor da Fazenda, por provisão de 16 de Julho de 1683.
15 de março de 1689, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:57:01
37°. Segundo o rei Pedro II “os moradores da vila de Sorocaba queriam realizar uma expedição bandeirante em vila Rica e na cidade de Xerez, para comercializarem com os castelhanos daquelas partes, para se melhorarem da pobreza em que viviam de que lhes poderiam resultar conveniências, também e Fazenda Real”
1720. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
38°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628
>Não queremos dizer que as viagens dos condottieri dos sertões fosse, in globo, a pé enxuto, pois que algumas se iniciaram até pelo litoral, como a que subiu a Ribeira de Iguape para atacar o Guayrá, e quase todas tiveram por bussola as caudais do admirável sistema potamográfico peculiar do planalto paulista.

Até os fins do século XVII, ou, melhor, até 1720, a atividade incomparável dos pioneiros mamelucos exercita-se essencialmente por vias xerográficas, que não hidrográficas. Só de então em diante é que o descobrimento dos placers auríferos de Goyás e Mato Grosso e a ocupação definitiva dessas paragens se efetuam pelas "estradas que andam", pelo Tietê, pelo Paraná, pelos afluentes deste, e, palmilhando pequenos varadouros, pelo Paraguay e seus tributários.

De Sorocaba partia a linha de penetração que levava ao trecho superior dos afluentes orientais do Paraná e do Uruguay. Pelos De Sorocaba partia a linha de penetração que levava ao trecho superior dos afluentes orientais do Paraná e do Uruguay.

Pelos rios que desembocam entre os saltos do Urubupungá e Guayrá, tranferiram-se da bacia do Paraná a do Paraguay, chegaram a Cuyabá e a Mato Grosso. (...) Itu e Sorocaba foram uma espécie de sentinelas avanças, donde os gonfaloneiros paulistas se arrojavam para o sul e para o oeste.
6 de maio de 1758, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:18
39°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
1820. Atualizado em 28/10/2025 04:08:46
40°. “Memórias históricas do Rio de Janeiro e das provincias annexas à jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil”. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830)
Como Pizarro, em suas "Memórias Históricas do Rio de Janeiro", assevera que já antes de 1578 se exploravam as jazidas auríferas de Paranaguá, e Veira dos Santos assegura, em suas "Memórias históricas de Paranaguá", que já em 1578 ou 1580 era enviado ao rei de Portugal o produto daquelas lavras, isso nos induz a crer que semelhante descobrimento tenha sido feito pela jornada de Heliodoro Eobanos, o qual penetrasse ali seguindo em parte o "caminho de São Thomé" (Peabirú ou Piabiyú dos carijós), já percorrido antes pelo padre Lourenço Nunes (Abaré-bebê, o "padre voador") e pelo mártir Pedro Correia, vitimado por aqueles selvícolas em 1554.
Janeiro de 2023. Atualizado em 25/02/2025 04:47:05
41°. "Desaparecimento" de Eliza Silva Samudio*



  Anthony Knivet
  31º de (0)
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1929
Atualizado em 31/10/2025 04:57:18
“Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
•  Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Cabo Frio/RJ, Paranaguá/PR, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Sebastião/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (32): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Agostinho de Sotomaior, Antonio de Proença (1540-1605), Antonio Dias Adorno (1535-1583), Antonio Paes Sande (1622-1695), Cornélio de Arzão (f.1638), Diogo "Arias" de Aguirre (1575-1639), Diogo de Quadros, Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Diogo Martins Cam, Felippe Guilhem (n.1487), Fernando de Camargo, o Tigre (1595-1679), Francisco Barreto (1520-1573), Francisco de Assis Carvalho Franco (43 anos), Francisco de Sá Proença (1572-1638), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar de Souza, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jerônimo Leitão, João Coelho de Souza (f.1574), João de Matos da Silveira (1540-1597), João Pereira Botafogo (1540-1627), Jorge Correa, Manoel Soeiro, Marcos de Azevedo, Maria Castanho de Almeida (n.1534), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Sebastião de Freitas (1565-1644), Sebastião Fernandes Tourinho
•  Temas (11): Capitania do Espirito Santo, Diamantes e esmeraldas, Dinheiro$, Engenho(s) de Ferro, Ipiranga, Monomotapa, Ouro, Prata, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Tamoios
Os companheiros de D. Francisco de Souza
Data: 1929
Créditos: Francisco de Assis Carvalho Franco
Página 1
    Registros relacionados
1567. Atualizado em 28/03/2025 04:55:16
1°. Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567)
Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Corôa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos. Foi ele um dos nobres que ficaram na Bahia, da arribada de Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567). [p. 1]
1569. Atualizado em 25/02/2025 04:46:34
2°. Partida para Monomotapa
Pelo alvará de 13 de dezembro de 1590, tivera permissão para "prosseguir nos seus descobrimentos além do Rio de São Francisco, atendendo ao trabalho e despesas que tinha tido nesse negócio". Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Coroa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos. Foi ele um dos nobres que ficaram na Bahia, da arribada de Francisco Barreto, que havia sido governador e ia á conquista de Monomotapa. [Página 1]
1574. Atualizado em 25/02/2025 04:45:52
3°. Gabriel
Diogo Martins Cam era um sesmeiro do Irajá, que havia anteriormente penetrado no recesso baiano, a mando de d. Francisco de Sousa, na demanda inútil da Serra Resplandescente. Ora, sua incumbência se restringia a seguir a mesma rota de Antonio Dias de Adorno.

É sabido que esse sertanista, buscando a serra legendária, atalhara para a serra dos Aimorés, seguindo a diretriz do rio Caravelhas - e penetrara assim no denominado sertão das esmeraldas. Desse ponto, alongando-se pelo sertão a varando o território de Minas atual e parte do da Bahia, foi chegar doente junto a Jequiriçá, no próprio engenho de Gabriel Soares de Souza em 1574. [Os companheiros de D. Francisco de Souza, 1929. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953). Páginas 10 e 11]
10 de agosto de 1584, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 21:00:00
4°. Testamento
Dessas nomeações se deduz que a Côrte andava naquela época bastante preocupada com as possíveis riquezas minerais do subsolo da nova terra descoberta. De fato, ali andava desde 1584, como arauto das riquezas do Brasil.
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:31:39
5°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
Em 1585 Antonio de Proença fez parte da expedição chefiada por Jeronimo Leitão, a qual se dirigiu por via marítima á Paranaguá, donde regressou no ano seguinte com numerosa presa.
13 de dezembro de 1590, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:34
6°. Pelo alvará de 13 de dezembro de 1590, tivera permissão para "prosseguir nos seus descobrimentos além do Rio de São Francisco, atendendo ao trabalho e despesas que tinha tido nesse negócio". Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Coroa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos
Dessas nomeações se deduz que a Côrte andava naquela época bastante preocupada com as possíveis riquezas minerais do subsolo da nova terra descoberta. De fato, ali andava desde 1584, como arauto das riquezas do Brasil, Gabriel Soares de Sousa, senhor de engenho na Bahia. Pelo alvará de 13 de dezembro de 1590, tivera permissão para "prosseguir nos seus descobrimentos além do Rio de São Francisco, atendendo ao trabalho e despesas que tinha tido nesse negócio."

Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Corôa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos. Foi ele um dos nobres que ficaram na Bahia, da arribada de Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567). [p. 1]
26 de março de 1591, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:35
7°. Alvará nomeando Agostinho de Sotomaior, castelhano, provedor das minas do Brasil, devendo acompanhar o governador dom Francisco de Sousa
Ao partir do Reino, em Março de 1591, deixou d. Francisco de Sousa assentada a nomeação de várias auxiliares mineiros que deviam alcança-lo no Brasil. Foram assim assinados os alvarás transferindo o castelhano Agostinho de Soutomaior, de provedor das minas de Monomotapa, para o mesmo cargo nas do Brasil (26 de março de 1591) e na mesma data, a de certo Christovam, lapidário de esmeraldas. [p. 1]
27 de março de 1591, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:57
8°. Carta régia ordenando que as duas urcas em que deveriam vir para o Brasil o governador nomeado dom Francisco de Sousa e Gabriel Soares de Sousa regressassem carregadas de açúcares
Ao partir do Reino, em março de 1591, deixou d. Francisco de Sousa assentada a nomeação de vários auxiliares mineiros que deviam alcança-lo no Brasil. Foram assim assinados os alvarás transferindo o castelhano Agostinho de Soutomaior, de provedor das minas de Monomotapa, para o mesmo cargos nas do Brasil, em 26 de março de 1591, e na mesma data, a de certo Christovam, lapidário de esmeraldas.
5 de novembro de 1591, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:52
9°. Alvará de nomeação, para feitor das minas de ferro, João Corrêa
Mais tarde, teve alvará de nomeação, para feitor das minas de ferro, João Corrêa, em 5 de novembro de 1591, que, um ano após, tinhas seus ordenados num alvará, encontrando-se ainda no Reino, com mais empregados destinados ás minas referidas, aguardando ordens de partida.
1595. Atualizado em 24/10/2025 19:13:51
10°. Manuel Juan de Morales foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão, Wilhelm Glymmer), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba
Sebastião de Freitas veio com d. Francisco da Metrópole, tendo tomado parte na expedição de Gabriel Soares de Sousa (1591). Natural de Alagôa, da cidade de Silves, no Algarve, filho de Manuel Pires, passou, logo após o fracasso do senhor de engenho bahiano, para a Capitania de São Vicente, tendo se casado com d. Maria Pedroso, filha de Antonio Rodrigues de Alvarenga, tronco dos Alvarengas de São Vicente.

Exerceu os cargos de almotacel (1596-1598), juiz da Câmara (1600), vereador (1604-1609) e capitão da vila de São Paulo: a primeira vez por provisão de 22 de junho de 1606 e a segunda vez pela provisão datada de 12 de janeiro de 1609. Obteve várias dadas de chão, e uma sesmaria concedida pelo capitão-mór Pedro Vaz de Barros. Por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara.

Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..."

Sebastião de Freitas parece ter falecido depois da expedição de ataque ao Guairá (1628).
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
11°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
Após a expedição de Itapucú, a que já nos referimos, Antonio Knivet regressou para a Europa em companhia de Salvador Corrêa de Sá, em agosto de 1601. De seu compatriota, Henrique Barraway, que o acompanhou em quase todas suas peregrinações, sabe-se que ficou em São Paulo, onde se casou com Francisca Alvares, filha de Marcos Fernandes, e dele procede o apelido de Baruel. Faleceu anos após, na vila de São Paulo.
6 de junho de 1600, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:37
12°. Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara
Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara.

Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..."
14 de agosto de 1601, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:59
13°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru
Após a expedição de Itapucú, a que já nos referimos, Antonio Knivet regressou para a Europa em companhia de Salvador Corrêa de Sá, em agosto de 1601. De seu compatriota, Henrique Barraway, que o acompanhou em quase todas suas peregrinações, sabe-se que ficou em São Paulo, onde se casou com Francisca Alvares, filha de Marcos Fernandes, e dele procede o apelido de Baruel. Faleceu anos após, na vila de São Paulo.
29 de janeiro de 1611, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:22:50
14°. Petição que fez Clemente Alvarez
"...porquanto Francisco Alvares Corrêa que está eleito por eleição para ser procurador é ido fóra da villa e não se sabe aonde, que se ajuntasse algumas pessoas da governança da terra para com eles ditos oficiais elegerem um procurador que sirva em sua ausência e assim acordaram; e outrossim mandaram uma provisão que éra vinda a esta vila do sr. Governador d. Francisco de Sousa sobre o ouro valer por trinta mil réis o marco, que se suspendesse o seu efeito até a vinda do senhor governador por estar de caminho para esta Capitania..."
12 de maio de 1611, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:11:17
15°. Epidemia que atingia a vila de São Paulo / D. Francisco está no Sertão
Das atas seguintes se verifica que a 12 de Maio de 1611 d. Francisco ainda permanecia no sertão, em companhia de moradores de São Paulo e dos juízes Salvador Pires e Manuel Francisco e que a 5 de junho seguintes esses juízes já haviam regressado, não se falando de d. Francisco.
5 de junho de 1611, domingo. Atualizado em 24/10/2025 03:11:17
16°. Retornam a São Paulo
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 05:30:20
17°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
Das atas seguintes se verifica que a 12 de maio do mesmo ano d. Francisco ainda permanecia no sertão, em companhia de moradores de São Paulo e dos juízes Salvador Pires e Manuel Francisco e que a 5 de junho seguinte esses juízes já haviam regressado, não se falando de d. Francisco. A 12 de junho foi lavrado um termo em como d. Luis de Sousa se havia apresentado, com um codicilo e nomeação, que fizera d. Francisco de Sousa, e para o fim de assumir o governo das Capitanias do Sul.

Vê-se, pois, que, entre 5 e 12 de junho de 1611, d. Francisco de Sousa faleceu, afirmando Pedro Taques que foi a 11. Mas seu falecimento ter-se-ia dado na vila de São Paulo ou no sertão?
1613. Atualizado em 26/10/2025 02:55:28
18°. Cornélio Arzão teria introduzido o plantio de trigo em São Paulo com um moinho no Anhangabaú
22 de fevereiro de 1613, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 03:16:52
19°. Carta de el-rei Filipe III, o Piedoso (1578-1621) ao governador geral do Brasil, Gaspar de Sousa
De uns raros documentos, sabemos ainda que d. Francisco de Sousa não havia abandonado a sua miragem da Sabarabossú. Comprova-se com o que abaixo transcrevemos de essencial da carta de el-rei ao governador geral do Brasil, Gaspar de Sousa, datada de Lisboa, a 22 de fevereiro de 1613:

"Eu, el-rei, vos envio muito saudar. Marcos d´Azevedo me fez relação do descobrimento que fez das Esmeraldas, sendo disso encarregado por d. Francisco de Sousa, governador que foi das Capitanias do Rio de Janeiro, São Vicente e Espírito Santo, oferecendo quatro pedras que disse ter tirado das minas dela, nas quais mandei fazer e se achou serem esmeraldas finas... E me representou o dito Marcos d´Azevedo que para as ditas minas se poderem cultivar como convém fazendo-se a jornada á custa da minha fazenda, sendo para ela as esmeraldas, serão necessários mais de dez mil cruzados de despesa. E para a fazer algum particular com a minha ajuda e fazendo-lhe mercês para obrigar aos que quiserem ir em sua companhia e dando-lhe licença para que possam trazer as esmeraldas, pagando os quintos - não faltaria quem se obrigasse a faze-la com quatro mil cruzados para despesas e pela boa informação que tenho do dito Marcos de Azevedo e experiência que ele já tem da matéria, Hey por bem, etc." [p. 40]
20 de dezembro de 1627, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:34
20°. História do Brasil. Autor: Frei Vicente do Salvador (1564-1639)



  Anthony Knivet
  32º de (0)
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8 de fevereiro de 1930, sábado
Atualizado em 31/10/2025 09:00:30
Jornal do Brasil
•  Cidades (7): Ilhéus/BA, Jacobina/BA, Lisboa/POR, Porto Seguro/BA, São Francisco de Chagas/BA, São Paulo/SP, Vitória/ES
•  Pessoas (8): André de Leão, Barbosa Lima Sobrinho (33 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Francisco de Sousa (1540-1611), Pedro Calmon Moniz de Bittencourt (28 anos), Pierre Desceliers, Teodoro Fernandes Sampaio (75 anos), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (8): Capitania da Bahia, Capitania de Pernambuco, Gentios, Geografia e Mapas, Habitantes, Ouro, Rio São Francisco, Sabarabuçu
Jornal do Brasil
Data: 1930
Página 6
    Registros relacionados
1561. Atualizado em 25/02/2025 04:47:00
1°. Mapa de Bartholomeu Velho
1570. Atualizado em 25/02/2025 04:40:13
2°. Mapa "Theatrum Orbis Terrarum" de Abraham Ortelius
1596. Atualizado em 25/02/2025 04:46:37
3°. Mapa
1650. Atualizado em 14/04/2025 03:29:18
4°. Mapa “Amerique Meridionale”, de Nicolas & Guillaume Sanson
23 de agosto de 1753, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:44:50
5°. Foi erigida a vila de São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande



