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Atualizado em 31/10/2025 08:21:35 Como São Tomé Apóstolo se tornou padroeiro do Afeganistão - nossasenhoradosprazeres.com.br
Atualizado em 31/10/2025 08:21:35 São Tomé Apóstolo - Consulta em newadvent.org
• 1°. Journal of R. Asiatic Soc., 1905, p. 235). Pouco se registra sobre o apóstolo São Tomé, mas, graças ao quarto Evangelho, sua personalidade nos é mais clara do que a de alguns outros dos Doze . Seu nome aparece em todas as listas dos sinóticos ( Mateus 10:3 ; Marcos 3:18 ; Lucas 6 , cf. Atos 1:13 ), mas em São João ele desempenha um papel distinto. Primeiro, quando Jesus anunciou sua intenção de retornar à Judeia para visitar Lázaro , "Tomé", chamado Dídimo [o gêmeo], disse aos seus condiscípulos: "Vamos também nós, para que morramos com ele" ( João 11:16 ). Novamente, foi São Tomé quem, durante o discurso antes da Última Ceia, levantou uma objeção: "Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?" ( João 14:5 ). Mas, mais especialmente, São Tomé é lembrado por sua incredulidade quando os outros apóstolos lhe anunciaram a Ressurreição de Cristo : "Se eu não vir em suas mãos o sinal dos pregos, e não puser meu dedo no lugar dos pregos, e não puser minha mão em seu lado, não acreditarei" ( João 20:25 ); mas oito dias depois ele fez seu ato de fé , atraindo a repreensão de Jesus : "Porque me viste, Tomé, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram" ( João 20:29 ). Isso esgota todo o nosso conhecimento seguro sobre o Apóstolo, mas seu nome é o ponto de partida de uma considerável literatura apócrifa , e há também certos dados históricos que sugerem que parte desse material apócrifo pode conter germes de verdade . O principal documento a seu respeito é a "Acta Thomae" , preservada até nós com algumas variações tanto em grego quanto em siríaco, e que apresenta sinais inconfundíveis de sua origem gnóstica . Pode, de fato, ser obra do próprio Bardesanes . A história, em muitos de seus detalhes, é completamente extravagante, mas é a data inicial , sendo atribuída por Harnack (Chronologie, ii, 172) ao início do terceiro século, antes de 220 d.C. Se o local de sua origem for realmente Edessa , como Harnack e outros, por razões sólidas, supuseram (ibid., p. 176), isso daria considerável probabilidade à declaração, explicitamente feita em "Acta" (Bonnet, cap. 170, p. 286), de que as relíquias do Apóstolo Tomé, que sabemos terem sido veneradas em Edessa , realmente vieram do Oriente. A extravagância da lenda pode ser julgada pelo fato de que em mais de um lugar (cap. 31, p. 148) ela representa Tomé (Judas Tomé, como é chamado aqui e em outros lugares na tradição siríaca) como o irmão gêmeo de Jesus . O Tomé em siríaco é equivalente a didymos em grego e significa gêmeo. Rendel Harris, que exagera bastante o culto aos Dióscuros, deseja considerar isso como uma transformação do culto pagão de Edessa , mas o ponto é, na melhor das hipóteses, problemático. A história em si é resumida da seguinte forma: Na divisão dos Apóstolos, a Índia caiu nas mãos de Tomé, mas ele declarou sua incapacidade de ir, e então seu Mestre Jesus apareceu de forma sobrenatural a Abban, o enviado de Gundafor, um rei indiano, e vendeu Tomé a ele para ser seu escravo e servir Gundafor como carpinteiro. Então Abban e Tomé navegaram até chegarem a Andrápolis, onde desembarcaram e compareceram à festa de casamento da filha do governante. Ocorrências estranhas se seguiram e Cristo , sob a aparência de Tomé, exortou a noiva a permanecer virgem. Chegando à Índia , Tomé se comprometeu a construir um palácio para Gundafor, mas gastou o dinheiro que lhe fora confiado com os pobres. Gundafor o aprisionou ; mas o Apóstolo escapou milagrosamente.e Gundafor foi convertido. Viajando pelo país para pregar, Thomas se deparou com estranhas aventuras com dragões e jumentos selvagens. Então, ele chegou à cidade do Rei Misdai (Mazdai siríaco), onde converteu Tertia, esposa de Misdai, e Vazan, seu filho. Depois disso, foi condenado à morte, levado para fora da cidade, para uma colina, e trespassado com lanças por quatro soldados. Ele foi enterrado no túmulo dos antigos reis, mas seus restos mortais foram posteriormente removidos para o Ocidente. É certamente um fato notável que, por volta do ano 46 d.C., um rei reinava sobre a região da Ásia ao sul do Himalaia, agora representada pelo Afeganistão, Baluchistão, Punjab e Sind, que ostentava o nome de Gondophernes ou Guduphara. Sabemos disso pela descoberta de moedas , algumas do tipo parta com lendas gregas, outras do tipo indiano com as lendas em um dialeto indiano em caracteres kharoshthi. Apesar de diversas pequenas variações, a identidade do nome com o Gundafor da "Acta Thomae" é inconfundível e dificilmente contestada. Além disso, temos a evidência da inscrição Takht-i-Bahi, que é datada e que os melhores especialistas aceitam como estabelecendo que o Rei Gunduphara provavelmente começou a reinar por volta de 20 d.C. e ainda reinava em 46. Novamente, há excelentes razões para acreditar que Misdai ou Mazdai podem muito bem ser uma transformação de um nome hindu feito em solo iraniano. Neste caso, provavelmente representará um certo Rei Vasudeva de Mathura, sucessor de Kanishka. Sem dúvida, pode-se argumentar que o romancista gnóstico que escreveu os "Acta Thomae" pode ter adotado alguns nomes históricos indianos para conferir verossimilhança à sua invenção, mas, como o Sr. Fleet argumenta em seu artigo severamente crítico, "os nomes apresentados aqui em conexão com São Tomás claramente não são os mesmos que viveram na história e tradição indianas" (Journal of R. Asiatic Soc., 1905, p. 235).
Descubra Descubra A VERDADE Como Viveram e Morreram os 12 DISCÍPULOS de JESUS | O Que a Bíblia não revelou? Canal Sabia na Bíblia? 22 de maio de 2025, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:03:42 Relacionamentos • Cidades (1): Índia/IN • Pessoas (2) “Índia”, Jesus Cristo (f.33)
Consulta em Wikipedia: Atos de Tomé 12 de novembro de 2024, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:38 Relacionamentos • Cidades (1): Edessa/ • Pessoas (2) Bardesanes (154-222), Vasudeva de Mathura (n.135) • Temas (1): Índia • 1. Os Atos de Tomé, do início do século III (201 á 300) 201 Os Atos de Tomé, do início do século III (201 á 300) é possivelmente o texto mais gnóstico entre os apócrifos do Novo Testamento, retratando Cristo como o "Redentor Celestial", independente e além da criação, com o poder de libertar as almas da escuridão do mundo. Referências a esta obra por Epifânio mostram que ela tinha ampla circulação no início do século IV (301 a 400).
• 2. Possível abertura do Caminho do Peabiru 400 Os Atos de Tomé, do início do século III (201 á 300) é possivelmente o texto mais gnóstico entre os apócrifos do Novo Testamento, retratando Cristo como o "Redentor Celestial", independente e além da criação, com o poder de libertar as almas da escuridão do mundo. Referências a esta obra por Epifânio mostram que ela tinha ampla circulação no início do século IV (301 a 400).Este texto não deve ser confundido com o Evangelho de Tomé, uma obra de "ditos" anterior.Os manuscritosChegaram até nossos dias versões completas em siríaco e grego. Existem ainda muitos fragmentos preservados do texto. Os estudiosos notaram da versão grega que o original foi provavelmente escrito em siríaco, o que colocaria a Síria como local onde os Atos de Tomé foram escritos. Os manuscritos sobreviventes em siríaco, porém, foram editados para eliminar as passagens não-ortodoxas mais fortemente gnósticas, o que torna a versão grega a mais confiável na reprodução das antigas tradições.
Consulta em Wikipedia: Bardesanes 12 de novembro de 2024, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:38 Relacionamentos • Pessoas (1) Bardesanes (154-222) • Temas (5): Cristãos, Deus, Índia, O Sol, Pela primeira vez
O desafio épico de recriar o caminho de Peabiru é missão de Dakila Pesquisas. Por Rogério Alexandre Zanetti - jornalista e publcitário, midiamax.uol.com.br 15 de abril de 2024, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:38 Relacionamentos • Cidades (10): Assunção/PAR, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Corumbá/MS, Florianópolis/SC, Foz do Iguaçu/PR, Ivaí/PR, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Urandir Fernandes de Oliveira • Temas (9): Amazônia, Caminho do Peabiru, Caminho Sorocaba-Botucatu, Estradas antigas, Guaranis, Incas, Léguas, Nheengatu, O Sol
A lenda do Peabiru, de caminho religioso a trajeto guarani. Por Mário Sérgio Lorenzetto, amp.campograndenews.com.br 4 de abril de 2024, quinta-feira. Atualizado em 21/03/2025 03:19:30 Relacionamentos • Cidades (6): Malaca/MAL, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Florianópolis/SC, São Vicente/SP, São Paulo/SP • Pessoas (2) Anthony Knivet (1560-1649), Nuno Manoel (1469-1531) • Temas (10): Caminho do Peabiru, Deus, Nheengatu, Léguas, Guaranis, Galinhas e semelhantes, Incas, Cordilheira dos Andes, Estradas antigas, Caminho do Mar
Atualizado em 31/10/2025 08:21:37 Verdade Católica - Facebook
• 1°. Vasco da Gama inicia a primeira viagem marítima da Europa à Índia Tomé: Era também chamado de Dídimo. Ele era conhecido por sua incredulidade diante da ressurreição de Jesus. Ele pregou na Síria, na Pártia e na Índia. Foi traspassado por uma lança por ordem do rei Misdeu, na Índia, por volta do ano 72 d.C. Seu túmulo está na Basílica de São Tomé, em Chennai, na Índia. • 2°. Assassinato de São Tomé em Meliapor, Índia Tomé: Era também chamado de Dídimo. Ele era conhecido por sua incredulidade diante da ressurreição de Jesus. Ele pregou na Síria, na Pártia e na Índia. Foi traspassado por uma lança por ordem do rei Misdeu, na Índia, por volta do ano 72 d.C. Seu túmulo está na Basílica de São Tomé, em Chennai, na Índia.
São Tomé, o Apóstolo que tocou as chagas – 03 de Julho. templariodemaria.com 3 de julho de 2023, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:37 Relacionamentos • Cidades (2): Coimbra/POR, Salvador/BA • Pessoas (4) João de Azpilcueta Navarro, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martín de Azpilcueta Navarro, Sebastião da Rocha Pita (1660-1738) • Temas (1): Farinha e mandioca • 1. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel 12 de outubro de 1514
Atualizado em 31/10/2025 08:21:38 S. TOMÉ, APOSTÓLO. Consultado em vaticannews.va
• 1°. Ao voltar à Índia, foi martirizado, transpassado por uma lança, na atual Chennai, em 3 de julho de 72.
