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Referências e teorias sobre o nome Itapocu. Correio do Povo, de Jaraguá do Sul. José Alberto Barbosa 14 de julho de 1989, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:37:23 Relacionamentos • Cidades (9): Araquari/SC, Assunção/PAR, Buenos Aires/ARG, Corupá/SC, Itajaí/SC, Jaraguá do Sul/SC, Niterói/RJ, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (19) Alfredo Romário Martins (25 anos), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Américo Vespúcio (1454-1512), Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Brás Cubas (1507-1592), Joan Blaeu (1596-1673), João Mendes de Almeida (1831-1898), João Sanches "Bisacinho", Johannes Janssonius (1588-1664), Luiz Martins, Manuel Aires de Casal (1754-1821), Pero Correia (f.1554), Plínio Marques da Silva Ayrosa (4 anos), Reinhard Maack, Robert Southey, Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos), Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Willem Jansz Blaeu (1571-1638) • Temas (28): Arqueologia, Babitonga, Cachoeiras, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminhos até São Vicente, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Cavalos, Cemitérios, Descobrimento do Brazil, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Geografia e Mapas, Ilha de Santa Catarina, Itacolomy, Nheengatu, Peru, Piqueri, Rio da Prata, Rio dos Dragos, Rio Itapocú, Rio Paraná, Rio Pirayh, Rio Tibagi, Santa Catarina, Serra do Mar ![]()
Atualizado em 31/10/2025 06:31:04 O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla ![]() Data: 2020 Créditos: “Razias”, Celso E Junko Sato Prado Peabiru-s: São Vicente, Santa Catarina e o ramal Ponta Grossa a Sorocaba, e a esta ligação o acesso a partir de Cananéia Imagem, a grosso modo, pelas descrições de Valla
• 1°. “fomos dar com os índios às suas aldeias, que estavam 4 ou 5 léguas dali, e indo achamos uns índios que andavam com grande pressa fazendo o caminho por aonde havíamos de passar, e ficaram muito tristes porque não tinham acabado”
História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert 1977. Atualizado em 24/10/2025 20:58:05 Relacionamentos • Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (9) Antônio Vieira (1608-1697), Diogo Domingues de Faria (1618-1690), João III, "O Colonizador" (1502-1557), José de Anchieta (1534-1597), Luís Vaz de Camões (1524-1580), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Tomás de Aquino (1225-1274), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (2): Santa Ana, Senzalas ![]() • 1. O “Descobrimento” do Brasil 22 de abril de 1500 É por demais conhecido o fato de que toda a empresa marítima portuguesa foi expressa pelos contemporâneos em linguagem religiosa e, mais ainda, missionária. Os contemporâneos (página 23) nos dão a impressão de que, para eles, o maior acontecimento depois da criação do mundo, excetuando-se a encarnação e morte de Jesus Cristo, foi a descoberta das índias.
• 2. Carta de Manoel da Nóbrega 10 de abril de 1549 Persuadir de que? Sem duvida da necessidade de salvação pela audição do evangelho: a soteriologia da salvação universal ligada a audição física e auricular de vocábulos evangélicos parece estar subjacente a todo 0 imenso esforço de doutrinação dos nativos e africanos no Brasil. A palavra pronunciada e importante, a vocábulo, a ensino, a doutrina transmitida maquinalmente. Apenas quinze dias apos sua chegada ao Brasil, no dia 10 de abril de 1549, Nóbrega já escreve: "O irmão Vicente Rijo ensina a doutrina aos meninos cada dia, e também tem escola de ler e escrever... Desta forma ir-lhes-ei ensinando as orações e doutrinando-os na fé até serem hábeis para o batismo."
• 3. “Os nativos tem memória do dilúvio e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui.. ” agosto de 1549 Nos vocábulos usados pelos indígenas descobriu-se o nome de Tomé, ou sua corruptela. Nas crenças Indígenas detectou-se algum vestigia da pregação apostólica, evidentemente deteriorada pelo. "falsa" tradição dos principais. Poucos meses depois de sua chegada ao Brasil, em agosto de 1549, escreve Nóbrega em sua Informação das Terras do Brasil: Eles [os indígenas] tem memória do dilúvio ... e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui...
• 4. Ainda Anchieta, em suas Informações, mencionava: os “índios carijós que são das Índias de Castela...” 1584
Atualizado em 29/10/2025 23:26:24 “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP* ![]() Data: 1971 Página 10
• 1°. São Tomé e o Caminho do Peabiru O nativo vinha e ia, despreocupado de roteiros. Seguia a direção apenas geral e remota, dos rios e dos montes, “caminhos quase sem caminhos; incertos e tênues caminhos, em parte marcados no solo... em parte nos galhos das árvores”. Isto, em toda a costa dos descobrimentos portugueses. Em São Vicente, a exceção. Vestida de mistério, galgando a serra do mar, oferecia-se ao europeu estrada definida, antiga, visivelmente transitada. Oito palmos de largura, mergulhando nas distâncias interiores. Os que naqueles primeiros dias de Brasil viram o trecho de serra acima, reconhecendo que pouco perdia para as vias de Portugal, quiseram saber: “Que é isto? Quem realizou este trabalho?” “Peabiru!”, respondeu o nativo. • 2°. Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” Nos dois primeiros séculos de Brasil, a crença em uma anterior estada física de São Tomé, estava acima de dúvidas. Fizera um intervalo em suas tarefas na Índia para vir falar de Cristo aos nossos nativos. Na crônica daqueles anos não há voz discordante. Em 1515, a "Nova Gazeta da Terra do Brasil", refere-se a "lembrança que os nativos tinham de São Tomé, cujas pegadas quiseram mostrar aos portugueses". [Página 5] • 3°. Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” • 4°. Carta de Manoel da Nóbrega Manoel da Nóbrega, contra quem não cabe o rótulo de fantasioso, noticiou em carta de 1549: "Dizem eles que São Tomé, a quem eles chamam Zamé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus antepassados, e que suas pisadas estão assinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver por mais certeza da verdade, e vi com meus próprios olhos quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais cobre o rio quando enche; dizem também que, quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios que o queriam flechar, e chegando ali, se lhe abrira o rio e passara por meio dele à outra parte, sem se molhar, e dali fôra para a Índia." [p. 6] • 5°. Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” A este ponto, Tomé de Sousa não hesitou. Nada de arriscar-se. Preferiu indispor-se com os jesuítas a deixar vulnerável os domínios do seu rei. Ao qual escreveu a 1 de junho de 1553: “Achei que os de São Vicente se comunicavam muito com os castelhanos e tanto que na Alfandega rendeu este ano passado cem cruzados de direitos de coisas que os castelhanos trazem a vender. E por ser esta gente que parece que por castelhanos não se pode V.A. desapegar deles em nenhuma parte, ordenei com grandes penas que este caminho se evitasse, até o fazer saber a V.A. e por nisto grandes guardas e foi a causa por folguei de fazer as povoações que tanto dito no campo de São Vicente de maneira que me parece que o caminho estará vedado (...)” [Página 12] • 6°. Peabiru É seu Tomé de Souza que o impede de partir. A 15 de junho de 1553, relata ao padre Luís Gonçalves da Câmara porque não seguira ainda: "... a principal causa de todas para atrapalhar foi fechar o caminho por causa de os castelhanos, que estão a pouco mais de 100 léguas desta capitania. E tem-se por certo haver muita prata nessa terra, e tanto que dizem haver serras delas, e muita notícia de ouro, cujo serro está neste caminho..." [“Peabiru”, 10.1971. Hernâni Donato do IHGSP. Página 12] • 7°. “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada A proibição foi travo amargo para Nóbrega. O Paraguai era seu objetivo. Acreditava-se em terras portuguesas. E lá estava o núcleo maior de nativos, a junção de grandes rios, a abertura para o coração do continente. É seu amigo Tomé de Souza que o impede de partir. A 15 de junho de 1553, relata ao padre Luís Gonçalves da Câmara porque não seguira ainda: "...a principal causa de todas para atrapalhar foi fechar o caminho por causa de os castelhanos, que estão a pouco mais de 100 léguas desta capitania. E tem-se por certo haver muita prata nessa terra, e tanto que dizem haver serras delas, e muita notícia de ouro, cujo serro está neste caminho..." [Página 11] • 8°. “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão” Nos fins de 1553, o mesmo Nóbrega que tanto insistia em jornadear o caminho e tanto lamentaria o seu fechamento, enviou padres e irmãos que se juntassem aos nativos e erguessem o colégio que logo seria povoação. [Página 12] • 9°. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão Teria sido também para mantê-lo (o Caminho do Peabiru), além da ameaça do tupiniquim que de amigo se tornara inimigo, que em 1560, abriu-se o áspero caminho do Cubatão, ligando São Paulo ao lagamar vicentino. É bem pode ter ocorrido que, para seguir à risca a ordenança, deixou-se parecer a fundação de Maniçoba (proximidade da atual cidade de Itu), o primeiro aldeamento no sul do Brasil). Houve longo silêncio sobre o Peabiru. "Perdeu-se de tal modo a tradição desse caminho - lamenta-se Batista Pereira em sua carta a Paulo Duarte - que, apesar de saber quanto Santo André lhe estava à orla, a localização da vila à borda do campo era até há pouco um problema". • 10°. Partida da expedição de Bras Cubas* De poucas violações se tem notícias. Assis de Moura revela algumas. De São Paulo tocou-se para o sertão gente como "Diogo Nunes, na sua viagem ao Paraguai e ao Peru; o nativo Miguel, cristão convertido de São Vicente, que regressava do Paraguai à sua redução; Bras Cubas e Luís Martins que, em 1562, se internaram pelo país em distância de 300 léguas". Estes já não seguiam caminho chamado Peabiru mas, dizia-se, de São Tomé. • 11°. Guerra A proibição foi cumprida. Para nativos, plebeus e nobres, portugueses e castelhanos. Mesmo gente como João de Salazar, Melgarejo e filhos de Luís Góis, querendo ir ao Paraguai e não vendo outro roteiro senão aqueles vedado, não obtiveram a necessária licença. E uma vez conhecida a sua intenção, passaram a ser vigiados. Os tupis eram ótimos para o serviço de observação. Tão ciosos, que da vigilância passaram à perseguição. Lá se foram os fidalgos espanhóis, às escondidas, até encontrar o rio, onde lhes foi possível embarcar. Anos mais tarde, um grupo de gente paraguaia aproximou-se de São Paulo. A indiada tupi, afeita ao controle do caminho, caiu-lhe em cima e todos teriam morrido, não fosse a decidida intervenção dos jesuítas. Mesmo para os soldados ludos estava vetado o Peabiru. Em 1584, para a guerra contra os carijós, as forças velejaram pelo litoral, alongando o caminho, a fim de não romper a proibição. • 12°. “os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar” • 13°. Hernando Arias estimula a ida de soldados de Villa Rica pelo mesmo caminho de São Paulo para estabelecer contatos Do outro lado, do rio Paraná não houve proibição e sim desejo de retomar contato, chegar por terra ao Atlântico sem as dificuldades e as latitudes do Prata. Em novembro de 1603, quatro soldados de Vila Rica do Espírito Santo romperam em São Paulo. Viagem tranquila, calçada nos antigos roteiros e um século atrás. Causaram assombro. Tal como vieram os quatro, poderiam vir quatrocentos, caravanas de mercadores ou magotes de assaltantes. Mas também os de São Paulo poderiam surpreender os de lá. Havia lembranças e crônicas do caminho das selvas - da "estrada nacional dos nativos". São Paulo festejou os quatro exploradores. Promessas foram feitas. Pensar-se-ia no reatamento de relações, iriam os daqui e receberiam bem os que aparecessem. No fim da visita, o pretexto de cordialidade e despedidas, doze (outros documentos dizem quinze) paulistanos acompanharam os visitantes. Teriam levado a missão secreta de "conhecer e levantar novamente o roteiro do Peabiru". A partir daí, o caminho retomou por algum tempo a sua importância. Em muitos pontos, o longo traçado já não seria mais que referências, sinais, memórias. Tinham-se acabado a imponência e os cuidados viários que lhe haviam imprimido seus construtores. • 14°. parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios Em 1628, quando Raposo Tavares levou ao Guairá uma das maiores e principais bandeiras saídas de Piratininga, seguiu o roteiro que Alfredo Ellis Júnior retraçou assim: "Saindo de São Paulo, foi pela crista planaltina bordejante da Serra do Mar. Pinheiros, Apotribu, Quitaúna, Maruí, etc., foram deixados para trás, como marcos de uma caminhada em direção de Guairá. Por fim, eis Araçoiaba..."
“Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1969. Atualizado em 23/10/2025 15:57:18 Relacionamentos • Cidades (13): Araçoiaba da Serra/SP, Assunção/PAR, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Lisboa/POR, Malaca/MAL, Paraty/RJ, Potosí/BOL, São Paulo/SP, São Tomé de Meliapor/IND, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP • Pessoas (54) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio de Sousa (1584-1631), Baccio Filicaya, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Cubas (1507-1592), Carlos V (1500-1558), Christovam Jacques (1480-1531), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Diogo de Meneses e Sequeira (1553-1635), Diogo Flores Valdez (1530-1595), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Duarte Barbosa, Duarte Lemos, Felippe Guilhem (n.1487), Filipe III, o Piedoso (1578-1621), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pizarro González (1476-1541), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gonçalo da Costa, Henrique Montes, Hernando Arias de Saavedra (1561-1634), Jaime Zuzarte Cortesão (15 anos), Jean de Laet (1571-1649), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Pereira Botafogo (1540-1627), João Sanches "Bisacinho", Juan Diaz de Solís, Luis Sarmiento de Mendoça, Marcos de Azevedo, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim de Orue, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Nicolas del Techo (1611-1680), Nuno Manoel (1469-1531), Paschoal Fernandes, Pedro Dorantes, Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Pero Domingues 2° (n.1578), Pero Lobo, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Sebastião Caboto (1476-1557), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos), Thomas Griggs, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Walter Raleigh (1552-1618), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (36): Bacaetava / Cahativa, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Colinas, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Diamantes e esmeraldas, El Dorado, Estradas antigas, Gentios, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Guayrá, Ilha da Madeira, Incas, Lagoa Dourada, O Sol, Ouro, Paraúpava, Pela primeira vez, Peru, Porcos, Porto dos Patos, Prata, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Jaguari, Rio Paraguay, Serra de Paranapiacaba, Terra sem mal, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Tupinambás, Tupis ![]() • 1. Martin Waldseemüller chega a converter em “pagus S. Paulli ”, originando a hipótese de que se acharia ali o mais antigo povoado europeu no Brasil 1507 onde ficara a impressão das pisadas, para consigo levarem as raspasem relicários. Foi, em parte, a êsse hábito que, segundo o autor daCrônica da Companhia, se deveu o desgaste das ditas rochas, até aopaulatino desaparecimento das pegadas que já nos meados do séculoXVII eram invisíveis, pôsto que a lembrança delas ainda a guardassemos antigos. Além disso era sua existência atestada em certas cartas dedoação, onde se lia por exemplo: "Concedo uma data de terra sita naspegadas de São Tomé, tanto para tal parte, tanto para outra[ .... ]"10•A relação dos milagres do apóstolo, aqui como na índia, nãofica, porém, nisso, e sua notícia não nos chegou unicamente atravésdos padres missionários. Ao próprio Anthony Knivet, tido por herege,que em certo lugar chamado Itaoca ouvira dos naturais ter sido alio lugar onde pregara São Tomé, mostraram perto do mesmo sítio umimenso rochedo, que em vez de se sustentar diretamente sôbre o solo,estava apoiado em quatro pedras, pouco maiores, cada uma, do queum dedo. Disseram-lhe os índios que aquilo fôra milagre e que arocha era, de fato, uma peça de madeira petrificada. Disseram mais,que o apóstolo falava aos peixes e dêstes era ouvido. Para a parte domar encontravam-se ainda lajedos, onde o inglês pudera distinguirpessoalmente grande número de marcas de pés humanos, todos de igualtamanho li. Parece de qualquer modo evidente que muitos pormenores dessaespécie de hagiografia do São Tomé brasileiro se deveram sobretudoà colaboração dos missionários católicos, de modo que se incrustaram,afinal, tradições cristãs em crenças originárias dos primitivos moradores da terra. Que a presença das pegadas nas pedras se tivesseassociado, entre êstes, e já antes do advento do homem branco, àpassagem de algum herói civilizador, é admissível quando se tenha emconta a circunstância de semelhante associação se achar disseminadaentre inúmeras populações primitivas, em todos os lugares do mundo.E é de compreender-se, por outro lado, que entre missionários e catequistas essa tendência pudesse amparar o esfôrço de conversão dogentio à religião cristã. Não admira, pois, se a legenda "alapego de sam paulo", que numadas mais antigas representações cartográficas do continente sul-americano, a de Caverio, aparentemente de 1502, se acha colocada emlugar aproximadamente correspondente à bôca do Rio Macaé, no atualEstado do Rio de Janeiro e que, em 1507, Waldseemüller chega aconverter em "pagus S. Paulli", originando a hipótese de que se achariaali o mais antigo povoado europeu no Brasil, levasse pelo menos umestudioso e historiador à idéia de que a outro apóstolo cristão, alémde São Tomé, se associassem as impressões de pés humanos encontradas em pedras através de várias partes do Brasil e ligadas pelosíndios à lembrança ancestral de algum personagem adventício que, ao lado de revelações sobrenaturais, lhes tivesse comunicado misteres maiscomezinhos, tais como o plantio, por exemplo, e a utilização da mandioca 12. Essas especulações foram reduzidas a seus verdadeiros limites,desde que Duarte Leite, aparentemente com bons motivos, explicoucomo a discutida palavra "alapego" não passaria de simples corrupçãode "arquipélago", alusivo à pequena Ilha de Sant´Ana, em frente à fozdo Macaé e a algumas ilhotas circunvizinhas. Em realidade a identificação de rastros semelhantes no ExtremoOriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu"preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde odizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua,não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI. A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo : "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put(é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui ahistória de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?"14. Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto noOriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes.Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval equinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo,que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas aosanto, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aosíndios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora umpenedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima,como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por seremiguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110]
• 2. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel 12 de outubro de 1514 Pode dar-se idéia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado«ie São Tomé nas índias, e não apenas nas índias Orientais, lembrando como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro, já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã , referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, à Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. “Eles têm recordação de São Tomé”, diz o texto. E adianta: “Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que têm cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior”. “No país chamam freqüentemente a seus filhos Tomé.” A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.” E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” O crédito universal do motivo da impressão dos pés humanos, a que provavelmente não seriam alheios os nossos índios, a julgar pelos testemunhos de numerosos cronistas, dava ainda mais corpo à idéia. Aos europeus recém-vindos tratavam logo os naturais de mostrar essas impressões, encontradas em várias partes da costa. Simão de Vasconcelos, por exemplo, refere-nos como as viu em cinco lugares diferentes: para o norte de São Vicente; em Itapoã, fora da barra da Baía de Todos os Santos; na praia do Toqué Toqué, dentro da mesma barra; em Itajuru, perto de Cabo Frio, e na altura da cidade de Paraíba, a sete graus da parte do sul, para o sertão. Neste último lugar, com um penedo solitário, achavam-se duas pegadas de um homem maior e outras duas menores, de onde tirou o jesuíta que não andaria só o apóstolo e reporta-se, aqui, a São João Crisóstomo tanto quanto ao Doutor Angélico, segundo os quais se fazia ele acompanhar, em geral, de outro discípulo de Cristo: “as segundas pegadas menores”, escreve, “devem ser deste” 5. Por sua vez, Frei Jaboatão, dos Frades Menores, diz que no lugar do Grojaú de Baixo, sete léguas distante do Recife de Pernambuco, vira gravada a estampa de um pé, e era o esquerdo, “tão admiravelmente impresso, que à maneira de sinete em líquida cera, entrando com violência pela pedra, faz avultar as fímbrias da pegada, arregoar a pedra e dividir os dedos, ficando todo o circuito do pé a modo que se levanta mais alto que a dita pedra sobre que está impressa a pegada” 6 . Admite que sem embargo de atribuir-lhe a fama do vulgo a São Tomé, seria antes de um menino que andasse em sua companhia, porventura seu anjo da guarda. E a causa da suspeita estava na pequenez da impressão, que mostrava ser de um menino de cinco anos, com pouca diferença.
