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25 de janeiro de 1554, segunda-feira
Atualizado em 28/10/2025 07:33:23
Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
Cidades (4): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (9): Caiubi, senhor de Geribatiba, José de Anchieta, Manuel da Nóbrega, Padre Balthazar, Pero Correia, Piqueroby, Martim Afonso de Melo Tibiriçá, Manuel de Paiva, João Ramalho
Temas (23): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Cavalos, Gentios, Habitantes, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Mulheres na história do Brasil, Peru, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tupiniquim, Ururay, Vale do Anhangabaú, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Estradas antigas, Serra do Mar, Tabatinguera, Vila de Santo André da Borda, Tamoios, Açúcar, Porcos, Gados
Os transportes em São Paulo no período colonial
Data: 1958
Créditos: José Gonçalves SalvadorPágina 82
    26 fontes
  2 relacionadas

1°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1886
Mais tarde vieram o padre Manoel de Paiva, superior, o padre José de Anchieta, e outros. Fundaram o Colégio de São Paulo em janeiro de 1554; e, desde então, por causa da escravização dos gentios, começou a luta surda e latente entre os padres jesuítas e os que queriam especular com os infelizes nativos.

Entretanto, outra causa não deixara de concorrer originariamente para criar um certo conflito entre os padres da Companhia e os que acompanhavam a João Ramalho: - a fundação da vila de São Paulo, em prejuízo de Santo André. [Página 107]

A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 15541560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."

Quando os padres da Companhia de Jesus resolveram convidar os nativos para povoarem a sua vila de São Paulo, a fim de ser mais facilitada a catequese, não são mencionados senão Tebir-içá e Cayubi. E até o cronista (Gaspar da Madre de Deus), cujas primeiras narrações já foram transcritas, tratando da escolha do local para a fundação do Colégio da Companhia de Jesus, escreveu:

"Eram os campos de Pirá-tininga habitados nesse tempo por algumas tribos guayanás que obedeciam a Tebyreçá e Cayubi, os régulos que, consentindo no desembarque de Martim Afonso, perseveravam em lealdade para com os brancos, tudo em deferência a João Ramalho. Chegados os padres ao campo, e fitando na formosa miragem do país que ante eles se distendia, fizeram parada nas alturas sobranceiras ao rio Tamanduaethy e ribeiro Anhamgabahú, e ai levantaram um rustico aposento para abrigo, e em que celebrou-se missa a 25 de janeiro de 1554, dia em que se soleniza a conversão de São Paulo, que dai derivou seu nome a povoação que então se começou a edificar naquelas paragens; e, como para essa edificação dependia-se de gente afeita a tais trabalhos, convidaram os jesuítas a Tebyreçá e Cayubi para que com suas tribos viessem levantar seus alojamentos nas vizinhanças do sítio em que haviam feito seu aposento; e assim praticaram, estabelecendo-se Tebyreçá no local em que vê-se hoje o mosteiro de São Bento, e derramando-se os nativos pela área que depois serviu de assento á atual cidade.

Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias. Parece que Piquiroby já era falecido; e ou, aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos", visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga.  ver mais

2°. “São Paulo foi fundada a 29 de agosto de 1553?”, Benedito Carneiro Bastos Barreto "Belmonte", jornal Folha de São Paulo
24 de janeiro de 1943, domingo
São Paulo, domingo, 24 de janeiro de 1943. A História do Brasil ainda está inçada de lacunas e obscuridades que, não poucas vezes, levam os próprios historiadores a cair no terreno arenoso das conjeturas e probabilidades. O enorme acervo documental, ainda inédito, existente nos arquivos brasileiros, portugueses, espanhóis, assim como o que se encontra em poder dos jesuítas — inacessível aos leigos— tem feito da nossa História uma obra inacabada e constantemente sujeita a corrigendas e alterações, algumas de caráter tão profundo que, muitas vezes, modificam radicalmente episódios tidos até então como incontestáveis e definitivos.

Acontece então que, pela ausência de uma documentação idônea, existente mas ignorada, surgem opiniões individuais perfilhadas por este ou aquele historiador a respeito de tais e tais acontecimentos mais ou menos importantes. E daí, como é fácil imaginar, se desencadeiam as controvérsias, em torneios que empolgam e que fascinam mas que, apesar de tudo, não resolvem nada. E, sobre o panorama impreciso de nossa História, permanecem as neblinas, que o calor das discussões não dilui, nem afasta.

Por exemplo: quando se fundou S. Paulo? Quem a fundou?

Na escola nos ensinaram que foi a 25 de janeiro de 1554, pelo padre José de Anchieta.

Isso é o que se sabia nos tempos amáveis em que ainda íamos à escola. Mas, depois, surgiram da poeira dos arquivos, documentos que vieram alterar aquilo que se estabeleceu como coisa certa, definitiva e indiscutível.  ver mais





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“os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar”
23 de maio de 1584, quarta-feira. Atualizado em 30/10/2025 00:47:29
Relacionamentos
 Cidades (3): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (16) Afonso Sardinha, o Velho (53 anos), Álvaro Neto, o velho (42 anos), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (53 anos), Antonio de Proença (44 anos), Antonio Gomes Preto (63 anos), Bartholomeu Fernandes Cabral (66 anos), Belchior da Costa (17 anos), Brás Gonçalves, o velho (60 anos), Diogo de Unhate (49 anos), Gaspar Fernandes Preto (44 anos), Gonçalo Fernandes, o Velho, João Eannes, Jorge Moreira (n.1525), Manuel Fernandes Ramos (59 anos), Marcos Fernandes o Moço (n.1555), Salvador Pires
 Temas (10): Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Ilhas Canárias, Ipiranga, Ponte Grande, Pontes, Ybyrpuêra

    4 fontes
  1 fonte relacionada

•  A escravização indígena e o bandeirante no Brasil colonial: conflitos, apresamentos e mitos, 2015. Manuel Pacheco Neto
1 de janeiro de 2015, quinta-feira
Se, em 1576, onze índios trabalharam na Câmara (um número certamente pequeno se confrontado com a quantidade de cativos mandada por seus donos ao Tamanduateí), e, em 1581, vinte deles fizeram o caminho de Ibirapuera, verifiquemos agora a vultosa força de trabalho solicitada aos donos de escravos, na sessão da Câmara de São Paulo, em 23 de maio de 1584:

[...] os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar, nomeando os moradores que lá tem fazenda: Antônio de Proença, Bartholomeu Fernandes, Belchior da Costa, Domingos Luis, Francisco de Brito, sendo que este último terá o encargo de chamar a todos e definir o dia para que os serviços sejam feitos, sendo que os que não cumprirem esta determinação pagarão cinco tostões para o conselho desta vila [...]

ficou também decidido na mesma sessão que todos os moradores que tem fazendas próximas à Ponte Grande deverão providenciar os trabalhos de manutenção da mesma, em data que será a eles informada por Paulo Ruiz, sendo que todos aqueles que não cumprirem a determinação pagarão cinco tostões ao conselho desta vila. Os moradores próximos à Ponte Grande São:

Joane Anes, Paulo Roiz, Antônio Preto, Francisco Preto, Domingos Fernandes, Diogo de Onhate, Pedro da Silva, Antônio Dias, Cristóvão Gonçalves, Salvador Pires, Gonçalo Pires, Pedro Dias e seus filhos e genros, Francisco Pires, Pedro Alves e Antônio Gomes [...] também sob pena de cinco tostões, o caminho de Ibirapuera deverá receber serviços de manutenção, por parte dos moradores de suas proximidades, a saber: Jorge Moreira, Silvestre Texta, Gonçalo Fernandes, Balthasar Ruiz, Diogo Teixeira, Marcos Fernandes, Balthazar Gonçalves, Bráz Gonçalves, Jerônimo Ruiz, Jerônimo da Cunha, Manoel Ribeiro, André Mendes, André de Burgos, Sebastião Leme, Manoel Fernandes, Luis Gomes, Pedro Alves, Antônio Saiavedra. Todos estes moradores serão chamados através de rol que será feito por Manoel Ribeiro, determinando o dia para que os serviços sejam feitos [...] a manutenção do caminho de Pinheiros, também sob pena de cinco tostões ao conselho, deverá ser feita pelos seguintes moradores: Afonso Sardinha, Antônio Bicudo, Francisco da Gama, Fernão Dias, Domingos Gonçalves, Gaspar Fernandes, Álvaro Neto e Joaquim do Prado [...].


Esta ata é muito importante, pois nomeia as pessoas que possuem propriedades ao longo de vários caminhos, obrigando-as a limpá-los através do trabalho de seus escravos. No caminho do Ipiranga são arrolados cinco moradores ou proprietários de terra; no caminho da Ponte Grande são listados quinze; no de Ibirapuera dezoito e no de Pinheiros mais oito, perfazendo 46 donos de peças. Comumente, como talvez já tenha se tornado claro, a Câmara fixava o cedimento de duas peças para quem possuía seis ou mais delas, exigindo um único cativo daqueles cujas posses eram mais modestas, ou seja, inferiores a seis peças. No caso específico de maio de 1584, a Câmara elencou parte dos homens mais aquinhoados da vila de São Paulo — levando-se em conta os nada pomposos padrões locais —, não especificando quantas peças cada um deles deveria ceder. Dentre os arrolados, constam Afonso Sardinha, Antônio Proença e Baltasar Rodrigues.

O primeiro destes homens aqui mencionados é célebre por sua abastança desproporcional, sendo considerado o ricaço de seu tempo; o segundo também foi um potentado quase do mesmo jaez do primeiro; o terceiro foi um respeitado e influente homem público, tendo inclusive exercido o cargo de procurador do Conselho. O rol de quase cinco dezenas de pessoas, feito pela Câmara, inclui ainda muitos outros nomes conhecidos, figuras de proeminência no planalto, ligadas à política e ao próprio Conselho, ocupantes de diversos cargos oficiais. Sem mencionar todos, temos nomes tais como os de Antônio Preto, Diogo de Onhate, Cristóvão Gonçalves, Salvador Pires, Gonçalo Pires, Jorge Moreira e Manoel Ribeiro. Essas considerações são aqui tecidas para que possamos não dimensionar em termos exatos, mas pensar a respeito do número de índios envolvidos no trabalho executado nos quatro importantes caminhos já mencionados. Para tanto, organizemos nossas cogitações considerando três possibilidades, prudentemente entendidas, desde já, como passíveis de análise, uma vez que não estarão de acordo com a exatidão numérica concernente à totalidade do grupo de peças enviado à Ponte Grande, ao Ibirapuera, ao Ipiranga e a Pinheiros. [p. 28]

Cumpre, porém, enunciar que não é essencialmente indispensável — para o intento que ora perseguimos — obter o número exato de peças mandado à lida, mas sim contribuir para o entendimento de que, no episódio em questão, a quantidade de escravos reunida pelos moradores não foi pouco significativa. Feita a ressalva relativa ao dimensionamento talvez apenas aproximado que agora levaremos a cabo, bem como à asserção acerca da dispensabilidade do alcance da precisão numérica na questão ora analisada, verifiquemos as possibilidades pouco atrás enunciadas: 1) cada um dos moradores nomeados pela Câmara enviou uma peça, contribuindo para que, ao todo, 46 escravos trabalhassem na extensa tarefa; 2) cada um dos homens arrolados mandou duas peças, destartecontribuindo para que 92 cativos participassem do trabalho; 3) cada um dos administradores de escravos enviou três de seus administrados, contribuindo para que 138 peças se envolvessem na azáfama coletiva.

Considerada qualquer uma dessas hipóteses como plausível, talvez não seja tão difícil compreender que, na oportunidade em pauta, evidenciou-se uma grande movimentação envolvendo farta escravaria. A Câmara Municipal de Piratininga determinou, sob pena de multa, a formação de um mutirão de trabalho escravo. Cumpre afirmar que em nosso entendimento, a primeira das três hipóteses é a menos passível de plausibilidade, dada a perceptível presença de homens considerados abastados — sempre levando em conta os padrões da São Paulo quinhentista e seiscentista — na lista do Conselho. Contudo, mesmo que a primeira hipótese seja levada em conta, teremos um significativo grupo de escravos em ação. A segunda das hipóteses é, ao que nos parece, nada desprezível, já que não é difícil crer que cada um dos arrolados pela edilidade tenha mandado duas peças para o trabalho, que acabou executado, finalmente, por quase uma centena de cativos. A terceira hipótese não parece ser, de forma alguma, implausível, posto que ceder três cativos não era, para quem tinha muitos outros, algo impossível. Com efeito, a elaboração dessa terceira suposição deu-se pelas características próprias da ata de 23 de maio de 1584, que, diferentemente do que era ordinário 15, arrolou quase meia centena de moradores, sem explicitar precisamente a quantidade de cativos a ser enviada à faina por cada um deles.15 Em grande parte das atas, como suspeitamos já ter deixado claro, a municipalidade determinava o cedimento de duas peças por parte daqueles que possuíssem seis ou mais delas, obrigando os proprietários que tivessem menos de seis a ceder uma peça. Ordinariamente, não se nomeava os moradores, mas sim apontava-se quais os caminhos ou logradouros a receber manutenção, determinando-se que as pessoas que habitavam as adjacências mencionadas acudissem ao trabalho com suas peças. [p. 29]

Isso faz, obviamente, com que necessitemos lançar mão de conjecturas e cogitar hipóteses. Contudo, corroboremos que aqui nosso intento não é o de alcançar a precisão numérica, mas evidenciar a quantidade nada pequena de escravos numa única empreitada. E ainda não comentamos um importante trecho exarado no documento ora em análise, um diminuto trecho que sugere talvez a participação de um número bem maior de cativos no mutirão de maio de 1584. Verifiquemos tal trecho: “[...] cada um será obrigado, ou seja, todos os nomeados devem ir com sua gente” (ACTAS DA CÂMARA, 1584, p. 238).

Essas poucas palavras parecem configurar um indício nada frágil, apontando para a reunião de um grupo mais numeroso que o constante em qualquer das três hipóteses há pouco sugeridas. A menção dos nomeados diz respeito aos moradores constantes nas listas, que elencam os 46 habitantes dos caminhos especificados. Porém, o que mais acena para a possibilidade de cogitação de que o ajuntado de peças foi maior, é justamente o registro de que todos os quase cinquenta proprietários listados deviam acudir ao trabalho com sua gente. Ora, a expressão sua gente não parece aludir a uma ou duas peças de cada proprietário, mas a um grupo delas, um grupo que se agregaria a quase cinco dezenas de outros, formando a grande força de trabalho que atuaria nos caminhos já assaz mencionados. Suspeitamos estar ficando claro que a nossa tentativa de evidenciar a considerável quantidade de cativos nessa empreitada não está, talvez de maneira alguma, destituída de fundamento. Pelo contrário, as evidências que fundamentam nossas assertivas acerca da farta escravaria denotam, indubitavelmente, contornos nítidos, claros.






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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
1953. Atualizado em 23/10/2025 15:57:15
Relacionamentos
 Cidades (11): Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Cubatão/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Santos/SP, São Bernardo do Campo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tatuapé/SP
 Pessoas (45) Alvaro Afonso, Ana Camacho, Antônia Quaresma (1505-1613), Antonio Camacho (n.1556), Antônio Pinto (n.1558), Antônio Pinto, filho (f.1617), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Balthazar Fernandes (1577-1670), Brás Cubas (1507-1592), Caethana/Catharina Ramalho, Cristovão Diniz, Domingos Afonso, Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pinto, filho, Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gaspar Dias (1569-1590), Gonçalo Camacho (1525-1600), Henrique da Cunha (1506-1580), Jerônima Dias, João Ramalho (1486-1580), João Tourinho Maciel (n.1535), Jorge Ferreira (1493-1591), José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Luís Alvarez, Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Maria Castanho de Almeida (n.1534), Marina de Chaves (f.1599), Marta Teixeira (1477-1530), Mestre Bartolomeu Camacho (n.1500), Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Mestre Domingos Gonçalves Fernandes (1500-1589), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Paula Camacho, Paula Camacho (Ferreira), Pedro Collaço Vilela, Pedro Cubas (1538-1628), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Rodrigo Alvares (f.1598), Ruy Pinto (f.1549), Tapuía (1500-1560), Vitória Pinto
 Temas (13): “o Rio Grande”, Almotacel, Capitania de Santo Amaro, Cemitérios, Ermidas, capelas e igrejas, Ipiranga, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Piqueri, Santa Ana das Cruzes, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Vila de Santo André da Borda
Registros mencionados (14)
1515 - Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias [20192]
1534 - Possível nascimento de Gonçalo Camacho, filho de Bartolomeu Camacho e sua segunda esposa [27378]
1540 - Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho [26931]
25/01/1555 - Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia [20150]
1559 - Possível casamento [27380]
16/01/1562 - Reuniu-se em sua casa a câmara, na falta de espaço do concelho, tendo requerido ao capitão mor que ordenasse o recolhimento à vila dos moradores de seu termo, porquanto estava a caminho de uma guerra [20401]
1569 - Falecimento de Beatriz Dias [582]
01/01/1570 - Rodrigo Alvares obteve do capitão-mór Jorge Ferreira sesmaria dessas terras (Fazenda do Jatan) [28466]
1570 - “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania” [20338]
07/02/1588 - Aprovando a construção da Igreja Matriz [27371]
17/08/1588 - Sentença [744]
01/07/1597 - Retorno* [27306]
30/05/1598 - “auto de concerto que fizeram os oficiais da câmara com Domingos Luiz e Luiz Alvares” para fazerem "corpo de igreja" e capela matriz. Obrigaram-se esses empreiteiros a executar “obra de taipa de pilão a razão de quatro reais o taipal, com tal condição que os taipaes fossem de cutelo ou pedaço para serem também contados.” [23986]
1599 - Pedro Cubas [804]






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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XIV
1909. Atualizado em 25/10/2025 22:54:18
Relacionamentos
 Cidades (5): Carapicuiba/SP, Santos/SP, São Bernardo do Campo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (27) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Amador de Medeiros, Antônio Pinto (n.1558), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Belchior da Costa (1567-1625), Brás Cubas (1507-1592), Carl Gustav Hedberg (1774-1827), Clemente Álvares (1569-1641), Francisco de Assis Mascarenhas (1779-1843), Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen (1783-1842), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gentil de Assis Moura (41 anos), João Mendes de Almeida (1831-1898), João Ramalho (1486-1580), Jorge Moreira (n.1525), Luís da Grã (n.1523), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Preto (1559-1630), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mem de Sá (1500-1572), Pedro Collaço Vilela, Pero (Pedro) de Góes, Rodrigo Alvares (f.1598), Ulrico Schmidl (1510-1579), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
 Temas (54): “o Rio Grande”, Apiassava das canoas, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho São Paulo-Santos, Caminhos até São Vicente, Canôas, Capitania de Minas Gerais, Capitania de São Paulo, Córrego Supiriri, Cruzes, Dinheiro$, Enguaguassú, Estrada Vergueiro, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Ferrovias, Gentios, Geografia e Mapas, Goayaó, Inhayba, Ipiranga, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Montanhas, Nheengatu, NS do Carmo de Santos, O Sol, Piaçaguera, Pontes, Porto das Almadias, Portos, Pouso Alto, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio Cubatão em Cubatão, Rio dos Couros, Rio dos Meninos, Rio Geribatiba, Rio Goyaó, Rio Mogy, Rio Pinheiros, Rio Ururay, Rio Ypiranga, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Serra do Mar, Taperovira, Ururay, Vila de Santo André da Borda, Ybyrpuêra
Registro mencionado
1. Antonio Rodrigues de Almeida pede terras “(...) até se findar no rio da Tapera do Cacique e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahy”
22 de janeiro de 1560
Registros mencionados (7)
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
30/11/1532 - Hoje não resta dúvida de que o fundador do primeiro núcleo de povoação em Piratininga foi Martim Afonso de Souza [21818]
1553 - Amador de Medeiros chega á Capitania de São Vicente [470]
22/01/1560 - Antonio Rodrigues de Almeida pede terras “(...) até se findar no rio da Tapera do Cacique e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahy” [21983]
1571 - Salvador Pires obteve, de parceria com Amador de Medeiros, umas terras de cultura, com matos e capoeiras, na região do Ipiranga [27486]
27/09/1814 - Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen assume a direção da Fazenda Ipanema [6120]
2024 - Jorge Moreira é dono de terras em Ipiranga [20466]






