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“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga 2010. Atualizado em 24/10/2025 02:17:31 Relacionamentos • Cidades (9): Mogi das Cruzes/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP • Pessoas (25) Antão Rodrigues Pacheco, Beatriz Gonçalves (Sardinha), Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Francisco de Sousa (1540-1611), José Carlos Vilardaga, Luiz Martins, Manoel Pinheiro Azurara (n.1570), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mem de Sá (1500-1572), Nicolas Mastrillo Duran (1570-1653), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Piqueroby (1480-1552), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Ruy Díaz Ortiz Melgarejo (1519-1602), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Salvador Pires, Sebastião de Peralta, Simão Leitão, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (24): Antônio Bicudo, Antonio Bicudo de Brito, Léguas, Leis, decretos e emendas, Margarida Bicudo de Brito, Maria de Brito, Minas de Tambó, Ouro, Peru, Piqueri, Pirapitinguí, Portos, Prata, Rio da Prata, Rio Paraguay, Rio Paraíba, Rio Tamanduatei, Serra de Jaraguá, Tordesilhas, União Ibérica, Ururay, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda, Villa Rica del Espírito Santo • 1. Mandato expedido por Francisco Duarte para que o capitão levasse albanires, ferreiros, carpinteiros e canteiros 9 de julho de 1581 A preparação da viagem incluía ainda o embarque de engenheiros para a planificação e construção dos fortes do Estreito. Na lista de nomes para engenheiros, estava o sobrinho de Juan Baptista Antonelli, Cristovão, que residia na Catalunha, o próprio Juan Baptista, um genro seu, Tiburcio Spanochi, e Phelipe Terao, que vivia em Lisboa. Mais tarde, documentos fazem referência a um irmão de Antonelli, que assinava somente Baptista Antonelli. Estes engenheiros e oficiais deveriam compor fundamentalmente a população de embarcados para ocupar o Estreito, junto com Sarmiento, como podemos deduzir do mandato expedido por Francisco Duarte para que o capitão levasse albanires, ferreiros, carpinteiros e canteiros. Assim, grande parte dos oficiais mecânicos levados na armada estava destinada aos navios de Pedro Sarmiento, como o carpinteiro Bartolomeu Bueno, sevilhano, o malaguenho Marcus Lopez e o albañil português Antonio Preto, que tiveram seu destino atrelado à vila de São Paulo.
• 2. Carta de Diogo Flores Valdez agosto de 1583 No quadro da viagem de Valdés, a capitania de São Vicente teve um papel bastante relevante. Segundo carta ao rei enviada em agosto de 1583, o almirante ressaltava a necessidade de que VM “no estime poco el Brasil”, pois apesar de pouco povoada, tratava-se de terra rica. A carta exaltava, recorrentemente, a importância de sua chegada num lugar que vivia sob clima de agitação e subversão, visto que a maioria das pessoas da terra era de gente vinda de Portugal e em quem não se podia confiar; além disso, ingleses e franceses frequentavam livremente o litoral. Mas, nesse sentido, São Vicente parecia-lhe diferente, já que era “la (capitania) que VM tiene mas obediente en esta costa y de mejor gente y que es tierra de mas ymportancia que ay em estas partes.” As causas enumeradas, com base nas notícias que colhera, sustentavam a tese de que a terra era rica em minérios. E essa riqueza seria de tal monta que a prata era melhor que a de Potosí. Existiriam ainda cerros de ouro e muito cobre, este último utilíssimo para os engenhos de açúcar. Havia indícios que mostravam a proximidade com as minas de Potosí de, no máximo, trezentas léguas: a circulação de muitos índios chiriguanos e de boatos, junto aos índios, de que no interior existiam homens brancos barbados. Por fim, cita o caso de um português que matara alguém em São Vicente e fugiu a pé para o Peru, onde recolheu certa quantidade de prata antes de voltar a Portugal. Essas notícias davam a certeza a Valdés de que era temerário que a capitania ficasse sob a jurisdiçãode um homem só, como o donatário Pero Lopes de Souza. Ela deveria, isto sim, por sua importância e riqueza, pertencer ao rei, que poderia “recompensar aquello en outra cosa antes que nada desto se entenda” Segundo ele, escolhera três das maiores naus da armada, com seiscentos homens, para que voltassem a São Vicente e Rio de Janeiro, e aliestacionassem e fortificassem a região até receberem novas ordens. Em São Vicente, recomendou que desembarcassem povoadores casados com seus filhos e mulheres para receber mantimentos, pois faltava muito na armada. Depois de enviar Alonso de Sotomayor, pelo rio da Prata, ao Chile, empreendeu uma nova tentativa de cruzar o Estreito, mas de novo foi malsucedido. Para ele, tanto Sarmiento quanto o piloto Anton Pablo tinham dado informações erradas sobre a largura do Estreito, opinião, aliás, compartilhada por Antonelli. [Página 80]
• 3. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe 11 de fevereiro de 1584 • 4. Para Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), seguindo Frei Vicente (1564-1639), Gabriel teria vindo ao Brasil em 1590, portanto antes de D. Francisco 1590 • 5. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza novembro de 1599
1 de junho de 1583, sexta-feira Atualizado em 04/11/2025 18:04:01 Diego de La Ribera, que também ficou no Rio de Janeiro com a missão de liderar a armada em direção ao Estreito, comentava o alívio que representou a chegada das quatro naus com Alcega, mas que elas seriam insuficientes para a missão de abastecer Sarmiento. Reclamava da pobreza e pedia socorro
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas 1915. Atualizado em 25/10/2025 18:24:53 Relacionamentos • Cidades (16): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Ibiúna/SP, Iguape/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Juquiá/SP, Mogi das Cruzes/SP, Paracatu/MG, Paranaguá/PR, Porto Feliz/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP • Pessoas (42) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Agostinho Barbalho Bezerra, Anthony Knivet (1560-1649), Antonio de Lemos Conde, Brás Cubas (1507-1592), Clemente Álvares (1569-1641), Cristóvão de Barros, Diogo de Unhate (1535-1617), Diogo Domingues de Faria (1618-1690), Diogo Pereira Lima, Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Fernão Paes de Barros (n.1632), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel de Lara (f.1694), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Inácio de Siqueira, Jaime Comas (Jayme Commere), Jerônimo Leitão, João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), João Coelho de Souza (f.1574), João de Barros de Abreu (n.1560), João IV, o Restaurador (1604-1656), John Whithal (João Leitão), José da Silva Ferrão, José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830), Leonardo Nunes, Luís Gonzaga da Silva Leme (47 anos), Martim Correia de Sá (1575-1632), Mem de Sá (1500-1572), Orville Derby (48 anos), Pandiá Calógeras (29 anos), Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Salvador Jorge Velho (1643-1705), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos), Thomas Cavendish (1560-1592), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (40): “o Rio Grande”, Caminho de Piratininga, Caminho de São Roque-Sorocaba, Caminho do Peabiru, Curiosidades, Ermidas, capelas e igrejas, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Guerra de Extermínio, Itapeva (Serra de São Francisco), Leis, decretos e emendas, M. Itapucú, Minas de Itaimbé, Minas do Geraldo, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Ouro, Paranaitú, Peru, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio das Velhas, Rio Itapocú, Rio Jaguari, Rio Jequitinhonha, Rio Mogy, Rio São Francisco, Rio Sapucaí, Rio Sorocaba, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Sabarabuçu, Sarapuy / Sapucay, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra de Jaraguá, Tamoios, Temiminós, União Ibérica, Ytutinga ![]() • 1. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe 11 de fevereiro de 1584 • 2. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza novembro de 1599 Pelas narrativas de Knivet se confirma que d. Francisco de Sousa pouco se demorou em S. Vicente. quando veio ao sul, em 1599, a promover a exploração das minas. Em novembro desse ano, quando Salvador Correira chega a Santos, a chamado do governador geral, levando-lhe auxilio de gente e munições para as entradas ao sertão, já o ativo governador estava a muita léguas no interior, distante de S. Paulo, na serra de Araçoiaba, cuja fama, como vimos, a fazia conhecida como montanha de todos os metais. D. Francisco não se demorou em fazer seguir uma expedição á serra da Mantiqueira, que Anthony Knivet designa como "um sítio chamado Itapusik" e que evidentemente é como uma erronia de Itapucú, que ele, em outra parte da narrativa, assinala como Itapuca, querendo dizer monte de pedras compridas, trecho da Mantiqueira que é hoje o Pucú ou Pedra do Pecú, por onde, dois anos antes, passara a malograda expedição de Martim de Sá, em perseguição dos tamoyos. Anthony Knivet, que já estivera no lugar, teve ordem de seguir na expedição, a qual mui provavelmente se meteu a caminho de novembro e dezembro de 1599. Knivet não a descreve com as minúcias com que trata de tantas outras em que antes tomara parte; resume-lhe os fatos e muito pouca coisa; diz que se acharam em Itapucú minas não vulgares, e, por prova, trouxeram de lá uma porção de terra aurífera e algumas pepitas de ouro, encontradas em terreno de aluvião, com o que muito se alegrou o governador comunicando o fato para o reino e pedindo permissão para examinar si essas minas eram ou não lavráveis. Restituído a Salvador Correia, que tornara ao Rio sem aguardar os resultados da expedição de Itapucú, voltou o prisioneiro inglês aos seus misteres antigos, na lavoura da cana. Perece, porém, que pouco tempo se demorou no engenho de açúcar de seu amo, porque foi por este mandado para as bandas da serra dos Órgãos, que o narrador chama Orgelen, talvez acompanhando a Martim de Sá na sua expedição contra os tomiminós do baixo Parahyba. [Páginas 387 e 388] [1]
Julho de 2013 Atualizado em 30/10/2025 09:47:30 Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo*
• 1°. Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil Ao ser chamado em 11 de novembro de 1592 à Mesa de Consciência e inquirido como era de praxe sobre a sua genealogia, Ribeiro informou não ter conhecido os avós paternos. Os maternos eram Rodrigo de Argolo, nobre castelhano que chegara à Bahia em 1549 com o primeiro governador geral, Tomé de Sousa, e Joana Barbosa. Possuía tios por parte do pai moradores de Viseu que não sabia os nomes, um irmão estudante em Coimbra e duas irmãs moradoras de Jaguaribe. Joana de Argolo, viúva de Diogo Correa de Sande, senhor de um engenho vizinho ao de Gabriel Soares e de Fernão Cabral de Ataíde, famoso pela Santidade e Helena de Argolo, casada então com Manuel de Sá Souto Maior. Na mesma localidade moravam seus tios maternos, Paulo de Argolo e Ana, “mulher que fora de Gabriel Soares”. Ribeiro recebeu uma sentença leve; penitências espirituais e o pagamento das custas do processo. • 2°. Nascimento de Bernardo Ribeiro No dia 29 de julho de 1591, Bernardo Ribeiro foi denunciado pelo vigário da Igreja de Nossa Senhora do Socorro de Tasuapina, o padre João Fernandez, por afirmar após se recuperar de uma doença grave que a fé sem obras bastava para a salvação da alma. Apesar da aparente simplicidade do crime frente a outros como as idolatrias e as sodomias ouvidas pelo visitador e mais conhecidas por terem sido bem exploradas pela historiografia brasileira, Ribeiro incorria num grave delito, determinante no momento de cisão da Igreja Católica. Filho de Maria de Argolo e de Antonio Ribeiro, provedor da fazenda, nascido na Bahia, solteiro, tinha cerca de trinta anos naquele tempo e, segundo consta, era “magro”, “trigueiro” e um tanto altivo. O processo se prolongou por quase dois anos e contém oitenta e dois fólios.3 Iniciou-se no mesmo momento da preparação da viagem de Soares e só foi concluído em 19 de dezembro de 1592, mais de seis meses após o seu falecimento. • 3°. Testamento Seu destino final era a Espanha, como declara em seu testamento lavrado em agosto de 1584, na Bahia (SOUSA, 1974:301). Embarcou numa grande nau carregada de açucares que ancorou no porto de Pernambuco, parada de abastecimento de água e víveres, graças ao conhecimento e orientação do navegador Pedro Sarmiento de Gamboa. Este, vindo numa embarcação carregada com mil quintais de pau brasil do Rio de Janeiro para buscar lenha, víveres e roupas para uma viagem de retorno ao Estreito de Magalhães, teve que lançar mais de trezentos quintais de pau no mar por falta de fundo. Sem outro piloto que se atrevesse, Sarmiento sondou os fundos num batel e acenando com uma bandeira permitiu que a sua nau ancorasse sem perigo. Atrás dela vinha a que se encontrava Gabriel Soares (MENDONZA, 1866:402). Não se sabe a data exata em que desembarcou na corte nem os caminhos que percorreu no tempo em que esteve pleiteando autorização oficial, garantias, privilégios e recursos humanos e materiais para realizar uma expedição inédita de desbravamento, reconhecimento e procura de metais preciosos nas cabeceiras do rio São Francisco. [Página 2] Soares de Sousa não teve filhos, legítimos nem ilegítimos e sua família no Brasil se restringia aos parentes de sua mulher. Nada foi legado para estes em seu testamento, nem mesmo para sua esposa. Para ela pedira apenas que fosse enterrada junto a ele na Capela mor de São Bento, o que não se realizou porque ela se casou novamente. Deixou para duas irmãs viúvas residentes em Lisboa, Margarida de Sousa e Maria velha, certa quantia. Preocupou-se especialmente com seu cortejo, campa, lápide e salvação, determinando que fosse rezada uma missa para sua alma enquanto o “mundo durar”. Quinhentos cruzados foram destinados para cinco moças pobres (uma ajuda para os seus casamentos) e quarenta mil reis para a Santa Casa da Misericórdia. Informou sobre um livro de contas a ser visto para que se liquidassem todas as suas dívidas vendendo seus bens e finalmente legara o que sobrava para o Mosteiro de São Bento (Sousa, 1974: 297-301). Nenhuma referência a qualquer outro familiar morador da Bahia. Ao contrário, assim como não herdara nada, nada legara. [Páginas 8 e 9] O advogado, jornalista e historiador Cláudio Ganns, responsável pela descoberta e divulgação do manuscrito espanhol do Tratado descritivo e de um a bibliografia exemplar deste, se autodefinira certa vez como um homem habituado a “pecar pela franqueza” (1943:212). Seu comentário é bastante contundente: Portanto- agora- Gabriel Soares aparece com tendo enriquecido no tráfico de índios. Como conciliar esta aptidão, de cubiça desvairada, para os bens materiais, adquiridos por forma criminosa com o seu “testamento”(1584), ao qual deixa “toda a sua fazenda” aos beneditinos?E, ademais, como conciliar esse último despreendimento, em vésperas de partir para a Europa, com a embriaguez dos descobrimentos (prata e esmeraldas) que o faz esperar aqui, de 5 a 7 anos, pelas licenças reais e o levou a caminhar, logo a seguir, atrás deste espelho enganador (1591), em que vem a morrer?(1958:157). [Página 13] • 4°. Gabriel Soares ao porto de Pernambuco* • 5°. Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil • 6°. Teve início a santa visitação, preludiada por grande pompa Em algum momento entre o seu retorno e fim da sua expedição, o que temia veio a acontecer: o texto que oferecera na corte chegou ao conhecimento dos padres jesuítas. Contudo não chegou a sofrer qualquer consequência direta ou indiretamente, estava certamente muito bem amparado por concessões régias além de envolvido em seu empreendimento tão custoso do qual não retornaria. Não podemos deixar de considerar o fato do primeiro visitador do Santo Ofício em terras brasileiras mancomunar-se com os “homens bons” do lugar, como observou Ronaldo Vainfas (1997:8). As suas acusações não chegam a corresponder à lista dos delitos expostos no Edito de fé e Monitório publicados em Salvador em 28 de julho de 1591, concedendo o período da graça por trinta dias aos seus moradores e arredores. No entanto, como notou Vainfas, a chegada da Primeira visitação do Santo Ofício provocou uma onda de medo, destruiu famílias e amizades. Coincidentemente, o sobrinho indireto de Gabriel Soares foi um dos primeiros delatados. [Página 7] • 7°. No primeiro dia da graça, 29 de julho de 1591, compareceu à Mesa do Santo Ofício, sem ser chamado, o padre Frutuoso Álvares (65 anos), vigário da igreja de Nossa Senhora da Piedade de Matoim No dia 29 de julho de 1591, Bernardo Ribeiro foi denunciado pelo vigário da Igreja de Nossa Senhora do Socorro de Tasuapina, o padre João Fernandez, por afirmar após se recuperar de uma doença grave que a fé sem obras bastava para a salvação da alma. Apesar da aparente simplicidade do crime frente a outros como as idolatrias e as sodomias ouvidas pelo visitador e mais conhecidas por terem sido bem exploradas pela historiografia brasileira, Ribeiro incorria num grave delito, determinante no momento de cisão da Igreja Católica. Filho de Maria de Argolo e de Antonio Ribeiro, provedor da fazenda, nascido na Bahia, solteiro, tinha cerca de trinta anos naquele tempo e, segundo consta, era “magro”, “trigueiro” e um tanto altivo. O processo se prolongou por quase dois anos e contém oitenta e dois fólios.3 Iniciou-se no mesmo momento da preparação da viagem de Soares e só foi concluído em 19 de dezembro de 1592, mais de seis meses após o seu falecimento. • 8°. Carta do Padre Amador Rebelo de Lisboa ao Geral da Companhia, datada de 18 de abril de 1592, recomendando que caso El-Rei solicitasse padres para a expedição do “capitão” Gabriel Soares não lhes concedesse Mas é o próprio Serafim Leite quem contradiz a informação de que os jesuítas só teriam conhecido os Capítulos por via de “um parente” de Soares ao mencionar uma carta do Padre Amador Rebelo de Lisboa ao Geral da Companhia, datada de 18 de abril de 1592, recomendando que caso El-Rei solicitasse padres para a expedição do “capitão” Gabriel Soares não lhes concedesse. Por diversos motivos. Por sua expedição ser um pretexto para “tomar e saltear índios”, devido aos práticos informarem sobre a inexistência de minas, pelo perigo dos religiosos nunca mais retornarem e especialmente por “querer mal aos Nossos, manifestamente, como mostram os Capítulos e falsos testemunhos que neste reino deixou”. Acrescenta ainda, de acordo com Leite, que “nenhum Superior de outras Ordens quis dar Padres para ir com Gabriel Soares” (LEITE, 1938:179). A missiva é intrigante. Confirma a mercê de “Capitão” recebida por Soares, todavia é incompatível cronologicamente com outros dados. O aventureiro já embarcara de volta ao Brasil na data da carta e com quatro religiosos, nenhum deles jesuíta. Rebelo, procurador do Brasil em Lisboa, ratifica saber dos Capítulos antes da sua chegada às mãos dos padres no Brasil reconhecendo inclusive o título com o qual o texto seria posteriormente arquivado. E, por fim, revela que o próprio Gabriel Soares divulgava suas queixas, deixando rastros de suas críticas. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Páginas 8 e 9] • 9°. 4° Congregação provincial Importantes quadros da Companhia de Jesus reunidos em Salvador em 1592 foram unanimes em negar todas as acusações contra eles encaminhadas a Felipe II pelo colonizador português Gabriel Soares de Sousa. Pronunciaram-se escandalizados de “tão baixas palavras, e torpes juízos”, identificando o “quão azedo” se encontrava “o peito” donde saíam (SOUSA, 1942:372). A expressão “peito azedo” que pode ser traduzida como “coração amargurado”, manifesta um dos lados da sua defesa, a bem dizer, o âmbito pessoal e íntimo com o qual pretenderam minimizar as denúncias do explorador quinhentista. Séculos mais tarde, Antônio Serafim Leite classificou os mesmos Capítulos escritos pelo senhor de engenhos contra os inacianos que atuavam na América portuguesa como “mexericos de soalheiro” (SOUSA, 1942:344). De fato tanto as acusações quanto as réplicas tratam muitas vezes de pormenores como a quantidade de porcos, vacas, galinhas, currais e lançam mão de queixas, desavenças e injúrias tão próprias ao cotidiano que parecem de menor valor. Este diz que me disse, cheio de picuinhas é, no entanto, extremamente comum neste tipo de escrita assim como sua desqualificação historiográfica. Como destacou num artigo recente a historiadora Mary Del Priore (2013:22), mexericar era uma forma de distração tão corriqueira que chegou a obter um item específico no Livro V das Ordenações Filipinas do século XVII: Por se evitarem os inconvenientes que dos mexericos nascem, mandamos que se alguma pessoa disser à outra que outrem disse mal dele, haja a mesma pena, assim cível como crime que mereceria, se ele mesmo lhe dissesse aquelas palavras que diz que o outro terceiro dele disse, posto que queira provar que o outro o disse (Lara,1999:267). Os Capítulos que Gabriel Soares de Sousa deu em Madrid ao SR.D. Cristóvam de Moura contra os padres da Companhia de Jesus que residem no Brasil com umas breves respostas destes mesmos padres que deles foram avisados por um seu parente a quem os ele mostrou retratam estes fuxicos de uma vivência próxima e tensa entre os moradores do primeiro século do Brasil colonial. Aproxima-se de uma subliteratura, pelo seu gênero indefinido, seu teor panfletário, polemico e conjuntural. Por outro lado, testemunha uma história não tão interessante do ponto de vista de um retrato apologético e edificante seja da Igreja, seja da colonização brasileira, ou de ambas simultaneamente. Esta crônica quase jornalística envolvendo os conflitos entre aqueles que a princípio estariam do mesmo lado no processo colonizador, colonos portugueses e jesuítas, é por si só interessante, mas permite principalmente uma investigação que se abre como um leque para temáticas referenciais tanto da história colonial e da historiografia brasileira quanto da renovada história da Igreja e das religiosidades. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Página 1] Sabemos positivamente que uma cópia chegou ao então provincial Marçal Beliarte no Brasil e este encaminhou o material para diversos clérigos mais experientes na vivência na colônia para que respondessem as informações prestadas pelo colono português. As réplicas foram assinadas por vários membros da Companhia de Jesus que participaram da quarta Congregação provincial convocada para 25 de maio de 1592 na Bahia (BARBOSA, 2006). A data da assinatura final do documento é de 13 de setembro de 1592, quando Gabriel Soares seguramente já estava morto uma vez que a abertura do seu testamento se dera em 10 de julho deste mesmo ano. As Respostas apresentam o mesmo tom exaltado das Informações. Denunciam os maus tratos recebidos pelo gentio da parte dos colonos, os interesses particulares de Gabriel Soares no apresamento dos indígenas, suas atividades de venda de índios e a segurança que tinha em denunciar sem averiguar suas informações de que os apontamentos dados em Madri seriam “impossíveis virem ao Brasil” (1942:360). Apesar de todo esmero em responder minunciosamente cada artigo, as Respostas não tinham como destino qualquer exposição pública. A assinatura de padres do gabarito de Marçal Beliarte, Ignácio Tholosa, Rodrigo de Freitas, Luís da Fonseca, Quiricio Caxa, Fernão Cardim, Luis da Grã e José de Anchieta confirmam a importância das acusações, porém sua finalidade se encontrava em rebater imediatamente e se antecipar à chegada das críticas ao superior em Roma. [Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo. Página 10] • 10°. Assinatura final do documento Sabemos positivamente que uma cópia chegou ao então provincial Marçal Beliarte no Brasil e este encaminhou o material para diversos clérigos mais experientes na vivência na colônia para que respondessem as informações prestadas pelo colono português. As réplicas foram assinadas por vários membros da Companhia de Jesus que participaram da quarta Congregação provincial convocada para 25 de maio de 1592 na Bahia (BARBOSA, 2006). A data