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Maniçoba

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Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
29 de agosto de 1553, sábado. Atualizado em 30/10/2025 20:32:27
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 Cidades (13): Araçariguama/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Iperó/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo André/SP, São Miguel Arcanjo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (14) André Ramalho, Antonio Rodrigues "Sevilhano" (37 anos), Caiubi, senhor de Geribatiba, Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco I da Áustria (1768-1835), João Ramalho (67 anos), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (36 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (83 anos), Matheus Nogueira, Mestre Bartolomeu Gonçalves (53 anos), Pero Correia (f.1554), Quirino Caxa (15 anos), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 Temas (36): “o Rio Grande”, Apoteroby (Pirajibú), Araritaguaba, Bairro Éden, Sorocaba, Biesaie, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Paraguay, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Inhapambuçu, Inhayba, Jesuítas, Lagoas, Léguas, Música, Nheengatu, Paranaitú, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tordesilhas, Tribo Arari, Tupinambás, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda

    9 Fontes
  5 fontes relacionadas

•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1 de janeiro de 1895, terça-feira
phia diz: "Era este bom padre português natural de Lisboa; seguia no mundo as armas e embarcado em uma Armada Castelhana passou as partes do Rio da Prata onde esteve alguns anos."

Voltou daquele país por terra até São Vicente, viajando duzentas léguas por caminhos solitários, aspérrimos e usados só de feras ou índios montanheses onde corria o perigo de ser devorado. VInha com intenção de seguir para Lisboa a procurar seu pai que ainda era vivo, mas preferiu entrar para a Companhia, o que fez no ano de 1553.

Logo que entrou foi levado como noviço para a região de Piratininga atravessando descalço aquelas serranias e, como era perito na língua e nos hábitos dos índios, deixou-lhe Nóbrega ao seu cargo trabalhar na sua catequese.

Penetrou o sertão cerca de 40 léguas, fez igreja, catequizou e converteu índios e viveu com eles três ou quatro anos. De Piratininga foi removido para a Bahia atribuindo-se-lhe a conversão de cerca de 50.000 almas e a formação das aldeias desde o Camamú a dezoito léguas do sul da cidade, até quase o Rio Real, a quarenta léguas do lado do norte.

Da Bahia veio em 1567 para o Rio de Janeiro com companhia de Mem de Sá, onde foi firmar definitivamente as pazes com os Tamoyos até que, enfermado, veio a faleceu no colégio que a sua ordem tinha naquela cidade.

Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação.

A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião.

A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto.

Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú.

Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa.

A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê.

Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida.

Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereça aquela definição. Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada.

Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da elequencia e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.

No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivese havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". [p. 173 e 174]

•  Capitanias Paulistas. Benedito Calixto de Jesus (1853-1927)
1 de janeiro de 1927, sábado

•  Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969)
1 de janeiro de 1956, domingo
A narrativa impessoal diz que "se viu" e Nogueira, de fato, poderia não estar presente, mas Nóbrega "viu" em pessoa. Depois de fundar a Aldeia de Piratininga em 29 de agosto de 1553, seguiu para Maniçoba com um Irmão "grande" (Antonio Rodrigues) e quatro ou cinco Irmãos "pequenos" (meninos). Os tupinaquins iam matar em terreiro e comer, "uns índios carijós".

Nóbrega procurou evitar o morticínio, sem o alcançar. (Foram estas e outras verificações positivas e pessoais, que o levaram ao plano de 1558, que Mem de Sá executou). Antonio Rodrigues e os Irmãos "pequenos" pregaram e "converteram" aqueles nativos que iam ser mortos; e também aqui os matadores impediam o batismo e os vigiavam muito bem, dizendo que, se eles se batizassem que comesse a sua carne morreria. [p. 437, 438 e 439 do pdf]

•  Na Trilha Piabiyu Da Mineração Ao Ato Civilizatório Têxtil
1 de janeiro de 2011, sábado

•  Revista JCorpus*
1 de setembro de 2025, segunda-feira




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Chegada a Kariesseba
26 de março de 1553, quinta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
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 Cidades (7): Botucatu/SP, Cananéia/SP, Capão Bonito/SP, Itu/SP, Paranapanema/SP, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Caiubi, senhor de Geribatiba, João Ramalho (67 anos), Ulrico Schmidl (43 anos)
 Temas (29): Assunguy, Bairro Éden, Sorocaba, Biesaie, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho até Cananéa, Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Carijós/Guaranis, Cariós, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Geografia e Mapas, Guaranis, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Milho, Pirapitinguí, Porcos, Rio das Cobras, Rio Geribatiba, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Schebetueba, Tupis, Ururay, Ybitirembá

    6 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  “Ulrico Schmidl no Brasil quinhentista”. Sociedade Hans Staden
1 de janeiro de 1942, quinta-feira
O itinerário de Ulrico Schmidl revelado no presente trabalho, extingue a uniformidade dessa afirmativa. Aliás, os autores ressalvam que o caminheiro germânico após chegar à foz do rio Tietê, no Paraná, não seguiu o seu curso, rio acima, atendendo não só às dificuldades naturais certamente conhecidas, como a insegurança das regiões marginais, habitadas por tribos sobremodo hostis.