  Anthony Knivet
  33º de (0)
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1934
Atualizado em 31/10/2025 04:57:09
“O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
•  Cidades (10): Cuiabá/MT, Itanhaém/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (60): Alfredo Ellis Júnior (38 anos), Álvaro Rodrigues do Prado (1593-1683), Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Ana Luís Grou (1579-1644), Antonio Bicudo de Brito (1615-1662), Antônio Gomes Borba, Antônio Pedroso de Alvarenga (f.1643), Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Salema, António Teles da Silva (1590-1650), Ascenso Ribeiro, Baltasar Gonçalves Malio (1573-1667), Belchior da Costa da Veiga, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Bernardo Bicudo (1580-1650), Cacique Tayaobá (1546-1629), Cláudio Furquim "Francês" (1590-1665), Clemente Álvares (1569-1641), Cristovão de Aguiar Girão, Diogo de Unhate (1535-1617), Domingos Rodrigues, Fernando de Camargo, o Tigre (1595-1679), Fernão Paes de Barros (n.1632), Francisco da Gama (1570-1612), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Rendon de Quevedo, Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar Colaço, Jerônima Fernandes (1578-1630), Jerônimo Bueno, Jerônimo Leitão, João Bicudo de Brito (1607-1653), João de Sant´Ana (f.1612), João IV, o Restaurador (1604-1656), João Luiz Mafra, João Mendes Geraldo, João Paes (1580-1664), João Pereira Botafogo (1540-1627), Jorge Correa, Luís Eanes Grou (1573-1628), Luiz Castanho de Almeida (n.1614), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Manuel Preto (1559-1630), Martim Correia de Sá (1575-1632), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mateus Luís Grou (n.1577), Nicolau Barreto, Paulo do Amaral (f.0), Pedro da Motta Leite, Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Sebastião de Freitas (1565-1644), Sebastião Fernandes Camacho, Sebastião Fernandes Preto (1586-1650), Sebastião Marinho, Simão Borges Cerqueira (1554-1632), Teodoro Fernandes Sampaio (79 anos), Tristão de Oliveira, Vasco da Mota
•  Temas (33): Assunguy, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Mar, Caminho do Piquiri, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Guerra de Extermínio, Habitantes, Léguas, Maracayú, Metalurgia e siderurgia, Paraúpava, Peru, Piqueri, Pirapitinguí, Rio Araguaia, Rio da Prata, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Mbororé, Rio Paraná, Rio Uruguai, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Sabarabuçu, Sertão dos Patos, Tamoios, Temiminós, Tordesilhas, Vila Rica “Castelhana”, Villa Rica del Espírito Santo
O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano
Data: 1924
Créditos: Alfredo Ellis Junior
Página 150
    Registros relacionados
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:31:39
1°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
Muito espaçados eram, porém, os assomos da gente piratiningana na luta agressiva ao selvagem, pelo menos não era eles vultuosos, a ponto de deixarem sulco na História, pois só onze anos mais tarde se assinala outra expedição ao sertão, que foi chefiada por Jerônimo Leitão, capitão-mór da Capitania de São Vicente, em 1585,da qual fizeram parte Diogo de Onhatte, escrivão da Câmara de São Paulo, Diogo Teixeira de Carvalho, Affonso Sardinha, Antonio de Proença, o moço fidalgo da Câmara do Infante Dom Luiz, Sebastião Leme, Manuel Ribeiro, Paulo Rodrigues, Manuel Fernandes Ramos, Domingos Dias, o velho, padre Sebastião de Paiva, Salvador Pires, o moço, e Affonso Dias. ("Archivo Municipal de São Paulo", "Livro do Tombo").
1590. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
2°. O capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos
Cinco anos mais tarde o capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos. Foi esta expedição registrada, em um mapa castelhano da segunda metade do século XVIII, mapa este constante da brilhantíssima coletânea, organizada pelo erudito mestre Dr. Taunay, diretor do Museu Paulista.
5 de outubro de 1596, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:28
3°. Onde
Amiudando-se as entradas dos paulistas, que intensificavam a sua ofensiva, encontramos logo no ano seguinte de 1595 o capitão Manuel Soeiro, capitaneando outra léva de bandeirantes contra os carijós. Nela tomou parte Sebastião de Freitas, o antigo soldado de Gabriel Soares, que em 1596 de novo se achava em São Paulo.

Foi neste de 1596, que saiu de São Paulo a mais importante das bandeiras, até então registradas. Parece-nos ter ela tomado rumo norte, pelo vale do rio Parahyba, indo capitaneada pelo Capitão Mór João Pereira de Sousa Botafogo, a fazer "guerra da Parnahyba, conforme rezam os documentos.

Saiu ela de São Paulo no mês de outubro de 1596, na mesma ocasião em que do Rio partia a gente de Martim de Sá, que ia contra os Tamoyos, orientado conforme o roteiro, que Knivet nos legou.

Por esse itinerário de Knivet, a arrancada de Martim de Sá deveria ter arribato em Paraty, subido a serra do Mar, atravessados os campos de Cunha, e em seguida transposto os rios Parahytinga e Parahyba, justamente na ocasião em que julgo estar trilhando essas regiões a bandeira de Botafogo, que por São Miguel deveria ter chegado ao vale do Parahyba.

É possível terem sido Botafogo á gente de armas de Martim, indo com eles perlustrar os sertões do rios Verde e Sapucahy, na faina da destruição dos restos da tribo tamoya.

É preciso ficar em memória que é apenas um hipótese a aventada. É possível e quiçá provável mesmo que seja a de João Pereira de Sousa Botafogo, um empreendimento diverso do de Martim de Sá, cujo itinerário Knivet descreve.

Basílio de Magalhães, no seu já citado "Expansão geográfica", diz que a expedição de Martim de Sá, composta de 700 portugueses e 2000 nativos, teria partido não em 1596, como supúnhamos, mas em 14 de outubro de 1597, isto é, um ano após.

Sendo assim, vê-se que nada teria de comum uma expedição com outra, a não ser a região do Parahyba percorrida por ambas. O que parece não restar dúvidas é quanto a participação dos paulistas na expedição de Martim de Sá. Esta teria sido uma reedição da de Salema, vinte e três anos antes. [O Bandeirismo Paulista e o recuo do meridiano, 1924. Alfredo Ellis Junior. Página 39. Páginas 55 e 56]
Julho de 1597. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
4°. Retorno*
Os paulistas que acompanharam João Pereira de Sousa Botafogo, elevam-se a mais de uma centena, além do corpo de nativos. Dentre eles, porém, só consegui assinalar os seguintes:

Capitão João Pereira de Sousa Botafogo (cabo da tropa), capitão Francisco Pereira, João do Prado, o velho, e seu genro Miguel de Almeida de Miranda, Sebastião de Freitas, Gaspar Collaço Villela, Estevam Martins, Simão Borges de Cerqueira, João Bernal, Francisco Farel, Vasco da Motta, Antonio Castilho, Antonio Pinto, João de Santa Anna, Miguel Gonçalves. Diogo Ramires, Ascenço Ribeiro, Francisco da Gama, Braz Gonçalves, o velho, Tristão de Oliveira, Antonio Zouro, Antonio de Andrade... de Barros, Pero Velho, Mathias Gomes, Antonio Pereira e Capitão Domingos Rodrigues (velho).

Deveriam ter ocorrido importantes fatos durante a "guerra da Parnahyba", pois, em julho de 1597, o chefe da entrada, Botafogo foi preso, sendo obrigado a passar o comando a Francisco Pereira, que trouxe a bandeira a São Paulo, onde chegou nos últimos meses do ano, tendo-se demorado no sertão pelo espaço de ano e maio.
23 de dezembro de 1600, sábado. Atualizado em 24/10/2025 21:21:44
5°. Retorno
Longos anos permaneceu internada no sertão a expedição de Domingos Rodrigues, pois tendo partido de São Paulo como parte integrante da expedição de João Pereira de Sousa Botafogo, como dissemos acima, em outubro de 1596, somente chegou a São Paulo em 23 de dezembro de 1600, isto é, mais de quatro anos depois. É o que nos demonstra o inventário de Francisco da Gama, um dos expedicionários, que faleceu em fevereiro de 1600, ainda no sertão, onde o capitão Domingos Rodrigues procedeu ao arrolamento dos bens, que o falecido trazia consigo ("Inventários e testamentos", v. I.o., 339). Só foi iniciado judicialmente em São Paulo esse inventário a 23 de dezembro do mesmo 1600, pela volta da expedição. ("Inventários e testamentos", I.o., 335).
18 de julho de 1603, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:31
6°. O procurador do Conselho, João de Sant´Ana, um dos signatários da carta
Além deste preciosíssimo documento, existe um outro também municipal, publicado em "Actas", vol. II,130, mais eloquente ainda em elucidar a verdadeira região, caminhada pela expedição sob exame. Este documento confirma o supra citado completando-o. Trata-se de uma carta escrita ao Governador Geral Diogo Botelho, pelos oficiais da Câmara Paulistana, sobre a terça parte dos nativos apresados pela expedição de Nicolau Barreto, que segundo corria, seria tomada para o governo.

Tem essa carta a data de 18 de julho de 1603,

"... a cometer entada tam perigosa e de tão pouco proveito que para se aviarem qualquer pobre fez mais gasto do que se espera trazer de proveito e ainda já tão rota a fama e esta provisão posto que nos a não temos vto. que areseamos se mãde ao sertão recado do conteúdo na provisão e eles sabendo corre mto. risco vir nhu de la se não vense caminho do piquiri que é província do rio da Prata de que resultaria muito mal a esta capitania...".

Prova este documento, que Nicolau Barreto estava para atravessar, na volta a São Paulo, um chamado caminho do Pequiry, que é certamente o afluente do rio Paraná, situado na então província do Rio da Prata, que por força de Tordesilhas, abrangia o Guayrá, hoje Estado do Paraná. Queremos crer que o chamado caminho do Pequiry seja o passo do rio Paraná, na foz do rio Pequiry, onde justamente o grande caudal se estreita sobremaneira, para se precipitar do alto da serra de Maracajú, nas Sete Quedas. Por ai, talvez, Barreto tenha passado para o Paraguay penetrando, assim, no vice reinado do Perú, que então abrangia, também, a enorme área boliviana, em cordilheira andina. [Páginas 23, 24 e 25]
13 de janeiro de 1606, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 12:00:28
7°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
Quanto ao roteiro seguido pela expedição, engaram-se profundamente o dr. Derby e os que produziram a opinião deste notável sábio, afirmando que Nicolau Barreto, com sua expedição, rumou o norte, penetrou nas gerais e atravessando o rio das Velhas, pelo vale, do São Francisco, chegou ao Paracatú, nas proximidades do território goyano, pelo extremo, segundo o saudoso historiador americano, atingido pela leva em questão.

Tivesse sido esta a região percorrida, pela expedição, não se justificaria ser ela a detentora, até aquela data do "record" de penetração do nosso hinterland conforme faz certo a estafadíssima carta de 13 de janeiro de 1606; Marinho e Domingos Rodrigues foram muito além. Documentos existem, porém, que prova, ex abundantia, ter Barreto tomado rumo sudoeste e nunca trilhado as regiões, que a miragem do nome de Paracatú levou o dr. Derby a se desviar do bom caminho, no pesquisa histórica.
Agosto de 1606. Atualizado em 25/02/2025 04:45:50
8°. Expedição*
18 de fevereiro de 1607, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04
9°. Diversos homens poderosos, cujos nomes por essa razão não são talvez mencionados, revéis e desobedientes aos mandos das justiças, se aprontavam para ir aos carijós
8 de março de 1607, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 06:55:44
10°. Ebirapoeira, na qual se fabricavam coisas para resgate: Testamento de “Belchior casado com Hilária Luís Grou, tio de Domingos Fernandes”
26 de junho de 1608, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:05
11°. Falecimento de Belchior Dias, Raposo Tavares assume o comando
O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado.

Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...)
1 de agosto de 1608, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 04:04:50
12°. Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves
Depois dessa empreitada, temos a assinalar a que chefiou Martim Rodrigues Tenório, que, em agôsto de 1608, desceu o Tietê com os seguintes companheiros, dentre os muitos, que compunham a expedição: Antônio Nunes, Baltasar Gonçalves, Braz Gonçalves, Diogo Martins, João de Santana, João Pais, Manuel de Oliveira e Lourenço Gomes de Ruxaque. ("Inventários e Testamentos", vol. II, pág. 357; vol. III, pág. 255; e vol. IX, pág. 23).

O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado.

Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...)
Dezembro de 1608. Atualizado em 25/02/2025 04:45:36
13°. Raposo*
31 de outubro de 1610, domingo. Atualizado em 28/10/2025 13:27:33
14°. Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro
Em seguida ás bandeiras de Martim Rodrigues e de Belchior Dias Carneiro, durante todo o ano de 1609, não conseguimos encontrar referência alguma a qualquer expedição ao sertão. No ano seguinte, porém, de 1610, em outubro, encontramos Clemente Alvares e Cristovam de Aguiar, e muito provavelmente Braz Gonçalves (o mesmo que acompanhou a bandeira aniquilada de Martim Rodrigues aos "bilreiros"), a ponto de penetrar no sertão dos "carijós", pelo porto de Pirapitinguy (Tietê), conforme se vê de um protesto, aparentemente enérgico, dos oficiais da Câmara Paulistana.
1 de janeiro de 1612, domingo. Atualizado em 06/07/2025 18:48:39
15°. Carta de Bartholomeu de Toralea
Agosto de 1612. Atualizado em 24/10/2025 04:34:17
16°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo*
De fato, não era só com o uso da violência que os índios, em especial os carijós, foram descidos e levados a São Paulo. Os métodos persuasórios eram amplamente utilizados: faziam-se promessas de variados tipos, promovia-se a reunião de parentes e formavam-se redes de alianças. Sobre estes métodos, ver: MONTEIRO, John. “Os Guarani e a História do Brasil Meridional” In: CUNHA, M. História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1982. p. 475-498. Neste sentido, é famosa a carta do vilariquenho Bartolomeu de Torales, em 1612, comentando como Sebastião Preto, de São Paulo, havia utilizado com os caciques de “puras dádivas” para atraí-los, com suas aldeias, para a vila vicentina. “Carta de Bartolomeu de Torales a Diego Marin Negron”. Anais do Museu Paulista, Tomo I, 2a Parte, p.158.
20 de dezembro de 1612, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 10:04:54
17°. “desde 1611 os portugueses de São Paulo entravam “de roldon” sacando e levando os índios. Dizia que, com isso, já tinham ido embora mais de três mil índios, e que, não fossem as ações de Torales e de Añasco, que mantinha alguns caciques presos, a região já teria se despovoado”
18 de outubro de 1628, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
18°. Bandeirantes
10 de janeiro de 1629, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
19°. Bandeira comandada por Mateus Grou no Assungí
De São Paulo, as nascentes do Assuguy medem, em linha reta, cerca de 400 quilômetros, o que quer dizer, que a expedição teve a vencer pelo menos 600 quilômetros, através de obstáculos naturais de todo o gênero, devendo levar para chegar ao seu alvo pelo menos três meses, de onde se conclui que, em janeiro de 1629, devia a expedição estar trilhando as proximidades de Ibiaguira, ou num raio de 50 quilômetros, justamente, onde o falecimento de Luiz Eanes, nessa ocasião, denúncia a presença da expedição de Matheus (inicio do inventário de Luiz Eanes, 10 de janeiro de 1629).

Há ainda a coincidência extrema de que expedicionários, como Antonio Grou, figuram simultaneamente na lista dos companheiros de Manuel Preto, da "Relacion de los agrabios", e na expedição de Matheus Grou. Existe outro argumento ainda mais notável e interessante. É que Balthazar Gonçalves Malio, fazendo parte da expedição de Matheus Grou, sendo assinalado diversas vezes no inventário sertanejo de Luiz Eanes, saiu de São Paulo com a expedição de Manuel Preto, a 18 de outubro de 1628, conforme prova o testamento de sua mulher Jeronima Fernandes, feito em 5 de janeiro de 1630, onde diz:

"... e porque o dito meu marido de presente está ao sertão na companhia de Manuel Preto..."

Sendo que Balthazar só aparece no inventário em setembro de 1631. Não ha, pois, que duvidar terem havido estreitas ligações de organização entre as duas expedições mencionadas; e a ser assim como se evidencia, a lista dos integrantes, conhecidos de Guayrá, pode ser aumentada de vinte e três nomes identificados: [Páginas 55, 56 e 57]
10 de janeiro de 1629, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
20°. Estão no Alto do Tibagy
5 de janeiro de 1630, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:45:49
21°. Documento
Setembro de 1631. Atualizado em 24/10/2025 02:18:30
22°. Inventário de Jerônima Fernandes*
17 de março de 1635, sábado. Atualizado em 30/10/2025 04:03:47
23°. Partida
Ficando, exuberantemente, provado ter esta expedição de 1635 tomado o caminho marítimo, para o sertão rio-grandense, onde eram os Patos, passemos a acompanha-la no seu roteiro.

Vinte dias, mais ou menos, deveriam os barcos ter levado, na rota de Santos ao Rio Grande do Sul, pois que eram meio de transporte infinitamente mais rápidos do que as longas caminhadas, pelos sertões agrestes, da via terrestre.