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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP (1898-1899)
1899. Atualizado em 23/10/2025 15:54:06
Relacionamentos
 Cidades (4): Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Anthony Knivet (1560-1649), Balthazar Fernandes (1577-1670), Clemente Álvares (1569-1641), Gonçalo Correia de Sá (n.1540), Jean de Laet (1571-1649), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Suzana Dias (1540-1632), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 Temas (9): Ambuaçava, Bituruna, vuturuna, Itapeva (Serra de São Francisco), Nossa Senhora da Luz, Ouro, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Ybyrpuêra, Apiassava das canoas
Registros mencionados (1)
23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]






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  31/10/2025 08:58:50º de
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REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL
2006. Atualizado em 31/10/2025 08:58:50
Relacionamentos
 Cidades (6): Assunção/PAR, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Jundiaí/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Brás Cubas (1507-1592), Caiubi, senhor de Geribatiba, Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Mem de Sá (1500-1572), Pedro Lozano (1697-1752), Rodrigo Alvares (f.1598), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (35): “o Rio Grande”, Ambuaçava, Caminho até Cananéa, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho do Paraguay, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminho SP-Santo Amaro, Carijós/Guaranis, Casas de Fundição, Colinas, Estradas antigas, Guaianase de Piratininga, Guaré ou Cruz das Almas, Habitantes, Inhapambuçu, Jeribatiba (Santo Amaro), Léguas, Ouro, Peru, Piratininga, Ponte Grande, Portos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pinheiros, Rio Piratininga, Tabatinguera, Tordesilhas, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda, Ybyrpuêra
Registros mencionados (11)
22/04/1529 - Tratado de Zaragoza discute a posse das Ilhas Molucas entre Portugal e Espanha [10664]
15/06/1553 - “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada [21900]
29/08/1553 - Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" [8154]
01/10/1553 - Carta do padre Manoel da Nóbrega a rei de Portugal, D. João III [21729]
02/09/1557 - Nóbrega em carta escrita registra o “Colégio de Piratininga” e o porto de “Piratinim” e não “São Paulo de Piratininga” [21807]
05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]
1564 - Construída uma guarita [27958]
01/05/1589 - São Paulo contava 150 a 170 moradores [20527]
30/05/1589 - Numa escritura pública, datada de 30 de maio de 1589, em que é feita a descrição dos limites das terras cedidas por Brás Cubas aos frades carmelitas [23988]
1702 - Chácara dos Morrinhos [1546]
1886 - Registro de Doações em ouro para a alforria de escravos [29417]






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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949
1949. Atualizado em 23/10/2025 15:57:14
Relacionamentos
 Cidades (12): Araçoiaba da Serra/SP, Carapicuiba/SP, Embu das Artes/SP, Itaquaquecetuba/SP, Itu/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (48) Afonso d´Escragnolle Taunay (73 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Jorge (1580-1642), Alvaro Rodrigues, Antônio Bicudo Carneiro (1540-1628), António José da Franca e Horta (1753-1823), Atanásio da Mota, Bartolomeu Carrasco (f.1571), Beatriz Gonçalves (n.1543), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Belchior Rodrigues (n.1561), Bento Gonçalves da Silva (1788-1847), Brás Cubas (1507-1592), Caethana/Catharina Ramalho, Calixto da Motta (n.1591), Carlos da Silveira Lichtenfels, Cristóvão de Barros, Cristovão Diniz, Diogo Álvares (1500-1549), Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Erasmo Esquert, Fernão d’Álvares (n.1500), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pinto da Fonseca (1470-1550), Frutuoso da Costa, Henrique da Cunha (1506-1580), Henrique da Cunha, velho (1560-1624), Henrique Montes, Hilaria Luis Grou, Jaques Felix, o velho (n.1570), João Eannes, João Pires, o ruivo, João Ramalho (1486-1580), João Vieira, Jorge Correa, Luís Alvarez, Manuel Veloso, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Leitão, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Mestre Domingos Gonçalves Fernandes (1500-1589), Paschoal Fernandes, Pedro Cubas (1538-1628), Rodrigo Alvares (f.1598), Salvador Moreira, Sebastião Fernandes Freire, Simão Borges Cerqueira (1554-1632), Tomé de Sousa (1503-1579)
 Temas (19): “o Rio Grande”, Caminho de Piratininga, Canguera, Capitania de São Vicente, Cruzes, Dinheiro$, Engenho São Jorge dos Erasmos, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Morro do São Jerônimo, Pela primeira vez, Rio Geribatiba, Santa Casa da Misericórdia, São Paulo de Piratininga, Senhor Bom Jesus, Taperovira, Vila de Santo André da Borda
Registros mencionados (15)
15/10/1532 - (...) quinze dias do mês de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que o muito magnífico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El Rei. Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brasil, deu ao dito Pedro de Góis, por virtude de um poder paa isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chama Tecoapara (*) e a serra de Tapurihetera que está da banda donde nasce o sol, águas vertentes com o rio de Gerybatyba, o qual rio e terras estão defronte (...) [25004]
1543 - Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil [20206]
07/06/1545 - Documento [27225]
18/05/1546 - Documento [27226]
31/08/1569 - Documento [27232]
03/09/1571 - Documento [27234]
04/02/1572 - “confirmando a mudança do nome de Domingos para Bartolomeu” [27233]
04/08/1584 - Documento [27241]
17/08/1588 - Sentença [744]
20/03/1589 - Documento [747]
13/02/1590 - Escritura segunda que fez Braz Cubas ao Convento do Carmo, 13.03.1590, Porto de Santos [27238]
22/12/1597 - Título de Escritura [788]
1599 - Itu [27248]
12/12/1603 - Pedro Cubas [27228]
03/12/1633 - Terras [27231]






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Mapa do século XVII que abrange as regiões entre os rios Paraguai, Paraná e a costa brasileira desde Santos até o Rio Grande
1730. Atualizado em 24/10/2025 17:46:21
Relacionamentos
 Cidades (18): Apiaí/SP, Araçariguama/SP, Bituruna/PR, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Itanhaém/SP, Itapecirica da Serra/SP, Itapeva/SP, Itararé/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Paranaguá/PR, Paranapanema/SP, Pitanga/PR, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Temas (43): Abangobi, Abayandava, Bituruna, vuturuna, Cachoeiras, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho Itú-Sorocaba, Caminho velho, Cristãos, Diamantes e esmeraldas, Encarnação, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Gualachos/Guañanas, Guayrá, Jardim Itanguá / Manchester, Lagoa Dourada, Lagoas, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora da Luz, Ouro, Piqueri, Registro de Animais, Rio Apiay, Rio Capitininga, Rio Guapeí, Rio Itararé, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Latipagiha, Rio Mboy, Rio Paranapanema, Rio Paranapitanga, Rio Pardo, Rio Pinheiros, Rio Piracicaba, Rio Pirapo, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, San Xavier del Yupabay, Serra de Ibituruna, Serra de Ibotucatu, Vila de Nossa Senhora da Ponte, Ybitirembá
Registros mencionados (1)
01/02/1516 - João Dias Solis penetrou na emboucadura do Rio da Prata [14171]






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Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP
1969. Atualizado em 31/10/2025 00:04:50
Relacionamentos
 Cidades (17): Pirapora do Bom Jesus/SP, Cuiabá/MT, Guareí/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Mogi das Cruzes/SP, Osasco/SP, Paranapanema/SP, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (38) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Américo Antônio Ayres (1766-1840), Angela Fernandes (1586-1650), Antônio de Sant´Anna Galvão (f.1822), Antônio Rodrigues Velho ´o Araá´ (f.1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior da Costa (1567-1625), Catarina Dias (1558-1631), Cláudio Furquim "Francês" (1590-1665), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Elias Ayres Do Amaral (n.1800), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Gregório Francisco, Inácio Ferraz Leite Penteado, Jerônimo Leitão, João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), Jorge Correa, Jorge Tibiriçá Piratininga (1855-1928), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Luzia Sardinha (1580-1620), Manuel Dias Machado, Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Nicolau Barreto, Pedro Cubas (1538-1628), Pedro da Silva (1600-1654), Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857), Rodrigo César de Meneses, Salvador Pires, Sebastião de Freitas (1565-1644), Suzana Dias (1540-1632), Thomas Cavendish (1560-1592)
 Temas (37): Açúcar, África, Ambuaçava, Angola, Araritaguaba, Avecuia, “terra que cai”, Bairro Itavuvu, Boigy, Bois e Vacas, Cabusú, Cachoeiras, Caminho do Mar, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Carijós/Guaranis, Convento/Galeria Santa Clara, Cristãos, Dinheiro$, Edifício Perseverança III, Engenho(s) de Ferro, Ermidas, capelas e igrejas, Fazenda Ipanema, Guerra de Extermínio, Jurubatuba, Geraibatiba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Música, Ouro, Pão d´alho, Pela primeira vez, Pirapitinguí, Porcos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Itaí, Rio Juquiri, Rio Sorocaba, Sabaúma
Registros mencionados (26)
01/12/1532 - Caminho da Serra* [25855]
1550 - Casamento de Afonso Sardinha, "o Velho", e Maria Gonçalves (filha do Mestre Bartholomeu Gonçalves e Antônia Rodrigues, “a índia”) [27290]
02/04/1577 - Nascimento de Balthazar Fernandes [24606]
1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]
02/05/1592 - Por patente entre a 2 de maio de 1592, foi entregue a Afonso Sardinha, em substituição a Jorge Correa, o lugar de capitão-mór, pois que a vila estava ameaçada pelo nativo [24872]
17/07/1593 - Requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um beco que esta junto com ela [26357]
13/02/1594 - Oficiais da Câmara e outras pessoas da governança, lembrando o procurador a Afonso Sardinha “o recado do senhor capitão para estarem todos prestes para a guerra". Ao procurador parecia que tendo Afonso Sardinha "ordem para vigiar os nativos”, não fora isso necessário por não se haver “apresentado gente do sertão”, convindo agora fazê-lo “indo vinte homens brancos a ver o que passava até oo Pirapitinguí” partindo outros a “vigiarem até Sabaúma” [25373]
10/06/1594 - Troca entre chãos que Garcia tinha recebido de seu pai e mãe falecidos, com outros de Antonio de Siqueira, morador de Santos [21095]
30/06/1594 - Antonio Rodrigues vendeu chãos defronte ao pelourinho a Marcos Sanches de Paredes (Manuel Ramos falecido) [21105]
05/02/1595 - Diogo de Lara assinou na Câmara [21472]
22/05/1595 - Aguardando que o capitão-mór os viesse acompanhar na entrada contra os nativos do sertão do Mogí, ora a indagar se receberiam auxílio dos de Santos e de São Vicente ou de pediriam aos do Rio de Janeiro, reuniram-se mais uma vez a 22 de maio de 1595 aqueles angustiados moradores da vila de São Paulo de Piratininga [25374]
1597 - Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido [20861]
08/03/1598 - Acorria o povo a atender a provisão do Governador Geral, D. Francisco de Souza [20524]
20/03/1598 - Doze dias após Afonso Sardinha à Câmara, onde novamente tratavam do mesmo assunto e quando, a bem do povo, deliberaram sobre o quanto havia de custar a carne fresca do porco, que tabelaram a "quatorze réis o macho e a fêmea a doze réis e a da vaca fresca a duzentos réis a arroba", confirmando as posturas relativas ao gado e continuando proibida sua venda para Santos, sem licença da Câmara [25380]
10/09/1601 - Afonso Sardinha e seu filho Pedro fazem parte do regimento dado ao administrados das minas para que descobrisse as minas [20196]
25/11/1601 - sardinha [25381]
09/09/1606 - Oficiais da Câmara ainda reclamavam que Afonso Sardinha, o pai [20502]
01/09/1607 - Sardinha é eleito vereador* [25383]
03/11/1607 - Terras [25382]
1615 - Fundição criada por Afonso Sardinha no morro Ipanema para de funcionar [6497]
09/07/1615 - Doação da Aldeia de Carapicuíba feita por Afonso Sardinha e sua mulher Maria Gonçalves [20089]
02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]
29/01/1636 - Balthazar Fernandes deixa o Uruguai com cerca de 400 escravizados* [6529]
1645 - Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba [11082]
01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* [6604]
16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? [28322]






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“O Barro cinzento paulista”. Edileine Carvalho Vieira
2016. Atualizado em 24/10/2025 04:16:16
Relacionamentos
 Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Balthazar Fernandes (1577-1670), Francisco de Sousa (1540-1611), Jorge Moreira (n.1525), Mauro Teixeira, Miguel Ayres Maldonado (1569-1650)
 Temas (3): Ermidas, capelas e igrejas, Gentios, Ipiranga
Registro mencionado
1. Extensas seriam estas terras, esparramadas pelos campos e colinas que partiam do Tamanduateí “rumo direito a procurar hum morro alto chamado picicacudo”
8 de setembro de 1561

Tem mais dous Foreiroz, q estão pramor de Ds. Temos mais huma porção de terras na parage chamada Ipiranga, grane parte com terras do falecido Antonio de Almeida e com terras de Jorge Moreira e Gabriel Roiz seo sogro já defuntos, que doou a este Mostro, o mesmo Miguel Ayres Maldonado debaixo do mesmo legado.
Registros mencionados (4)
08/09/1561 - Extensas seriam estas terras, esparramadas pelos campos e colinas que partiam do Tamanduateí “rumo direito a procurar hum morro alto chamado picicacudo” [22328]
1610 - “semear muito trigo”, pois a compra do vinho de fora causava prejuízo à vila; “muito bom trigo quase sem nenhuma indústria” e sentia a falta de moinhos [20555]
23/05/1610 - Acordo entre a Câmara e Fernando Álvares para a construção do Pelourinho [24076]
01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]






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“São Paulo foi fundada a 29 de agosto de 1553?”, Benedito Carneiro Bastos Barreto "Belmonte", jornal Folha de São Paulo
24 de janeiro de 1943, domingo. Atualizado em 03/09/2025 02:05:13
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Antonio Camacho (n.1556), José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Serafim Soares Leite (53 anos)
 Temas (11): Caminho de Piratininga, Colinas, Cristãos, Estradas antigas, Gentios, Jesuítas, Piratininga, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda
Registros mencionados (2)
1. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
25 de janeiro de 1554

São Paulo, domingo, 24 de janeiro de 1943. A História do Brasil ainda está inçada de lacunas e obscuridades que, não poucas vezes, levam os próprios historiadores a cair no terreno arenoso das conjeturas e probabilidades. O enorme acervo documental, ainda inédito, existente nos arquivos brasileiros, portugueses, espanhóis, assim como o que se encontra em poder dos jesuítas — inacessível aos leigos— tem feito da nossa História uma obra inacabada e constantemente sujeita a corrigendas e alterações, algumas de caráter tão profundo que, muitas vezes, modificam radicalmente episódios tidos até então como incontestáveis e definitivos.

Acontece então que, pela ausência de uma documentação idônea, existente mas ignorada, surgem opiniões individuais perfilhadas por este ou aquele historiador a respeito de tais e tais acontecimentos mais ou menos importantes. E daí, como é fácil imaginar, se desencadeiam as controvérsias, em torneios que empolgam e que fascinam mas que, apesar de tudo, não resolvem nada. E, sobre o panorama impreciso de nossa História, permanecem as neblinas, que o calor das discussões não dilui, nem afasta.

Por exemplo: quando se fundou S. Paulo? Quem a fundou?

Na escola nos ensinaram que foi a 25 de janeiro de 1554, pelo padre José de Anchieta.

Isso é o que se sabia nos tempos amáveis em que ainda íamos à escola. Mas, depois, surgiram da poeira dos arquivos, documentos que vieram alterar aquilo que se estabeleceu como coisa certa, definitiva e indiscutível.
2. Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão”
1567

Parece não haver a menor dúvida sobre a existência de Piratininga antes da chegada dos doze loiolanos que vieram construir um centro de catequese na confluência do Anhangabaú e do Tamanduatí. Alí esteve Nóbrega doutrinando. Alí esteve João Ramalho comandando. E, ao contrário do que afirma Batista Pereira, Piratininga não mangrou. Depois de erguido o colégio e multiplicado o casario da colina, Piratininga ainda existia. Consultem-se as "Atas" da Câmara de S. Paulo, nos fins do Século XVI e princípios do XVII e lá se encontrarão referências a um "caminho de Piratininga".
Registros mencionados (11)
10/02/1532 - Sesmaria a Ruy Pinto [24364]
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
12/10/1532 - Martim Afonso de Sousa concedeu uma sesmaria a João Ramalho / Ele informa sobre o "Caminho do Peabiru" [20126]
30/11/1532 - Hoje não resta dúvida de que o fundador do primeiro núcleo de povoação em Piratininga foi Martim Afonso de Souza [21818]
24/08/1550 - “fomos dar com os índios às suas aldeias, que estavam 4 ou 5 léguas dali, e indo achamos uns índios que andavam com grande pressa fazendo o caminho por aonde havíamos de passar, e ficaram muito tristes porque não tinham acabado” [21820]
29/08/1553 - Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" [8154]
30/08/1553 - Carta de Manoel da Nóbrega [26239]
01/10/1553 - Carta do padre Manoel da Nóbrega a rei de Portugal, D. João III [21729]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
1567 - Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão” [22289]
01/02/1601 - Francisco da Gama foi nomeado procurador dos índios forros / Antonio Camacho recebeu o direito de advogar na vila* [20564]






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A Vila de São Paulo em seus primórdios – ensaio de reconstituição do núcleo urbano quinhentista
2009. Atualizado em 31/10/2025 07:23:46
Relacionamentos
 Cidades (6): Campinas/SP, Jundiaí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (13) Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Brás Cubas (1507-1592), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Fernão Cardim (1540-1625), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), João IV, o Restaurador (1604-1656), Manuel João Branco (f.1641), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro Collaço Vilela, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Salim Farah Maluf
 Temas (46): “o Rio Grande”, Algodão, Ambuaçava, Banana, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Capitania do Espirito Santo, Carmelitas, Cavalos, Colégio Santo Ignácio, Colégios jesuítas, Conventos, Curiosidades, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Gados, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Guaré ou Cruz das Almas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Léguas, Nheengatu, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Nossa Senhora do Rosário, O Sol, Ouro, Pela primeira vez, Pontes, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pequeno, Rio Pinheiros, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tabatinguera, Vale do Anhangabaú, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda, Vinho, Ybyrpuêra
Registros mencionados (3)
1. Fernão Cardim sobre o caminho
1585
2. Terras
10 de fevereiro de 1598
3. Planta atribuída a Alexandre Massaii
1616

A mencionada planta atribuída a Massaii pelo Professor Nestor Goulart Reis Filho merece minuciosa análise e interpretação, por constituir, sem dúvida nenhuma, a mais remota representação iconográfica do primitivo assentamento paulistano (fig.22). Embora se trate de documento sumário e esquemático, com notações por vezes confusas e incorretas, temos de reconhecer que a interrelação de distâncias existente entre seus elementos constitutivos não foi estabelecida de modo completamente aleatório.

