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  Lagoa Dourada
  1º de 224
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Havia indígenas transitando
400. Atualizado em 28/10/2025 10:26:24
Relacionamentos
 Cidades (7): Botucatu/SP, Cananéia/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Cubatão/SP, Ibiúna/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 Temas (40): Apoteroby (Pirajibú), Assunguy, Avenida Ipanema, Avenida Itavuvu, Bairro Itavuvu, Boulevard Braguinha, Caminho de São Roque-Sorocaba, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho Fundo, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Caputera, Carijós/Guaranis, Estrada da “Cabeça da Anta”, Estrada do Ipatinga, Estrada São Roque-Ibiúna, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Guaianase de Piratininga, Inhayba, Ipatinga, Itapeva (Serra de São Francisco), Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Papagaios (vutu), Praça Fernando Prestes, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos Meninos, Rio Paranapanema, Rio Pinheiros, Rio Tibagi, Rodovia Raposo Tavares, Sabarabuçu, Trilha dos Tupiniquins, Vila Barcelona, Vila Santana / Além Linha, Villeta, “George Oetterer”, Vulcões, Vutucavarú

    11 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I*
1 de novembro de 2003, sábado
Quando Pedro Álvares Cabral tomou posse das terras brasileiras em 1500, Portugal ainda não sabia o que havia por aqui. Tinham apenas uma vaga idéia do tamanho da posse que lhes cabia por ordem do tratado de Tordesilhas.

Em 1589, Afonso Sardinha, um português aventureiro, rico e vereador em São Paulo era dono de uma mina de “faiscar” ouro perto do morro do Jaraguá, veio juntamente com seu filho mameluco (filho de branco com índia), conhecido como “o mameluco do Afonso Sardinha” (mais tarde é que ele assume verdadeiramente o nome do pai).

Ambos vieram procurar riquezas nestas terras, porque alguns índios-escravos diziam: “além do Voturuna, depois doAraçaryguama, bem perto do rio que vem do Vuturaty, que passa pelo Itavuvu e chega ao Biraçoiava, há uma imensa “lagoa deouro” guardada por “nhangá” e aquele que a ela chegar ficará muito rico.” [Página 12 do pdf]

•  “Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo
1 de janeiro de 2011, sábado
Não havia caminho que ligasse São Paulo ao sertão; apenas trilhas de índios, estreitas e traiçoeiras, por onde era possível passar somente uma pessoa de cada vez. Os homens brancos que se dispunham a embrenhar-se por essas veredas, além de serem desassombrados, precisavam ser fortes e resistentes, já que o itinerário raramente seguia na linha horizontal. Era um subir e descer constante por serras rochosas que podiam se elevar a quase 3.000 metros acima do nível do mar. Poucos lugares na colônia eram tão altos. O que parecia um problema na verdade eram dois: tendo de subir os morros de quatro, usando as mãos para agarrar raízes e pedras, ficava-se à mercê das flechas dos índios.





  Lagoa Dourada
  2º de 224
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Nascimento de Brandán, o Navegante, em Ciarraight Luachra (atual condado de Kerry)
484. Atualizado em 28/10/2025 10:18:40
Relacionamentos

 Temas (9): Bíblia, Cães, gatos e inofensivos, Cavalos, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Diamantes e esmeraldas, Ilha Brasil, Inferno, Vulcões

    1 Fontes
   fontes relacionadas





  Lagoa Dourada
  3º de 224
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Tratado de Tordesilhas
7 de junho de 1494, quinta-feira. Atualizado em 05/10/2025 13:46:36
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 Cidades (5): Cuiabá/MT, Iguape/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Isabel, "A Católica" (43 anos), João II, "o Príncipe Perfeito" (39 anos), Papa Alexandre VI (63 anos)
 Temas (8): Descobrimento do Brazil, Espanhóis/Espanha, Gentios, Guaranis, Guayrá, Ordem de Cristo, Papas e o Vaticano, Tordesilhas

    4 Fontes
   fontes relacionadas





  Lagoa Dourada
  4º de 224
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1500
Atualizado em 28/10/2025 11:27:42
Lagoa Dourada
•  Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Sabará/MG, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Nicolau Barreto, Orville Derby (1851-1915), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (7): Ouro, Ribeirão das Furnas, Sabarabuçu, Papagaios (vutu), Vutucavarú, O Sol, Bíblia
Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9
Data: 1959
Página 179
    14 fontes
  11 relacionadas

1°. Fundação de Ponta Grossa/PR, pontagrossa.pr.gov.br/vvelha
15 de setembro de 1823, segunda-feira
De acordo com o Plano de Manejo do PEVV (IAP, 2004), existiam na região do Parque Estadual de Vila Velha, índios, primeiro em bandos, depois em tribos, como a dos caingangues, que habitavam a região na época do descobrimento do Brasil. A arte rupestre76 que se encontra na região, também demonstra a presença humana já há muito tempo, e a lenda repassada aos turistas possui aspectos ligados a cultura indígena.

Não se sabe ao certo quando surgiu, sendo que a mais conhecida é a criada por Protásio de Carvalho (LIMA, 1975), onde as rochas do Parque seriam uma antiga cidade que foi transformada em cidade de pedra devido a fúria de Tupã. O principal símbolo do Parque, a Taça de Vila Velha, seria a taça utilizada pelos amantes indígenas Dhui e Arace Poranga para se embriagarem com licor de butiá, as Furnas o solo rasgado por Tupã e a Lagoa Dourada seria o tesouro derretido.

Itacueretaba, antigo nome de Vila Velha, significa cidade extinta de pedras. O recanto foi escolhido pelos primitivos habitantes para ser Abaretama, terra dos homens. No local seria escondido o precioso tesouro ITAINHARERU. Com a proteção de Tupã, era cuidadosamente vigiado pelos Apiabas, varões escolhidos entre os melhores homens de todas as tribos.

Os Apiabas desfrutavam de todas as regalias, porém era proibido o contato com as mulheres. A tradição dizia que elas, sabendo do segredo de Abaretama, revelariam aos quatro ventos. A notícia chegaria aos ouvidos do inimigo, que tomaria o tesouro para si. Se o tesouro fosse perdido, Tupã deixaria de resguardar o seu povo e lançaria sobre ele as maiores desgraças. Dhui (Luís) fora escolhido chefe supremo dos Apiabas, entretanto, não desejava seguir esse destino, pois se tratava de um chunharapixara (mulherengo).

As tribos rivais, após tomarem conhecimento do fato, escolheram a bela Aracê Poranga (aurora da manhã) para tentar seduzir o jovem guerreiro e tomar-lhe o segredo do tesouro. A escolhida logo conquistou o coração de Dhui. Em uma tarde primaveril, Aracê veio ao encontro de Dhui trazendo uma taça de Uirucur (licor do butiás) para embebedá-lo. No entanto, o amor já havia tomado conta de seu coração e a traição não aconteceu. Decidiu, então, tomar a bebida junto com seu amado. Em seguida, os dois se amaram à sombra de um ipê. Tupã logo descobriu a traição do seu guerreiro e, furioso, provocou um terremoto sobre toda a região.

A antiga planície foi transformada em um conjunto de suaves colinas. Abaretama transformou-se em pedra. O solo rasgou-se em alguns pontos, originando as Furnas. O precioso tesouro fora derretido, formando a Lagoa Dourada. Os dois amantes ficaram petrificados e, entre os dois, a taça ficou como o símbolo da traição. Diz a lenda que as pessoas mais sensíveis à natureza e ao amor, quando passam pelo local, ouvem a última frase de Aracê: xê pocê o quê (dormirei contigo).

Ofício do frei Pedro Nolasco da Sacra Família refutando as afirmações da Câmara Municipal de Sorocaba, 1816:

Exm. Snr: - mais de uma vez se encontra em papéis antigos confrontações de semelhante natureza, porém, o Padre Fr. Anselmo da Annunciação que imediatamente foi tomar posse, por explicação do mesmo doador, sempre reconheceu por demarcação do terreno doado - da ponte velha, mais abaixo da existente, até o Rio dos Couros, na língua da terra, Ceopirira, hoje corrompido em Supiriri, e dai a sair ao campo, moradia do dito Braz Esteves, e da largura do Rio, indo contestar com Diogo do Rego e Mendonça até sair ao campo hoje conhecido de Itapiva.

Este foi o terreno doado, unicamente o onus de 13 missas anuais, como se vê pelo documento no. 1. Acontece, porém, Exmo. Snr. que quando se mudou a vila, que primeiramente era fundada no lugar denominado ITARIREOÚ, légua e meia distante do novo mosteiro, para o local em que existe, (em 1665) desde logo principiaram os choques entre a Câmara e o Presidente do Mosteiro, sobre quererem os Camaristas senhorarem-se das nossas terras para o Rocio desta vila.  ver mais

2°. Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) - “Sumé: Lenda mito-religiosa americana. Recolhida em outras era por um índio moranduçara, agora traduzida e dada luz com algumas notas por um paulista de Sorocaba”. Periódico Universal “A Abelha” (15.03.1856) Página 11-16
15 de março de 1856, sábado
E via que a mente se me ofuscava, e que eu nada mais sabia de Sumé. Por fim ouvi uma voz que dizia: "Contenta-te de seres moranduçara do que sabes, que é quanto tens de transmitirá posteridade. Sumé irá para outras terras; por que aos surdos não é possível fazer que oução as palavras do Senhor. E uma língua de fogo se viu no mais alto cimo do morro de Biraçoyaba, que parecia como a chama de um vulcão.

E o monte se derretia em lavas de ferro. E aí se formava uma espécie de cratera ou algar (Vale das Furnas) cujas cinzas quentes, depois se apagavam com as águas de uma lagoa (Lagoa dourada, onde o povo do Ipanema, ainda não há muito, julgava que apareciam fantasmas, que guardavam tesouros escondidos.).

E ouvi a mesma voz de antes dizer-me : “Ali esconderás o legado que deveis deixarás gerações vindouras, para que os homens tenham mais uma prova da misericórdia divina, que é de toda a eternidade, e durará até o dia de juízo.” — Amen.08:21  ver mais

3°. Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro. TOMO V. 4.° Boletim. Redator Engenheiro Dr. A. de Paula Freitas
1889
“Senhores, ha perto de três mil anos que o rio Amazonas é navegado e que de seus seios transborda o ouro nos cofres dos reis da terra!”

“Onffroy de Thoron, depois de largos e demorados estudos, rasgou a nossas vistas o véu do grande mistério: os navios de Salomão traziam rumo da América Meridional; vinham buscar as grandes riquezas que levavam ao rei de Tyro, na terra do El-Dorado, da legendaria Manôa, sonhada á margem ocidental da lagoa Parima, á boca de um grande rio, que a ela levava suas águas cauldalosas roladas sobre o leito esmeraldino, coberto de areias de ouro...” (Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro. TOMO V. 4.° Boletim, 1889. Redator Engenheiro Dr. A. de Paula Freita. Página 222)  ver mais

4°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21
1918
Este "caminho velho" fraldeava as serras do Bananal e Cahêpupú até o entroncamento com a cordilheira marítima (tapera do Índio Roque), dirigindo-se dali para os sertões de Sorocaba, Araçariguama, Araritaguaba (Porto Feliz) etc. Era nessa região, cortada pelos dois caminhos - do gado e da aldeia velha (Paraná-mirim) - que estavam situadas as minas de Araçoiaba e as legendárias terras auríficas de Botucavarú, Lagoa Dourada e outras, das quais os aranzéis (roteiros antigos) nos dão notícias. O morro e cachoeira do Mineiro, nas proximidades de Mongaguá, entre Aguapeí e Rio Branco, indicam ainda, na nomenclatura geográfica de Itanhaém, a preocupação constante dos seus primitivos povoadores. [Página 1148 do pdf, 270]  ver mais

5°. Capitanias Paulistas. Benedito Calixto de Jesus (1853-1927)
1927
Este "caminho velho" fraldeava as serras do Bananal e Cahêpupú até o entroncamento com a cordilheira marítima (tapera do Índio Roque), dirigindo-se dali para os sertões de Sorocaba, Araçariguama, Araritaguaba etc. Era nessa região, cortada pelos dois caminhos - do gado e da aldeia velha (Paraná-mirim) - que estavam situadas as minas de Araçoiaba e as legendárias terras auríficas de Botucavarú, Lagoa Dourada e outras, das quais os aranzéis (roteiros antigos) nos dão notícias.  ver mais

6°. Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4
4 de dezembro de 1993, sábado

7°. “O Mito indígena da Lagoa Dourada e as bandeiras do Brasil Central”, Manoel Rodrigues Ferreira
28 de fevereiro de 1994, segunda-feira
Logo após os Descobrimentos, na hoje América do Sul, portugueses e espanhóis ouviam dos nativos, no litoral, a notícia segundo a qual existia no Interior do Continente uma grande Lagoa muito rica em ouro, prata e pedras pedras preciosas, particularmente esmeraldas. Junto à Lagoa havia uma cidade também muito rica, e nela, Lagoa, nasciam os principais rios que desaguam no mar.