Deveria a expedição, em questão, ter desembarcado, ou na Laguna, em Santa Catarina, justamente onde passava o meridiano de Tordesilhas, e que dessa época, em diante, foi muito frequentada pelos expedicionários paulistas, como faz certo o inventário do paulista Custódio Gomes, 1638. Teriam já, nessa longínqua época a "advocacia administrativa" e a "negociata", implantado o seu terrível domínio nas nossas plagas?
12 de maio de 1635, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:24:22
24°. Pero da Motta Leite deu licença a uma bandeira tendo por cabeças Ascenço de Quadros, Pero de Oliveira e João Missel Gigante
3 de fevereiro de 1639, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03
25°. Ordem
3 de abril de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:52
26°. D. João IV foi reconhecido soberano em São Paulo
No volume VII, Suplemento do "Registro Geral", página 251, vem impresso esse auto de aclamação, com a respectiva certidão, com a data de três de abril, provando que o fato, em absoluto, não teve lugar em maio, nem em outra data qualquer. Assim dizem os documentos:

"... o vereador mais velho Paulo do Amaral arvorou o dito pendão por três vezes dizendo em cada uma Real Real Real por El Rei dom João IV de Portugal respondendo a cada uma destas vezes todos os circunstantes com mil vivas e júbilos em o dito altar que estava preparado em o qual assistia o reverendo padre vigário revestido com o sobre peliz e estola em um livro dos Santos Evangelhos ou missal jurou nele o dito capitão mór João Luiz Mafra de conhecer e manter por estes reinos de Portugal o senhor dom João o IV rei de Portugal prometendo-lhe a menagem desta capitania e que a não entregaria senão a sua real majestade ou a seu certo recado e acabado tornou o dito vereador a tremular o dito pendão três vezes dizendo Real Real por El Rei dom João IV de Portugal a quem seguiam os vivas e júbilos dos mais circunstantes e saindo da dita procissão a casa do conselho donde havia de ficar o dito pendão por remate de tudo antes de se recolher o dito vereador fez as ditas cerimônias arvorando três vezes o dito pendão ao que seguiu a acostumada e aprazível voz de todos com mil vivas e júbilos por aqui se deu fim a esta tão festejada como alegre cerimônia de que mandaram fazer este auto de juramento e obediência e eterna na vassalagem e sujeição ao dito senhor rei dom João IV de Portugal em que assinara e eu Manoel Coelho escrevi. João Luiz Mafra, Antonio Raposo Tavares, Francisco Pinheiro Raposo, João Fernandes de Saavedra, Paulo do Amaral, João Martins de Heredia, ... Miguel Garcia Carrasco ..., frei João da Graça, dom abade de São Bento frei Manuel de Santa Maria ... Custódio, frei Francisco dos Santos guardião ambos de São, Fernão Dias Paes, Antonio Pompeu de Almeida, Francisco Rodrigues da Guerra, O licenciado Francisco de Chaves, o vigário Manuel Nunes, Francisco Velho de Moraes, João Ferreira Coutinho, Lourenço Castanho Taques, Victor Antonio e Castro Novo, padre Manuel Madureira Bernardo de Quadros, dom Francisco de Lemos, Manuel Lourenço de Andrade, Luiz Rodrigues Cavalheiro, Balthazar de Godoy, Claudio Furquim, Manuel Mourato Coelho, Domingos da Rocha, frei Vicente de Brito, frei Antonio de Santo Estevam, frei Domingos da Luz, frei Domingos da Encarnação, Antonio Pedroso de Alvarenga, Antonio Ribeiro de Moraes, Ascenso Ribeiro, João Raposo Bocarro, Francisco da Fonseca Prado Falcão, Gregório Fernandes, Francisco Martins. [Páginas 121, 122 e 123]

Veio, pois, como se vê, a descoberta destes dois documentos de publicação oficial desfazer uma dúvida e um erro que se acentuavam na nossa história: pois a já mencionada obra de Ermelino de Leão, recentissimamente saída a lume, muito convictamente afirma: não haver documentos que provem as aclamações tido lugar nos primórdios de abril. É que o escritor paranaense não teve a necessária argucia de proceder á devassa da documentação impressa, deixando de compulsar os volumes do "Registro Municipal".

A causa, porém, desse erro que ameaçava se enraizar nas páginas história, está no pouco cuidado dos que a tem estudado se limitando a copiar o já impresso, abstendo-se das pesquisas originais, pois que chegam muitos historiadores a ignorar o nome do próprio governador da capitania nesse ano de 1641!!! Parece incrível que se tenha afirmado ter sido o capitão-mór nessa época um tal de Luiz Leme (talvez atribuindo a Luiz Dias Paes Leme, o sertanista, já nosso conhecido), quando é certo não figurar nos documentos esse nome como exercendo o mencionado cargo da governança! Ermelino de Leão, corrigindo esta asserção, diz que o capitão mór na ocasião foi Francisco Pinheiro Raposo e, naturalmente, o mesmo signatário do auto de aclamação de dom João IV, como vimos acima.

A emenda nos parece tão errada quanto o soneto, pois o capitão mór era João Luiz Mafra, como se vê dos documentos impressos, estando de acordo com a verdade do saudosíssimo João Mendes, que isso afirmava.

Reintegrada, pois, a verdade histórica e banida qualquer dúvida existente sobre a verdadeira data das aclamações, com elementos irrefutáveis, como os que estampamos acima, estão elas definitivamente perpetuadas na nossa história, marcando os episódios, que tanto enobreceram o caráter paulista. [Páginas 125 e 126]
Setembro de 1641. Atualizado em 23/10/2025 17:27:03
27°. Paulistas estariam no "sertão"*
18 de setembro de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:12:43
28°. Na sessão da Camara de São Paulo, de 28 de setembro de 1641, declarava o procurador do conselho Miguel Carrasco, aos seus pares, que "a sua notícia era vindo que se aviaram desta vila mais de setenta moradores dele para irem ao sertão contra as leis provisões e proibições de Sua Majestade"
Agosto de 1642. Atualizado em 24/10/2025 03:39:05
29°. Bandeira que em setembro do ano passado estava no sertão deveria ter voltado a São Paulo, data em que foi iniciado o inventário de Sebastião Gonçalves*
1643. Atualizado em 01/09/2025 01:52:37
30°. Expedição de Jerônimo da Veiga
1645. Atualizado em 01/09/2025 02:42:20
31°. Expedição de Sebastião Machado Fernandes Camacho
1646. Atualizado em 23/10/2025 17:12:23
32°. Chegada a São Paulo da bandeira de João Mendes Geraldo
Fevereiro de 1646. Atualizado em 01/09/2025 02:51:00
33°. Partiu de São Paulo, para o sertão, uma formidável bandeira*
Outubro de 1646. Atualizado em 01/09/2025 02:47:07
34°. Carta do governador geral Antonio Telles da Silva, capitão mór da Bahia, aos officiaes da Camara paulista*
1653. Atualizado em 24/10/2025 02:55:16
35°. Parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú
Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”.
20 de maio de 1653, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 05:01:37
36°. Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para Iguape
Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”.
Janeiro de 1661. Atualizado em 01/09/2025 01:31:51
37°. Expedição deveria estar de retorno ao povoado paulistano*
1718. Atualizado em 25/02/2025 04:46:33
38°. Porto
notável esforço dedicado, não apenas, mas principalmente por Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) em desprezar Sorocaba. Dentre as 262 páginas do “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, somente na 249, ao tratar o Bandeirismo em declínio escreve:

Quando o nascer de século dos setecentos presenciava as múltiplas descobertas auríferas, por entre as fragas das serranias centro-minerais, coroando os esforços tenazes da gente paulista, lavrou o cruento destino o decreto irremovível do declínio do bandeirismo.

E, então, foi Ararytaguaba (Porto Feliz) a dolorosa sangria, dilatadamente aberta nas veias paulistas, de onde jorrara, para as bandas de além, o sangue aos borbotões das forças sertanistas, despovoando o berço piratiningano, para povoar os extensos territórios goyano e cuyabano, com a imensa aluvião de exploradores do ouro.

Eis os últimos degraus que descemos, no ingrato setecentismo, onde nos demoramos, por longissimas décadas, até que a cruzada nobilitante do trabalho inicia a sem dúvida pela gente campineira sorocabana, ituana e paulistana em que germinaria finalmente, a semente hereditária do bandeirismo, veio a nos trazer a segunda e definitiva fase da grandeza da nossa pátria paulista que tem como pedestal o maior monumento agrícola, jamais existido na superfície do planeta (...)
1720. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
39°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628
13 de janeiro de 1750, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:10
40°. Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid
Como dissemos, os cursos do grande rio e de seus numerosíssimos afluentes não foram por Castella aproveitados, para a penetração de suas vastíssimas colonias, ficando a bacia amazônica ao abandono. Por isso não foi difícil aos missionários religiosos, portugueses, no século XVIII, aí penetrar, fundando núcleos, que foram marcos possessórios, que valeram perante o tratado de 1750, que mais ou menos contornou o Brasil de hoje.
Janeiro de 1934. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03
41°. Bandeira*
Janeiro de 1934. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05
42°. Apenas três vereadores*
2014. Atualizado em 29/09/2025 23:04:25
43°. O ITINERÁRIO DAS APARIÇÕES. AYVU RAPYTA E A PALAVRA DE LEÓN CADOGAN.



  Anthony Knivet
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“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1940. Atualizado em 31/10/2025 11:31:08
Relacionamentos
 Cidades (12): Apiaí/SP, Boituva/SP, Caeté/MG, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Mogi das Cruzes/SP, Ouro Preto/MG, Paranaguá/PR, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (49) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Ascenso Luiz Grou (1575-1653), Bacharel de Cananéa, Baltazar Carrasco dos Reis (1617-1697), Balthazar Fernandes (1577-1670), Basílio de Magalhães (66 anos), Belchior Dias Moréia (1540-1619), Bento Maciel Parente, Brás Cubas (1507-1592), Cacique de Carapicuíba, Clemente Álvares (1569-1641), Custódia Lourença, Diogo de Unhate (1535-1617), Diogo Martins Cam, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Assis Carvalho Franco (54 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes Pinto, Gabriel de Lara (f.1694), Gonçalo Monteiro, Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Henrique da Costa (1573-1616), Jean de Laet (1571-1649), Jerônimo Leitão, João de Anhaya, João de Anhaya Lemos (f.1723), João de Piña (n.1585), João Fernandes Saavedra (f.1667), João Pereira Botafogo (1540-1627), João Pires, o gago (1500-1567), John Whithal (João Leitão), Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Luis Sarmiento de Mendoça, Luiz Martins, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Marcos Fernandes, velho (1530-1582), Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero (Pedro) de Góes, Pero Correia (f.1554), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Jorge Velho (1643-1705), Simão Álvares Martins (Jorge) (1573-1636), Simão Jorge Velho (1526-1585), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 Temas (28): Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bahia?, Cahaetee, Caminho do Peabiru, Caminho São Paulo-Santos, Cananéas, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Cruzes, Guaimbé, Guerra de Extermínio, Jaguaporecuba, Lagoa Dourada, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Minas de Itaimbé, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Peru, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itapocú, Rio Jaguari, Rio Paranapanema, Tamoios, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda
Registro mencionado
1. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza
novembro de 1599

Dom Francisco de Sousa por suas vez, chegou á vila em maio de 1599, seguido de considerável comitiva. Jornadeou logo para as minas do Araçoyaba, onde Affonso Sardinha, o moço, lhe fez doação dum dos fornos catalães para o preparo do ferro, passando depois a visitar as minas de Bacaetava, São Roque e Jaraguá. Pouco meses depois retornava ao Araçoyaba e dali enviava uma expedição ao Itapucú, da qual fez parte Antonio Knivet.
Registros mencionados (52)
1524 - Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada" [19955]
1526 - Aleixo Garcia foi morto, com alguns dos seus companheiros. Francisco de Chaves conseguiu sobreviver [21967]
1530 - Casamento de Domingos Grou e a filha do cacique de Carapicuíba (data s/ confirmação) [20334]
25/05/1542 - Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel” [19956]
13/07/1552 - Segundo uma comunicação feita pelo primeiro Bispo do Brasil, ao rei D. João, em 13 de julho de 1552, também foi colhido ouro, nas margens do Cubatão, juntos nos desaguadouros dos riachos que desciam da lombada do Paranapiacaba [25945]
08/04/1553 - Santo André da Borda do Campo foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira [6030]
30/06/1553 - Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte [19958]
08/11/1553 - Carta de Luís Sarmiento de Mendoza, embaixador espanhol em Lisboa [26563]
08/01/1556 - Proibido ir para o Paraguay "não façam fundição nenhuma de nenhum metal" [19973]
07/09/1559 - Rainha regente D. Catarina comunicava ao governador Mem de Sá que enviara o mineiro para averiguar as notícias das minas de ouro. [20506]
01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]
04/04/1561 - Ataque aos índios tamoios [19960]
10/05/1561 - Carta a rainha Catarina e nova solicitação ao "mineiro da Rainha" que adentrasse novamente ao sertão [19959]
20/05/1561 - O Capitão Brás Cubas estabelece uma fazenda ou sítio no lugar em que alguns anos depois teria início a povoação de Mogi das Cruzes [18180]
25/04/1562 - Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) [19976]
22/04/1568 - Carta do padre Balthazar Fernandes: 4 povoacões [19850]
1578 - Registros indicam ouro [20519]
1578 - Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba” [20363]
26/06/1578 - Seria corrente a notícia da existência das minas de ouro e prata da capitania de São Vicente, segundo súdito inglês residente em Santos [20758]
10/04/1585 - Representação das Câmaras de Santos e São Vicente ao capitão-mor Jerônimo Leitão, lugar-tenente do donatário, sobre a necessidade de fazer-se guerra aos índios Tupiniquim e Carijó [10559]
01/11/1585 - Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós [19962]
27/07/1586 - Domingos Grou não retorna com a expedição de que saiu de Santos um ano antes [19963]
01/08/1587 - “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"* [19965]
01/01/1590 - Nova expedição com 50 homens* [26190]
17/03/1590 - A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada [22292]
01/06/1590 - Jerômilo Leitão ordenou um reconhecimento prévio do local* [19964]
01/08/1590 - Bandeira penetrou o sertão* [21220]
30/12/1590 - Retorno da bandeira de Antonio de Saavedra, Diogo de Unhate e Fernão Dias* [19966]
01/10/1591 - Necessidade de guerra de extermínio* [19967]
1596 - Belchior [25774]
1596 - Jean de Laet esteve no Brasil [21280]
1598 - Após um Mameluco informar Dom Francisco de Souza que visita os "Montes de Sabaroason", enfim ele visitou o local / Nossa Senhora de Monte Serrat do Itapevuçu [6198]
01/10/1598 - D. Francisco partiu para o Sul [13719]
23/05/1599 - D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses [6231]
01/11/1599 - A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* [20591]
08/09/1602 - Liderada pelo “mameluco” Belchior Dias Carneiro, bandeira de Nicolau Barreto partiu sabendo da existência de ouro em “Sabarabúçú” [19186]
16/09/1606 - Minas [27572]
15/06/1609 - D. Francisco chegou em São Paulo [27279]
11/08/1609 - Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba [20797]
23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]
1625 - “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649) [22897]
16/07/1628 - Luis de Céspedes García Xería Parte em direção ao Guayrá, via Tietê e Paraná [17702]
21/07/1628 - Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha [9120]
24/09/1641 - Casamento de Maria Fernandes, filha do capitão André Fernandes, com João Fernandes Edra e a escriptura de dote, feita em Parnahyba [20420]
29/09/1641 - Testamento/falecimento de André Fernandes: apenas um filho legítimo [19852]
1645 - Assunguy [21651]
1647 - Assunguy [20586]
24/06/1656 - Dúvidas levantadas entre o povoador de Parnahyba [19851]
29/06/1661 - Balthazar Carrasco obtém sesmaria [19981]
1670 - Assunguy [28537]
1677 - O Sargento-mor João Martins Claro acompanhou o Administrador D. Rodrigo de Castelo Granco na exploração das Minas do Rio de Janeiro "correndo toda a costa até Pernaguá e todo o sertão onde havia Minas como foi de Peruña, Itambê, D. Jafne e outras [22395]
1696 - As diligências posteriores ao falecimento de Bartholomeu Bueno de Siqueira foram feitas por Miguel Garcia de Almeida e Cunha que entrou no Itatiaia, descobrindo ouro no Gualacho do Sul; por Manuel Garcia Velho, que entrou no Tripuhy, fazendo idênticas descobertas e Belchior da Cunha Barregão, que com Bento Leite da Silva, entrou no Itacolomy, extraindo também o precioso metal (1696) [27659]




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Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr.
1948. Atualizado em 23/10/2025 15:57:14
Relacionamentos
 Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Guarulhos/SP, Iguape/SP, Juquiá/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (32) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Alfredo Ellis Júnior (3 anos), Antonio da Cunha Gago, o Gambeta (1600-1671), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (1502-1569), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Cubas (1507-1592), Clemente Álvares (1569-1641), Cornélio de Arzão, Diogo de Quadros, Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Diogo Martins Cam, Francisco de Assis Carvalho Franco (13 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar Gomes Moalho, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jerônimo Leitão, Jerônimo Pedroso de Barros, Luís Eanes Grou (1573-1628), Luís Gonzaga da Silva Leme (47 anos), Manoel Pinheiro Azurara (n.1570), Manuel Teles Barreto (1520-1588), Martim Correia de Sá (1575-1632), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mateus Luís Grou (n.1577), Nicolau Barreto, Orville Derby (48 anos), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Sebastião Gonçalves
 Temas (19): Açúcar, Ambuaçava, Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Dinheiro$, Guayrá, Lagoa Dourada, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Peru, Rio Araguaia, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Tibagi, Sabarabuçu, São Filipe, Serra da Mantiqueira, Serra de Jaraguá