Atualizado em 31/10/2025 08:21:39 Apóstolo São Tomé, consultado em Wikipédia
Atualizado em 31/10/2025 08:21:39 “Santos e ícones católicos: História do Apóstolo São Tomé”, consultado em cruzterrasanta.com.br
• 1°. Falecimento do apóstolo Tomé em 21 de dezembro de 72, na Índia
Consulta em tonocosmos.com.br 7 de julho de 2022, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:36 Relacionamentos • Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (1517-1570) • 1. Carta de Manoel da Nóbrega 10 de abril de 1549 Poucos dias após sua chegada aqui, em março de 1549, escrevia: “Também me contou pessoa fidedigna que as raízes de que cá se faz pão, que São Tomé as deu, porque cá não tinham pão”. E, em data posterior, acrescenta: “Dizem os índios que São Tomé passou por aqui e isto lhes foi dito por seus antepassados e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas sinaladas com seus dedos. Dizem que quando deixou estas pisadas ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e chegando ali se abrira o rio e passara por meio dele a outra parte sem se molhar. Contam que, quando queriam o flechar os índios, as flechas se tornavam para eles e os matos lhe faziam caminho para onde passasse”. Constata-se nesse relato do padre Manoel da Nóbrega a intenção missionária de São Tomé, espalhando por estas plagas brasílicas a palavra de Deus, e deixando visíveis as marcas de sua passagem em vários lugares conhecidos.
Caminho de Peabiru: a fascinante rota indígena que conecta o Atlântico ao Pacífico. Catherine Balston. BBC Travel 27 de junho de 2022, segunda-feira. Atualizado em 06/10/2025 13:42:26 Relacionamentos • Cidades (4): Curitiba/PR, Peabiru/PR, Potosí/BOL, Sorocaba/SP • Pessoas (5) Aleixo Garcia (f.1526), Cláudia Inês Parellada, Francisco Pizarro González (1476-1541), Juan Diaz de Solís, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) • Temas (11): Caminho do Peabiru, Cordilheira dos Andes, El Dorado, Estradas antigas, Incas, Léguas, Nheengatu, O Sol, Payaguás, Peru, Rio da Prata • 1. Possível abertura do Caminho do Peabiru 400 Eu havia viajado até o Estado do Paraná, não muito longe da fronteira com o Paraguai, em busca dos restos do Caminho de Peabiru — uma rede de trilhas com 4 mil quilômetros de extensão, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico, construída ao longo de milênios pelos povos indígenas sul-americanos. O Caminho de Peabiru era uma rota espiritual para o povo guarani em busca de um paraíso mitológico. E também se tornou o caminho em direção aos tesouros do continente quando chegaram os colonizadores europeus em busca de acessos ao interior da América do Sul. Mas a maior parte do caminho original desapareceu, consumido pela natureza ou transformado em rodovias ao longo dos séculos. Somente nos últimos anos, essa fascinante rota começou a revelar seus mistérios para o público, graças ao desenvolvimento de novos passeios turísticos. É fácil compreender por que essa trilha transcontinental cativa a imaginação das pessoas com tanta facilidade — uma fascinação que vem desde o primeiro europeu conhecido por caminhar por toda a sua extensão: o navegador português Aleixo Garcia. Garcia naufragou no litoral de Santa Catarina no ano de 1516, depois do fracasso de uma missão espanhola que pretendia navegar pelo Rio da Prata. Ele e meia dúzia de outros navegadores foram acolhidos pelos receptivos indígenas guaranis. Oito anos mais tarde, depois de ouvir as histórias sobre um caminho que levava até um império nas montanhas, rico em ouro e prata, Garcia viajou com 2 mil guerreiros guaranis até os Andes, a cerca de 3 mil quilômetros de distância. A pesquisadora brasileira Rosana Bond, no livro A Saga de Aleixo Garcia: o Descobridor do Império Inca, afirma que Garcia foi o primeiro europeu conhecido a visitar o império inca em 1524 — cerca de uma década antes da chegada do conquistador espanhol Francisco Pizarro, amplamente conhecido como "descobridor" do povo originário dos Andes peruanos. As trilhas que vinham do Brasil conectavam-se à rede de estradas incas e pré-incas através dos Andes, que hoje recebem muitos visitantes, mas o Caminho de Peabiru propriamente dito deixou poucos vestígios. Essa falta de evidências físicas não só levou a teorias divergentes nos círculos acadêmicos sobre quem o criou e quando, mas também gerou amplas especulações sobre sua possível criação pelos vikings ou pelos sumérios — ou mesmo pelo apóstolo Tomé, supostamente vindo de uma missão evangelizadora na Índia. Algumas teorias afirmam que a trilha data de cerca de 400 ou 500 d.C., enquanto outras sugerem que ela remonta até 10 mil anos atrás, aos caçadores-coletores paleoindígenas. "O Caminho de Peabiru foi a estrada transcontinental mais importante da América pré-colombiana, que ligava os povos, os territórios e os oceanos", afirma a arqueóloga Cláudia Inês Parellada, que publicou diversos estudos sobre o assunto e coordena o Departamento de Arqueologia do Museu Paranaense, em Curitiba, onde estão abrigados muitos dos achados das escavações arqueológicas da trilha. As teorias divergem não apenas sobre a época da sua criação, mas também o local exato por onde a rota passava. "Sempre teremos várias hipóteses", explica Parellada. "É difícil ter certeza sobre o caminho completo porque ele mudou ao longo do tempo." Mas o nome e a lenda, pelo menos, seguem vivos na cidade de Peabiru, construída na década de 1940, onde o governo local e grupos de voluntários criaram e demarcaram recentemente trilhas de caminhada inspiradas pelo Caminho de Peabiru. Elas são parte de um plano turístico ambicioso do Paraná lançado em 2022, de mapear um provável trecho do Caminho com até 1.550 quilômetros para ciclismo e caminhada, atravessando o Estado desde o litoral e passando por 86 municípios, até a fronteira com o Paraguai. Eu viajei até Peabiru para conhecer pelo menos um desses caminhos: uma trilha entre a floresta que inclui sete cachoeiras ao longo do curso de um dos rios da região. As margens do rio quase certamente fizeram parte do Caminho, segundo informou meu guia Arléto Rocha enquanto caminhávamos, passando sobre e abaixo de árvores caídas e depois com as águas frias do rio até os joelhos, tirando as frutas estragadas da sola das minhas botas. Não contente em ter molhado apenas as botas, Rocha mergulhou com roupas em uma das cachoeiras. Depois, ele indicou locais onde havia encontrado pontas de flechas, argamassa, gravações em pedras e outras joias arqueológicas na última década, que agora estão em exibição no recém-inaugurado Museu Municipal "Caminhos de Peabiru". A maior parte da caminhada na floresta, como o restante do caminho ao longo do Paraná, é simbólica — a melhor estimativa possível de onde poderá ter ficado a trilha original, apesar da certeza em alguns trechos, especialmente onde existem mapas históricos e sítios arqueológicos. Esta região do sul do Brasil é um local de escavações arqueológicas desde os anos 1970, em busca de restos do Caminho de Peabiru. Da mesma forma, ali também havia densa população indígena (estima-se um pico de cerca de 2 milhões de pessoas, principalmente guaranis, no século 16). Como muitos outros com quem falei, Rocha é fascinado pelo mistério da trilha e chegou a elaborar sua dissertação de mestrado sobre o assunto. Historiadores, astrônomos e arqueólogos também vêm se ocupando desse quebra-cabeça há décadas, reunindo mapas antigos, registros coloniais e histórias orais para tentar entender as origens e o propósito do caminho. O consenso é que o caminho principal da rede conectava o litoral leste e oeste da América do Sul. Dos seus pontos de partida no litoral brasileiro (onde hoje ficam os Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina), as trilhas se reuniam no Paraná, prosseguindo através do território que hoje forma o Paraguai até a região de Potosí, na Bolívia, que era rica em prata. Ao chegar ao lago Titicaca (hoje, fronteira entre a Bolívia e o Peru), o caminho seguia até Cusco — a capital do império inca — e, de lá, descia até o litoral peruano e o norte do Chile. "Grosso modo, pode-se dizer que o roteiro comprido do Peabiru era aquele que acompanhava o movimento aparente do Sol, nascente-poente", segundo Bond, na série literária História do Caminho de Peabiru, publicada em 2021. Nessa série, a autora analisa diversas hipóteses plausíveis sobre as origens da trilha e conclui que a rede de caminhos provavelmente foi criada e usada por diversos grupos indígenas ao longo dos séculos, mas sua característica principal era o desejo de conectar o Atlântico ao Pacífico. "Ou seja, não importa quantos e quais povos construíram os trechos, pois o relevante seria que a estrada, num certo momento, passou a ser vista como um caminho homogêneo e específico, que representava na terra o andar do Sol no céu", segundo ela. Entre os povos a que Bond se refere, encontram-se os guaranis, uma das maiores populações nativas remanescentes na América do Sul. Eles vivem em parte do Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia. O Caminho de Peabiru é uma rota física e espiritual na cultura guarani, que leva a um paraíso mitológico chamado por eles de Yvy MarãEy, que fica além da água (o Oceano Atlântico), onde nasce o Sol. Esse paraíso ("a terra sem mal", em tradução livre) é mencionado na tradição oral dos guaranis, nos seus rituais, música, dança, simbologia e em nomes de lugares. As lendas guaranis chegam a dizer que a rede de caminhos é um reflexo da Via Láctea na Terra. Também se acredita que o nome da trilha venha da palavra guarani peabeyú, que significa "caminho de grama pisada", entre outras traduções. Mas, para os colonizadores europeus (como o navegador português Aleixo Garcia), o caminho espiritual dos guaranis para o paraíso tornou-se uma via rápida até as riquezas dos incas nas expedições pelo Novo Mundo, que acabaram por causar a morte em massa das populações indígenas da América do Sul pela guerra, pela fome e, principalmente, pelas doenças. As lendas sobre o Eldorado e a Serra da Prata trouxeram frotas de navios espanhóis e portugueses através do Atlântico e alguns grupos indígenas os ajudaram a penetrar no interior do continente, através do Caminho de Peabiru, segundo Parellada. "Conhecer as rotas e trilhas principais através das populações nativas tornou-se uma vantagem estratégica, que amplificou o saque, a destruição e a cobiça de novos territórios e riquezas minerais", explica ela. Ao longo dos séculos seguintes, sucessivas ondas de exploradores, catequizadores jesuítas, bandeirantes, comerciantes e colonizadores também fizeram uso do Caminho de Peabiru para ter acesso ao interior do continente — pavimentando, ampliando e, às vezes, alterando o curso do caminho. "Os primeiros registros escritos sobre a trilha datam dos séculos 16 e 17", segundo Parellada. "Eles incluem o relato de Ruy Díaz de Guzmán em 1612, sobre a morte de Garcia nas mãos do grupo étnico Payaguás durante seu retorno do Peru para o litoral [brasileiro]." Para continuar minha pesquisa sobre os vestígios da trilha, viajei para o litoral de Santa Catarina, até a Enseada do Brito, no município de Palhoça - uma baía tranquila onde os historiadores acreditam que Garcia teria morado e dali partido em sua missão até o império inca. Este é o ponto de partida de outra caminhada inspirada pelo Caminho de Peabiru — um trajeto de 25 quilômetros que passa por praias, dunas de areia no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e uma visita a duas aldeias guaranis. Durante o aquecimento para a caminhada, tento imaginar Garcia e seu grupo de náufragos barbudos, a milhares de quilômetros de casa, e suas novas acomodações com os guaranis depois de perderem seu navio. Como na caminhada anterior, a trilha é apenas uma estimativa do local onde poderá ter passado o Caminho de Peabiru. Ele foi definido com a pesquisa do empresário local Flávio Santos, que desenvolveu esse projeto de turismo depois de estudar a história da trilha e os sítios arqueológicos locais. Como muitos outros, ele vê o potencial de atrair turistas o ano inteiro, beneficiando a comunidade local, incluindo as aldeias guaranis próximas, se tudo for feito corretamente. "Temos esta trilha antiga, então, por que não conectar a história e os povos indígenas locais?"Ç, questiona Santos. "É importante que os moradores locais conheçam essa história e saibam como os povos indígenas viviam e como foram dizimados." Parellada concorda: "Um passeio pelo Caminho de Peabiru, aliado a atividades educativas, poderá ser uma ponte para a compreensão total do passado colonial da América do Sul, sua biodiversidade e o conhecimento dos povos indígenas".
