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Atualizado em 30/10/2025 22:26:41 História das bandeiras paulistas - Tomo II, 1975. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) ![]() Data: 1975 Créditos: Afonso de E. Taunay Página 202
• 1°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas Segundo nos relata Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) na Informação Sobre as Minas de São Paulo, foi o segundo Afonso Sardinha quem entre 1589 e 1597 localizou grandes jazidas nas serras de Jaguamimbaba, Vuturuna e Araçoiaba. D. Francisco de Sousa, amante de quanto se ligasse à mineração, animou-o a explorar o ferro no Araçoiaba. • 2°. D. Rodrigo chega na vila de São Paulo Em meados de junho de 1680 entrou em São Paulo, onde a 2 de julho presidiu uma assembléia a que comparecem os camaristas e muitos sertanistas, várias dos quais eminentes como Matias Cardoso, Brás de Arzão, Jerônimo de Camargo. Foi o escopo de tal reunião "assentar com acerto o mais útil e conveniente para a função (sic) de Sabarabuçu". Muito desconfiavam os paulistas dos atos do Administrador-Geral e com muita má vontade a Câmara e os particulares atenderam às suas requisições de nativos e mantimentos. Enquanto isto inspecionava as faisqueiras do Jaraguá e da Vuturuna. [História das bandeiras paulistas - Tomo II, 1975. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 162] • 3°. Ouro Aos que se aplicam à exegese de tais papéis recomendamos a leitura de um que data de antes de 1711. Certo Antônio Mendes legou-o aos pósteros: o "Aranzel ou rotel de haver ouro e pedras preciosas dos campos de Apreatuba entre o Sul e o Leste". [Página 202] • 4°. Os irmãos João e Lourenço Leme da Silva chegavam a Sorocaba, com os seus índios, negros, bastardos e carijós. Vinham adquirir mais escravos e novos elementos necessários ao maior êxito de sua prospérrima mineração Em janeiro de 1723 chegavam a Sorocaba, com os seus índios, negros, bastardos e carijós. Vinham adquirir mais escravos e novos elementos necessários ao maior êxito de sua prospérrima mineração. Convidou-os Rodrigo César de Meneses a se apresentarem, em palácio, o que recusaram, quiçá receosos das conseqüências dos crimes ou desejosos de não terem contato com o Delegado Régio. Empregou este todos os esforços para que viessem à sua presença multiplicando convites, ordens, rogos. • 5°. ??? • 6°. Rodrigo Cesar de Menses escreve ao irmão Vice-rei do Brasil Ao irmão Vice-rei do Brasil, a 15 de junho de 1723 confidencíalmente escrevia Rodrigo que no Cuiabá viviam os dois irmãos, despòticamente governando o novo território aurifero. Convidara-os a vir à sua presença, o que fora difícil, tratando-se de homens a quem tanto repugnava obedecer. Conhecia-lhes, porém, a extraordinária vaidade, e assim haviam correspondido ao convite, embora a protestar, que o faziam somente por quererem prestar grande serviço ao seu monarca. • 7°. Proibia o Governador que quem quer que fosse partisse para o Cuiabá antes de a expedição seguir A 10 de junho de 1733 proibia o Governador que quem quer que fosse partisse para o Cuiabá antes de a expedição seguir.84 Alegara Gabriel Antunes Maciel ter encontrado em suas expedições à Vacaria, indícios veementes de ouro. Se não prosseguira na averiguação de tão auspiciosa perspectiva é que não se sentira com forças para enfrentar os paiaguás. Declarou-lhe o General que Sua Majestade era infenso a que se fizessem novas descobertas auríferas. No momento o que interessava era mover rija guerra aos canoeiros.Comunicou o General ao Provedor em Taubaté, da Fazenda Real,que em junho faria partir a expedição. Disporia de doze bocas de fogo(pedreiros) e 400 espingardas, abundância de munições e ferramenta.Enorme regimento redigiu o Conde General para a tropa em campanha.Entre as recomendações nele consignadas, avultavam as que recomendavam a Carvalho a maior parcimônia nos gastos.Mantimentos encontraria a coluna em Camapoã. Em Cuiabá também receberia farto aprovisionamento dos moradores ricos ali existentes a quem já se pedira auxílio. Em suma: escusar-se-ia o comandante de gastos que onerassem a fazenda real, pois só tinha que recolher