Essa única Lagoa recebia diferentes nomes segundo as diferentes tribos onde estas se localizavam: Lagoa Parime na hoje Venezuela; Lagoa Manoa e Lagoa Guatavita (Lagoa do El Dorado) na hoje Colômbia; Lagoa Paititi no hoje Peru; outra Lagoa no hoje Chile; Lagoa Xaraies no hoje Paraguai. No Brasil essa Lagoa recebia os seguintes nomes: Lagoa Paraupava (em São Paulo); Lagoa Vupabuçú (variante em língua Tupi, de Paraupava), Lagoa Dourada e Lagoa Grande nas Capitanias do Nordeste.  ver mais

8°. Histórias ilustradas de Ypanema e do Araçoiaba, 2011. Gilson Sanches
2011
Os documentos mais antigos que fazem referência ao Morro de Araçoiaba e à Lagoa Dourada são as cartas do padre jesuíta José de Anchieta.  ver mais

9°. “Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo
2011
*“Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo sobre a chegada do 7o Governador Geral do Brasil, D. Francisco de Souza em junho de 1599:

O mito propagado correu pela colônia e ganhou o mundo: em algum lugar do interior do Brasil, havia uma montanha dourada. Os nativos a chamavam Itaberaba ou Itaberabaoçu ou Taberaboçu ou Taberabuçu ou Serababassi ou Sabraboçu ou, finalmente, o nome que ficou, adotado inclusive em documentos oficiais da época: Sabarabuçu.

Uns diziam que, além de ouro, o Eldorado português tinha prata e, por que não?, esmeraldas. Sua localização exata era incerta; seria em algum lugar do sertão, entre a Bahia e o Rio de Janeiro — ou seja, numa latitude próxima à de Potosí. A montanha andava, havia quem asseverasse.

Era avistada de noite no horizonte, mas com o raiar do dia desaparecia. Uns juravam ter contemplado seu ouro, outros diziam saber de fonte segura que os índios o usavam como isca de pesca. Junto da serra de ouro, defendiam alguns, havia uma lagoa também dourada, a Vapabuçu.

Para além do exercício inventivo, a lenda da montanha dourada servia a três propósitos bastante concretos. Quando invocada pelos nativos, fazia o branco invasor ir embora de suas terras — não importava onde o forasteiro estava, o Sabarabuçu ficava sempre mais além. [Páginas 101 e 102 do pdf]

Filipe II (1527-1598) não poderia ter encontrado súdito mais leal para os assuntos do ouro que d. Francisco. O novo governador-geral do Brasil faria, se não tudo, quase tudo para encontrar as minas escondidas no sertão. Somando o desejo que tinha de enricar coma pretensão de ser o primeiro marquês das Minas (cargo que pediu e que o rei da Espanha lhe prometeu), d. Francisco viveria os vinte anos seguintes obcecado pela ideia de encontrar o Sabarabuçu.

O primeiro sinal de que o cavaleiro se transmutava num desvairado pelo ouro foi revelado justamente na operação de socorro a Gabriel Soares de Sousa. Ao receber, dos homens que fizeram o resgate, o mapa doSabarabuçu que Gabriel herdara do irmão João Coelho, o governador-geral evitou entregá-lo aos herdeiros. Apoderou-se dos papéis para tentar ele próprio desvendar o mistério da serra resplandecente. Cego pela cobiça, ele foi à luta. [Página 161 do pdf]

Em 1596, d. Francisco já tinha entendido que, para alcançar as nascentes do rio São Francisco, onde ficaria o Sabarabuçu, era preciso mudar a estratégia adotada nas últimas seis décadas e meia. Como todas as jornadas saídas de Porto Seguro e Salvador haviam falhado, o fidalgo concluiu que era preciso abandonar a Bahia como ponto departida das campanhas e apostar nas capitanias localizadas mais ao sul.

Ainda naquele ano, d. Francisco pôs em prática seu novo plano, mandando não uma, mas três expedições ao sertão, todas partindo de capitanias localizadas abaixo da Bahia. Do Espírito Santo, quem entrou pelo sertão adentro foi um dos sobreviventes da expedição de Gabriel Soares de Sousa: o português Diogo Cão, um exterminador de índios alcunhado de Matante Negro.

Do Rio de Janeiro, o enviado foi Martim Correia de Sá, de 21 anos, outro caçador de selvagens e derrubador de pau-brasil. E, por fim, da vila de São Paulo, o escolhido foi João Pereira de Sousa, português que viera para o Brasil fugindo de perseguições no reino. Além de representar o fim das entradas baianas, a tripla campanha iniciou uma nova fase na busca do ouro: dali em diante, as expedições ficariam cada vez mais estruturadas e planejadas, assumindo um perfil quase militar. De início, contudo, o resultado não foi bom.

A campanha piratiningana teve um desfecho inusitado:acusado de falsificar documentos, João Pereira de Sousa foi preso quando ainda marchava rumo às minas. As outras duas deram no de sempre: índios escravizados e necas de Sabarabuçu.

Dois anos depois, ainda com o fracasso apesar-lhe os ombros, a tentação veio bater novamente à porta de d. Francisco. Dessa vez, na forma de um pedaço de metal azulado com pintas douradas. O torrão foi oferecido ao governador-geral por “um brasileiro” que dizia que a origem do regalo eram os “montes Sabaroason”.

Aquele minério valia quase nada, mas foi o suficiente para alucinar d. Francisco. Convencido de que o Sabarabuçu ficava mesmo abaixo da Bahia, o governador-geral decidiu se mudar de Salvador, então capital da colônia, para a boca do sertão: a vila de São Paulo de Piratininga.

Trocar Salvador por São Paulo, em 1599, só mesmo por um bom motivo; no caso de d. Francisco, a ganância.Na virada do século XVI para o XVII, Salvador era, junto com Olinda, a vila mais desenvolvida da América Portuguesa. Alavancada pelo dinheiro dos senhores de engenho, a sede do Governo-Geral já experimentava alguns luxos e uma certa movimentação.

Nessa época, a capitania do Recôncavo contava com impressionantes 3.000 habitantes brancos e mestiços. Já São Paulo, com suas reles cem casas, a maioria de pau a pique e teto de palha, era uma vila feia, “bem insignificante, quase miserável”.17 Em lugar do clima quente da Bahia, sopravam “grandes frios e geadas”. Paupérrimos, seus cerca de 200 moradores livres se vestiam tão miseravelmente que os trajes faustosos usados por d. Francisco quando entrou na vila, em maio de 1599, provocaram comentários. [Paginas 162 a 165 do pdf]  ver mais

10°. Paraupava e Sabarabuçu: estudo dos nomes, 12.2011. Revista de Linguística e Teoria Literaria*
Dezembro de 2011
Os portugueses, com o passar dos anos, foram sendo informados pelos indígenas que no interior do Brasil existia uma Grande Lagoa, na qual se encerravam imensas riquezas. Além disso, informavam que os rios do Prata e seu grande formador o Paraguai, mais o São Francisco nasciam naquela famosa Lagoa.

Nela também se dizia nascer um grande rio que desembocava na foz do Amazonas, o qual não tinha nome. A partir dessas informações os cosmógrafos passaram a desenhar no interior do continente uma grande lagoa e a ela ligaram as fozes dos rios Prata, São Francisco e Amazonas. O mito da Lagoa Paraupava tinha como complementar o da Serra de Ouro, denominada pelos indígenas de sol da terra, Sabarabuçu.

O outro mito, Sabarabuçu, encontrava-se junto à Lagoa Paraupava. Ou seja, a serra resplandecente estava localizada junto à Lagoa; caso fosse descoberta uma delas, a outra estaria por perto. Nessas condições, quando uma bandeira se dirigia aos sertões à procura da Lagoa Paraupava, aproveitava a oportunidade para procurar Sabarabuçu, com o propósito de encontrar ouro, esmeraldas e outras pedras preciosas. Desmitificando o mito Paraupava, Sabarabuçu também se rompia.  ver mais

11°. cidades.ibge.gov.br, consultado em 05.08.2022
5 de agosto de 2022, sexta-feira
"Sabará" é oriundo do termo tupi itá´berab´uçú ("pedra grande brilhante"), que designava a mítica "serra das esmeraldas" procurada pelos bandeirantes. Tão logo os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, tímidas expedições começaram a explorar o território.  ver mais
Fontes:
[1] Fundação de Ponta Grossa/PR, pontagrossa.pr.gov.br/vvelha, 15/09/1823
[2] Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) - “Sumé: Lenda mito-religiosa americana. Recolhida em outras era por um índio moranduçara, agora traduzida e dada luz com algumas notas por um paulista de Sorocaba”. Periódico Universal “A Abelha” (15.03.1856) Página 11-16, 15/03/1856
[3] Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro. TOMO V. 4.° Boletim. Redator Engenheiro Dr. A. de Paula Freitas, 01/01/1889
[4] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21, 01/01/1918
[5] Capitanias Paulistas. Benedito Calixto de Jesus (1853-1927), 01/01/1927
[6] Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4, 04/12/1993
[7] “O Mito indígena da Lagoa Dourada e as bandeiras do Brasil Central”, Manoel Rodrigues Ferreira, 28/02/1994
[8] Histórias ilustradas de Ypanema e do Araçoiaba, 2011. Gilson Sanches, 01/01/2011
[9] “Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo, 01/01/2011
[10] Sobre certo muro feito de jaspe. Fonte: wellcorp.blogspot.com, 22/02/2011
[11] Paraupava e Sabarabuçu: estudo dos nomes, 12.2011. Revista de Linguística e Teoria Literaria*, 01/12/2011
[12] “A História Ambiental de Sorocaba”. Fábio Navarro Manfredini, Manuel Enrique Gamero Guandique e André Henrique Rosa, 01/01/2015
[13] cidades.ibge.gov.br, consultado em 05.08.2022, 05/08/2022
[14] Estrada Real - Brasil - Facebook, 27/08/2025




  Lagoa Dourada
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A esquadrilha de André Gonçalves entra no Rio de São Francisco
28 de agosto de 1501, quarta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
Relacionamentos
 Pessoas (2) Américo Vespúcio (47 anos), André Gonçalves
 Temas (9): Rio São Francisco, Tupinambás, Ouro, Gentios, Tapuias, Tupinaés, Bilreiros de Cuaracyberá, Caetés, Prata





  Lagoa Dourada
  6º de 224
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1503
Atualizado em 28/10/2025 05:03:59
De todas as denominações apontadas, porem, parece que só a da Bahia de Todos os Santos foi dada em sua segunda viagem
Cidades (4): Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (2): Américo Vespúcio, Gonçalo Coelho
Temas (3): Ouro, Portos, Sabarabuçu
    2 fontes
  2 relacionadas

1°. Paraupava e Sabarabuçu: estudo dos nomes, 12.2011. Revista de Linguística e Teoria Literaria*
Dezembro de 2011

2°. cidades.ibge.gov.br, consultado em 05.08.2022
5 de agosto de 2022, sexta-feira




  Lagoa Dourada
  7º de 224
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Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a procurar a célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente
1522. Atualizado em 28/10/2025 08:39:12
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 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Aleixo Garcia (f.1526)
 Temas (3): Peru, Rio da Prata, Rio Paraguay

    5 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  Introdução à História das bandeiras - XXII. Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jornal A Manhã
18 de janeiro de 1948, domingo

•  Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4
4 de dezembro de 1993, sábado
A partir de 1522 portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis tentaram chegar à célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente.





  Lagoa Dourada
  8º de 224
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Aleixo Garcia organizou uma expedição com centenas de índios
1525. Atualizado em 28/10/2025 10:46:28
Relacionamentos
 Cidades (4): Cananéia/SP, Miranda/MS, Piedade/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Aleixo Garcia (f.1526), Francisco de Chaves (25 anos), Martim Afonso de Sousa (25 anos)
 Temas (10): Assunguy, Caminho até Cananéa, Caminho do Peabiru, Ouro, Pela primeira vez, Peru, Porto dos Patos, Rio dos patos / Terras dos patos, Sabarabuçu, Sertão dos Patos

    6 fontes
  1 fonte relacionada

•  Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP, Secretaria da Educação. Vol. 9
1 de janeiro de 1952, terça-feira
Cabe a Cananéa, como se vê, a glória de ter sido berço da primeira bandeira que de terras paulistas se embrenhou nos sertões do Continente. Entretanto, quer parecer que a de Pero Lôbo não foi a única dessas expedições que daquele sítio partiu. Segundo alguns historiadores teria sido Aleixo Garcia, também alí saído, pelo chamado "caminho do Paraguai", em busca do Perú, país que logrou alcançar entre Mizque e Tomina.