Há decerto erros bastante grosseiros de orientação o convento de São Bento, por exemplo, que até hoje se mantém no mesmo lugar, aparece no mapa situado a poucos passos adiante do colégio jesuítico, imediatamente à direita da Igreja da Misericórdia, edifício que, por sua vez, deveria ter sido locado mais a nordeste.

Assim, observamos que, depois de galgar a “serra de parana piacaba” [sic], e atingir talvez o ponto mais alto onde, ficamos sabendo, havia um pequeno cruzeiro, o caminho procedente do litoral atravessava sucessivamente três cursos d’água, o Rio Pequeno, ou “Garaiba ti miri” [sic, por Jeribatiba-mirim], o Grande, ou “Garaiba ti guoasu” [sic, por Jeribatiba-guaçu], e o “Rio Tamandoatibi” [sic], cujo nome é curiosamente traduzido no mapa (e provavelmente de maneira errônea) por “aguoa de rapoza”. Este último curso d’água aparece transposto duas vezes; a segunda ultrapassagem sendo feita por meio de uma ponte que só pode ser a da Tabatinguera. [Página 73]

À mão esquerda da encosta que conduzia a São Paulo de Piratininga, reparamos a seguir num cruzeiro, que, julgamos, devia ficar em frente do local onde fora erguida a forca em 1587 (ATAS, v.1, p.315), à direita do viandante que chegava à Piratininga, no alto do Outeiro da Tabatinguera, mais tarde conhecido como Morro do Saibro. O odiado instrumento de execução de pena capital, seguidas vezes derrubado pela população piratiningana, seria depois, como veremos, transferido para o futuro Largo da Liberdade.

Em seguida, identificamos uma série de distorções de orientação na reprodução do percurso que o Caminho do Mar fazia nas imediações da vila. Depois de subir a Ladeira da Tabatinguera, o recém-chegado deveria virar para o norte, no intuito de entrar na futura Rua do Carmo (essa mudança de orientação quase não é perceptível no mapa que estamos observando). Passaria então pelo convento dessa denominação, à margem direita da via, atingindo logo a seguir o Mosteiro da Companhia (simplesmente identificado em planta com o nome de Iesus).

No documento gráfico aqui analisado aparecem corretamente representados na parte traseira do mosteiro da Companhia os muros da cerca jesuítica que, sabemos, atingiam a margem esquerda do Tamanduateí. Em contrapartida, a matriz, naquela altura ainda não totalmente concluída, mostra-se erradamente posicionada, pois, deduz-se, sua posição original era muito próxima à da antiga Sé paulistana demolida em 1912. Nesse caso, a matriz deveria ter sido mantida a oeste, sim, porém em ponto abaixo do colégio de Jesus e não imediatamente à sua frente, à esquerda, como aparece no desenho. Um pouco acima da matriz, vemos a Igreja da Misericórdia, e, mais além, temos a ermida de Santo Antônio, sequência de construções que estaria correta se estivesse sido orientada para oeste e não para o norte, como se observa.

Na região correspondente ao atual bairro do Brás, estendiam-se os famosos campos piratininganos. Por eles se espalhavam várias “fazendas”, a respeito das quais o autor da planta faz a seguinte observação: “Serquas de taipa de Pilão e seo vallo asi tem todas ellas co suas arvores e vinhas dentro”, lembrando-nos o que relatou o Padre Fernão Cardim, em 1585, sobre a fartura dos pomares paulistanos, onde marmeleiros, figueiras, laranjeiras e muitas vinhas produziam abundantemente, fazendo o planalto piratiningano parecer “um verdadeiro Portugal” (apud PREZIA, p.311).

A crer no que a planta nos mostra, os muros protetores dessas quintas seriam desprovidos de entradas, sendo feito o acesso por meio de precárias escadas de mão, facilmente eu removíveis, solução engenhosa que procurava garantir a proteção contra os ataques dos indígenas provenientes de Mogi e do Vale do Paraíba, ainda frequentes nos últimos anos do século XVI. Neste caso, o documento talvez pretendesse retratar não propriamente a região leste imediatamente contígua à vila, como se vê, mas uma zona mais recuada, constituída talvez pelo Tatuapé e Piqueri.

Ainda na margem direita do Tamanduateí, observamos um intrigante grupo de caçadores de perdizes nativas (enapupês, Rhynchotus rufescens), aves características dos campos e cerrados, habitualmente caçadas com cães (tiro ao voo), e, um pouco acima, mais ou menos onde deveria iniciar a região do Guarepe, vemos bois vagueando livres pelo pasto, coisa que de fato ocorria nas campinas paulistanas, pois conforme o Padre Cardim estavam elas “cheias de vaccas”, às quais se juntava por vezes gado bravio, que deveria ser imediatamente retirado do local por ordem dos vereadores (ATAS, v.1, p.385) . [Páginas 74 e 75]

Do outro lado da vila, na parte do curso superior do Anhangabaú (Anhagavabahi), uma inscrição nos dá o significado em português do nome desse ribeiro, “aguoa do Rosto do diabo”, numa referência à crença nativa de ocorrerem nesse local aparições do espírito malfazejo Anhangá (PREZIA, p.82). E, em suas margens, na altura, mais ou menos, da atual intercessão das Avenidas Nove de Julho e 23 de Maio, descobrimos instalados dois moinhos d’água, um em cada margem, pertencentes a “Mel Joam” (Manuel João), destinados sem dúvida a moer trigo, produto agrícola muito abundante na São Paulo daquele tempo, segundo o depoimento do mesmo Padre Cardim.

Este detalhe configura-se da máxima importância, pois, é por meio dele que podemos datar com bastante precisão a planta ora sob análise. Em 2 de fevereiro de 1616, os vereadores atenderam a solicitação de um certo Manuel João (certamente o mesmo Manuel João Branco, rico morador de São Paulo que no final da vida decidiu ir a Portugal beijar a mão do Rei D. João IV e presenteá-lo com um pequeno cacho de bananas feito de ouro, a que se refere o historiador Pedro Taques de Almeida Pais Leme, 1714-1777, em sua Nobiliarquia Paulistana). O peticionário solicitava datas de terra para construir dois moinhos, numa paragem que hoje seria impossível de identificar se só pudéssemos contar com a transcrição confusa feita pelo escrivão da Câmara:

“queria fazer dous moinhos em hua agoa saindolhe do caboulo a outra parte fazer houtro da banda dalem de bartolameu glz as quais Agoas nacem na tera diguo tapera de Diogo glz lasso da banda dos pinheiros hu da banda dalem houtro da banda de bartalomeu glz e terras pera hu quintal” (ATAS, v.2, p.375-377).

Como a carta de data de terra concedida vem datada do dia 2 de fevereiro de 1616, deduzimos que a confecção do documento gráfico aqui analisado, registrando os moinhos já construídos, só pode ser posterior de vários meses a essa época. Se supusermos que esses engenhos demoraram cerca de um ano para ficar prontos, teremos de admitir que a planta em questão só poderia ter sido executada a partir de fins de 1616.

Como o Professor Nestor (p. 231) afirma que no ano seguinte Massaii já se encontrava de volta à Europa trabalhando em Portugal, mais precisamente no Algarve, somos induzido a concluir que a planta em exame tenha sido executada ou em fins de 1616 ou logo nos primeiros meses do ano seguinte, levando-se em consideração o largo tempo necessário para que o autor do mapa se trasladasse de navio a Portugal e voltasse a exercer suas atividades profissionais nesse país ainda em 1617.

Retomando a análise do registro iconográfico objeto de nossa atenção, reparamos ainda que, abaixo do largo da matriz, havia um curral. Este abrigo para gado, conjecturamos, deveria estar situado perto da saída para a Vila de Santos, à esquerda do observador que olha a Rua Tabatinguera a partir da várzea, talvez na região conhecida hoje como Baixada do Glicério. A localização de redis era então regulada pela Câmara. Deviam-se distanciar uns dos outros em 60 braças (132 m), segundo postura de 1580, e das demais construções da vila em 300 braças (660 m), de acordo com as posturas de 1583, diminuídas para 200 (440 m) pelas posturas de 1590 (ATAS, v.1, p. 163, 201 e 397). Decerto eram em cercados como esse que se abatiam e retalhavam para o consumo humano as reses criadas soltas nas capoeiras ou campos do Guarepe (ATAS, v.1, p.123).

Quando a caminho do litoral, para servir de aprovisionamento aos navios ancorados no porto ou para alimentar o povo estabelecido à beira-mar, o gado do Guarepe, por culpa dos “pastores”, tinha o mau costume de passar por dentro da vila murada, causando estragos nas construções de taipa e sérios aborrecimentos aos moradores piratininganos (ATAS, v.1, p.98-99 e 387).

Nem tudo, porém, parece verossimilhante no documento cartográfico que estamos apreciando. O autor deve ter-se deixado levar às vezes ou pela imaginação, ou pela desatenção, ou apenas pelo hábito.

Com relação aos caçadores de perdizes, por exemplo, surpreendidos em plena atividade venatória nos campos próximos do Tamanduateí, apresentavam-se muito bem trajados, com longos calções bufantes e chapéus de copa alta e abas estreitas, sobre montarias que se erguiam com garbo sobre as patas traseiras, como nos retratos da orgulhosa e rica nobreza espanhola. Esses caçadores tinham porte aristocrático, em grande contraste com a aparência modesta e descuidada dos quase semidespidos mamelucos paulistanos, enquanto seus cavalos trazem à mente os espécimes apreciados por Fernão Cardim, que os qualificou de ginetes dada a sua boa raça.

Quanto aos elegantes caçadores, seriam porventura membros remanescentes do distinto séquito do requintado e esbanjador D. Francisco de Sousa), sétimo Governador Geral do Brasil (1592-1602) e, depois, entre 1609 e 1611, nomeado Governador da Repartição do Sul do Estado do Brasil (resultante da reunião das capitanias do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente) (R.G.,v.1, p.188-190).

Francisco de Sousa, por volta desses mesmos anos, fixara residência na Vila de São Paulo, à cata de notícias sobre minas de ouro e prata e outros metais existentes na região. A esse respeito, Frei Vicente do Salvador conta que os paulistanos muito se impressionaram com a luxuosa comitiva do fidalgo, pois antes da chegada de D. Francisco, só se vestiam com algodão tinto, não contando com peças de vestuário adequadas nem ao menos para se apresentarem em cerimônias de casamento. No que foi corroborado pelo jesuíta Fernão Cardim, que viu os piratininganos singelamente vestidos com roupas antiquadas e feitas de pano grosseiro:

Vestem-se de burel, e pellotes pardos e azues, de pertinas compridas como antigamente se vestiam. Vão aos domingos à igreja com roupões ou berneos de cacheira sem capa. (p. 173)

Depois da chegada do vaidoso governador tudo teria mudado na vila, segundo o historiador baiano:

Depois que chegou d. Francisco de Souza, e viram suas galas, e de seus criados e criadas houve logo tantas librés, tantos periquitos [altos topetes usados pelos homens da aristocracia de então] e mantos de soprilhos [tecido de seda muito leve e ralo, segundo Bluteau] que já parecia outra coisa. (apud TAUNAY, 1920, p. 163) (informações adicionadas entre colchetes pelo Autor)

Mais um pormenor nos intriga nessa planta. É a aparência da igreja da Companhia de Jesus, representada com seu flanco esquerdo à mostra. Segundo o desenho, a construção possuía nave única, capela-mor e, acima do telhado, assomava algo que parece ser uma alta parede terminada em empena, com duas sineiras (elemento arquitetônico conhecido em espanhol pelo nome de espadaña), em posição perpendicular à fachada principal e recuada em relação a ela, compondo uma tipologia arquitetônica pouco comum entre as igrejas jesuíticas portuguesas (veja-se, por exemplo, o Santuário de Nossa Senhora da Lapa, na freguesia de Quintela, Sernancelhe, erguida pelos jesuítas no século XVII em Portugal).

Além desse, há outro detalhe singular na representação do templo jesuítico: nele não se vê o alpendre que a igreja apresentava desde 1556, e que ainda era mencionado nas Atas paulistanas de 1624 (fig. 23). A alusão feita em documento camarário datado deste último ano pode, porém, ter sido o resultado de um equivoco cometido pelo escrivão da Câmara.

Na Ata do dia 22 de novembro de 1624 são citados os nomes de determinados personagens que deixavam o gado de sua propriedade sujar os adros da vila (da Matriz, do Carmo, da Misericórdia e do Colégio); dias depois, o escrivão transcreve novamente a acusação de que os mesmos personagens deixavam suas cabeças de gado sujar os alpendres dos citados templos (ATAS, v.3, p.144 e 147).

Na vereação do dia 13 de dezembro de 1631. Volta-se a falar na necessidade de se afastar o gado que danificava os adros da vila (ATAS, v.4 , p. 102). Não estaria o escrivão cometendo um lapso, usando uma palavra pela outra, já que a planta atribuída a Massaii, datada dos anos 1616/1617, não traz nenhuma igreja alpendrada dentro da vila paulistana – nem a Matriz, nem o Carmo, nem a Misericórdia, nem o Colégio?

Num aspecto, porém, temos plena certeza de que o desenhista se descuidou.

Foi quando assinalou bosques de pinheiros nativos ao nascente da povoação. Os exemplares representados têm a copa com a conformação cônica típica dos espécimes europeus e em nada sugerem as belas araucárias brasileiras, com sua característica silhueta em forma de taça de champanhe.
Registros mencionados (8)
1585 - Fernão Cardim sobre o caminho [23330]
13/11/1592 - Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras” [7944]
10/02/1598 - Terras [794]
18/12/1598 - Pedro Nunes, Manoel Fernandes e Fernão Marques pedem terras no caminho de Burapoera a começar com João Fernandes, genro de André Mendes [21490]
1616 - Planta atribuída a Alexandre Massaii [1011]
02/02/1616 - Escritura [1016]
13/03/1642 - Pedro Fernandes presta contas da curadoria. Declara entre outras contas, que Manoel João está de partida para Portugal, pelo que requeria precatório contra o dito, porque havia um depósito em juízo. Nesta causa, Manoel João Branco foi fiado por seu irmão Francisco João (em 1640). [21801]
01/01/1741 - Caminho [1664]






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Histórias e Tradições da Cidade de Sao Paulo
1954. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (7): Atibaia/SP, Carapicuiba/SP, Guarulhos/SP, Itu/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP
 Temas (12): Caminho velho de Juquiri, Epidemias e pandemias, Estradas antigas, Teju-guassu, Tabatinguera, São Miguel dos Ururay, Ururay, Rio Ururay, Ipiranga, Pontes, Caminho do Mar, Colinas
Registros mencionados (2)
1. Os primeiros caminhos em direção ao ouro saiam da Vila de Pirapitinga de São Paulo, sendo terrestres para Minas Gerais e Goiás e fluvial para Cuiabá
1583

As comunicações por terra, ao contrário, foram se ampliando e ganhando condições melhores - embora em escala pequena - particularmente em fins do século XVIII quando se acalmara o tropel das bandeiras e começou a se esboçar o ressurgimento da agricultura e do comércio na região de São Paulo e em boa parte da capitania.

Então, muitos caminhos antigos já haviam desaparecido, às vezes suplantados por traçados novos. Do centro da povoação em seus tempos primitivos - observou Nuto Santana - ia-se para o lado do nascente pelo caminho correspondente ao traçado da futura rua do Carmo. Rigorosamente, para sueste. Era um caminho estreito, que contornava a colina até a ponte do Tamanduatéi ou da Tabatinguera, ou ainda do Ipiranga - pois todos esses nomes ela foi conhecida na era quinhentista.

Logo depois dessa ponte saía uma variante que mais tarde se chamou da Moóca e que levava à Penha - "o primeiro arranco de casa para os que saíam de São Paulo", no dizer de Antonil - onde se bifurcava. Um ramo ia para Nossa Senhora da Conceição de Guarulhos, Lavras Velhas, Nazaré. O ouro, mais ao sul, via Ururaí (São Miguel) e Bougi (Mogi), para o lado do Rio de Janeiro. Diversas trilhas vicinais desse caminho - acrescentou Nuto Santana - conduziam ao Pari, ao Piquiri, ao Piaçaguera e outros lugares ou núcleos pequenos da margem do Tietê povoados por nativos.

Todos esses eram quase sempre variantes dos caminhos principais e buscavam localidades insignificantes. Assim, ainda segundo o autor de São Paulo Histórico, havia os caminho do Pari, do Pequiri e do Tejuguaçu, que eram variantes do Caminho do Mar. E os de Carapicuíba, Ibata e Embuaçava, que eram variantes do de Pinheiros. Os caminhos de maior importância que irradiavam da povoação em fins do século XVI - em torno de 1583 - sabe-se que eram apenas cinco:

em direção a leste, procurando o Tamanduateí, o da Tabatinguera; para o sul do Ipiranga - começo do Caminho do Mar - e o de Ibirapuera, futuramente de Santo Amaro; para oeste o caminho de Pinheiros; e para o norte do do Guaré.

Sem falar nas trilhas de nativos que comunicavam o planalto de Piratininga já nessa época com regiões distantes, e por onde vieram uns espanhóis que apareceram na vila em 1583 e foram presos. E daqueles cinco os de significação maior nos primeiros séculos foram o de Ibirapuera, o de Pinheiros e o do Mar.

O caminho de Ibirapuera teve depois a denominação pitoresca de Caminho do Carro que vai para Santo Amaro. De acordo com pesquisas de Nuto Santana, o seu primeiro trecho podia ter sido o correspondente à futura rua da Cruz Preta (mais tarde do Príncipe e depois Quintino Bocaiúva).
2. Relatava o procurador aos parceiros quanto estavam danificados os caminhos, pontes e serventias da vila, sobretudo a ponte da fazenda, outrora de Afonso Sardinha, onde chamavam Ibatatá ou Tabatinguera e Guarepe
1 de setembro de 1622

As comunicações por terra, ao contrário, foram se ampliando e ganhando condições melhores - embora em escala pequena - particularmente em fins do século XVIII quando se acalmara o tropel das bandeiras e começou a se esboçar o ressurgimento da agricultura e do comércio na região de São Paulo e em boa parte da capitania.

Então, muitos caminhos antigos já haviam desaparecido, às vezes suplantados por traçados novos. Do centro da povoação em seus tempos primitivos - observou Nuto Santana - ia-se para o lado do nascente pelo caminho correspondente ao traçado da futura rua do Carmo. Rigorosamente, para sueste. Era um caminho estreito, que contornava a colina até a ponte do Tamanduatéi ou da Tabatinguera, ou ainda do Ipiranga - pois todos esses nomes ela foi conhecida na era quinhentista.