Fazem-no por isso seguir, daquele ponto em diante, pelas terras entre o referido Tietê e o rio Paranapanema, para desse modo alcançar Botucatú e vir daí pelos caminhos clássicos até São Vicente. [p. 11]

Ele cita um aldeamento tupí Kariesseba, por onde passou, uma nação Wiessache, que habitava as margens de um rio Urquaie, e, finalmente, um povoado nativo Scherebethueba, que poderia ser o antigo lugar Geribatiba, situado a margem do rio, atualmente denominado Jurubatuba, na proximidade do atual Santo Amaro.

O rio Urquaie, citado no mesmo contexto, passou a ser considerado como sendo o grande rio Uruguai do Brasil meridional, contribuindo essa interpretação mais ainda, para que se procurasse o tão falado itinerário de Schmidl na região dos posteriores Estados de Paraná e mesmo Santa Catarina, antes de fazer o viajante chegar à extremidade Sudoeste do atual Estado de São Paulo.

Pelo que vai aqui exposto, julgamos ter esclarecido o quanto divergimos daquela concepção. Não é nas margens do rio Uruguai do Brasil meridional que vamos acompanhar a caravana de Schmidl, e sim nas margens do Anhembí ou Tietê, do mesmo rio ao qual caberia um papel histórico de alta importância, quando, cerca de meio século após, os bandeirantes paulistas haviam começado a estender cada vez mais as suas expedições para o interior. [p. 38]

No Domingos de Ramos, 26 de março de 1553 - perto de Kariessaba
4 dias e noites - Defesa na mata, perto de Kariessaba
6 dias - atravessando matas
4 dias - Estada em Wiessache, perto do Rio Urquaie.[Página 66]

No trecho da viagem até o Assunguí, o Dr. Moura faz enveredar a caravana pelo caminho tomado, 10 anos antes, por Cabeza de Vaca com seu grande séquito. Sobre essa expedição, iniciada em 29 de novembro de 1541 na foz do Itapocú, próximo da atual freguesia de Paratí, no estado de Santa Catarina, e levada a bom termo a 11 de março de 1542 em Assunção, existem melhores informações, visto que os pilotos de Cabeza de Vaca determinaram no caminho as posições como em alto mar.

Assunção - Paraguai abaixo até a sua confluência com o Paraná - Paraná acima até a foz od Iguassú - margem direita do Iguassú até a altura do rio Cotegipe - passagem do Pequirí, Cantú e afluentes - através a Serra da Esperança - curso superior do Curumbatí - passagem do Ivaí na região de Terezina - rumo Sub-Oeste pelas cabeceiras do Tibagí até onde se desvia o caminho para Santa Catarina, o mesmo que Cabeza de Vaca veio subindo - para o Oeste, pelas matas do vale do Assungí - povoado dos bilreiros e Kariesseba - atravessando o caminho para Cananéa - deixando o vale do Assunguí, para o Oeste pelos campos de Faxina, Capão Bonito e Itapetininga até a região de São Miguel Arcanjo - encruzilhada do caminho que ligava Cananéa à região de Piratininga - pelos campos de Sarapuí e Sorocaba - Biesaio, mais tarde Maniçoba ou Japiuba, hoje Itú - ao longo do Tietê até a região do rio Jurubatuba - Santo André - São Vicente. [p. 67 e 68]

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
8 de agosto de 2022, segunda-feira
Partindo de Assunção, desceu o Paraguay e subiu o Paraná até a barra do Iguassú; dai seguiu pela margem direita até a altura do rio Cotegipe; em seguida atravessou os rios Piquery, Cantú e outros afluentes desses rios; transpôs a serra da Esperança, passou pelas cabeceiras do Corumbay, e foi cruzar o Ivahy nas cabeceiras do Tibagy, onde deixou o caminho para Santa Catarina, pelo qual subiu Cabeça de Vaca.

Aí, tomando a esquerda, pendeu para as matas do vale de Assunguy, passou pela Aldeia dos Bilreiros e de Carieseba, onde logo adeante encontrou a encruzilhada do caminho que descia para Cananéa. Prosseguindo, porém, sempre à esquerda, deixou o Vale de Assunguy, e foi sair nos Campos de Faxina, Capão Bonito e Itapetininga, pelos quais seguiu até as proximidades de São Miguel Arcanjo, deixando outra encruzilhada que servia para ligar Cananéa à região de Piratininga.Desse ponto, passando pelos campos de Sarapuhy, e de Sorocaba, foi sair em Bieasaie, mais tarde Maniçoba, ou Japyuba e hoje Itu, donde procurou o rio Tietê por cujas margens seguiu até as proximidades do rio Jurubatuba. Descansou três dias na Aldeia desse nome até que finalmente chegou a Santo André". [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI. Página 13]




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Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios”
31 de agosto de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
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 Cidades (3): Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Domingos Luís Grou (53 anos), João Ramalho (67 anos), Manuel da Nóbrega (36 anos), Manuel de Paiva (f.1584)
 Temas (6): Araritaguaba, Farinha e mandioca, Gentios, Jesuítas, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda

    4 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. Vol. LXXXVII
1 de janeiro de 1992, quarta-feira
O rio terá sido, no entender de pesquisadores, a justificativa para a fundação do colégio jesuíta embrião da cidade anchietana. Ou seja, o começo do desbravamento. Está lá, na carta dirigida por Nóbrega ao Provincial da Ordem, o conselho para que insista junto a Martim Afonso quanto a transferência dos colonos deperecendo na Borda do Campo "aonde não havia peixe nem farinha" para que "se achegassem ao rio, (onde) teriam tudo a sossegariam".