Atualizado em 31/10/2025 08:21:40 “Quais são os principais deuses da mitologia indígena brasileira?” Danilo Cezar Cabral, Revista Super Interessante
Atualizado em 31/10/2025 06:30:59 Sumé: a história do deus branco cultuado por indígenas - segredosdomundo.r7.com ![]() Data: 1907 Créditos: Francisco Corrêa de Almeida Moraes Página 18
São Tomé Apóstolo, Mártir Por Instituto Plinio Corrêa de Oliveira 2021. Atualizado em 24/10/2025 20:40:36 Relacionamentos • Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (1517-1570) • 1. Carta de Manoel da Nóbrega 10 de abril de 1549 Teria esse apóstolo estado no Brasil, como consta de antiga tradição entre nossos índios, e que é citada em carta de 1549 pelo Pe. Manoel da Nóbrega? Com efeito, diz esse piedoso jesuíta: “Dizem eles [os índios] que São Tomé, a quem chamam de Zomé [ou Sumé], passou por aqui. Isto lhes ficou dito por seus antepassados. E que as suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas muito assinaladas com seus dedos. Dizem também que quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, mas as flechas retornavam contra eles. Dali ele foi para a Índia” – (cfr Aleteia em português).
Atualizado em 31/10/2025 08:21:40 Atos de Tomé
• 1°. Rei Gunduphara provavelmente começou a reinar
Vikings no Brasil: MITO OU REALIDADE? ihggcampinas.org 16 de novembro de 2020, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:36 Relacionamentos • Pessoas (5) Cristóvão de Colombo (1451-1506), Hernâni Donato (50 anos), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Pedro de Rates Henequim (1682-1744), Sergio Buarque de Holanda (70 anos) • Temas (3): Bíblia, Botocudos, Vikings • 1. Carta de Manoel da Nóbrega 10 de abril de 1549 Relatos de pegadas de um santo homem impressas na rocha existem em várias partes do nosso território, sendo do padre Manoel da Nóbrega a afirmativa na sua Carta das Terras do Brasil relativa a 1549, que os índios diziam que São Tomé, a quem eles chamam Zamé, passou por aqui e isto lhes foi dito por seus antepassados, e que suas pegadas estão sinaladas junto de um rio: as quais eu fui ver por mais certeza da verdade e vi com meus próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos… (DONATO, p. 33).
O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente 2020. Atualizado em 22/10/2025 03:21:16 Relacionamentos • Pessoas (9) “Índia”, Charles Ralph Boxer, João de Azpilcueta Navarro, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martín de Azpilcueta Navarro, Pedro da Silva da Gama, Sergio Buarque de Holanda (1902-1982), Simão Rodrigues, Vasco da Gama (1469-1524) • Temas (5): Descobrimento do Brazil, Japão/Japoneses, Judaísmo, Rei Branco, Tordesilhas • 1. Início do Primeiro Concílio de Niceia 20 de maio de 325 A referência a São Tomé no Oriente Médio e Ásia possuiu fortes raízes no cristianismo primitivo. Com a descoberta da Biblioteca Nag Hammadi, em 1945, no Alto Egito, constante de treze códices de papiro embrulhados em couro dentro de um jarro de barro enterrado, formando uma coleção de textos do cristianismo primitivo que vai da fundação até o Primeiro Concílio de Niceia (325 d. C.), havia entre os escritos um Evangelho de Tomé. Cf. Greenblatt (2018, p. 67). [p. 135]
• 2. O “Descobrimento” do Brasil 22 de abril de 1500 Com a chegada lusa ao Brasil, a narrativa em torno de Tomé torna-se mais interessante na medida em que também aí se começa a ventilar a possibilidade de sua passagem por terras brasileiras.Relatos de viajantes dando conta de pegadas no interior do continente e da presença de um deus entre os índios chamado de Sumé começam a circular e a dar contorno a um mito globalista acerca da figura de São Tomé. Tomando a narrativa como verdadeira para justificar a presença colonizadora, chegava-se à perspectiva de que todos os povos entre a Índia e a América pudessem ter tido um contato com a Boa Nova por intermédio de São Tomé. 5 5 - Tal perspectiva possui continuidade com a literatura produzida já no século XX por missionários cristãos, não necessariamente provenientes da Igreja Católica, como o canadense Don Richardson, que publicou nos anos 1980 O fator Melquisedeque, também justificando a missionação e a presença do Deus cristão em todas as culturas do mundo. Sobre Tomé, Richardson (2008, p. 228) escreve: “Tomé, diz a tradição, permitiu que a última linha da Grande Comissão o levasse à ‘Índia’. Naqueles dias, a palavra ‘Índia’ significava tudo o que estava a leste da Síria; porém a evidência indica que Tomé pode ter alcançado até a região de Madras, que fica na extremidade sul da Índia propriamente dita. Várias igrejas muito antigas nessa região se dão o nome de Mar Toma. O nome Toma talvez seja derivado de Tomé”.
• 3. Esiguara 1534 • 4. “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” 15 de abril de 1549 Nóbrega demonstra certa obsessão com o tópico de São Tomé, ao chegar à Bahia, em 1549. Das cinco cartas escritas em seu primeiro ano em terras brasileiras, três mencionam São Tomé. Na primeira delas, endereçada a Simão Rodrigues, escreve: tambem me contou pessoa fidedigna que as raizes que cá se faz o pão, que S. Thomé as deu, porque cá não tinham pão nenhum. E isto se sabe da fama que anda entre elles, quia patres eorum nuntiaverunt eis. Estão d’aqui perto umas pisadas figuradas em uma rocha, que todos dizem serem suas. [p. 129]
• 5. Doze códices de papiro encadernados em couro (e um tratado de um décimo terceiro) enterrados em um jarro selado foram encontrados por um fazendeiro egípcio chamado Muhammed al-Samman e outros no final de 1945 dezembro de 1945 A referência a São Tomé no Oriente Médio e Ásia possuiu fortes raízes no cristianismo primitivo. Com a descoberta da Biblioteca Nag Hammadi, em 1945, no Alto Egito, constante de treze códices de papiro embrulhados em couro dentro de um jarro de barro enterrado, formando uma coleção de textos do cristianismo primitivo que vai da fundação até o Primeiro Concílio de Niceia (325 d. C.), havia entre os escritos um Evangelho de Tomé. Cf. Greenblatt (2018, p. 67). [p. 135]
Atualizado em 31/10/2025 05:42:35 VI Congresso Nacional de Educação - ENTRE O FALAR E O ESCREVER: A MEMÓRIA AMERÍNDIA NA AMÉRICA PORTUGUESA (SÉCULO XVI)
• 1°. Ainda Anchieta, em suas Informações, mencionava: os “índios carijós que são das Índias de Castela...”
Onde estão os túmulos dos 12 apóstolos? acidigital.com 26 de julho de 2019, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:28 Relacionamentos • Temas (1): Colinas • 1. Maioria de seus restos mortais de São Thomé foi transladada para Edessa, na Mesopotâmia 2019 A antiga tradição diz que São Tomé viajou mais longe do que qualquer dos outros apóstolos, pregando o Evangelho na Índia, onde foi martirizado por um sacerdote hindu que o perfurou com uma lança. Hoje, uma parte dos ossos de São Tomé é reverenciada na Basílica de São Tomé, em Chennai (Índia). De alguma forma, a maioria de seus restos mortais foi transladada para Edessa, na Mesopotâmia. Em 1258, essas relíquias foram levadas para Ortona (Itália), onde são encontradas em um baú de ouro dentro de um altar de mármore branco na Basílica de São Tomé Apóstolo.
Será que São Tomé esteve mesmo no Brasil há quase 2.000 anos? pt.aleteia.org 8 de maio de 2019, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:28 Relacionamentos • Cidades (1): Cabo Frio/RJ • Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (1517-1570), Papa Gregório I • Temas (2): Canibalismo, Papas e o Vaticano • 1. Carta de Manoel da Nóbrega 10 de abril de 1549 Comentário do Pe. Gabriel Vila Verde Muito estimado pela sua atuação evangelizadora nas redes sociais, o padre brasileiro Gabriel Vila Verde postou a respeito em seu Facebook: Estava lendo uma carta do Padre Manoel da Nóbrega, onde ele narra os primeiros contatos com os índios aqui na Bahia, em 1549. Segundo ele, os índios relataram sobre um tal “Zomé”, misterioso personagem que andou por aqui. Vamos ao trecho: “Dizem eles que São Tomé, a quem chamam de Zomé, passou por aqui. Isto lhes ficou dito por seus antepassados. E que as suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver, por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pisadas muito assinaladas com seus dedos. Dizem também que quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, mas as flechas retornavam contra eles. Dali ele foi para a Índia…” Fica então a interrogação! Como os índios poderiam criar uma história dessa? Teria mesmo o Apóstolo Tomé andado por terras brasileiras? Impossível não é, porque o Apóstolo Felipe era levado pelo Espírito de uma cidade à outra na velocidade do vento (Atos 8, 39). Pelo sim, pelo não, fica o registro do padre Nóbrega.
Atualizado em 31/10/2025 08:21:40 JESUITAS EN LAS AMÉRICAS. Presencia en el tiempo. Jorge Cristian, Troisi Melean e Marcia Amantino (compiladores)
• 1°. Leonardo Nunes, o único jesuíta ferreiro, com mais 10 ou 12 meninos e alguns Carijós (Guaranis) partiu para São Vicente
“Os Cavaleiros Templários e o caminho de Peabiru” (14.09.2018) Professor Jorge Ubirajara Proença 14 de Setembro de 2018, sexta-feira. Atualizado em 26/10/2025 23:02:52 Relacionamentos • Cidades (6): Cananéia/SP, Iguape/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (5) Bacharel de Cananéa, Dom Henrique de Avis (1394-1460), Jorge Ubirajara Proença, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero Lobo • Temas (10): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Descobrimento do Brazil, Maçonaria no Brasil, Marinha, Ordem de Cristo, Ordem dos Templários, Pela primeira vez, Peru, Tordesilhas
Expedição Peabiru - Pay Zumé 17 de julho de 2018, terça-feira. Atualizado em 06/10/2025 15:57:36 Relacionamentos • Cidades (8): Cabo Frio/RJ, Cananéia/SP, Florianópolis/SC, Itapema/SC, Pitanga/PR, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Sebastião/SP • Pessoas (8) Anthony Knivet (1560-1649), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Hernâni Donato (1922-2012), Izabel Barbosa, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Vasco da Gama (1469-1524) • Temas (21): Amazônia, Arqueologia, Assassinatos, Banana, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cruzes, Descobrimento do Brazil, Deus, Escravizados, Farinha e mandioca, Incas, Jesuítas, Metalurgia e siderurgia, Milho, Mineralogia, Nheengatu, Peru, Tamoios, Tupinambás ![]() • 1. Vasco da Gama inicia a primeira viagem marítima da Europa à Índia 8 de julho de 1497 • 2. Capitães de todos os navios reuniram-se a bordo do navio de Cabral 23 de abril de 1500 antonini verde foi o pirata inglês abandonado por seu capitão no litoral de são sebastião em são paulo eram os índios tamoios que habitavam aquela região [Música] os tamanhos pertenceu à família dos tupinambás que ocupavam quase toda a costa brasileira da amazônia até cananéia ao desembarcar no brasil o pirata inglês de pelo menos dois portugueses sendo devoradas pelos peões buzz em rituais sagrados essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses já que eles escravizavam e matava população indígena anthony naide se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos ou a visão que ele seria salvo disseram que na verdade não era português os tamanhos sabiam disso ainda falaram nós sabemos que os nossos antepassados por amigos dos seus antepassados na elite em inglês de pele clara como era possível essa conexão pela tradição tupinambá os ancestrais indígenas também vieram pelo mar os tamanhos mostraram ao pirata inglês do provável local do desembarque na região de cabo frio no rio de janeiroSaiu da água, ensinou as artes da agricultura, da metalúrgia, codificou leis, mas quando investiu sobre duas das prioridades masculinas essencias, a antropofagia e o múltiplo casamento, foi então expelido pelos homens. (Hernani Donato)“Muitos antes da chegada dos europeus os nativos carijós no Brasil, os tiahuanacos na Bolívia e os incas no Peru, haviam escutado profecias e ensinamentos de homens brancos com barba que vieram pelo mar trazendo conhecimento do velho mundo”.