Logo depois dessa ponte saía uma variante que mais tarde se chamou da Moóca e que levava à Penha - "o primeiro arranco de casa para os que saíam de São Paulo", no dizer de Antonil - onde se bifurcava. Um ramo ia para Nossa Senhora da Conceição de Guarulhos, Lavras Velhas, Nazaré. O ouro, mais ao sul, via Ururaí (São Miguel) e Bougi (Mogi), para o lado do Rio de Janeiro. Diversas trilhas vicinais desse caminho - acrescentou Nuto Santana - conduziam ao Pari, ao Piquiri, ao Piaçaguera e outros lugares ou núcleos pequenos da margem do Tietê povoados por nativos.

Todos esses eram quase sempre variantes dos caminhos principais e buscavam localidades insignificantes. Assim, ainda segundo o autor de São Paulo Histórico, havia os caminho do Pari, do Pequiri e do Tejuguaçu, que eram variantes do Caminho do Mar. E os de Carapicuíba, Ibata e Embuaçava, que eram variantes do de Pinheiros. Os caminhos de maior importância que irradiavam da povoação em fins do século XVI - em torno de 1583 - sabe-se que eram apenas cinco: em direção a leste, procurando o Tamanduateí, o da Tabatinguera; para o sul d o Ipiranga - começo do Caminho do Mar - e o de Ibirapuera, futuramente de Santo Amaro; para oeste o caminho de Pinheiros; e para o norte do do Guaré.

Sem falar nas trilhas de nativos que comunicavam o planalto de Piratininga já nessa época com regiões distantes, e por onde vieram uns espanhóis que apareceram na vila em 1583 e foram presos. E daqueles cinco os de significação maior nos primeiros séculos foram o de Ibirapuera, o de Pinheiros e o do Mar.
Registros mencionados (4)
1583 - Os primeiros caminhos em direção ao ouro saiam da Vila de Pirapitinga de São Paulo, sendo terrestres para Minas Gerais e Goiás e fluvial para Cuiabá [20483]
1620 - Bois [25284]
01/09/1622 - Relatava o procurador aos parceiros quanto estavam danificados os caminhos, pontes e serventias da vila, sobretudo a ponte da fazenda, outrora de Afonso Sardinha, onde chamavam Ibatatá ou Tabatinguera e Guarepe [25100]
1655 - Caminho do mar [25285]






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Mapa
1560. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (6): Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP, Itapecirica da Serra/SP, Santo André/SP, São Paulo/SP, Carapicuiba/SP
 Pessoas (1) Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960)
 Temas (19): Caminho do Mar, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Jurubatuba, Geraibatiba, Piqueri, Rio Geribatiba, Rio Piratininga, Geografia e Mapas, Trilha dos Tupiniquins, Tupiniquim, Caminho do Padre, Caminho do Piquiri, Estradas antigas, Guarapiranga, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Rio Pinheiros, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Caminho até Mogi






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Cartas de Datas de Terras (1700 a 1750), vol. IV, 1937. Prefeitura do Município de SP, Departamento de Cultura
1937. Atualizado em 30/10/2025 17:07:37
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 Cidades (5): Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (17) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho (1655-1725), Apollonia de Góes, Catarina de Siqueira, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco Corrêa de Lemos, Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar Colaço, Jerônimo Leitão, José de Góis de Morais, Leonor de Siqueira Pais (n.1681), Lourenço Castanho Taques (o capitão; velho) (1609-1671), Lourenço Castanho Taques, 2° (1637-1671), Pedro Taques de Almeida (1640-1724), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Rodrigo César de Meneses, Timótheo Corrêa de Góes
 Temas (10): Caaguacu, Caminho São Paulo-Santos, Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, Hiapó, Minas de Itaimbé, Piratininga, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, São Paulo de Piratininga, Vale do Anhangabaú
Registros mencionados (3)
13/08/1577 - Petição Domingos Luis Grou [27214]
14/03/1702 - Registo de uma carta de sesmaria passada ao capitão mór Pedro Taques de Almeida [31425]
28/02/1723 - “Paragem chamada Piritininga” [27215]






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Sesmaria a João Ramalho
9 de agosto de 1567, quarta-feira. Atualizado em 28/10/2025 00:13:33
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Brás Cubas (60 anos), João Ramalho (81 anos), Jorge Ferreira (74 anos), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (5): “o Rio Grande”, Rio Anhemby / Tietê, Rio Sorocaba, São Paulo de Piratininga, Rio Piratininga






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17 de agosto de 1797, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 07:37:16
Relação atual do Mosteiro de São Bento da cidade de São Paulo
Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (4): Duarte Machado, Fernão Dias Paes Leme, Jorge Moreira, Miguel Ayres Maldonado
Temas (3): Beneditinos, Ipiranga, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP





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8 de setembro de 1561, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 07:33:24
Extensas seriam estas terras, esparramadas pelos campos e colinas que partiam do Tamanduateí “rumo direito a procurar hum morro alto chamado picicacudo”
Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (2): Jorge Moreira, Miguel Ayres Maldonado
Temas (3): Ipiranga, Mosteiro de São Bento SP, Colinas
Igrejas de São Paulo
Data: 1966
Créditos: Leonardo ArroyoPágina 85
    1 fonte
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1°. “O Barro cinzento paulista”. Edileine Carvalho Vieira
2016
Tem mais dous Foreiroz, q estão pramor de Ds. Temos mais huma porção de terras na parage chamada Ipiranga, grane parte com terras do falecido Antonio de Almeida e com terras de Jorge Moreira e Gabriel Roiz seo sogro já defuntos, que doou a este Mostro, o mesmo Miguel Ayres Maldonado debaixo do mesmo legado.  ver mais





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“História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior
1969. Atualizado em 25/10/2025 06:20:42
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 Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (34) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Américo de Moura (1881-1953), Baltazar Carrasco dos Reis (1617-1697), Baltazar Gonçalves, velho (1544-1620), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartholomeu Fernandes Cabral (1518-1594), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Clemente Álvares (1569-1641), Cornélio de Arzão (f.1638), Domingos Luís Grou (1500-1590), Emerenciano Prestes de Barros Filho (60 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco de Souza Neto (1610-1674), Francisco Lopes Pinto, Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jacques Oalte, José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Luis de Sousa, 4º senhor de Beringel (f.1577), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Matheus Nogueira, Mestre Bartolomeu Camacho (n.1500), Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, Sen. Vergueiro (1778-1859), Orville Derby (1851-1915), Pedro Sardinha (1580-1615), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Serafim Soares Leite (79 anos), Suzana Dias (1540-1632), Theodoro Knecht, Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
 Temas (20): Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Dinheiro$, Engenho(s) de Ferro, Fazenda Ipanema, Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Pela primeira vez, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Rio Pirajibú, Rio Sorocaba, São Paulo de Piratininga, Serra de Ibituruna, Ybyrpuêra






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Muitos pensam São Paulo foi fundada por causa do Rio Tietê, mas de fato este rio só entra na história de São Paulo entre 1630 e 1650. Os rios principais eram o Anhangabaú e o Tamanduateí
1630. Atualizado em 25/02/2025 04:45:37
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 Cidades (4): Cotia/Vargem Grande/SP, Iguape/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Temas (5): Escravizados, Holandeses no Brasil, Ouro, Peru, Rio Anhemby / Tietê






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A escravização indígena e o bandeirante no Brasil colonial: conflitos, apresamentos e mitos, 2015. Manuel Pacheco Neto
2015. Atualizado em 24/10/2025 02:40:32
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Gaspar Gonçalves Conqueiro, Gonçalo Fernandes, o Velho, Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Marcos Fernandes o Moço (n.1555), Simão Borges Cerqueira (1554-1632)
 Temas (19): Filipe Guilherme do Palatinado-Neuburgo, Ipiranga, Isabel Amália de Hesse-Darmestádio, Joana Lourença Gómez de Sandoval y Lacerda, João IV, o Restaurador, João Manuel Peres de Gusmão, 8.º Duque de Medina Sidónia, João V, O Magnânimo, João VI, O Clemente, José Francisco António Inácio Norberto Agostinho, Luísa Maria Francisca de Gusmão e Sandoval, Maria Ana Josefa Antônia Regina de Habsburgo, Maria I de Portugal, Maria Sofia Isabel de Neuburgo, Mariana Vitória de Bourbon, Marumiminis, Metalurgia e siderurgia, Pedro III de Portugal, Pontes, Ybyrpuêra
Registro mencionado
1. “os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar”
23 de maio de 1584

Se, em 1576, onze índios trabalharam na Câmara (um número certamente pequeno se confrontado com a quantidade de cativos mandada por seus donos ao Tamanduateí), e, em 1581, vinte deles fizeram o caminho de Ibirapuera, verifiquemos agora a vultosa força de trabalho solicitada aos donos de escravos, na sessão da Câmara de São Paulo, em 23 de maio de 1584:

[...] os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar, nomeando os moradores que lá tem fazenda: Antônio de Proença, Bartholomeu Fernandes, Belchior da Costa, Domingos Luis, Francisco de Brito, sendo que este último terá o encargo de chamar a todos e definir o dia para que os serviços sejam feitos, sendo que os que não cumprirem esta determinação pagarão cinco tostões para o conselho desta vila [...]

ficou também decidido na mesma sessão que todos os moradores que tem fazendas próximas à Ponte Grande deverão providenciar os trabalhos de manutenção da mesma, em data que será a eles informada por Paulo Ruiz, sendo que todos aqueles que não cumprirem a determinação pagarão cinco tostões ao conselho desta vila. Os moradores próximos à Ponte Grande São:

Joane Anes, Paulo Roiz, Antônio Preto, Francisco Preto, Domingos Fernandes, Diogo de Onhate, Pedro da Silva, Antônio Dias, Cristóvão Gonçalves, Salvador Pires, Gonçalo Pires, Pedro Dias e seus filhos e genros, Francisco Pires, Pedro Alves e Antônio Gomes [...] também sob pena de cinco tostões, o caminho de Ibirapuera deverá receber serviços de manutenção, por parte dos moradores de suas proximidades, a saber: Jorge Moreira, Silvestre Texta, Gonçalo Fernandes, Balthasar Ruiz, Diogo Teixeira, Marcos Fernandes, Balthazar Gonçalves, Bráz Gonçalves, Jerônimo Ruiz, Jerônimo da Cunha, Manoel Ribeiro, André Mendes, André de Burgos, Sebastião Leme, Manoel Fernandes, Luis Gomes, Pedro Alves, Antônio Saiavedra. Todos estes moradores serão chamados através de rol que será feito por Manoel Ribeiro, determinando o dia para que os serviços sejam feitos [...] a manutenção do caminho de Pinheiros, também sob pena de cinco tostões ao conselho, deverá ser feita pelos seguintes moradores: Afonso Sardinha, Antônio Bicudo, Francisco da Gama, Fernão Dias, Domingos Gonçalves, Gaspar Fernandes, Álvaro Neto e Joaquim do Prado [...].


Esta ata é muito importante, pois nomeia as pessoas que possuem propriedades ao longo de vários caminhos, obrigando-as a limpá-los através do trabalho de seus escravos. No caminho do Ipiranga são arrolados cinco moradores ou proprietários de terra; no caminho da Ponte Grande são listados quinze; no de Ibirapuera dezoito e no de Pinheiros mais oito, perfazendo 46 donos de peças. Comumente, como talvez já tenha se tornado claro, a Câmara fixava o cedimento de duas peças para quem possuía seis ou mais delas, exigindo um único cativo daqueles cujas posses eram mais modestas, ou seja, inferiores a seis peças. No caso específico de maio de 1584, a Câmara elencou parte dos homens mais aquinhoados da vila de São Paulo — levando-se em conta os nada pomposos padrões locais —, não especificando quantas peças cada um deles deveria ceder. Dentre os arrolados, constam Afonso Sardinha, Antônio Proença e Baltasar Rodrigues.

O primeiro destes homens aqui mencionados é célebre por sua abastança desproporcional, sendo considerado o ricaço de seu tempo; o segundo também foi um potentado quase do mesmo jaez do primeiro; o terceiro foi um respeitado e influente homem público, tendo inclusive exercido o cargo de procurador do Conselho. O rol de quase cinco dezenas de pessoas, feito pela Câmara, inclui ainda muitos outros nomes conhecidos, figuras de proeminência no planalto, ligadas à política e ao próprio Conselho, ocupantes de diversos cargos oficiais. Sem mencionar todos, temos nomes tais como os de Antônio Preto, Diogo de Onhate, Cristóvão Gonçalves, Salvador Pires, Gonçalo Pires, Jorge Moreira e Manoel Ribeiro. Essas considerações são aqui tecidas para que possamos não dimensionar em termos exatos, mas pensar a respeito do número de índios envolvidos no trabalho executado nos quatro importantes caminhos já mencionados. Para tanto, organizemos nossas cogitações considerando três possibilidades, prudentemente entendidas, desde já, como passíveis de análise, uma vez que não estarão de acordo com a exatidão numérica concernente à totalidade do grupo de peças enviado à Ponte Grande, ao Ibirapuera, ao Ipiranga e a Pinheiros. [p. 28]

Cumpre, porém, enunciar que não é essencialmente indispensável — para o intento que ora perseguimos — obter o número exato de peças mandado à lida, mas sim contribuir para o entendimento de que, no episódio em questão, a quantidade de escravos reunida pelos moradores não foi pouco significativa. Feita a ressalva relativa ao dimensionamento talvez apenas aproximado que agora levaremos a cabo, bem como à asserção acerca da dispensabilidade do alcance da precisão numérica na questão ora analisada, verifiquemos as possibilidades pouco atrás enunciadas: 1) cada um dos moradores nomeados pela Câmara enviou uma peça, contribuindo para que, ao todo, 46 escravos trabalhassem na extensa tarefa; 2) cada um dos homens arrolados mandou duas peças, destartecontribuindo para que 92 cativos participassem do trabalho; 3) cada um dos administradores de escravos enviou três de seus administrados, contribuindo para que 138 peças se envolvessem na azáfama coletiva.

Considerada qualquer uma dessas hipóteses como plausível, talvez não seja tão difícil compreender que, na oportunidade em pauta, evidenciou-se uma grande movimentação envolvendo farta escravaria. A Câmara Municipal de Piratininga determinou, sob pena de multa, a formação de um mutirão de trabalho escravo. Cumpre afirmar que em nosso entendimento, a primeira das três hipóteses é a menos passível de plausibilidade, dada a perceptível presença de homens considerados abastados — sempre levando em conta os padrões da São Paulo quinhentista e seiscentista — na lista do Conselho. Contudo, mesmo que a primeira hipótese seja levada em conta, teremos um significativo grupo de escravos em ação. A segunda das hipóteses é, ao que nos parece, nada desprezível, já que não é difícil crer que cada um dos arrolados pela edilidade tenha mandado duas peças para o trabalho, que acabou executado, finalmente, por quase uma centena de cativos. A terceira hipótese não parece ser, de forma alguma, implausível, posto que ceder três cativos não era, para quem tinha muitos outros, algo impossível. Com efeito, a elaboração dessa terceira suposição deu-se pelas características próprias da ata de 23 de maio de 1584, que, diferentemente do que era ordinário 15, arrolou quase meia centena de moradores, sem explicitar precisamente a quantidade de cativos a ser enviada à faina por cada um deles.15 Em grande parte das atas, como suspeitamos já ter deixado claro, a municipalidade determinava o cedimento de duas peças por parte daqueles que possuíssem seis ou mais delas, obrigando os proprietários que tivessem menos de seis a ceder uma peça. Ordinariamente, não se nomeava os moradores, mas sim apontava-se quais os caminhos ou logradouros a receber manutenção, determinando-se que as pessoas que habitavam as adjacências mencionadas acudissem ao trabalho com suas peças. [p. 29]

Isso faz, obviamente, com que necessitemos lançar mão de conjecturas e cogitar hipóteses. Contudo, corroboremos que aqui nosso intento não é o de alcançar a precisão numérica, mas evidenciar a quantidade nada pequena de escravos numa única empreitada. E ainda não comentamos um importante trecho exarado no documento ora em análise, um diminuto trecho que sugere talvez a participação de um número bem maior de cativos no mutirão de maio de 1584. Verifiquemos tal trecho: “[...] cada um será obrigado, ou seja, todos os nomeados devem ir com sua gente” (ACTAS DA CÂMARA, 1584, p. 238).

Essas poucas palavras parecem configurar um indício nada frágil, apontando para a reunião de um grupo mais numeroso que o constante em qualquer das três hipóteses há pouco sugeridas. A menção dos nomeados diz respeito aos moradores constantes nas listas, que elencam os 46 habitantes dos caminhos especificados. Porém, o que mais acena para a possibilidade de cogitação de que o ajuntado de peças foi maior, é justamente o registro de que todos os quase cinquenta proprietários listados deviam acudir ao trabalho com sua gente. Ora, a expressão sua gente não parece aludir a uma ou duas peças de cada proprietário, mas a um grupo delas, um grupo que se agregaria a quase cinco dezenas de outros, formando a grande força de trabalho que atuaria nos caminhos já assaz mencionados. Suspeitamos estar ficando claro que a nossa tentativa de evidenciar a considerável quantidade de cativos nessa empreitada não está, talvez de maneira alguma, destituída de fundamento. Pelo contrário, as evidências que fundamentam nossas assertivas acerca da farta escravaria denotam, indubitavelmente, contornos nítidos, claros.
Registros mencionados (12)
14/08/1575 - Ata da câmara [21449]
1576 - Afonso Sardinha exerceu o cargo de vereador [21040]
03/07/1581 - “que todos os moradores da banda de Ibirapuera façam o caminho, a saber, da casa de Jorge Moreira pelos matos e capoeiras até chegar ao caminho do conselho desta vila, o qual se fará dentro de doze dias, a partir de hoje” [21452]
12/07/1581 - Ata [23277]
23/05/1584 - “os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar” [21453]
10/04/1585 - Representação das Câmaras de Santos e São Vicente ao capitão-mor Jerônimo Leitão, lugar-tenente do donatário, sobre a necessidade de fazer-se guerra aos índios Tupiniquim e Carijó [10559]
14/04/1585 - Foi estipulado o valor do tecido, sendo que quem denunciasse alguma irregularidade nos preços, teria uma recompensa [23860]
14/06/1586 - Sem homens: “o dito procurador requereu aos ditos oficiais que acudissem as pontes, fontes, caminhos e mais coisas que eram obrigados” [21454]
22/02/1597 - “sob pena de quinhentos réis [...] que todos fossem limpar seus caminhos, a saber, os de: Pinheiros [...] Ibirapuera [...] Samambaitina [...] Ipiranga, Ururai e Borda do Campo [...] se fará isto dentro de um mês e cada um mandará conforme as peças que tiver, a metade delas, tendo vinte que mande dez e a este respeito assim fazerem as pontes e passagens” [21455]
01/08/1606 - Expedição* [26384]
11/09/1611 - Baltazar Gonçalves avisa que vai ao sertão, às minas de Caativa, com “o alemão mineiro” [20625]
11/12/1611 - Balthazar Gonçalves declara que pretende ir às minas de Caativa com “o mineiro alemão Oalte ou Bettimk”. Ainda em 1611 Gerrit Bettinck autorizou a venda da herança de seus pais em Doesburg [24285]