Limite meridional da região em que viviam os tupis, porque, para o Sul, até a lagoa dos Patos, habitavam os Carijós, justamente sobre o seu território era que vinha atingir o litoral, no dizer, ainda, de outros historiadores, o "meridiano" de Tordesilhas que separava em terras do Novo Mundo o domínio luso do de Castela. Dai a afirmativa do cosmógrafo Vespúcio, que de Cananéa para o Sul - "todo lo mas es de Castella". [Página 70]





  Lagoa Dourada
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Voyages aventureux, de João Afonso
1528. Atualizado em 28/10/2025 03:09:07
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 Pessoas (2) João Afonso ou Jean Fonteneau, Manuel I, o Afortunado (1469-1521)
 Temas (3): Geografia e Mapas, Ilha Brasil, Pela primeira vez





  Lagoa Dourada
  10º de 224
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Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada
16 de novembro de 1530, domingo. Atualizado em 30/10/2025 06:21:03
Relacionamentos
 Cidades (3): Cananéia/SP, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Bacharel de Cananéa, Henrique Montes, João III, "O Colonizador" (28 anos), Martim Afonso de Sousa (30 anos)
 Temas (12): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Ilha de Barnabé, Jurubatuba, Geraibatiba, Maria Leme da Silva, Rio Anhemby / Tietê, Rio da Prata, Rio Geribatiba, Rio Paraguay, Sabarabuçu, Schebetueba





  Lagoa Dourada
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A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa
3 de dezembro de 1530, quarta-feira. Atualizado em 31/10/2025 00:52:20
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 Cidades (1): Lisboa/POR
 Pessoas (38) Aleixo Garcia (f.1526), Ambrogio Campanaro Adorno (30 anos), Antônio de Oliveira (20 anos), Bacharel de Cananéa, Baltazar Borges, Bartholomeu Fernandes Cabral (12 anos), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Brás Cubas (23 anos), Braz Teves, Domingos Gonçalves, Domingos Gonçalves, velho, Domingos Luís Grou (30 anos), Francisco Pinto da Fonseca (60 anos), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gonçalo Camacho (5 anos), Gonçalo Nunes Cubas (n.1505), Henrique Montes, Jerônimo Leitão, João de Prado, João III, "O Colonizador" (28 anos), João Paes (1580-1664), João Pires Cubas (n.1460), João Pires, o gago (30 anos), João Ramalho (44 anos), Jorge Ferreira (37 anos), Luis de Góes, Martim Afonso de Sousa (30 anos), Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (30 anos), Mestre Domingos Gonçalves Fernandes (30 anos), Pedro Annes, Pedro Collaço Vilela, Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Pero Lopes de Sousa (33 anos), Rodrigo Alvares (f.1598), Ruy Pinto (f.1549), Suzana Rodrigues (n.1559)
 Temas (7): Assunguy, Ilha de Barnabé, Metalurgia e siderurgia, Ordem de Cristo, Ouro, Rio da Prata, Vinho

    20 fontes
  1 fonte relacionada

•  Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4
4 de dezembro de 1993, sábado
Martim Afonso de Sousa deixou Lisboa em Dezembro de 1530, com cerca de 400 homens, com objetivo de encontrar a Lagoa Dourada. [Página 4]





  Lagoa Dourada
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10 de outubro de 1532, segunda-feira
Atualizado em 28/10/2025 11:30:02
Martim Afonso concede sesmarias
•  Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (10): Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (37 anos), Brás Cubas (25 anos), Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (32 anos), João Ramalho (46 anos), Martim Afonso de Sousa (32 anos), Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Piqueroby (52 anos)
•  Temas (29): “o Rio Grande”, Apiassava das canoas, Cachoeiras, Caminho de Piratininga, Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Colinas, Estradas antigas, Fidalgos "Filhos de algo", Goayaó, Grunstein (pedra verde), Itapeva (Serra de São Francisco), Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Mequeriby, Nheengatu, O Sol, Piaçaguera, Rio Geribatiba, Rio Goyaó, Rio Mogy, Rio Pinheiros, Rio Pirajibú, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Taperovira, Ururay
    12 fontes
  2 relacionadas

1°. “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1957
A outra vila, feita a nove léguas do litoral para o sertão, à borda de um rio que se chamava Piratininga, mencionada por Pero Lopes de Sousa, nem sequer se lhe indicou o nome, nem foi ela posta sob invocação religiosa, numa época em que o intenso fervor católico dava nome de “santos” a todos os acidentes geográficos do litoral e do interior nos descobrimentos feitos.

Apesar de investigações cuidadosas e de minuciosos exames locais, até agora não se sabe onde tal vila foi situada, ou mesmo se foi situada; o rio Piratininga jamais foi identificado, e com esse nome talvez não tivesse existido rio algum.

Piratininga (nenhuma etimologia satisfatória para essa palavra), era uma região situada no planalto. A Câmara da Vila de S. Paulo, que às vezes se denominava “S. Paulo do Campo”, “S. Paulo de Piratininga”, “S. Paulo do Campo de Piratininga”, concedeu datas de terras em “Piratininga, termo desta vila” no “caminho de Piratininga”, “indo para Piratininga”, “no caminho que desta vila vai para Piratininga” etc. (Atas da Câmara de S. Paulo, vol. 3.º, pág. 168, Registro Geral, vol. 1.º, págs. 10, 72, 88, 98, 100, 108, 129, 283).

“Índios de Piratininga”, qualificam as sesmarias de terras concedidas aos índios de Pinheiros e aos de S. Miguel de Ururaí, por Jerônimo Leitão em 12 de outubro de 1580 (Reg. Geral, vol. 1º, pág. 354), o que não deixa a menor dúvida que Piratininga estendia-se desde Carapicuíba, incluindo Pinheiros, até Ururaí. Piratininga era, pois, uma vasta região do campo vagamente indicada no planalto.

É por isso que, em Piratininga, sem que se fizesse menção da qualidade de vila, como era de uso nesses documentos, foi concedida à sesmaria de Pero de Góis, sendo a respectiva posse dada alguns dias depois na ilha de S. Vicente. Martim Afonso teria nessa ocasião chegado até a morada, a povoação de João Ramalho, pela vereda de índios que, então, ligava o planalto ao litoral. Aí nessa zona, nos campos de Piratininga, vizinhos da sesmaria de Ururaí, por Jaguaporecuba, não se sabe bem onde, já afeiçoado aos costumes da terra, João Ramalho vivia maritalmente com filhas de morubixabas, tendo numerosa descendência e dispondo de grande influência sobre Tibiriçá e outros.

Martim Afonso, quando de S. Vicente subiu ao Planalto, reconheceu talvez que a povoação de João Ramalho constituiria um posto avançado de importância no caminho, que por ela passava, trilhado pelos índios, e que ia até o Paraguai, onde se imaginavam situadas as fabulosas minas que ele procurava, pelo sertão adentro, desde o Rio de Janeiro e de Cananéia. Por esse caminho transitaria mais tarde Ulrico Schmidt.

Foi a pretensa vila a que se referiu a complacência de Pero Lopes, foi o lugar que Martim Afonso primeiro povoou segundo se escreveu mais tarde. [Páginas 101 e 102]  ver mais

2°. Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4
4 de dezembro de 1993, sábado
Depois de tentativas malogradas de chegar ao Rio Paraguai através do Rio da Prata e por terra com a expedição de Pero Lobo que partiu de Cananéa e foi dizimada inteiramente pelos nativos Carijós (do grupo linguístico Tupí-Guaraní), Martim Afonso de Sousa chegou à conclusão de que somente com sertanistas experimentados, formados num núcleo para tanto criado, poderia chegar á célebre Lagoa. Por isso resolveu fundar no planalto a Vila de Piratininga (hoje a cidade de São Paulo), no ano de 1532 (provavelmente no dia 10 de outubro).  ver mais




  Lagoa Dourada
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Communicações já eram praticadas saindo da villa de Porto Seguro
1538. Atualizado em 27/08/2025 00:57:03
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 Cidades (1): Porto Seguro/BA
 Temas (3): Estradas antigas, Léguas, Sabarabuçu

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•  Descobrimento e Devassamento
1 de janeiro de 1902, quarta-feira
Segundo Varnhagen (7), o donatario da capitanía de Porto Se- guro, Pero do Campo Tourinho, fundou a sua primeira villa no proprio monte onde Cabral deixára plantado o signal da redempção. Os gentios do paiz parecião então ainda mansos e trataveis como se apresentarão acos primeiros descobridores.

Salvo algumas assaltadas que derão à nova colonia, esta gosava de alguma segurança e tranquillidade relativamente a outras capitanias, ficando os indios alli de paz e amizade com os portuguezes. (8)

Assim é que o ponto do territorio brasileiro onde desembarcou Pedro Alvares Cabral foi tambem aquelle donde mais facilmente entabolarão-se communicações com o interior do paiz, territorio de Minas Geraes. Taes communicações já erão praticadas desde os primeiros tempos do estabelecimento da villa de Porto Seguro, quando consta (1538) que os portuguezes da nova colonia entravão pela terra dentro e andavão lá 5 e 6 mezes.

Por esse tempo já se tinha levado a Porto Seguro, communicada pelos indios, a noticia da existencia de minas de ouro no interior do paiz (9), e tendo alli chegado Felippe de Guilhem (10) tirou disso um instrumento que remetteu a d. João III impetrando seu favor para buscar, e dar maneira como fossem descobrir as ditas minas (11).

(...) O caminho seguido foi sem dúvida o mesmo dos índios, por onde em 1538 já entravam portugueses de Porto Seguro, e que também conduzia á serra do Sol da Terra...





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Eldorado
1539. Atualizado em 27/08/2025 00:58:36
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 Temas (2): El Dorado, Ouro





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O primeiro relato impresso sobre o Eldorado foi de Gonçalo de Oviedo
1541. Atualizado em 26/08/2025 22:19:31
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 Temas (6): El Dorado, Pela primeira vez, Ouro, Caciques, Diamantes e esmeraldas, Montanhas

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•  O mito do eldorado: origem e significado do imaginário su-lamericano (século XVI)
1 de janeiro de 1997, quarta-feira
O primeiro relato impresso sobre o Eldorado foi de Gonçalo de Oviedo, em 1541 (História general y natural de las Índias). Segundo esse cronista, um príncipe indígena diariamente se cobria com uma espécie de resina, sobre a qual era aplicado ouro em pó por toda a extensão de seu corpo.

A repercussão desse depoimento para a mentalidade do período foi fundamental. Não se encontrou em nenhuma cultura indígena até aquele momento, uma utilização de riquezas de tal modo - característica de um raça muito rica e portadora de fabulosas riquezas. Essa tradição do homem dourado, advinda deinformações indígenas, foi baseada em um culto religioso dos Chibcha (situados na Colômbia). Várias pesquisas arqueológicas atuais confirmam a autenticidade deste episódio, que desapareceu antes da conquista.

Na cultura Chibcha, os chefes viajavam em liteiras adornadas com ouro e feixes deste metal penduradas na porta do palácio.

Cavernas, montanhas, lagos e templos eram considerados lugares sagrados onde os deuses recebiam ouro e esmeraldas.

“A cerimônia que inflamou a imaginação dos soldados espanhóis, entretanto, era a praticada quando um novo chefe assumia o poder. Em talocasião, o iniciado era coberto com resina e envolto em ouro em pó. Fulgurante da cabeça aos pés, era levado em uma canoa ao centro da lagoa sagrada. Enquanto seus súditos lançavam da praiaoferendas à agua, ele mergulhava para retirar o ouro, que permanecia no fundo do lago” (MEGGERS, 1985. p. 134).

Apesar de especialistas modernos negarem a vinculação desse episódio indígena com o mito espanhol (RAMOS PÉREZ, 1995, p.281), a sua confirmação atual é um consenso entre os arqueólogos colombia nos e norte-americanos. O cacique de Guatavita (lago da Colômbia) mantinha um grande poder econômico e político em diversas regiões indígenas através do misterioso culto do encobrimento com ouro (FERNANDO PÉREZ, 1990, p. 03).