• 3. Carta de Manoel da Nóbrega 10 de abril de 1549 Os nativos acolheram bem os europeus, Nóbrega fica surpreso. Mais ainda quando percebe que esses mesmos nativos procuravam a casa de culto e de catequese como se aquilo fosse um hábito antigo. Os nativos levam Nóbrega até um local sagrado. Alí haviam marcas de pegadas nas pedras, as quais apontavam os nativos e diziam "Zumé", Pay Zumé. O padre logo escreve uma carta ao seu superior em Coimbra informando a grande notícia: São Tomé esteve no Brasil! "Eles dizem que São Tomé, a quem chamam de Zamé, passou por aqui. E isto ficou dito pelos seus antepassados. E que suas pegadas estão marcadas, próximas de um rio, das quais eu mesmo fui ver, para maior certeza da verdade e vi, com meus próprios olhos quatro pegadas, bem marcadas com seus dedos."
• 4. “Os nativos tem memória do dilúvio e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui.. ” agosto de 1549 • 5. Expedições 1592 Anthony Knivet foi o pirata inglês abandonado por seu capitão no litoral de São Sebastião, em São Paulo. Eram os índios Tamoios que habitavam aquela região. Os Tamoios pertenciam à família dos Tupinambás, que ocupavam quase toda a costa brasileira da Amazônia até Cananéia. Ao desembarcar no brasil o pirata inglês viu pelo menos dois portugueses sendo devorados pelos pelos Tupinambás em rituais sagrados. Essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses, já que eles escravizavam e matavam a população indígena. Anthony Knivet se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos avisaram que ele seria salvo. Disseram que Knivet não era português. Os Tamoios sabiam disso, ainda falaram nós sabemos que os nossos antepassados foram amigos dos seus antepassados Knivet era inglês, de pele clara. Como era possível essa conexão? Pela tradição Tupinambá, os ancestrais indígenas também vieram pelo mar. Os Tamoios mostraram ao pirata inglês o provável local do desembarque, na região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Esses grupos Tupinambás chamavam a si mesmo de Tamoio. Tamoio significa "avô", justamente porque ele diziam ser a tribo mais velha do Brasil. Mais curioso é que os Tamoios fizeram questão em mostrar a Knivet algumas marcas sagradas pela região, e lá estava a marca de um pé, fincada na pedra. Os chamados "fincapés" estão em muitos lugares na América. Muito mais do que marcas, eles são a representação de um mito. O mito da passagem de um homem branco, que deixou nas pedras o vestígio de sua existência. Na época dos descobrimentos foram encontradas mais de doze marcas pelo Brasil. Elas estão na Bahia, em Pernambuco, na Paraíba, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina.
Atualizado em 31/10/2025 08:21:41 Articulando escalas: Cartografia e conhecimento geográfico da bacia platina (1515-1628), 2018. Tiago Bonato, Universidade Federal do Paraná
• 1°. Falecimento Apesar da dificuldade apontada por Frias, fato é que o caminho entre São Paulo e Paraguai foi intensamente utilizado. José Carlos Viladargada, ao analisar o transito de pessoas pela região, encontrou referências a cento e oito pessoas que teriam atravessado o caminho, a grande maioria no século XVI. Na metade do século encontramos uma das primeiras referências a ele. Dona Mência Calderon, viúva de Juan de Sanabria, nomeado governador do Rio da Prata, escrevia de Assunção que se podia ir de São Vicente até ali “por cierto camiño nuevo que se habia descubierto”. • 2°. Vergara • 3°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses Não é difícil perceber, através do trecho citado, que a circulação de indígenas e jesuítas era frequente pela terra adentro. Da mesma forma é visível que os caminhos percorridos eram indígenas, o caminho dos carijós, pelo qual os referidos freis entraram. Entradas em outras regiões da América portuguesa corroboram o fato de que diversos caminhos cortavam o interior do continente. Na virada do século, uma expedição saiu da vila de São Paulo com destino aos sertões ao norte da capitania. Apesar das poucas referências a ela na documentação, parece ter sido uma das entradas realizadas a mando do governador D. Francisco de Souza, em busca da serra de Sabarabuçu, supostamente rica em metais e minérios. • 4°. O procurador geral das Províncias do Rio da Prata e Paraguai, Manuel de Frias, escreveu ao rei • 5°. Luis de Céspedes chega ao Rio de Janeiro Na véspera da partida, Martim de Sá e seu filho, Salvador, sugerem que Céspedes deveria casar-se com Dona Vitória de Sá, irmã de Martim e tia de Salvador e “o arruinado fidalgo só podia aceitar contente esta oferta de casamento com uma herdeira bela e rica que, além de sua alta jerarquia e nascimento, recomendava-se por um dote de 40.000 ducados em caixa, além de grandes plantações de cana de açúcar e extensas propriedades territoriais”439. Em sua correspondência, o próprio Céspedes relata sobre a proposta inesperada: Se ofrecio que estos señores aficionados de mi justo agradecimiento tuvieron por bien de estimar mi persona para (...) esposso de una hija de el capitan gonçalo correa de sa sobrina del governador y poblador que fue desta tierra y assi teniendome por feliz y estimado tan buena suerte acepte el favor por pagar no resistiendo a su gusto las mercedes que tenia recebidas si bien tengo por cierto haver sido milagroso este matrimonio pues haviendo tenido impedimentos tan forçossos y passado los trabajos que tendo escritos (...) quiso nuestro señor premiar la paciencia con que los he ofrecido a su divina magestad dandome por compañera una señora tan principal como hermosa y virtuossa440. Do ponto de vista dos Sá, os interesses no casamento eram visíveis. José Vilardaga, ao estudar as conexões entre o mundo paulista e o paraguaio concorda que o matrimônio consolidava “as redes de contatos desta influente família fluminense”, que já detinha relações, aliados e privilégios em Angola, Buenos Aires e São Paulo. A união feita com Céspedes fazia com que a ponta paraguaia e de Tucumã fosse amarrada, fechando assim “sua inserção no amplo circuito de contrabando, das trocas no mercado regional platino e vicentino, dos engenhos de açúcar, do ouro paulista, do fornecimento de escravos negros e do apresamento de cativos indígenas. Um empreendimento diversificado e articulado”.441 Além do inesperado casamento, Céspedes recebeu ampla ajuda no Rio de Janeiro: Viendo esto y el no haver como tengo dicho otra embarcacion fue de parecer el governador Martin de sa que me fuese por tierra determineme de seguir su consejo diome todo lo necesario para mi avio canoas negros e infinitos regalos pero el mayor y de mas estima fue a su hermano el capitan goncalo correa de sá para que fuese haciendome merced todo el camino y allanar las dificuldades del”442 [Páginas 213 e 214] • 6°. Luís de Céspedes deixa o Rio de Janeiro em direção a Santos, com vinte dias de casado Na véspera da partida, Martim de Sá e seu filho, Salvador, sugerem que Céspedes deveria casar-se com Dona Vitória de Sá, irmã de Martim e tia de Salvador e “o arruinado fidalgo só podia aceitar contente esta oferta de casamento com uma herdeira bela e rica que, além de sua alta jerarquia e nascimento, recomendava-se por um dote de 40.000 ducados em caixa, além de grandes plantações de cana de açúcar e extensas propriedades territoriais”439. Em sua correspondência, o próprio Céspedes relata sobre a proposta inesperada: Se ofrecio que estos señores aficionados de mi justo agradecimiento tuvieron por bien de estimar mi persona para (...) esposso de una hija de el capitan gonçalo correa de sa sobrina del governador y poblador que fue desta tierra y assi teniendome por feliz y estimado tan buena suerte acepte el favor por pagar no resistiendo a su gusto las mercedes que tenia recebidas si bien tengo por cierto haver sido milagroso este matrimonio pues haviendo tenido impedimentos tan forçossos y passado los trabajos que tendo escritos (...) quiso nuestro señor premiar la paciencia con que los he ofrecido a su divina magestad dandome por compañera una señora tan principal como hermosa y virtuossa440. Do ponto de vista dos Sá, os interesses no casamento eram visíveis. José Vilardaga, ao estudar as conexões entre o mundo paulista e o paraguaio concorda que o matrimônio consolidava “as redes de contatos desta influente família fluminense”, que já detinha relações, aliados e privilégios em Angola, Buenos Aires e São Paulo. A união feita com Céspedes fazia com que a ponta paraguaia e de Tucumã fosse amarrada, fechando assim “sua inserção no amplo circuito de contrabando, das trocas no mercado regional platino e vicentino, dos engenhos de açúcar, do ouro paulista, do fornecimento de escravos negros e do apresamento de cativos indígenas. Um empreendimento diversificado e articulado”.441 Além do inesperado casamento, Céspedes recebeu ampla ajuda no Rio de Janeiro: Viendo esto y el no haver como tengo dicho otra embarcacion fue de parecer el governador Martin de sa que me fuese por tierra determineme de seguir su consejo diome todo lo necesario para mi avio canoas negros e infinitos regalos pero el mayor y de mas estima fue a su hermano el capitan goncalo correa de sá para que fuese haciendome merced todo el camino y allanar las dificuldades del”442 [Páginas 213 e 214] • 7°. Chega a Santos, onde fica por onze dias, partindo para São Paulo • 8°. Luís de Céspedes chega a São Paulo Só então é que o governador pôde chegar à vila de São Paulo de Piratininga, já no planalto, onde iniciou nova etapa de sua aventura, a que mais interessa nesse estudo. No povoado, Céspedes solicitou permissão às autoridades locais para percorrer o caminho do Paraguai, camino de San Pablo ou simplesmente camino proibido, via terrestre-fluvial que ligava a vila de São Paulo aos sertões do Guayrá e à Província do Paraguai. A escolha do caminho fez com que se multiplicassem nas fontes e na historiografia posterior as polêmicas e ambiguidades que cercam a figura do governador. • 9°. Luis de Céspedes García Xería Parte em direção ao Guayrá, via Tietê e Paraná
Atualizado em 31/10/2025 08:21:43 “Desde el Titicaca hasta el Guayrá: El gran viaje de Santo Tomás según dos cronistas”, Marcela Pezzuto*
• 1°. Fundação Nesta perspectiva, o testemunho que Ruíz de Montoya presta sobre a presença passada de São Tomás contribui para reforçar o já mencionado postulado jesuíta da inexistência de uma ignorância invencível de Deus em qualquer população. Como quadro para interpretar plenamente a inserção da narrativa do Santo, é necessário considerar o capítulo que a precede: ... começamos ali uma redução que chamamos de São Francisco Javier, que em poucos meses cresceu (...), onde também foram recolhidas aquelas feras ferozes, e foram domesticadas, transformando-se em ovelhas mansas, fazendo com que isso mudasse a palavra divina e o batismo que todos receberam, crescendo a cada dia na fé, na virtude e no amor. E, Logicamente, deve-se levar em conta o seguinte capítulo: Os novos cristãos estavam fazendo grandes progressos na pregação contínua do Evangelho e estabeleceram hábitos muito bons. Uma delas, e muito louvável, foi que todos ouviram missa de manhã cedo, (...) A tradição do Apóstolo fortalece o valor e a força da pregação nos tempos anteriores e posteriores à conquista. A história da passagem do Santo tem em seu esquema composicional três tipos de narradores: testemunhais, coletivos (correspondentes à voz plural da comunidade religiosa) e, por fim, objetivos. • 2°. “Do lado espanhol” • 3°. “Historia crítica de los mitos en la conquista americana”, Enrique de Gandía También relata su paso por Paraguay A más del célebre camino que, según la imaginación de los jesuítas, había sido recorrido por Santo Tomás desde la costa del Brasil hasta la provincia de Tayaoba, en el Guairá, había cerca de Asunción un cementerio y un pozo (...) en el cerro de Paraguarí, una capilla abierta (...) en el paraje llamado Mbae pirungá, las huellas de los pies del Apóstol (...) y en el pago de Tacumbú (...), varias piedras (...) Desde el Paraguay se suponía que Santo Tomás había tomado el rumbo del Perú (Gandía, 1929, op. cit.).