Registros mencionados (13)
1554 - Nascimento de Belchior Dias Carneiro em São Vicente. Filho de Lopo Dias e Beatriz Dias, em São Vicente [19982]
08/09/1602 - Liderada pelo “mameluco” Belchior Dias Carneiro, bandeira de Nicolau Barreto partiu sabendo da existência de ouro em “Sabarabúçú” [19186]
1604 - Falecimento de Afonso Sardinha, "O Moço" [20263]
08/01/1606 - Dentre os pleitos de Quadros, requereu a venda, em fiado, de 2.000 escravos das Guiné aos moradores de São Paulo para a exploração e entabulamento das minas, e que lhe foram negados [20615]
13/01/1606 - Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza [25778]
01/08/1628 - Formada a maior bandeira até então organizada, com destino ao Guaíra [8550]
10/01/1629 - Bandeira comandada por Mateus Grou no Assungí [19940]
01/01/1630 - Testamento de Jerônima Fernandes, mulher de Baltasar Gonçalves Málio* [20399]
17/01/1639 - Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição [8963]
01/12/1640 - Jerônimo de Barros, parte de São Paulo* [1229]
11/03/1641 - Bandeirantes são derrotados pelos nativos, liderados pelos Jesuítas, e voltam para São Paulo [6923]
01/08/1641 - Bandeirantes retornam á São Paulo* [19942]
02/08/1641 - Curiosidade no testamento no testameto de Sebastião Gonçalves* [19941]




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18 de janeiro de 1948, domingo
Atualizado em 31/10/2025 04:57:12
Introdução à História das bandeiras - XXII. Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jornal A Manhã
•  Cidades (5): Lisboa/POR, Porto Seguro/BA, Potosí/BOL, Santa Cruz de La Sierra/BOL, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Felippe Guilhem (n.1487), Jaime Zuzarte Cortesão (64 anos), Martim Correia de Sá (1575-1632), Pedro Lozano (1697-1752), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
•  Temas (19): Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Ilha Brasil, Curiosidades, Jesuítas, Lagoa Dourada, Montanhas, O Sol, Ouro, Peru, Rio Amazonas, Rio Araguaia, Rio da Prata, Rio Grande ou Guapaí, Rio Madeira, Rio Maranhão, Rio Paraguay, Rio Sapucaí, Sabarabuçu
Jornal A Manhã
Data: 1948
Página 8
    Registros relacionados
1522. Atualizado em 28/10/2025 08:39:12
1°. Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a procurar a célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente
1526. Atualizado em 28/10/2025 08:39:13
2°. Segundo as noções geográficas de então, a região de São Vicente localizava-se nas vizinhanças das ricas terras do Peru e das minas de Potosi, e os sertões ainda inexplorados, uma terra incógnita situada entre o rio Paraná e a costa, já visitados por ingleses em 1526
Aliás, até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Desviando muito para o leste o curso do Prata-Paraguai, para abranger na soberania portuguesa todo ou quase todo o vale platino, resultava que o Tocantins-Araguaia ocupava nas cartas da primeira metade do século XVII o lugar que na realidade pertencia ao Tapajoz e ao Madeira-Guaporé.
20 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 28/10/2025 16:13:44
3°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias
11 de fevereiro de 1584, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:36
4°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe
15 de maio de 1648, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 08:53:10
5°. Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui
Aliás, até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Desviando muito para o leste o curso do Prata-Paraguai, para abranger na soberania portuguesa todo ou quase todo o vale platino, resultava que o Tocantins-Araguaia ocupava nas cartas da primeira metade do século XVII o lugar que na realidade pertencia ao Tapajoz e ao Madeira-Guaporé.
15 de fevereiro de 1929, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:08:26
6°. Estrada Real, Koboyama
16 de fevereiro de 2023, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:32:37
7°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?



  Anthony Knivet
  37º de (0)
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1969
Atualizado em 31/10/2025 04:57:13
“Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda
•  Cidades (13): Araçoiaba da Serra/SP, Assunção/PAR, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Lisboa/POR, Malaca/MAL, Paraty/RJ, Potosí/BOL, São Paulo/SP, São Tomé de Meliapor/IND, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (54): Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Antônio de Sousa (1584-1631), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Baccio Filicaya, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Cubas (1507-1592), Carlos V (1500-1558), Christovam Jacques (1480-1531), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Diogo de Meneses e Sequeira (1553-1635), Diogo Flores Valdez (1530-1595), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Duarte Barbosa, Duarte Lemos, Felippe Guilhem (n.1487), Filipe III, o Piedoso (1578-1621), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pizarro González (1476-1541), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gonçalo da Costa, Henrique Montes, Hernando Arias de Saavedra (1561-1634), Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jean de Laet (1571-1649), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Pereira Botafogo (1540-1627), João Sanches "Bisacinho", Juan Diaz de Solís, Luis Sarmiento de Mendoça, Marcos de Azevedo, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim de Orue, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Nicolas del Techo (1611-1680), Nuno Manoel (1469-1531), Paschoal Fernandes, Pedro Dorantes, Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Pero Domingues 2° (n.1578), Pero Lobo, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Sebastião Caboto (1476-1557), Sergio Buarque de Holanda (67 anos), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Thomas Griggs, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Walter Raleigh (1552-1618), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (36): Bacaetava / Cahativa, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Colinas, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Diamantes e esmeraldas, El Dorado, Estradas antigas, Gentios, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Guayrá, Ilha da Madeira, Incas, Lagoa Dourada, O Sol, Ouro, Paraúpava, Pela primeira vez, Peru, Porcos, Porto dos Patos, Prata, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Jaguari, Rio Paraguay, Serra de Paranapiacaba, Terra sem mal, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Tupinambás, Tupis
Visão do paraíso
Data: 1959
Créditos: Sérgio Buarque de Holanda
Páginas 70 e 71
    Registros relacionados
1436. Atualizado em 28/10/2025 03:34:37
1°. Mapa de Andrèa Bianco
1503. Atualizado em 28/10/2025 02:56:19
2°. Colombo
Ainda em 1436, o mapa de Andrèa Bianco, provavelmente conhecido de Colombo, mostra, ao lado do Paraíso, numa península projetada do oriente da Ásia, homens sem cabeça e com olhos e a boca no peito. A Índia verdadeira, Índia Maior, como lhe chamavam antigos geógrafos e que o Almirante presumia ter alcançado, tanto que escrevera, ainda em 1503, aos Reis Católicos que certa região por ele descoberta ficava a dez jornadas do Ganges, era, dada a notoriedade de seus tesouros e mistérios, um dos lugares favorecidos pela demanda do sítio do Éden. [Páginas 22 e 23]
1507. Atualizado em 28/10/2025 04:19:03
3°. Martin Waldseemüller chega a converter em “pagus S. Paulli ”, originando a hipótese de que se acharia ali o mais antigo povoado europeu no Brasil
onde ficara a impressão das pisadas, para consigo levarem as raspasem relicários. Foi, em parte, a êsse hábito que, segundo o autor daCrônica da Companhia, se deveu o desgaste das ditas rochas, até aopaulatino desaparecimento das pegadas que já nos meados do séculoXVII eram invisíveis, pôsto que a lembrança delas ainda a guardassemos antigos. Além disso era sua existência atestada em certas cartas dedoação, onde se lia por exemplo: "Concedo uma data de terra sita naspegadas de São Tomé, tanto para tal parte, tanto para outra[ .... ]"10•A relação dos milagres do apóstolo, aqui como na índia, nãofica, porém, nisso, e sua notícia não nos chegou unicamente atravésdos padres missionários. Ao próprio Anthony Knivet, tido por herege,que em certo lugar chamado Itaoca ouvira dos naturais ter sido alio lugar onde pregara São Tomé, mostraram perto do mesmo sítio umimenso rochedo, que em vez de se sustentar diretamente sôbre o solo,estava apoiado em quatro pedras, pouco maiores, cada uma, do queum dedo. Disseram-lhe os índios que aquilo fôra milagre e que arocha era, de fato, uma peça de madeira petrificada. Disseram mais,que o apóstolo falava aos peixes e dêstes era ouvido. Para a parte domar encontravam-se ainda lajedos, onde o inglês pudera distinguirpessoalmente grande número de marcas de pés humanos, todos de igualtamanho li.

Parece de qualquer modo evidente que muitos pormenores dessaespécie de hagiografia do São Tomé brasileiro se deveram sobretudoà colaboração dos missionários católicos, de modo que se incrustaram,afinal, tradições cristãs em crenças originárias dos primitivos moradores da terra. Que a presença das pegadas nas pedras se tivesseassociado, entre êstes, e já antes do advento do homem branco, àpassagem de algum herói civilizador, é admissível quando se tenha emconta a circunstância de semelhante associação se achar disseminadaentre inúmeras populações primitivas, em todos os lugares do mundo.E é de compreender-se, por outro lado, que entre missionários e catequistas essa tendência pudesse amparar o esfôrço de conversão dogentio à religião cristã.

Não admira, pois, se a legenda "alapego de sam paulo", que numadas mais antigas representações cartográficas do continente sul-americano, a de Caverio, aparentemente de 1502, se acha colocada emlugar aproximadamente correspondente à bôca do Rio Macaé, no atualEstado do Rio de Janeiro e que, em 1507, Waldseemüller chega aconverter em "pagus S. Paulli", originando a hipótese de que se achariaali o mais antigo povoado europeu no Brasil, levasse pelo menos umestudioso e historiador à idéia de que a outro apóstolo cristão, alémde São Tomé, se associassem as impressões de pés humanos encontradas em pedras através de várias partes do Brasil e ligadas pelosíndios à lembrança ancestral de algum personagem adventício que, ao lado de revelações sobrenaturais, lhes tivesse comunicado misteres maiscomezinhos, tais como o plantio, por exemplo, e a utilização da mandioca 12. Essas especulações foram reduzidas a seus verdadeiros limites,desde que Duarte Leite, aparentemente com bons motivos, explicoucomo a discutida palavra "alapego" não passaria de simples corrupçãode "arquipélago", alusivo à pequena Ilha de Sant´Ana, em frente à fozdo Macaé e a algumas ilhotas circunvizinhas.

Em realidade a identificação de rastros semelhantes no ExtremoOriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu"preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde odizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua,não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI.

A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo : "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put(é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui ahistória de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?"14.

Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto noOriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes.Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval equinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo,que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas aosanto, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aosíndios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora umpenedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima,como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por seremiguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110]
12 de outubro de 1514, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:44:47
4°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel
Pode dar-se idéia de celeridade com que se difundiu a lenda do \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\apostolado\apostolado.txtie São Tomé nas índias, e não apenas nas índias Orientais, lembrando como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro, já se falava em sua estada na costa do Brasil.

A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã , referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, à Ilha da Madeira.

Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. “Eles têm recordação de São Tomé”, diz o texto. E adianta:

Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que têm cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior”. “No país chamam freqüentemente a seus filhos Tomé.

A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.” E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” O crédito universal do motivo da impressão dos pés humanos, a que provavelmente não seriam alheios os nossos índios, a julgar pelos testemunhos de numerosos cronistas, dava ainda mais corpo à idéia. Aos europeus recém-vindos tratavam logo os naturais de mostrar essas impressões, encontradas em várias partes da costa. Simão de Vasconcelos, por exemplo, refere-nos como as viu em cinco lugares diferentes: para o norte de São Vicente; em Itapoã, fora da barra da Baía de Todos os Santos; na praia do Toqué Toqué, dentro da mesma barra; em Itajuru, perto de Cabo Frio, e na altura da cidade de Paraíba, a sete graus da parte do sul, para o sertão. Neste último lugar, com um penedo solitário, achavam-se duas pegadas de um homem maior e outras duas menores, de onde tirou o jesuíta que não andaria só o apóstolo e reporta-se, aqui, a São João Crisóstomo tanto quanto ao Doutor Angélico, segundo os quais se fazia ele acompanhar, em geral, de outro discípulo de Cristo: “as segundas pegadas menores”, escreve, “devem ser deste” 5.

Por sua vez, Frei Jaboatão, dos Frades Menores, diz que no lugar do Grojaú de Baixo, sete léguas distante do Recife de Pernambuco, vira gravada a estampa de um pé, e era o esquerdo, “tão admiravelmente impresso, que à maneira de sinete em líquida cera, entrando com violência pela pedra, faz avultar as fímbrias da pegada, arregoar a pedra e dividir os dedos, ficando todo o circuito do pé a modo que se levanta mais alto que a dita pedra sobre que está impressa a pegada” 6 . Admite que sem embargo de atribuir-lhe a fama do vulgo a São Tomé, seria antes de um menino que andasse em sua companhia, porventura seu anjo da guarda. E a causa da suspeita estava na pequenez da impressão, que mostrava ser de um menino de cinco anos, com pouca diferença.
1515. Atualizado em 28/10/2025 12:06:16
5°. Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil”
Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira.

Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais.

"Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé."

A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo.

Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes.

Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.”. E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” [Páginas 135 e 136]

À fé comum dos índios Tupi poderia o cronista da Companhia juntar a de muitos descobridores e conquistadores brancos do Novo Mundo. O próprio Colombo não começara por ver no Pária, precisamente ao norte da Amazônia, em lugar que Schõner, no seu Globo de 1515, chega a identificar com o Brasil - Paria sive Brasília - a verdadeira porta do Éden? E não lhe parece tão bom como o do Fison o ouro que na mesma terra se criava?

Mais tarde, sob a forma de Eldorado, se deslocaria esse paraíso colombino para a Guiana e para o rio de Orellana. Nem faltariam argumentos ainda mais respeitáveis, apoiados estes em escritos de teólogos antigos e modernos, a favor da crença dos que situassem o sagrado horto no coração do Brasil, e de preferência na Amazônia. Observa Vasconcelos que muitos daqueles teólogos, entre eles o próprio São Tomás de Aquino, teriam colocado o Paraíso debaixo da linha equinocial, cuidando que era a parte do mundo mais temperada (...) [Página 173]

Confirmadas, bem ou mal, as notícias obtidas pela expedição lusitana de 1514 e documentadas na Nova Gazeta acerca das terras do ouro e prata, não tardariam muito em manifestar-se os ciúmes e divergências nacionais em torno de sua posse.

Entre as Coroas de Portugal e Castela, que eram as diretamente interessadas, conduziu-se a polêmica sem acrimônia visível, como convinha a casas reais tão intimamente aparentadas, e no entanto com obstinada firmeza. A esperança dos maravilhosos tesouros, alvo de todas as ambições, dissimulava-se naturalmente sob raciocínios mais confessáveis, de sorte que não vinham à tona senão argumentos como o da demarcação ou o da prioridade.

Não menos do que os castelhanos, presumiam-se os portugueses favorecidos, neste caso, pela linha de Tordesilhas, chegando mesmo a reivindicar todo o litoral que se estende até o estuário platino ou mais ao sul. E quem provaria a sem-razão dessas pretensões? Quanto ao problema das prioridades eram capazes de apresentar argumentos ainda mais impressionantes. [Página 91]
1516. Atualizado em 27/10/2025 05:44:29
6°. São Thomé
Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil.

A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira.

Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta:

"Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." [Páginas 135 e 136]

22 de fevereiro de 1517, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:10
7°. Real Cédula de D. Joana
Julho de 1524. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17
8°. Carta do embaixador Juan de Çúñiga a Carlos V*
3 de abril de 1526, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:17
9°. Partida
Dezembro de 1527. Atualizado em 25/10/2025 02:54:39
10°. Subiram o rio*
Dezembro de 1527. Atualizado em 25/10/2025 04:40:42
11°. Uma carta do embaixador João da Silveira a Dom João III era portadora de notícias alarmantes*
1529. Atualizado em 28/10/2025 11:30:05
12°. A denominação Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro
17 de agosto de 1531, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21
13°. Diário de Pero Lopes
Francisco de Chaves, morador antigo de Cananéia e possivelmente um dos que ficaram em terra da nau San Gabriel de Dom Rodrigo de Acuna, se não mesmo um dos náufragos da armada de Solis, e neste caso, antigo companheiro de Henrique Montes e Aleixo Garcia, aparece no Diário da Navegação de Pero Lopes, a propósito da jornada que mandou Martim Afonso de Cananéia terra adentro em busca do metal precioso. Para tanto seguira Pero Lobo a 1 de setembro de 1531 com quarenta besteiros e quarenta espingardeiros, guiados pelo mesmo Chaves, que “se obrigava que em dez meses tornara ao dito porto com quatrocentos escravos carregados de prata e ouro”. Pode dizer-se que cronologicamente é essa a primeira grande entrada paulista de que existe documentação. [p. 98]
1 de setembro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 01:43:11
14°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
Dos Patos saíra Aleixo Garcia, e saíra, mais tarde, Cabeza de Vaca. Ambos tinham subido o Rio Itapucu, rumando para terras do atual Estado do Paraná, e sabe-se que o adelantado, valendo-se de guias indígenas, seguiu o itinerário de seu antecessor. Esse itinerário está descrito nos “Comentários” de Pero Hernandez e sobre ele discorre, com sua habitual segurança, o Barão do Rio Branco, além de reproduzi-lo em mapa 55.

Tudo faz admitir que em algum ponto dessa via devesse desembocar o caminho que tinham percorrido, saindo de Cananéia, os expedicionários de Pero Lobo. De outro modo explica-se mal o fato de a gente de Cabeza de Vaca transitar em sua entrada pelo mesmo lugar onde dez anos antes se verificara o trucidamento daqueles expedicionários encontrando, além disso, à altura do Tibaji, um índio recentemente convertido chamado Miguel, de volta à costa do Brasil, de onde era natural, após longa assistência entre os castelhanos do Paraguai. Desse Miguel dirá mais tarde Irala, em documento publicado por Machaín, que tinha seguido pelo caminho que percorreu Aleixo Garcia: “por el camino que Garcia vino”.
1533. Atualizado em 28/10/2025 02:24:15
15°. Adorno assassina Henrique Montes
1538. Atualizado em 30/10/2025 14:02:17
16°. Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires
Na atividade que, já a partir de 1538, e até 1546, ano em que morreu, desenvolvera na Ilha de Santa Catarina, no continente vizinho, no Guairá e até em Assunção, o Frade Bernardo de Armenta, comissário da Ordem de São Francisco, estariam, muito possivelmente, os acontecimentos históricos que podem ter servido para avivar a lenda.