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Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1895. Atualizado em 30/10/2025 12:38:26
Relacionamentos
 Cidades (12): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Cubatão/SP, Iguape/SP, Itapecirica da Serra/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Salto de Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (28) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Artur de Sá e Meneses (f.1709), Brás Cubas (1507-1592), Braz Rodrigues de Arzão (1626-1692), Domingos Fernandes (1577-1652), Domingos Fernandes da Cruz (1680-1767), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Hans Staden (1525-1576), João Alvares Coutinho, João Cubas, João Furtado de Mendonça, João IV, o Restaurador (1604-1656), João Martins Claro (1655-1725), João Pires Cubas (n.1460), João Ramalho (1486-1580), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel de Melo Godinho Manso, Mem de Sá (1500-1572), Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero Correia (f.1554), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (42): “o Rio Grande”, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Assunguy, Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Biesaie, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Cachoeiras, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Cruzes, Enguaguassú, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Gentios, Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Maniçoba, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Otinga, Paranaitú, Pela primeira vez, Peru, Pirapitinguí, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos Meninos, Rio Sorocaba, Sabaúma, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Serra de Paranapiacaba, Tupis, Vale do Anhangabaú, Vila de Nossa Senhora da Ponte, Vila de Santo André da Borda, Ybyrpuêra
Registros mencionados (25)
10/08/1540 - Terras para Bras Cubas [22539]
1543 - Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil [20206]
1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]
29/08/1553 - Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" [8154]
1554 - Serafim Leite afirma expressamente que, no ano de 1554, ainda não tinham começado a residir em Piratininga moradores portugueses, daí não existirem filhos deles na Escola de Meninos, em que o Irmão Antônio Rodrigues ensinava a ler, escrever e cantar [21832]
01/03/1554 - Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha* [22438]
30/03/1554 - Anchieta* [25645]
25/04/1562 - Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) [19976]
11/05/1562 - Certidão de Jacome da Mota, escrivão da câmara do Porto de Santos, costa do Brasil [25903]
18/01/1567 - O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha [9937]
14/08/1601 - Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru [23816]
1604 - Falecimento de Afonso Sardinha, "O Moço" [20263]
1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]
30/04/1653 - Pedro de Souza, Administrador das minas, recebeu ordem do Rei Dom João IV para fazer indagações a respeito das minas [21197]
28/11/1657 - Carta régia [1335]
01/01/1658 - O Provedor-Mor Pedro de Sousa Pereira, que já antes visitara Paranaguá para inspecionar a purificação e averiguação das minas, de que se fez, talvez por iniciativa sua, uma planta, tomada pelos holandeses em alto-mar, voltou a percorrê-las em 1658, depois de anunciar-se o descobrimento de nova beta, mais rica do que as anteriores [22531]
16/09/1663 - 12090 [25345]
29/11/1677 - D. Rodrigo foi mandado seguir para o sul, para as minas de Paranaguá e de SABARABUÇU, região onde o movimento "bandeiristico" teve foco em São Paulo [23167]
28/04/1679 - Conde da Ilha do Príncipe reivindicou, perante a câmara de São Vicente, os seus direitos á antiga doação régia [25344]
20/06/1682 - Luiz Lopes de Carvalho recebe o cargo de administrador das minas de prata de Sorocaba, que havia supostamente descoberto: “Por Luiz Lopes de Carvalho irâ sua custa as minas da Prata de Sorocaba com o titulo de Administrador dela” [20912]
15/06/1684 - Reporta [25518]
23/04/1686 - Governador [25516]
08/02/1687 - As minas de Biraçoiaba são referidas em uma carta régia como minas de prata e ferro [20914]
29/11/1698 - Mina de Vituruna [1521]
18/09/1830 - Documento [25741]






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Jorge João, alferes da companhia de Diogo Gonçalves Lasso, “e que viera para o descobrimento de minas”, consegue concessão de terras
26 de janeiro de 1599, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:44
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Francisco de Sousa (59 anos)
 Temas (3): Estradas antigas, Ouro, Vale do Anhangabaú






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Revista da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Tomo XXXV
1932. Atualizado em 23/10/2025 15:54:10
Relacionamentos
 Cidades (3): Rio de Janeiro/RJ, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP
 Pessoas (8) Mestre Bartolomeu Camacho (n.1500), Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Gonçalo Camacho (1525-1600), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Joanna Ramalho (n.1520), José de Anchieta (1534-1597), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)
 Temas (16): “o Rio Grande”, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Cachoeiras, Carijós/Guaranis, Goayaó, Guaianás, Guaianás, Habitantes, Itapeva (Serra de São Francisco), Jurubatuba, Geraibatiba, Juru-Mirim, Nossa Senhora dos Pinheiros, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Serra de Paranapiacaba, Ybyrpuêra
Registros mencionados (3)
1532 - Quando Martin Afonso de Souza subiu ao planalto, Domingos Luiz Grou estava casado com a filha do cacique de Carapicuíba [20665]
15/01/1560 - Santo Amaro [27129]
11/11/1560 - Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri [15157]






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  25/02/2025 04:47:13º de
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Fernão Cardim sobre o caminho
1585. Atualizado em 25/02/2025 04:47:13
Relacionamentos
 Cidades (4): Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Fernão Cardim (45 anos), José de Anchieta (51 anos)
 Temas (11): Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho São Paulo-Santos, Ermidas, capelas e igrejas, Cavalos, Estradas antigas, Léguas, Rio Anhemby / Tietê, Trilha dos Tupiniquins, Tupiniquim, Colinas






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Relatava o procurador aos parceiros quanto estavam danificados os caminhos, pontes e serventias da vila, sobretudo a ponte da fazenda, outrora de Afonso Sardinha, onde chamavam Ibatatá ou Tabatinguera e Guarepe
1 de Setembro de 1622, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:27
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Jorge (42 anos)
 Temas (7): Ambuaçava, Estradas antigas, Gados, Pontes, Tabatinguera, Guaré ou Cruz das Almas, Rio Ypiranga






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Terras
10 de fevereiro de 1598, terça-feira. Atualizado em 30/10/2025 04:54:09
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (2) João Soares, Jorge Moreira (n.1525)
 Temas (9): Caminho do Ibirapuera/Carro, Ybyrpuêra, Estradas antigas, “o Rio Grande”, Rio Pinheiros, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Ipiranga, Pontes, Ponte Grande






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João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1886. Atualizado em 23/10/2025 15:51:07
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 Cidades (9): Bertioga/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Curitiba/PR, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (44) Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Américo Vespúcio (1454-1512), Ana Camacho, Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartholomeu Bueno I (1555-1620), Bernarda Luiz Camacho, Brás Cubas (1507-1592), Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Garcia de Moguér, Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernão d’Álvares (n.1500), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Dias Velho (f.1689), Francisco Dias, Mais velho (1578-1645), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Inês Monteiro de Alvarenga, João Mendes de Almeida (1831-1898), João Pires de Medeiros, João Pires, o gago (1500-1567), João Ramalho (1486-1580), Jorge Ferreira (1493-1591), José de Anchieta (1534-1597), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Maria Pires de Medeiros, Maria Pires Fernandes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Matheus da Ascenção, Mauro Teixeira, Mécia Rodrigues (1602-1665), Mecla-Açu (Mécia Fernandes) (1557-1625), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Piqueroby (1480-1552), Ruy Pinto (f.1549), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Salvador Pires de Medeiros (1580-1654), Salvador Pires, moço (1570-1616)
 Temas (57): “o Rio Grande”, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Apiassava das canoas, Bacaetava / Cahativa, Biscainhos, Caciques, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Descobrimento do Brazil, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Gentios, Goayaó, Graus, Grunstein (pedra verde), Guaianás, Guaianase de Piratininga, Ibiapaba, Ipiranga, Itacoatiara - Ilha do Cardoso, Léguas, Mequeriby, Morpion, Mosteiro de São Bento SP, Nheengatu, Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Visitação, Nossa Senhora de Montserrate, O Sol, Ordem de Cristo, Patuahy, Porto das Almadias, Rio Amazonas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio Cubatão (Nhundiaquara), Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Geribatiba, Rio Juquiri, Rio Pinheiros, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tabajaras, Taperovira, Tapuias, Tumiaru, Tupinambás, Tupiniquim, Ururay, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda, Ytá-pé-bae, Ytutinga

Registros mencionados (5)
1. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
25 de janeiro de 1554

Mais tarde vieram o padre Manoel de Paiva, superior, o padre José de Anchieta, e outros. Fundaram o Colégio de São Paulo em janeiro de 1554; e, desde então, por causa da escravização dos gentios, começou a luta surda e latente entre os padres jesuítas e os que queriam especular com os infelizes nativos.

Entretanto, outra causa não deixara de concorrer originariamente para criar um certo conflito entre os padres da Companhia e os que acompanhavam a João Ramalho: - a fundação da vila de São Paulo, em prejuízo de Santo André. [Página 107]

A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 1554 — 1560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."

Quando os padres da Companhia de Jesus resolveram convidar os nativos para povoarem a sua vila de São Paulo, a fim de ser mais facilitada a catequese, não são mencionados senão Tebir-içá e Cayubi. E até o cronista (Gaspar da Madre de Deus), cujas primeiras narrações já foram transcritas, tratando da escolha do local para a fundação do Colégio da Companhia de Jesus, escreveu:

"Eram os campos de Pirá-tininga habitados nesse tempo por algumas tribos guayanás que obedeciam a Tebyreçá e Cayubi, os régulos que, consentindo no desembarque de Martim Afonso, perseveravam em lealdade para com os brancos, tudo em deferência a João Ramalho. Chegados os padres ao campo, e fitando na formosa miragem do país que ante eles se distendia, fizeram parada nas alturas sobranceiras ao rio Tamanduaethy e ribeiro Anhamgabahú, e ai levantaram um rustico aposento para abrigo, e em que celebrou-se missa a 25 de janeiro de 1554, dia em que se soleniza a conversão de São Paulo, que dai derivou seu nome a povoação que então se começou a edificar naquelas paragens; e, como para essa edificação dependia-se de gente afeita a tais trabalhos, convidaram os jesuítas a Tebyreçá e Cayubi para que com suas tribos viessem levantar seus alojamentos nas vizinhanças do sítio em que haviam feito seu aposento; e assim praticaram, estabelecendo-se Tebyreçá no local em que vê-se hoje o mosteiro de São Bento, e derramando-se os nativos pela área que depois serviu de assento á atual cidade.

Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias. Parece que Piquiroby já era falecido; e ou, aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos", visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga.
2. Antonio Rodrigues de Almeida feito capitão-mór governador e ouvidor ela capitania ele Santo Amaro de Guaibe
22 de setembro de 1557
3. Antonio Rodrigues de Almeida pede terras “(...) até se findar no rio da Tapera do Cacique e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahy”
22 de janeiro de 1560

Em 1560, "um pedaço de terra que, partindo por um regato que está a par do mosteiro de Pirá-tininga, e que irá cortando pelo dito regato até entestar com roças de Fernão Alves, onde foi o primeiro tujipar, e dali irá cortando ao longo do campo até partir com terras de Antonio Pinto, e irá partindo com ele até se findar no rio da Tapera do Cacique, e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahay". [Página 387]
4. Sesmaria a João Ramalho
9 de agosto de 1567

Ha na história silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piquiroby, eis que Martim Affonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininha, e o começou a distribuir sesmarias.

Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Memórias para a história da capitania de São Vicente, I, em nota ao § 154, afirma que Pirá-tininga, ou Piratinim, é um ribeiro, afluente do Tieté: e faz referência ao auto de demarcação das terras de Braz Cubas, feito em São Paulo em 1633, além de uma carta de sesmaria, passada por Jorge Ferreira aos 9 de agosto de 1567.

Supõe mesmo que seja o Tamanduatehy. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), porém nos Apontamentos históricos, geográficos, biográficos, estatísticos e noticiosos da província de São Paulo, no nome Piratininga, o refuta com vantagem, dizendo que, se em documentos antigos ha a palavra rio de Piratininga, é significando que pelos campos desse nome passa um rio. Em verdade, não há notícia de tal rio Pirá-tininga. [Páginas 332, 333, 334, 335 e 336]

** Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Memórias para a história da capitania de São Vicente, I, em nota ao § 154, afirma que Pirá-tininga, ou Piratinim, é um ribeiro, afluente do Tieté: e faz referência ao auto de demarcação das terras de Braz Cubas, feito em São Paulo em 1633, além de uma carta de sesmaria, passada por Jorge Ferreira aos 9 de agosto de 1567.

Supõe mesmo que seja o Tamanduatehy. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), porém nos Apontamentos históricos, geográficos, biográficos, estatísticos e noticiosos da província de São Paulo, no nome Piratininga, o refuta com vantagem, dizendo que, se em documentos antigos ha a palavra rio de Piratininga, é significando que pelos campos desse nome passa um rio. Em verdade, não há notícia de tal rio Pirá-tininga. [Páginas 332, 333, 334, 335 e 336]
5. “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1797

Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Memórias para a história da capitania de São Vicente, I, em nota ao § 154, afirma que Pirá-tininga, ou Piratinim, é um ribeiro, afluente do Tieté: e faz referência ao auto de demarcação das terras de Braz Cubas, feito em São Paulo em 1633, além de uma carta de sesmaria, passada por Jorge Ferreira aos 9 de agosto de 1567.

Supõe mesmo que seja o Tamanduatehy. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), porém nos Apontamentos históricos, geográficos, biográficos, estatísticos e noticiosos da província de São Paulo, no nome Piratininga, o refuta com vantagem, dizendo que, se em documentos antigos ha a palavra rio de Piratininga, é significando que pelos campos desse nome passa um rio. Em verdade, não há notícia de tal rio Pirá-tininga. [Páginas 332, 333, 334, 335 e 336]
Registros mencionados (54)
1480 - Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay [22414]
27/06/1499 - O navegador espanhol Alonso de Hojeda avista uma terra alagada. O visconde de Porto Seguro supõe que essa terra fosse a das bocas do Açu ou do Apodi, no Rio Grande do Norte. [11225]
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]
01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás [7461]
07/09/1502 - André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a Lisboa depois de terem feito a primeira exploração do litoral brasileiro, do cabo de São Roque a Cananéia. [11875]
10/05/1503 - Resolveu El-Rei D. Manoel nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho, com o titulo de capitão-mór [21936]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
22/01/1531 - Bertioga [26243]
03/03/1531 - Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba” [25971]
22/01/1532 - Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” [9728]
25/01/1532 - Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga [27125]
10/02/1532 - Sesmaria a Ruy Pinto [24364]
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
15/10/1532 - (...) quinze dias do mês de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que o muito magnífico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El Rei. Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brasil, deu ao dito Pedro de Góis, por virtude de um poder paa isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chama Tecoapara (*) e a serra de Tapurihetera que está da banda donde nasce o sol, águas vertentes com o rio de Gerybatyba, o qual rio e terras estão defronte (...) [25004]
30/11/1532 - Hoje não resta dúvida de que o fundador do primeiro núcleo de povoação em Piratininga foi Martim Afonso de Souza [21818]
10/02/1533 - Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo [21990]
04/04/1538 - Concessão de sesmaria no Ypiranga [22004]
01/11/1549 - Leonardo Nunes, o único jesuíta ferreiro, com mais 10 ou 12 meninos e alguns Carijós (Guaranis) partiu para São Vicente [20814]
1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]
08/09/1553 - João Ramalho fundou uma povoação / vila de Santo André [20042]
1554 - Elevação de Santo André da Borda do Campo a vila é confirmada por Bras Cubas [22052]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
22/09/1557 - Antonio Rodrigues de Almeida feito capitão-mór governador e ouvidor ela capitania ele Santo Amaro de Guaibe [21984]
22/01/1560 - Antonio Rodrigues de Almeida pede terras “(...) até se findar no rio da Tapera do Cacique e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahy” [21983]
05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]
08/07/1562 - Anchieta: oitavo dia [23953]
10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga [8749]
16/04/1563 - “sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós” [21989]
09/08/1567 - Sesmaria a João Ramalho [21982]
22/08/1567 - Cubatão [26274]
12/10/1580 - Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) [20121]
17/03/1590 - A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada [22292]
01/06/1592 - Após o falecimento do sogro solicitou terras para os pequenos cunhados* [20489]
04/07/1598 - Para a fundação do mosteiro foram concedidas pelo capitâo-mór Jorge Corrêa duas sesmarias, como vê-se no livro de registros na Thesouraria de Fazenda [21945]
15/04/1600 - Os oficiais da Câmara ratificaram, o que já havia sido feito por seus colegas, a Frei Mauro Teixeira [26681]
1609 - Obra do padre Fernão Guerreiro [21980]
1610 - Concedida sesmaria a João Pires, bisneto de Piqueroby [21988]
1625 - Falecimento de Mécia Fernandes [28370]
01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios* [21937]
18/05/1641 - Câmara de São Paulo cedeu [22001]
19/05/1641 - Fechamento do caminho do mar [23301]
07/06/1644 - Ordem do Rei D. João IV para a descoberta das "tais" minas de ouro e prata [21961]
03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios [21985]
05/02/1654 - Tentativa de invasão da vila de São Paulo [22280]
09/02/1654 - Reunida a camará com o capitão-mór, e pessoas notáveis da vila, entre as quaes o visitador da Companhia de Jesus, o abade do mosteiro de S. Bento, o prior do convento do Carmo e o governador dòo convento de S. Francisco, ordens monásticas já existentes (*), é resolvido conservar a José Ortiz de Camargo no cargo de ouvidor, sem porém poder usar da provisão, até chegar o ouvidor sindicante. Este acordo, ao qual nâo se quiz sujeitar o referido Ortiz [22282]
15/11/1660 - Salvador Correia de Sá suspende do exercício de seus cargos o ouvidor Antonio Lopes de Medeiros e o juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza [21956]
16/11/1660 - Lourenço Castanho Taques, um dos paulistas mais poderosos, escreve uma violenta carta aos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro [21957]
02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" [6584]
28/04/1679 - Conde da Ilha do Príncipe reivindicou, perante a câmara de São Vicente, os seus direitos á antiga doação régia [25344]
05/05/1682 - Carta régia autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto Moreira Cabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro em Araçoiaba [10785]
23/03/1720 - Bartholomeu Paes de Abreu propos ao rei abrir um caminho pelo interior [22000]
23/05/1720 - Morro de Hybyticatú do termo da villa de Sorocaba [21026]
1797 - “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) [22667]
1880 - Revista do Instituto Histórico, Geographico e Ethnographico do Brasil, XL [26244]






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2019
Atualizado em 28/10/2025 04:53:31
O PROGRAMA IMAGÉTICO DA PAIXÃO DE CRISTO DAS ORDENS TERCEIRAS DO CARMO: contraponto entre história, iconografia, materiais e técnicas de esculturas devocionais dos séculos XVII – XIX no Brasil
Cidades (5): Itu/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (2): Brás Cubas, Thimóteo Leme
Temas (4): Ermidas, capelas e igrejas, Conventos, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Nossa Senhora das Graças