Atualizado em 31/10/2025 05:42:21 “Sinalização Tupi-Guarani & Luso-Catolicismo”, João Barcellos
• 1°. André Gonçalves e Américo Vespúcio descobrem o porto, a que deram o nome de Rio de São Vicente / Cruz de Pedra • 2°. D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” • 3°. Revista de Engenharia N° 147 • 4°. Estrada Real, Koboyama • 5°. Itavuvu • 6°. Interessa à História de Sorocaba: Morpion • 7°. Fechado a trilha Piabiyu para evitar mais contatos entre nativos, castelhanos e portugueses
HISTÓRIA DO BRASIL DE MURILO MENDES: travessia para o conhecimento. Por José Alberto Pinho Neves 2016. Atualizado em 24/10/2025 20:40:27 Relacionamentos • Pessoas (4) Sebastião da Rocha Pita (1660-1738), João IV, o Restaurador (1604-1656), Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Frei Vicente do Salvador (1564-1639) • 1. Historia da America Portugueza de Sebastião da Rocha Pita (Pitta) 1730 Nos parágrafos 102 e 104, que pontuam razões sobre a vinda do glorioso apóstolo, Rocha Pitta registra a passagem do apóstolo, alcunhado pelos índios de Sumê: A vinda do glorioso Apóstolo S. Tomé, annunciando a doutrina Catholica, não só no Brasil, mas em toda a América, tem mais razões para se crer que para se duvidar; pois mandando Christo Senhor nosso aos seus sagrados Apóstolos, prégar o Euangelho a todas as creaturas, e por todo o Mundo, não consta, que algum dos outros viesse a esta Região, tantos séculos habitada antes da nossa Redempcão; e depois de remidas tantas Almas, não devião ficar mil e quinhentos annos em ignorância invencível da Ley da Graça; e posto que nas fontes tocasse a este Santo Apóstolo a missão da Ethiopia, e da India, e se não falle na América (então por descubrir) não se póde imaginar, que faltasse a provindencia de Deus e estas creaturas com a pregação, que mandara fazer a todas.” [parágrafo 102] De ser o Apostolo S. Tomé, o que no Mundo Novo prégou a doutrina Evangélica ha provas grandes, com o testemunho de muitos finaes em ambas as Americas: na Castelhana, aquelas duas cruzes que em differentes lugares acharão os Espanhoes com letras e figuras, que escrevem Joachim Brulio, Gregorio Garcia, Fernando Pissarro, Justo Lipsio, e o Bispo de Chiapa; e nossa Portugueza America, a finaes do seu báculo, e de seus pés, e a tradição antiga, e constante em todos estes gentios, de que virão de hum homem de largas barbas, a quem com pouca corrupcão chamavão no seu idioma Sumê, accrescentando, lhes viera a ensinar cousas da outra vida, e que não sendo delles ouvido, o fizerão ausentar (PITTA, 1730: 62 [parágrafo104]).
Atualizado em 01/11/2025 01:43:36 Guia Geográfico de Salvador “Lenda, Capela, Cruzeiro, Pegadas e Procissão de São Tomé” (2015) Jonildo Bacelar
• 1°. Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” No Brasil, referências dos índios a São Tomé aparecem desde 1515, na Nova Gazeta da Terra do Brasil (Newen Zeytung auss Presillg Landt), bem como em várias cartas jesuíticas, nas obras de Frei Vicente do Salvador e de Simão de Vasconcellos, além de vários outros autores. • 2°. “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” Em 15 de abril de 1549, Nóbrega escreveu, da Bahia, ao Padre Simão Rodrigues, o Superior Provincial da Companhia de Jesus, em Portugal. Nóbrega relatou que já existiam clérigos na Bahia e que as raízes (provavelmente mandioca), com as quais se faziam pães, foram trazidas por São Tomé, conforme a tradição local. Nóbrega ainda escreveu: "Estão daqui perto humas pisadas figuradas em huma rocha, que todos dizem serem suas. Como tevermos mais vagar, avemo-las de ir ver". • 3°. “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” Ainda em agosto de 1549, Nóbrega escreveu aos padres de Portugal, relatando a lenda de Zomé (ou Somé, ou Sumé. Não se sabe como Nóbrega escreveu, pois essa carta original, em português, foi perdida, restando uma tradução em espanhol com a grafia Zomé): "Dizem eles que S. Thomé, a quem eles chamam Zomé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus passados, e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais algumas vezes cobre o rio quando enche. Dizem também que, quando deixou estas pisadas ia fugindo dos índios, que o queriam flechar, e chegando ali se lhe abrira o rio, e passara por meio dele sem se molhar, e dali foi para a Índia. Assim mesmo contam que, quando o queriam flechar os índios, as flechas se tornavam para eles, e os matos lhes faziam caminho por onde passasse: outros contam isto como por escárnio. Dizem também que lhes prometeu que havia de tornar outra vez a vê-los." Pelas cartas de Nóbrega, seriam quatro pegadas sobre uma rocha em um rio, "perto" do atual Centro Histórico de Salvador. Seriam provavelmente as pegadas em São Tomé de Paripe, cuja Igreja fica próxima tanto da Baía de Aratu, quanto da Bahia de Todos os Santos. Relatos posteriores indicam que as águas cobriam tanto as pegadas de S. Tomé de Paripe, quanto à de Itapuã, conforme a maré.
Atualizado em 01/11/2025 01:43:37 LOS DIOSES NAVEGANTES DE AMERICA PREHISPANICA
Atualizado em 31/10/2025 01:50:49 Falecimento de Hernâni Donato
Atualizado em 01/11/2025 01:43:38 A LÓGICA DE PLANEJAMENTO PORTUGUÊS NA CAPITANIA DE PERNAMBUCO – 1535 a 1554, 2011. MÉRCIA CARRÉRA DE MEDEIROS. Página 129
O encontro entre os guarani e os jesuítas na Província do Paraguai e o glorioso martírio do venerável padre Roque González nas tierras de Ñezú, 2010. Paulo Rogério Melo de Oliveira 2010. Atualizado em 05/10/2025 20:29:40 Relacionamentos • Cidades (3): Assunção/PAR, Buenos Aires/ARG, Sorocaba/SP • Pessoas (14) Aleixo Garcia (f.1526), Alfred Métraux (1902-1963), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Cacique Tayaobá (1546-1629), Curt Nimuendajú, Egon Francisco Willibald Schaden (1913-1991), Henrique Montes, Justiniano (482-565), Léon Cadogan (1899-1973), Pedro de Mendoza, Roque Gonzálies de Santa Cruz (1576-1628), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Sebastião Caboto (1476-1557), Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (28): Aldeia de Tabaobi, Algodão, Caciques, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cariós, Cayacangas, Cruzes, Farinha e mandioca, Fortes/Fortalezas, Galinhas e semelhantes, Gentios, Guaranis, Itatins, Léguas, Milho, Ouro, Payaguás, Pela primeira vez, Porcos, Rei Branco, Rio da Prata, Rio Paraguay, Rio Paraná, Serra dos Itatins, Vinho, Xókleng
Em memória de São Tomé: pegadas e promessas a serviço da conversão do gentio (séculos XVI e XVII). Em Eliane Cristina Deckmann Fleck 2010. Atualizado em 24/10/2025 20:40:25 Relacionamentos • Pessoas (4) Antônio Vieira (1608-1697), José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Simão Rodrigues • Temas (3): Carijós/Guaranis, Farinha e mandioca, Tapuias • 1. Os Atos de Tomé, do início do século III (201 á 300) 201 • 2. Carta de Manoel da Nóbrega 10 de abril de 1549 • 3. “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” 10 de agosto de 1549 Ao Pe. Navarro, ele daria mais detalhes: “Têm notícia igualmente de S. Thomé e de um companheiro e mostram certos vestígios em uma rocha,que dizem ser deles, e outros sinais em S. Vicente [...] Dele contam que lhes dera os alimentos que ainda hoje usam, que são raízes e ervas e comisso vivem bem; não obstante dizem mal de seu companheiro, e não sei porque, senão que, como soube, as flechas que contra ele atiravam voltavam sobre si e os matavam.” (Carta IV In: Moreau, 2003, p.267 [grifo nosso]).