as ofertas de mantimentos.Ia comandando a tropa, cujos componentes marchavam à própria custa, para fazer serviço a Sua Majestade. Impossível seria conceber-se guerra mais forretamente conduzida. Baratíssima empresa!Depois de recomendar ao Tenente General que destruísse os paiaguás do modo mais exterminador, incitou-o Sarzedas a que prosseguisse em campanha contra os mais gentios infestadores do Cuiabá, sobretudo quanto aos bororós.Evitasse, e com o máximo cuidado, qualquer incursão em terras da coroa de Espanha, a fim de se evitar a desarmonia entre os dois monarcas ibéricos. Qualquer infração a esta ordem severamente se castigasse. Quanto à repartição dos prisioneiros fosse feita do modo mais eqüitativo, a fim de contentar quanto possível a todos os expedicionários. Houvesse, contudo, o maior cuidado em se respeitar o quinto das presas, devido a Sua Majestade.Pouco depois endereçou Távora uma como que circular intimativa a diversos sorocabanos. Convidava-os a que partissem por serem homens de capacidade, préstimo e cabedais.
Atualizado em 30/10/2025 15:41:47 Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI ![]() Data: 1998 Página 14
• 1°. Terras para Bras Cubas Foi nesta Ilha Pequena e hoje Barnabé que, pelo menos até o anno de 1548, residiu Braz Cubas em companhia de seu pae João Pires Cubas, estabelecendo nella o plantio de cannas de assucar, de arroz e de outros cereaes ( 3 ), não só porque ficava a moradia mais próxima a S. Vicente, como porque em matto dentro, como então se dizia, ficavam os moradores muito expostos e sujeitos aos ataques e consequentes depredações das tribus indígenas, que infestavam aquellas bandas até Ubatuba e cujas investidas, nessa época, com o auxilio dos francezes foram repetidas, mo se deprehende do traslado da ;riptura de auto de posse dessa ia e mais terras, passada em Lisboa a 10 de Agosto de 1540.- Na parte a que nos referimos esse traslado: "elle capitão martim Affonso ) lhes houve por marcadas pelas demarcações já dii e metteu posse realmente em feito, .to já a obra que na dita Ilha tem cannaviaes e mantimentos, e por e dito Braz Cubas foi também pe- lo a elle Capitão mandasse a mim ;bellÍão que desse aqui a minha fé 1 como havia três annos que João res Cubas, seu pae, viera a esta ¦ra com fazenda e gasto para apro- itar as ditas terras e tomar posse lias e aproveital-as, o que deixou fazer por dita terra ser habitada r gentios nossos contrários e por ;e respeito não pudera nem po lia Braz Cubas 15 aproveital-as, etc. » Verihca-se, pois, pela referida escriptura, cuja cópia acha-se transcripta no volume VI da Revista do Instituto Histórico de S. Paulo, que a dita Ilha Pequena fazia parte das terras doadas ; que nella residiram Braz Cubas e seu pae ; e que, finalmente, este foi o portador da referida carta de doação em 1540. Foi, portanto, nesta época que Braz Cubas concebeu o elevado e feliz plano de fundar uma povoação, começando por uma Casa de Misericórdia; e, após, lançou os primeiros alicerces da referida povoação, que imponente hoje se ostenta á margem do canal que a circunda e que constitue, em toda a America, o porto de mais seguro abrigo. O principal motivo deste arrojado commettimento fundava-se em que « era inconveniente o surgidouro onde o rio de Santo Amaro desembocca no canal da Barra Grande e ,onde os navios, até esse tempo, davam fundo, assim aos marinheiros como aos donos .das fazendas: aos primeiros por lhes ser necessário residir em porto solitário, emquanto as embarcações aqui demoravam ; e aos segundos porque conduziam para a Villa as suas cargas mais pesadas ou pela Barra de S. Vicente, com muito perigo, em canoas, ou por dentro, rodeando toda a Ilha, com viagem mais dilatada > ; acrescentando ainda que "os marinheiros que chegavam enfermos ou aqui adoeciam, depois de cá estarem, padeciam muitas necessidades por falta de se curarem." Com estes nobres, elevados e humanitários intuitos, despertados por uma inspiração toda santa, conseguiu Braz Cubas, sob os melhores auspícios e com o concurso dos seus conterrâneos, homens bons, moradores principaes da terra, realizar tão notável empreendimento, erigindo nesta terra, então inculta, um hospital e irmandade de Misericórdia que o administrasse. • 2°. Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil • 3°. Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira • 4°. Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" phia diz: "Era este bom padre português natural de Lisboa; seguia no mundo as armas e embarcado em uma Armada Castelhana passou as partes do Rio da Prata onde esteve alguns anos." Voltou daquele país por terra até São Vicente, viajando duzentas léguas por caminhos solitários, aspérrimos e usados só de feras ou índios montanheses onde corria o perigo de ser devorado. VInha com intenção de seguir para Lisboa a procurar seu pai que ainda era vivo, mas preferiu entrar para a Companhia, o que fez no ano de 1553. Logo que entrou foi levado como noviço para a região de Piratininga atravessando descalço aquelas serranias e, como era perito na língua e nos hábitos dos índios, deixou-lhe Nóbrega ao seu cargo trabalhar na sua catequese. Penetrou o sertão cerca de 40 léguas, fez igreja, catequizou e converteu índios e viveu com eles três ou quatro anos. De Piratininga foi removido para a Bahia atribuindo-se-lhe a conversão de cerca de 50.000 almas e a formação das aldeias desde o Camamú a dezoito léguas do sul da cidade, até quase o Rio Real, a quarenta léguas do lado do norte. Da Bahia veio em 1567 para o Rio de Janeiro com companhia de Mem de Sá, onde foi firmar definitivamente as pazes com os Tamoyos até que, enfermado, veio a faleceu no colégio que a sua ordem tinha naquela cidade. Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação. A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião. A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto. Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú. Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa. A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê. Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida. Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereça aquela definição. Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada. Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles. Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da elequencia e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto. No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivese havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". [p. 173 e 174] • 5°. Serafim Leite afirma expressamente que, no ano de 1554, ainda não tinham começado a residir em Piratininga moradores portugueses, daí não existirem filhos deles na Escola de Meninos, em que o Irmão Antônio Rodrigues ensinava a ler, escrever e cantar Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecúmenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fosse tão valente no arco e na flecha como eles. Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da eloquência e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivesse havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". • 6°. Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha* O padre José de Anchieta deveria fazer parte desta expedição, pois notícia dada por ele em 1554, relaciona a localização do Ypanema e a primeira descoberta de Afonso Sardinha. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1895. Página 23] • 7°. Anchieta* Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação. A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião. A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto. Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú. Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa. A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê. Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida. Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereca aquela definição. Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada. Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles. Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da eloquência e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto. No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivesse havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". (Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, 1895. Páginas 173 e 174) • 8°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) De regresso a Santos, Braz Cubas dirigiu uma carta a El-rei, em fim do ano de 1561, dando conta da diligência que por ordem de Mem de Sá levara a efeito. Tem-se conhecimento desta carta pela referência que a ela faz Braz Cubas em outra que dirigiu ao Rei em 25 de abril de 1562, que adiante transcrevemos em sua forma original. Foi por ocasião do seu regresso que Braz Cubas, achando-se doente em consequência da penosa viagem que havia feito e já adiantado em anos, mas desejando corresponder á confiança com que era distinguido por Mem de Sá e "para bem servir a El-rei", enviou o mineiro Luiz Martins ao sertão em busca de ouro, aprestando-o com todo o necessário para uma empresa desta ordem. • 9°. Certidão de Jacome da Mota, escrivão da câmara do Porto de Santos, costa do Brasil O enviado, enveredando pelos montes que mais tarde se denominaram Serra do Jaraguá, em cuja proximidade corre o ribeiro de Amaitinga, descobriu ouro tão precioso como os das Minas e dos dos mesmos quilates, cujas amostras Braz Cubas remeteu a Mem de Sá, para este ordenar o que mais conviesse fazer. Uma prova irrecusável em favor deste asserto pode ser verificada no seguinte trecho de uma certidão de Jacome da Motta, escrivão da comarca e tabelião da vila de Santos, na costa do Brasil, e constante de um manuscrito arquivado na Biblioteca Nacional: "que Luiz Martins tinha chegado do campo, onde, por mandado do governador, tinha ido para ver se descobria alguns metais e que ele fora e viera e que achara ouro, que perante muitas testemunhas logo ali mostrara, o qual pesava três oitavas e seis grãos e ficara na mão do dito Luiz Martins para remeter ao governador da Bahia de Todos os Santos." • 10°. O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha • 11°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru Alguns escritores, entre outros o Dr. Francisco Lobo, tem querido localizar essa descoberta no morro de Biraçoyaba no qual mais tarde se estabelecem uma fábrica, e onde efetivamente se encontrou o metal precioso nas proximidades do minério ferruginoso, além do que julgaram ai achar se prata em rochas que Frei Pedro de Souza, em 1680, foi analisar. • 12°. Falecimento de Afonso Sardinha, "O Moço" • 13°. Sorocaba (data estimada) O trabalho da fabrica real de Biraçoyaba, e o transporte do ferro, dos materiaes e do pessoal entre esse logar e a villa de S. Paulo não tinham conseguido estabelecer uma estrada permanente, ao longo da qual os pouzos balisassem o centro das futuras povoações. Sorocaba, por exemplo a cujo termo pertenciam as minas, só em 1610 foi fundada. Não é de estranhar, portanto, que pouco a pouco se perdesse a noção dessas jazidas metalliferas, em uma epocha na qual as vistas se voltavam preferencialmente para as pesquizas do ouro, que ia sendo descoberto em quantidades cada vez mais crescentes. É muito explicável, portanto, que, por 1680, Luiz Lopes Carvalho, Capitao-mór de N. S. da Conceição de Itanhaem, por provisão de Príncipe D. Pedro, insinuasse a este a conveniência de ser verificado a procedência dos dizeres vagos que corriam sobre o valor dessa região. Essa exposição de Pedro Taques parece mais exacta do que a narrativa do Senador Vergueiro, pela qual Lopes de Carvalho se teria inculcado como descobridor da minas de ferro (5), entregando-as em 14 de Março de 1681 á Camará da villa de Sorocaba. • 14°. Pedro de Souza, Administrador das minas, recebeu ordem do Rei Dom João IV para fazer indagações a respeito das minas Diz Balthazar da Silva Lisboa, que Pedro de Souza, Administrador das minas, recebeu ordem do Rei Dom João IV para fazer indagações a respeito das minas que existiam junto de Paranaguá e que "para cumprir o Administrador geral com aquela Real Resolução, se passou immediatamente a Paranaguá e ao Iguape a fim de pessoal mente fazer os exames necessários a custa da Real Fazenda, para cujo fim se dirigiu de Iguape a 30 de Abril de 1653 aos Officiais da Camara de S. Paulo, ordenando que fizessem descer as três Aldeas do Real