A alta reputação ganha por ele entre os indígenas teria sido partilhada e talvez herdada, até certo ponto, por outro franciscano que o acompanhou e lhe sobreviveu, Frei Alonso Lebron, o mesmo que Pascoal Fernandes iria aprisionar em 1548, levando para São Vicente 39 . A este podia corresponder, na história, o papel atribuído no mito indígena ao “companheiro” de Sumé.

Sabe-se que Frei Bernardo percorreu, pelo menos uma vez, em toda a sua extensão, o caminho chamado de São Tomé quando acompanhou, à frente de uma centena de índios, o Governador Gabeza de Vaca, e que o tinham em grande acatamento aqueles índios. Posto que o não estimasse o “adelantado ”, autor de sérias acusações ao seu comportamento, entre outras a de que, junto com Frei Alonso Lebron, guardaria encerradas em sua casa mais de trinta índias dos doze aos vinte anos de idade 40, a boa conta em que era geralmente havido entre catecúmenos e gentios Carijó espelha-se no nome que todos lhe atribuíam de Pay Zumé, como a identificá-lo com figura mítica.

Consta que, ao chegar a Santa Catarina, onde aceita a oferta do feitor real Pedro Dorantes, que se propõe ir descobrir o caminho “por donde garcia entró”, Cabeza de Vaca conseguiria realizar mais facilmente o intento de penetrar por terra até o Paraguai pelo fato de o julgarem os índios filho do comissário da Ordem de São Francisco, ou seja, de Bernardo de Armenta, “a quien ellos dizen Payçumé y tienen en mucha veneración”, segundo se expressaria em carta o próprio Dorantes 43 .

No que dirão mais tarde os guaiarenhos aos missionários jesuítas, não parece muito fácil separar o que pertenceria ao franciscano, predecessor daqueles na obra de catequese, dos atributos do personagem mitológico celebrado pelos seus avós e a eles comunicado de geração em geração. Mesmo no nome dado ao caminho que, da costa do Brasil, procurava as partes centrais do continente, não se prenderia, de alguma forma, a lendária tradição a uma verdade histórica ou, mais precisamente, ao fato de o ter trilhado Frei Bernardo, que na imaginação dos índios da terra deveria ser figura mais considerável do que o adelantado?

O certo, por este ou outro motivo, é que o mítico Sumé assume então no Paraguai, em particular no Guairá, que se achava para todos os efeitos dentro do Paraguai, proporções que desconhecera na América Lusitana, de precursor declarado e verdadeiro profeta da catequese jesuítica. Que dizer então do Pay Tumé peruano, em quem se acrisolam suas virtudes taumatúrgicas, dando ensejo à formação de toda uma brilhante hagiografia capaz de emparelhar-se com a do apóstolo cristão nas supostas andanças através do extremo oriente? [Páginas 152 e 153]
1538. Atualizado em 25/02/2025 04:45:53
17°. Documento
1538. Atualizado em 25/02/2025 04:43:06
18°. Expedição de Mercadillo à província de Maxifaro, perto das cabeceiras do Amazonas, e ao país dos Omágua
1540. Atualizado em 25/02/2025 04:47:16
19°. Tupinambás
Êsse fato surpreende tanto mais quanto a mestiçagem e o assíduo contato dos portuguêses com o gentio da costa, longe de amortecer, era de molde talvez a reanimar alguns dos motivos edênicos trazidos da Europa e que tanto vicejaram em outras partes do Nôvo Mundo. Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos e examinados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre".

Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram sôbre êles as notícias da existência de minas preciosas.
Setembro de 1542. Atualizado em 25/02/2025 04:39:03
20°. Tem-se registro de uma ofensiva por parte dos Tupinambás à região*
Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos eexaminados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre". Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram s"ôbre êles as notícias da existência de minas preciosas.

Num primeiro momento, é certo, tiveram essas notícias qualquer coisa de deslumbrante. Delas tratara, em carta a D. João III, certo Filipe Guillén, castelhano de nação, o qual, tendo sido boticário em sua terra, fizera-se passar em Portugal por grande astrônomo e astrólogo, até que, revelado um dia seu embuste, o mandou prender el-rei.Já à sua chegada ao Brasil, pelo ano de 1539, êsse mesmo homem,de quem Gil Vicente chegou a declarar, numas trovas maldizentes,que andou por céus e terras, olhou o solo e o abismo,de[ abismo vió el profundo,de[ profundo el paraisa,dei paraíso vió el mundo,dei mundo vió quanto quiso5,pretendera ter ouvido como de Pôrto Seguro entravam terra adentrouns homens e andavam lá cinco e seis meses. Empenhando-se eminquirir e saber das "estranhas coisas dêste Brasil", propusera-se sair,com o favor de Sua Alteza, a descobrir as minas que os índios diziamlá haver. [Páginas 34 e 35]
1545. Atualizado em 25/02/2025 04:43:12
21°. Carta de mestre Pedro de Medina
1545. Atualizado em 25/02/2025 04:41:35
22°. Descoberta das minas de Potosí
1548. Atualizado em 25/02/2025 04:39:28
23°. Pascoal Fernandes aprisiona o Frei Alonso Lebron
1549. Atualizado em 25/02/2025 04:43:13
24°. Entrada grande de Domingo Martinez de Irala
9 de outubro de 1549, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:34:43
25°. Depoimento de Brás Arias, em Sevilha
Brás Arias, português de São Vicente, dera causa a uma denúncia por onde os oficiais da Casa de Contratação puderam ter conhecimento dos processos usados em tais assaltos.

A denúncia partira do mesmo Martin de Orue que apare- cerá mais tarde em Lisboa a colher informações para o Conselho de Sua Majestade sobre as propostas de Diogo ou Domingos Nunes a el-rei Dom João III e sobre as pretensões territoriais lusitanas com respeito a terras da demarcação de Castela. Quatro ou cinco dias apenas depois da chegada de Arias, era este chamado a com- parecer perante o visitador de Sua Majestade na Casa, a fim de prestar depoimento acerca dos latrocínios e malícias atribuídos por Orue aos de São Vicente e outras partes do Brasil em prejuízo de vassalos e súditos do imperador.

Tomado seu juramento na devida forma de como diria a verdade do que sabia, confirmou Arias, acrescentando-lhes novos pormenores, as acusações do espião castelhano. Referiu como, cerca de um ano antes, dois navios, um de São Vicente, outro da capitania de Ilhéus, se tinham reunido em Cananéia, seguindo em conserva até a laguna do Viaça, junto à Ilha de Santa Catarina, onde estavam vários espanhóis, além de muitos índios e índias, que vinham sendo doutrinados por Frei Alonso Lebron, da Ordem de São Francisco. Achando-se a testemunha num dos navios, em que saíra a fazer os seus tratos, viu como Pasqual Fernandes, genovês, vizinho de São Vicente, e Martim Vaz, de Ilhéus, senhores e mestres dos navios, atraíram a bordo com enganos e fingida amizade aos espanhóis, entre estes Frei Alonso, além de parte dos catecúmenos que apresaram, e seriam cento e tantas peças, entre homens e mulheres. Feito isso partiram ambos os navios, com todos aqueles prisioneiros, seguindo um deles, o que era de Pascoal Fernandes, com destino a São Vicente, e neste iam o dito frade e os demais espanhóis, além de parte dos índios aprisionados, en- quanto o de Martim Vaz tomava o caminho de Ilhéus.

Vira mais a testemunha, e assim o disse, que chegado a São Vicente o navio de Pasqual Fernandes, o capitão daquele porto, que se chamava Brás Cubas, lhe tomou os espanhóis e índios cristãos, pondo aqueles em liberdade e entregando estes a Frei Alonso, que lhe mostrara os privilégios e faculdades recebidos da sua Ordem e de Sua Majestade. Em seguida, deixou o frade em poder de certos vizinhos e moradores portugueses de São Vicente os índios e índias convertidos, para que os guardassem provisoria- mente, enquanto ele próprio ia a Portugal e Castela a queixar-se do sucedido. E com efeito, partiu para esses reinos onde, todavia, não chegou, constando-lhe que fora aprisionado por algum corsário francês. Quanto aos índios ainda não convertidos, sabia ainda o depoente que Brás Cubas os deixou em poder de Pasqual Fernandes e dos companheiros deste que participavam do negócio com a condição de os devolverem se e quando fossem reclamados por quem de direito os pudesse haver.
1550. Atualizado em 30/10/2025 18:33:08
26°. Primeira notícia da descoberta de metais preciosos foi o biscainho João Sanches: “e na parte donde nós outros povoamos, os portuguezes encontraram muitas minas de prata muito ricas, e isto digo porque na minha presença fizeram muitas fundições, as quais todas enviam ao rei de Portugal para que logo mande povoar toda a costa”
1552. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17
27°. Caminho
Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino nuevo que se habia descubierto”.
26 de dezembro de 1552, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
28°. Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João Ramalho
Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”.

Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá.
1 de janeiro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
29°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá.
13 de junho de 1553, sábado. Atualizado em 13/06/2025 00:01:17
30°. Ulrico Schmidel chegou a São Vicente
Também é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”.

Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá.

Por esse tempo, o vivo interesse com que a “costa do ouro e da prata” fora disputada pelas duas Coroas ibéricas parecia em grande parte arrefecido. Tanto que, compreendida em um dos quinhões que a Pero Lopes coubera na distribuição de capitanias hereditárias, o qual quinhão devia estender-se de Cananéia até, aproximadamente, o porto dos Patos, não se preocupam em colonizá-la os portugueses. Quando muito continuam a impedir que nela se estabeleçam os seus rivais. Em vez do metal precioso que dali parecera reluzir aos antigos navegantes, o que iam a buscar na mesma costa eram os Carijó para a lavoura ou o serviço doméstico.
30 de junho de 1553, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 04:48:06
31°. Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte
1554. Atualizado em 25/02/2025 04:43:12
32°. Documento
21 de abril de 1554, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:12
33°. Carta
Setembro de 1554. Atualizado em 24/10/2025 04:28:21
34°. Documento*
Junho de 1560. Atualizado em 30/10/2025 09:15:16
35°. Partida da expedição de Bras Cubas*
Outro tanto dissera em 1560 Vasco Rodrigues de Caldas, quando obteve de Mem de Sá autorização para rematar a jornada do espanhol. No mesmo ano e no anterior tinham-se realizado as expedições de Brás Cubas e Luís Martins, saídas do litoral vicentino. De uma delas há boas razões para presumir que teria alcançado a àrea do São Francisco, onde recolheu amostras de minerais preciosos. Marcava-se,assim, um trajeto que seria freqüentemente utilizado, no século seguinte,pelas bandeiras paulistas. É de crer, no entanto, que o govêrno, interessado, porventura, em centralizar os trabalhos de pesquisa mineral,tanto quanto possível, junto à sua sede no Brasil, não estimulasse as penetrações a partir de lugares que, dada a distância, escapavam mais fàcilmente à sua fiscalização. [p. 44 e 45]

Se em vida do Senhor de Beringel tiveram, não obstante, algum alento as pesquisas de minerais preciosos, não só nas proximi- dades da vila de São Paulo, mas também em sítios apartados, como aqueles - porventura na própria região do São Francisco - de onde Brás Cubas e Luís Martins tinham tirado ouro já nos anos de 1560 e 61, por sua morte vieram elas a fenecer ou, por longo espaço, a afrouxar-se. [p. 64]
1 de janeiro de 1574, sexta-feira. Atualizado em 30/06/2025 04:22:21
36°. CARTA de nomeação de Domingos Garrucho para mestre-de-campo-general da projectada jornada de descobrimento da lagoa do Ouro
1580. Atualizado em 25/02/2025 04:45:56
37°. Peru
3 de novembro de 1580, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:38
38°. O Minion of London zarpou de Harwich a três de novembro de 1580 com dois integrantes da tripulação de John Winter a bordo, homens que conheciam a rota e tinham no currículo uma estadia em São Vicente
1582. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
39°. Conversa com o então embaixador de Portugal em Londres, Antônio de Castilho
24 de março de 1582, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:11:11
40°. Chegada da armada de Valdez ao Rio de Janeiro
Sabe-se, com efeito, que um dos informantes de Hakluyt sobre as vantagens que podia oferecer a Ilha de São Vicente é o mesmo Thomas Griggs, que, tendo viajado anteriormente no Minion, aludira, segundo aqui mesmo já foi notado, à pouca distância, “doze dias apenas”, por terra ou água, entre a vila de Santos e certas partes do Peru. Que não deveria parecer muito extraordinária essa idéia indicam-no os receios surgidos na mesma época, isto é, em 1582, no Rio de Janeiro, de que se desgarrassem e fugissem para o Peru os oitenta soldados deixados em São Vicente parada defesa do porto pelo contador Andrés de Equino, da armada de Diego Florez Valdez.

Mesmo a quem não partilhasse de ilusões semelhantes sobre a pretensa facilidade de acesso ao Peru entrando pelo caminho de São Vicente, pareceria claro, ainda nos primeiros anos do século seguinte, e mais tarde, que, de todas as do Brasil, era aquela a capitania de melhor passagem para as míticas serras, de onde, segundo numerosos testemunhos, continuamente se despejavam riquezas fabulosas no lago que ia alimentar o São Francisco e outros rios. E se o mau sucesso de tantas buscas sucessivas parecia sugerir que, ao menos na América Portuguesa, se não verificava a antiga crença de que os tesouros naturais sempre se avolumam à medida que se vai de oeste para leste, impunha-se a suspeita de que essas minas estariam, ao contrário, nas vizinhanças dos lugares onde fora largamente comprovada sua existência: em outras palavras, para as bandas do poente e junto às raias do Peru.

Idéia simplista, sem dúvida; por isso mais apta a logo fazer prosélitos. A prova de que não se apartaria muito da realidade está em que, passado mais de um século, se descobrirão, justamente naquele rumo, as grandes aluviões auríferas de Cuiabá e Mato Grosso, das mais avultadas que registra a história das minas do Brasil. [p. 118]
1584. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
41°. Discourse of Western Planting
1 de abril de 1591, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:35
42°. Alvará de Felipe II concediendo privilegios a Gabriel Soares de Sousa
1596. Atualizado em 24/10/2025 04:14:38
43°. Expedição de Martim Correia de Sá
1599. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
44°. Richard Hakluyt
1600. Atualizado em 30/06/2025 06:09:44
45°. Relato do padre Andrea Lopez
Julho de 1601. Atualizado em 24/10/2025 04:14:58
46°. D. Francisco partiu de São Paulo, com destino incerto*
13 de janeiro de 1606, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 12:00:28
47°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fêz dessa vila para lugar de residência.Justamente pela época em que andaria na côrte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do Sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acêrca da distância entre aquela vila e o Peru.

A carta é, antes de tudo, um cerrado libelo contra os capitães, ouvidores e até governadores-gerais que segundo diz, não entendiam e nem estudavam senão como haviam de "esfolar, destruir e afrontar" o povo de São Paulo.

Para dar remédio a tais malefícios, pede-se ao donatário que, por sua pessoa, ou "coisa muito sua", trate de acudir com brevidade à terra que o Senhor Martim Afonso de Sousa ganhou e Sua Majestade lhe deu com tão avantajadas mercês e favores.

E para mostrar a bondade da mesma terra, referem-se os oficiais da Câmara entre outras coisas, às minas, exploradas ou não, que nela se acham, a de Caatiba, de onde se tirou o primeiro ouro, e ainda a serra que vai dali para o norte - "haverá sessenta léguas de cordilheira de terra alta, que tôda leva ouro" -, além do ferro de Santo Amaro, já em exploração, e o de Biraçoiaba, que é região mais larga e abastada, e também do muito algodão, da muita madeira, de outros muitos achegos, tudo, enfim, quanto é preciso para nela fazer-se "um grande reino a Sua Majestade".

Ao lado disso, fala-se também no grande meneio e trato com o Peru e na presença de "mais de 300 homens portuguêses, fora seus índios escravos, que serão mais de 1500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Peru por terra, e isto não é fábula" [M. E. de AZEVEDO MARQUES, Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo, 11, págs. 224 e segs. Cf. também ACSP, li, págs. 497 e segs., onde vem reproduzida a carta dos camaristas de São Paulo, de acôrdo com o texto anteriormente impresso por Azevedo Marques.].