Julgam alguns que tal rio fosse o Anhangabaú mas como pensar que um riacho na verdade fornecesse alimento para toda a população a ser transferida e mais a já existente? Antes de existir a vila paulistana, o Tietê levava e trazia os devassadores do sertão. É de 1551 a carta do irmão Pero Correia, descrevendo a viagem rio abaixo, com outros cinco irmãos a procura de um cristão asselvajado, indianizado.

E é de 31 de agosto de 1553 a carta de Nóbrega salientando a descida até Maniçoba, comboiado por um filho de João Ramalho. Abalou-se até para além de Araritaguaba.

Depois dessas, sabemos da ida do padre Anchieta em 1568 em missão muito simpática. Foi levar, em mãos, como exigia o favorecido, o perdão da justiça ao régulo Domingos Luiz Grou que a vila de São Paulo desejava ter dentro de seus muros para ajudar na sua defesa. Somente voltaria se o padre Anchieta fosse buscá-lo. Como se vê, já naquele tempo, poderosos usufruindo de prestígio gozavam de fortes regalias! Mas impõe-se-nos uma pergunta: se Grou fora homiziar-se naquelas paragens o fizera porque já, por ali, se navegava e morava. Mas, viagem mesmo, fazendo do leito do rio uma estrada, a primeira parece ser. [Página 29]

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
8 de agosto de 2022, segunda-feira
Teria sido Nóbrega o primeiro jesuíta a chegar a Maniçoba? Em sua famosa carta de 31 de agosto de 1553, escrita em Piratininga, ele mesmo nos aponta como batedor nessa sua jornada ao Irmão Pero Correia... Podemos, entretanto, arriscar nova pergunta: seria essa a a primeira vez que Pero Correia perlustraria esses caminhos? Em duas cartas suas do mês de jungo de 1551, nos descreve ele rápidos traços uma excursão apostólica, na qual, com outros cinco irmãos, acompanhou ao Padre Leonardo, em busca de certo cristão, que havia oito ou nove anos se desgarrara no meio dos selvagens.

"No caminho pusemos alguns quinze dias, a maior parte deles por um rio abaixo, que vai por entre mui grandes montanhas e despovoadas, onde nos faltou mantimento. A descida pelo rio gastou oito a nove dias. Serafim Leite aponta com razão o Tietê como sendo esse rio. No trajeto, rio abaixo, faltando lugar na canoa, teve Leonardo Nunes que descer a nada uma légua... Se comparamos com a excursão de Anchieta no ano de 158, que levou oito dias de Piratininga até Araraitaguaba, chegamos à conclusão de que o Abarèbebê e, com ele, Pero Correia já haviam estado em Maniçoba.




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Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) - “Sumé: Lenda mito-religiosa americana. Recolhida em outras era por um índio moranduçara, agora traduzida e dada luz com algumas notas por um paulista de Sorocaba”. Periódico Universal “A Abelha” (15.03.1856) Página 11-16
15 de março de 1856, sábado. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12
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 Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Cabo Frio/RJ, Itapema/SC, Niterói/RJ, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Francisco Adolfo de Varnhagen (40 anos)
 Temas (9): Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Lagoa Dourada, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Música, O Sol, Ouro, Ribeirão das Furnas, Vulcões

    1 Fontes
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Registros mencionados (2)
1500 - Lagoa Dourada [24459]
1856 - Primeiro registro de impressão de música no Brasil [6900]




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“O nascimento de São Paulo”, 02.05.2018. Eduardo Bueno
2 de maio de 2018, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:17:56
Relacionamentos
 Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) João Ramalho (1486-1580), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Tomé de Sousa (1503-1579), Eduardo Bueno
 Temas (11): Biesaie, Caaguacu, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Geografia e Mapas, Jesuítas, Léguas, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Tupiniquim, Vale do Anhangabaú




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2015
Atualizado em 28/10/2025 06:22:10
Vilas do planalto paulista: a criação de municípios na porção meridional da América Portuguesa (séc. XVI-XVIII)
Cidades (12): Cananéia/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itapetininga/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Itapeva/SP, Capão Bonito/SP, São Miguel Arcanjo/SP
Pessoas (3): Ulrico Schmidl, Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca, Gentil de Assis Moura
Temas (18): Jatuabi, Assunguy, Biesaie, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Rio do Peixe, Rio Tibagi, Jurubatuba, Geraibatiba, Caminho até Cananéa, Caminho do Mar, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Iguassú, Rio Paraná, Caminho do Paraguay, Vila de Santo André da Borda, Caminho Sorocaba-Itapetininga
Vilas do planalto paulista: a criação de municípios na porção meridional da América Portuguesa
Data: 2015
Créditos: Fernando V. Aguiar RibeiroPágina 59
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8 de outubro de 1541, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:09
1°. Partiu para Buenos Aires