Padroado". • 15°. Carta régia Conta Calógeras, escudado na Informação de Pedro Taques, que Pedro de Sousa Pereira, administrador das minas do sul, tendo de dar cumprimento á carta régia de 28 de novembro de 1657, que lhe mandara averiguar o valor e a natureza das lavras de Paranaguá, expedira ordem aos camaristas de São Paulo, em 3 de abril de 1658, para que fizessem descer ao litoral os índios das aldeias reais, afim de os localizar em pontos convenientes das costa; mas a isso se opuseram os edis, escrevendo em tal sentido ao administrador geral das Minas, Duarte Correia Vasqueannes, e a d. João IV. [Página 486] • 16°. O Provedor-Mor Pedro de Sousa Pereira, que já antes visitara Paranaguá para inspecionar a purificação e averiguação das minas, de que se fez, talvez por iniciativa sua, uma planta, tomada pelos holandeses em alto-mar, voltou a percorrê-las em 1658, depois de anunciar-se o descobrimento de nova beta, mais rica do que as anteriores Conta Calógeras, escudado na Informação de Pedro Taques, que Pedro de Sousa Pereira, administrador das minas do sul, tendo de dar cumprimento á carta régia de 28 de novembro de 1657, que lhe mandara averiguar o valor e a natureza das lavras de Paranaguá, expedira ordem aos camaristas de São Paulo, em 3 de abril de 1658, para que fizessem descer ao litoral os índios das aldeias reais, afim de os localizar em pontos convenientes das costa; mas a isso se opuseram os edis, escrevendo em tal sentido ao administrador geral das Minas, Duarte Correia Vasqueannes, e a d. João IV. [Página 486] • 17°. 12090 • 18°. D. Rodrigo foi mandado seguir para o sul, para as minas de Paranaguá e de SABARABUÇU, região onde o movimento "bandeiristico" teve foco em São Paulo Nascera João Alvares Coutinho por 1613, estivera nas minas de Potosí e viera servindo ao fidalgo castelhano na missão deste mandada de Portugal ás minas da Bahia, com o mesmo trabalhando em Itabaiana. Pela provisão régia de 29 de novembro de 1677, que incumbira a d. Rodrigo de igual encargo nas minas de Paranaguá e depois nas de Sabarabussú, vieram eles para o sul, e, a 20 de maio de 1680, aportavam a Santos, subindo um mês depois para a vila de São Paulo, afim de seguirem no encalço de Fernão Dias. [Página 459] • 19°. Conde da Ilha do Príncipe reivindicou, perante a câmara de São Vicente, os seus direitos á antiga doação régia Os docs. de pags. 33-42 são sobremodo interessantes, e, seguindo um nosso deliberado propósito, copiámol-os na integra, pois temos visto, por triste experiência, quanto é nocivo a tais investigações o mau vezo de truncar os elementos probantes da História. Deles se colhe que Luis Lopes de Carvalho (que em 1679 era capitão-mór de São Vicente e foi o procurador do trineto de Martim Afonso de Souza, o conde da Ilha do Príncipe, quando este, a 28 de abril de 1679, reivindicou, perante a Câmara de São Vicente, os seus direitos á antiga doação régia), tentado por uns roteiros de minas de prata e esmeraldas, penetrou o sertão de Sorocaba, e, não achando tais tesouros, mas tão somente o do ferro, cuidou de levantar uma fábrica deste metal, empenhado para isso todos os seus bens. A descrição do lugar e da projetada fundição merece lida, e pelo que ele escreve no memorial destinado ao presente soberano, também se verifica não lhe haver faltado a companhia de paulistas, como Manuel de Moura Gavião, coronel de Ytú, Manuel Gonçalves da Fonseca e Manuel Fernandes, este mestre-ferreiro. • 20°. Luiz Lopes de Carvalho recebe o cargo de administrador das minas de prata de Sorocaba, que havia supostamente descoberto: “Por Luiz Lopes de Carvalho irâ sua custa as minas da Prata de Sorocaba com o titulo de Administrador dela” Há um hiato de meio século nessa interpresa. Como, porém, constasse ao soberano a existência de veieiros de prata nos morros de Sorocaba, despachou ele ao reputado mineralogista fr. Pedro de Souza, em 1680 ou 1681, a examinar aquela região. (...).O primeiro; cartado rei a João Furtado de Mendonça (que foi governador do Rio de Janeiro de 22 de abril de 1686 a 29 de junho de 1689), é de 8 de fevereiro de 1687 e se reporta a uma carta de Luis Lopes de Carvalho, de 15 de