• 3. Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” 1515 Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.”. E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” [Páginas 135 e 136] À fé comum dos índios Tupi poderia o cronista da Companhia juntar a de muitos descobridores e conquistadores brancos do Novo Mundo. O próprio Colombo não começara por ver no Pária, precisamente ao norte da Amazônia, em lugar que Schõner, no seu Globo de 1515, chega a identificar com o Brasil - Paria sive Brasília - a verdadeira porta do Éden? E não lhe parece tão bom como o do Fison o ouro que na mesma terra se criava? Mais tarde, sob a forma de Eldorado, se deslocaria esse paraíso colombino para a Guiana e para o rio de Orellana. Nem faltariam argumentos ainda mais respeitáveis, apoiados estes em escritos de teólogos antigos e modernos, a favor da crença dos que situassem o sagrado horto no coração do Brasil, e de preferência na Amazônia. Observa Vasconcelos que muitos daqueles teólogos, entre eles o próprio São Tomás de Aquino, teriam colocado o Paraíso debaixo da linha equinocial, cuidando que era a parte do mundo mais temperada (...) [Página 173] Confirmadas, bem ou mal, as notícias obtidas pela expedição lusitana de 1514 e documentadas na Nova Gazeta acerca das terras do ouro e prata, não tardariam muito em manifestar-se os ciúmes e divergências nacionais em torno de sua posse. Entre as Coroas de Portugal e Castela, que eram as diretamente interessadas, conduziu-se a polêmica sem acrimônia visível, como convinha a casas reais tão intimamente aparentadas, e no entanto com obstinada firmeza. A esperança dos maravilhosos tesouros, alvo de todas as ambições, dissimulava-se naturalmente sob raciocínios mais confessáveis, de sorte que não vinham à tona senão argumentos como o da demarcação ou o da prioridade. Não menos do que os castelhanos, presumiam-se os portugueses favorecidos, neste caso, pela linha de Tordesilhas, chegando mesmo a reivindicar todo o litoral que se estende até o estuário platino ou mais ao sul. E quem provaria a sem-razão dessas pretensões? Quanto ao problema das prioridades eram capazes de apresentar argumentos ainda mais impressionantes. [Página 91]
• 4. São Thomé 1516 Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira. Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." [Páginas 135 e 136]
• 5. Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires 1538 Na atividade que, já a partir de 1538, e até 1546, ano em que morreu, desenvolvera na Ilha de Santa Catarina, no continente vizinho, no Guairá e até em Assunção, o Frade Bernardo de Armenta, comissário da Ordem de São Francisco, estariam, muito possivelmente, os acontecimentos históricos que podem ter servido para avivar a lenda. A alta reputação ganha por ele entre os indígenas teria sido partilhada e talvez herdada, até certo ponto, por outro franciscano que o acompanhou e lhe sobreviveu, Frei Alonso Lebron, o mesmo que Pascoal Fernandes iria aprisionar em 1548, levando para São Vicente 39 . A este podia corresponder, na história, o papel atribuído no mito indígena ao “companheiro” de Sumé. Sabe-se que Frei Bernardo percorreu, pelo menos uma vez, em toda a sua extensão, o caminho chamado de São Tomé quando acompanhou, à frente de uma centena de índios, o Governador Gabeza de Vaca, e que o tinham em grande acatamento aqueles índios. Posto que o não estimasse o “adelantado ”, autor de sérias acusações ao seu comportamento, entre outras a de que, junto com Frei Alonso Lebron, guardaria encerradas em sua casa mais de trinta índias dos doze aos vinte anos de idade 40, a boa conta em que era geralmente havido entre catecúmenos e gentios Carijó espelha-se no nome que todos lhe atribuíam de Pay Zumé, como a identificá-lo com figura mítica. Consta que, ao chegar a Santa Catarina, onde aceita a oferta do feitor real Pedro Dorantes, que se propõe ir descobrir o caminho “por donde garcia entró”, Cabeza de Vaca conseguiria realizar mais facilmente o intento de penetrar por terra até o Paraguai pelo fato de o julgarem os índios filho do comissário da Ordem de São Francisco, ou seja, de Bernardo de Armenta, “a quien ellos dizen Payçumé y tienen en mucha veneración”, segundo se expressaria em carta o próprio Dorantes 43 . No que dirão mais tarde os guaiarenhos aos missionários jesuítas, não parece muito fácil separar o que pertenceria ao franciscano, predecessor daqueles na obra de catequese, dos atributos do personagem mitológico celebrado pelos seus avós e a eles comunicado de geração em geração. Mesmo no nome dado ao caminho que, da costa do Brasil, procurava as partes centrais do continente, não se prenderia, de alguma forma, a lendária tradição a uma verdade histórica ou, mais precisamente, ao fato de o ter trilhado Frei Bernardo, que na imaginação dos índios da terra deveria ser figura mais considerável do que o adelantado? O certo, por este ou outro motivo, é que o mítico Sumé assume então no Paraguai, em particular no Guairá, que se achava para todos os efeitos dentro do Paraguai, proporções que desconhecera na América Lusitana, de precursor declarado e verdadeiro profeta da catequese jesuítica. Que dizer então do Pay Tumé peruano, em quem se acrisolam suas virtudes taumatúrgicas, dando ensejo à formação de toda uma brilhante hagiografia capaz de emparelhar-se com a do apóstolo cristão nas supostas andanças através do extremo oriente? [Páginas 152 e 153]
• 6. “Do lado espanhol” 1628 • 7. Ruiz Montoya en Indias (1608-1652). Francisco Jarque (1609-1691) 1687 Francisco Jarque, por sua vez, na biografia que escreveu de Montoya, além de reproduzir o que diz este das origens e fama do mesmo caminho chamado de São Tomé, refere como, por ele, “el Peabiyu, que es el camino que llaman de San Tomé”, tratara o Padre Antônio Ruiz de recolher os catecúmenos que se tinham escapado, em 1628, às garras dos “portugueses dei Brasil”, assim como à servidão a que os queriam sujeitar os espanhóis da Vila Rica iniciando, à beira dele, a fundação de um povoado que teria, afinal, destino idêntico ao dos outros, destruído que foi pelos mamelucos de São Paulo.
• 8. Já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo 1699 Também Nicolas dei Techo, recorrendo ao testemunho de Nóbrega, apoiado pelas razões de Orlandini, o historiador da Companhia, refere, já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo. Conserva-se, adianta, “igual todo el ano, sin mas que las hierbas crecen algo y difieren bastante de las que hay en el campo, ofreciendo el aspecto de una via hecha con artificio; jamás la miran los misioneros dei Guairá que no experimenten grande asombro”. Além disso, perto da capital do Guairá existiriam elevados penhascos coroados de pequenas planícies onde se viam, como em várias partes do Brasil, gravadas sobre o rochedo, pisadas humanas. Contavam os indígenas como, daquele lugar, costumava o apóstolo, freqüentemente, pregar ao povo que acudia de toda parte a ouvi-lo.
• 9. Missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação com S. Tomé 1791 Em realidade a identificação de rastros semelhantes no Extremo Oriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu "preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde o dizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua, não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI. A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo: "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put (é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui a história de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?" 14. Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto no Oriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes. Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval e quinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo, que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da 1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas ao santo, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aos índios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora um penedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima, como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por serem iguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110]
Atualizado em 31/10/2025 06:31:07 “O Índio Etiguara” e o “Caminho de São Tomé”? Jornal O Apóstolo ![]() Data: 1946 Página 2
• 1°. Der Newen Zeytung auss Pressilg I Landt Diz o P. Rafael Galanti (História do Brasil, vol I, 177) que a "Cópia der Newen Zeytung auss Pressilg I Landt" deve ser impresso em 1508, muito antes de chegarem os jesuítas ao Brasil e contudo já se refere a mesma tradição (de São Tomé) na costa do Brasil. • 2°. Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas • 3°. Chegada* Lendo o que o sr. Evaldo escreveu no "O Apóstolo" sobre o nativo Etiguara, achei que aquilo decerto teria alguma relação com o "Caminho de Peabirú" ou "Caminho de São Tomé". Lemos na História do Paraná (pg. 121 e 122): Chamavam os nativos Peabirú a um caminho pré-colombiano, que se estendia por mais de 200 léguas, da costa de São Vicente ao Rio Paraná. Diz Romário Martins na sua História de Paraná (pg. 124): "Após a entrada dos jesuítas no território dos Guaíra (1610), o caminho de Peabirú foi dado como sendo o trilho percorrido pelo Apóstolo São Tomé. A vinda deste ao Novo Mundo era corrente entre os nativos da região do Peabirú e mesmo em sertões ainda não visitados pelos missionários. Não só no Brasil e no Paraguai, mas em toda a América do Sul era voz corrente entre os nativos que ´um homem extraordinário´por aí andara pregando o Evangelho; que fora ele quem ensinara a utilizar a mandioca; e a herva-mate; que predissera o fastígio e a destruição do Guaíra, que anunciara a vinda dos missionários que haviam de pregar as mesmas verdades como ele. Numa rocha á margem do Piquirí diziam haver as pegadas de SUMÉ ou ZUMÉ ou TOMÉ" etc. Diz o P. Rafael Galanti (História do Brasil, vol I, 177) que a "Cópia der Newen Zeytung auss Pressilg I Landt" deve ser impresso em 1508, muito antes de chegarem os jesuítas ao Brasil e contudo já se refere a mesma tradição (de São Tomé) na costa do Brasil.
Atualizado em 31/10/2025 12:54:26 Um rei reinava sobre a região da Ásia ao sul do Himalaia, agora representada pelo Afeganistão, Baluchistão, Punjab e Sind, que ostentava o nome de Gondophernes ou Guduphara