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“Ulrico Schmidl no Brasil quinhentista”. Sociedade Hans Staden
1942. Atualizado em 31/10/2025 18:04:40
Relacionamentos
 Cidades (12): Assunção/PAR, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Capão Bonito/SP, Itapetininga/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, São Miguel Arcanjo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (21) Aleixo Garcia (f.1526), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Brás Cubas (1507-1592), Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Erasmo Esquert, Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Gentil de Assis Moura (1868-1929), Hans Staden (1525-1576), Jerônimo Leitão, Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Leonardo Nunes, Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Luiz Martins, Nicolau Barreto, Pedro de Angelis, Pedro de Angelis (1784-1859), Pero Correia (f.1554), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (25): Biesaie, Caminho até Cananéa, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Cayacangas, Estradas antigas, Guaianás, Guaiatacás, Guayrá, Guerra de Extermínio, Juerichsabaie, Jurubatuba, Geraibatiba, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Itapocú, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paranapanema, Rio Parnaíba , Rio Uruguai, Rio Ururay, São Paulo de Piratininga, Schebetueba, Tupis, Wiettache / Hitauchi
Registro mencionado
1. Chegada a Kariesseba
26 de março de 1553

O itinerário de Ulrico Schmidl revelado no presente trabalho, extingue a uniformidade dessa afirmativa. Aliás, os autores ressalvam que o caminheiro germânico após chegar à foz do rio Tietê, no Paraná, não seguiu o seu curso, rio acima, atendendo não só às dificuldades naturais certamente conhecidas, como a insegurança das regiões marginais, habitadas por tribos sobremodo hostis.

Fazem-no por isso seguir, daquele ponto em diante, pelas terras entre o referido Tietê e o rio Paranapanema, para desse modo alcançar Botucatú e vir daí pelos caminhos clássicos até São Vicente. [p. 11]

Ele cita um aldeamento tupí Kariesseba, por onde passou, uma nação Wiessache, que habitava as margens de um rio Urquaie, e, finalmente, um povoado nativo Scherebethueba, que poderia ser o antigo lugar Geribatiba, situado a margem do rio, atualmente denominado Jurubatuba, na proximidade do atual Santo Amaro.

O rio Urquaie, citado no mesmo contexto, passou a ser considerado como sendo o grande rio Uruguai do Brasil meridional, contribuindo essa interpretação mais ainda, para que se procurasse o tão falado itinerário de Schmidl na região dos posteriores Estados de Paraná e mesmo Santa Catarina, antes de fazer o viajante chegar à extremidade Sudoeste do atual Estado de São Paulo.

Pelo que vai aqui exposto, julgamos ter esclarecido o quanto divergimos daquela concepção. Não é nas margens do rio Uruguai do Brasil meridional que vamos acompanhar a caravana de Schmidl, e sim nas margens do Anhembí ou Tietê, do mesmo rio ao qual caberia um papel histórico de alta importância, quando, cerca de meio século após, os bandeirantes paulistas haviam começado a estender cada vez mais as suas expedições para o interior. [p. 38]

No Domingos de Ramos, 26 de março de 1553 - perto de Kariessaba
4 dias e noites - Defesa na mata, perto de Kariessaba
6 dias - atravessando matas
4 dias - Estada em Wiessache, perto do Rio Urquaie.[Página 66]

No trecho da viagem até o Assunguí, o Dr. Moura faz enveredar a caravana pelo caminho tomado, 10 anos antes, por Cabeza de Vaca com seu grande séquito. Sobre essa expedição, iniciada em 29 de novembro de 1541 na foz do Itapocú, próximo da atual freguesia de Paratí, no estado de Santa Catarina, e levada a bom termo a 11 de março de 1542 em Assunção, existem melhores informações, visto que os pilotos de Cabeza de Vaca determinaram no caminho as posições como em alto mar.

Assunção - Paraguai abaixo até a sua confluência com o Paraná - Paraná acima até a foz od Iguassú - margem direita do Iguassú até a altura do rio Cotegipe - passagem do Pequirí, Cantú e afluentes - através a Serra da Esperança - curso superior do Curumbatí - passagem do Ivaí na região de Terezina - rumo Sub-Oeste pelas cabeceiras do Tibagí até onde se desvia o caminho para Santa Catarina, o mesmo que Cabeza de Vaca veio subindo - para o Oeste, pelas matas do vale do Assungí - povoado dos bilreiros e Kariesseba - atravessando o caminho para Cananéa - deixando o vale do Assunguí, para o Oeste pelos campos de Faxina, Capão Bonito e Itapetininga até a região de São Miguel Arcanjo - encruzilhada do caminho que ligava Cananéa à região de Piratininga - pelos campos de Sarapuí e Sorocaba - Biesaio, mais tarde Maniçoba ou Japiuba, hoje Itú - ao longo do Tietê até a região do rio Jurubatuba - Santo André - São Vicente. [p. 67 e 68]
Registros mencionados (12)
1549 - Johan Ferdinand (João Fernando) vai se Buenos Aires a Santa Catarina pelo Peabiru [22060]
26/03/1553 - Chegada a Kariesseba [24787]
01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]
01/11/1585 - Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós [19962]
09/06/1591 - Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil [13717]
22/11/1603 - Hernando Arias estimula a ida de soldados de Villa Rica pelo mesmo caminho de São Paulo para estabelecer contatos [20682]
1611 - Leitão [26242]
16/07/1628 - Luis de Céspedes García Xería Parte em direção ao Guayrá, via Tietê e Paraná [17702]
21/07/1628 - Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha [9120]
20/05/1676 - “quarenta días a la Villa de Sorocaba capitania de San Bisente” [21149]
30/09/1888 - Em Londres, Inglaterra, Jack, o “Estripador”, mata sua terceira e quarta vítimas, Elizabeth Stride e Catherine Eddowes [28221]
08/04/2023 - Caminho de São Tomé, hoje chamado Peabiru: Sorocaba-Paranapanema [28727]