• 4. Em seu Sermão do Espírito Santo, o padre Antônio Vieira discorre sobre as razões do envio de São Tomé 1657
Atualizado em 01/11/2025 01:43:38 Caminho do Peabiru: Um resgate cultural para o Turismo, Valdir Corrêa, Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade, Universidade da região de Joinville - Univille
• 1°. Luis Galdino (2002) em seu livro O melhor do Planeta
Atualizado em 01/11/2025 01:43:39 São Tomé esteve aqui - revista.istoe.com.br
• 1°. Relatos da presença de São Tomé Caminho feito no Brasil por santo dover para crer vira rota de peregrinos. O Brasil já tem a sua versão do célebre Caminho de Santiago de Compostela na Espanha. Um novo roteiro de peregrinação, envolto por lendas religiosas, une-se à oferta de aventuras em meio às trilhas na Mata Atlântica, entre pastagens, plantações, bosques e a nascente do rio Paranapanema. São 200 quilômetros dentro do Estado de São Paulo, que liga Capão Bonito a Iguape, no litoral. O percurso, batizado de Caminho de São Tomé, foi inaugurado por uma comitiva de 30 pessoas. É feito, na média, em cinco dias. Há uma lenda recorrente de que São Tomé, o apóstolo que duvidou da ressurreição de Jesus Cristo – vem daí o bordão “ver para crer” – teria andado pela região para catequizar os índios e se tornado um dos primeiros “homens brancos” a chegar nas Américas. Em vez de participar de missões na Europa e no Oriente, ele teria optado por desbravar novos mundos. A presença de São Tomé na região vem de relatos escritos por jesuítas portugueses que chegaram entre 1502 e 1506. Os religiosos encontraram os índios guaranis com idéias monoteístas e noções de catolicismo. Os ensinamentos eram atribuídos pelos guaranis a um tal de Pai Sumé, descrito por eles como um homem alto de barbas brancas e roupas de linho e cinto de couro. Seria, segundo jesuítas, o apóstolo Tomé. Outros atrativos do caminho dizem mais sobre a história do Brasil. O roteiro passa pela Serra da Macaca, no Vale do Ribeira, onde durante a ditadura o revolucionário Capitão Lamarca escapou de um cerco de milhares de militares. Abriga também cavernas que serviram de esconderijos para combatentes paulistas na revolução de 32. Segundo o secretário de Turismo de Capão Bonito, Gilson Kurtz, a idéia é utilizar a trilha para incrementar o turismo na região, que não foi incentivado, em parte, pela idéia de preservar a Mata Atlântica. Para se tornar um peregrino oficial, basta comprar um passaporte no Museu de Arte Sacra de Capão Bonito. Custa R$ 5. Como as pousadas da região são baratas, não se gasta mais do que R$ 100 com hospedagem e alimentação em todo o trajeto. Quem tiver mais pressa, pode ir de jipe ou a cavalo. O resto é reunir fôlego. E andar com fé.
REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL 2006. Atualizado em 24/10/2025 02:17:30 Relacionamentos • Cidades (6): Assunção/PAR, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Jundiaí/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (12) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Brás Cubas (1507-1592), Caiubi, senhor de Geribatiba, Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Mem de Sá (1500-1572), Pedro Lozano (1697-1752), Rodrigo Alvares (f.1598), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos), Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (36): “o Rio Grande”, Ambuaçava, Caminho até Cananéa, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho do Paraguay, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminho SP-Santo Amaro, Carijós/Guaranis, Casas de Fundição, Colinas, Estradas antigas, Guaianase de Piratininga, Guaré ou Cruz das Almas, Habitantes, Inhapambuçu, Jeribatiba (Santo Amaro), Léguas, Ouro, Peru, Piratininga, Ponte Grande, Portos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pinheiros, Rio Piratininga, Rio Tamanduatei, Tabatinguera, Tordesilhas, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda, Ybyrpuêra
Caminhos e descaminhos: a ferrovia e a rodovia no bairro Barcelona em Sorocaba/SP, 2006. Emerson Ribeiro, Orientadora Drª. Glória da Anunciação Alves 2006. Atualizado em 24/10/2025 02:40:29 Relacionamentos • Cidades (18): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Avaré/SP, Barueri/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Curitiba/PR, Ibiúna/SP, Iguape/SP, Itapetininga/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (7) Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Cristovão Pereira de Abreu (1678-1755), Hans Staden (1525-1576), Hernâni Donato (84 anos), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644) • Temas (15): Apoteroby (Pirajibú), Bairro de Brigadeiro Tobias, Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Caputera, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Corumbá em Sorocaba, Estradas antigas, Inhayba, Iporanga, Nheengatu, Nossa Senhora do Pópulo, Tropeiros, Tupinambás ![]() • 1. Havia indígenas transitando 400 Estes caminhos Inhaíba, Passa-três e Caputera estão próximos ao bairro Brigadeiro Tobias no município de Sorocaba, vindo de São Paulo pela rodovia Raposo Tavares sentido Sorocaba. O caminho da direita vindo hoje de pinheiros tomaria o sentido não exato do que é hoje a rodovia Castelo Branco, saindo do planalto para a depressão periférica encontrando Tatuí e a serra de Botucatu, a que lembrarmos que vários caminhos se cruzavam vindo de vários povoados (fundados) levando os bandeirantes à caça de índios e mais tarde o surgimento de um comércio de pequenas trocas nesses lugarejos.
Encontro de mundos: o imaginário colonial brasileiro refletido nos sermões do padre Antônio Vieira 2006. Atualizado em 24/10/2025 19:46:28 Relacionamentos • Cidades (3): Jerusalém/MUN, São Luís/MA, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Antônio Vieira (1608-1697), Francisco de Saavedra (n.1555), Tomás de Aquino (1225-1274) • Temas (2): Escravizados, Jesuítas ![]() • 1. António Vieira chegou à Bahia, onde em 1619 seu pai passou a trabalhar como escrivão no Tribunal da Relação da Bahia, o que motivou a vinda de toda a família 1619 Nascido em lar humilde, na Rua do Cónego, freguesia da Sé, em Lisboa, foi o primogénito de quatro filhos de Cristóvão Vieira Ravasco (Santarém, 1568 - ?), cujo pai Baltasar Vieira Ravasco era natural de Moura e cuja mãe era filha de uma parda, e de sua mulher Maria de Azevedo (Lisboa, 1584 - ?), filha de Brás Fernandes de Azevedo, de Lisboa.[3][4][5]Cristóvão serviu na Marinha Portuguesa e foi, por dois anos, escrivão da Inquisição. Mudou-se para o Brasil em 1614, para assumir cargo de escrivão em Salvador, na Bahia, mandando vir a família em 1618.António Vieira chegou à Bahia, onde em 1619 seu pai passou a trabalhar como escrivão no Tribunal da Relação da Bahia, o que motivou a vinda de toda a família. Em 1614, iniciou os primeiros estudos no Colégio dos Jesuítas de Salvador,[6] onde, principiando com dificuldades, veio a tornar-se um brilhante aluno. Segundo o próprio, foi a partir de um "estalo" na cabeça que, de súbito, tudo clareou: passou a entender com facilidade e a guardar tudo o que lia na memória. Até hoje muitos se referem a fenômeno semelhante a esse como "o estalo de Vieira" Vieira diz: "Mas Tomé, que teve a maior culpa (de incredulidade), vá pregar aos gentios do Brasil, e pague a dureza de sua incredulidade com ensinar a gente mais bárbara e mais dura."Porque esta é a diferença que há de umas nações a outras. Nas da Índia muitas são capazes de conservarem a fé sem assistência dos pregadores; mas nas do Brasil nenhuma há que tenha esta capacidade. Esta é uma das maiores dificuldades que tem aqui na conversão. Há de se estar sempre ensinando o que já está aprendido, e há de se estar sempre plantando o que já está nascido, sob pena de se perder o trabalho e mais o fruto.Apesar de defender a liberdade dos nativos, Vieira reconhece que, sem o seu trabalho escravo ou servil, não haveria possibilidade de funcionamento da estrutura sócio-econômica montada pela metrópole na colônia. Esta posição é verificável no "Sermão da Primeira Dominga da Quaresma", pregado na cidade de São Luís do Maranhão, no ano de 1653: "Este povo, esta república, este Estado, não se pode sustentar sem nativos." [p. 88]
Atualizado em 01/11/2025 01:43:39 O Apóstolo S. Tomé, o Império português e o lugar do Brasil Maria Lêda Oliveira Universidade do Algarve
• 1°. “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” As primeiras notícias sobre a sacralização da mandioca aparecem a partir do estabelecimento missionário no Brasil. A 15 de Abril de 1549, o padre Manuel da Nóbrega informava o padre Simão Rodrigues que "Também me contou pessoa fidedigna que as raízes de que cá se faz ho pão, que São Tomé as deu, porque cá não tinhão pão nenhum. E isto se sabe da fama que anda entre elles, quia patres eorum nuntiaverunt eis". [p. 5]
EDUCACIÓN Y EVANGELIZACION. LA EXPERIENCIA DE UN MUNDO MEJOR X JORNADAS INTERNACIONALES SOBRE MISIONES JESUÍTICAS CARLOS A. PAGE (ED.) 2005. Atualizado em 24/10/2025 20:40:24 Relacionamentos • Cidades (2): Buenos Aires/ARG, Tucumán/ARG • Pessoas (7) Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Cacique Tayaobá (1546-1629), Diego de Salazar (n.1592), José Cataldino (1571-1653), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Nicolas Mastrillo Duran (1570-1653), Simão Macetta (n.1582) • Temas (15): Aldeia de Los angeles, Caminho do Peabiru, Deus, Encarnação, Epidemias e pandemias, Guayrá, Nheengatu, Peru, Peste bubônica, Rio Huybay, Rio Latipagiha, San Antonio del Iñiay, Santo Ignácio Mini, Taiati (São Francisco Xavier), Ybitirembá
Atualizado em 31/10/2025 07:46:21 Marcos Fernandes, pouco depois da morte do pai, obteve chãos em São Paulo, no caminho da Cruz, de parceria com Baltazar Gonçalves e Brás Gonçalves, todos ditos “irmãos”
• 1°. Atas O Peabiru não era, porém, o “caminho do mar” da população da vila, mas o caminho do interior; há entre os dois uma relação disjuntiva de oposição geográfica, e não de oposição semântica. O caminho do mar era concreto, com usuários conhecidos, constantemente feito e refeito pela mão-de-obra de terra; de sua conservação dependiam as trocas comerciais entre São Paulo e o litoral. Era o caminho quinhentista por excelência, mas, à medida que outros núcleos periféricos à vila iam surgindo ou se alastrando por pontos distantes, novos caminhos começam a se impor à população, como os caminhos de Birapoera ou Virapoeira (atual Ibirapuera), descrito nas Atas desde 1575; Piquiri, Ambuaçava, Pinheiros, Ipiranga (variante do “caminho do mar”), Samambaitiva, Tejuguassu, Guarepe (desaparecido).