• 1°. Journal of R. Asiatic Soc., 1905, p. 235). 1905 Pouco se registra sobre o apóstolo São Tomé, mas, graças ao quarto Evangelho, sua personalidade nos é mais clara do que a de alguns outros dos Doze . Seu nome aparece em todas as listas dos sinóticos ( Mateus 10:3 ; Marcos 3:18 ; Lucas 6 , cf. Atos 1:13 ), mas em São João ele desempenha um papel distinto. Primeiro, quando Jesus anunciou sua intenção de retornar à Judeia para visitar Lázaro , "Tomé", chamado Dídimo [o gêmeo], disse aos seus condiscípulos: "Vamos também nós, para que morramos com ele" ( João 11:16 ). Novamente, foi São Tomé quem, durante o discurso antes da Última Ceia, levantou uma objeção: "Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?" ( João 14:5 ). Mas, mais especialmente, São Tomé é lembrado por sua incredulidade quando os outros apóstolos lhe anunciaram a Ressurreição de Cristo : "Se eu não vir em suas mãos o sinal dos pregos, e não puser meu dedo no lugar dos pregos, e não puser minha mão em seu lado, não acreditarei" ( João 20:25 ); mas oito dias depois ele fez seu ato de fé , atraindo a repreensão de Jesus : "Porque me viste, Tomé, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram" ( João 20:29 ). Isso esgota todo o nosso conhecimento seguro sobre o Apóstolo, mas seu nome é o ponto de partida de uma considerável literatura apócrifa , e há também certos dados históricos que sugerem que parte desse material apócrifo pode conter germes de verdade . O principal documento a seu respeito é a "Acta Thomae" , preservada até nós com algumas variações tanto em grego quanto em siríaco, e que apresenta sinais inconfundíveis de sua origem gnóstica . Pode, de fato, ser obra do próprio Bardesanes . A história, em muitos de seus detalhes, é completamente extravagante, mas é a data inicial , sendo atribuída por Harnack (Chronologie, ii, 172) ao início do terceiro século, antes de 220 d.C. Se o local de sua origem for realmente Edessa , como Harnack e outros, por razões sólidas, supuseram (ibid., p. 176), isso daria considerável probabilidade à declaração, explicitamente feita em "Acta" (Bonnet, cap. 170, p. 286), de que as relíquias do Apóstolo Tomé, que sabemos terem sido veneradas em Edessa , realmente vieram do Oriente. A extravagância da lenda pode ser julgada pelo fato de que em mais de um lugar (cap. 31, p. 148) ela representa Tomé (Judas Tomé, como é chamado aqui e em outros lugares na tradição siríaca) como o irmão gêmeo de Jesus . O Tomé em siríaco é equivalente a didymos em grego e significa gêmeo. Rendel Harris, que exagera bastante o culto aos Dióscuros, deseja considerar isso como uma transformação do culto pagão de Edessa , mas o ponto é, na melhor das hipóteses, problemático. A história em si é resumida da seguinte forma: Na divisão dos Apóstolos, a Índia caiu nas mãos de Tomé, mas ele declarou sua incapacidade de ir, e então seu Mestre Jesus apareceu de forma sobrenatural a Abban, o enviado de Gundafor, um rei indiano, e vendeu Tomé a ele para ser seu escravo e servir Gundafor como carpinteiro. Então Abban e Tomé navegaram até chegarem a Andrápolis, onde desembarcaram e compareceram à festa de casamento da filha do governante. Ocorrências estranhas se seguiram e Cristo , sob a aparência de Tomé, exortou a noiva a permanecer virgem. Chegando à Índia , Tomé se comprometeu a construir um palácio para Gundafor, mas gastou o dinheiro que lhe fora confiado com os pobres. Gundafor o aprisionou ; mas o Apóstolo escapou milagrosamente.e Gundafor foi convertido. Viajando pelo país para pregar, Thomas se deparou com estranhas aventuras com dragões e jumentos selvagens. Então, ele chegou à cidade do Rei Misdai (Mazdai siríaco), onde converteu Tertia, esposa de Misdai, e Vazan, seu filho. Depois disso, foi condenado à morte, levado para fora da cidade, para uma colina, e trespassado com lanças por quatro soldados. Ele foi enterrado no túmulo dos antigos reis, mas seus restos mortais foram posteriormente removidos para o Ocidente. É certamente um fato notável que, por volta do ano 46 d.C., um rei reinava sobre a região da Ásia ao sul do Himalaia, agora representada pelo Afeganistão, Baluchistão, Punjab e Sind, que ostentava o nome de Gondophernes ou Guduphara. Sabemos disso pela descoberta de moedas , algumas do tipo parta com lendas gregas, outras do tipo indiano com as lendas em um dialeto indiano em caracteres kharoshthi. Apesar de diversas pequenas variações, a identidade do nome com o Gundafor da "Acta Thomae" é inconfundível e dificilmente contestada. Além disso, temos a evidência da inscrição Takht-i-Bahi, que é datada e que os melhores especialistas aceitam como estabelecendo que o Rei Gunduphara provavelmente começou a reinar por volta de 20 d.C. e ainda reinava em 46. Novamente, há excelentes razões para acreditar que Misdai ou Mazdai podem muito bem ser uma transformação de um nome hindu feito em solo iraniano. Neste caso, provavelmente representará um certo Rei Vasudeva de Mathura, sucessor de Kanishka. Sem dúvida, pode-se argumentar que o romancista gnóstico que escreveu os "Acta Thomae" pode ter adotado alguns nomes históricos indianos para conferir verossimilhança à sua invenção, mas, como o Sr. Fleet argumenta em seu artigo severamente crítico, "os nomes apresentados aqui em conexão com São Tomás claramente não são os mesmos que viveram na história e tradição indianas" (Journal of R. Asiatic Soc., 1905, p. 235). ver mais
Atualizado em 30/10/2025 22:19:33 Doze códices de papiro encadernados em couro (e um tratado de um décimo terceiro) enterrados em um jarro selado foram encontrados por um fazendeiro egípcio chamado Muhammed al-Samman e outros no final de 1945*
• 1°. O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente 2020 A referência a São Tomé no Oriente Médio e Ásia possuiu fortes raízes no cristianismo primitivo. Com a descoberta da Biblioteca Nag Hammadi, em 1945, no Alto Egito, constante de treze códices de papiro embrulhados em couro dentro de um jarro de barro enterrado, formando uma coleção de textos do cristianismo primitivo que vai da fundação até o Primeiro Concílio de Niceia (325 d. C.), havia entre os escritos um Evangelho de Tomé. Cf. Greenblatt (2018, p. 67). [p. 135] ver mais
Atualizado em 31/10/2025 06:31:12 “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13 ![]() Data: 1940 Página 13
• 1°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias • 2°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas O mapa atribuído a Gusmàn, autor da "Argentina", e exumado do Arquivo das Índias de Sevilha por Zeballos, parece ter sido feito entre 1606 e 1608, segundo me informa Sérgio Buarque de Holanda, baseado em Paul Groussac. É uma fonte interessantíssima para o estudo do povoamento do sul do Brasil. Particularmente vêem aí mencionadas três vilas: São Vicente, São Paulo e São Felipe. Esta última é a antiga Itapebussú, para onde se haviam mudado os primitivos povoadores trazidos ao Araçoiaba por D. Francisco de Souza no fim de 1599. Ao lado está a inscrição: "minas de ouro no Brasil". De fato, sabe-se que a fundação daquele governador geral no Ipanema, obedeceu ao intento de encontrar ouro e prata, nas pegadas de Afonso Sardinha, anterior de 10 anos. O arraial de Monte Serrat, título adotado pela devoção do fidalgo, teve duração efêmera e, enquanto o ambicioso reinol despedido do governo geral, andava na corte madrilenha a solicitar favores para continuar a empresa das minas, os proto-sorocabanos se transferiam para o Itavuvu. • 3°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava • 4°. Francisco* É uma fonte interessantíssima para o estudo do povoamento do sul do Brasil. Particularmente vêem aí mencionadas três vilas: São Vicente, São Paulo e São Felipe.Esta última é a antiga Itapebussú, para onde se haviam mudado os primitivos povoadores trazidos ao Araçoiaba por D. Francisco de Souza no fim de 1599. Ao lado está a inscrição: "minas de ouro no Brasil". • 5°. Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega • 6°. Francisco de Souza chega em São Paulo* O mapa atribuído a Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), autor da "Argentina", e exumado do Arquivo das Índias de Sevilha por Zeballos, parece ter sido feito entre 1606 e 1608, segundo me informa Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), baseado em Paul Groussac. É uma fonte interessantíssima para o estudo do povoamento do sul do Brasil. Particularmente vêem aí mencionadas três vilas: São Vicente, São Paulo e São Felipe.Esta última é a antiga Itapebussú, para onde se haviam mudado os primitivos povoadores trazidos ao Araçoiaba por D. Francisco de Souza no fim de 1599. Ao lado está a inscrição: "minas de ouro no Brasil". De fato, sabe-se que a fundação daquele governador geral no Ipanema, obedeceu ao intento de encontrar ouro e prata, nas pegadas de Afonso Sardinha, anterior de 10 anos. O arraial de Monte Serrat, título adotado pela devoção do fidalgo, teve duração efêmera e, enquanto o ambicioso reinol despedido do governo geral, andava na corte madrilenha a solicitar favores para continuar a empresa das minas, os proto-sorocabanos se transferiam para o Itavuvu. Chega Dom Francisco a São Paulo em 1610 como governador das minas e da repartição sul e confirma a mudança de lugar e de nome, embora não pudesse rever estas regiões com seus olhos de carne, tão cedo fechados á luz do mundo em Piratininga. O pelourinho concedido por d. Francisco a povoação do Ipanema foi ele, pois, transferido a São Felipe, como faz prova a carta em que estamos estudando, e que anota São Felipe com a mesma insignia que São Paulo e São Vicente. Desde então era uma vez São Felipe! Se o povo ficou chamando Itavuvu, inventou ainda outro nome: é o bairro dos Quartéis, por causa de umas ruínas até hoje existentes. Era de fato aquele povoado o mais próximo, então dos castelhanos e dos imensos povos de nativos contra quem era mister previdência, tal como Piratininga foi também fortificada. Explicará essa existência de pequena fortaleza sobreviver no mapa de D´Anville em 1733? Não porque João Cabral Camelo, em manuscrito descoberto pelo sorocabano Varnhagen, por ali passou em 1727 e só viu mataria virgem até o Tietê. Quanto mais podemos adiantar-nos no emaranhado das fontes, afirmamo-nos na certeza de que as "bandeiras" do ciclo do Guairá passaram por Sorocaba (então Ypanema e São Felipe), num caminho terrestre que era o mesmo antigo de São Tomé, dos nativos, e que os primeiros sorocabanos organizaram bandeiras que partiam por terra procurar o Paranapanema. Uma vista rápida sobre esse mapa nos mostrará as reduções do Guairá em frente a Sorocaba. E o rio Sorocaba incrivelmente afluente do Paranapanema! E, pior, da margem esquerda.O fazedor da carta geográfica interrogou viajantes, estes disseram: De São Felipe chega-se ao Paraná, pelo Paranapanema. Mais que depressa, o rio de Sorocaba passou a cair no Paranapanema. Uma verdade que se abusou...O caminho das bandeiras que destruíram o Guairá só podia ser esse mesmo peabirú, depois estrada de tropas com encruzilhada em Itapetininga. Em 1634 Balthazar Fernandes assinava em Parnaíba com os dois irmãos Domingos e André (raça de povoadores), o termo de composição amigável do inventário de sua mãe Suzana Dias. A matrona contemplava no seu testamento as netas filhas do segundo casamento de Balthazar. Deve portanto recuar-se para o mínimo de 1600, senão antes, a época do primeiro casamento de Balthazar. • 7°. “Historia argentina del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Río de la Plata”. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) Uma vista rápida sobre esse mapa nos mostrará as reduções do Guairá em frente a Sorocaba. E o rio Sorocaba incrivelmente afluente do Paranapanema! E, pior, da margem esquerda.O fazedor da carta geográfica interrogou viajantes, estes disseram: De São Felipe chega-se ao Paraná, pelo Paranapanema. Mais que depressa, o rio de Sorocaba passou a cair no Paranapanema. Uma verdade que se abusou...O caminho das bandeiras que destruíram o Guairá só podia ser esse mesmo peabirú, depois estrada de tropas com encruzilhada em Itapetininga. • 8°. Baltahzar dá como dote de casamento à filha Potência de Abreu, casada com Manuel Bicudo Bezarano Desde então (1611) era uma vez São Felipe! Se o povo ficou chamando Itavuvu, inventou ainda outro nome: é o bairro dos Quartéis, por causa de umas ruínas até hoje existentes. Era de fato aquele povoado o mais próximo, então dos castelhanos e dos imensos povos de nativos contra quem era mister previdência, tal como Piratininga foi também fortificada. Explicará essa existência de pequena fortaleza sobreviver no mapa de D´Anville em 1733? • 9°. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba Lemos num articulista sorocabano de há uns 30 anos que ele haveria lido em papéis antigos de cartório a referência a São Felipe. Em 1661, a 3 de março, levantou-se novo pelourinho no lugar da atual Sorocaba, a légua e meia do antigo São Felipe e a três do Ipanema: era a vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, formada com os restos da gente de Dom Francisco de Sousa e os novos povoadores vindos de Parnaíba desde 1645 com Balthazar Fernandes de Abreu. Desde então era uma vez São Felipe! Se o povo ficou chamando Itavuvu, inventou ainda outro nome: é o bairro dos Quartéis, por causa de umas ruínas até hoje existentes. Era de fato aquele povoado o mais próximo, então dos castelhanos e dos imensos povos de nativos contra quem era mister previdência, tal como Piratininga foi também fortificada. • 10°. Mapa “Le Bresil” de Nicolas Sanson (1600-1667) • 11°. O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila • 12°. Mapa das Capitanias Hereditárias proposto por Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) • 13°. Articulista • 14°. 