  Lagoa Dourada
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A primeira ligação textual entre o homem dourado e um lago
1542. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43
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 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Francisco Pizarro González (1476-1541), Carlos V (42 anos)
 Temas (3): El Dorado, Ouro, Pela primeira vez





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Tem-se registro de uma ofensiva por parte dos Tupinambás à região
Setembro de 1542. Atualizado em 25/02/2025 04:39:03
Relacionamentos
 Cidades (4): Cubatão/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
 Temas (7): Cabusú, Caminho do Peabiru, Guaimbé, Ilha de Santo Amaro, Itapuanhus, Terra sem mal, Tupinambás





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Carta de Gonzalo Pizarro ao Rei, datada em Tomebamba
3 de Setembro de 1542, quinta-feira. Atualizado em 26/08/2025 22:33:46
Relacionamentos
 Pessoas (2) Francisco Orellana, Gonzalo Pizarro
 Temas (7): Cavalos, Léguas, Montanhas, Ouro, Peru, Pontes, Rio Amazonas


•  Consulta em cervantesvirtual.com
18 de novembro de 2023, sábado
Registros mencionados (1)
03/09/1542 - Carta de Gonzalo Pizarro ao Rei, datada em Tomebamba [410]





  Lagoa Dourada
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“e tanto o Amazonas, a que ainda dava o nome de Maranhão, como o rio da Prata nasciam de um lago no interior do Brasil, fazendo deste uma ilha que fora totalmente circum-navegada”
maio de 1544. Atualizado em 22/09/2025 23:19:17
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (1) João Afonso ou Jean Fonteneau
 Temas (6): Geografia e Mapas, Ilha Brasil, Ilha de Barnabé, Rio Amazonas, Rio da Prata, Tordesilhas





  Lagoa Dourada
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Notícias
março de 1550. Atualizado em 27/08/2025 00:43:01
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 Cidades (1): Porto Seguro/BA
 Pessoas (3) Felippe Guilhem (n.1487), João Feliciano da Costa Fereira (f.1883), João III, "O Colonizador" (48 anos)
 Temas (4): O Sol, Ouro, Pela primeira vez, Sabarabuçu

    2 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III*
20 de julho de 1550, quinta-feira
Outra notícia, e mais circunstanciada, foi transmitida por Felippe de Guilhem na sua citada carta, tópicos seguintes:

"Sucedeo agora que este março passado (17) vieram a porto seguro negros (18) dos que vivem junto de um grande Rio (19), além do qual está uma serra junto dele, que resplandece muito e que é muito amarela, da qual serra vão ter ao dito Rio Pedras da mesma cor, a que nós chamamos pedaços de ouro, que dela caem, e os negros quando vão á guerra pela banda de aquem apanham do dito Rio os ditos pedaços, de que dizem que fazem gamelas para n´elas darem de comer aos porcos que para si não usam (20) fazer coisa alguma, porque dizem que aquele metal é doença, pelo qual razão não ousam passar a ela e dizem que muito temerosa por causa do seu resprandor, e chamam-lhe Sol da terra."

•  Descobrimento e Devassamento
1 de janeiro de 1902, quarta-feira





  Lagoa Dourada
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Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III
julho de 1550. Atualizado em 28/10/2025 16:16:26
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 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Felippe Guilhem (n.1487), João III, "O Colonizador" (48 anos)
 Temas (13): Capitania de Porto Seguro, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, O Sol, Ouro, Pela primeira vez, Peru, Porcos, Rio dos Porcos, Rio Jequitinhonha, Rio Paraguay, Rio São Francisco, Sabarabuçu

    6 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  Descobrimento e Devassamento
1 de janeiro de 1902, quarta-feira
Para consecução do fim que lhe estava recomendado, adotou Thomé de Souza primeiramente um alvitre que tinha de necessariamente frustar-se sobre ter sido desastroso: expediu da Bahia para o lado de Pernambuco uma galé ao mando de Miguel Henriques a quem ordenou que entrasse pelos rios dentro até onde mais não pudesse "que desejo eu muito de saber (escrevia Thomé de Souza) o qual vai por terra para ver si posso descobrir alguma boa ventura para Vossa Alteza, pois esta terra e o perun (Perú) é toda uma" (27) [p. 556]

•  Paraupava e Sabarabuçu: estudo dos nomes, 12.2011. Revista de Linguística e Teoria Literaria*
1 de dezembro de 2011, quinta-feira
Paraupava e Sabarabuçu- Os portugueses, com o passar dos anos, foram sendo informados pelos indígenas que no interior do Brasil existia uma Grande Lagoa, na qual se encerravam imensas riquezas. Além disso, informavam que os rios do Prata e seu grande formador o Paraguai, mais o São Francisco nasciam naquela famosa Lagoa.

Nela também se dizia nascer um grande rio que desembocava na foz do Amazonas, o qual não tinha nome. A partir dessas informações os cosmógrafos passaram a desenhar no interior do continente uma grande lagoa e a ela ligaram as fozes dos rios Prata, São Francisco e Amazonas.

O mito da Lagoa Paraupava tinha como complementar o da Serra de Ouro, denominada pelos indígenas de sol da terra, Sabarabuçu. A notícia da Serra Resplandecente surge em 1550, em uma carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III. Segundo Guillen, alguns índios que foram à Capitania de Porto Seguro informaram que viviam junto de um grande rio, o qual se encontrava próximo a uma serra, na qual diziam haver muito ouro.

Devido a esse fato, os índios relatavam que a serra resplandecia muito. A Serra Resplandecente também recebia as seguintes denominações:

Itaberaba-açu, Taberaboçu e Sabaraboçu. Segundo Sampaio (1987, p. 310), SABARABAÇU – ant. Tabará-boçú, corrupção de Itaberaba-uçú, significa pedra reluzente grande, ou cristal grande. Entende-se como serra resplandecente.

Conforme o autor, tratava-se de um lugar lendário entre os colonos do primeiro século da conquista. Esta serra resplandecente que os indígenas em sua língua chamavam Itaberabuçú, transformada por corrupção em Taberabuçú e mais comumente em Sabarabuçú, passará a ser, por todo o século seguinte, o alvo das mais arrojadas expedições sertanistas.

O outro mito, Sabarabuçu, encontrava-se junto à Lagoa Paraupava. Ou seja, a serra resplandecente estava localizada junto à Lagoa; caso fosse descoberta uma delas, a outra estaria por perto. Nessas condições, quando uma bandeira se dirigia aos sertões à procura da Lagoa Paraupava, aproveitava a oportunidade para procurar Sabarabuçu, com o propósito de encontrar ouro, esmeraldas e outras pedras preciosas. Desmitificando o mito Paraupava, Sabarabuçu também se rompia.





  Lagoa Dourada
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Gabriel Soares de Sousa chegou ao Brasil / Primo do "Caçador de Eldorado (1557 ou 1569?)
1557. Atualizado em 25/02/2025 04:41:40
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 Cidades (3): Ivaiporã/PR, Salvador/BA, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Gabriel Soares de Sousa (17 anos)
 Temas (1): Rio São Francisco





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Universa ac Navigabilis Totius Terrarum Orbis Descriptio
1559. Atualizado em 25/02/2025 04:46:51
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 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Temas (4): Geografia e Mapas, Ouro, Rio São Francisco, Sabarabuçu





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Carta de José de Anchieta escrita de São Vicente: parte III
27 de maio de 1560, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:44
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 Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) José de Anchieta (26 anos)
 Temas (7): Apiassava das canoas, Boigy, Diamantes e esmeraldas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Montanhas, Vutucavarú, Pela primeira vez





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Mapa de Bartholomeu Velho
1561. Atualizado em 25/02/2025 04:47:00
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 Pessoas (1) Dom Sebastião, o Adormecido (7 anos)
 Temas (12): Geografia e Mapas, Guayrá, Ilha Brasil, Ilha de Barnabé, Pela primeira vez, Rio da Prata, Rio dos Dragos, Rio Itapocú, Rio São Francisco, Tamoios, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio

    7 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  O sertão e a geografia. André Heráclio do Rêgo
27 de janeiro de 2016, quarta-feira
(..) contexto que se situa o mito da Ilha Brasil, estudado em suas distintas vertentes por Jaime Cortesão e por Sérgio Buarque de Holanda, e que faz parte relevante da geografia imaginária dos sertões. Para Jaime Cortesão, esse conceito, pelo qual o Brasil formaria uma ilha, separada da América Hispânica pelos rios da Prata e Amazonas, unidos por um grande lago, de onde ambos nasciam, seria uma “razão geográfica” de Estado, oposto ao Tratado de Tordesilhas, e que presidiria a formação territorial do Brasil.

Ainda para Cortesão, o mito da Ilha Brasil seria a tradução da “consciência perfeita da unidade geográfica, econômica e humana” que caracterizaria o Brasil. Segundo ele, é “na cartografia antiga que deparamos os melhores documentos sobre a evolução e a importância daquele mito na história do Brasil”.

Essa concepção de uma Ilha Brasil rodeada pelo oceano e por dois grandes rios, unidos por um lago, apareceu em cartas como a de Bartolomeu Velho, de 1561, na qual o rio da Prata e o rio Pará, provavelmente o Tocantins de hoje, “ligam-se pela Lagoa Eupana, ao sul da qual se vê o Mar Grande ou Paraguai, que identificamos com o pantanal dos Xarais”. Dessa mesma lagoa partia o rio de São Francisco, “o qual se reúne por um lago menor ao Parnaíba e mais abaixo ao Paraná, que por sua vez se reúne à Lagoa Eupana”.

•  A “Ilha Brasil” de Jaime Cortesão: ideias geográficas e expressão cartográfica de um conceito geopolítico. Francisco Roque de Oliveira
25 de fevereiro de 2017, sábado
No artigo “A Ilha-Brasil dos vicentistas” – alusão ao momento, no século XVI, em que São Vicente polarizava a instalação da colónia portuguesa nas áreas meridionais do Brasil –, o leitor passará directamente das referências colhidas nos escritos de João Afonso “a uma Ilha Brasil” circum-navegável entre a foz do Amazonas e a boca do Prata para uma selecção de mapas que reproduzem a mesma ideia da ligação entre estes dois grandes rios sul-americanos articulada por um grande lago interior, cuja designação se modifica de mapa para mapa.

Nessa lista expurgada das centenas de cartas que copiariam este modelo cartográfico até meados do século XVII – mais precisamente, até à carta da América meridional de Nicolas Sanson d´Abbeville de 1650 – Cortesão inclui o mapa do Novo Mundo do grupo de quatro cartas que formam o planisfério de Bartolomeu Velho de 1561 (figura 2), a carta atlântica de Luís Teixeira de c. 1600 (figura 3), a carta da América do Sul de Lucas de Quirós de 1618, destacando, ainda assim, o primeiro destes três espécimes cartográficos:

"De todas as cartas a mais notável e extraordinária é o mapa de Bartolomeu Velho, de 1561, onde o Brasil aparece claramente delimitado como uma ilha enorme, subdividida em ilhas mais pequenas. O Prata e o Pará, este último assim nomeado e na posição aproximada do Tocantins, ligam-se e comunicam-se pela vastíssima lagoa Eupana, ao sul da qual se vê o “Mar grande ou Paraguaia”, que identificamos com os pantanais dos Xarais. Da mesma lagoa nasce o S. Francisco, o qual se reúne por um lado menor ao Parnaíba e mais abaixo ao Paraná, que, por sua vez, se reúne à lagoa Eupana, encerrando esta ligações em seu conjunto de cinco ilhas".Este mapa de Bartolomeu Velho servirá de mote para o artigo sobre as "Origens indígenas da Ilha-Brasil" da mesma séria dedicada às bandeiras paulistas, ou não fosse esse "o primeiro mapa onde a Ilha-Brasil, delineada como um todo orgânico e em oposição ou como complemento à divisória de Tordesilhas, aparece pela primeira vez".





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Carta a rainha Catarina e nova solicitação ao "mineiro da Rainha" que adentrasse novamente ao sertão
10 de maio de 1561, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:10
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Brás Cubas (54 anos), Jorge Moreira (n.1525), Luiz Martins
 Temas (6): Bacaetava / Cahativa, Franceses no Brasil, Ouro, Rio Anhemby / Tietê, Sabarabuçu, Serra de Araçoiaba





  Lagoa Dourada
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1562
Atualizado em 28/10/2025 05:19:42
Mapa de Diego Gutiérrez
Cidades (4): Angra dos Reis/RJ, Cananéia/SP, Potosí/BOL, Rio de Janeiro/RJ
Temas (11): Geografia e Mapas, Ilha Brasil, Rio da Prata, Rio Huybay, Rio Paraná, Rio São Francisco, Rio Ururay, Trópico de Capricórnio, Ururay, Estreito de Magalhães, Antártida
Rio Ururay
Data: 1562
Créditos: Gutiérrez, Diego, active 1554-1569(mapa(.297.(.300.