Atualizado em 01/11/2025 01:43:40 Luis Galdino (2002) em seu livro O melhor do Planeta
Atualizado em 30/10/2025 03:32:38 Àmérica portuguesa: paraíso terreal. Sandro da Silveira Costa, Mestre em História - UFSC
• 1°. Agentes da Casa Fugger de Augsburg, os poderosos banqueiros do Imperador Carlos V, adquiriram, entre diversa pedraria, um grande diamante de 67.5 quilates • 2°. Carta de Manoel da Nóbrega A uma das pegadas mostradas na Bahia, de que dá conta Vasconcellos, referiu-se provavelmente o Padre Manoel da Nóbrega, onde escreveu, em carta de 1549, que "[...] sus pisadas están sendadas cabo a un rio, los quales yo fuy a ver por más certeza dela verdad, y vi con los proprios ojos quatro pisadas muy sefialadas con sus dedos [...]". Segundo os índios, quando o santo deixou aquelas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e lá chegando, abriu-se o rio à sua passagem, e ele caminhou por seu leito a pé enxuto, até chegar à outra margem, onde foi à Índian. Parece claro que muitas menções à presença de São Tomé na América se devem, sobretudo, à colaboração dos missionários católicos, onde incrustaram-se tradições cristãs em crenças originárias dos índios. Parece claro também que a presença das pegadas de São Tomé na América foi associada à passagem de algum herói [Páginas 9 e 10 do pdf]
Atualizado em 30/10/2025 22:18:16 A Cidade Perdida da Bahia: mito e arqueologia no Brasil Império*
Atualizado em 31/10/2025 09:07:07 Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar
• 1°. O “Descobrimento” do Brasil (...) Há vários autores que dizem terem sido os selvagens brasileiros apenas de dois grupos; o Tupi e o Guarani. As diversas tribos (Tupinambás, Tupiniquins, Tamoios, Tapuias, Carijós e Aimorés) não constituíam propriamente nações independentes e, sim, grupos que se separavam e ganhavam dos outros nativos como que apelidos, devido a práticas que adotavam ou características que adquiriam. Seria, num exemplo grosseiro, como que um grupo de paulistanos que fosse morar em determinado lugar e passassem só a se alimentar de frutas e passasse a ser conhecido como "os fruteiros" ou "os frutistas". Assim, seriam uma só grande nação Tupi e, bem ao sul nos territórios hoje ocupados pelo Rio Grande do Sul e Paraguai, os Guaranis, esses com influências de nações do oeste (talvez mochicas ou outros). [Páginas 9 e 10] Em um ponto de seu livro, Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) "Nos campos de Piratininga, no vale do Tietê, entravam os Tupiniquins. Os tupinambás, a leste, sempre inimigos dos portugueses. Ao sul e sudoeste de São Paulo os Carijós - quase sempre também inimigos". E continua: "Depois das grandes lutas entre Tupiniquins e Carijós, os Tupiniquins povoaram a região de Sorocaba e seus sertões". [Página 14] De posse de todos esses dados e afirmativas, somos levados a crer o seguinte: Os nativos Tupiniquins tomaram posse da região de Sorocaba partindo do litoral para onde haviam vindo, desde a Bahia e, após a luta contra os Tupinambás, ali se fixaram. Muitos eram aliados dos portugueses nas lutas contra os carijós e Tupinambás. Outras tinham sido reduzidos à condição de escravos. Mas, às vezes, revoltavam-se contra os portugueses. Azevedo Marques é um dos que, também, denomina os selvagens Tupiniquins, do grupo dos Carijós, colocando os verdadeiros Carijós nas proximidades do Rio Tietê (o antigo Anhembi). [Página 15] • 2°. Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” Quando Martim Afonso de Souza desembarcou na Barra do Tumiarú, em praias vicentinas, em 22 de janeiro de 1532, trazia em sua companhia o mestre Bartolomeu Fernandes, alcunhado "Bartolomeu Carrasco", um "ferreiro contratado para atender por dois anos aos reclames de peças de ferro da Armada e dos integrantes desse primeiro estabelecimento luso em solo brasileiro". • 3°. Tupinambás (...) Há vários autores que dizem terem sido os selvagens brasileiros apenas de dois grupos; o Tupi e o Guarani. As diversas tribos (Tupinambás, Tupiniquins, Tamoios, Tapuias, Carijós e Aimorés) não constituíam propriamente nações independentes e, sim, grupos que se separavam e ganhavam dos outros nativos como que apelidos, devido a práticas que adotavam ou características que adquiriam. Seria, num exemplo grosseiro, como que um grupo de paulistanos que fosse morar em determinado lugar e passassem só a se alimentar de frutas e passasse a ser conhecido como "os fruteiros" ou "os frutistas". Assim, seriam uma só grande nação Tupi e, bem ao sul nos territórios hoje ocupados pelo Rio Grande do Sul e Paraguai, os Guaranis, esses com influências de nações do oeste (talvez mochicas ou outros). [Páginas 9 e 10] Em um ponto de seu livro, Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) "Nos campos de Piratininga, no vale do Tietê, entravam os Tupiniquins. Os tupinambás, a leste, sempre inimigos dos portugueses. Ao sul e sudoeste de São Paulo os Carijós - quase sempre também inimigos". E continua: "Depois das grandes lutas entre Tupiniquins e Carijós, os Tupiniquins povoaram a região de Sorocaba e seus sertões". [Página 14] De posse de todos esses dados e afirmativas, somos levados a crer o seguinte: Os nativos Tupiniquins tomaram posse da região de Sorocaba partindo do litoral para onde haviam vindo, desde a Bahia e, após a luta contra os Tupinambás, ali se fixaram. Muitos eram aliados dos portugueses nas lutas contra os carijós e Tupinambás. Outras tinham sido reduzidos à condição de escravos. Mas, às vezes, revoltavam-se contra os portugueses. Azevedo Marques é um dos que, também, denomina os selvagens Tupiniquins, do grupo dos Carijós, colocando os verdadeiros Carijós nas proximidades do Rio Tietê (o antigo Anhembi). [Página 15] • 4°. “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes” Assim, o ofício de ferreiro ia sendo mantido em pequena escala pelos povoadores. Havia o medo de que esse ofício fosse ensinado aos nativos os quais poderiam produzir armas de ferro, em substituição às rústicas que usavam, de pedra, madeira ou osso. E isso era fundado pois que, até 1583, os Procurador da Justiça do Rei, Gonçalo Madeira, havia acusado um tal Manoel Fernandes de conviver com os nativos no sertão fabricando armas de ferro para eles, e acrescentava que "isso era de muito prejuízo para a terra". • 5°. Ata • 6°. Mineiros, fundidores, ferreiros e outros oficiais trazidos às capitanias de baixo, que assim se chamavam então a de São Vicente e as outras existentes do Espírito Santo para o sul • 7°. Caminho Era pedido ao Capitão General que fosse feita a guerra. Em outra sessão da Câmara, em 30 de maio de 1586 (Livro de Atas), falando-se da interdição de pontes e caminhos, explicava-se que assim era melhor, pois só havia praticamente mulheres e crianças, pois todos os homens estavam na guerra contra o gentio. • 8°. Afonso Sardinha exerceu o cargo de juiz ordinário Em 1587, porém ele era eleito Juiz e há vários documentos por ele assinados, com seu sinal particular, a cruz com três hastes. • 9°. Muitos forasteiros • 10°. Ataque tem a intenção de tomar o caminho do mar Em 9 de abril de 1590, a Câmara mandava aviso ao Capitão-Mor para que acudisse, pois havia notícias de que os nativos do sertão vinham marchando em grande número contra São Paulo. • 11°. “Antonio Arenso chegou quinta-feira a sua fazendo fugindo do sertão” Em 17 de maio de 1590, Antonio Arenso enviava notícia ao Capitão Jerônimo Leitão, veiculada pela Câmara, onde dizia que havia informações de que uma expedição fora toda dizimada e todos na Vila estavam preparados com armas e mantimentos, para acudirem aos arredores da mesma, onde já estavam por chegar os nativos. • 12°. Por terem matado Domingos Grou Em 7 de julho do mesmo ano, a Câmara recebeu notícias de que houvera um encontro nas cercanias, em que morreram 50 homens brancos e os nativos, proclamando seu valor e bravura, atreviam-se a vir até os arredores próximos, atacando fazendo e matando muitos brancos e escravizados. (...) • 13°. Em 20 de janeiro de 1591, a câmara é informada de que os nativos se ajuntavam no sertão e iam invadir São Paulo • 14°. Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido Portanto, em 1597, já existia, em funcionamento, o engenho de ferro com dois fornos catalães do morro de Araçoiaba. • 15°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses Enfim, partiu D. Francisco para as minas de Araçoiaba. Imagine-se uma viagem que hoje em dia pode ser feita de carro em uma hora e meia e que, naquele tempo, durava em média, segundo cronistas antigos, cerca de 18 dias! Mas a grande e brilhante comitiva, pois só de soldados havia trezentos e mais "gente de marcação da Armada que trouxe dito Senhor" • 16°. “Estando em Biraçoyaba, passou ordem ao provedor Braz Cubas, para fazer cobrar 200$000 do fiador dos flamengos João Guimarães e Nicolau Guimarães, para as despezas que estavam fazendo com a gente do trabalho, com que se achava naquelas minas e com os soldados de infantaria que o acompanhavam” Mas a grande e brilhante comitiva, pois só de soldados havia trezentos e mais "gente de marcação da Armada que trouxe dito Senhor" - segundo informa Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) - "que de Biracoiaba, passou ordem, dada de 2 de agosto de 1599, ao Provedor da Fazenda, fazendo cobrar duzentos mil reais, do fiador dos flamengos, João Guimarães, para as despesas que estavam fazendo com gente de trabalho que com ele se achava naquelas minas, em cujo lavor, estabelecimento houveram despesas e com os soldados de infantaria que o acompanhavam do resto. • 17°. Primeiro sobrado São Paulo era uma cidade pobre. Primeiro as pobres choupanas de que se compunha o povoado, depois asas de taipa. Só muitas décadas após meados do século XVI é que começam aparecer telhados, pois antes as cobertas eram de palha. Um primeiro sobrado aparece já em 1611, de propriedade de Lourenço Ruxaque. [Página 24] • 18°. D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” Pois repetimos: Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) não alude a Vila. Cita apenas que D. Francisco levantou pelourinho e denominou as minas de Nossa Senhora do Monserrate. Um ou outro autor acrescentava Monte Serrate do Itapevussú, mas isso não aparece na obra de Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). E ele continua sendo a melhor fonte de pesquisas para aquela época em Araçoiaba. Então, segundo nos acode ao raciocínio, poderia, muito bem, em melhores casas, mais bem construídas, de Afonso Sardinha e seus principais auxiliares, no Itavuvú, ter ficado D. Francisco indo, diariamente, como o faria, nesta hipótese, o próprio Afonso Sardinha, para o local das minas e dos engenhos. [p. 58,59, 60 e 61] • 19°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil • 20°. Sorocaba • 21°. Segundo autores, em 1620, os habitantes se retiraram para o Itavuvu, hoje terras de Sorocaba • 22°. Pedido de Pedro da Silva e seu filho Gaspar Sardinha • 23°. Pedro da Silva e Gaspar Sardinha, são netos de conquistadores, casados e filhos. Pedem chãos atrás de S. Francisco para a banda do Anhangabaú • 24°. Tayaobi Enfim, partiu D. Francisco para as minas de Araçoiaba. Imagine-se uma viagem que hoje em dia pode ser feita de carro em uma hora e meia e que, naquele tempo, durava em média, segundo cronistas antigos, cerca de 18 dias! • 25°. Os irmãos Cabral, Manoel Fernandes de Abreu e Martins Garcia Lumbria, foram autorizados por Carta Régia a explorar os minerais existentes no morro de Ipanema • 26°. Carta Régia mandando dar índios para a diligencia das minas de prata e ferro de Sorocaba, realizada por Luiz Lopes de Carvalho e Fr. Pedro de Souza • 27°. História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) Pois repetimos: Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) não alude a Vila. Cita apenas que D. Francisco levantou pelourinho e denominou as minas de Nossa Senhora do Monserrate. Um ou outro autor acrescentava Monte Serrate do Itapevussú, mas isso não aparece na obra de Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). E ele continua sendo a melhor fonte de pesquisas para aquela época em Araçoiaba. Então, segundo nos acode ao raciocínio, poderia, muito bem, em melhores casas, mais bem construídas, de Afonso Sardinha e seus principais auxiliares, no Itavuvú, ter ficado D. Francisco indo, diariamente, como o faria, nesta hipótese, o próprio Afonso Sardinha, para o local das minas e dos engenhos. [Araçoiaba e Ipanema, 1997. João Monteiro Salazar. Páginas, 58,59, 60 e 61] • 28°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre • 29°. Estrada Real, Koboyama • 30°. “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil Em um ponto de seu livro, Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) "Nos campos de Piratininga, no vale do Tietê, entravam os Tupiniquins. Os tupinambás, a leste, sempre inimigos dos portugueses. Ao sul e sudoeste de São Paulo os Carijós - quase sempre também inimigos". E continua: "Depois das grandes lutas entre Tupiniquins e Carijós, os Tupiniquins povoaram a região de Sorocaba e seus sertões". • 31°. Mãe, mestra e guia: uma análise da iconografia de Santa’Anna. Por Maria Beatriz de Mello e Souza*