10 mapas curiosos (Adriano C. Koboyama) • 15°. Sofia de Hanôver, consulta em Wikipedia • 16°. História de Boituva, São Paulo – SP, suburbanodigital.blogspot.com • 17°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? • 18°. Interessa à História de Sorocaba: Morpion • 19°. Caminho de São Tomé, hoje chamado Peabiru: Sorocaba-Paranapanema • 20°. Rua Hermelino Matarazzo e o Caminho de São Tomé • 21°. Vila Barão O mapa atribuído a Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), autor da "Argentina", e exumado do Arquivo das Índias de Sevilha por Zeballos, parece ter sido feito entre 1606 e 1608, segundo me informa Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), baseado em Paul Groussac. É uma fonte interessantíssima para o estudo do povoamento do sul do Brasil. Particularmente vêem aí mencionadas três vilas: São Vicente, São Paulo e São Felipe. Esta última é a antiga Itapebussú, para onde se haviam mudado os primitivos povoadores trazidos ao Araçoiaba por D. Francisco de Souza no fim de 1599. Ao lado está a inscrição: "minas de ouro no Brasil". De fato, sabe-se que a fundação daquele governador geral no Ipanema, obedeceu ao intento de encontrar ouro e prata, nas pegadas de Afonso Sardinha, anterior de 10 anos. O arraial de Monte Serrat, título adotado pela devoção do fidalgo, teve duração efêmera e, enquanto o ambicioso reinol despedido do governo geral, andava na corte madrilenha a solicitar favores para continuar a empresa das minas, os proto-sorocabanos se transferiam para o Itavuvu. Chega Dom Francisco a São Paulo em 1610 como governador das minas e da repartição sul e confirma a mudança de lugar e de nome, embora não pudesse rever estas regiões com seus olhos de carne, tão cedo fechados á luz do mundo em Piratininga. O pelourinho concedido por d. Francisco a povoação do Ipanema foi ele, pois, transferido a São Felipe, como faz prova a carta em que estamos estudando, e que anota São Felipe com a mesma insignia que São Paulo e São Vicente. Lemos num articulista sorocabano de há uns 30 anos que ele haveria lido em papéis antigos de cartório a referência a São Felipe. Em 1661, a 3 de março, levantou-se novo pelourinho no lugar da atual Sorocaba, a légua e meia do antigo São Felipe e a três do Ipanema: era a vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, formada com os restos da gente de Dom Francisco de Sousa e os novos povoadores vindos de Parnaíba desde 1645 com Balthazar Fernandes de Abreu. Desde então era uma vez São Felipe! Se o povo ficou chamando Itavuvu, inventou ainda outro nome: é o bairro dos Quartéis, por causa de umas ruínas até hoje existentes. Era de fato aquele povoado o mais próximo, então dos castelhanos e dos imensos povos de nativos contra quem era mister previdência, tal como Piratininga foi também fortificada. Explicará essa existência de pequena fortaleza sobreviver no mapa de D´Anville em 1733? Não porque João Cabral Camelo, em manuscrito descoberto pelo sorocabano Varnhagen, por ali passou em 1727 e só viu mataria virgem até o Tietê. O mapa de Gusman encerra um erro grave que é uma verdade que desfigurou. Quanto mais podemos adiantar-nos no emaranhado das fontes, afirmamo-nos na certeza de que as expedições do ciclo do Guairá passaram por Sorocaba (então Ypanema e São Felipe), num caminho terrestre que era o mesmo antigo de São Tomé, dos nativos, e que os primeiros sorocabanos organizaram bandeiras que partiam por terra procurar o Paranapanema. Uma vista rápida sobre esse mapa nos mostrará as reduções do Guairá em frente a Sorocaba. E o rio Sorocaba incrivelmente afluente do Paranapanema! E, pior, da margem esquerda.O fazedor da carta geográfica interrogou viajantes, estes disseram: De São Felipe chega-se ao Paraná, pelo Paranapanema. Mais que depressa, o rio de Sorocaba passou a cair no Paranapanema. Uma verdade que se abusou...O caminho das bandeiras que destruíram o Guairá só podia ser esse mesmo peabirú, depois estrada de tropas com encruzilhada em Itapetininga. Em 1634 Balthazar Fernandes assinava em Parnaíba com os dois irmãos Domingos e André (raça de povoadores), o termo de composição amigável do inventário de sua mãe Suzana Dias. A matrona contemplava no seu testamento as netas filhas do segundo casamento de Balthazar. Deve portanto recuar-se para o mínimo de 1600, senão antes, a época do primeiro casamento de Balthazar. Foi, portanto, ele em pessoa o primeiro a buscar esposa no Paraguai, donde lhe viria em 1634 o genro Gabriel Ponce de Leon com a turma de emigrados. Era, com efeito o Guayrá como que o vizinho e o "sítio da roça" aonde iam passar uma temporada os povoadores de Parnaíba e em seguida Itú e Sorocaba. • 22°. Consulta em Wikipedia
“El Guairá. Historia de la antiga província (1554-1676)”. Ramón I. Cardozo, professor de História en los colégios de 2a. enseñanza del Paraguay 1938. Atualizado em 06/10/2025 19:14:20 Relacionamentos • Cidades (4): Alambari/SP, Buenos Aires/ARG, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (13) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Cacique Tayaobá (1546-1629), Felippe Romero, Guiraberá, José Cataldino (1571-1653), Juan del Campo y Medina, Juan Diaz de Solís, Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Pedro Lozano (1697-1752), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Taubici • Temas (21): Aldeia de Los angeles, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Cemitérios, Colinas, Cuaracyberá, Guaianás, Guayrá, Ilha de Santa Catarina, Nuatinguy, Redução Santo Thomé, Rio Corumbataí, Rio Huybay, Rio Latipagiha, Rio Paranapanema, Santa Catarina, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Villa Rica del Espírito Santo, Ybitirembá, Ybitiruzú ou Ybiangui • 1. Irala teria chegado no salto do Avanhandava às margens do rio Anhembi 1552 • 2. “Do lado espanhol” 1628 Padre Montoya continuou fundando reduções. Um no próprio planalto de Ybytyrebemtá, num local conhecido como “Cemitério Santo Tomás”, com o nome deste Apóstolo, Santo Tomás. Nessa época, seria em 1628, os pais souberam que o governador Luis de Céspedes Xeria, vindo da Espanha, vinha do Brasil a caminho de Assunção.
A Passagem de São Thomé pelo Brasil, por Eurico Branco Ribeiro 1 de março de 1936, domingo. Atualizado em 06/10/2025 18:09:50 Relacionamentos • Cidades (3): Apucarana/PR, Guarapuava/PR, São Vicente/SP • Pessoas (5) Cristóvão de Colombo (1451-1506), Diogo Garcia de Moguér, Francisco Pizarro González (1476-1541), José Cataldino (1571-1653), Sebastião Caboto (1476-1557) • Temas (12): Atibajiba, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Cemitérios, Descobrimento do Brazil, Guayrá, Redução Santo Thomé, Rio Latipagiha, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Rio Pirapo, Rio Tibagi ![]() • 1. Havia indígenas transitando 400 Em interessante artigo escrito especialmente para a Companhia Editora Nacional, o fino beletrista que é Heitor Moniz, focalizou recentemente, um dos pontos mais curiosos da história da terra brasileira: o que se refere é visita evangelizadora de São Thomé, apóstolo de Christo. O assunto é deveras atraente, tão atraente que nos arrancou da absorção das lides profissionais para revivel-o através da recordação de um passado não muito distante, em que nos sobrava tempo para pacientes pesquisas nos domínios da história pátria. E por ser assunto atraente, repisando-o com o resultado de estudos que fizemos, esperamos que a seguir a palavra dos eruditos venha a lume debatendo-o como informações menos preciosas, com argumentação mais fundamentada, com conclusões mais seguras. Na certeza de que isso se dê, pedimos vênia para reproduzir aqui o que escrevemos em 1918 e em 1922 ao historiar a primeira fase do povoamento da região de Guarapuava, no Paraná, quando ali se instalaram as célebres Reduções Jesuíticas do Guairá. Antes de tudo não está fora de propósito referir que esta questão da visita de um apóstolo de Jesus ás terras que Colombo veio encontrar em 1492 foi estudada com muito carinho, em dias de 1902, pelo monsenhor dr. Camilo Passalacqua, que chegou á convicção da possibilidade de tal cometimento. Mas relatemos, sem mais delonga, o que se sabe a respeito de São Thomé em terras de Guarapuava. Logo depois de encetar as suas peregrinações através dos sertões de Guairá, os jesuítas ficaram surpresos com o que lhes contavam os nativos acerca de um personagem misterioso um "caraíba" de grande poder, que atravessara aquelas paragens em época remota e cujas façanhas eram transmitidas de pai a filho com religiosa emoção. A princípio os missionários deram ouvidos moucos ás palavras dos selvagens. Cedo, porém, desvaneceram-se-lhes as desconfianças: todas as tribos arguidas separadamente, narravam mais ou menos os mesmos fatos. E isso os levou a declarar oficialmente que São Thomé havia estado na margem esquerda do Paraná, entre o Paranapanema e o Iguassú. Viera do lado do Atlântico, atravessando o Tibagi no seu curso médio, galgando a serra da Apucarana, vadeando o Ivahy, enveredando para o Piquiry e dalí prosseguindo não se sabe como nem para onde. E o trajeto que fez ficou indelevelmente assinalado com uma estrada milagrosa de oito palmos de largura, construída pela simples passagem do apóstolo. Ao que parece essa estrada subsistiu por centenas de anos, pois encontramol-a delineada em mapas antigos, com a denominação de estrada de São Thomé, sendo por ela que se fazia no século XVI o percurso de São Vicente ao Paraguay. Washington Luis afirma que os nativos davam a essa estrada o nome de Peabiru ou Piabiin. Em sua passagem, o santo sempre esteve em contato com o íncola, pregando a moral, falando em Deus, fazendo profecias, praticando milagres e ensinando coisas úteis. Discorreu sobre o dilúvio, sobre a conveniência de cada nativo possuir uma só mulher, sobre a vinda de missionários brancos como ele, que deviam modificar seus costumes e guial-os á ilégivel do bem e da retidão corporal e espiritual. Anunciou a ereção de uma vila na foz do Pirapó. Deixou as impressões de seus pés em uma pedra no vale do Piriqui, no lugar donde dirigiu muitas prédicas. Ensinou o uso do fogo, das raízes alimentícias, do "caá" - a saborosa erva mate, cujo poder mortífero o santo exterminou, tostando-a ao fogo com suas sagradas mãos. Na margem esquerda do Ivahy, acima da foz do Corumbatahy, e onde os jesuítas levantaram em sua homenagem a Redução de São Thomé, o apóstolo realizou o enterramento de grande quantidade de selvagens, recebendo, por isso, aquele lugar a denominação de cemitério de "Pay Zumé". Nessas minúcias que ai ficam relatadas pode haver muita coisa de lendário, mas o fato principal o da visita de São Thomé, esse não oferece, hoje em dia, contestação que pese, em vista de provas irrefutáveis colhidas em toda a América. A título de documentação, vejamos o que dizia o missionário José Cataldino ao seu superior no Paraguay, padre Diogo de Torres: "...Muitas coisas me tinham dito desde o princípio estes nativos, acerca do glorioso apóstolo São Thomé, que eles chamavam pay Zumé, o não as tenho escritas antes, para melhor me certificar e averiguar a verdade..." E passa a contar o que lhe relatavam os nativos anciãos e os caciques principais: São Thomé, "vindo das terras do lado do Brasil", chegara ás margens do rio Tibaxiva (Deve ser o Tibagy), onde eles e seus antepassados habitavam. Formavam então uma numerosíssima nação, pelo meio da qual passou pay Zumé em direção ao rio Ivai (2); sabiam ainda que deste rio o santo se dirigiu para o Piriqui. "Nas cabeceiras deste rio, continua o padre Cataldino, dizem os nativos, se acham as pisadas do santo impressas em uma pedra e o caminho pelo qual atravessou estes campos, está ainda aberto, sem se ter nunca fechado, nem ter crescido nunca a erva, apesar de estar no meio do campo onde não trilham os nativos e asseguram que as Também um historiador paraguayo, tendo descrito a passagem de São Thomé por terras sul-americanas, referiu-se, sem garantir sua veracidade, á existência ilegível pedra "nas serras de Guairá", que conserva a impressão de dois pés, sendo considerada como o púlpito de onde pregou o grande santo. Agora raciocinemos um pouco. Seria a visita de São Thomé que abrandou o sentimento combativo do selvagem de Guairá? A resposta deve ser afirmativa; se não o for, por que ao contrário de quase todos os primeiros navegadores ilegível, Diogo Garcia e Sebastião Caboto foram tão bem recebidos pelos habitantes do médio Paraná?