da assinatura final do documento é de 13 de setembro de 1592, quando Gabriel Soares seguramente já estava morto uma vez que a abertura do seu testamento se dera em 10 de julho deste mesmo ano. • 11°. Depoimento de Bernardo Ribeiro Ao ser chamado em 11 de novembro de 1592 à Mesa de Consciência e inquirido como era de praxe sobre a sua genealogia, Ribeiro informou não ter conhecido os avós paternos. Os maternos eram Rodrigo de Argolo, nobre castelhano que chegara à Bahia em 1549 com o primeiro governador geral, Tomé de Sousa, e Joana Barbosa. Possuía tios por parte do pai moradores de Viseu que não sabia os nomes, um irmão estudante em Coimbra e duas irmãs moradoras de Jaguaribe. Joana de Argolo, viúva de Diogo Correa de Sande, senhor de um engenho vizinho ao de Gabriel Soares e de Fernão Cabral de Ataíde, famoso pela Santidade e Helena de Argolo, casada então com Manuel de Sá Souto Maior. Na mesma localidade moravam seus tios maternos, Paulo de Argolo e Ana, “mulher que fora de Gabriel Soares”. Ribeiro recebeu uma sentença leve; penitências espirituais e o pagamento das custas do processo. • 12°. Conclusão do Processo No dia 29 de julho de 1591, Bernardo Ribeiro foi denunciado pelo vigário da Igreja de Nossa Senhora do Socorro de Tasuapina, o padre João Fernandez, por afirmar após se recuperar de uma doença grave que a fé sem obras bastava para a salvação da alma. Apesar da aparente simplicidade do crime frente a outros como as idolatrias e as sodomias ouvidas pelo visitador e mais conhecidas por terem sido bem exploradas pela historiografia brasileira, Ribeiro incorria num grave delito, determinante no momento de cisão da Igreja Católica. Filho de Maria de Argolo e de Antonio Ribeiro, provedor da fazenda, nascido na Bahia, solteiro, tinha cerca de trinta anos naquele tempo e, segundo consta, era “magro”, “trigueiro” e um tanto altivo. O processo se prolongou por quase dois anos e contém oitenta e dois fólios.3 Iniciou-se no mesmo momento da preparação da viagem de Soares e só foi concluído em 19 de dezembro de 1592, mais de seis meses após o seu falecimento. [p. 8]
Biblioteca Genealógica Brasileira VI. Os Camargos de São Paulo. Francisco de Assis Carvalho Franco 1943. Atualizado em 31/10/2025 03:26:21 Relacionamentos • Cidades (4): Assunção/PAR, Rio de Janeiro/RJ, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (7) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Francisco de Assis Carvalho Franco (57 anos), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Pedro Collaço Vilela, Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), João Pires, o gago (1500-1567), Marcos Fernandes, velho (1530-1582)
Pacha Kutiy Inqa Yupanki, consulta em Wikipédia (data da consulta) 19 de janeiro de 2024, sexta-feira. Atualizado em 30/03/2025 22:55:02 Relacionamentos • Pessoas (3) Pacha Kutiy Inqa Yupanki (1408-1474), Viracocha Inca, Mama Runtu • Temas (2): Incas, O Sol
14 de outubro de 1597, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 00:52:33 D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas ![]() Data: 1915 Página 367(mapa(.284.(.283.(.282.
1625 Atualizado em 31/10/2025 00:52:32 “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet” ![]() Data: 1915 Créditos: Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas Página 381
• 1°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe • 2°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava Do Espirito Santo ha certeza que Domingos Martins Cão fez uma expedição a procura das esmeraldas por ordem de D. Francisco de Sousa, quando este ainda estava na Bahia, isto é, antes de 1598. Ha ainda notícia de uma expedição feita no mesmo ou no seguinte ano por ordem de D. Francisco de Sousa. Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600. • 3°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru Aqui os canibais não estime mais de ouro, ou pedras preciosas, então Armazene de ouro. de todas as pedras nas ruas: se os espanhóis tivessem conhecidos deste País, eles não precisavam ter ido para Peru, não há igual para todos os ricos metais e muitos tipos de pedras preciosas. Neste lugar Eu vivi dezoito meses, e fui nu como os Canibais fez. Depois que tivemos Passando por este País, chegamos a um Rio que corre de Tucumã para o Chile, onde demoramos quatro dias fazendo Canoas passar o Rio, pois havia tantos crocodilos, que não ousávamos passar por medo deles: depois de passarmos por este Rio, chegamos à Montanha de todos Metais. Neste local há vários espanhóis e portugueses foram, e certos homens fora da lei foram lançados em terra nesta costa por um tal Pedro de Sarmiento, que veio a este lugar, e instalou uma grande Cruz, e nela escreveu que o País era o Rei da Espanha; o que eu publiquei, e escrevi que era a Rainha da Inglaterra. Esta colina é de diversos tipos de Metais, Cobre e Ferro, algum Ouro, e grande estoque de Quicke-prata. É muito alto, e totalmente nua, sem nenhuma árvore. Aqui também foi feita uma igrejinha, onde encontramos duas imagens, uma de Nossa Senhora e outra de Cristo crucificado. Quando os Tamoyes viram aqueles sinais, pensaram que eu os havia traído, e (de fato) fiquei pasmo, pensando que havíamos estado em alguma parte do Rio da Prata, e porque os índios não deviam desanimar, mostrei minha auto-estima. para ficar muito feliz, e disse-lhes que eu sabia que eram sinais que meus conterrâneos costumavam fazer quando vinham para países estranhos: com essas convicções fiz os Tamoyes virem em sua jornada para o Mar; caso contrário, se eu lhes dissesse que havia uma caixa montada pelos espanhóis, o medo de que os pobres canibais estivessem nelas tinha caixa o suficiente para fazer com que todos voltassem de onde vieram. Por fim, chegamos ao Mar, como eu lhe disse, à Cidade dos Cariyohs: esta Cidade fica em um belo lugar agradável, perto da costa em uma bela baía, onde cem • 4°. História do Brasil (João Ribeiro), consultado em Wikipédia
1768 Atualizado em 31/10/2025 00:52:32 Viage al Estrecho de Magallanes por el Capitán Pedro Sarmiento de Gambóa En los años de 1579. y 1580. y noticia de la expedición que después hizo para poblarle ![]() Data: 1768 En los años de 1579. y 1580. y noticia de la expedición que después hizo para poblarle. Página LXI
• 1°. avaliada em uma delas, que dizia: Don Juan de Castel-Rodrigo, Capitão Mor chegou aqui com cinco Naos da Índia, em 13 de maio de 1576. Ao lado da qual Sarmiento colocou outra, em memória de ter chegado lá o primeiro Navio do Pirú que atravessou o Estreito do Mar do Sul até o Mar do Norte a serviço do Rei, e a causa de sua viagem Uma certa tabela foi encontrada avaliada em uma delas, que dizia: Don Juan de Castel-Rodrigo, Capitão Mor chegou aqui com cinco Naos da Índia, em 13 de maio de 1576. Ao lado da qual Sarmiento colocou outra, em memória de ter chegado lá o primeiro Navio do Pirú que atravessou o Estreito do Mar do Sul até o Mar do Norte a serviço do Rei, e a causa de sua viagem. (Página LXI) • 2°. Um navio de Corsários Ingleses atravessou o Estreito de Magalhães até este Mar do Sul, e chegou às Províncias do Chile e Porto de Santiago no dia quatro de dezembro do último ano de setenta e oito, e roubou um Navio com uma quantidade de ouro Carta do Vice-Rei do Peru Dom Francisco de Toledo ao Governador do Rio da Prata, citada no artigo xi. da Instrução do mesmo Virrey a Sarmiento, p. 19. do Diário. Um Navio de Corsários Ingleses atravessou o Estreito de Magalhães até este Mar do Sul, e chegou às Províncias do Chile e Porto de Santiago no dia quatro de dezembro do último ano de setenta e oito, e roubou um Navio com uma quantidade de ouro , O que havia nesse porto: • 3°. Uma vez emitidos os despachos desta Marinha, o Vice-Rei nomeou a maior Nao "Nuestra Señora de Esperanza", a quem Pedro Sarmiento escolheu para Capitão; Uma vez emitidos os despachos desta Marinha, o Vice-Rei nomeou a maior Nao "Nuestra Señora de Esperanza", a quem Pedro Sarmiento escolheu para Capitão; • 4°. Pedro Sarmiento partiu em busca do Estreito de Magalhães • 5°. Pedro Sarmiento • 6°. Pedro Sarmiento