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Consulta em Wikwand.com - História do bairro Éden
25 de fevereiro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 01:39:19
Relacionamentos
 Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (1517-1570)
 Temas (7): Apoteroby (Pirajibú), Bairro Éden, Sorocaba, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Estradas antigas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Rio Pirajibú

Registros mencionados (1)
01/02/1531 - Envio de Diogo Leite [22014]




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“Pequeno Vocabulário Tupi-Português”, 1951. Padre A. Lemos Barbosa
1951. Atualizado em 25/10/2025 23:23:06
Relacionamentos
 Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Caiubi, senhor de Geribatiba
 Temas (7): Apiassava das canoas, Caminho do Mar, Estradas antigas, Mandiy, Pontes, Rio Ypanema, Nheengatu
Registros mencionados (3)
07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi [24117]
07/11/1732 - Sesmaria concedida a Domingos Rodrigues da Fonseca Leme em Mariboboni [27329]
1951 - Pedro Taques e seu tempo [8209]




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“Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP
outubro de 1971. Atualizado em 30/10/2025 06:08:37
Relacionamentos
 Cidades (7): Botucatu/SP, Cubatão/SP, Itu/SP, Paranapanema/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (10) Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Alfredo Ellis Júnior (75 anos), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Hernâni Donato (49 anos), José de Anchieta (1534-1597), Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1792), Manuel da Nóbrega (1517-1570)
 Temas (14): Apoteroby (Pirajibú), Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho Sorocaba-Botucatu, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Gentios, Guerra de Extermínio, Léguas, Morpion, Peru, Portos, Rio Paranapanema, Tupiniquim
Registro mencionado
1. Peabiru
15 de junho de 1553

É seu Tomé de Souza que o impede de partir. A 15 de junho de 1553, relata ao padre Luís Gonçalves da Câmara porque não seguira ainda:

"... a principal causa de todas para atrapalhar foi fechar o caminho por causa de os castelhanos, que estão a pouco mais de 100 léguas desta capitania. E tem-se por certo haver muita prata nessa terra, e tanto que dizem haver serras delas, e muita notícia de ouro, cujo serro está neste caminho..."
[“Peabiru”, 10.1971. Hernâni Donato do IHGSP. Página 12]
Registros mencionados (14)
1501 - São Tomé e o Caminho do Peabiru [23349]
1515 - Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” [23350]
22/01/1532 - Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” [9728]
10/04/1549 - Carta de Manoel da Nóbrega [23702]
01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” [8742]
15/06/1553 - Peabiru [25786]
15/06/1553 - “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada [21900]
24/12/1553 - “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão” [21830]
05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]
01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]
1584 - Guerra [26105]
23/05/1584 - “os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar” [21453]
22/11/1603 - Hernando Arias estimula a ida de soldados de Villa Rica pelo mesmo caminho de São Paulo para estabelecer contatos [20682]
18/09/1628 - parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios [17700]




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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. Vol. LXXXVII
1992. Atualizado em 23/10/2025 15:57:19
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 Cidades (3): Porto Feliz/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Domingos Luís Grou (1500-1590), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Nicolau Barreto, Pero Correia (f.1554)
 Temas (6): Cristãos, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Nossa Senhora de Atocha, Rio Anhemby / Tietê, Vale do Anhangabaú
Registro mencionado
1. Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios”
31 de agosto de 1553

O rio terá sido, no entender de pesquisadores, a justificativa para a fundação do colégio jesuíta embrião da cidade anchietana. Ou seja, o começo do desbravamento. Está lá, na carta dirigida por Nóbrega ao Provincial da Ordem, o conselho para que insista junto a Martim Afonso quanto a transferência dos colonos deperecendo na Borda do Campo "aonde não havia peixe nem farinha" para que "se achegassem ao rio, (onde) teriam tudo a sossegariam".

Julgam alguns que tal rio fosse o Anhangabaú mas como pensar que um riacho na verdade fornecesse alimento para toda a população a ser transferida e mais a já existente? Antes de existir a vila paulistana, o Tietê levava e trazia os devassadores do sertão. É de 1551 a carta do irmão Pero Correia, descrevendo a viagem rio abaixo, com outros cinco irmãos a procura de um cristão asselvajado, indianizado.

E é de 31 de agosto de 1553 a carta de Nóbrega salientando a descida até Maniçoba, comboiado por um filho de João Ramalho. Abalou-se até para além de Araritaguaba.

Depois dessas, sabemos da ida do padre Anchieta em 1568 em missão muito simpática. Foi levar, em mãos, como exigia o favorecido, o perdão da justiça ao régulo Domingos Luiz Grou que a vila de São Paulo desejava ter dentro de seus muros para ajudar na sua defesa. Somente voltaria se o padre Anchieta fosse buscá-lo. Como se vê, já naquele tempo, poderosos usufruindo de prestígio gozavam de fortes regalias! Mas impõe-se-nos uma pergunta: se Grou fora homiziar-se naquelas paragens o fizera porque já, por ali, se navegava e morava. Mas, viagem mesmo, fazendo do leito do rio uma estrada, a primeira parece ser. [Página 29]
Registros mencionados (3)
1551 - Conflito entre o Padre Leonardo Nunes e «um homem que havia quarenta annos estava na terra já tinha bisnetos e sempre viveu em peccado mortal e andava excommungado" [20731]
31/08/1553 - Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios” [21876]
01/12/1568 - Anchieta* [26891]