Atualizado em 31/10/2025 05:42:14 “Historia crítica de los mitos en la conquista americana”, Enrique de Gandía
• 1°. “Do lado espanhol” También relata su paso por Paraguay A más del célebre camino que, según la imaginación de los jesuítas, había sido recorrido por Santo Tomás desde la costa del Brasil hasta la provincia de Tayaoba, en el Guairá, había cerca de Asunción un cementerio (cemitério) y un pozo (...) en el cerro de Paraguarí, una capilla abierta (...) en el paraje llamado Mbae pirungá, las huellas de los pies del Apóstol (...) y en el pago de Tacumbú (...), varias piedras (...) Desde el Paraguay se suponía que Santo Tomás había tomado el rumbo del Perú (Gandía, 1929, op. cit.).
Apontamentos para a história dos jesuítas no Brasil, Antônio Henriques Leal 1874. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (2) Luís da Grã (n.1523), Agostinho de Santa Maria (1642-1728) • Temas (1): Jesuítas
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1 1865. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12 Relacionamentos • Cidades (7): Cananéia/SP, Itu/SP, Niterói/RJ, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (11) Antonio de Herrera y Tordesillas, João de Azpilcueta Navarro, João Pineda, José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Padre Manoel de Chaves, Pero Correia (f.1554), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Simão de Vasconcelos (1597-1671) • Temas (25): Bíblia, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Descobrimento do Brazil, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Goayaó, Guaianás, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurupará, Karaibas, Maniçoba, Nossa Senhora da Conceição do Itapucú, O Sol, Paranaitú, Peru, Prata, Rio São Francisco, Tamoios, Tapuias, Topayaras, Tupinambás, Vinho ![]()
Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI 1863. Atualizado em 24/10/2025 04:15:40 Relacionamentos • Cidades (5): Cananéia/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Francisco de Sousa (1540-1611), José Cataldino (1571-1653), Pedro Lozano (1697-1752) • Temas (16): Álcool, Atibajiba, Bíblia, Caminho do Peabiru, Curiosidades, Deus, Estradas antigas, Nheengatu, Ouro, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Latipagiha, Rio Paranapanema, Rio Pirapo, Rio Sorocaba, Rio Ypané • 1. Havia indígenas transitando 400 A vinda do Apóstolo São Thomé á estas partes da América, e principalmente ao Brasil e ás regiões do Paraguay, está baseada em tais fundamentos, que d´ela não se pode duvidar. Faltam monumentos antigos que testifiquem a vinda de São Thomé, e por tanto a tornem perfeitamente certa, mas é inegável que a tradição constante e uniforme de diversas nações do novo mundo, os sinais e vestígios, e o nome de São Thomé conhecido desde tempo imemorial por elas, fazem probabilíssima sua vinda a estas regiões.
• 2. São Tomé e o Caminho do Peabiru 1501 (19) O rio Paraná-pané, cujo nome significa é estéril de peixe, se bem que possante em águas não produz criatura vivente, até que misturando suas águas com as do Pirapó com elas se enriquece de peixes. Nasce este rio, nas remotas campinas de Caayù sobre as eminentes cordilheiras do Brasil, povoadas antes de inumeráveis nativos, mas hoje desertas pelas caçadas dos portugueses. Elevadas e frondosas árvores que parecem querer subir ás nuvens coroam seus vales. Neles encontram plantas aromáticas, madeiras incorruptíveis, cedros, louros, paus amarelos, pau-brasil, e outras mui olorosas e medicinais com varas virtudes, de agradável diversidade e de vivas e variadas cores. Povoaram suas vistosas margens vinte e cinco grandes povoações que bebiam de suas águas; mas existiam muitas outras famílias em crescidíssmo número que viviam sem governo e sem domicilio fixo. Estes nativos plantavam, deitando fogo no terreno e faziam duas colheitas uma no outono, e outra na primavera, porém eram mui preguiçosas para o trabalho, e portanto apesar da fertilidade do solo como pouco trabalhavam, pouco colhiam e continuavam sempre miseráveis. Só sacudiam sua preguiça em ocasiões de guerra que tinham a miúdo com os Tupys do Brasil. Uns e outros comiam seus prisioneiros em festins. Estes nativos tinham notícia bem que confusa do que há um Deus criador do universo, que todo o gênero humano teve princípio em Adão e Eva; que tudo pereceu pelo dilúvio, salvando-se Noé e sua família na arca. Diziam que Pay Zumé (Apóstolo São Thomé) tinha ensinado esta doutrina a seus maiores; porém nenhum culto tributavam a Deus, nem a outra criatura qualquer. A poligamia simultânea, não é unicamente neles um distintivo de autoridade porque se julgavam mais poderosos, segundo o maior número de concubinas que tinham: mas nesse uso encontravam utilidade, não só para satisfazer seus desejos lascivos, senão também para terem mais copiosa provisão de bebidas que as mulheres preparavam com milho, frutas silvestres e com mel que se encontra copiosamente nos matos, e quanto maior era o número de suas mulheres, maior era quantidade de licores com que saciavam sua paixão desenfreada a embriaguez. [Páginas 252 e 253 do pdf] A vinda do Apóstolo São Thomé á estas partes da América, e principalmente ao Brasil e ás regiões do Paraguay, está baseada em tais fundamentos, que d´ela não se pode duvidar. Faltam monumentos antigos que testificam a vinda de São Thomé, e por tanto a tornem perfeitamente certa, mas é inegável que a tradição constante e uniforme de diversas nações do novo mundo, os sinais e vestígios, e o nome de São Thomé conhecido desde tempo imemorial por elas, fazem probabilíssima sua vinda a estas regiões. Muitos autores, e entre eles o padre Pedro Lozano, traram difusamente deste ponto. Desde que chegaram os jesuítas ás províncias de Guayrá, Paraná-pané e Tibaxiva, ouviram os gentios falar de São Thomé, ao qual davam o nome de pai Zumé, e dele narravam coisas prodigiosas, e o tinham em conta de varão maravilhoso, cuja memória o tempo no decurso de tantos séculos não pode fazer esquecer. Eis o que em 1613 o padre José Cataldino escrevia a este respeito ao provincial padre Diogo de Torres: "Muitas coisas me tinham dito desde o princípio estes nativos, acerca do glorioso apóstolo São Thomé, que eles chamam pay Zumé, e não as tenho escritas antes, para melhor me certificar e averiguar a verdade. Dizem pois os nativos anciãos, e os caciques principais, que tem por certíssimo, por tradição derivada de pais a filhos que o glorioso apóstolo São Thomé veio á suas terras do lado do mar do Brasil, e que atravessando o rio de Tibaxiva (onde eles e seus antepassados moravam) então povoadíssimo de nativos, foi passando por seus campos ao rio Haybay, e que dai foi ao rio Piquirí, donde não sabem aonde foi. Nas cabeceiras deste rio, dizem os nativos, se acham pisadas do glorioso santo impressas em uma penha, e o caminho pelo qual atravessou estes campos está ainda aberto, sem se ter nunca fechado, nem ter crescido nunca a erva, apesar de estar no meio do campo onde não trilham os nativos, e asseguram que as penhas por onde vem este caminho estão abertas, deixando no meio um caminho igual ao mesmo chão, afirmam terem-o eles mesmos vistos." [Páginas 269 e 270 do pdf]
• 3. Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas 1 de maio de 1538 O rio Paraná-pané, cujo nome significa é estéril de peixe, se bem que possante em águas não produz criatura vivente, até que misturando suas águas com as do Pirapó com elas se enriquece de peixes. Nasce este rio, nas remotas campinas de Caayù sobre as eminentes cordilheiras do Brasil, povoadas antes de inumeráveis nativos, mas hoje desertas pelas caçadas dos portugueses. Elevadas e frondosas árvores que parecem querer subir ás nuvens coroam seus vales. Neles encontram plantas aromáticas, madeiras incorruptíveis, cedros, louros, paus amarelos, pau-brasil, e outras mui olorosas e medicinais com varas virtudes, de agradável diversidade e de vivas e variadas cores. Povoaram suas vistosas margens vinte e cinco grandes povoações que bebiam de suas águas; mas existiam muitas outras famílias em crescidíssmo número que viviam sem governo e sem domicilio fixo. Estes nativos plantavam, deitando fogo no terreno e faziam duas colheitas uma no outono, e outra na primavera, porém eram mui preguiçosas para o trabalho, e portanto apesar da fertilidade do solo como pouco trabalhavam, pouco colhiam e continuavam sempre miseráveis. Só sacudiam sua preguiça em ocasiões de guerra que tinham a miúdo com os Tupys do Brasil. Uns e outros comiam seus prisioneiros em festins. Estes nativos tinham notícia bem que confusa do que há um Deus criador do universo, que todo o gênero humano teve princípio em Adão e Eva; que tudo pereceu pelo dilúvio, salvando-se Noé e sua família na arca. Diziam que Pay Zumé (Apóstolo São Thomé) tinha ensinado esta doutrina a seus maiores; porém nenhum culto tributavam a Deus, nem a outra criatura qualquer. A poligamia simultânea, não é unicamente neles um distintivo de autoridade porque se julgavam mais poderosos, segundo o maior número de concubinas que tinham: mas nesse uso encontravam utilidade, não só para satisfazer seus desejos lascivos, senão também para terem mais copiosa provisão de bebidas que as mulheres preparavam com milho, frutas silvestres e com mel que se encontra copiosamente nos matos, e quanto maior era o número de suas mulheres, maior era quantidade de licores com que saciavam sua paixão desenfreada a embriaguez. [Páginas 252 e 253 do pdf] A vinda do Apóstolo São Thomé á estas partes da América, e principalmente ao Brasil e ás regiões do Paraguay, está baseada em tais fundamentos, que d´ela não se pode duvidas. Faltam monumentos antigos que testifiquem a vinda de São Thomé, e por tanto a tornem perfeitamente certa, mas é inegável que a tradição constante e uniforme de diversas nações do novo mundo, os sinais e vestígios, e o nome de São Thomé conhecido desde tempo imemorial por elas, fazem probabilíssima sua vinda a estas regiões. Muitos autores, e entre eles o padre Pedro Lozano, trataram difusamente deste ponto. Desde que chegaram os jesuítas ás províncias de Guayrá, Paraná-pané e Tibaxiva, ouviram os gentios falar de São Thomé, ao qual davam o nome de pai Zumé, e dele narravam coisas prodigiosas, e o tinham em conta de varão maravilhoso, cuja memória o tempo no decurso de tantos séculos não pode fazer esquecer.