23 de novembro de 1586, domingo Atualizado em 31/10/2025 00:52:33 Embarcaram dia 23 de novembro rumo ao Estreito de Magalhães ![]() Data: 1678 Créditos: Pedro Sarmiento de Gamboa En los años de 1579. y 1580. y noticia de la expedición que después hizo para poblarle
6 de novembro de 1945, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 00:52:32 Revista Eu Sei Tudo ![]() Data: 1945 Página 18
Novembro de 1599 Atualizado em 31/10/2025 00:52:33 A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* ![]() Data: 1915 Créditos: Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas Página 381
• 1°. Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas 1915 Pelas narrativas de Knivet se confirma que d. Francisco de Sousa pouco se demorou em S. Vicente. quando veio ao sul, em 1599, a promover a exploração das minas. Em novembro desse ano, quando Salvador Correira chega a Santos, a chamado do governador geral, levando-lhe auxilio de gente e munições para as entradas ao sertão, já o ativo governador estava a muita léguas no interior, distante de S. Paulo, na serra de Araçoiaba, cuja fama, como vimos, a fazia conhecida como montanha de todos os metais. D. Francisco não se demorou em fazer seguir uma expedição á serra da Mantiqueira, que Anthony Knivet designa como "um sítio chamado Itapusik" e que evidentemente é como uma erronia de Itapucú, que ele, em outra parte da narrativa, assinala como Itapuca, querendo dizer monte de pedras compridas, trecho da Mantiqueira que é hoje o Pucú ou Pedra do Pecú, por onde, dois anos antes, passara a malograda expedição de Martim de Sá, em perseguição dos tamoyos. Anthony Knivet, que já estivera no lugar, teve ordem de seguir na expedição, a qual mui provavelmente se meteu a caminho de novembro e dezembro de 1599. Knivet não a descreve com as minúcias com que trata de tantas outras em que antes tomara parte; resume-lhe os fatos e muito pouca coisa; diz que se acharam em Itapucú minas não vulgares, e, por prova, trouxeram de lá uma porção de terra aurífera e algumas pepitas de ouro, encontradas em terreno de aluvião, com o que muito se alegrou o governador comunicando o fato para o reino e pedindo permissão para examinar si essas minas eram ou não lavráveis. Restituído a Salvador Correia, que tornara ao Rio sem aguardar os resultados da expedição de Itapucú, voltou o prisioneiro inglês aos seus misteres antigos, na lavoura da cana. Perece, porém, que pouco tempo se demorou no engenho de açúcar de seu amo, porque foi por este mandado para as bandas da serra dos Órgãos, que o narrador chama Orgelen, talvez acompanhando a Martim de Sá na sua expedição contra os tomiminós do baixo Parahyba. [Páginas 387 e 388] [1] ver mais • 2°. “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga 2010 Em novembro, o mineiro Gaspar Gomes Moalho requeria terras no caminho de Pinheiros e Piratininga, defronte às de Domingos Dias, este também soldado de D. Francisco de Souza. ver mais
• 1°. “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”
Agosto de 1583 Atualizado em 31/10/2025 05:08:20 Carta de Diogo Flores Valdez*
• 1°. “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga 2010 No quadro da viagem de Valdés, a capitania de São Vicente teve um papel bastante relevante. Segundo carta ao rei enviada em agosto de 1583, o almirante ressaltava a necessidade de que VM “no estime poco el Brasil”, pois apesar de pouco povoada, tratava-se de terra rica. A carta exaltava, recorrentemente, a importância de sua chegada num lugar que vivia sob clima de agitação e subversão, visto que a maioria das pessoas da terra era de gente vinda de Portugal e em quem não se podia confiar; além disso, ingleses e franceses frequentavam livremente o litoral. Mas, nesse sentido, São Vicente parecia-lhe diferente, já que era “la (capitania) que VM tiene mas obediente en esta costa y de mejor gente y que es tierra de mas ymportancia que ay em estas partes.” As causas enumeradas, com base nas notícias que colhera, sustentavam a tese de que a terra era rica em minérios. E essa riqueza seria de tal monta que a prata era melhor que a de Potosí. Existiriam ainda cerros de ouro e muito cobre, este último utilíssimo para os engenhos de açúcar. Havia indícios que mostravam a proximidade com as minas de Potosí de, no máximo, trezentas léguas: a circulação de muitos índios chiriguanos e de boatos, junto aos índios, de que no interior existiam homens brancos barbados. Por fim, cita o caso de um português que matara alguém em São Vicente e fugiu a pé para o Peru, onde recolheu certa quantidade de prata antes de voltar a Portugal. Essas notícias davam a certeza a Valdés de que era temerário que a capitania ficasse sob a jurisdiçãode um homem só, como o donatário Pero Lopes de Souza. Ela deveria, isto sim, por sua importância e riqueza, pertencer ao rei, que poderia “recompensar aquello en outra cosa antes que nada desto se entenda” Segundo ele, escolhera três das maiores naus da armada, com seiscentos homens, para que voltassem a São Vicente e Rio de Janeiro, e aliestacionassem e fortificassem a região até receberem novas ordens. Em São Vicente, recomendou que desembarcassem povoadores casados com seus filhos e mulheres para receber mantimentos, pois faltava muito na armada. Depois de enviar Alonso de Sotomayor, pelo rio da Prata, ao Chile, empreendeu uma nova tentativa de cruzar o Estreito, mas de novo foi malsucedido. Para ele, tanto Sarmiento quanto o piloto Anton Pablo tinham dado informações erradas sobre a largura do Estreito, opinião, aliás, compartilhada por Antonelli. [Página 80] ver mais
Pedro Sarmiento 8 de novembro de 1579, quinta-feira. Atualizado em 04/06/2025 05:50:09 Relacionamentos • Temas (1): Estreito de Magalhães ![]()
Chegaram ao Estreito Magalhçães 6 de janeiro de 1587, terça-feira. Atualizado em 31/10/2025 04:02:13 Relacionamentos • Pessoas (1) Thomas Cavendish (27 anos) • Temas (1): Estreito de Magalhães
Mandato expedido por Francisco Duarte para que o capitão levasse albanires, ferreiros, carpinteiros e canteiros 9 de julho de 1581, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:11:10 Relacionamentos • Cidades (2): Lisboa/POR, São Paulo/SP • Pessoas (2) Antonio Gomes Preto (60 anos), Bartholomeu Bueno I (26 anos) • Temas (2): Estreito de Magalhães, Metalurgia e siderurgia
Puerto del Hambre 2019. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Pessoas (1) Diogo Flores Valdez (1530-1595) • Temas (2): Estreito de Magalhães, Geografia e Mapas ![]() • 1. Pedro Sarmiento 25 de março de 1584
11 de fevereiro de 1584, sábado Atualizado em 31/10/2025 11:55:05 Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe
• 1°. “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet” 1625 • 2°. Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas 1915 • 3°. “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga 2010
2012 Atualizado em 31/10/2025 08:57:34 Enquanto nascia o Brasil
2019 Atualizado em 31/10/2025 11:55:00 Boletín de la Academia Chilena de la Historia