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De Piratininga a São Paulo de Piratininga, Jornal Diário da Noite, 25.01.1964. Tito Lívio Ferreira
25 de janeiro de 1964, sábado. Atualizado em 31/10/2025 12:41:28
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 Cidades (7): Barueri/SP, Cananéia/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Salvador/BA, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (14) André Ramalho, Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Inácio de Loyola (1491-1556), João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel de Paiva (f.1584), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Serafim Soares Leite (74 anos), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Tomé de Sousa (1503-1579)
 Temas (8): Aldeia dos Reis Magos, Capitania de São Vicente, Pela primeira vez, Rio Anhemby / Tietê, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Vila de Santo André da Borda, Colinas
Registros mencionados (2)
22/01/1532 - Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” [9728]
01/10/1532 - Martim Afonso preside a primeira eleição popular no planalto de Piratininga e instala a primeira Câmara de Vereadores na Borda do Campo* [27414]




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Maniçoba, porta do Paraguai, Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Correio Paulistano, 08.09.1940
8 de Setembro de 1940, domingo. Atualizado em 30/10/2025 18:38:25
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 Cidades (8): Botucatu/SP, Cananéia/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Paranapanema/SP, Salto de Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (9) Afonso d´Escragnolle Taunay (64 anos), Leonardo Nunes, Luís Castanho de Almeida (36 anos), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Quirino Caxa (1538-1599), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Serafim Soares Leite (50 anos), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (20): Apiassava das canoas, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Guaranis, Guayrá, Léguas, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Sorocaba, Serra de Paranapiacaba, Tordesilhas, Abarê, Nheengatu, Caminho do Paraguay, Caminho Sorocaba-Botucatu, Serra de Ibotucatu, Rio Paranapanema, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Cristãos
Registros mencionados (2)
1. “Fundada pelos jesuítas provavelmente em 18 de julho de 1554, a aldeia de Bohi, hoje Estância Turística de Embu das Artes”
18 de julho de 1554

Eis porque, antes de 25 de janeiro de 1554 e depois de 30 de agosto de 1553, Manuel da Nóbrega, após o novo ajuntamento de nativos de Piratininga deixando aí dois irmãos para catequese até a chegada - digamos oficial - de Anchieta, partiu com o irmão Antonio Rodrigues, quatro meninos e alguns nativos para a aldeia de Maniçoba, onde os precedera o irmão Pero Correia.

Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra.

Os autores são concordes em colocar Maniçoba, que Simão de Vasconcelos chamada Japiassú, nas cercanias da atual cidade de Itú. Servem-se para isso, de várias fontes, até mesmo do relato de um viajante da poca, Ulrico Schmidel, e da cartografia antiga, porém, a base da argumentação ficam sendo as cartas jesuíticas, que determinavam para Maniçoba 35 léguas e até 50 contando de São Vicente, sertão adentro, e porto de embarque.

Ora, para ir ao interior, o primeiro rio que se podia utilizar adiante de Piratininga era o Tietê, abaixo do Salto de Itú. "A fama deste grão zelo de Nóbrea, diz Simão de Vasconcelos, muito conhecido pelos sertões do Paraguai (nos quais era chamado Barcaelué, que vale o mesmo que homem santo) se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele, para serem doutrinadores na aldeia já dita, que ficava mais perto; pois não foram tão ditosos que tivessem efeitos os desejos que o padre tivera de ir às suas terras, donde fora chamado por eles tantas vezes".

"Os nativos Tupis - continua Serafim Leite - que tinham com eles contas antigas a ajustar, ou porque fossem prevenidos pelos Portugueses para cortar o passo a tais adventícios, saíram-lhes ao caminho, e destroçaram-nos, sem lhes valerem os Padres. Outros nativos vieram depois, com três espanhóis, que foram igualmente mortos, exceto um destes, que pode fugir e acolher-se á proteção dos Jesuítas".Ainda em julho de 1554 estacam em Maniçoba "dois padres e irmãos e irmão Gregório Serrão com escola de gramática". Este irmão Gregório andava doente e não era fácil arranjar-lhe a galinha para o caldo. Com a mudança, que logo se seguiu, dos padres e catecúmenos para São Paulo do Campo, sarou o doente e Maniçoba perdeu até o nome.O nome aparece ainda que desfigurado, no mapa atribuído a Rui Diaz de Gusman, autor da célebre "Argentina", e o qual, segundo Paul Groussac, é de 1606 a 1608. Lá está, à margem esquerda do Anhembi o "puerto de Mandiçoba", pode ver-se essa velha carta sul-americana no volume IX dos "Anales de lla Biblioteca" de Buenos Aires (1914). Foi em 1894 encontrada por Zeballos no Arquivo de las Índias em Sevilha, quando estudava a questão das Missões, completada a sua publicação em 1903, por Felix Outes, quanto à região do Atlântico.São estas as informações que nos envia Sergio Buarque de Holanda, na identificação de Maniçoba, é importantíssima na confirmação dos pontos de vista de outros historiadores paulistas desde Gentil de Moura e Teodoro Sampaio até Afonso de Taunay e Serafim Leite.Gostamos, porém, de sua hipótese, que fez descer um pouco mais a aldeia, entre as atuais cidades de Itú e Porto Feliz. Vê-se, por aí, ainda, uma vez a persistência da tradição nativa nos costumes dos bandeirantes, os primeiros dos quais eram meio guaranis de sangue e de língua. Pois o porto de Araritaguabam, donde partiram as monções e que o pincel de Almeida Junior celebrizou, dista máximo cinco léguas do "puerto de Maniçoba", "Por onde se vai aos Carijós".