• 4. Carta do padre José Cataldino ao provincial padre Diogo de Torres 1613 Eis o que em 1613 o padre José Cataldino escrevia a este respeito ao provincial padre Diogo de Torres: "Muitas coisas me tinham dito desde o princípio estes nativos, acerca do glorioso apóstolo São Thomé, que eles chamam pay Zumé, e não as tenho escritas antes, para melhor me certificar e averiguar a verdade. Dizem pois os nativos anciãos, e os caciques principais, que tem por certíssimo, por tradição derivada de pais a filhos que o glorioso apóstolo São Thomé veio á suas terras do lado do mar do Brasil, e que atravessando o rio de Tibaxiva (onde eles e seus antepassados moravam) então povoadíssimo de nativos, foi passando por seus campos ao rio Haybay, e que dai foi ao rio Piquirí, donde não sabem aonde foi. Nas cabeceiras deste rio, dizem os nativos, se acham pisadas do glorioso santo impressas em uma penha, e o caminho pelo qual atravessou estes campos está ainda aberto, sem se ter nunca fechado, nem ter crescido nunca a erva, apesar de estar no meio do campo onde não trilham os nativos, e asseguram que as penhas por onde vem este caminho estão abertas, deixando no meio um caminho igual ao mesmo chão, afirmam terem-o eles mesmos vistos."
Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) - “Sumé: Lenda mito-religiosa americana. Recolhida em outras era por um índio moranduçara, agora traduzida e dada luz com algumas notas por um paulista de Sorocaba”. Periódico Universal “A Abelha” (15.03.1856) Página 11-16 15 de março de 1856, sábado. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Cabo Frio/RJ, Itapema/SC, Niterói/RJ, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) • Temas (10): Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Lagoa Dourada, Maniçoba, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Música, O Sol, Ouro, Ribeirão das Furnas, Vulcões ![]() • Varnhagen: O Homem e a Obra; Revista "América Brasileiro", diretor: Elysio de Carvalho* 1 de março de 1923, quinta-feira
Missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação com S. Tomé 1791. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12 • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo: "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put (é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui a história de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?" 14. Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto no Oriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes. Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval e quinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo, que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da 1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas ao santo, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aos índios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora um penedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima, como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por serem iguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110]
por um jesuíta do Paraguai 1 de janeiro de 1747, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12 Relacionamentos • Cidades (8): Cananéia/SP, Itanhaém/SP, Itapecirica da Serra/SP, Itararé/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Botucatu/SP, Paranaguá/PR • Pessoas (2) Simão Bueno da Silva, Cacique Tayaobá (1546-1629) • Temas (21): Aldeia de Tabaobi, Caminho até Cananéa, Caminho do Mar, Maria Leme da Silva, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itararé, Rio Paranapanema, Gualachos/Guañanas, Abayandava, Rio Capitininga, Caminho do Peabiru, Serra de Ibotucatu, Caminho Sorocaba-Botucatu, Ouro, Aldeia de Tabaobi, Cemitérios, Rio Pardo, Rio Capitininga, Peabiru: Iguape ![]()
“História da Companhia de Jesus da província do Paraguai”, Pedro Lozano (1697-1752) 1739. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (2) Cacique Tayaobá (1546-1629), Pedro Lozano (1697-1752) • Temas (7): Aldeia de Tabaobi, Caminho do Peabiru, Gentios, Jesuítas, Putribú, Nheengatu, Pela primeira vez
Historia da America Portugueza de Sebastião da Rocha Pita (Pitta) 1730. Atualizado em 15/10/2025 18:36:58 Relacionamentos • Cidades (10): Araçoiaba da Serra/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Cuiabá/MT, Itu/SP, Potosí/BOL, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Sebastião da Rocha Pita (1660-1738) • Temas (20): Apoteroby (Pirajibú), Bairro de Aparecidinha, Caminho do Mar, Caminho São Paulo-Santos, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminhos até Cuiabá, Cochipone, Descobrimento do Brazil, Estradas antigas, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Pela primeira vez, Peru, Prata, Rio da Prata, Rio Paraguay, Rio São Francisco, Serra de Ibotucatu, Serra de Jaraguá ![]()
Já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo 1699. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11 Relacionamentos • Pessoas (2) Nicolas del Techo (1611-1680), Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (1): Guayrá • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira “igual todo el ano, sin mas que las hierbas crecen algo y difieren bastante de las que hay en el campo, ofreciendo el aspecto de una via hecha con artificio; jamás la miran los misioneros dei Guairá que no experimenten grande asombro”. Além disso, perto da capital do Guairá existiriam elevados penhascos coroados de pequenas planícies onde se viam, como em várias partes do Brasil, gravadas sobre o rochedo, pisadas humanas. Contavam os indígenas como, daquele lugar, costumava o apóstolo, freqüentemente, pregar ao povo que acudia de toda parte a ouvi-lo.
Ruiz Montoya en Indias (1608-1652). Francisco Jarque (1609-1691) 1687. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652) • Temas (5): Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Curiosidades, Jesuítas, Nheengatu • “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil, 1663. Simão de Vasconcelos (1597-1671) 1663. Atualizado em 23/10/2025 15:51:04 Relacionamentos • Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (13) Afonso Sanches, Alonso de Ovalle (1601-1651), Antonio de la Calancha (1584-1654), João de Azpilcueta Navarro, José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Padre Manoel de Chaves, Pero Correia (f.1554), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Simão de Vasconcelos (1597-1671) • Temas (22): Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Canguera, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cavalos, Cemitérios, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Galinhas e semelhantes, Goayaó, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurupará, Karaibas, Léguas, Maniçoba, Nossa Senhora da Conceição do Itapucú, Paranaitú, Peru, Rio São Francisco, Tapuias, Vinho ![]() • 1. O Frei Antonio de la Calancha (1584-1654) publica, em Barcelona (Espanha), a "Crônica Moralizada da Ordem de Santo Agostinho no Peru" 1631 Finalmente, prova-se o assunto que pretendo, de que andou por estas partes o Santo Apóstolo Thomé, por testemunhos infinitos, de todos os Reinos da América, e de todas as gentes, e nações naturais do Brasil, do Paraguay, do Perú, especialmente de Cuxco, Quito, e México; como largamente trata e confirma o Padre Mestre Antonio de la Calancha (1584-1654) no liv. II de sua História Peruana, cap. 2. O que tudo suposto: quem haverá que negue ainda hoje haver-se de ter por certa, tradição tão constante por tantas vias, por tantos Reinos, por tantas nações, e casos tão extraordinários? D´outra maneira negar-se-ha a fé comum da tradição humana em todas as mais coisas, tanto contra o estilo do mundo, e o intento da sagrada Escritura, que diz, Exod. 32. "Interroga patrem tuam, e annuntiabit tibi: maiores tuos, et dicent tibi." Se não pergunto eu: assim como no papel as letras, porque não imprimiram também nas memórias, as espécies das coisas memoráveis? Neguemos logo as façanhas dos Cesares, dos Pompeos, dos nossos Viriatos, Sertorios, e outras historias semelhantes.
Em seu Sermão do Espírito Santo, o padre Antônio Vieira discorre sobre as razões do envio de São Tomé 1657. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11 Relacionamentos • Pessoas (1) Antônio Vieira (1608-1697) • Em memória de São Tomé: pegadas e promessas a serviço da conversão do gentio (séculos XVI e XVII). Em Eliane Cristina Deckmann Fleck 1 de janeiro de 2010, sexta-feira
“Tesoro de la lengua guaraní”, Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652) 1639. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10 Relacionamentos • Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), José de Anchieta (1534-1597) • Temas (9): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Cruzes, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Pontes, Rio Uruguai, Rio Ururay, Ururay
O Frei Antonio de la Calancha (1584-1654) publica, em Barcelona (Espanha), a "Crônica Moralizada da Ordem de Santo Agostinho no Peru" 1631. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10 Relacionamentos • Pessoas (1) Antonio de la Calancha (1584-1654) • Temas (2): Peru, Caminho do Peabiru
“Do lado espanhol” 1628. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10 Relacionamentos • Cidades (3): Londrina/PR, Sorocaba/SP, Assunção/PAR • Pessoas (4) Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Cacique Tayaobá (1546-1629), Francisco Diaz Tanho (n.1593), Nicolas del Techo (1611-1680) • Temas (24): Aldeia de Tabaobi, Bituruna, vuturuna, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Cemitérios, Engenho(s) de Ferro, Estradas antigas, Gualachos/Guañanas, Guayrá, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Minas de Tambó, Missões/Reduções jesuíticas, Peru, Piqueri, S Miguel do Ybituruna, São Miguel das Missões, Taiati (São Francisco Xavier), Ybitirembá, Ybitiruzú ou Ybiangui, Redução Santo Thomé, Rio Corumbataí, Rio Latipagiha ![]() • “El Guairá. Historia de la antiga província (1554-1676)”. Ramón I. Cardozo, professor de História en los colégios de 2a. enseñanza del Paraguay 1 de janeiro de 1938, sábado
• “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
“História do Brasil”, Livro I em que se trata do descobrimento do Brasil, costumes dos naturais, aves, peixes, animais e do mesmo Brasil. Frei Vicente do Salvador (1564-1639) 20 de dezembro de 1627, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:34 Relacionamentos • Cidades (3): Jaguaripe/BA, Salvador/BA, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591) • Temas (8): Descobrimento do Brazil, Fortes/Fortalezas, Lagoa Dourada, Léguas, Ouro, Prata, Rio São Francisco, Sabarabuçu
“História do Brasil”, Frei Vicente do Salvador (1564-1639) 1627. Atualizado em 24/10/2025 04:15:34 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Antonio Dias Adorno (1535-1583), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Marcos de Azevedo • Temas (9): Banana, Buraco de Prata, Caminho do Peabiru, Cananéas, Farinha e mandioca, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Peru, Prata ![]()
António Vieira chegou à Bahia, onde em 1619 seu pai passou a trabalhar como escrivão no Tribunal da Relação da Bahia, o que motivou a vinda de toda a família 1619. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (1): Salvador/BA • Pessoas (1) Antônio Vieira (1608-1697) • Encontro de mundos: o imaginário colonial brasileiro refletido nos sermões do padre Antônio Vieira 1 de janeiro de 2006, domingo Vieira diz: "Mas Tomé, que teve a maior culpa (de incredulidade), vá pregar aos gentios do Brasil, e pague a dureza de sua incredulidade com ensinar a gente mais bárbara e mais dura."Porque esta é a diferença que há de umas nações a outras. Nas da Índia muitas são capazes de conservarem a fé sem assistência dos pregadores; mas nas do Brasil nenhuma há que tenha esta capacidade. Esta é uma das maiores dificuldades que tem aqui na conversão. Há de se estar sempre ensinando o que já está aprendido, e há de se estar sempre plantando o que já está nascido, sob pena de se perder o trabalho e mais o fruto.Apesar de defender a liberdade dos nativos, Vieira reconhece que, sem o seu trabalho escravo ou servil, não haveria possibilidade de funcionamento da estrutura sócio-econômica montada pela metrópole na colônia. Esta posição é verificável no "Sermão da Primeira Dominga da Quaresma", pregado na cidade de São Luís do Maranhão, no ano de 1653: "Este povo, esta república, este Estado, não se pode sustentar sem nativos." [p. 88]
Carta do padre José Cataldino ao provincial padre Diogo de Torres 1613. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) José Cataldino (1571-1653) • Temas (3): Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Rio Latipagiha ![]() • Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI 1 de janeiro de 1863, quinta-feira "Muitas coisas me tinham dito desde o princípio estes nativos, acerca do glorioso apóstolo São Thomé, que eles chamam pay Zumé, e não as tenho escritas antes, para melhor me certificar e averiguar a verdade. Dizem pois os nativos anciãos, e os caciques principais, que tem por certíssimo, por tradição derivada de pais a filhos que o glorioso apóstolo São Thomé veio á suas terras do lado do mar do Brasil, e que atravessando o rio de Tibaxiva (onde eles e seus antepassados moravam) então povoadíssimo de nativos, foi passando por seus campos ao rio Haybay, e que dai foi ao rio Piquirí, donde não sabem aonde foi. Nas cabeceiras deste rio, dizem os nativos, se acham pisadas do glorioso santo impressas em uma penha, e o caminho pelo qual atravessou estes campos está ainda aberto, sem se ter nunca fechado, nem ter crescido nunca a erva, apesar de estar no meio do campo onde não trilham os nativos, e asseguram que as penhas por onde vem este caminho estão abertas, deixando no meio um caminho igual ao mesmo chão, afirmam terem-o eles mesmos vistos."