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CARTAS DE DATAS DE TERRAS, consulta em Projeto Compartilhar
17 de maio de 2023, quarta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:20:03
Relacionamentos
 Cidades (3): São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tatuapé/SP
 Pessoas (13) Afonso Dias (1555-1622), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Leme (1564-1629), Antonio de Proença (1540-1605), Baltazar Gonçalves, o moço (1544-1619), Bartholomeu Fernandes Cabral (1518-1594), Diogo de Unhate (1535-1617), Francisco Teixeira Cid (f.1594), Gaspar Gomes Moalho, Jorge Moreira (n.1525), Marcos Fernandes o Moço (n.1555), Marcos Fernandes, velho (1530-1582), Pedro Nunes (n.1554)
 Temas (10): Caminho da Cruz (Estrada Velha), Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Piquiri, Estradas antigas, Guaré ou Cruz das Almas, Piqueri, Pontes, Rio Geribatiba, Tabatinguera, Ybyrpuêra

Registro mencionado
1. Diogo de Lara pediu 200 braças no caminho do Piquiri, do segundo ribeiro à mão direita até o Tamanduateí. Recebeu 25 braças em quadra
14 de novembro de 1598

Diogo de Lara - 14/11/1598- Pediu 200 braças no caminho do Piquiri, do segundo ribeiro à mão direita até o Tamanduateí. Recebeu 25 braças em quadra.
Registros mencionados (19)
05/05/1576 - Domingos Rodrigues pediu os chãos das casas que já tinha ha quinze anos. Eram vereadores: Lopo Dias e Afonso Sardinha, Henrique da Cunha era o juiz ordinário e Lourenço Vaz o procurador [21071]
01/07/1583 - Até este mês não havia Livro de Registros em São Paulo e tudo era feito em Livro de Atas da Câmara, depois desta data os registros passaram a ser feitos em livro próprio* [21489]
01/07/1583 - “Tres irmãos convém saber o dito Baltazar Gonçalves e Braz Gonçalves e Marcos Fernandes...” Pediram terras vizinhas a Bartolomeu Fernandes, na rua que vai para a Cruz [21074]
03/07/1583 - Domingos Luiz e seu genro Francisco Teixeira Cid ainda não tinham terras recebem umas “do pinheiro que está acima da vila no caminho de Inguagara, por cima de Salvador Pires”. Mais tarde pedem confirmação desta data [21075]
17/09/1583 - Antonio de Proença chãos no caminho da cruz, junto às roças de Jorge Moreira. Baltazar Rodrigues e Paulo Rodrigues vereadores, João Maciel era escrivão [21077]
26/07/1585 - Gonçalo Pires pede chãos ao lado a Câmara por ter construído a casa da Câmara por ordem do juiz. Diogo de Onhate era o escrivão [21080]
28/07/1585 - Manoel Francisco pede terras nos limites da olaria de Francisco Álvares [21079]
02/05/1592 - Por patente entre a 2 de maio de 1592, foi entregue a Afonso Sardinha, em substituição a Jorge Correa, o lugar de capitão-mór, pois que a vila estava ameaçada pelo nativo [24872]
06/05/1592 - Aleixo Leme queria o quintal de Taipa que foi de Salvador Pires, no buraco de onde se tirou terra para a casa de..... Maciel. Morava em um Outão [21090]
10/06/1594 - Troca entre chãos que Garcia tinha recebido de seu pai e mãe falecidos, com outros de Antonio de Siqueira, morador de Santos [21095]
14/11/1598 - Diogo de Lara pediu 200 braças no caminho do Piquiri, do segundo ribeiro à mão direita até o Tamanduateí. Recebeu 25 braças em quadra [21103]
14/11/1598 - Isabel Rodrigues mulher de Antonio Bicudo, ausente. Chãos entre Manoel de Siqueira, seu genro, e Pedro Nunes e Miguel Fernandes o crespo [21102]
18/12/1598 - Pedro Nunes, Manoel Fernandes e Fernão Marques pedem terras no caminho de Burapoera a começar com João Fernandes, genro de André Mendes [21490]
08/04/1599 - Bartlomeu (sic) Rodrigues genro de Gonçalo Fernandes, casado ha poucos dias. Recebe 50 braças na outra banda do ribeiro indo para os pinheiros de Piratininga [21100]
16/05/1599 - A 16 de maio de 1599, ou pouco antes, já o Governador-geral se achava na vila e S. Paulo [23525]
03/01/1609 - Estevão Ribeiro, o moço – 3/1/1609- Em Embiassaba, entre a tapera de Afonso Sardinha o moço e a capoeira de Afonso Sardinha, ao longo da Lagoa, caminho do Forte [25046]
19/02/1609 - Terras concedidas á Roque Barreto, nos campos do forte, em Carapicuiba [32198]
03/03/1610 - Manoel Homem da Costa e Pascoal Delgado – 3/3/1610- Pedem terras da travessa que está demarcada pelo outão de Antonio de Oliveira até o Anhangabaú, nos arrebaldes da vila indo pelo caminho que vai para o Ibirapoera. São moradores da vila sem chãos até agora. Eram oficiais da câmara: Gaspar Cubas, Francisco Alvarenga e Pascoal Monteiro [23627]
30/06/1640 - Pedro da Silva e Gaspar Sardinha, são netos de conquistadores, casados e filhos. Pedem chãos atrás de S. Francisco para a banda do Anhangabaú [21096]






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“Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1797. Atualizado em 28/10/2025 17:04:59
Relacionamentos
 Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Bertioga/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (15) Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Ana Camacho, Ana Pimentel Henriques Maldonado (1500-1571), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Brás Cubas (1507-1592), Caethana/Catharina Ramalho, Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Garrucho, Gaspar da Madre de Deus (82 anos), João Ramalho (1486-1580), Joseph Vaissète (1685-1756), Luis de Góes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Pero Capico, Pierre-François-Xavier de Charlevoix (1682-1761)
 Temas (25): “o Rio Grande”, Caminho do Mar, Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Colinas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Hospitais, Jesuítas, Léguas, Leis, decretos e emendas, Montanhas, Nossa Senhora dos Pinheiros, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, República, Rio Anhemby / Tietê, Rio Mboy, Rio Mogy, Rio Piratininga, Santa Casa da Misericórdia, Trópico de Capricórnio, União Ibérica, Vila de Santo André da Borda






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“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
2010. Atualizado em 30/10/2025 16:55:16
Relacionamentos
 Cidades (9): Mogi das Cruzes/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP
 Pessoas (26) Antão Rodrigues Pacheco, Beatriz Gonçalves (Sardinha), Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Francisco de Sousa (1540-1611), José Carlos Vilardaga, Luiz Martins, Manoel Pinheiro Azurara (n.1570), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mem de Sá (1500-1572), Nicolas Mastrillo Duran (1570-1653), Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Piqueroby (1480-1552), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Ruy Díaz Ortiz Melgarejo (1519-1602), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Salvador Pires, Sebastião de Peralta, Simão Leitão, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 Temas (23): Antônio Bicudo, Antonio Bicudo de Brito, Léguas, Leis, decretos e emendas, Margarida Bicudo de Brito, Maria de Brito, Minas de Tambó, Ouro, Peru, Piqueri, Pirapitinguí, Portos, Prata, Rio da Prata, Rio Paraguay, Rio Paraíba, Serra de Jaraguá, Tordesilhas, União Ibérica, Ururay, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda, Villa Rica del Espírito Santo
Registro mencionado
1. Os primeiros caminhos em direção ao ouro saiam da Vila de Pirapitinga de São Paulo, sendo terrestres para Minas Gerais e Goiás e fluvial para Cuiabá
1583
Registros mencionados (147)
19/10/1526 - O Navegador espanhol Sebastião Caboto chegou à ilha de Patos [14173]
03/12/1530 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa [12955]
01/03/1536 - Fundação de Buenos Aires* [21887]
1541 - Diante da viabilização da povoação, proporcionada por uma ampla baía fluvial, pelos arredores cultiváveis e por uma abundante população indígena, Domingos de Irala, em 1541, transformou o forte em “cabildo e ayuntamiento con cinco regidores” [395]
1550 - Casamento de Afonso Sardinha, "o Velho", e Maria Gonçalves (filha do Mestre Bartholomeu Gonçalves e Antônia Rodrigues, “a índia”) [27290]
1552 - Irala teria chegado no salto do Avanhandava às margens do rio Anhembi [20647]
26/03/1553 - Chegada a Kariesseba [24787]
20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]
1554 - O processo de conquista empreendido pelos castelhanos no Guairá se iniciou com Garcia de Vergara, que fundou, com 60 espanhóis advindos de Assunção, o povoado de Ontiveros, nas margens do rio Paraná [20651]
1556 - Fundação de Ciudad Real or "El Gauirá" [20180]
1560 - A igreja foi originalmente erguida como uma capela, de estrutura de pau-a-pique e folhagens. Foi a primeira construção religiosa da cidade e foi dedicada a Santo Antônio [20358]
1560 - Fundação de São Miguel Paulista/SP [534]
05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]
11/11/1560 - Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri [15157]
20/05/1561 - Carta à rainha D. Catarina, regente de Portugal durante a menoridade de D. Sebastião, assinada por Jorge Moreira e Joanes Annes [29347]
1561 - Carta feita pelos oficiais da Câmara de São Paulo à rainha D. Catarina [20675]
25/04/1562 - Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) [19976]
1562 - Reunião [28467]
10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga [8749]
05/11/1562 - Os oficiais deram um ultimato para que os moradores terminassem os muros da vila [20452]
08/12/1562 - Em pousadas do vereador Jorge Moreira, estando presentes o juiz ordinário Antônio de Mariz e treze pessoas da governança, assinaram “auto de ajuntamento” em que foi nomeado Salvador Pires procurador dos moradores [20402]
26/06/1563 - Salvador Pires recomendou que nenhum índio fosse levado para fora da vila e que se recolhessem os que estivessem espalhados pelas “taperas”, porque as notícias de uma guerra eminente aumentavam a dependência dos colonos em relação aos gentios aliados para sustentar a defesa de São Paulo [24618]
1566 - Jorge Moreira é dono de terras num lugar chamado Urrutantan (Butantã) [20465]
1568 - Andres de Montalvo aproveitando uma trégua entre os índios, finalmente solicitou uma licença “por ser castelhano” para passar pelo caminho então proibido [20674]
20/03/1569 - Nascimento de Clemente Alvares em São Paulo, filho de Álvaro Rodrigues e de Catarina Gonçalves; foi batizado pelo Padre Anchieta [20216]
1570 - carvoeiro [20332]
1570 - “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania” [20338]
1570 - O mesmo Melgarejo funda Villa Rica del Espiritu Santo, distante 60 léguas de Ciudad Real. Levava com ele mais cavalos que homens: 40 vecinos e 53 cavalos [20653]
22/06/1572 - “todo o povo da vila” recomendava que ninguém ajuntasse índios para serem levados ao Rio de Janeiro [20459]
1575 - Melgarejo já com os títulos de tenente-governador, capitão-geral e justiça maior de Ciudad Real e Villa Rica, tentou desenvolver a mineração de ferro e pareceu sonhar com algum ouro ou prata [20654]
1575 - Afonso Sardinha aparece em Livros de Atas e de Registro da Câmara de São Paulo [8212]
04/02/1575 - Domingos Grou se dirigiu ao Rio de Janeiro [20646]
24/12/1576 - “Há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal, pois não tinha botas” [20501]
1578 - Registros indicam ouro [20519]
04/08/1578 - Batalha de Kasr-el-Kebir (Alcacer-Kibir) [11551]
1580 - Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)” [7933]
1580 - A descoberta de minas de ouro na Serra Negra contribuiu para o aumento da população (Paranaguá) [21143]
15/11/1580 - Expedição trata dos preparativos feitos na vila [20475]
09/07/1581 - Mandato expedido por Francisco Duarte para que o capitão levasse albanires, ferreiros, carpinteiros e canteiros [23480]
1583 - Os primeiros caminhos em direção ao ouro saiam da Vila de Pirapitinga de São Paulo, sendo terrestres para Minas Gerais e Goiás e fluvial para Cuiabá [20483]
15/04/1583 - Armada de Valdez chega em São Vicente [20445]
15/06/1583 - Os camaristas se queixavam da “grande tormenta de fome” ocasionada pela remessa de gado para a armada de “sua Majestade” [23518]
01/08/1583 - Carta de Diogo Flores Valdez* [20451]
10/08/1583 - No dia 10 de agosto, registrava-se, nas atas, provisão do capitão-mor, Jerônimo Leitão, ordenando que os habitantes remetessem 200 reses para a armada, estacionada em Santos [23519]
14/09/1583 - “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes” [21052]
11/02/1584 - Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe [26980]
04/08/1584 - Apesar de desempenhar funções no concelho desde os anos 1570, em 1584 houve uma tentativa de impedir que Domingos Luis assumisse cargos na república, por “não haver entrado até agora em oficio”. Naquele momento, seu passado de oficial mecânico deve ter pesado contra ele. [24617]
01/11/1585 - Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós [19962]
20/09/1587 - Assinou, em sinal de cruz, pois era analfabeto, requerimento da Câmara sobre os índios tupiaes que procuravam a vila de livre e espontânea vontade [20485]
1589 - Villa Rica del Espírito Santo teve uma segunda fundação [20658]
1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]
01/04/1589 - Armada partiu de Londres [748]
1590 - Para Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), seguindo Frei Vicente (1564-1639), Gabriel teria vindo ao Brasil em 1590, portanto antes de D. Francisco [26285]
01/12/1590 - D. Francisco foi nomeado substituto de Giraldes, tornando-se o sétimo governador- geral do Brasil, o terceiro escolhido já no contexto da União das Coroas [20513]
05/01/1591 - Frei Vicente fala da morte de Giraldes, mas se sabe que, de fato, o governador nomeado ao Brasil acabou, por problemas na navegação, desembarcando em Santo Domingo, nas Índias de Castela, de onde voltou a Portugal [21776]
01/06/1592 - Após o falecimento do sogro solicitou terras para os pequenos cunhados* [20489]
03/12/1593 - As primeiras notícias que temos sobre a região de Mogi pelas atas da câmara [25173]
05/12/1593 - Depoimento sobre o ataque a Antonio de Macedo e Domingos Luis Grou no rio Jaguari: Manoel Fernandes uma das vítimas [20496]
1594 - Fundação do convento do Carmo em terras doadas por Braz Cubas [21946]
1595 - D. Francisco de Souza atuou mandou que o capitão-mor, loco tenente de São Vicente, Jorge Correa, fosse à Bahia preso para averiguação de algumas denúncias que pairavam sobre ele [20579]
1595 - Manuel Juan de Morales foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão, Wilhelm Glymmer), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba [20377]
22/05/1595 - Aguardando que o capitão-mór os viesse acompanhar na entrada contra os nativos do sertão do Mogí, ora a indagar se receberiam auxílio dos de Santos e de São Vicente ou de pediriam aos do Rio de Janeiro, reuniram-se mais uma vez a 22 de maio de 1595 aqueles angustiados moradores da vila de São Paulo de Piratininga [25374]
1596 - O rio Sapucaí foi descoberto pelo sertanista João Pereira Botafogo entres os municípios de Paraguaçu e Carmo do Rio Claro [20504]
01/02/1597 - Era lida, na Câmara da vila de São Paulo, uma carta dogovernador comunicando a chegada de Diogo Gonçalves Laço, nomeado capitão-mor, “ao efeito do ouro”* [20518]
01/05/1597 - Dom Francisco envia nova carta, cujo conteúdo não foi revelado* [20522]
01/07/1597 - Retorno* [27306]
01/05/1598 - Chegada do governador e de sua comitiva mobilizou as autoridades locais / A igreja matriz, iniciada em 1588, ficara parada durante anos, e a vinda do governador se tornou um pretexto* [20525]
01/10/1598 - D. Francisco partiu para o Sul [13719]
29/10/1598 - “é possível identificar um grande processo distributivo de datas, tratado em sessões da Câmara realizadas em pequenos intervalos, podemos nos perguntar se o assunto tinha ou não relação com as notícias de que o governador se dirigia a São Paulo (...), 27 datas foram distribuídas num pequeno intervalo de três meses” [20530]
14/11/1598 - Afonso Sardinha, o moço, encontrava-se em pleno sertão acompanhado de “alguns mancebos e mais de cem índios cristãos” em demanda de ouro e outros metais / Metalúrgicos se estabeleceram na região / Carijós fogem para Paranapanema [20600]
26/01/1599 - Oficiais alegaram (a d. Francisco) que “parecia bem não ter juiz dos índios” e que o “uso e costume” da terra era que os índios estivessem sob controle do juiz ordinário, ou seja, sob controle dos oficiais da Câmara [20575]
27/05/1599 - D. Francisco por uma provisão autorizava a todos a ir tirar ouro [20261]
15/10/1599 - D. Francisco nomeia Antonio de Proença capitão da gente a cavalo na vila e nas entrada ao sertão [20574]
01/11/1599 - A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* [20591]
1600 - Falecimento de Gaspar Fernandes em sua fazenda de Emboaçava [21165]
15/04/1600 - Os oficiais da Câmara ratificaram, o que já havia sido feito por seus colegas, a Frei Mauro Teixeira [26681]
19/11/1600 - Dentre as demandas de Diogo de Quadros em Valladolid, o exemplo de uma autorização requerida para que os moradores da capitania de São Vicente “pudessem ir livremente com as suas mercadorias ao rio da Prata e que não pagassem direitos das mercadorias da terra que tirassem desta capitania de São Vicente ou do rio da Prata para fora do Reino...” [23436]
01/02/1601 - Francisco da Gama foi nomeado procurador dos índios forros / Antonio Camacho recebeu o direito de advogar na vila* [20564]
11/02/1601 - D. Francisco autorizava a tirar ouro em Monserrate, registrando o interessado cada semana o ouro tirado, pagando os quintos [20604]
07/04/1601 - Preço da carne [20495]
01/07/1601 - D. Francisco partiu de São Paulo, com destino incerto* [20561]
19/07/1601 - Dom Francisco proibiu quem quer que fosse, exceto os Sardinha, de bulir nas minas, enquanto os mineiros que haviam sido solicitados não chegassem para avaliar as descobertas [20601]
14/08/1601 - Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru [23816]
01/01/1602 - Cédula real [20681]
01/02/1602 - Memorial sobre os feitos do capitão Diogo de Quadros, Manuel Pinheiro de Azurara, Martim Roiz de Godoi -mineiro da prata-, Manuel João -mineiro de ferro-, enviado pelo governador do Brasil* [22170]
26/03/1602 - Memorial sobre os feitos do capitão Diogo de Quadros, Manuel Pinheiro de Azurara, Martim Roiz de Godoi -mineiro da prata-, Manuel João -mineiro de ferro-, enviado pelo governador do Brasil [22200]
11/05/1602 - Martim entregou as peças para Damião, antes de partir, em bandeira, para o sertão [20602]
19/07/1603 - Os oficiais da Câmara de São Paulo escreveram uma carta ao governador-geral reclamando de várias coisas, dentre elas a tentativa de Diogo Botelho de cobrar o terço dos índios descidos do sertão [20684]
15/08/1603 - Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais” [21240]
15/09/1603 - Hernando Arias promoveu o primeiro grande ímpeto repressor, reembarcando 28 portugueses clandestinos residentes em Buenos Aires [20618]
09/10/1603 - Con que ordem trajo el dho. negro y su persona por caminos cerrados y contra los bandos de su magestade (ANA-SH v. 36 n. 17 – 9 out 1603). Sobre Pedro de Acosta, que veio com um negro escravo de angola. [23460]
22/11/1603 - Hernando Arias estimula a ida de soldados de Villa Rica pelo mesmo caminho de São Paulo para estabelecer contatos [20682]
23/11/1603 - Pero Vaz de Barros, de São Paulo, acertou com o então ex-governador geral do Brasil, D. Francisco de Souza, a decisão de enviar de 12 a 15 homens pelo caminho [20683]
1604 - Os portugueses que acompanharam Benitez em 1604 o encontraram numa aldeia de índios cerca de sete ou oito léguas da vila de São Paulo, enquanto praticavam uma entrada, ou maloca, e, segundo Pero Barbosa, “hallo alli comodidad para pasar a ella [23369]
01/07/1604 - Certidão apresentada em autodefesa pelo mineiro-mor Manoel Pinheiro Azurara. num processo criminal movido contra ele em Assunção, os camaristas de São Paulo comunicavam que Azurara tentara alocar gentios paras as minas* [20557]
01/08/1604 - Manoel Pinheiro Azurara acompanhado de padres da Companhia de Jesus e do escrivão e tabelião público Belchior da Costa foi às minas de Monteserrate e São Francisco, e lá fez a repartição das minas entre alguns moradores, e “senalou” as de Dom Francisco, naquele momento um morador “comum” da vila de São Paulo* [20423]
10/01/1605 - Diogo Quadros reclama pelos peritos em mineração / voltou a São Paulo, depois de sua missão em Castela, como provedor das minas e com a licença de construir dois engenhos [20630]
1606 - D. Francisco voltou a Portugal, e, depois, a Valladolid, para onde havia se transferido a corte de Felipe III [20514]
20/08/1606 - Provisão [19978]
16/09/1606 - Minas [27572]
27/11/1606 - Provisão de Diogo Botelho ordena que Quadros não abandonasse mais os engenhos de ferro para ir ao sertão [20640]
16/12/1606 - Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares [20607]
1607 - O ferro era extraído das chamadas minas de Tambó, perto da mesma Vila Rica [20639]
18/02/1607 - Diversos homens poderosos, cujos nomes por essa razão não são talvez mencionados, revéis e desobedientes aos mandos das justiças, se aprontavam para ir aos carijós [20278]
05/05/1607 - Carta de Hernando Arias ao rei, sugeriu que pelo menos seis padres da Companhia de Jesus partissem de São Paulo, pela via proibida, para atuar no Guairá [20696]
01/12/1607 - Os oficiais da Câmara Municipal da vila de São Paulo dizem ter recebido a notícia de que "Belchior Rodrigues, de Birapoeira, com forja de ferreiro, queria ir para "Piassava das Conoas", onde desembacarvam carijós e que era um prejuízo para esta vila" [20882]
1608 - João de Santa Ana? dois desaparecidos [20482]
05/10/1608 - Nas Atas da Câmara de São Paulo, o procurador denunciava que índios que se encontravam ao longo “deste rio Anhembi”, que “vinham em paz se meter conosco”, terminavam sendo aprisionados pelos moradores [26961]
1609 - A divisão do Brasil se efetivaria [20450]
1609 - Mineiro Manoel Azurara apareceu em processos judiciais em torno da erva mate em Maracayu, onde estabeleceu negócios [20628]
1609 - A presença desta ordem no Guairá se deu entre 1609 e 1610, quando os padres José Cataldino e Simon Maceta organizaram a primeira redução de Nossa Senhora de Loreto [23465]
03/04/1609 - “muita gente que se vinha para cá, por outro caminho (...) paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar”: O relato de André da Aldeia do Forte [20881]
22/04/1609 - Seja como for, o postulante embarcou assim mesmo, já que o governador Diogo de Meneses comunicava, em carta ao rei, que remetia a Lisboa, preso, o tal Vandale, conforme sugeria provisão de VM [21778]
1610 - “semear muito trigo”, pois a compra do vinho de fora causava prejuízo à vila; “muito bom trigo quase sem nenhuma indústria” e sentia a falta de moinhos [20555]
08/01/1610 - Traslado feito em Santos do pedido de Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, feito em 5/2/1609, por 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro [23984]
08/03/1610 - Sugestão do vice-rei do Peru, Marques de Montes Claros, ao rei [27033]
05/04/1610 - Degredo de João Rodrigues de Almeida [20571]
30/10/1610 - O ferro era de fundamental importância na vila, pois tanto os objetos como as ferramentas feitos deste metal eram amplamente utilizados para o pagamento dos serviços praticados por índios [20638]
31/10/1610 - Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro [20606]
1611 - Pedido de Sesmaria [20479]
12/05/1611 - Epidemia que atingia a vila de São Paulo / D. Francisco está no Sertão [20645]
10/06/1611 - O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil [20084]
11/09/1611 - Baltazar Gonçalves avisa que vai ao sertão, às minas de Caativa, com “o alemão mineiro” [20625]
1612 - Manoel João Branco é um exemplo bastante claro: mineiro de ferro, em pouco tempo passou a ter navios armados para Angola, moinhos de trigo, e uma rede comercial que chegava até a Bahia [20577]
01/08/1612 - Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo* [20285]
20/12/1612 - “desde 1611 os portugueses de São Paulo entravam “de roldon” sacando e levando os índios. Dizia que, com isso, já tinham ido embora mais de três mil índios, e que, não fossem as ações de Torales e de Añasco, que mantinha alguns caciques presos, a região já teria se despovoado” [19986]
1616 - “Processo obrado en la Villa rica del espiritu santo, contra el capn. Franco. Benitez, por haver metido três portugueses por la via de San Pablo” [23457]
21/07/1616 - Salvador Correia alegou que estava averiguando as minas e que havia muito ouro, que a cada dia se descobria mais [20594]
19/04/1621 - Peabiru [27979]
1624 - “Libro de los sucessos del ano de 1624” [20623]
1627 - Os espanhóis que vivem nesta cidade são aproximadamente cinqüenta homens, filhos da boa gente que veio de Espanha para o Paraguai, e se consideram muito ricos porque se contentam com sua pobreza [20657]
1627 - Em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle [20633]
1629 - O procurador de Villa Rica solicitou ao governador a demarcação das jurisdições entre as reduções civis e jesuíticas, e o mestre de campo da mesma localidade, Rodrigo Ortiz de Melgarejo, pedia-lhe que não atendesse à demanda de alguns caciques para se libertarem das encomiendas tornando-se “en cabeza de su magestad” [23466]
21/07/1631 - Saíra de Vila Rica uma força sob o comando do capitão Lourenço de Villalva [20689]
01/01/1632 - Villa Rica del Espírito Santo manteve até 1632* [20659]
20/08/1633 - Oficiais da Câmara de São Paulo, daquele ano, fizeram um termo e o levaram até a aldeia de Barueri para expulsar os padres que ali estavam [23471]
22/08/1633 - “moradores desta vila e mais estantes e habitantes com seus negros vão a aldeia de marui ajudar a defender a jurisdição real porquanto os padres da companhia queriam usurpar fazendo conservador fora do direito e clérigos castelhanos forasteiros...” [22930]
10/09/1633 - O procurador do Conselho e declara que, "a requerimento do povo", exige a expulsão de Antão Roiz Pacheco [1171]
07/06/1634 - Segundo provisão do próprio Felipe IV, os oficiais agiram com “excessotemerário e extorsão”, e quebraram “as portas de seu recolhimento profanando a igreja e as cousas sagradas a que acresce veemente suspeita de que o intuito principal dos ditos oficiais e mais povo daquela capitania é cativar os índios” [23472]
1636 - Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande” [20596]
1636 - Casamento de Bartholomeu de Torales y Contreras e Maria de Góes em Santa Ana de Parnaíba [23368]
07/10/1637 - Documento [20941]
16/09/1639 - O rei espanhol Felipe IV exigiu que Raposo Tavares fosse caçado a qualquer preço e colocado à disposição do Tribunal da Inquisição [8969]
10/07/1641 - Confisco dos bens de Pedro Boeça e castelhanos [21773]
1692 - O governador do Rio de Janeiro, Antonio Paes de Sande, dizia que os paulistas escondiam as verdadeiras informações das minas e teriam sido, inclusive, indiretamente responsáveis pela morte do governador D. Francisco de Souza, já que este morrera de desgosto depois das notícias do assassinato de um mineiro que enviara às minas [20599]
31/05/1692 - Carta de Luis Lopes de Carvalho [20897]
1698 - Relatório de Antonio Paes Sande (1622-1695) [26478]