• 1°. Ordem dada a Fernão de Magalhães* A este respeito, Portugal, com o tempo que avançou no processo de expansão do conhecimento geográfico do mundo, e a sua consequente experiência, formalizou a posse onde correspondia, para si e estranhos, com o estabelecimento de padrões, ou seja, pilares de pedra em um cujos rostos continham o texto esculpido que dava conta do ato, a autoridade em cujo nome foi executado e a data, além de alguma outra circunstância digna de memória. Esses padrões localizavam-se no continente, em um lugar visível do mar. Dezenas deles marcavam os descobrimentos portugueses na costa africana e vários ainda são visíveis depois de quase seis séculos. Embora não tenhamos conhecimento da parafernália que a acompanha, deve-se presumir que que incluía a leitura e assinatura de uma escritura notarial e algumas expressões de propriedade sobre a terra natural. No caso do Reino de Castela (ou de Espanha com todos os bens após a fusão das coroas castelhana e aragonesa na pessoa da rainha Juana), a informação conhecida trata genericamente de atos de posse sem dar conta de seus detalhes, embora a menção da ereção seja recorrente de uma cruz em cada oportunidade e o registro escrito do correspondente evento. Praticamente todas as referências feitas posteriormente a essa classe de fatos jurisdicionais incluíam tais peculiaridades. Tudo indica que, apesar de se ater a uma espécie de instrução ad hoc nocomponentes substanciais, a tradição incluía alguma ação complementardeixado ao critério de cada capitão. A primeira pista que ilustra como proceder é fornecida por o texto da instrução que o rei Carlos I deu em maio de 1518 a Fernando de Magalhães e Ruy Faleiro sobre como agir quando a expedição que já começava a se organizar para chegar a territórios nunca antes conhecidos, caso em que teriam que colocá-los ... Eu sou nossa Senhoria e sujeição procedendo da seguinte maneira ... e quando você chegar lá [a nova terra descoberta] você sairá em terra e porneis umestandarte de nossas armas, não estando na demarcação do mais sereno Rei dePortugal, nosso irmão, e você fará um assento para os notários da referida terraem que você estabelece o referido padrão: declarando em quantos graus está em latitude, e também em quantos graus está em longitude da demarcação entre estesOs reinos são os de Portugal [a linha de separação segundo o tratado de Tordesilhas]:e sendo uma terra tão povoada, você tentará conversar com as pessoas dela, nãocolocando seu povo no chão, ou pessoas que podem receber deles tanta segurança que sem suspeita pode ser feito…. Este documento dá conta das diferentes etapas a que oacto em causa: a) descida ao continente; b) colocação de registo constituído por armas reais; c) actas de notário e d) tratamento ou diálogocom a população local, se houver.A segunda indicação da preexistência de uma norma ad hoc encontra-se nauma das várias denúncias que Pedro Sarmiento de Gamboa fez ao rei FelipeII sobre o que aconteceu no Estreito de Magalhães em cumprimento ao missão de estabelecer a presença jurisdicional permanente da Espanha no si e suas regiões (neste caso, a fundação da cidade de Nombre de Jesus, em 11 de fevereiro de 1584), oportunidade em que o monarca participou que tomou posse na devida forma, o que sugere que tal circunstância deva estar sujeita a um regulamento superior de anterior validade. Sarmiento, Como será visto pelas citações de suas inúmeras ações do gênero, ele sempre aderiu ao mesmo protocolo: ereção de uma cruz, proclamação, escritura notarial e atos indicadores de domínio. Existem diferenças entre uma modalidade e outra que sugerem que a conduta seguida por Sarmiento, mantendo o substancial, deve ter correspondido ao costume estabelecido pela tradição por quase um século que teria assim alterado a forma embora, reitera-se, não a substância do mandato real original. [Páginas 61 2 62] • 2°. Pedro Sarmiento partiu em busca do Estreito de Magalhães • 3°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe A este respeito, Portugal, com o tempo que avançou no processo de expansão do conhecimento geográfico do mundo, e a sua consequente experiência, formalizou a posse onde correspondia, para si e estranhos, com o estabelecimento de padrões, ou seja, pilares de pedra em um cujos rostos continham o texto esculpido que dava conta do ato, a autoridade em cujo nome foi executado e a data, além de alguma outra circunstância digna de memória. Esses padrões localizavam-se no continente, em um lugar visível do mar. Dezenas deles marcavam os descobrimentos portugueses na costa africana e vários ainda são visíveis depois de quase seis séculos. Embora não tenhamos conhecimento da parafernália que a acompanha, deve-se presumir que que incluía a leitura e assinatura de uma escritura notarial e algumas expressões de propriedade sobre a terra natural. No caso do Reino de Castela (ou de Espanha com todos os bens após a fusão das coroas castelhana e aragonesa na pessoa da rainha Juana), a informação conhecida trata genericamente de atos de posse sem dar conta de seus detalhes, embora a menção da ereção seja recorrente de uma cruz em cada oportunidade e o registro escrito do correspondente evento. Praticamente todas as referências feitas posteriormente a essa classe de fatos jurisdicionais incluíam tais peculiaridades. Tudo indica que, apesar de se ater a uma espécie de instrução ad hoc no componentes substanciais, a tradição incluía alguma ação complementar deixado ao critério de cada capitão. A primeira pista que ilustra como proceder é fornecida por o texto da instrução que o rei Carlos I deu em maio de 1518 a Fernando de Magalhães e Ruy Faleiro sobre como agir quando a expedição que já começava a se organizar para chegar a territórios nunca antes conhecidos, caso em que teriam que colocá-los... Eu sou nossa Senhoria e sujeição procedendo da seguinte maneira ... e quando você chegar lá [a nova terra descoberta] você sairá em terra e porneis um estandarte de nossas armas, não estando na demarcação do mais sereno Rei de Portugal, nosso irmão, e você fará um assento para os notários da referida terra em que você estabelece o referido padrão: declarando em quantos graus está em latitude, e também em quantos graus está em longitude da demarcação entre estes Os reinos são os de Portugal [a linha de separação segundo o tratado de Tordesilhas]: e sendo uma terra tão povoada, você tentará conversar com as pessoas dela, não colocando seu povo no chão, ou pessoas que podem receber deles tanta segurança que sem suspeita pode ser feito…2. Este documento dá conta das diferentes etapas a que o acto em causa: a) descida ao continente; b) colocação de registo constituído por armas reais; c) actas de notário e d) tratamento ou diálogocom a população local, se houver. A segunda indicação da preexistência de uma norma ad hoc encontra-se na uma das várias denúncias que Pedro Sarmiento de Gamboa fez ao rei Felipe II sobre o que aconteceu no Estreito de Magalhães em cumprimento ao missão de estabelecer a presença jurisdicional permanente da Espanha no si e suas regiões (neste caso, a fundação da cidade de Nombre de Jesus, em 11 de fevereiro de 1584), oportunidade em que o monarca participou que tomou posse na devida forma, o que sugere que tal circunstância deva estar sujeita a um regulamento superior de anterior validade. Sarmiento, Como será visto pelas citações de suas inúmeras ações do gênero, ele sempre aderiu ao mesmo protocolo: ereção de uma cruz, proclamação, escritura notarial e atos indicadores de domínio. Existem diferenças entre uma modalidade e outra que sugerem que a conduta seguida por Sarmiento, mantendo o substancial, deve ter correspondido ao costume estabelecido pela tradição por quase um século que teria assim alterado a forma embora, reitera-se, não a substância do mandato real original. [Boletim da Academia Chilena de História, 2019. Páginas 61 2 62]
1 de junho de 1583, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 11:55:06 Carta defendende Valdez
11 de outubro de 1579, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 00:59:42 Pedro Sarmiento partiu em busca do Estreito de Magalhães ![]() Data: 1678 Créditos: Pedro Sarmiento de Gamboa En los años de 1579. y 1580. y noticia de la expedición que después hizo para poblarle
Consulta em Wikipédia - Pedro Sarmiento de Gamboa 19 de dezembro de 2024, quinta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Lisboa/POR • Pessoas (2) Francis Drake (1540-1596), Thomas Cavendish (1560-1592) • Temas (5): Peru, Estreito de Magalhães, Incas, Ouro, Inquisição
Um navio de Corsários Ingleses atravessou o Estreito de Magalhães até este Mar do Sul, e chegou às Províncias do Chile e Porto de Santiago no dia quatro de dezembro do último ano de setenta e oito, e roubou um Navio com uma quantidade de ouro 4 de dezembro de 1578, segunda-feira. Atualizado em 28/10/2025 02:21:14 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) Thomas Cavendish (18 anos) • Temas (4): Estreito de Magalhães, Inglaterra/Ingleses, Peru, Ouro ![]()
1 de setembro de 2022, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 00:52:32 UM TEXTO DE CARDIM INÉDITO EM PORTUGUÊS? ![]() Data: 2022 Página 458, consultado em...