Chegada junho de 1610. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (1) Cacique Tayaobá (1546-1629) • Temas (13): Atibajiba, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Guayrá, Jesuítas, Missões/Reduções jesuíticas, Rio Latipagiha, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pirapo, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Ybitiruzú ou Ybiangui ![]() • “O Índio Etiguara” e o “Caminho de São Tomé”? Jornal O Apóstolo 1 de setembro de 1946, domingo "Após a entrada dos jesuítas no território dos Guaíra (1610), o caminho de Peabirú foi dado como sendo o trilho percorrido pelo Apóstolo São Tomé. A vinda deste ao Novo Mundo era corrente entre os nativos da região do Peabirú e mesmo em sertões ainda não visitados pelos missionários. Não só no Brasil e no Paraguai, mas em toda a América do Sul era voz corrente entre os nativos que ´um homem extraordinário´por aí andara pregando o Evangelho; que fora ele quem ensinara a utilizar a mandioca; e a herva-mate; que predissera o fastígio e a destruição do Guaíra, que anunciara a vinda dos missionários que haviam de pregar as mesmas verdades como ele. Numa rocha á margem do Piquirí diziam haver as pegadas de SUMÉ ou ZUMÉ ou TOMÉ" etc. Diz o P. Rafael Galanti (História do Brasil, vol I, 177) que a "Cópia der Newen Zeytung auss Pressilg I Landt" deve ser impresso em 1508, muito antes de chegarem os jesuítas ao Brasil e contudo já se refere a mesma tradição (de São Tomé) na costa do Brasil.
Expedições 1592. Atualizado em 24/10/2025 04:14:37 Relacionamentos • Cidades (2): São Sebastião/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (2) Anthony Knivet (1560-1649), Francisco de Sousa (1540-1611) • Temas (4): Caminho do Peabiru, Curiosidades, Tamoios, Tupinambás ![]() • Expedição Peabiru - Pay Zumé 17 de julho de 2018, terça-feira Ao desembarcar no brasil o pirata inglês viu pelo menos dois portugueses sendo devorados pelos pelos Tupinambás em rituais sagrados. Essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses, já que eles escravizavam e matavam a população indígena. Anthony Knivet se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos avisaram que ele seria salvo. Disseram que Knivet não era português. Os Tamoios sabiam disso, ainda falaram nós sabemos que os nossos antepassados foram amigos dos seus antepassados Knivet era inglês, de pele clara. Como era possível essa conexão? Pela tradição Tupinambá, os ancestrais indígenas também vieram pelo mar. Os Tamoios mostraram ao pirata inglês o provável local do desembarque, na região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Esses grupos Tupinambás chamavam a si mesmo de Tamoio. Tamoio significa "avô", justamente porque ele diziam ser a tribo mais velha do Brasil. Mais curioso é que os Tamoios fizeram questão em mostrar a Knivet algumas marcas sagradas pela região, e lá estava a marca de um pé, fincada na pedra. Os chamados "fincapés" estão em muitos lugares na América. Muito mais do que marcas, eles são a representação de um mito. O mito da passagem de um homem branco, que deixou nas pedras o vestígio de sua existência. Na época dos descobrimentos foram encontradas mais de doze marcas pelo Brasil. Elas estão na Bahia, em Pernambuco, na Paraíba, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina.
A vila de Santos é assaltada e “nela encontrou ouro que os Índios trouxeram de um lugar chamado por eles Mutinga” 25 de dezembro de 1591, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33 Relacionamentos • Cidades (5): Itaóca/SP, Itu/SP, Santos/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Anthony Knivet (1560-1649), Thomas Cavendish (1560-1592), John Whithal (João Leitão) • Temas (10): Açúcar, Cabo Frio, Inglaterra/Ingleses, Japão/Japoneses, Marcos em pedras, Ouro, Rio Anhemby / Tietê, Serra de Jaraguá, Tamoios, Ytutinga ![]()
Ainda Anchieta, em suas Informações, mencionava: os “índios carijós que são das Índias de Castela...” 1584. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (1): São Paulo/SP • Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (23): Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Cariós, Cavalos, Estradas antigas, Gados, Gentios, Jesuítas, Léguas, Peru, Tapuias, Trópico de Capricórnio, Tupis, Escravizados, Nheengatu, Rio dos patos / Terras dos patos, Sertão dos Patos, Porto dos Patos, Canibalismo, Algodão, Graus, Tupi-Guarani ![]() • História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert 1 de janeiro de 1977, sábado • VI Congresso Nacional de Educação - ENTRE O FALAR E O ESCREVER: A MEMÓRIA AMERÍNDIA NA AMÉRICA PORTUGUESA (SÉCULO XVI) 24 de outubro de 2019, quinta-feira
Cacique Martinho 1574. Atualizado em 24/10/2025 20:40:09 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, São Vicente/SP • Pessoas (2) Bernardo de Armenta, Leonardo Nunes • Temas (2): Caciques, Carijós/Guaranis
Irala teria chegado no salto do Avanhandava às margens do rio Anhembi 1552. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Domingo Martinez de Irala (1506-1556) • Temas (6): Abayandava, Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Guayrá, Rio Anhemby / Tietê • “El Guairá. Historia de la antiga província (1554-1676)”. Ramón I. Cardozo, professor de História en los colégios de 2a. enseñanza del Paraguay 1 de janeiro de 1938, sábado • A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja 1 de janeiro de 1996, segunda-feira Apenas três citações: 1) Pedro Durantes: "Depois, nesta casa e nas outras que encontrei pelo caminho em seis jornadas que andei pelo Campo, me receberam bem pelo que lhes dava, e porque os nativos que andavam comigo diziam que eu era filho do Comissário a quem eles chamavam de Pai Sumé".
“Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática” 13 de Setembro de 1551, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (5): Cristãos, África, Escravizados, Gentios, Jesuítas
Leonardo Nunes, o único jesuíta ferreiro, com mais 10 ou 12 meninos e alguns Carijós (Guaranis) partiu para São Vicente 1 de novembro de 1549, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Cidades (5): Cananéia/SP, Salvador/BA, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Paranaguá/PR • Pessoas (5) Ambrogio Campanaro Adorno (1500-1565), Diogo Jácome, Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (5): Caminho até Cananéa, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Metalurgia e siderurgia, Jesuítas ![]() • JESUITAS EN LAS AMÉRICAS. Presencia en el tiempo. Jorge Cristian, Troisi Melean e Marcia Amantino (compiladores) 1 de janeiro de 2019, terça-feira
“Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” 10 de agosto de 1549, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (3) Fernão Cardim (1540-1625), João de Azpilcueta Navarro, Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (11): Biscainhos, Caminho do Peabiru, Espanhóis/Espanha, Curiosidades, Jesuítas, Caminho do Paraguay, Vale do Anhangabaú, Bíblia, Inferno, Nheengatu, Algodão ![]() • Em memória de São Tomé: pegadas e promessas a serviço da conversão do gentio (séculos XVI e XVII). Em Eliane Cristina Deckmann Fleck 1 de janeiro de 2010, sexta-feira “Têm notícia igualmente de S. Thomé e de um companheiro e mostram certos vestígios em uma rocha,que dizem ser deles, e outros sinais em S. Vicente [...] Dele contam que lhes dera os alimentos que ainda hoje usam, que são raízes e ervas e comisso vivem bem; não obstante dizem mal de seu companheiro, e não sei porque, senão que, como soube, as flechas que contra ele atiravam voltavam sobre si e os matavam.” (Carta IV In: Moreau, 2003, p.267 [grifo nosso]).
• Guia Geográfico de Salvador “Lenda, Capela, Cruzeiro, Pegadas e Procissão de São Tomé” (2015) Jonildo Bacelar 1 de janeiro de 2015, quinta-feira "Dizem eles que S. Thomé, a quem eles chamam Zomé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus passados, e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais algumas vezes cobre o rio quando enche. Dizem também que, quando deixou estas pisadas ia fugindo dos índios, que o queriam flechar, e chegando ali se lhe abrira o rio, e passara por meio dele sem se molhar, e dali foi para a Índia. Assim mesmo contam que, quando o queriam flechar os índios, as flechas se tornavam para eles, e os matos lhes faziam caminho por onde passasse: outros contam isto como por escárnio. Dizem também que lhes prometeu que havia de tornar outra vez a vê-los." Pelas cartas de Nóbrega, seriam quatro pegadas sobre uma rocha em um rio, "perto" do atual Centro Histórico de Salvador. Seriam provavelmente as pegadas em São Tomé de Paripe, cuja Igreja fica próxima tanto da Baía de Aratu, quanto da Bahia de Todos os Santos. Relatos posteriores indicam que as águas cobriam tanto as pegadas de S. Tomé de Paripe, quanto à de Itapuã, conforme a maré.
“Os nativos tem memória do dilúvio e dizem que São Tome, a quem chamam Zome, passou por aqui.. ” agosto de 1549. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (1517-1570) • Temas (1): Bíblia ![]() • História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert 1 de janeiro de 1977, sábado • Expedição Peabiru - Pay Zumé 17 de julho de 2018, terça-feira
“Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” 15 de abril de 1549, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 Relacionamentos • Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (1517-1570), Simão Rodrigues • Temas (3): Caminho do Peabiru, Espanhóis/Espanha, Jesuítas • O Apóstolo S. Tomé, o Império português e o lugar do Brasil Maria Lêda Oliveira Universidade do Algarve 1 de janeiro de 2005, sábado
• Guia Geográfico de Salvador “Lenda, Capela, Cruzeiro, Pegadas e Procissão de São Tomé” (2015) Jonildo Bacelar 1 de janeiro de 2015, quinta-feira
• O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente 1 de janeiro de 2020, quarta-feira tambem me contou pessoa fidedigna que as raizes que cá se faz o pão, que S. Thomé as deu, porque cá não tinham pão nenhum. E isto se sabe da fama que anda entre elles, quia patres eorum nuntiaverunt eis. Estão d’aqui perto umas pisadas figuradas em uma rocha, que todos dizem serem suas. [p. 129]
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