Sôbre a distância entre o litoral atlântico e os Andes são muitas vêzes imprecisas e discordes as notícias da época, e já se sabe como a idéia de que os famosos tesouros peruanos eram vulneráveis do lado do Brasil, chegara a preocupar a própria Coroa de Castela nos dias. [Páginas 94 e 95]
9 de março de 1607, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:46
48°. Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais
19 de fevereiro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 02:10:34
49°. Aporta a Pernambuco dom Francisco de Sousa, nomeado capitão-general e governador da Repartição do Sul (ver 11 de junho de 1611)
22 de abril de 1609, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:19
50°. BN. Biblioteca Nacional do Brasil. 22/04/1609 Carta de Dom Diogo de Menezes, governador do Brasil, escrita da Bahia ao rei D. Felipe II em que se lhe queixou de prover Dom Francisco de Souza as Fortalezas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente desobrigando-o da homenagem que delas tinha e lhe apontou alguns inconvenientes pertencentes ao governador daquela província e a sua fazenda como dela se podem ver]
15 de junho de 1609, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:19
51°. D. Francisco chegou em São Paulo
Com todo o desvairado otimismo de seus planos grandiosos, não é impossível que, no íntimo, Dom Francisco se deixas-se impressionar por aquela idéia, partilhada com outros portugueses da época, de que, em matéria de ouro e prata, Deus se mostrara mais liberal aos castelhanos, dando-lhes a fabulosa riqueza de suas minas. Assim se explica a miragem do Potosi, o sonho, que já tinha sido o de Tomé de Sousa, de fazer do Brasil um “outro Peru” e que está presente em todos os atos de sua administração.

Essa idéia obsessiva há de levá-lo, em dado momento, ao ponto de querer até introduzir lhamas andinas em São Paulo. Com esse fito chegaria a obter provisão real, lavrada em 1609, determinando que se metessem aqui duzentas lhamas ou, em sua linguagem, “duzentos carneiros de carga, daqueles que costumam trazer e carregar a prata de Potosi, para acarrear o ouro e a prata” das minas encontradas nas terras de sua jurisdição. E recomenda-se no mesmo documento que das ditas lhamas se fizesse casta e nunca faltassem 77 . Já seria essa, à falta de outras, uma das maneiras de ver transfiguradas as montanhas de Paranapiacaba numa réplica oriental dos Andes.

E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fez dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na Corte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acerca da distância entre aquela vila e o Peru.
Janeiro de 1610. Atualizado em 24/10/2025 04:15:21
52°. D. Francisco enviou a Madri um de seus filhos, Antônio de Sousa, com dois regalos para d. Filipe II: uma espada e uma cruz forjadas com o pouco ouro das minas de São Paulo*
Em maio de 1610, enquanto seu filho se preparava para ir à Espanha levando a incumbência, entre outras, de fazer vir bacelos de vinha e sementes de trigo a fim de se introduzirem dessas granjearias, assentou-se em câmara que, na procuração dada a Dom Antonio em nome do povo para ir tratar de coisas relacionadas com o bem comum fosse excluída qualquer solicitação para a vinda daquelas plantas, de modo a que ninguém ficasse depois com a obrigação de as cultivar 4 *.

Semelhante exemplo esclarece bem os receios que deveria causar entre a mesma gente o descobrimento ou conquista das minas, tão apetecidas de Dom Francisco. Tal há de ser sua constância nesses temores que, para fins do século, um governa- dor do Rio de Janeiro assinala o escasso interesse que demonstravam os paulistas por aquelas minas. Julgavam, e abertamente o diziam, observa ele, que, descobertos os tesouros, lhes haveriam de enviar governador e vice-rei, meter presídios na capitania para sua maior segurança, multiplicar ali os tributos, com o que ficariam expostos ao descrédito, perderiam o governo quase livre que tinham de sua república, seriam mandados onde antes mandavam, e nem lhes deixariam ir ao sertão, ou, se lá fossem, lhes tirariam as peças apresadas para as empregar no serviço das minas.
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 05:30:20
53°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
18 de junho de 1612, segunda-feira. Atualizado em 30/10/2025 12:37:27
54°. Inventário de Martim Tenório, registrado em ebirapoeira, termo da Vila de São Paulo
Novembro de 1613. Atualizado em 30/10/2025 06:18:01
55°. Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás*
1628. Atualizado em 30/10/2025 09:15:25
56°. “Do lado espanhol”
1636. Atualizado em 07/10/2025 18:06:28
57°. Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande”
1636. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
58°. Quevedo, escrito por volta de 1636
8 de agosto de 1672, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:57
59°. Carta do secretário do Conselho Ultramarino, solicitando informações sobre as minas de prata de Sabarabuçu e outras minas de esmeraldas e ouro de fundição de que se tinha notícia e que haviam motivado a preparação da jornada de Fernão Dias
1687. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11
60°. Ruiz Montoya en Indias (1608-1652). Francisco Jarque (1609-1691)
Francisco Jarque, por sua vez, na biografia que escreveu de Montoya, além de reproduzir o que diz este das origens e fama do mesmo caminho chamado de São Tomé, refere como, por ele, “el Peabiyu, que es el camino que llaman de San Tomé”, tratara o Padre Antônio Ruiz de recolher os catecúmenos que se tinham escapado, em 1628, às garras dos “portugueses dei Brasil”, assim como à servidão a que os queriam sujeitar os espanhóis da Vila Rica iniciando, à beira dele, a fundação de um povoado que teria, afinal, destino idêntico ao dos outros, destruído que foi pelos mamelucos de São Paulo.
1699. Atualizado em 28/10/2025 03:05:52
61°. Já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo
Também Nicolas dei Techo, recorrendo ao testemunho de Nóbrega, apoiado pelas razões de Orlandini, o historiador da Companhia, refere, já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo. Conserva-se, adianta,

igual todo el ano, sin mas que las hierbas crecen algo y difieren bastante de las que hay en el campo, ofreciendo el aspecto de una via hecha con artificio; jamás la miran los misioneros dei Guairá que no experimenten grande asombro”.

Além disso, perto da capital do Guairá existiriam elevados penhascos coroados de pequenas planícies onde se viam, como em várias partes do Brasil, gravadas sobre o rochedo, pisadas humanas. Contavam os indígenas como, daquele lugar, costumava o apóstolo, freqüentemente, pregar ao povo que acudia de toda parte a ouvi-lo.
1702. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11
62°. Livro de Frei Antônio do Rosário, aponta entre os tesouros do Brasil o diamante, que seria então mandado “não em bisalhos, mas em caixas, que todo ano vem a este Reyno”
1727. Atualizado em 25/02/2025 04:43:10
63°. Descoberta dos diamantes no Brasil, no Cerro Frio
1791. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12
64°. Missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação com S. Tomé
Em realidade a identificação de rastros semelhantes no Extremo Oriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu "preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde o dizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua, não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI.

A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo:

"Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put (é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui a história de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?" 14.

Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto no Oriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes.

Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval e quinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo, que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da 1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas ao santo, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aos índios da terra.

Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora um penedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima, como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por serem iguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110]
28 de junho de 2013, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:04
65°. “Terra sem mal”



  Anthony Knivet
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BOXER. Charles. Salvador de Sá e a luta pelo Brasil e Angola; 1602-1686 (1973)
1973. Atualizado em 25/07/2025 07:36:08
Relacionamentos
 Cidades (2): Assunção/PAR, Tucumán/ARG
 Pessoas (3) Duarte Correia Vasqueanes, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631)
 Temas (3): Angola, El Dorado, Tordesilhas

Registros mencionados (4)
23/06/1601 - Descrição de um índio Calchaqui [31064]
22/04/1609 - BN. Biblioteca Nacional do Brasil. 22/04/1609 Carta de Dom Diogo de Menezes, governador do Brasil, escrita da Bahia ao rei D. Felipe II em que se lhe queixou de prover Dom Francisco de Souza as Fortalezas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente desobrigando-o da homenagem que delas tinha e lhe apontou alguns inconvenientes pertencentes ao governador daquela província e a sua fazenda como dela se podem ver] [26807]
03/01/1631 - Decreto [31065]
28/01/1660 - Salvador Correia de Sá se dirigiu à Câmara do Rio de Janeiro [19954]




  Anthony Knivet
  39º de (0)
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1 de janeiro de 1982, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 09:00:28
O HOMEM PRIMITIVO
•  Cidades (3): Assunção/PAR, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (7): Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Hans Staden (1525-1576), Jean de Léry (1534-1611), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Serafim Soares Leite (1890-1969), Thomas Cavendish (1560-1592)
•  Temas (12): Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cariós, Charruas, Gentios, Goyatacáx, Léguas, Ouro, Parque das Laranjeiras, Tamoios, Tapuias, Tupinambás
Parque das Laranjeiras
Data: 1982
Créditos: Reprodução / Facebook
01/01/1982



  Anthony Knivet
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Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida
1988. Atualizado em 23/10/2025 15:57:19
Relacionamentos
 Cidades (11): Assunção/PAR, Cabo Frio/RJ, Caetés/PE, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Lisboa/POR, Porto Seguro/BA, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sevilha/ESP
 Pessoas (51) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Américo Vespúcio (1454-1512), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Antônio Salema, Bacharel de Cananéa, Cacique Tayaobá (1546-1629), Christovam Jacques (1480-1531), Clemente Álvares (1569-1641), D Rodrigo de Acuña, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Diogo de Quadros, Fernão de Magalhães (1480-1521), Fernão Paes de Barros, Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Orellana, Francisco Pizarro González (1476-1541), Gaspar de Lemos, Iguarou, Jerônimo Leitão, João do Prado (1540-1597), João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”, João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Juan Diaz de Solís, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Correia de Sá (1575-1632), Mem de Sá (1500-1572), Nicolau Barreto, Nicolau Coelho (1460-1504), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pedro Annes, Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero (Pedro) de Góes, Robert Southey, Rui Garcia de Moschera, Ruy Pinto (f.1549), Sebastião Caboto (1476-1557), Sebastião Fernandes Preto (1586-1650), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Tataurana, Taubici, Vasco da Gama (1469-1524), Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514)
 Temas (34): Baía de Guanabara, Bilreiros de Cuaracyberá, Caetés, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Charruas, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Escravizados, Estreito de Magalhães, Fenícios, Guayrá, Guerra de Extermínio, Habitantes, Incas, Música, Ouro, Pau-Brasil, Peru, Potiguaras, Prata, Rio Amazonas, Rio Anhemby / Tietê, Rio da Prata, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Rio Tibagi, Serra da Mantiqueira, Tamoios, Tupiniquim, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda, Vila Rica “Castelhana”, Villa Rica del Espírito Santo

Registros mencionados (43)
26/01/1500 - Vicente Yáñez Pinzón atinge o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco [9016]
01/04/1501 - Expedição da qual fazia parte o Américo Vespúcio chegou em Porto Seguro* [230]
24/01/1502 - A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia [21460]
01/11/1503 - Vespúcio fundou a feitoria do Rio de Janeiro* [236]
06/01/1504 - Aportou a primeira expedição colonial, com a chegada do bretão Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do "Espoir" [27138]
03/07/1504 - Binot, o navegador francês levou consigo para a Europa Içá-Mirim, o filho de Arosca, ‘’Cacique dos Carijós’’ [20549]
1509 - Diogo Álvares "o Caramuru" já estava integrado aos Tupinambás, inimigos dos Carijós [7227]
17/04/1511 - Chegam em abril na feitoria da Bahia de Todos os Santos, muito próximo de onde hoje é Salvador [24945]
12/05/1511 - Deixam Salvador [248]
26/05/1511 - Chegaram em Cabo Frio [249]
01/10/1511 - Partida da nau Bretoa* [24948]
1513 - Jorge Lopes Bixorda levou à presença do Rei D. Manuel três índios brasileiros, todos vestidos de penas [252]
1515 - Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” [23350]
01/01/1516 - Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses [22407]
25/12/1519 - Três embarcações adentram a baía de Guanabara [24949]
1521 - Iça-Mirim, filho do cacique Arosca, de Santa Catarina, casou-se com Susana, filha do capitão, então tomado de grande afeição pelo hóspede brasileiro, que educara com esmero [20554]
1522 - Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a procurar a célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente [27889]
01/07/1525 - Uma frota espanhola partiu do porto de Sevilha com o objetivo de refazer a viagem de Fernando de Magalhães até as Ilhas Molucas* [307]
26/03/1526 - Ancoraram na ilha de Santa Catarina [310]
15/06/1527 - Terra do Brasil passou a ser chamada apenas Brasil [22080]
1528 - Pero de Góes e Rui Pinto são incumbidos de castigar os carijós, supostamente culpados do massacre da expedição de Francisco de Chaves [347]
01/02/1531 - Envio de Diogo Leite [22014]
30/04/1531 - Martim Afonso fundeou no Rio de Janeiro [22544]
01/08/1531 - Pedro Agnez é enviado a terra [342]
01/09/1531 - De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? [1413]
1533 - Fugindo à escravidão, 12 mil índios de Pernambuco e da Bahia migram para o oeste; trezentos deles chegaram ao Peru, depois de uma penosa jornada de cinco mil quilômetros através de serras, florestas, rios e pântanos [387]
06/10/1534 - Foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes [6961]
29/03/1541 - Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina [22126]
11/03/1542 - Chega a Assunção do Paraguai a expedição de Alvar Nuñez Cabeça de Vaca [10231]
03/06/1542 - Francisco de Orellana “descobre” o Rio Negro [15929]
1547 - Um assentamento espanhol a “duas léguas da volta do Rio da Prata” [432]
1547 - Construção duma rudimentar Casa-Forte (por volta de 1547), na foz do Rio Bertioga, adjacente à Ilha Guaimbê (Capitania de Santo Amaro), chamou a atenção dos Tamoios [22107]
04/04/1561 - Ataque aos índios tamoios [19960]
27/08/1575 - A bandeira de Antonio Salema, chefiado por Japú-guassú, partiu do Rio de Janeiro [19961]
1579 - Jerônimo Leitão ataca as aldeias das margens do Anhembi (Tietê) [10613]
30/09/1592 - Afonso Sardinha é eleito capitão da guerra contra os índios [12094]
13/07/1601 - Domingos Affonso, procurador do conselho, quem aos collegas transmittia as queixas do "povo todo" furioso por causa da renovação de posturas antigas pelo facto de irem a Mogy, a um aldeiamento de indios, "homens conhecidos que desobedeciam as leis" [837]
03/09/1602 - Partida [26402]
31/10/1610 - Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro [20606]
14/11/1611 - Carta de D. Antonio de Añasco ao Sr. Diego Marín Negrón, Governador do Rio da Prata em Buenos Aires [20734]
1612 - bandeira destroçada [27130]
01/08/1612 - Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo* [20285]
1988 - Diogo Leite pede ao Rei para levar dez escravos indígenas para Portugal [324]




  Anthony Knivet
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1989
Atualizado em 31/10/2025 09:00:28
Governo do Rio Grande do Norte, 2ª Volume, de autoria de Luís da Câmara Cascudo. Mossoró-RN, Coleção Mossoroense, série “C”, volume DXXXI, 1989.
•  Pessoas (2): Francisco de Sousa (1540-1611), Manuel Mascarenhas Homem (n.1600)
•  Temas (1): Fortes/Fortalezas
    Registros relacionados
Outubro de 1601. Atualizado em 25/07/2025 05:35:28
1°. Manuel de Mascarenhas ainda voltou. comandando socorros para defender a fortaleza e a incipiente cidade dos ataques ferozes do “tuixáua potiguar Piragiba, que a trazia de cerco, segundo a narrativa de Antony Knivet*



  Anthony Knivet
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1990
Atualizado em 30/10/2025 06:06:28
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. LVVVX
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957)
•  Temas (1): Caminho do Mar
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. LVVVX
Data: 1990
Página 33



  Anthony Knivet
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3 de março de 2003, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 04:57:19
“Porta para as riquezas do Paraíso Terrestre: 1”. Carlos Pimentel Mendes, em novomilenio.inf.br
•  Cidades (4): Cananéia/SP, Santos/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (12): Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), André de Leão, Francisco de Sousa (1540-1611), Jean de Laet (1571-1649), João III, "O Colonizador" (1502-1557), Luis Sarmiento de Mendoça, Martim de Orue, Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Thomas Griggs, Tomé de Sousa (1503-1579), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (17): Bíblia, Caminho até Cananéa, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Guayrá, Ilha Brasil, Inferno, Lagoa Dourada, Léguas, Peru, Rio São Francisco, Sabarabuçu
    Registros relacionados
1330. Atualizado em 27/10/2025 03:49:29
1°. Carta de Angelino Dalorto
1532. Atualizado em 29/10/2025 23:12:46
2°. Expedição de Cabeça de Vacca
29 de março de 1541, sábado. Atualizado em 28/03/2025 23:16:34
3°. Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina
Depois de aludir às expedições de Aleixo Garcia e do espanhol Cabeza de Vaca, pelo caminho iniciado em Cananéia, nos primeiros anos do século XIV, Sérgio Buarque de Holanda, o autor de Visão do Paraíso, observa ser "provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos".
1552. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17
4°. Caminho
Depois de aludir às expedições de Aleixo Garcia e do espanhol Cabeza de Vaca, pelo caminho iniciado em Cananéia, nos primeiros anos do século XIV, o autor de Visão do Paraíso observa ser "provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Calderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que ´de São Vicente se podia ir até Assunção por certo camiño nuevo que se habia descubierto´."