• 1°. Carta de Pedro Sarmiento
31 de dezembro de 1579, segunda-feira Atualizado em 31/10/2025 00:52:34 Relato de Pedro Sarmiento ![]() Data: 1768 Créditos: Pedro Sarmiento de Gamboa En los años de 1579. y 1580. y noticia de la expedición que después hizo para poblarle. Página 136
10 de agosto de 1584, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 00:52:34 Testamento ![]() Data: 1940 Créditos: Carvalho Franco Página 44
• 1°. Mexericos de um peito azedo: os capítulos de Gabriel Soares de Sousa, 07.2013. Gabriela Azevedo* Julho de 2013 Seu destino final era a Espanha, como declara em seu testamento lavrado em agosto de 1584, na Bahia (SOUSA, 1974:301). Embarcou numa grande nau carregada de açucares que ancorou no porto de Pernambuco, parada de abastecimento de água e víveres, graças ao conhecimento e orientação do navegador Pedro Sarmiento de Gamboa. Este, vindo numa embarcação carregada com mil quintais de pau brasil do Rio de Janeiro para buscar lenha, víveres e roupas para uma viagem de retorno ao Estreito de Magalhães, teve que lançar mais de trezentos quintais de pau no mar por falta de fundo. Sem outro piloto que se atrevesse, Sarmiento sondou os fundos num batel e acenando com uma bandeira permitiu que a sua nau ancorasse sem perigo. Atrás dela vinha a que se encontrava Gabriel Soares (MENDONZA, 1866:402). Não se sabe a data exata em que desembarcou na corte nem os caminhos que percorreu no tempo em que esteve pleiteando autorização oficial, garantias, privilégios e recursos humanos e materiais para realizar uma expedição inédita de desbravamento, reconhecimento e procura de metais preciosos nas cabeceiras do rio São Francisco. [Página 2] Soares de Sousa não teve filhos, legítimos nem ilegítimos e sua família no Brasil se restringia aos parentes de sua mulher. Nada foi legado para estes em seu testamento, nem mesmo para sua esposa. Para ela pedira apenas que fosse enterrada junto a ele na Capela mor de São Bento, o que não se realizou porque ela se casou novamente. Deixou para duas irmãs viúvas residentes em Lisboa, Margarida de Sousa e Maria velha, certa quantia. Preocupou-se especialmente com seu cortejo, campa, lápide e salvação, determinando que fosse rezada uma missa para sua alma enquanto o “mundo durar”. Quinhentos cruzados foram destinados para cinco moças pobres (uma ajuda para os seus casamentos) e quarenta mil reis para a Santa Casa da Misericórdia. Informou sobre um livro de contas a ser visto para que se liquidassem todas as suas dívidas vendendo seus bens e finalmente legara o que sobrava para o Mosteiro de São Bento (Sousa, 1974: 297-301). Nenhuma referência a qualquer outro familiar morador da Bahia. Ao contrário, assim como não herdara nada, nada legara. [Páginas 8 e 9] O advogado, jornalista e historiador Cláudio Ganns, responsável pela descoberta e divulgação do manuscrito espanhol do Tratado descritivo e de um a bibliografia exemplar deste, se autodefinira certa vez como um homem habituado a “pecar pela franqueza” (1943:212). Seu comentário é bastante contundente: Portanto- agora- Gabriel Soares aparece com tendo enriquecido no tráfico de índios. Como conciliar esta aptidão, de cubiça desvairada, para os bens materiais, adquiridos por forma criminosa com o seu “testamento”(1584), ao qual deixa “toda a sua fazenda” aos beneditinos?E, ademais, como conciliar esse último despreendimento, em vésperas de partir para a Europa, com a embriaguez dos descobrimentos (prata e esmeraldas) que o faz esperar aqui, de 5 a 7 anos, pelas licenças reais e o levou a caminhar, logo a seguir, atrás deste espelho enganador (1591), em que vem a morrer?(1958:157). [Página 13] ver mais
1590 Atualizado em 30/10/2025 18:27:10 Para Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), seguindo Frei Vicente (1564-1639), Gabriel teria vindo ao Brasil em 1590, portanto antes de D. Francisco ![]() Data: 1928 Créditos: Afonso de E. Taunay Escrito com base em extensa documentação inédita de dois arquivos brasileiros, espanhóis e portugueses Volume Quatro - Cyclo de caça ao indio - Brigas com os espanhóis e os jesuítas - Invasao do Paraguai - Ocupação do Sul de Matto Grosso - Expedições á Bahia - Desbravamento do Piauhy 1651 - 1683. Página 55
• 1°. “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga 2010
INVENTÁRIO DEDOCUMENTOS HISTÓRICOS BRASILEIROS 2005. Atualizado em 24/10/2025 04:16:04 Relacionamentos • Cidades (7): Valladolid/ESP, Buenos Aires/ARG, Lagoa dos Patos/RS, Lisboa/POR, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Tucumán/ARG • Pessoas (16) 2º conde do Prado (1577-1643), Alonso García Ramón (1552-1610), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Diego de Torres, Diego Marin Negron, Diogo Flores Valdez (1530-1595), Duarte da Costa (1505-1560), Francisco Crespo, Francisco de Alfaro, Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Luis Sarmiento de Mendoça, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pablo Pastells, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (8): Estradas antigas, Guayrá, Jesuítas, Nheengatu, Ouro, Peru, Prata, Rio da Prata • 1. Carta de Pedro Sarmiento á S. M. dandole cuenta de su derrota y viage desde que salio de la isla de Cabo Verde 2 de fevereiro de 1582 • 2. Chegada da armada de Valdez ao Rio de Janeiro 24 de março de 1582 • 3. Pedro Sarmiento 30 de dezembro de 1582 • 4. Carta a Pedro Sarmiento de Gamboa al rey en que pide al rey 26 de outubro de 1592 • 5. Carta de Pedro Sarmiento 9 de novembro de 2024
O Avesso da Costura: uma análise dos escritos de Gabriel Soares de Sousa (c.1540-1591). Gabriela Soares de Azevedo 2015. Atualizado em 26/10/2025 12:00:56 Relacionamentos • Cidades (4): Buenos Aires/ARG, Lisboa/POR, Madrid/ESP, Salvador/BA • Pessoas (28) Alberto Ernesto de Habsburgo, Anna de Argollo (1532-1615), Antônio Cardozo de Barros (f.1556), Antonio Ribeiro, Belchior Dias Moréia (1540-1619), Bento Maciel Parente, Bernardo Ribeiro (n.1561), Cristóvão de Moura e Távora (1538-1613), Diogo Flores Valdez (1530-1595), Diogo Nunes, Domingos Araújo, Filipe II, “O Prudente” (1527-1598), Francisco Barreto (1520-1573), Francisco de Souza, Senhor do Prado, Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), João de Brito, João III, "O Colonizador" (1502-1557), Manuel Teles Barreto (1520-1588), Margarida de Sousa, Maria de Argollo, Maria Velha, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mem de Sá (1500-1572), Pedro Fernandes Sardinha (1496-1556), Rodrigo de Argollo (1507-1553), Serafim Soares Leite (9 anos), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (10): Caminho do Peabiru, Capitania de São Vicente, Cavalos, Diamantes e esmeraldas, Fortes/Fortalezas, Inquisição, Monomotapa, Ouro, Peru, Prata • 1. Testamento 10 de agosto de 1584 Após dezessete anos vivendo na América portuguesa, transitando entre o centro administrativo, Salvador, onde atuara como camarista 20, e o Recôncavo, onde possuía terras, circulando nas áreas de Jaguaripe, São Gonçalo e Nazaré, o colono português Gabriel Soares de Sousa retornou à