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Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578)
25 de abril de 1562, quarta-feira. Atualizado em 20/08/2025 06:12:13
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 Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Ibiúna/SP, Itu/SP, Ivaiporã/PR, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Brás Cubas (55 anos), Dom Sebastião, o Adormecido (8 anos), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Luiz Martins, Orville Derby (1851-1915)
 Temas (13): Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Grunstein (pedra verde), Jacotinga, Léguas, Ouro, Pela primeira vez, Rio São Francisco, Rio Sorocaba, Serra de Araçoiaba, Serra de Jaraguá

    18 Fontes
  3 fontes relacionadas

•  Exploração da reigão compreendida pelas folhas topográficas - Sorocaba, Itapetininga, Bury, Faxina, Itaporanga, Sete Barras, Capão Bonito, Ribeirão Branco e Itararé - Commissão Geographica e Geológica do Estado de S. Paulo
1 de janeiro de 1927, sábado

•  Ouro no Estado de São Paulo, por Theodoro Knecht - Boletim No. 6 do Instituto Geográfico e Geológico da Secretaria da Agricultura, Industria e Comércio do Estado de São Paulo - Secretário José Levy Sobrinho
1 de janeiro de 1939, domingo
MINERAL: OuroLOCALIDADE: Lagoa Dourada (no môrro Araçoiaba) MUNICIPIO: Campo LargoFORMAÇÃO GEOLOGICAFilitos endurecidos de côr cinzenta-verde da série de S. Roque.MODO DE OCORRENCIA E COMPOSIÇÃO MINERALOGICANo barranco de uma excavação antiga, observa-se um vieiro de quartzo aurifero de pequena espessura. A continuação do afloramento acha-se coberto por terra argilósa-vermelha. O delgado do vieiro consiste de um quartzo sacaroide muito friavel, com manchas de limonita.

MODO DAS EXPLORAÇÕES E BENEFICIAMENTO

Existe uma excavação com uma profundidade de cerca de 5 metros no lugar chamado Lagoa Dourada. Essa excavação que foi feita algumas centenas de anos atrás, encontra-se na fazenda Luiz Pereira, na fralda meridional do morro de Araçoiaba distante 6 kms. de Campo Largo.

DADOS HISTORICOS

Os trabalhos historicos sôbre Ipanema, que mencionam frequen- temente a descoberta de uma jazida de ouro, referem-se provavelmente á essa jazida. A mesma teria sido descoberta por volta de 1562, por Luiz Martins, segundo Calogeras e será identica ás minas de Coatiba ou Bacaetava.

•  “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1 de janeiro de 1940, segunda-feira
Esse governador-geral havia terminado a luta com os franceses do Rio de Janeiro e dali viéra a São Vicente, escolgndo então para cabo da expediçãi nesse sentido o fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjunctamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560. Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse círculo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual estado de São Paulo, indo apenas até o munícipio de Apyahy ou Paranapanema.

O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte.

Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba).

Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino. ["Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35;36]

As diligências posteriores ao falecimento de Bartholomeu Bueno de Siqueira foram feitas por Miguel Garcia de Almeida e Cunha que entrou no Itatiaia, descobrindo ouro no Gualacho do Sul; por Manuel Garcia Velho, que entrou no Tripuhy, fazendo idênticas descobertas e Belchior da Cunha Barregão, que com Bento Leite da Silva, entrou no Itacolomy, extraindo também o precioso metal (1696).

Dois anos após, Antonio Dias de Oliveira descobria o celebrado Ouro Preto. Grande foi então a afluência de forasteiros para esse território todo, provindos de outras capitanias e mesmo da Metrópole. Assim, Rebello Perdição refere que de 1698 em diante, foram descobertos outros álveos auríferos: no Outro Preto, pelo padre João de Faria Fialho, Francisco e Antonio da Silva Bueno, Thomas e João Lopes de Camargo e Felix de Gusmão Mendonça e Bueno; no Ribeirão do Carmo, por João Lopes de Lima e seu irmão, o padre Manuel Lopes; no Gualacho do Norte, por Antonio Pereira; no centro desse mesmo ribeirão, por Sebastião Rodrigues da Guerra; no ribeiro de Bento Rodrigues, pelo bandeirante desse nome; na barra do Gualacho do Norte, no Brumado e no Sumidouro, por João Pedroso; no ribeiro do Bom Sucesso, afluente do Ribeirão do Carmo, por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça; nesse último ribeirão, dez léguas de Ouro Preto, até o arraial do Furquim, por Antonio Rodovalho a Fonseca, Francisco Alvares Corrêa e Sebastião de Freitas Moreira; nesse mesmo ribeirão, abaixo desses últimos, descobertos por João de Lima Bomfante e por último na barra desse ribeirão com o Guarapiranga, por Francisco Bueno de Camargo. [Páginas 174 e 175]

O descobrimento do sertão do Rio Pardo, foi feito por Antonio Luiz dos Passos, mais tarde um dos descobridores das Minas Novas e o distrito de Itacambira foi explorado por uma expedição paulista de que era cabo Miguel Domingues, o qual teve que se retirar desse sertão devido ao encontro dos mestiços denominados "papudos".

Segundo Basílio de Magalhães, Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, descobriu o ribeiro do Campo; Leonardo Nardy Sisão de Sousa, revelou as minas do Caethé, onde com os dois irmãos Antonio e João Leme da Guerra, moradores em Santos, fundaram depois um arraial. [Página 175]

Nada porém conseguindo, o capitão-mór em 1690, reduzido á miséria, interrompida tentativas e se recolhia ao Rio de Janeiro, obtendo o cargo de tabelião público, provido por Luiz César de Menezes. A seguir, andaram sondando essas minas, o capitão-mór Martim Garcia Lumbria, tendo como sócios Manuel Fernandes de Abreu e o alcaide-mór Jacinto Moreira Cabral e já no começo do século XVIII, Damião de Sousa Pereira, genro do capitão-mór Lumbria e por último os irmãos Antonio Trindade e João de Anhaya, com um filho deste último, João de Anhaya de Lemos. [Página 265]

As minas do Itambé ou Itaimbé, ficavam na região do Assunguy e foram objeto de investigações oficiais entre 1645 e 1647, por parte de Eleodoro Ébano Pereira; em 1670, por parte de Agostinho de Figueiredo e em 1679, por parte de D. Rodrigo de Castel-Blanco. Ficavam ainda no Assunguy as minas de Nossa Senhora da Conceição, da Cachoeira e do Ribeirão, exploradas principalmente por Salvador Jorge Velho e seu genro Antonio PIres de Campos, o velho, desde 1678 e posteriormente a 1599, por Simão Jorge Velho. Balthazar Carrasco dos Reis e o seu grupo exploraram as minas do Arraial Grande, poucos anos antes de 1661, as quais ainda em 1741 eram satisfatóriamente exploradas pelos descobridores (...) [p. 272]





  Lagoa Dourada
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Mapa
1573. Atualizado em 23/06/2025 06:25:02
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 Pessoas (3) Pela primeira vez, Diego Ramírez de Arellano, Vasco da Gama (1469-1524)
 Temas (6): Estreito de Magalhães, Geografia e Mapas, Ilha Brasil, Peru, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio





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CARTA de nomeação de Domingos Garrucho para mestre-de-campo-general da projectada jornada de descobrimento da lagoa do Ouro
20 de março de 1574, quarta-feira. Atualizado em 30/06/2025 04:22:21
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 Pessoas (2) Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Domingos Garrucho
 Temas (1): Ouro


•  “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda
1 de janeiro de 1969, quarta-feira





  Lagoa Dourada
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Lançada a obra Pero de Magalhães Gândavo, “Tratado da Terra do Brasil”
1576. Atualizado em 23/10/2025 15:38:04
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 Cidades (2): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (45 anos), Jorge Ferreira (83 anos), Mem de Sá (1500-1572), Pero de Magalhães Gândavo (36 anos)
 Temas (17): Aimorés, Canibalismo, Capitania do Espirito Santo, Capitania dos Ilhéus, Diamantes e esmeraldas, Grunstein (pedra verde), Ilha Brasil, Léguas, Medicina e médicos, Metalurgia e siderurgia, Nheengatu, Ouro, Peru, Rio Amazonas, Rio da Prata, Rio São Francisco, Sabarabuçu

    1 fontes
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•  Descobrimento e Devassamento
1 de janeiro de 1902, quarta-feira





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Documento pode indicar “o primeiro projeto de descobrimento da Lagoa do Ouro
1576. Atualizado em 30/06/2025 04:09:15
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 Temas (1): Pela primeira vez





  Lagoa Dourada
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Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba”
1578. Atualizado em 24/10/2025 02:35:33
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 Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Carapicuiba/SP, Ivaiporã/PR, Paranaguá/PR, Santos/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (11) Afonso Sardinha, o Velho (47 anos), Brás Cubas (71 anos), Clemente Álvares (9 anos), Domingos Luís Grou (78 anos), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco Leopoldo de Aguirre (1852-1890), Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Jerônimo Leitão, John Whithal (João Leitão), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
 Temas (26): Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Cajurú, Caminho do Peabiru, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Corumbá em Sorocaba, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Fortes/Fortalezas, Itapeva (Serra de São Francisco), Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Morpion, Nheengatu, Ouro, Peru, Pirapitinguí, Prata, Rio Cubatão, Rio Sorocaba, Rio Ypanema, Saboó, Serra de Ibituruna, Serra de Jaraguá

    7 fontes
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•  “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1 de janeiro de 1940, segunda-feira
Esse governador-geral havia terminado a luta com os franceses do Rio de Janeiro e dali viéra a São Vicente, escolgndo então para cabo da expediçãi nesse sentido o fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjunctamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560. Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse círculo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual estado de São Paulo, indo apenas até o munícipio de Apyahy ou Paranapanema.O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte.Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba).Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino. ["Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35;36]





  Lagoa Dourada
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Testamento
10 de agosto de 1584, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 21:00:00
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 Cidades (2): Ivaiporã/PR, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Francisco de Sousa (44 anos), Gabriel Soares de Sousa (44 anos), Pedro Sarmiento de Gamboa (52 anos), Anna de Argollo (52 anos), Ana de Argollo II (n.1580)
 Temas (4): Beneditinos, Dinheiro$, Ouro, Rio São Francisco





  Lagoa Dourada
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Gabriel Soares de fato embarcara para a corte em fins de agosto de 1584, imediatamente após a carta do reitor do Colégio ter sido enviada a Lisboa
30 de agosto de 1584, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:44:23
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 Cidades (2): Lisboa/POR, Salvador/BA
 Pessoas (1) Gabriel Soares de Sousa (44 anos)





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A Câmara da vila de São Paulo dirige uma representação ao capitão-mor Jerônimo Leitão
1 de Setembro de 1585, domingo. Atualizado em 31/10/2025 00:22:26
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 Cidades (4): Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Francisco de Saavedra (n.1555), Jerônimo Leitão, Pedro Leme, o velho
 Temas (11): Carijós/Guaranis, Cariós, Escravizados, Gentios, Guerra de Extermínio, Habitantes, Jesuítas, Rio Anhemby / Tietê, Sabarabuçu, Tupinaés, Tupiniquim





  Lagoa Dourada
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Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:31:39
Relacionamentos
 Cidades (7): Boituva/SP, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Paracatu/MG, Paranaguá/PR, Santos/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) Afonso Dias (30 anos), Afonso Sardinha, o Velho (54 anos), Antonio de Proença (45 anos), Balthazar Fernandes (8 anos), Clemente Álvares (16 anos), Diogo de Unhate (50 anos), Domingos Luis Carvoeiro (45 anos), Domingos Luís Grou (85 anos), Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco Teixeira Cid (f.1594), Jerônimo Leitão, Manuel Fernandes Ramos (60 anos), Sebastião Leme "Ghost"
 Temas (21): Aldeias, Bairro Itavuvu, Boigy, Cachoeiras, Caminho do Paraguay, Caminho São Paulo-Santos, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Gentios, Guerra de Extermínio, Ouro, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Iguassú, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Sabarabuçu, Tupinambás, Tupiniquim

    26 Fontes
  6 fontes relacionadas

•  Capitanias Paulistas. Benedito Calixto de Jesus (1853-1927)
1 de janeiro de 1927, sábado
Este "caminho velho" faldeava as serras do Bananal e Cahêpupú até o entroncamento com a cordilheira marítima (tapera do Índio Roque), dirigindo-se dali para os sertões de Sorocaba, Araçariguana, Araritaguaba etc. Era nessa região, cortada pelos dois caminhos - do gado e da aldeia velha (Paraná-mirim) - que estavam situadas as minas de Araçoiaba e as legendárias terras auríficas de Botucavarú, Lagoa Dourada e outras, das quais os aranzéis (roteiros antigos) nos dão notícias.