"Esse novo caminho - continua Sérgio Buarque -, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá".
1 de janeiro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
5°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
8 de novembro de 1553, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:54:50
6°. Carta de Luís Sarmiento de Mendoza, embaixador espanhol em Lisboa
Em 1553, chegava a Lisboa a notícia levada por Tomé de Sousa, atribuída a certo mameluco do Brasil que o acompanhava, que pretendia ter andado no Peru, de onde tornara por terra à costa do Brasil e afirmava que tal percurso poderia ser feito em muito poucos dias.
Setembro de 1554. Atualizado em 24/10/2025 04:28:21
7°. Documento*
O historiador Capistrano de Abreu tentou identificar tal mameluco citado por Tomé de Sousa como sendo Diogo Nunes, provavelmente natural da capitania de São Vicente, que por volta de 1554 ofereceu a Dom João III curiosos Apontamentos sobre uma viagem ao Peru, relatando que seria possível "ir por São Vicente, atravessando pelas cabeceiras do Brasil, tudo por terra firme". Nesse ponto, contradiz outro historiador, Varnhagen, que acreditou ser o espanhol Diogo Nuñes de Quesada o autor de tal documento.

Um documento aparentemente definitivo sobre o tema seria a relação que Martin de Orue escreveu antes de setembro de 1554 (conservada no Arquivo de Índias de Sevilha), com o trecho

"del peru vyno por el año pasado un pasajero natural portugues que se dize domyngo nunes natural de Moron ques Junto ala Raya de Castilla el qual trujo de veynte a treynta myll ducados este andando persuadiento al Rey por uma conquysta por el Brasil para por ally entrar a las espaldas de cuzcol [...]".

Com as abreviaturas usadas na época e o pouco esmero de Orue na transcrição de nomes portugueses, não é difícil a Sérgio Buarque de Holanda apontar que Domingos e Diego sejam o mesmo prenome do viajante natural de Mourão (Moron), junto à raia de Castela, na Espanha.
Setembro de 1554. Atualizado em 25/02/2025 04:42:41
8°. Carta*
1580. Atualizado em 25/02/2025 04:45:56
9°. Peru
Outro inglês - Thomas Griggs, tesoureiro do navio Minion of London, mandado ao Brasil em 1580 por uma companhia londrina de aventureiros - informava que certa parte do Peru estaria situada "por água ou terra a doze dias apenas" da vila de Santos. Seu testemunho confirma as informações do compatriota John Whithall, então morador em Santos, que atraíra a atenção dos aventureiros londrinos.

Não por acaso, Santos e São Vicente passaram subitamente a despertar grande interesse entre mercadores, navegantes e piratas ingleses, que pensaram em estabelecer na ilha vicentina um trampolim para a conquista das minas espanholas de Potosi, já que São Vicente era pouco fortificada e bastante abastecida de víveres que sustentariam "infinitas multidões" de conquistadores.

Desinteresse - Enquanto isso, os paulistas estavam mais interessados na caça aos índios para escravização que na busca de riquezas minerais, e convencidos de que, se o ouro e as esmeraldas fossem encontrados, imediatamente a Metrópole reforçaria seu controle sobre São Paulo, tirando sua liberdade de ação. Assim, havia um amplo desinteresse, quando não um verdadeiro boicote, à busca dessas riquezas pelas terras paulistas.

A propósito, vale recordar que, no século XVI, os diamantes (incolores) eram considerados desinteressantes, tendo muito maior valor as esmeraldas, verdes, estas bem mais procuradas, pelo papel importante que tinham nas visões paradisíacas (eram encontradas no bíblico rio Fison), em que a tais pedras verdes eram atribuídas virtudes sobrenaturais, como a identificação de venenos e resistir a quaisquer malefícios, garantindo ainda a castidade de suas portadoras e sendo um símbolo da vida eterna.

O comércio de escravos indígenas era mais compensador que a busca de lendárias riquezas, e o insucesso de várias expedições ao Peru, algumas massacradas por indígenas hostis, não animavam muitas tentativas.
1600. Atualizado em 25/02/2025 04:45:56
10°. Registram-se por volta de 1600 algumas entradas em busca dessas riquezas, especialmente da lendária lagoa dourada de Paraupeba ou Paraupava
Ainda assim, registram-se por volta de 1600 algumas entradas em busca dessas riquezas, especialmente da lendária lagoa dourada de Paraupeba ou Paraupava (nas montanhas de Sabarabuçu ou Sabaroasu - topônimo proveniente de Taberaboçu, forma corrompida do tupi Itaberaba e seu aumentativo Itaberabaoçu, significando "serra resplandecente"), onde começariam importantes rios, como o São Francisco, o Prata e o Amazonas - que se acreditava estarem interligados a ela, pelo fato de serem rios caudalosos e perenes. Tal lagoa - que explicaria o fato desses rios serem ainda mais caudalosos no verão, quando se esperaria que secassem devido ao calor - estaria no território do atual estado de Goiás ou em Minas Gerais, onde inclusive existe ainda o assim denominado sítio de Paraopeba (e o Rio Paraopeba é um dos principais afluentes do alto curso do Rio São Francisco).(ibidem)
Julho de 1601. Atualizado em 24/10/2025 04:14:58
11°. D. Francisco partiu de São Paulo, com destino incerto*
Ainda assim, registram-se por volta de 1600 algumas entradas em busca dessas riquezas, especialmente da lendária lagoa dourada de Paraupeba ou Paraupava (nas montanhas de Sabarabuçu ou Sabaroasu - topônimo proveniente de Taberaboçu, forma corrompida do tupi Itaberaba e seu aumentativo Itaberabaoçu, significando "serra resplandecente"), onde começariam importantes rios, como o São Francisco, o Prata e o Amazonas - que se acreditava estarem interligados a ela, pelo fato de serem rios caudalosos e perenes.

Tal lagoa - que explicaria o fato desses rios serem ainda mais caudalosos no verão, quando se esperaria que secassem devido ao calor - estaria no território do atual estado de Goiás ou em Minas Gerais, onde inclusive existe ainda o assim denominado sítio de Paraopeba (e o Rio Paraopeba é um dos principais afluentes do alto curso do Rio São Francisco). Assim acreditava João de Laet, que reproduziu em sua obra as observações do compatriota Guilherme Glimmer

"acerca de uma viagem que pudera empreender em 1601, quando morador na capitania de São Vicente, e que até hoje representa o único documento conhecido sobre o percurso da bandeira confiada ao mando de André de Leão. As origens dessa expedição prendem-se, de acordo com o testemunho de Glimmer, ao fato de ter recebido Dom Francisco de Sousa de certo brasileiro, pela mesma época, amostras de uma pedra de cor tirante ao azul, de mistura com grãos dourados. Submetida ao exame dos entendidos, um quintal dessa pedra chegara a dar nada menos do que trinta marcos de prata pura."



  Anthony Knivet
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PARANHOS, Paulo. A passagem bandeirante pelo Caminho Velho das Minas. Gerais. Revista da ABRASP, nº 11, 2005
2005. Atualizado em 24/10/2025 21:20:13
Relacionamentos
 Cidades (8): Cuiabá/MT, Mogi das Cruzes/SP, Paraty/RJ, Passa Quatro/MG, Pindamonhangaba/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP
 Pessoas (16) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), André de Leão, André João Antonil (1649-1716), Ascenso Ribeiro, Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Basílio de Magalhães (25 anos), Brás Cubas (1507-1592), Francisco de Assis Carvalho Franco (13 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), João Pereira Botafogo (1540-1627), Luiz Martins, Martim Correia de Sá (1575-1632), Orville Derby (48 anos), Pero Lobo, Thomas Cavendish (1560-1592), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 Temas (5): Cataguazes, Ouro, Rio Paraíba, Rio São Francisco, Serra da Mantiqueira

Registro mencionado
1. D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas
14 de outubro de 1597
Registros mencionados (4)
01/09/1531 - De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? [1413]
01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]
1596 - Expedição de Martim Correia de Sá [23868]
14/10/1597 - D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas [20090]




  Anthony Knivet
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2007
Atualizado em 30/10/2025 19:06:59
As Incríveis Aventuras e Estranhos Infortúnios de Anthony Knivet: Memórias de um aventureiro inglês que em 1591 saiu de seu país com o pirata Thomas Cavendish e foi abandonado no Brasil, entre índios canibais e colonos selvagens
•  Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Potosí/BOL, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Francisco de Sousa (1540-1611), Thomas Cavendish (1560-1592)
•  Temas (4): El Dorado, Estradas antigas, Peru, Sabarabuçu
    Registros relacionados
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
1°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
Knivet embrenha-se pelo sertão, por lugares nunca antes pisados por um europeu, entrando em contato com tribos desconhecidas e negociando escravos que serão usados nos engenhos e em trabalhos domésticos. Suas outras entradas pelo interior do Brasil, seguindo rotas indígenas e caminhos desconhecidos, são viagens de exploração em busca de minas de ouro e de pedras preciosas, que se incrementaram no governo de d. Francisco de Sousa.

O que movia essas entradas era principalmente a recente descoberta da gigantesca montanha de prata em Potosí, na atual Bolívia, e também os mitos de indígenas brasileiros sobre uma montanha de metais preciosos, a lendária Sabarabuçu. Percorrendo o interior de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, Knivet e seus companheiros deparam, em vários lugares, com pepitas de ouro, ouro em pó e uma grande variedade de pedras preciosas, como diamantes, rubis, safiras, e com a mitológica montanha resplandecente, segundo ele, tão brilhante que chega a cegar a vista dos viajantes, e tão alta que se perde entre as nuvens.



  Anthony Knivet
  46º de (0)
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2011
Atualizado em 31/10/2025 09:00:25
História da Terra e do Homem no Planalto Central. Paulo Bertran
•  Cidades (2): Sorocaba/SP, Rio de Janeiro/RJ
•  Pessoas (2): Francisco de Sousa (1540-1611), Martim Correia de Sá (1575-1632)
•  Temas (1): Ouro
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Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
1°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
Sem mais esperar, D. Francisco, ainda no ano de 1599, envia ao sertão Anthony Knivet – ex-pirata inglês e criado relutante dos Correia de Sá do Rio de Janeiro – de onde volta com amostras de ouro. Rodrigues Ferreira acha ter ele atingido o São Francisco, onde já estivera em 1596.



  Anthony Knivet
  47º de (0)
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11 de dezembro de 2011, domingo
Atualizado em 31/10/2025 09:00:23
Biografia de João de Souza Pereira "Botafogo", consultado em Romano Garcia surname research
•  Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): André de Leão, João Pereira Botafogo (1540-1627), Martim Correia de Sá (1575-1632), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (1): Estradas antigas
Jornal do Brasil
Data: 1930
Página 6
    Registros relacionados
1596. Atualizado em 24/10/2025 02:38:51
1°. O rio Sapucaí foi descoberto pelo sertanista João Pereira Botafogo entres os municípios de Paraguaçu e Carmo do Rio Claro
Foi capitão-mor da capitania de São Vicente através de uma nomeação do governador D. Francisco de Sousa e, em 1596, levou uma bandeira ao sertão do rio Paraíba (confusão...?). Depoimentos diz que fez uma entrada no sertão entre 1593-4. Teve pelo menos outras filhas: Maria de Sousa Coutinho e Maria de Sousa Brito.
1643. Atualizado em 01/09/2025 01:52:37
2°. Expedição de Jerônimo da Veiga
Navegando a favor da correnteza nas águas do rio Paraíba do Sul, os paulistas e outros sertanistas e aventureiros atingiam as terras de Guapacaré ( atual Lorena ) e transpondo o rio "antes dele encachoeirar-se ", atravessavam a garganta do Embaú, por onde se transpunha a serra da Mantiqueira e penetravam os sertões mineiros.

As expedições de João Pereira de Souza Botafogo (1596), de Martim Corrêa de Sá e Anthony Knivet (1597), de André de Leão e Wilhelm Glimmer (1601), Jerônimo da Veiga (1643), Sebastião Machado Fernandes Camacho (1645), de Fernão Dias Paes (1674), atravessaram o Vale do Paraíba, percorrendo o rio e as velhas trilhas, abrindo o chamado "caminho geral do sertão", que ligava a vila de São Paulo aos primeiros núcleos de povoamento nos sertões do Paraíba e daqui às minas dos Cataguás, de Taubaté e da Gerais.

Desde os primeiros anos do século XVII "foi esse caminho senhoreado e freqüentado pelos paulistas, tornando-se a linha de penetração mais importante do Brasil, senão na América do Sul" , até a abertura do "caminho novo de Garcia Rodrigues", que ligou, diretamente, Rio de Janeiro às Minas Gerais.



  Anthony Knivet
  48º de (0)
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2013
Atualizado em 04/11/2025 07:15:56
A viagem do corsário inglês Anthony Knivet ao mar do sul e sua passagem pelo vale do rio Paraíba, Giovanna Louise Nunes
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
A viagem do corsário inglês Anthony Knivet ao mar do sul e sua passagem pelo vale do rio Paraíba
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5 de outubro de 1596, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:28
1°. Onde
14 de outubro de 1597, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 07:53:34
2°. D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas
Na entrada de 14 de outubro de 1597, com a bandeira em regra, seguiram juntamente a Sá e Knivet, o também inglês Henrique Banaway, além de um capelão, muitos moradores e colonos do Rio de Janeiro. Knivet comenta que, partindo de Parati para o sertão, a oeste verificava um grande número de canoas a navegar entre as ilhas e a terra firme, o que leva a crer em um comércio entre os moradores do Rio de Janeiro e as cidades do litoral norte paulista e o vale do rio Paraíba. [Página 113]



  Anthony Knivet
  49º de (0)
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Fevereiro de 2014
Atualizado em 31/10/2025 09:00:22
Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina*
•  Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itapevi/SP, Itu/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (22): 1º visconde de Barbacena (1610-1675), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Clemente Álvares (1569-1641), Cosme da Silva, Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Fernão Paes de Barros (n.1632), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Francisco de Sousa (1540-1611), Gregória da Silva, Hans Staden (1525-1576), João Moreira (1600-1691), José Custódio de Sá e Faria, Luiz Martins, Manuel de Borba Gato (1649-1718), Orville Derby (1851-1915), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Roque Soares de Medela, Suzana Dias (1540-1632)
•  Temas (21): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminho até Cotia, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Cruzes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Jesuítas, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Quitaúna, Rodovia Raposo Tavares, Sabarabuçu, Tamoios, Tropeiros, Tupinambás, Tupiniquim
Mapa
Data: 1923
Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina. Página 40
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25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
1°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
Os aldeamentos jesuítas foram uma tentativa de garantir mão de obra barata e abundante para que os colonos contratassem os serviços dos índios ali aldeados (MONTEIRO, 1994), servindo como alternativa logística no sistema colonial após a Guerra dos Tamoios.

A revolta dos Tamoios entre as décadas de 1540 e 1560 tornou a escravização dos Tupinambás um negócio arriscado e caro. Diante disto, os portugueses voltaram sua atenção a outro inimigo dos aliados tupiniquim, os carijós, que em muito sentido forneciam o motivo principal para a presença tanto dos jesuítas quanto de colonos no Brasil meridional. Cabe ressaltar que existia, antes mesmo da fundação de São Paulo, um modesto tráfico de escravos no litoral sul, encontrando-se, no meio do século, muitos escravos carijós nos engenhos de Santos e São Vicente. De fato, a consolidação da ocupação europeia na região de São Paulo a partir de 1553 estabeleceu uma espécie de porta de entrada para o vasto sertão, o qual proporcionava uma atraente fonte de riquezas, sobretudo na forma de índios (MONTEIRO, 1994, p. 37)

Neste ambiente de insegurança que os portugueses no ano de 1554 fundam o Colégio de São Paulo de Piratininga em local que permitisse acesso ao interior oeste da capitania.

O colégio além de abrigar os padres que trabalhariam junto à população local, também serviria de base a partir da qual os jesuítas poderiam projetar a fé para os sertões. Porém, ao orientarem suas energias para os Carijós do interior, acabaram entrando em conflito direto com os colonos, que procuravam nestes mesmos Carijós a base de seu sistema de trabalho (MONTEIRO, 2005, p. 38)”.

O conflito de interesses, no entanto, foi se configurando aos poucos e momentaneamente a paz gerada pelo término da revolta dos Tamoios criou uma perspectiva de desenvolvimento econômico com a força da mão de obra indígena que envolvia delicadas questões éticas em torno da liberdade dos índios. O fato é que a partir da fundação da vila de São Paulo foram fundados aldeamentos, sobretudo no planalto.
Junho de 1560. Atualizado em 30/10/2025 09:15:16
2°. Partida da expedição de Bras Cubas*
"O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construção alli de dois fornos catalães para o seu preparo.

Assim, D. Francisco de Souza, resolvida a sua viagem, enviou para a Capitania de São Vicente, como administrador das minas e capitão da Villa de S. Paulo a Diogo Gonçalves Laço, o velho, que trouxe consigo dois mineiros e um fundidor. Para capitão-mor da donataria; nomeou a Diogo Arias de Aguirre, que, com trezentos índios e tendo o transporte custeado pelo, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas (...) [ p. 46]
25 de janeiro de 1562, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:11
3°. “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos”
Durante sua vida, o governador D. Francisco de Souza visitou S. Paulo. Sobre isto comenta o Dr. Francisco de Assis Carvalho Franco:

"O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construcçao alli de dois fornos catalães para o seu preparo."
12 de outubro de 1580, domingo. Atualizado em 30/10/2025 03:06:03
4°. Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro)
Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. Segundo John Manoel Monteiro o aldeamento de Carapicuíba na realidade não era bem um aldeamento, era uma fazenda. [Página 44]
1589. Atualizado em 09/10/2025 03:23:27
5°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654.
7 de dezembro de 1589, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 23:39:59
6°. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]
12 de dezembro de 1598, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
7°. Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna
Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro.

Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50]
Novembro de 1599. Atualizado em 30/10/2025 06:32:01
8°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza*
Poucos mezes depois retornava ao Araçoiaba e dalli enviava uma bandeira, mais para o interior, da qual fez parte Antonio Knivet. As empresas, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas por André de Leão e Nicolau Barreto.
1605. Atualizado em 23/10/2025 17:21:33
9°. Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso Sardinha
Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. As primeiras descobertas das minas paulistas datam de 1590 no Jaraguá e 1605 em Araçariguama por Afonso Sardinha, momento que deve ter coincidido com o aumento de derrubadas e intensificado a formação de capoeiras. [Página 44]
2 de janeiro de 1608, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:15
10°. D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas
3 de novembro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:49
11°. D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil
Barueri: Mas um dado para incrementar a tese do desenvolvimento articulado foi a criação do aldeamento de Barueri (Marueri), fundado pelo próprio Francisco de Souza e que seria de nativos aldeados sob controle direto do governador, em nome da Coroa, para servir nas minas.

Foi com este intuito que D. Francisco de Souza patrocina o aldeamento de Barueri, relativamente próximo das recém-descobertas minas de Jaraguá e Vuturuna. Quando D. Francisco morre em 1611 as bases da economia agrária eram bem presentes, e a presença deste aldeamento estimulou a produção e ocupação de novas terras além do rio Tietê e a oeste da Vila de São Paulo. [Página 47]
1632. Atualizado em 25/02/2025 04:38:57
12°. Gregoria da Silva casou em São Paulo com João Moreira, daí natural, filho de Pedro Alvares Cabral e Suzana Moreira. Foram moradores em Cotia onde tinham seu sitio
Dezembro de 1654. Atualizado em 02/06/2025 06:01:51
13°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados*
À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654.
16 de agosto de 1657, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 09:44:56
14°. São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no ano de 1657
O capitão Guilherme Pompeu de Almeida que após o assassinato do pai (PedroTaques) em São Paulo (durante luta entre as famílias paulistanas Pires e Camargo) fixa-se emterras herdadas do mesmo, formando nestas a fazenda Ibituruna.Detalhe mostrando que as terras com maiores influência da Espanha iniciavam logo após o rioPinheiros: “Juntamente com Guilherme Pompeu de Almeida, mudaram-se para afazenda um grande número de amigos, escravos (índios) e parentes deste,fazendo com que houvesse um adensamento populacional na área ondeinicialmente só encontrávamos referências ao garimpo de “ouro de lavagem”.Personagens como Rodrigues Penteado, Fernão Paes de Barros e outroshomens detentores de grandes posses que buscavam se estabelecer emterritório de Santana de Parnaíba. Tal referência se faz necessária porquedentre estes homens encontravam-se o fundador de São Roque (Pedro Vazde Barros) e Francisco Rodrigues Penteado. Entre 1648 e 1650, o capitãoGuilherme Pompeu de Almeida adquirindo novas terras nas proximidades dolocal onde vivia, constituiu outra fazenda denominando-a Araçariguama”.“São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no anode 1657, embora não haja documentação precisa sobre esta data. Sua históriacomeçou na fazenda do bandeirante, Cap. Pedro Vaz de Barros, ou VazGuaçu - “O Grande” - como era chamado pelos índios.

Em uma das suas expedições, o Bandeirante alcançou o Alto da Serra doIbaté, de onde avistou toda a natureza do Vale do Carambeí, e ali decidiuplantar um núcleo de civilização. Estabeleceu fazenda ao centro do vale etrouxe famílias, agregados e escravos. Além da pecuária e agricultura, ocapitão cultivava trigo e uva, e pôde ser considerado o primeiro vinhateiro deSão Roque. Toda a família do Capitão teve importante papel para odesenvolvimento da cidade. “No ano de 1681, Fernão Paes de Barros, seu irmão, construiu nas proximidades da Serra Taxaquara a Casa Grande e a Capela de Santo Antônio”. [Páginas 60 e 61]
27 de julho de 1671, segunda-feira. Atualizado em 30/10/2025 05:40:54
15°. A palavra “paulista” é empregada pela primeira vez pelo Visconde de Barbacena
Em 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas.
21 de julho de 1674, sábado. Atualizado em 25/10/2025 15:40:39
16°. Partida de Fernão Dias
Em 1671 Fernão Dias Pais recebeu ordens do governador Afonso Furtado para penetrar no sertão em busca das esmeraldas da mítica serra do Sabarabuçu. Parte em 21 de julho de 1674, tendo já 66 anos, fazendo-se acompanhar por 600 homens mais (cerca de 40 brancos ou mamelucos, e o restante, índios), entre eles seu filho Garcia Rodrigues Pais, e seu genro, Manuel da Borba Gato, casado com Maria Leite, e numerosos outros sertanistas.
1700. Atualizado em 25/02/2025 04:38:56
17°. A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos
A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos. Provavelmente esses tropeiros vinham pelo antigo caminho de Itu, um dos principais caminhos de penetração para o interior nos tempos coloniais (SILVA e ACHEL, 2010).

O local onde se insere a cidade de Cotia hoje apresentava uma rede de caminhos exploratórios constituídos no pretérito período colonial, perpassando a fase inicial de assentamento por indígenas, de agricultura rudimentar (roçado), expansão com a descoberta do ouro, fornecimento de insumos a capital e, por fim, urbanização/industrialização.

Nessa época a região era repleta de caminhos e trilhas utilizadas pelos índios e posteriormente pelos tropeiros que por ali passavam e permaneciam o tempo necessário para descansar, reabastecer ou trocar mercadorias, seguindo viagem para outras paragens do território paulista ou até mesmo para outras províncias como Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul.

A origem do nome da cidade é indígena e se deve ao fato de seus caminhos seremsinuosos como o trajeto feito pelos animais do mesmo nome (Cutia). Sendo apenas um ponto de passagem, Cotia ganhou alguns nomes como Acoty (assim chamada pelos indígenas da época), Cuty, depois Acutia e por fim Cotia.

Apesar das várias denominações que lhe foram dadas pelos jesuítas e pelosprimeiros habitantes do local, como Capela do Monte Serrat de Cotia e o caminho de São Tomé, os indígenas continuavam a chamá-la de Acoty. O primeiro registro em que a localidade é referida como Acutia foi feito pelo marujo alemão Hans Staden, no século XVI, quando publicou um livro sobre o Brasil. [Página 30]

Nesta dinâmica, a casa como observa Antônio Candido na sua obra Parceiros doRio Bonito, não passa de um abrigo provisório de pau a pique coberto de palha, e as divisões de trabalho agrícola ficavam exclusivamente no interior da família, os homens faziam o trabalho mais pesado de derrubada da mata e queimada, deixando para as mulheres e crianças o serviço de semeadura e colheita.

“O trabalho era descontínuo e ocupava o trabalhador poucos meses durante oano todo, e poucas horas durante o dia. Os meses de derrubada eram os de junho e julho e os poucos meses dedicados à queima dos troncos derrubados e secos – agosto e setembro” (MARCÍLIO, 1974, p. 259).

Podemos imaginar que a ajuda mútua entre os “vizinhos” devia se concentrar naépoca do trabalho mais pesado, o da derrubada da mata, que coincidentemente marcou a época de festejos religiosos da sociedade até 1700. A agricultura do pousio florestal necessitava de contínuas terras para o cultivo de parcelas mínimas, com longos descansos das terras já cultivadas para a reposição da fertilidade do solo. Este sistema produtivo encontrou problemas com o aumento da população, dificuldades que foram estimuladas com as primeiras descobertas das primeiras minas no território paulista.[Página 45]
3 de outubro de 1774, segunda-feira. Atualizado em 21/04/2025 17:50:01
18°. José Custódio de Sá e Faria parte da ponte Pinheiros
Por fim, se o viajante estivesse na Estrada do Pau Furado2 (figura 7), vindo da região da Represa da Graça no Morro Grande, onde se localiza o sítio do Padre Inácio e desejasse ir ao Sítio de Fernão Paes de Barros ou para as minas de ouro em Araçariguama, só precisaria seguir em frente.

As Quatro Encruzilhadas é mais que um lugar de assombração, é o último vestígio do que eram os bairros rurais da época da colônia no entorno de São Paulo. A denominação aparece oficialmente pela primeira vez no mapa da Comissão Geográfica e Cartográfica de 1914, antes desta data a região aparecia como São João no mapa de Oliver Derby (figura 8).

A procura de respostas do topônimo curioso pode ser penetrada por mapas de José Custódio de Sá e Faria de 1774, que corresponde ao traçado da Antiga Estrada de Itu. Outras fontes cartográficas revelam que a região das Quatro Encruzilhadas fica entre dois caminhos importantes de penetração da época colonial: o antigo Caminho de Itu e a antiga Estrada de Cotia.

Sendo que o antigo caminho de Itu se constitui num dos principais e mais persistentes caminhos de penetração para o oeste em toda cartografia colonial (Marília, 2007; Calangos da Mata, 2007); (SILVA e ACHEL, 2010); (SILVA, 2013).O Sítio Santo Antônio em São Roque - Fernão Paes de Barros – (figura 9),Caminho por onde passaram índios, homens brancos, escravos da terra, escravos negros elibertos é o Caminho que conta a história dos bandeirantes antes das descobertas do ouro naúltima década do século XVII, nos sertões dos Cataguases.É certo que os bandeirantes nas suas andanças pelo interior do continente embandeiras de apresamento de índios na direção oeste puderam contar com a criação do sistemade aldeamento que oferecia uma reserva de trabalhadores, disponíveis para a economiacolonial.2. Lembrando que a Rodovia Raposo Tavares foi construída na década de 60 no século XX.3. Sítio Santo Antônio – patrimônio tombado pelo IPHAN.
[Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Página 39]

É neste período que o Engenheiro Militar José Custódio de Sá e Faria faz seulevantamento da cidade de São Paulo até o Presídio de Nossa Senhora dos Prazeres no RioIguatemi, e da mesma cidade até a vila de Paranaguá, nos anos de 1774.

Um mapa de rumo, com referências geográficas como: subidas, descidas, rios,córregos calcados no chão e do sentido a seguir. Assim o Engenheiro Militar parte de SãoPaulo às 10 horas em companhia de 10 pessoas, chega às 11 horas e 25 minutos à Ponte dosPinheiros, antes faz uma oração na aldeia de Pinheiros que diz serem de índios.José Custódio de Sá e Faria vai até a casa de pouso (provavelmente no municípiode Itapevi) descansa e segue viagem à Fazenda de Sua Majestade na Freguesia eAraçariguama, perfazendo 7 léguas, isto é do pouso até a Fazenda são mais 2 léguas dali; aFazenda de Sua Majestade é a casa de Fernão Paes de Barros, hoje Capela de Santo Antôniono Município de São Roque (patrimônio histórico tombado pelo IPHAN).A Importância da região se deve à manutenção de determinadas característicasque possibilitou o entendimento da dinâmica Colonial, do bairro RURAL, dos caipiras quemais tarde são desprezados com a proximidade da república.Detalhes a considerar: A região por estar na periferia carece de pesquisa evalorização histórica, importante fator de valorização local e melhoria da autoestima de seusmoradores. A memória local cria laços de referência que o MERCADO precisa aprender aincorporar como qualificador.
[Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Páginas 61 e 63]

3/10 Ponte do Pinheiros Ponte do Cotia Rancho do Cotia
2008. Atualizado em 25/02/2025 04:46:51
19°. História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, volume 8
Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foifundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654.

Em 1661, Baltazar Fernandes foi para São Paulo falar com o governador geral Côrrea de Sá e Benevides, para que Sorocaba deixasse de ser um povoado e virasse uma vila (denominação dada às cidades naquela época). O governador atende ao pedido de Baltazar e no dia 3 de março de 1661, Sorocaba foi elevada à categoria de Vila. Tornou-se então, a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba11. Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro.
[Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Páginas 48 e 49]



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Pirate, turncoat, survivor: the life and times of Anthony Knivet, a Briton in 16th-century Brazil. theconversation.com
12 de outubro de 2016, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): São Sebastião/SP
 Pessoas (1) Thomas Cavendish (1560-1592)
 Temas (3): Tamoios, Tupinambás, Escravizados

Registro mencionado
1. Expedições
1592

Numa noite escura no final de 1592, um grupo de ingleses foi massacrado na ilha de São Sebastião, na costa sudeste do Brasil. A maioria havia abandonado o infame corsário inglês Thomas Cavendish menos de duas semanas antes, na esperança de poder ganhar a vida no Brasil. Mas isso não aconteceria. Um bando de portugueses e seus índios aliados do Rio de Janeiro atacou-os de madrugada: foram arrastados para a costa, onde seus crânios foram esmagados com “tiços de fogo”.

Na época, os súditos ingleses eram considerados inimigos de Espanha e Portugal, “hereges luteranos” que estavam oficialmente proibidos de pisar nas colónias ibéricas do Novo Mundo. Mas os homens de Cavendish não eram inocentes: apenas alguns meses antes tinham sitiado cidades, incendiado moinhos e saqueado aldeias ao longo da costa brasileira.

No país

Knivet passaria os próximos nove anos vivendo no Brasil – principalmente na incipiente vila do Rio de Janeiro ou nos arredores – trabalhando como escravo para os governantes portugueses. Afinal, a única razão pela qual escapou de ser morto em São Sebastião foi a sua rápida oferta de trocar informações sobre os ingleses em troca da sua vida. Este seria o primeiro de muitos encontros com a morte que Knivet experimentaria no Brasil. Ele também, enquanto servia aos portugueses como traficante de escravos, viajaria por vastas porções de um território então praticamente desconhecido pelos europeus, encontrando uma miríade de tribos nativas, muitas das quais teriam sido destruídas no século seguinte.

Do ponto de vista de alguém de fora, Knivet testemunhou em primeira mão vários aspectos que caracterizaram a sociedade colonial brasileira em seus primórdios: a vida dura nas primeiras usinas de açúcar – os “engenhos” – os assentamentos multirraciais, as disputas políticas, a exploração do trabalho e a expansão violenta em direção ao “interior” desconhecido. Embora não saibamos exactamente como conseguiu finalmente livrar-se das mãos dos portugueses, sabemos que regressou a Inglaterra em 1601, e em 1625 a notável história das suas aventuras foi publicada como The Admirable Adventures and Strange Fortunas do Mestre Antonie Knivet, que foi com o Mestre Thomas Candish para o Mar do Sul, 1591.

Publicadas num compêndio de relatos de viagens, As Admiráveis Aventuram não atraíram muita simpatia ou credibilidade até recentemente e permaneceram praticamente desconhecidas do público em geral. Recebeu sua primeira edição anotada em inglês apenas no ano passado.

Uma razão para este desrespeito duradouro pode ter sido a formação obscura de Knivet, as suas fracas capacidades de escrita, juntamente com alusões a sereias e “montanhas brilhantes”. Até mesmo seu editor original, Samuel Purchas, mostrou-se reticente em endossar algumas de suas descrições. No entanto, após uma inspeção mais atenta e quando comparados com documentos portugueses, vários eventos, nomes e descrições na narrativa revelam-se surpreendentemente precisos.

Retrato de um sobrevivente

Talvez haja outro aspecto que tenha mantido obscura a história de Knivet: numa série aparentemente interminável de fugas estreitas da morte, Knivet emerge como alguém cuja única lealdade é salvar a própria pele a qualquer custo, mesmo que isso signifique trair os ingleses, os portugueses. ou os índios. No mundo implacável das disputas coloniais e dos encontros sangrentos, Knivet tornou-se um mestre da sobrevivência, um improvisador habilidoso que manipulou habilmente as tensões culturais em seu próprio benefício.

Knivet conta-nos como, após interromper uma expedição com 12 jovens portugueses, encontra uma tribo de Tamoio que vive no interior. Sabendo da inimizade entre Tamoio e os portugueses, Knivet declara-se apropriadamente francês antes que todos os seus companheiros portugueses sejam executados e devorados ritualmente. O ano seguinte é passado vivendo com a tribo até que ele convence seus anfitriões a se envolverem em uma migração em massa para a costa em busca de pesca e navios mercantes franceses.

O que Knivet diz aos seus leitores (mas não aos seus anfitriões) é que ele, na verdade, ansiava por encontrar uma passagem segura de volta à Inglaterra. Na verdade, Knivet conduziu a tribo diretamente para um notório entreposto de comércio de escravos mantido pelos portugueses na costa. Como resultado, a última tribo conhecida de Tamoio que escapou da conquista portuguesa na década de 1550 foi então massacrada ou escravizada.

As Admiráveis Aventuras torna a interação entre fato e ficção ainda mais problemática à medida que lidamos com um narrador que pode ser desconcertadamente franco, ao mesmo tempo que permanece irritantemente opaco. Além do fascinante vislumbre de uma época pouco documentada no Brasil colonial, o relato de Knivet nos diz muito sobre a interação entre verdade e ficção na escrita de viagens do início da era moderna.
Registros mencionados (1)
1592 - Expedições [26775]


  


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