corte. Seu destino era a Espanha, como declara em seu testamento lavrado em 10 de agosto de 1584, na Bahia. Embarcou a seguir numa grande nau carregada de açúcar que só ancorou em Pernambuco, parada de abastecimento de água e víveres, graças ao conhecimento e à orientação do navegador Pedro Sarmiento de Gamboa. Pedro Sarmiento, vindo do Rio de Janeiro numa embarcação carregada com mil quintais de pau-brasil para buscar lenha, mantimentos e roupas para uma viagem de retorno ao Estreito de Magalhães, foi obrigado a lançar mais de trezentos quintais de mercadoria ao mar por falta de fundo. Sem outro piloto que se atrevesse, sondou os fundos num batel e, acenando com uma bandeira, permitiu que a sua nau adentrasse sem perigo. Atrás dela vinha aquela em que se encontrava Gabriel Soares.O matemático, astrólogo e humanista espanhol Pedro Sarmiento registrou em seu relato das suas venturas ao extremo sul do continente a chegada de Gabriel Soares ao porto de Pernambuco, em setembro de 1584, e a presença do senhor de engenhos no Palácio e Monastério Real El Escorial, em São Lorenzo, cinco anos depois, em 1589, na mesma o casião em que apresentava sua Sumária Relación ao monarca dos Áustrias.21 [p. 28]
• 2. Gabriel Soares ao porto de Pernambuco setembro de 1584 Pedro Sarmiento, vindo do Rio de Janeiro numa embarcação carregada com mil quintais de pau-brasil para buscar lenha, mantimentos e roupas para uma viagem de retorno ao Estreito de Magalhães, foi obrigado a lançar mais de trezentos quintais de mercadoria ao mar por falta de fundo. Sem outro piloto que se atrevesse, sondou os fundos num batel e, acenando com uma bandeira, permitiu que a sua nau adentrasse sem perigo. Atrás dela vinha aquela em que se encontrava Gabriel Soares.O matemático, astrólogo e humanista espanhol Pedro Sarmiento registrou em seu relato das suas venturas ao extremo sul do continente a chegada de Gabriel Soares ao porto de Pernambuco, em setembro de 1584, e a presença do senhor de engenhos no Palácio e Monastério Real El Escorial, em São Lorenzo, cinco anos depois, em 1589, na mesma ocasião em que apresentava sua Sumária Relación ao monarca dos Áustrias. [p. 28]
13 de maio de 1576, sexta-feira Atualizado em 30/10/2025 13:03:01 avaliada em uma delas, que dizia: Don Juan de Castel-Rodrigo, Capitão Mor chegou aqui com cinco Naos da Índia, em 13 de maio de 1576. Ao lado da qual Sarmiento colocou outra, em memória de ter chegado lá o primeiro Navio do Pirú que atravessou o Estreito do Mar do Sul até o Mar do Norte a serviço do Rei, e a causa de sua viagem
2 de fevereiro de 1582, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 14:02:01 Carta de Pedro Sarmiento á S. M. dandole cuenta de su derrota y viage desde que salio de la isla de Cabo Verde
1827 Atualizado em 31/10/2025 11:55:02 Universal Geography: Containing the description of part of Africa, and of... Por Conrad Malte-Brun
• 1°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe Pedro Sarmiento de Gamboa fundara em 1584 a vila Ciudad Real de Felipe, lá deixando um grupo de 400 colonos que, devido ao clima e ambiente inóspitos, morreram de fome. Vinte e três sobreviventes famintos e desesperados foram encontrados por Cavendish em sua primeira viagem, em 1586, donde o lugar foi nomeado Port Famine (atualmente Puerto Hambre). Localiza-se no estreito de Magalhães, Punta Arenas, Chile. [Página 373] • 2°. Embarcaram dia 23 de novembro rumo ao Estreito de Magalhães
Pedro Sarmiento de Gamboa, "History of the Incas" (em inglês) Cambridge: The Hakluyt Society 1907. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Temas (2): Incas, Peru • 1. Pacha Kutiy Inqa Yupanki, consulta em Wikipédia (data da consulta) 19 de janeiro de 2024
Pedro Cieza de León 8 de agosto de 2024, quinta-feira. Atualizado em 27/08/2025 01:17:14 Relacionamentos • Cidades (1): Sevilha/ESP • Pessoas (3) Blasco Nuñez Vela, Gonzalo Pizarro, Pero Cieza de Leon (1520-1554) • Temas (3): Incas, Ouro, Peru
24 de março de 1582, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 14:02:01 Chegada da armada de Valdez ao Rio de Janeiro
Setembro de 1584 Atualizado em 31/10/2025 11:55:04 Gabriel Soares ao porto de Pernambuco*
30 de dezembro de 1582, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 11:55:08 Pedro Sarmiento
17 de julho de 2025, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 00:52:31 Consulta em wikiwand.com ![]() Data: 1596 Créditos: Thomas Harriot
19 de janeiro de 1582, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 14:02:01 Efetivamente, a primeira parada da armada de Valdez foi em Santiago de Cabo Verde
1 de junho de 1583, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 11:55:07 Carta de Pedro Sarmiento
25 de março de 1584, domingo Atualizado em 31/10/2025 11:55:04 Pedro Sarmiento
6 de abril de 1585, sábado Atualizado em 31/10/2025 11:55:03 Consulta do Conselho de Índias a S. M. Envio da Armada de Socorro a Pedro Sarmiento
26 de outubro de 1592, segunda-feira Atualizado em 31/10/2025 11:55:03 Carta a Pedro Sarmiento de Gamboa al rey en que pide al rey
18 de novembro de 1579, domingo Atualizado em 31/10/2025 00:59:44 11706.jpg ![]() Data: 1768 Créditos: Pedro Sarmiento de Gamboa En los años de 1579. y 1580. y noticia de la expedición que después hizo para poblarle. Página 68
11 de dezembro de 1579, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 00:59:45 Pedro Sarmiento ![]() Data: 1768 Créditos: Pedro Sarmiento de Gamboa En los años de 1579. y 1580. y noticia de la expedición que después hizo para poblarle. Página 107
22 de novembro de 1579, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 00:59:45 Pedro Sarmiento: Cruz ![]() Data: 1768 Créditos: Pedro Sarmiento de Gamboa En los años de 1579. y 1580. y noticia de la expedición que después hizo para poblarle. Página 72
30 de maio de 1581, sábado Atualizado em 31/10/2025 00:59:45 Pedro Sarmiento, em carta de 26 de maio, comentava o cenário de penúria que se encontrava em Sevilha
17 de novembro de 1579, sábado Atualizado em 31/10/2025 00:59:44 De segunda a terça-feira, 17 de novembro, carregou o Oeste e Sudoeste, o que nos fez ir com poucas velas; e à noite, porque o general já estava tomando terra com o parecer dos pilotos do capitão, avisou o piloto da Almiranta, para ir para sudeste apenas com os papafigos dos mastros, e da meia-noite abaixo vamos ir para o Sudeste, e assim foi feito ![]() Data: 1768 Créditos: Pedro Sarmiento de Gamboa En los años de 1579. y 1580. y noticia de la expedición que después hizo para poblarle. Página 64
16 de novembro de 1579, sexta-feira Atualizado em 31/10/2025 00:59:43 De domingo a segunda-feira, 16 de novembro, tivemos tempo sudeste e oeste-sudoeste, o que nos fez andar quase sem vela; e à noite, porque conseguimos terra, não tínhamos mais do que braças içadas dos papafigos. Andamos 15 léguas sudeste e sudeste e sul ![]() Data: 1768 Créditos: Pedro Sarmiento de Gamboa En los años de 1579. y 1580. y noticia de la expedición que después hizo para poblarle. Página 63 Sobre o Brasilbook.com.br |