Que raízes profundas na terra e no homem americano tema nossa História! Morador de Sorocaba, o autor destas linhas vê todos os dias o rio do mesmo nome a correr para o oeste, como ao cair da tarde pode sonhar com as regiões imensas de campos e matas que se estendem além do Ipanema, rumo do Guairá antigo. Nascido à margem de um afluente do Paranapanema, contemplando ao norte a serra de Botucatu e palmilhando em crença aquele mesmo caminho selvagem, pre-colonial, o chamado "peabiru" que ligava o Guairá a São Paulo, passando por Sorocaba, e o que é mais, trazendo no sangue o atavismo de tataravó uruguaia e mestiça, julga o autor deste artigo, se não de todo compreender, ao menos sentir estas coisas tão belas no fundo de sua alma, o tanto para ousar transmitir ao papel essas queridas impressões. Se pecado for, é pecado de muito amor".
2. “Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599)
1575

Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra.
Registros mencionados (9)
400 - Havia indígenas transitando [20536]
01/02/1553 - Chegada a São Vivente* [24866]
20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]
18/07/1554 - “Fundada pelos jesuítas provavelmente em 18 de julho de 1554, a aldeia de Bohi, hoje Estância Turística de Embu das Artes” [22913]
1575 - “Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599) [26892]
1589 - A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú [27598]
23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]
06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre [6197]
17/04/2023 - Inventário e Testamento de Cristóvão Diniz, consultado em rojetocompartilhar.org [28344]




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História do Brasil 1500-1627. Capistrano de Abreu
1918. Atualizado em 23/10/2025 15:54:08
Relacionamentos
 Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (5) João Capistrano Honório de Abreu (65 anos), João Ramalho (1486-1580), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Tomé de Sousa (1503-1579)
 Temas (6): Aldeias, Biesaie, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda




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“No dia de São Paulo”. Jornal Correio Paulistano/SP, página 5
25 de janeiro de 1942, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:57:13
Relacionamentos
 Cidades (8): Barueri/SP, Carapicuiba/SP, Embu das Artes/SP, Itu/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tatuapé/SP
 Pessoas (9) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Brás Cubas (1507-1592), Domingos Luís Grou (1500-1590), José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (11): Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho Itú-Sorocaba, Jesuítas, Ouro, Pela primeira vez, Pelourinhos, Ponte Grande, Pontes, Tamoios, Ururay, Vila de Santo André da Borda
Registros mencionados (7)
1552 - Neste local, porta de entrada para a “Cidade de Santo Amaro” onde aportou a primeira expedição, que consta ter sido em 1552 [23620]
01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]
25/01/1562 - “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos” [24070]
10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga [8749]
09/08/1567 - Sesmaria a João Ramalho [21982]
01/08/1587 - “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"* [19965]
07/07/1590 - Por terem matado Domingos Grou [23245]




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Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1895. Atualizado em 23/10/2025 15:51:08
Relacionamentos
 Cidades (12): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Cubatão/SP, Iguape/SP, Itapecirica da Serra/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Salto de Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (28) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Artur de Sá e Meneses (f.1709), Brás Cubas (1507-1592), Braz Rodrigues de Arzão (1626-1692), Domingos Fernandes (1577-1652), Domingos Fernandes da Cruz (1680-1767), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Hans Staden (1525-1576), João Alvares Coutinho, João Cubas, João Furtado de Mendonça, João IV, o Restaurador (1604-1656), João Martins Claro (1655-1725), João Pires Cubas (n.1460), João Ramalho (1486-1580), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel de Melo Godinho Manso, Mem de Sá (1500-1572), Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero Correia (f.1554), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (42): “o Rio Grande”, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Assunguy, Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Biesaie, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Cachoeiras, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Cruzes, Enguaguassú, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Gentios, Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Otinga, Paranaitú, Pela primeira vez, Peru, Pirapitinguí, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos Meninos, Rio Sorocaba, Rio Tamanduatei, Sabaúma, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Serra de Paranapiacaba, Tupis, Vale do Anhangabaú, Vila de Nossa Senhora da Ponte, Vila de Santo André da Borda, Ybyrpuêra

Registros mencionados (3)
1. Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
29 de agosto de 1553

phia diz: "Era este bom padre português natural de Lisboa; seguia no mundo as armas e embarcado em uma Armada Castelhana passou as partes do Rio da Prata onde esteve alguns anos."

Voltou daquele país por terra até São Vicente, viajando duzentas léguas por caminhos solitários, aspérrimos e usados só de feras ou índios montanheses onde corria o perigo de ser devorado. VInha com intenção de seguir para Lisboa a procurar seu pai que ainda era vivo, mas preferiu entrar para a Companhia, o que fez no ano de 1553.

Logo que entrou foi levado como noviço para a região de Piratininga atravessando descalço aquelas serranias e, como era perito na língua e nos hábitos dos índios, deixou-lhe Nóbrega ao seu cargo trabalhar na sua catequese.