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“A profecia de Anchieta”, Dalmo Belfort Matos. Correio Paulistano/SP. Página 4
25 de janeiro de 1938, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:54:11
Relacionamentos
 Cidades (3): São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Guarulhos/SP
 Pessoas (8) Domingos Luís Grou (1500-1590), José de Anchieta (1534-1597), Luís da Grã (n.1523), Paulo de Proença Varella (n.1565), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Caiubi, senhor de Geribatiba, Pedro Dias, Terebê (Maria da Grã) (1520-1578)
 Temas (13): Bilreiros de Cuaracyberá, Ermidas, capelas e igrejas, Carijós/Guaranis, Habitantes, Pories, Rio Cubatão, Tamoios, Tupiniquim, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Tabatinguera, Portos, Prata
Registros mencionados (3)
10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga [8749]
11/07/1562 - Vitória de Tibiriça, cacique dos Guaianase de Piratininga [20171]
1600 - São Paulo contava com um pouco mais de 170 moradores, portanto um acréscimo de 80% numa década [20528]






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2 de maio de 2018, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 04:53:31
“O nascimento de São Paulo”, 02.05.2018. Eduardo Bueno
Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (5): João Ramalho, Manuel da Nóbrega, Martim Afonso de Melo Tibiriçá, Tomé de Sousa, Eduardo Bueno
Temas (11): Biesaie, Caaguacu, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Geografia e Mapas, Jesuítas, Léguas, Maniçoba, São Paulo de Piratininga, Tupiniquim, Vale do Anhangabaú
O nascimento de São Paulo
Data: 2018
Créditos: Eduardo Bueno(Mapa





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Ata da Câmara: Haviam animais mas não cavalgavam
14 de julho de 1579, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:13
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Temas (2): Cavalos, Estradas antigas






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Cartas de Datas de Terra (1555 a 1600). Volume I, 1937
1937. Atualizado em 24/10/2025 02:18:59
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Ana Camacho, Antonio Raposo, o Velho (1557-1633), Belchior da Costa (1567-1625), Catarina Dias (1558-1631), Domingos Afonso, Fernão d’Álvares (n.1500), Francisco Pires, Jácome Rodrigues Navarro, João Soares, Jorge Moreira (n.1525), Marcos Fernandes o Moço (n.1555), Marcos Sanches de Paredes
 Temas (9): Caminho do Ibirapuera/Carro, Estrada Real, Ipiranga, Jesuítas, Ponte Grande, Pontes, Tabatinguera, Vale do Anhangabaú, Ybyrpuêra
Registro mencionado
1. Terras
10 de fevereiro de 1598

Posse 10. 02. 1598 em o caminho de Virapoeira em um alto avante da casa de Maria Rodrigues mulher de André de Burgos defunto e de seu genro Domingos Barbosa

(...) que está caminho do Ypiranga o primeiro que se passa e pelo ribeiro ira ao Rio Grande Tamandoatey para a ponte grande e assim outrosim ia cortando direito as terras de Jorge Moreira e dai depois is cortando direito ao caminho que vem de Pinheiros até dar na tapera de Francisco Pires que Deus tem e da dita tapera irá partindo pelo regado que está além de uma tapera que foi de João Soares e por ele abaixou até os Pinheiros e dá no rio grande pelo mesmo ribeiro abaixo e pelo ilegível) [Páginas 79 e 80]
Registros mencionados (3)
10/02/1598 - Terras [794]
16/05/1599 - A 16 de maio de 1599, ou pouco antes, já o Governador-geral se achava na vila e S. Paulo [23525]
10/09/1599 - Gaspar Fernandes na terra ha 38 anos pedia que nos chãos do concelho lhe dessemos cinquenta braças craveiras além do rio que está fora desta vila chamado Anhangobay [21099]






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POVOADORES DE SÃO PAULO - DIOGO DE LARA, O VELHO, data da consulta em Asbrasp
3 de fevereiro de 2024, sábado. Atualizado em 24/10/2025 03:32:08
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 Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Diogo Ordonhez de Lara (1550-1602), Antônia de Oliveira Falcão (1575-1632), Antônio de Oliveira Falcão "Velho" (1580-1613), André Fernandes (1578-1641), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589)
 Temas (4): Caminho do Piquiri, Piqueri, Estradas antigas, Gados
Registro mencionado
1. Diogo de Lara pediu 200 braças no caminho do Piquiri, do segundo ribeiro à mão direita até o Tamanduateí. Recebeu 25 braças em quadra
14 de novembro de 1598

A 14 de novembro de 1598, tendo requerido à Câmara, obteve uma data de chãos para fazer casas e quintal "indo para o Pequiri do segundo ribeiro a mão direita até o rio Tamendoatei". Alegou na petição ter mulher e filhos e que lutara nas "guerras e rebates da terra" (RGCSP, VII, 52).
Registros mencionados (7)
1550 - Nascimento de Diogo Ordonez de Lara [449]
1590 - Diogo de Lara veio para a Capitania de S. Vicente cerca de 1590, casado ou viúvo, trazendo um ou mais filhos, menores [21468]
1595 - Diogo de Lara de casa pela 2ª vez em S. Paulo com Antonia de Oliveira [21475]
14/11/1598 - Diogo de Lara pediu 200 braças no caminho do Piquiri, do segundo ribeiro à mão direita até o Tamanduateí. Recebeu 25 braças em quadra [21103]
1602 - Antonia de Oliveira Falcão, casou a 3ª vez em S. Paulo com o Cap. André Fernandes (irmão inteiro da mencionada Ângela Fernandes) [21477]
29/06/1602 - Faleceu Diogo de Lara antes desse dia, ocasião em que, estando nomeado almotacel, assentaram os oficiais da Câmara que fosse o cargo exercido por seu "sucessor", André Fernandes [21476]
2024 - Nascimento de Antonia de Oliveira [634]






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  24/10/2025 03:11:11º de
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Os primeiros caminhos em direção ao ouro saiam da Vila de Pirapitinga de São Paulo, sendo terrestres para Minas Gerais e Goiás e fluvial para Cuiabá
1583. Atualizado em 24/10/2025 03:11:11
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 Cidades (4): Cuiabá/MT, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Bartholomeu Bueno I (28 anos)
 Temas (24): Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho velho, Estradas antigas, Ouro, Pela primeira vez, Pirapitinguí, São Paulo de Piratininga, Teju-guassu, Caminhos até Cuiabá, Tabatinguera, Rio Ypiranga, Ipiranga, Ybyrpuêra, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Rio Pinheiros, Aldeia de Pinheiros, Guaré ou Cruz das Almas, Ururay, São Miguel dos Ururay, Boigy, Caminho até Mogi, Pontes






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  24/10/2025 02:35:09º de
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Antonio Rodrigues de Almeida pede terras “(...) até se findar no rio da Tapera do Cacique e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahy”
22 de janeiro de 1560, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:09
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Antônio Pinto (n.1558), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (65 anos), Fernão d’Álvares (n.1500)
 Temas (4): Caciques, Mosteiro de São Bento SP, São Paulo de Piratininga, Vale do Anhangabaú






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  23/10/2025 15:36:41º de
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Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão”
1567. Atualizado em 23/10/2025 15:36:41
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Antonio Cubas de Macedo, Brás Cubas (60 anos), Jorge Ferreira (74 anos)
 Temas (14): “o Rio Grande”, Caminho de Piratininga, Caminho do Peabiru, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Gados, Santo Antônio (Sorocaba), Piqueri, Rio Anhemby / Tietê, Santo Antônio do Piqueri, São Paulo de Piratininga, Caminho do Piquiri, Rio Piratininga, Piratininga






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  13/02/2025 06:42:31º de
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Índios ensinaram brasileiro a tomar banho. Por Yasmin Assagra, em Diário do Grande ABC
8 de agosto de 2021, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Pessoas (1) Pedro Álvares Cabral (1467-1520)
 Temas (5): Descobrimento do Brazil, Amazônia, Serra de Paranapiacaba, Nheengatu, Curiosidades







  Rio Tamanduatei
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  25/02/2025 04:41:21º de
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Planta atribuída a Alexandre Massaii
1616. Atualizado em 25/02/2025 04:41:21
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Santos/SP
 Temas (15): Geografia e Mapas, Pela primeira vez, Cavalos, Curiosidades, Nheengatu, Vale do Anhangabaú, Caminho do Mar, Serra de Paranapiacaba, Tabatinguera, Estradas antigas, Caminho São Paulo-Santos, “o Rio Grande”, Piratininga, Caminho de Piratininga, São Paulo de Piratininga


•  A Vila de São Paulo em seus primórdios – ensaio de reconstituição do núcleo urbano quinhentista
1 de janeiro de 2009, quinta-feira
A mencionada planta atribuída a Massaii pelo Professor Nestor Goulart Reis Filho merece minuciosa análise e interpretação, por constituir, sem dúvida nenhuma, a mais remota representação iconográfica do primitivo assentamento paulistano (fig.22). Embora se trate de documento sumário e esquemático, com notações por vezes confusas e incorretas, temos de reconhecer que a interrelação de distâncias existente entre seus elementos constitutivos não foi estabelecida de modo completamente aleatório.

Há decerto erros bastante grosseiros de orientação o convento de São Bento, por exemplo, que até hoje se mantém no mesmo lugar, aparece no mapa situado a poucos passos adiante do colégio jesuítico, imediatamente à direita da Igreja da Misericórdia, edifício que, por sua vez, deveria ter sido locado mais a nordeste.

Assim, observamos que, depois de galgar a “serra de parana piacaba” [sic], e atingir talvez o ponto mais alto onde, ficamos sabendo, havia um pequeno cruzeiro, o caminho procedente do litoral atravessava sucessivamente três cursos d’água, o Rio Pequeno, ou “Garaiba ti miri” [sic, por Jeribatiba-mirim], o Grande, ou “Garaiba ti guoasu” [sic, por Jeribatiba-guaçu], e o “Rio Tamandoatibi” [sic], cujo nome é curiosamente traduzido no mapa (e provavelmente de maneira errônea) por “aguoa de rapoza”. Este último curso d’água aparece transposto duas vezes; a segunda ultrapassagem sendo feita por meio de uma ponte que só pode ser a da Tabatinguera. [Página 73]

À mão esquerda da encosta que conduzia a São Paulo de Piratininga, reparamos a seguir num cruzeiro, que, julgamos, devia ficar em frente do local onde fora erguida a forca em 1587 (ATAS, v.1, p.315), à direita do viandante que chegava à Piratininga, no alto do Outeiro da Tabatinguera, mais tarde conhecido como Morro do Saibro. O odiado instrumento de execução de pena capital, seguidas vezes derrubado pela população piratiningana, seria depois, como veremos, transferido para o futuro Largo da Liberdade.

Em seguida, identificamos uma série de distorções de orientação na reprodução do percurso que o Caminho do Mar fazia nas imediações da vila. Depois de subir a Ladeira da Tabatinguera, o recém-chegado deveria virar para o norte, no intuito de entrar na futura Rua do Carmo (essa mudança de orientação quase não é perceptível no mapa que estamos observando). Passaria então pelo convento dessa denominação, à margem direita da via, atingindo logo a seguir o Mosteiro da Companhia (simplesmente identificado em planta com o nome de Iesus).