junho de 1684, em que este afirma ter aberto, com fr. Pedro, uma mina de 70 palmos, depois afundada a 105, e reclamava, para a continuação das diligências, o auxílio de nativos das aldeias reais. • 21°. Reporta Há um hiato de meio século nessa interpresa. Como, porém, constasse ao soberano a existência de veieiros de prata nos morros de Sorocaba, despachou ele ao reputado mineralogista fr. Pedro de Souza, em 1680 ou 1681, a examinar aquela região. (...).O primeiro; cartado rei a João Furtado de Mendonça (que foi governador do Rio de Janeiro de 22 de abril de 1686 a 29 de junho de 1689), é de 8 de fevereiro de 1687 e se reporta a uma carta de Luis Lopes de Carvalho, de 15 de junho de 1684, em que este afirma ter aberto, com fr. Pedro, uma mina de 70 palmos, depois afundada a 105, e reclamava, para a continuação das diligências, o auxílio de nativos das aldeias reais. • 22°. Governador Patente de sargento-mor da Capitania de N. S. da Conceição de Itanhaem a João Martins Claro, dada por Arthur de Sá e Menezes, de 7 de fevereiro de 1698: Artur de Sá e Menezes faço saber aos que esta minha carta patente virem que havendo respeito a João Martins Claro, ter servido com praça de Soldado ano e meio na Companhia do Capitão-mor Manoel de Souza que veio em companhia do administrador D. Rodrigo Castel Branco acompanhando o as Minas de D. Jayme e a outras muitas: e sustentou sete anos a um religioso Mercenário em sua casa que veio ao descobrimento de Minas, e o levou ao sertão a sua custa, não faltando as ocasiões ao real serviço, com sua pessoa e fazenda dando adejutorio aos Ministros de justiça que vinham a estas Capitanias com negros e despesas consideráveis, e em outra ocasião teve em sua casa a um Mineiro cinco meses, chamado João Alvares Coutinho que por ordem de Sua Majestade que Deus guarde veio a explorar Minas (...) Dado aos 7 de fevereiro de 1698 nesta vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba o Secretário Jozeph Rebeilo Perdigão o fiz escrever. [Páginas 326 e 327] • 23°. As minas de Biraçoiaba são referidas em uma carta régia como minas de prata e ferro Há um hiato de meio século nessa interpresa. Como, porém, constasse ao soberano a existência de veieiros de prata nos morros de Sorocaba, despachou ele ao reputado mineralogista fr. Pedro de Souza, em 1680 ou 1681, a examinar aquela região. (...). O primeiro; carta do rei a João Furtado de Mendonça (que foi governador do Rio de Janeiro de 22 de abril de 1686 a 29 de junho de 1689), é de 8 de fevereiro de 1687 e se reporta a uma carta de Luis Lopes de Carvalho, de 15 de julho de 1684, em que este afirma ter aberto, com fr. Pedro, uma mina de 70 palmos, depois afundada a 105, e reclamava, para a continuação das diligências, o auxílio de nativos das aldeias reais. • 24°. Mina de Vituruna • 25°. Documento
Atualizado em 30/10/2025 15:41:46 D. Rodrigo chega na vila de São Paulo ![]() Data: 1915 página 90
• 1°. História das bandeiras paulistas - Tomo II, 1975. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) 1975 Em meados de junho de 1680 entrou em São Paulo, onde a 2 de julho presidiu uma assembléia a que comparecem os camaristas e muitos sertanistas, várias dos quais eminentes como Matias Cardoso, Brás de Arzão, Jerônimo de Camargo. Foi o escopo de tal reunião "assentar com acerto o mais útil e conveniente para a função (sic) de Sabarabuçu". Muito desconfiavam os paulistas dos atos do Administrador-Geral e com muita má vontade a Câmara e os particulares atenderam às suas requisições de nativos e mantimentos. Enquanto isto inspecionava as faisqueiras do Jaraguá e da Vuturuna. [História das bandeiras paulistas - Tomo II, 1975. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 162] ver mais
Atualizado em 30/10/2025 15:41:44 O procurador Simão Roridrgues Coelho requereu “que no outão das casas de Lionel Furtado se não fizessem mais casas pera que a praça ficasse mais desafogada” ![]() Data: 1980 Créditos: Belmonte Página 92
Atualizado em 30/10/2025 15:41:43 Testamento de Cornélio de Arzão vila donde chamam "Piratiaba" ![]() Data: 1980 Créditos: Belmonte Página 223
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