Penetrou o sertão cerca de 40 léguas, fez igreja, catequizou e converteu índios e viveu com eles três ou quatro anos. De Piratininga foi removido para a Bahia atribuindo-se-lhe a conversão de cerca de 50.000 almas e a formação das aldeias desde o Camamú a dezoito léguas do sul da cidade, até quase o Rio Real, a quarenta léguas do lado do norte.

Da Bahia veio em 1567 para o Rio de Janeiro com companhia de Mem de Sá, onde foi firmar definitivamente as pazes com os Tamoyos até que, enfermado, veio a faleceu no colégio que a sua ordem tinha naquela cidade.

Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação.

A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião.

A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto.

Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú.

Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa.

A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê.

Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida.

Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereça aquela definição. Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada.

Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da elequencia e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.

No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivese havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". [p. 173 e 174]
2. Serafim Leite afirma expressamente que, no ano de 1554, ainda não tinham começado a residir em Piratininga moradores portugueses, daí não existirem filhos deles na Escola de Meninos, em que o Irmão Antônio Rodrigues ensinava a ler, escrever e cantar
1554

Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecúmenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fosse tão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da eloquência e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivesse havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar".
3. Anchieta
março de 1554

Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação.

A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião.

A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto.

Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú.

Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa.

A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê.

Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida. Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereca aquela definição.

Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada.

Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da eloquência e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.

No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivesse havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". (Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, 1895. Páginas 173 e 174)
Registros mencionados (25)
10/08/1540 - Terras para Bras Cubas [22539]
1543 - Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil [20206]
1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]
29/08/1553 - Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" [8154]
1554 - Serafim Leite afirma expressamente que, no ano de 1554, ainda não tinham começado a residir em Piratininga moradores portugueses, daí não existirem filhos deles na Escola de Meninos, em que o Irmão Antônio Rodrigues ensinava a ler, escrever e cantar [21832]
01/03/1554 - Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha* [22438]
30/03/1554 - Anchieta* [25645]
25/04/1562 - Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) [19976]
11/05/1562 - Certidão de Jacome da Mota, escrivão da câmara do Porto de Santos, costa do Brasil [25903]
18/01/1567 - O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha [9937]
14/08/1601 - Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru [23816]
1604 - Falecimento de Afonso Sardinha, "O Moço" [20263]
1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]
30/04/1653 - Pedro de Souza, Administrador das minas, recebeu ordem do Rei Dom João IV para fazer indagações a respeito das minas [21197]
28/11/1657 - Carta régia [1335]
01/01/1658 - O Provedor-Mor Pedro de Sousa Pereira, que já antes visitara Paranaguá para inspecionar a purificação e averiguação das minas, de que se fez, talvez por iniciativa sua, uma planta, tomada pelos holandeses em alto-mar, voltou a percorrê-las em 1658, depois de anunciar-se o descobrimento de nova beta, mais rica do que as anteriores [22531]
16/09/1663 - 12090 [25345]
29/11/1677 - D. Rodrigo foi mandado seguir para o sul, para as minas de Paranaguá e de SABARABUÇU, região onde o movimento "bandeiristico" teve foco em São Paulo [23167]
28/04/1679 - Conde da Ilha do Príncipe reivindicou, perante a câmara de São Vicente, os seus direitos á antiga doação régia [25344]
20/06/1682 - Luiz Lopes de Carvalho recebe o cargo de administrador das minas de prata de Sorocaba, que havia supostamente descoberto: “Por Luiz Lopes de Carvalho irâ sua custa as minas da Prata de Sorocaba com o titulo de Administrador dela” [20912]
15/06/1684 - Reporta [25518]
23/04/1686 - Governador [25516]
08/02/1687 - As minas de Biraçoiaba são referidas em uma carta régia como minas de prata e ferro [20914]
29/11/1698 - Mina de Vituruna [1521]
18/09/1830 - Documento [25741]




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“Fundada pelos jesuítas provavelmente em 18 de julho de 1554, a aldeia de Bohi, hoje Estância Turística de Embu das Artes”
18 de julho de 1554, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:47:05
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 Cidades (3): Embu das Artes/SP, Itu/SP, Sorocaba/SP
 Temas (3): Escolas, Vila Nossa Senhora do Rosário, Boigy




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Pero Correia faz contato com Maniçoba
julho de 1553. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Cidades (3): Itu/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (36 anos), Pero Correia (f.1554)
 Temas (5): Biesaie, Biesaie, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Carijós/Guaranis, Guaranis




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Carta de Pero Correa ao Pe. Braz Lourenço
18 de julho de 1554, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:39:00
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 Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (37 anos), Pero Correia (f.1554)
 Temas (7): Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Guaranis, Missões/Reduções jesuíticas, Piqueri




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1554
Atualizado em 28/10/2025 04:25:33
Serafim Leite afirma expressamente que, no ano de 1554, ainda não tinham começado a residir em Piratininga moradores portugueses, daí não existirem filhos deles na Escola de Meninos, em que o Irmão Antônio Rodrigues ensinava a ler, escrever e cantar
Cidades (4): Itu/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (3): João Ramalho, Manuel da Nóbrega, Simão de Vasconcelos
Temas (5): Colégio Santo Ignácio, Habitantes, Jesuítas, São Paulo de Piratininga, Pirapitinguí
Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo
Data: 1895
Créditos: Instituto Histórico e Geográfico de São PauloPágina 174
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1°. Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
1895
Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecúmenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fosse tão valente no arco e na flecha como eles.

Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da eloquência e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivesse havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar".  ver mais


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