No documento gráfico aqui analisado aparecem corretamente representados na parte traseira do mosteiro da Companhia os muros da cerca jesuítica que, sabemos, atingiam a margem esquerda do Tamanduateí. Em contrapartida, a matriz, naquela altura ainda não totalmente concluída, mostra-se erradamente posicionada, pois, deduz-se, sua posição original era muito próxima à da antiga Sé paulistana demolida em 1912. Nesse caso, a matriz deveria ter sido mantida a oeste, sim, porém em ponto abaixo do colégio de Jesus e não imediatamente à sua frente, à esquerda, como aparece no desenho. Um pouco acima da matriz, vemos a Igreja da Misericórdia, e, mais além, temos a ermida de Santo Antônio, sequência de construções que estaria correta se estivesse sido orientada para oeste e não para o norte, como se observa.

Na região correspondente ao atual bairro do Brás, estendiam-se os famosos campos piratininganos. Por eles se espalhavam várias “fazendas”, a respeito das quais o autor da planta faz a seguinte observação: “Serquas de taipa de Pilão e seo vallo asi tem todas ellas co suas arvores e vinhas dentro”, lembrando-nos o que relatou o Padre Fernão Cardim, em 1585, sobre a fartura dos pomares paulistanos, onde marmeleiros, figueiras, laranjeiras e muitas vinhas produziam abundantemente, fazendo o planalto piratiningano parecer “um verdadeiro Portugal” (apud PREZIA, p.311).

A crer no que a planta nos mostra, os muros protetores dessas quintas seriam desprovidos de entradas, sendo feito o acesso por meio de precárias escadas de mão, facilmente eu removíveis, solução engenhosa que procurava garantir a proteção contra os ataques dos indígenas provenientes de Mogi e do Vale do Paraíba, ainda frequentes nos últimos anos do século XVI. Neste caso, o documento talvez pretendesse retratar não propriamente a região leste imediatamente contígua à vila, como se vê, mas uma zona mais recuada, constituída talvez pelo Tatuapé e Piqueri.

Ainda na margem direita do Tamanduateí, observamos um intrigante grupo de caçadores de perdizes nativas (enapupês, Rhynchotus rufescens), aves características dos campos e cerrados, habitualmente caçadas com cães (tiro ao voo), e, um pouco acima, mais ou menos onde deveria iniciar a região do Guarepe, vemos bois vagueando livres pelo pasto, coisa que de fato ocorria nas campinas paulistanas, pois conforme o Padre Cardim estavam elas “cheias de vaccas”, às quais se juntava por vezes gado bravio, que deveria ser imediatamente retirado do local por ordem dos vereadores (ATAS, v.1, p.385) . [Páginas 74 e 75]

Do outro lado da vila, na parte do curso superior do Anhangabaú (Anhagavabahi), uma inscrição nos dá o significado em português do nome desse ribeiro, “aguoa do Rosto do diabo”, numa referência à crença nativa de ocorrerem nesse local aparições do espírito malfazejo Anhangá (PREZIA, p.82). E, em suas margens, na altura, mais ou menos, da atual intercessão das Avenidas Nove de Julho e 23 de Maio, descobrimos instalados dois moinhos d’água, um em cada margem, pertencentes a “Mel Joam” (Manuel João), destinados sem dúvida a moer trigo, produto agrícola muito abundante na São Paulo daquele tempo, segundo o depoimento do mesmo Padre Cardim.

Este detalhe configura-se da máxima importância, pois, é por meio dele que podemos datar com bastante precisão a planta ora sob análise. Em 2 de fevereiro de 1616, os vereadores atenderam a solicitação de um certo Manuel João (certamente o mesmo Manuel João Branco, rico morador de São Paulo que no final da vida decidiu ir a Portugal beijar a mão do Rei D. João IV e presenteá-lo com um pequeno cacho de bananas feito de ouro, a que se refere o historiador Pedro Taques de Almeida Pais Leme, 1714-1777, em sua Nobiliarquia Paulistana). O peticionário solicitava datas de terra para construir dois moinhos, numa paragem que hoje seria impossível de identificar se só pudéssemos contar com a transcrição confusa feita pelo escrivão da Câmara:

“queria fazer dous moinhos em hua agoa saindolhe do caboulo a outra parte fazer houtro da banda dalem de bartolameu glz as quais Agoas nacem na tera diguo tapera de Diogo glz lasso da banda dos pinheiros hu da banda dalem houtro da banda de bartalomeu glz e terras pera hu quintal” (ATAS, v.2, p.375-377).

Como a carta de data de terra concedida vem datada do dia 2 de fevereiro de 1616, deduzimos que a confecção do documento gráfico aqui analisado, registrando os moinhos já construídos, só pode ser posterior de vários meses a essa época. Se supusermos que esses engenhos demoraram cerca de um ano para ficar prontos, teremos de admitir que a planta em questão só poderia ter sido executada a partir de fins de 1616.

Como o Professor Nestor (p. 231) afirma que no ano seguinte Massaii já se encontrava de volta à Europa trabalhando em Portugal, mais precisamente no Algarve, somos induzido a concluir que a planta em exame tenha sido executada ou em fins de 1616 ou logo nos primeiros meses do ano seguinte, levando-se em consideração o largo tempo necessário para que o autor do mapa se trasladasse de navio a Portugal e voltasse a exercer suas atividades profissionais nesse país ainda em 1617.

Retomando a análise do registro iconográfico objeto de nossa atenção, reparamos ainda que, abaixo do largo da matriz, havia um curral. Este abrigo para gado, conjecturamos, deveria estar situado perto da saída para a Vila de Santos, à esquerda do observador que olha a Rua Tabatinguera a partir da várzea, talvez na região conhecida hoje como Baixada do Glicério. A localização de redis era então regulada pela Câmara. Deviam-se distanciar uns dos outros em 60 braças (132 m), segundo postura de 1580, e das demais construções da vila em 300 braças (660 m), de acordo com as posturas de 1583, diminuídas para 200 (440 m) pelas posturas de 1590 (ATAS, v.1, p. 163, 201 e 397). Decerto eram em cercados como esse que se abatiam e retalhavam para o consumo humano as reses criadas soltas nas capoeiras ou campos do Guarepe (ATAS, v.1, p.123).

Quando a caminho do litoral, para servir de aprovisionamento aos navios ancorados no porto ou para alimentar o povo estabelecido à beira-mar, o gado do Guarepe, por culpa dos “pastores”, tinha o mau costume de passar por dentro da vila murada, causando estragos nas construções de taipa e sérios aborrecimentos aos moradores piratininganos (ATAS, v.1, p.98-99 e 387).

Nem tudo, porém, parece verossimilhante no documento cartográfico que estamos apreciando. O autor deve ter-se deixado levar às vezes ou pela imaginação, ou pela desatenção, ou apenas pelo hábito.

Com relação aos caçadores de perdizes, por exemplo, surpreendidos em plena atividade venatória nos campos próximos do Tamanduateí, apresentavam-se muito bem trajados, com longos calções bufantes e chapéus de copa alta e abas estreitas, sobre montarias que se erguiam com garbo sobre as patas traseiras, como nos retratos da orgulhosa e rica nobreza espanhola. Esses caçadores tinham porte aristocrático, em grande contraste com a aparência modesta e descuidada dos quase semidespidos mamelucos paulistanos, enquanto seus cavalos trazem à mente os espécimes apreciados por Fernão Cardim, que os qualificou de ginetes dada a sua boa raça.

Quanto aos elegantes caçadores, seriam porventura membros remanescentes do distinto séquito do requintado e esbanjador D. Francisco de Sousa), sétimo Governador Geral do Brasil (1592-1602) e, depois, entre 1609 e 1611, nomeado Governador da Repartição do Sul do Estado do Brasil (resultante da reunião das capitanias do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente) (R.G.,v.1, p.188-190).

Francisco de Sousa, por volta desses mesmos anos, fixara residência na Vila de São Paulo, à cata de notícias sobre minas de ouro e prata e outros metais existentes na região. A esse respeito, Frei Vicente do Salvador conta que os paulistanos muito se impressionaram com a luxuosa comitiva do fidalgo, pois antes da chegada de D. Francisco, só se vestiam com algodão tinto, não contando com peças de vestuário adequadas nem ao menos para se apresentarem em cerimônias de casamento. No que foi corroborado pelo jesuíta Fernão Cardim, que viu os piratininganos singelamente vestidos com roupas antiquadas e feitas de pano grosseiro:

Vestem-se de burel, e pellotes pardos e azues, de pertinas compridas como antigamente se vestiam. Vão aos domingos à igreja com roupões ou berneos de cacheira sem capa. (p. 173)

Depois da chegada do vaidoso governador tudo teria mudado na vila, segundo o historiador baiano:

Depois que chegou d. Francisco de Souza, e viram suas galas, e de seus criados e criadas houve logo tantas librés, tantos periquitos [altos topetes usados pelos homens da aristocracia de então] e mantos de soprilhos [tecido de seda muito leve e ralo, segundo Bluteau] que já parecia outra coisa. (apud TAUNAY, 1920, p. 163) (informações adicionadas entre colchetes pelo Autor)

Mais um pormenor nos intriga nessa planta. É a aparência da igreja da Companhia de Jesus, representada com seu flanco esquerdo à mostra. Segundo o desenho, a construção possuía nave única, capela-mor e, acima do telhado, assomava algo que parece ser uma alta parede terminada em empena, com duas sineiras (elemento arquitetônico conhecido em espanhol pelo nome de espadaña), em posição perpendicular à fachada principal e recuada em relação a ela, compondo uma tipologia arquitetônica pouco comum entre as igrejas jesuíticas portuguesas (veja-se, por exemplo, o Santuário de Nossa Senhora da Lapa, na freguesia de Quintela, Sernancelhe, erguida pelos jesuítas no século XVII em Portugal).

Além desse, há outro detalhe singular na representação do templo jesuítico: nele não se vê o alpendre que a igreja apresentava desde 1556, e que ainda era mencionado nas Atas paulistanas de 1624 (fig. 23). A alusão feita em documento camarário datado deste último ano pode, porém, ter sido o resultado de um equivoco cometido pelo escrivão da Câmara.

Na Ata do dia 22 de novembro de 1624 são citados os nomes de determinados personagens que deixavam o gado de sua propriedade sujar os adros da vila (da Matriz, do Carmo, da Misericórdia e do Colégio); dias depois, o escrivão transcreve novamente a acusação de que os mesmos personagens deixavam suas cabeças de gado sujar os alpendres dos citados templos (ATAS, v.3, p.144 e 147).

Na vereação do dia 13 de dezembro de 1631. Volta-se a falar na necessidade de se afastar o gado que danificava os adros da vila (ATAS, v.4 , p. 102). Não estaria o escrivão cometendo um lapso, usando uma palavra pela outra, já que a planta atribuída a Massaii, datada dos anos 1616/1617, não traz nenhuma igreja alpendrada dentro da vila paulistana – nem a Matriz, nem o Carmo, nem a Misericórdia, nem o Colégio?

Num aspecto, porém, temos plena certeza de que o desenhista se descuidou.

Foi quando assinalou bosques de pinheiros nativos ao nascente da povoação. Os exemplares representados têm a copa com a conformação cônica típica dos espécimes europeus e em nada sugerem as belas araucárias brasileiras, com sua característica silhueta em forma de taça de champanhe.
Registros mencionados (54)
1480 - Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay [22414]
27/06/1499 - O navegador espanhol Alonso de Hojeda avista uma terra alagada. O visconde de Porto Seguro supõe que essa terra fosse a das bocas do Açu ou do Apodi, no Rio Grande do Norte. [11225]
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]
01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás [7461]
07/09/1502 - André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a Lisboa depois de terem feito a primeira exploração do litoral brasileiro, do cabo de São Roque a Cananéia. [11875]
10/05/1503 - Resolveu El-Rei D. Manoel nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho, com o titulo de capitão-mór [21936]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
22/01/1531 - Bertioga [26243]
03/03/1531 - Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba” [25971]
22/01/1532 - Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” [9728]
25/01/1532 - Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga [27125]
10/02/1532 - Sesmaria a Ruy Pinto [24364]
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
15/10/1532 - (...) quinze dias do mês de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que o muito magnífico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El Rei. Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brasil, deu ao dito Pedro de Góis, por virtude de um poder paa isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chama Tecoapara (*) e a serra de Tapurihetera que está da banda donde nasce o sol, águas vertentes com o rio de Gerybatyba, o qual rio e terras estão defronte (...) [25004]
30/11/1532 - Hoje não resta dúvida de que o fundador do primeiro núcleo de povoação em Piratininga foi Martim Afonso de Souza [21818]
10/02/1533 - Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo [21990]
04/04/1538 - Concessão de sesmaria no Ypiranga [22004]
01/11/1549 - Leonardo Nunes, o único jesuíta ferreiro, com mais 10 ou 12 meninos e alguns Carijós (Guaranis) partiu para São Vicente [20814]
1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]
08/09/1553 - João Ramalho fundou uma povoação / vila de Santo André [20042]
1554 - Elevação de Santo André da Borda do Campo a vila é confirmada por Bras Cubas [22052]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
22/09/1557 - Antonio Rodrigues de Almeida feito capitão-mór governador e ouvidor ela capitania ele Santo Amaro de Guaibe [21984]
22/01/1560 - Antonio Rodrigues de Almeida pede terras “(...) até se findar no rio da Tapera do Cacique e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahy” [21983]
05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]
08/07/1562 - Anchieta: oitavo dia [23953]
10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga [8749]
16/04/1563 - “sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós” [21989]
09/08/1567 - Sesmaria a João Ramalho [21982]
22/08/1567 - Cubatão [26274]
12/10/1580 - Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) [20121]
17/03/1590 - A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada [22292]
01/06/1592 - Após o falecimento do sogro solicitou terras para os pequenos cunhados* [20489]
04/07/1598 - Para a fundação do mosteiro foram concedidas pelo capitâo-mór Jorge Corrêa duas sesmarias, como vê-se no livro de registros na Thesouraria de Fazenda [21945]
15/04/1600 - Os oficiais da Câmara ratificaram, o que já havia sido feito por seus colegas, a Frei Mauro Teixeira [26681]
1609 - Obra do padre Fernão Guerreiro [21980]
1610 - Concedida sesmaria a João Pires, bisneto de Piqueroby [21988]
1625 - Falecimento de Mécia Fernandes [28370]
01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios* [21937]
18/05/1641 - Câmara de São Paulo cedeu [22001]
19/05/1641 - Fechamento do caminho do mar [23301]
07/06/1644 - Ordem do Rei D. João IV para a descoberta das "tais" minas de ouro e prata [21961]
03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios [21985]
05/02/1654 - Tentativa de invasão da vila de São Paulo [22280]
09/02/1654 - Reunida a camará com o capitão-mór, e pessoas notáveis da vila, entre as quaes o visitador da Companhia de Jesus, o abade do mosteiro de S. Bento, o prior do convento do Carmo e o governador dòo convento de S. Francisco, ordens monásticas já existentes (*), é resolvido conservar a José Ortiz de Camargo no cargo de ouvidor, sem porém poder usar da provisão, até chegar o ouvidor sindicante. Este acordo, ao qual nâo se quiz sujeitar o referido Ortiz [22282]
15/11/1660 - Salvador Correia de Sá suspende do exercício de seus cargos o ouvidor Antonio Lopes de Medeiros e o juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza [21956]
16/11/1660 - Lourenço Castanho Taques, um dos paulistas mais poderosos, escreve uma violenta carta aos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro [21957]
02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" [6584]
28/04/1679 - Conde da Ilha do Príncipe reivindicou, perante a câmara de São Vicente, os seus direitos á antiga doação régia [25344]
05/05/1682 - Carta régia autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto Moreira Cabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro em Araçoiaba [10785]
23/03/1720 - Bartholomeu Paes de Abreu propos ao rei abrir um caminho pelo interior [22000]
23/05/1720 - Morro de Hybyticatú do termo da villa de Sorocaba [21026]
1797 - “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) [22667]
1880 - Revista do Instituto Histórico, Geographico e Ethnographico do Brasil, XL [26244]






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Em 1590, os carmelitas chegam a São Paulo, instalando-se na baixada do Tamanduateí
1590. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Temas (1): Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo






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Diogo de Lara pediu 200 braças no caminho do Piquiri, do segundo ribeiro à mão direita até o Tamanduateí. Recebeu 25 braças em quadra
14 de novembro de 1598, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:28
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Diogo Ordonhez de Lara (48 anos)
 Temas (3): Piqueri, Caminho do Piquiri, Estradas antigas






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O que foi o Cerco de Piratininga, o 9 de julho há 462 anos que permitiu São Paulo existir. Por Edison Veiga (Eslovênia), para a BBC News Brasil
9 de julho de 2024, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:18:06
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Pessoas (3) João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (4): Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Jesuítas, Vila de Santo André da Borda
Registros mencionados (1)
09/07/1562 - Nas vésperas da invasão, Tibiriçá foi visitado por seu sobrinho Jaguanharo (filho de Piquerobi) que tentou convencê-lo a se unir aos tamoios, mas sua convicção em sua nova fé prevaleceu e recusou a oferta [23023]






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“Os rios de São Paulo”, 21/08/2019. Eduardo Bueno
21 de agosto de 2019, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Temas (3): Rio Anhemby / Tietê, Vale do Anhangabaú, Estradas antigas
Registro mencionado
1. Muitos pensam São Paulo foi fundada por causa do Rio Tietê, mas de fato este rio só entra na história de São Paulo entre 1630 e 1650. Os rios principais eram o Anhangabaú e o Tamanduateí
1630
Registros mencionados (1)
1630 - Muitos pensam São Paulo foi fundada por causa do Rio Tietê, mas de fato este rio só entra na história de São Paulo entre 1630 e 1650. Os rios principais eram o Anhangabaú e o Tamanduateí [24867]






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O Terreiro e a Cidade nas Etnografias Afro-Brasileiras. Por Vagner Gonçalves da Silva Doutorando em Antropologia - USP
1993. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (3): São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP
 Temas (10): Pólvora, Álcool, Arqueologia, Habitantes, África, Escravizados, Café, Candomblé, Macumba, Colinas
Registros mencionados (1)
01/01/1555 - Cacique* [26866]






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As condições de navegação do rio Tamanduateí foram verificadas pelo tenente-coronel Engenheiro José Antonio Teixeira Cabral
12 de outubro de 1825, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): São Caetano do Sul/SP, São Paulo/SP
 Temas (2): Rio Anhemby / Tietê, Portos






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Antonio Rodrigues de Almeida feito capitão-mór governador e ouvidor ela capitania ele Santo Amaro de Guaibe
22 de Setembro de 1557, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:56:39
Relacionamentos
 Cidades (2): Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Antonio Rodrigues (Piqueroby) (62 anos), Isabel de Gamboa
 Temas (2): Guaimbé, Vale do Anhangabaú






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“requereu o procurador do Conselho, Lourenço Vaz, que a ponte do rio Tamanduateí, que vai para a várzea e para o campo, está para cair e que seja mandado consertar, pela muita serventia que será para este povo, ao que os senhores oficiais mandaram”
22 de Setembro de 1576, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Lourenço Vaz
 Temas (1): Pontes






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Mapa “De Santos até São Paulo”
1894. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (5): Cubatão/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Temas (5): “o Rio Grande”, Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pinheiros, Serra de Cubatão


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