•  “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1 de janeiro de 1940, segunda-feira
As necessidades obrigaram porém esse valente sertanejo a investir de prompto contra o nativo de Mogy, "pelo rio abaixo de Anhemby, junto a outro rio de Jaguary", tendo sofrido grande revez e ficando a bandeira inteiramente desbaratada na barra do rio Parnahyba.Partindo de Santos em meados de novembro de 1585, a expedição velejou para Paranaguá, onde aportou. Desse ponto no litoral, escreve Benedicto Calixto, havia os apés para a terra dos carijós, passando por Curytiba, Umbotuba, em direção aos cursos do Tibagy, Cinzas e Paranapanema, ou ainda, do lado oposto, do Iguassú e seus tributários. Assim a bandeira ali andou cerca de oito meses, volvendo á Capitania em julho do ano seguinte, com numerosa presa.

•  “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco
1 de janeiro de 1954, sexta-feira
Francisco Teixeira - Sertanista de São Paulo que tomou parte nas expedições de Jerônimo Leitão em 1585 e 1590, em Paranaguá e nos vales do rio Tietê, combatendo carijós e tupiniquins e faleceu em 1594, estando casado com Inês Camacho.

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
Jerônimo Leitão, após consultas prudentes, e a instâncias das Câmaras e dos povos da Capitania de S. Vicente, lá esteve, como já narrei no Capítulo XIII, para fazer a guerra aos carijós. E desde essa época,nos inventários, aparecem descrições de índios carijós escravizados.Uma dessas expedições partiu em fins de 1585, e em abril de 1586 ainda estava nesse sertão, o que se deduz da vereança de 7 de abril de 1586(Atas, vol. 1°, pág. 293).

•  Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4
4 de dezembro de 1993, sábado
Até 1586 os sertanistas de São Paulo, na procura de um caminho para alcançar o Rio Paraguai, devassaram, exploraram meticulosamente uma grande área no redor da Vila, estendendo-a para o Sul. A partir desse ano o grande sertanista Domingos Luís Grou (casado com uma nativa) procura novo caminho para chegar à célebre Lagoa Paraupava: ganhando e subindo o Rio São Francisco à procura da sua nascente, que era a mesma Lagoa. Fica com a sua expedição um ano e três meses no sertão do Rio São Francisco.

•  “O Mito indígena da Lagoa Dourada e as bandeiras do Brasil Central”, Manoel Rodrigues Ferreira
28 de fevereiro de 1994, segunda-feira
Em 1586 o grande sertanista Domingos Luis Grou parte da Vila de São Paulo chefiando uma bandeira, chega ao Rio São Francisco de onde volta trazendo em paz, grande número de nativos Tupiães e seus primos Tupiniquins.Em início de 1590, quanto a vila de São Paulo contava com pouco mais de mil habitantes, Domingos Luis Grou une-se a Antonio de Macedo (filho de João Ramalho), formam uma Bandeira com quarenta e nove portugueses (nascidos no Brasil e em Portugal) e mais o súdito francês Guilherme Navarro e lançam-se no sertão desconhecido do Interior da América Portuguesa, à procura da Lagoa Paraupava.





  Lagoa Dourada
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Bandeira de Jerônimo Leitão ainda está no sertão
7 de abril de 1586, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:07:04
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Domingos Luís Grou (86 anos), Francisco de Saavedra (n.1555), Jerônimo Leitão
 Temas (4): Caminho do Paraguay, Carijós/Guaranis, Guerra de Extermínio, Rio Paraguay





  Lagoa Dourada
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Domingos Grou não retorna com a expedição de que saiu de Santos um ano antes
27 de julho de 1586, domingo. Atualizado em 30/10/2025 01:51:38
Relacionamentos
 Cidades (3): Boituva/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Afonso Sardinha, o Velho (55 anos), Domingos Luís Grou (86 anos), Jerônimo Leitão
 Temas (4): Carijós/Guaranis, Guerra de Extermínio, Ouro, Rio Tibagi





  Lagoa Dourada
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O procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer
16 de agosto de 1586, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:38:09
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (8) Afonso Sardinha, o Velho (55 anos), Antonio Bicudo Furtado, Balthazar Fernandes (9 anos), Bartholomeu Fernandes Cabral (68 anos), Clemente Álvares (17 anos), Domingos Luís Grou (86 anos), Jerônimo Leitão, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566)
 Temas (2): Metalurgia e siderurgia, Mineralogia

    2 Fontes
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  Lagoa Dourada
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Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil
1 de março de 1587, domingo. Atualizado em 30/10/2025 23:47:57
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 Cidades (2): Madrid/ESP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Cristóvão de Moura e Távora (49 anos), Duarte Coelho (1485-1554), Filipe II, “O Prudente” (60 anos), Gabriel Soares de Sousa (47 anos), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Sebastião Fernandes Tourinho
 Temas (38): “o Rio Grande”, Açúcar, Apiassava das canoas, Belgas/Flamengos, Cachoeiras, Caetés, Capitania de Pernambuco, Descobrimento do Brazil, Ermidas, capelas e igrejas, Gentios, Habitantes, Ilha de Santo Amaro, Jurupará, Lagoas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Música, Nossa Senhora D´ajuda, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Escada, Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora do Rosário, O Sol, Ouro, Prata, Rio dos Dragos, Rio dos Negros, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Grande, Rio Itapocú, Rio São Francisco, Rio Una, Santa Ana, Tapuias, Tupinaés, Tupinambás, Tupiniquim
Registros mencionados (9)
25/04/1500 - Os navios menores da esquadra de Cabral, reconhecendo a costa, da foz do Caí para o norte [10694]
03/05/1500 - Uma solene missa, com muita festa, pelo qual respeito se chama a vila do mesmo nome, e a província muitos anos foi nomeada por de Santa Cruz e de muitos Nova Lusitânia [6947]
1519 - Atlas Miller é evidência da "ilha Brasil", segundo Jaime Cortesão [23030]
10/03/1534 - Carta de doação da capitania de Pernambuco a Duarte Coelho pelo rei João III "o Piedoso" [10213]
09/03/1535 - Chega a Pernambuco seu primeiro donatário, Duarte Coelho / Fundação da Vila de Igaraçú [10206]
29/03/1541 - Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina [22126]
1552 - Expedição [26774]
1573 - Sebastião Fernandes Tourinho chefiou uma expedição que "subiu pelo Rio Doce, e atravessando imensos sertões desceu pelo Jequitinhonha para a província da Bahia conduzindo escravos, algumas amostras de esmeraldas ou safiras" [22676]
17/04/2024 - Distância entre Sorocaba e Botucatu [4298]





  Lagoa Dourada
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Houve problemas com esse mesmo ferreiro, mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa
15 de abril de 1588, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:38:09
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (14) Afonso Sardinha, o Velho (57 anos), Antonio Bicudo Furtado, Antônio de Macedo (ou Saavedra) (57 anos), Baltazar Gonçalves, velho (44 anos), Bartholomeu Fernandes Cabral (70 anos), Clemente Álvares (19 anos), Damião Simões, Domingos Fernandes (11 anos), Domingos Gonçalves, Domingos Luís Grou (88 anos), Gonçalo Pires, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (28 anos), Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566)
 Temas (7): Almotacel, Caminho até Mogi, Caminho do gado, Caminho do Mar, Estradas antigas, Metalurgia e siderurgia, Rio Cubatão





  Lagoa Dourada
  43º de 224
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Luis Grou velho seguiu na bandeira de cinquenta brancos, movida por seu pai e Antônio de Macedo contra o gentio revoltoso de Mogí
10 de junho de 1588, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 21:26:16
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Antônio de Macedo (ou Saavedra) (57 anos), Domingos Luís Grou (88 anos), Francisco Ramalho Tamarutaca (19 anos), Jerônimo Leitão, Luís Eanes Grou (velho) (34 anos)
 Temas (4): Boigy, Franceses no Brasil, Gentios, Habitantes

    3 fontes
  1 fonte relacionada

•  “O Mito indígena da Lagoa Dourada e as bandeiras do Brasil Central”, Manoel Rodrigues Ferreira
28 de fevereiro de 1994, segunda-feira
Em início de 1590, quando a vila de São Paulo contava com pouco mais de mil habitantes, Domingos Luis Grou une-se a Antonio de Macedo (filho de João Ramalho), formam uma Bandeira com quarenta e nove portugueses (nascidos no Brasil e em Portugal) e mais o súdito francês Guilherme Navarro e lançam-se no sertão desconhecido do Interior da América Portuguesa, à procura da Lagoa Paraupava. Ficaram quase quatro anos no sertão e quanto já eram dados como perdidos, surgem no dia 5 de dezembro de 1593, com a Bandeira destroçada, na Vila de São Paulo. Morreram no vasto sertão da Lagoa Paraupava. [O Página 7]





  Lagoa Dourada
  44º de 224
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1589
Atualizado em 28/10/2025 05:21:32
Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Catalunha/ESP, Mairinque/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (8): Afonso Sardinha, o Velho, Balthazar Fernandes, Clemente Álvares, Domingos Luís Grou, Francisco de Saavedra, Juan Sebastián Elcano, Pedro Taques de Almeida Pais Leme, Wilhelm Jostten Glimmer
Temas (27): África, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Avenida Itavuvu, Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Cabo Frio, Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Fazenda Ipanema, Itapeva (Serra de São Francisco), Jaguamimbava, Marumiminis, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora do Pilar, Ouro, Ribeirão das Furnas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Ypanema, Sabarabuçu, São Filipe, Sarapuy / Sapucay, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis
“Na capitania de São Vicente”
Data: 1957
Créditos: Washington Luís (1869-1957)Página 297
    34 fontes
  8 relacionadas

1°. Exploração da reigão compreendida pelas folhas topográficas - Sorocaba, Itapetininga, Bury, Faxina, Itaporanga, Sete Barras, Capão Bonito, Ribeirão Branco e Itararé - Commissão Geographica e Geológica do Estado de S. Paulo
1927
Sorocaba deve-se vangloriar por ter sido o berço donotável historiador Francisco Adolpho de Varnhagen (Vis-conde de Porto Seguro) pois elle nasceu em Ipanema quenessa epocha pertencia-lhe.

Fallar em Varnhagen, pai ou filho é olhar um poucopara o passado e torna-se então necessario recordar o queforam as primeiras eras do Ipanema e depois evocar osseus dias faustosos e de jubilo.

O nosso illustre e erudito patricio snr. Dr. Eugenio Egas com a sua penna cheia de amor patrio conta-nos em algumas paginas de sua brilhante conferencia "O sorocabano Visconde de Porto Seguro" o que era a terra gloriosa onde nasceu esse inesquecivel paulista e o que elle foi e o quanto trabalhou em favor do Brasil esse grande patriota, digno da nossa veneração e respeito.

Conhecendo-a, não podemos deixar de transcrever aqui alguns trechos:

"A serra da Araçoyaba, (que tambem lhe chamam Biraçoyaba ou Hybiraçoyaba) de pura formação metallurgica, ergue-se na planicie que se dilata ao poente da cidade de Sorocaba, da qual dista cerca de 14 kilometros. Della brotam duas correntes d´agua, que são as mais importantes: Ipanema, que verte para o oriente, Sarapuhy, para o occidente.

Araçoyaba significa coberta de sol. Os indios lhe deram esse nome, porque a sua sombra cobre larga extensão de terra.

As aguas, que della descem vão ter primeiro, ao rio Sorocaba, e, depois com as deste ao Tieté, incorporando-se, assim, ás do rio sagrado, que encerra nos seus mysterios e na sua historia a epopéa desses ousados exploradores, que dilataram as nossas terras e os nossos sertões tenebrosos.

No cume mais alto de Araçoyaba existe a lagõa Dourada, onde a lenda e a poesia fazem habitar os phantasmas defensores e guardas dos thesouros, que os deuses ali esconderam!...

Em 1589, Affonso Sardinha sahira para as mattas em busca de ouro, mas encontrou ferro. D. Francisco de Souza, governador geral das Capitanias do Sul, fundou a povoação de Itapeboçú, com o fim de reunir gente, que explorasse o ferro descoberto por Sardinha. A povoação não prosperou, e os seus poucos habitantes recolheram-se a Sorocaba.

D. Antonio de Souza, Francisco Lopes Pinto e Diogo de Quadros, (o primeiro era filho do governador geral) tentaram impulsionar o engenho de ferro. Não foram felizes.
[p. 11]  ver mais

2°. “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1957
nele mencionados com a conformação e acidentes do terreno, pelosseus rios, cursos e cachoeiras, pelos seus vales, montes, planícies, campos e matos desde S. Paulo até as cabeceiras do rio S. Francisco nocentro do Brasil.

Consultou também as fontes históricas locais, então existentes – Pedro Taques, num manuscrito conservado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que fala na entrada de André de Leão, e Azevedo Marques nos Apontamentos Cronológicos, que narra que em 1602partiu numerosa bandeira para o sertão sob o comando de NicolauBarreto e formulou a hipótese de que as duas informações se referiama uma só entrada, e que a expedição fora uma única, cabendo a Nicolau Barreto a organização civil e a André de Leão, a parte militar. Foi aexpedição, em que tomou parte Glymmer, que O. Derby identificouno terreno.