A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja 1996. Atualizado em 09/10/2025 02:04:16 Relacionamentos • Cidades (12): Assunção/PAR, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Laguna/SC, Peruíbe/SP, Porto Belo/SC, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Francisco do Sul/SC, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tucumán/ARG • Pessoas (24) Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Ângelo de Siqueira Ribeiro do Prado (1707-1776), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Bernardo de Armenta, Fernão Cardim (1540-1625), Henrique Montes, Inácio de Siqueira, Jerônimo Rodrigues (f.1631), Jesus Cristo (f.33), João de Sousa, José de Anchieta (1534-1597), Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Preto (1559-1630), Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794), Nuno Manoel (1469-1531), Padre João Fernandes Gato, Papa Paulo III (1468-1549), Pedro Dorantes, Pero Correia (f.1554), Roque Gonzálies de Santa Cruz (1576-1628), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Sebastião Caboto (1476-1557), Simão de Vasconcelos (1597-1671) • Temas (41): Açúcar, Bilreiros de Cuaracyberá, Botocudos, Caciques, Caminho do Mar, Caminho do Piquiri, Carijós/Guaranis, Cayacangas, Cruzes, Curiosidades, Escravizados, Franciscanos, Gentios, Guaianase de Piratininga, Ilha de Santa Catarina, Jesuítas, Léguas, Mbiaça (Laguna), Meiembipe, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Música, Nheengatu, Papagaios (vutu), Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Piqueri, Portos, Redução de Loreto, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Rio da Prata, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Itapocú, Rio Paranapanema, Rio Pirapo, Rio São Francisco, Rio Uruguai, São Paulo de Piratininga, Sertão dos Patos, Tupis, Xókleng • 1. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel 12 de outubro de 1514 • 2. Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires 1538 Conforme já afirmamos, São Francisco do Sul foi o berço de Santa Catarina e a primeira presença cristã e franciscana em território catarinense. Em 1537, uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires. Estava acompanhada de cinco franciscanos, tendo como superior Frei Bernardo de Armenta, natural de Córdova na Espanha. Dos outros frades se conhece o nome de Alonso Lebrón, natural das Ilhas Canárias. [Páginas 60, 61 e 62, 2, 3 e 4 do pdf]
• 3. Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas 1 de maio de 1538 Em princípios de 1538, após infrutíferas tentativas de entrar no Rio da Prata, a nau Marañona foi arrastada pela tempestade e se refugiou no porto de São Francisco. Desembarcando com seus companheiros, Frei Bernardo de Armenta não perdeu tempo e iniciou o trabalho de Evangelização. Foi auxiliado por três espanhóis da expedição de Caboto que tinham ficado na terra catarinense e que conheciam a língua nativa. A 1° de maio de 1538 Frei Bernardo escreveu a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas: "Isto aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los"´. Estas palavras deixaram os nativos muito impressionados. Esiguara desempenhara o papel de precursor. Em São Francisco, os frades encontraram este campo favorável devido a ele. Esiguara foi um tipo de pregador ambulante servindo-se de linguagem apocalíptica, que tão fundo calava na receptiva alma carijó. O campo estava fertilizado pela sua palavra. Também lhes ensinara entoar hinos e cânticos, através dos quais aprenderam a guardar os mandamentos e a ter uma só mulher de remota consanguinidade. Quando chegaram os espanhóis, náufragos da expedição de Alonso Cabera, os Carijós julgaram que fossem os irmãos dos discípulos de São Tomé. Receberam-nos com muito amor, levando-os para as suas aldeias, dando-lhes comida e bebida e varrendo os caminhos por onde andavam. Alguns discípulos de Esiguara receberam os frases com incrível alegria e chegavam a ser chatos, no dizer do Frei Bernardo, com tantos agrados que faziam. Continua o frade: "Tão grande é o número de batizados quase nada podemos fazer afora deste ministério. Nem para dormir ou comer há quase tempo. De boa vontade casam com uma só mulher e os que estavam acostumados a ter mais de uma, separam-se das outras. Os velhos, dos quais alguns tem mais de 100 anos, recebem com mais fervor a fé, e o que de nós aprendem, comunicam-no publicamente aos outros". Frei Bernardo de Armenta viu que sozinho não daria conta do ministério. Entusiasmado, pediu que fossem enviados pelo menos 12 confrades de vida apostólica das Províncias de Andaluzia e dos Anjos, conforme escreveu ao Dr. Juan de Bernal Diaz de Luco:"São tão grandes as maravilhas que Nosso Senhor realiza entre eles que não saberia contar, nem haveria papel suficiente para descrevê-las. Portanto, em nome daquele amor que Jesus Cristo teve pelo gênero humano em querer-nos redimir na preciosa árvore da Cruz, pois toda a sua obra foi para salvar e redimir almas, e aqui temos tão grande tesouro delas, peço que V. Mercê assuma esta empresa como sua e fale a S. Majestade e a esses senhores do Conselho, para que favoreçam tão santa obra, e o favor será que nos enviem 12 frades de nossa Ordem de São Francisco, que sejam acolhidos, e que S. M. os peça na Província de Andaluzia e na dos Anjos. E encarregue S. M. aos provinciais destas Províncias que enviem frades como Apóstolos. E, além disso, que S. M. envie um feitor seu que traga trabalhadores que não tenham ofício de conquistadores." Este último pedido é indicativo do projeto evangelizados de Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón: pedem lavradores que não sejam conquistadores, e missionários que não acompanhem a Conquista. Conforme anotaremos depois, os dois frades tinham muito claro que o anúncio do Evangelho não podia se resumir a um apêndice da obra conquistadora, incapaz de se livrar da violência e da morte. Estavam convencidos, igualmente, de que o trabalho apostólico ultrapassava a fronteira nitidamente religiosa e se deveria fazer muito para a promoção do nativo: "Venham também muitos camponeses com perito chefe agricultor, que mais proveitosos são do que os soldados, porque estes nativos devem ser convencidos pelo amor, não pelo ferro". Dá importância às ferramentas, às espécimes de gado, ovelhas, sementes de cana-de-açúcar, algodão, trigo, cevada e todas as qualidades de frutas, sem esquecer de contratar também mestres de açúcar, para montar engenhos. Inclui também artistas. Os lavradores que chegassem a São Francisco ou à Ilha de Santa Catarina deveriam estabelecer estreita colaboração com os nativos, que poderiam ajudá-los a plantar canaviais e lavrar as roças. A este projeto missionário deu o nome de "Província de Jesus". Podemos afirmar que, de um lado, Frei Bernardo de Armenta possuía entusiástico espírito apostólico e se achegou ao nativo sem preconceito, alimentado pelo amor e não pelo interesse; por outro lado, não escapou do projeto colonizador, ao pedir que chegasse agricultores andalusos para trabalhar as terras, das quais fatalmente os carijós passariam a ser servos, deixando de ser donos. Tal entusiamo fez com que o chefe da expedição temesse perder os frases. Por isso, proibiu-os de saírem da embarcação, o que não amedrontou a Armenta e Lebrón, que ameaçaram Cabrera de excomunhão por violar a liberdade eclesiástica, o Direito Canônico e os privilégios franciscanos, pois não tinha autoridade sobre eles, que não foram enviados pelo Rei e nem socorridos pela sua Fazenda. Quanto a eles, permaneceram no território catarinense, enquanto seus companheiros foram para o Rio da Prata. Então desceram ao sul, fundando uma missão entre os nativos carijós na região chamada Mbiaça (Laguna). Percorreram o litoral catarinense num raio de 80 léguas. [Páginas 60, 61 e 62, 2, 3 e 4 do pdf] 4.2 - O Mito do Pai Sumé Em sua carta a Juan Bernal Diaz de Luco, a 1° de maio de 1538, Bernardo de Armenta fala que Esiguara anunciava a seu povo que após ele "viriam os verdadeiros discípulos de São Tomé"." Isto que dizer que já estava vivo no meio carijó o mito Apóstolo Tomé que teria estado na América e anunciado a Evangelização posterior. Estamos diante de um mito cujo desenvolvimento supõe o encontro de três tradições: a dos primeiros cristãos americanos, a dos primeiros frades e a dos jesuítas. Os primeiros cristãos que chegaram à América devem ter utilizado o mito para convencer os nativos a aceitarem o Evangelho. No Paraguai, Perú, Bolívia já se tinha implantado o mito. Com a chegada de Frei Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón, os nativos devem ter fundido neles a imagem mítica de São Tomé nas Américas. Os frades entendiam sua missão não como um trabalho estável, mas como preparação para a chegada de outros evangelizados, o que de fato ocorreu em 1539, com a chegada de seis franciscanos ao Rio da Prata. Isto confirmou as palavras que se colocavam na boca de São Tomé: "Chegaram outros sacerdotes em suas terras, e que alguns virão apenas rapidamente, pera logo retornar, mas que os outros sacerdotes, que chegarão com cruzes nas mãos, esses serão seus verdadeiros padres, e ficarão sempre com eles, os farão descer até o rio Paranapané, aonde farão duas grandes reduções, uma na boca do Pirapó e outra no Itamaracá". São exatamente os dos locais onde, naquele tempo, os jesuítas organizaram as reduções de Loreto e Santo Inácio. Neste momento já estamos diante da terceira tradição: a dos Jesuítas, que identificaram o mito do Pai Sumé (São Tomé) com os frades, com ele buscando legitimidade histórica e religiosa para seu trabalho. Pai Sumé é o enviado de Deus que prepara seu caminho, que prega a Boa-Nova, que anuncia o estabelecimento definitivo do Cristianismo. Neste sentido, Lebrón e Armenta, andarilhos por Mbiaça, Itapocu, Campo, Ubay e Pequiri, formam um mito metade realidade, metade idealidade. [Página 64, 6 do pdf]
• 4. Acusação do Fiscal, Licenciado Villalobos, contra Cabeza de Vaca, em Madri, a 20 de janeiro de 1546 20 de janeiro de 1546 Acusação do Fiscal, Licenciado Villalobos, contra Cabeza de Vaca, em Madri, a 20 de janeiro de 1546: "Durante o caminho que Alvar Nuñes fez por terra, abandonou treze cristãos, dos quais dois morreram e os demais escaparam dizendo que eram filhos de Pai Sumé, que é o Comissionário Frei Bernardo de Armenta, frade da Ordem de São Francisco". [p. 64, 6 do pdf]
• 5. Irala teria chegado no salto do Avanhandava às margens do rio Anhembi 1552 Efetivamente os nativos identificaram Armenta com Pai Sumé. Apenas três citações: 1) Pedro Durantes: "Depois, nesta casa e nas outras que encontrei pelo caminho em seis jornadas que andei pelo Campo, me receberam bem pelo que lhes dava, e porque os nativos que andavam comigo diziam que eu era filho do Comissário a quem eles chamavam de Pai Sumé".
Atualizado em 01/11/2025 01:43:40 A Legenda de São Tomé no Brasil e nas Américas. Carlos Sodré Lanna, catolicismo.com.br*
• 1°. Carta de Manoel da Nóbrega Poucos dias após sua chegada aqui, em março de 1549, escrevia: “Também me contou pessoa fidedigna que as raízes de que cá se faz pão, que São Tomé as deu, porque cá não tinham pão”. Sobre o Brasilbook.com.br |