Na época em que Orville Derhy divulgou o seu estudo não tinham ainda sido publicados pelo Arquivo do Estado de S. Paulo osInventários e Testamentos; e escassas eram as notícias sobre essas entradas;mas desde que teve conhecimento dos inventários, feitos por morte deBrás Gonçalves, o moço, e de Manuel de Chaves, e verificou que a hipótese sugerida de uma expedição única não tinha cabimento, apressou-seele mesmo em bani-la como se pode ver em um estudo aditivo naR.I.H.G. de S. Paulo, v. 8º, pág. 400.Aliás a hipótese da unidade da expedição só poderia interessarao renome dos seus comandantes, nenhum valor tendo para identificação do roteiro de W. Glymmer, que era o objetivo essencial para fixarpontos do devassamento e ocupação do sertão, identificação que continua, pois, com o seu mérito próprio.

O vale do Paraíba já estava domado pelos portugueses nas lutas que sustentaram com os Tamoios e pelo abandono do Rio de Janeiropelos franceses. Relativamente fácil foi à expedição de André de Leão ocaminhar por esse rio, vales e montes. Vai transcrita a identificação feita,por Orville Derby, no terreno e nos rios tornando por base a descriçãode W. Glymmer. [p. 295]

Em 1902, segundo vejo do meu caderno, tomei a seguinte nota:

Em 27 de novembro de 1600, por um termo de vereança, vê-se que nessa data sepreparava, com consentimento de D. Francisco de Sousa, uma entrada ao sertão,que não era o da capitania, da qual faziam parte moradores da terra e de fora dela.Era sem dúvida a de André de Leão, que partida era dezembro de 1600 (pág. 403),ainda estava no sertão em 1601, tendo voltado por agosto ou setembro, assimcompletando os nove meses de que fala Glymmer. Este tomou parte em umabandeira quando D. Francisco de Sousa, vindo da Bahia, chegou a S. Paulo paradescobrir as minas de metal que continham prata extraída dos montesSabarousom”.

No vol. 2º das Atas, em que foram publicadas as vereanças de 1600, não seencontra essa de 27 de novembro de 1600, a que se refere à nota transcrita. Comose vê no vol. 2º, das Atas às págs. 82 e 83 com que termina o ano de 1600 há umavereança a 27 de novembro que não se refere ao preparo dessa entrada. Há depoisum termo (pág. 83) de seis linhas que nada diz. Provavelmente quando ManuelAlves de Sousa copiou esse livro já as páginas correspondentes à vereança de 27dc novembro, de que foi copiada a nota transcrita, haviam desaparecido,consumidas pelo manuseio ou por outra qualquer razão. Para tal informação sóresta a nota por mim tomada, que pouco valor tem, quanto à autoridade doextrato, que ficou acima transcrito.

“Partindo de S. Miguel1, nas margens do Tietê, perto de S.Paulo, a bandeira passou para um afluente do Parayba, ganhou esterio, navegou por ele abaixo, até a sua secção encachoeirada, galgou aSerra, da Mantiqueira, passou diversos rios atribuídos correctamenteao sistema platino e penetrou até próximo ao alto S. Francisco. Atéentrar na bacia do S. Francisco, este caminho deve corresponder muitoproxima, se não exactamente, com o da Bandeira de Fernão DiasPais Leme, ‘uns setenta anos mais tarde, e com o que depois da descoberta de ouro se tornou célebre como o caminho para as Minas Gerais. Sobre a derrota de Fernão Dias, não temos detalhes, senão doRio Grande para o norte, onde diverge da do atual roteiro; mas paraa dos mineiros existe o precioso roteiro dado por Antonil, na suaobra, intitulada Opulência e cultura do Brasil publicada em Lisboa,em 1711. Pela comparação desses dois roteiros e levando em consideração a probabilidade de que a derrota de ambas fosse determinadapor caminhos já existentes dos Índios, sendo, portanto, provavelmenteidênticos, é possível reconstruir grande parte do caminho da Bandeirade 1601.

Os dois rios que deram acesso ao Parayba eram indubitavelmenteo Paratehy e o Jaguary. A serra de Guarimunis, ou Marumiminis, é a atualmente conhecida pelo nome de Itapety, perto de Mogy dasCruzes, sendo possível que estes nomes antigos ainda sejam conservados no uso local. A referência a minas de ouro nesta serra talvez sejaum acréscimo na ocasião de redigir o roteiro; mas é certo que em1601, havia, desde uns dez ou doze anos, mineração nas vizinhanças de S. Paulo, e que antes de 1633, quando foi publicada a ediçãolatina da obra de João de Láet, em que vem a enumeração das minaspaulistas, a houve na localidade aqui mencionada. A referência aoscampos, ao longo do primeiro destes rios, é, talvez, um caso de confusão com os do rio Parayba, visto que, conforme informações dos ajudantes da Comissão Geográphica e Geologica, que ultimamente levantaram a planta do vale do Pararehy, ali não existem campos notáveis. O rio então conhecido pelo nome de rio de Sorobis, bem que asua identidade com o Parahyba do litoral já era suspeitada, foi alcançado na foz do Jaguary, em frente da actual cidade de São Josédos Campos. Nota-se que, já nessa época, era conhecido o curso excêntrico do alto Parahyba. Depois de 15 ou 16 dias de viagem o riofoi abandonado no começo da secção encachoeirada, perto da actualcidade da Cachoeira, e a bandeira galgou a Serra da Mantiqueira,seguindo um pequena rio que, muito provavetmente, era o PassaVinte, que desce da garganta que depois serviu para a passagem daestrada dos mineiros e hoje para a da estrada de ferro Minas e Rio.Passando o alto da Serra, a bandeira entrou na região dos pinheiros,que os naturalistas holandeses (que evidentemnente não conheceram aAraucária, desconhecida no Norte do Brasil) julgaram, pela descrição de Glimmer, que eram Sapucaias.

Deste ponto em diante, o roteiro torna-se um tanto obscuro, dandoa suspeitar o ter havido alguma confusão na redeção... Os dados topográficos são; o rumo de noroeste e as passagens de três rios, dos quaisdois maiores, navegáveis e vindos do norte, com a distância de 4 ou 5léguas entre um e outro. Os únicos rios em caminho das cachoeiras doParahyba para a região do alto S. Francisco, que corresponder a estadescrição destes dois rios, são o Rio Grande e Rio das Mortes, pertoda sua confluencia. Ahi o Rio Grande cujo curso geral é para o oestecorre, por alguns kilômetros, do norte, num grande saco que sempretem sido um ponto de passagem, e, a quatro ou cinco léguas adiante, o Rio das Mortes tambem vem um pequeno trecho do Norte2. Este trecho é junto à estação de Aureliano Mourão, na estrada de ferro Oestede Minas e poucos kilômetros abaixo da povoação de Ibituruna, ondeFernão Dias estabeleceu um dos seus postos, talvez por encontrar pertoa grande aldeia de índios amigos, rica em mantimentos, de que fala onosso Glymmer. Se porem, este for o ponto de passagem do Rio dasMortes, não se encontra, a três dias de viagem, dos Pinheiros e a quatorze do Rio Grande, rio algum que pareça digno de menção numanarrativa em que não vem mencionado o Angahy. Este, pelo roteiro deAntonil, está a 22 ou 24 dias de viagem dos Pinheiros e a 4 a 5 doRio Grande. Para pôr os dons roteiros de acordo, identificando o primeiro rio de Glymmer com o Angahy, seria necessário inverter os termos dos três e dos quatorze dias de viagem, supondo um outro caso deconfusão na redação, como o já apontado com os campos do Paratehy eParahyba.

Da passagem do Angahy o caminho dos mineiros dado por Antonil tomou mais para a direita, procurando São João d’El-Rei, viaCarrancas. É para notar que as marchas diárias do roteiro de Antonil são pequenas, sendo geralmente “até o jantar”, o que explica, talvez, a discordância, do número de dias (de 14 a 22 ou 24) que se ‘nota na hypothese de ser o Angahy o primeiro rio do presente roteiro.

Partindo da aldeia sobre o terceiro rio, a Bandeira caminhou durante um mes em rumo de noroeste, sem passar rio algum, até achar-seperto da confluência de dous rios de diversas grandezas, que romperampara o norte, entre montanhas que foram identificados com a desejadaSerra de Sabarábussú. Aqui, foi encontrada uma estrada larga e trilhada, que nesta época não podia ser senão dos Índios e cuja existência confirma a hipótese já lançada da que a derrota, desta e de subseqüentes bandeiras era por estes caminhos fá existentes. A estrada seguida da aldeia por diante era pelo alto de um espigão, e, admitindoque o ponto de partida era nas vizinhanças de Ibituruna, temos trêshipóteses a considerar:

1º O espigão entre o Rio Grande e as cabeceiras dos rios Pará eS. Francisco.2º O entre os rios Pará e S. Francisco.3º O entre os rios Pará e Paraopeba.O caminho pelo primeiro destes espigões, passando por Oliveira,Tamanduá e Formiga, até o alto S. Francisco, corresponde regularmente com o rumo dado, tendendo, porém, mais para o oeste do quepara o noroeste, e cruzando o rio Jacaré que, conquanto não seja grande, parece de bastante importância para ser mencionado. Por este espigão, porém, é difícil identificar os dois rios do fim da jornada e a serracortada por eles, porque as serras de Piumhy ou a de Canastra malcorrespondem à descrição do roteiro. O segundo espigão daria para cairna forquilha entre o Pará e o Itapecerica, ou entre o Pará e o Lambary, ou finalmente, entre o Pará e o S. Francisco. As duas primeirasparecem demasiado perto para a jornada de um mez, e na do Pará eSão Francisco os dois rios devem figurar como tendo proximamente amesma grandeza. O terceiro espigão daria, na hipótese de accompanhar de perto a margem direita do Pará, para cahir na forquilha entreeste rio e seu afluente o rio de S. João, na passagem das serras na vizinhança da atual cidade de Pitanguy; e, sem poder pronunciar-me positivamente a respeito, sou inclinado a considerar esta como a hipótesemais provável.


Até aqui o estudo do O. Derby (R.I.H.G. de S. Paulo, vol. 4º,pág. 338), sobre a identificação do Roteiro de Glymmer no terreno.Fácil também é agora identificar o cabo da expedição mandada por D. Francisco de Sousa, e na qual tomou parte GuilhermeGlymmer.Essa identificação está baseada nos documentos do ArquivoPúblico do Estado de S. Paulo e do Arquivo da Câmara da vila de S.Paulo, apoiada em alheios estudos precedentes.As entradas de Antônio de Macedo e de Domingos LuísGrou foram começadas antes de 1583, as de Jerônimo Leitão até 1590,foram todas anteriores à nomeação de D. Francisco de Sousa para Governador-Geral do Brasil. A de Jorge Correia em 1595, a de ManuelSoeiro (?), em 1596 e a de João Pereira de Sousa em 1597 se realizaram [p. 297, 299]  ver mais

3°. Nas margens do Rio Infeliz as ruínas centenárias do embrião de V. Redonda, 11.09.1960. Fernando Hossepian de Lima
11 de setembro de 1960, domingo
Mas, no fundo, a primeira Real Fábrica de Ferro nasceu de uma lenda. O Morro de Ferro, às margens do Ipanema, foi descoberto em 1589 por Afonso Sardinha, quando em expedição a procura da Lagoa Dourada, “que num ponto qualquer da serra existia, nadando em suas águas peixes e patos de ouro”.  ver mais

4°. “A Fábrica de Ferro de São João de Ypanema e ao atendimento médico praticado no século 19”, Luiz Ferraz de Sampaio Neto
2003
As origens da Fábrica de Ferro de Ipanema, localizada a cerca de 20 km de Sorocaba, onde hoje existe a cidade de Araçoiaba da Serra, remontam ao século XVI. Em 1589, Afonso Sardinha, pai e filho, vieram para essa localidade atraídos por uma lenda nativa que fazia referências à presença de ouro em local conhecido como Lagoa Dourada no alto do Morro Ypanema.

De fato, houve a constatação de grande quantidade de hematita e magnetita, o que determinou a construção de dois fornos catalães para extração de ferro, contudo, o interesse básico era encontrar ouro e prata. Ao que consta, encontraram algumas pepitas de ouro, próximas à Lagoa Dourada, mas nada de significativo que justificasse uma mineração mais intensa. [Página 1 do pdf]  ver mais

5°. Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I*
Novembro de 2003
Quando Pedro Álvares Cabral tomou posse das terras brasileiras em 1500, Portugal ainda não sabia o que havia por aqui. Tinham apenas uma vaga idéia do tamanho da posse que lhes cabia por ordem do tratado de Tordesilhas.

Em 1589, Afonso Sardinha, um português aventureiro, rico e vereador em São Paulo era dono de uma mina de “faiscar” ouro perto do morro do Jaraguá, veio juntamente com seu filho mameluco (filho de branco com índia), conhecido como “o mameluco do Afonso Sardinha” (mais tarde é que ele assume verdadeiramente o nome do pai).

Ambos vieram procurar riquezas nestas terras, porque alguns índios-escravos diziam: “além do Voturuna, depois do Araçaryguama, bem perto do rio que vem do Vuturaty, que passa pelo Itavuvu e chega ao Biraçoiava, há uma imensa “lagoa de ouro” guardada por “nhangá” e aquele que a ela chegar ficará muito rico.”  ver mais

6°. “História e Historiografia de Votorantim”, 2008. Márcia Maria Fogaça de Oliveira; Dissertação apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Orientador: Prof. Dr. José Luis Sanfelice
2008
Porém, em 1589, chegaram, procurando ouro, os portugueses Afonso Sardinha e seu filho Clemente Álvares, técnico em minas. Em Araçoiaba, encontram o minério de ferro que, mais tarde, deu origem às Forjas de Ipanema, depois Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema.  ver mais

7°. INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE – ICMBiocomo montar uma loja virtual
7 de fevereiro de 2011, segunda-feira

8°. Paraupava e Sabarabuçu: estudo dos nomes, 12.2011. Revista de Linguística e Teoria Literaria*
Dezembro de 2011


    Registros relacionados
8 de julho de 2024, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:05
1°. Consulta em projetocompartilhar.org




  Lagoa Dourada
  45º de 224
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19 de janeiro de 1589, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 08:45:25
Ata: Sardinha ausente
Cidades (3): Itanhaém/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (4): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Jerônimo Leitão, Lopo de Souza (f.1610)
Temas (4): Bairro Itavuvu, Capitania de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, Capitania de São Vicente, Vila de Nossa Senhora da Conceição
Atas da Câmara da cidade de São Paulo
Data: 1589página 380 e 381




  Lagoa Dourada
  46º de 224
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Nova expedição com 50 homens
janeiro de 1590. Atualizado em 30/10/2025 10:09:00
Relacionamentos
 Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Mogi das Cruzes/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Xapuri/AC
 Pessoas (11) Afonso Sardinha, o Velho (59 anos), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (59 anos), Belchior Dias Carneiro (36 anos), Domingos Luís Grou (90 anos), Fernão Dias Paes Leme (1º) (40 anos), Francisco Correa (f.1590), Gaspar Dias (21 anos), Gonçalo Camacho (65 anos), Gregório Ramalho, Guilherme Navarro, Luís Eanes Grou (velho) (36 anos)
 Temas (5): Bilreiros de Cuaracyberá, Caiapós, Guaianás, Guerra de Extermínio, Martírios

    17 Fontes
  5 fontes relacionadas

•  Annaes da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, 1885-1886, vol. XIII
1 de janeiro de 1889, terça-feira
O intento que Gabriel Soares levava nesta jornada era chegar ao Rio de São Francisco, e depois por ele até a Lagoa Dourada, donde dizem que tem seu nascimento, e para isto levava por guia um índio por nome Guaracy, que quer dizer Sol, o qual também se lhe pôs, e morreu no caminho, ficando de todo as minas obscuras, até que Deus verdadeiro Sol queira manifesta-las.

•  “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1 de janeiro de 1940, segunda-feira
As necessidades obrigaram porem esse valente sertanejo a investir de prompto contra o gentio de Mogy, "pelo rio abaixo de Anhemby, junto a outro rio de Jaguary", tendo soffrido grande revez e ficando a bandeira inteiramente desbaratada na barra do rio Parnahyba. Era uma léva de cerca de cinquenta homens brancos e muitos índios christianisados e na qual também figurava Antonio de Macedo, filho de João Ramalho, que ia como imediato de Domingos Luiz Grou, o moço, ambos perecendo no embate. O ultimo citado provinha pelo lado paterno da nobre familia dos Eanes Grou, de Portugal e pelo lado materno de uma filha do cacique de Carapucuhyba, junto a M´boy. [p.30;31]

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
Na vereança de 5 de dezembro de 1593, a Câmara de S. Paulo convocou os homens bons da vila e perante eles se leram as cartas (Vol. 1º, pág. 476) dessas duas Câmaras que entendiam “não dever se fazer tal guerra porque o gentio não nos dava opressão”. As Câmaras do litoral estavam longe, e só temiam os ataques dos piratas ingleses.

A Câmara de S. Paulo, para justificar a sua reclamação, fez vir alguns dos moradores da vila – Belchior Carneiro, Gregório Ramalho, filho de Vitorino Ramalho, e neto de João Ramalho, Manuel, índio cristão de S. Miguel, irmão de Fernão de Sousa, Gonçalo Camacho – que tinham feito parte da Companhia de Antônio de Macedo e de Domingos Luis Grou, restos da expedição, a fim de juramentados sobre um livro dos Santos Evangelhos, declarassem o que se passou com o gentio de Bongi que havia assaltado e desbaratado a Companhia de Macedo e de Grou.

Disseram eles que os "índios de Mongi, pelo rio abaixo de Anhembi, junto de um outro rio de Jaguari, esperaram toda a entrada, e foram dando, matando, desbaratando a uns e outros. Nesse transe “foram mortos Manuel Francisco, o francês Guilherme Navarro, e Diogo Dias; Francisco Correia, Gaspar Dias e João de Sales levaram um tiro; um moço branco cunhado de Pero Guedes, ou de sua casa, e Gabriel da Pena também foram mortos, fora Tamarutaca, do qual não havia notícia".

“Levaram cativas muitas pessoas e muita gente tupinaem, e apregoavam nova guerra por novos caminhos para novos ataques e depredações”, razão pela qual era necessário ir fazer-lhes a guerra e com toda a brevidade.

Era a confirmação dos ataques e assaltos mencionados na vereança de 17 de março de 1590. Em vista disso foi requerida a presença do Capitão Jorge Correia, que, vindo, ouviu a leitura das cartas escritas pelas Câmaras litorâneas, a refutação a elas pelos sobreviventes da Companhia de Macedo e de Grou, e os protestos da Câmara, que o responsabilizavam perante Deus, Sua Majestade e o senhor da terra, por todos os males que caíssem sobre a vila, visto estarem todos prontos com suas armas e sua gente a acompanhá-lo ao sertão.

Jorge Correia ainda procurou contemporizar dizendo ser necessário pedir socorro ao Rio de Janeiro, falou ainda nos perigos dos inimigos piratas que vinham por mar, a que primeiro se devia acudir, sendo talvez insuficiente a gente da capitania para as duas guerras.

Mas a Câmara insistiu declarando que “bastava a gente da capitania para a guerra do sertão contra o gentio de Bongi, que estava já entre mãos, e que se acudisse também ao mar e se lhe desse também o remédio possível e com a mesma gente do mar, pois que para tudo havia gente”.

O Capitão Jorge Correia prometeu que tudo proveria como era sua obrigação e que todos estivessem prestes para o seguir e o acompanhar (Atas – vol. 1º, págs. 477, 478 e 479). Entretanto os embargos opostos pela Câmara da vila de S. Paulo à provisão do capitão-mor e ouvidor da Capitania de S. Vicente, que ordenava a entrega aos padres da Companhia de Jesus das aldeias de índios, foram levados ao Governador-Geral na cidade do Salvador, na Bahia, por Atanázio da Motta e iriam lá encontrar favorável acolhimento por motivos que serão adiante explicados. Tais embargos não foram, porém, registrados nos livros da Câmara de S. Paulo, nem nos da sede da capitania, mas ainda que nesta...

•  Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4
4 de dezembro de 1993, sábado
No início de 1590, Domingos Luís Grou une-se ao sertanista Antônio de Macedo (filho de João Ramalho e uma nativa) e formam uma nova expedição com 50 homens. Descem o Rio Anhembi (hoje Rio Tietê) sobem o Rio Grande (hoje Rio Paraná), ganham o Rio São Francisco, infletem para o Oeste e começam a grande penetração do vasto e desconhecido sertão do Interior do Brasil à procura da Lagoa Paraupava.

Esquadrinham todo esse território e ao hoje Rio Araguaia dão o nome de Rio Paraupava, por se crer que nascia na Lagoa Paraupava, e nele acham a grande área arqueológica dos desenhos esculpidos nas rochas (gravuras rupestres ou as ítacoatiaras dos nativos), à qual dão o nome de Martírios. Dos Martírios penetram no sertão à esquerda do Rio Paraupava, encontrando ouro na região da hoje Serra Pelada, mas impossível de ser explorado devido à resistência dos nativos Bilreiros (hoje nativos Caiapós).

A expedição de Grou-Macedo fica quatro anos no sertão do Paraupava, sendo dada por perdida na Vila de São Paulo, onde reaparece no dia 5 de dezembro de 1593, mas com a falta de muitos sertanistas, mortos no sertão, inclusive os seus dois chefes, além do francês Guilherme Navarro.

•  “O Mito indígena da Lagoa Dourada e as bandeiras do Brasil Central”, Manoel Rodrigues Ferreira
28 de fevereiro de 1994, segunda-feira
Em 1586 o grande sertanista Domingos Luis Grou parte da Vila de São Paulo chefiando uma bandeira, chega ao Rio São Francisco de onde volta trazendo em paz, grande número de nativos Tupiães e seus primos Tupiniquins.Em início de 1590, quanto a vila de São Paulo contava com pouco mais de mil habitantes, Domingos Luis Grou une-se a Antonio de Macedo (filho de João Ramalho), formam uma Bandeira com quarenta e nove portugueses (nascidos no Brasil e em Portugal) e mais o súdito francês Guilherme Navarro e lançam-se no sertão desconhecido do Interior da América Portuguesa, à procura da Lagoa Paraupava. Ficaram quase quatro anos no sertão e quanto já eram dados como perdidos, surgem no dia 5 de dezembro de 1593, com a Bandeira destroçada, na Vila de São Paulo. Morreram no vasto sertão da Lagoa Paraupava.





  Lagoa Dourada
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A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada
17 de março de 1590, sábado. Atualizado em 30/10/2025 23:58:34
Relacionamentos
 Cidades (6): Itu/SP, Jacareí/SP, Pindamonhangaba/SP, São José dos Campos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (14) Afonso Sardinha, o Velho (59 anos), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (59 anos), Belchior Dias Carneiro (36 anos), Caiubi, senhor de Geribatiba, Carobi, Iaroubi, Jarobi, Diogo de Unhate (55 anos), Domingos Luís Grou (90 anos), Gaspar Fernandes Preto (50 anos), Guiomar Rodrigues (f.1625), Isac Dias Carneiro (32 anos), José de Anchieta (56 anos), Konyan-bébe, Luís Eanes Grou (velho) (36 anos), Maria da Peña (50 anos)
 Temas (11): “o Rio Grande”, Ambuaçava, Fortes/Fortalezas, Gentios, Guerra de Extermínio, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jaguari, Rio Parnaíba , Rio Pinheiros, São Paulo de Piratininga





  Lagoa Dourada
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7 de abril de 1590, sábado
Atualizado em 28/10/2025 08:45:26
Partida
Cidades (1): Lisboa/POR
Pessoas (2): Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591)
Temas (1): Carmelitas
    3 fontes
  1 relacionada

1°. “História do Brasil”, Livro I em que se trata do descobrimento do Brasil, costumes dos naturais, aves, peixes, animais e do mesmo Brasil. Frei Vicente do Salvador (1564-1639)
20 de dezembro de 1627, segunda-feira
Era Gabriel Soares de Souza um homem nobre dos que ficaram casados nesta Bahia, da companhia de Francisco Barreto quando ia à conquista de Menopotapa, de quem tratei no capítulo décimo terceiro do livro terceiro. Este teve um irmão, que andou pelo sertão do Brasil três anos, donde trouxe algumas mostras de ouro, prata, e pedras preciosas, com que não chegou por morrer á tornada, cem léguas desta Bahia, mas enviou-as a seu irmão, que com elas se foi depois de passados alguns anos à Corte, e nela gastou outros muitos em seus requerimentos, até que el-rei o despachou, e se partiu de Lisboa em uma urca flamenga chamada Grifo Dourado a 7 de abril de 1590 com trezentos e sessenta homens, e quatro religiosos carmelitas, um dos quais era frei Jerônimo de Canavazes, que depois foi seu Provincial.  ver mais




  Lagoa Dourada
  49º de 224
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7 de julho de 1590, sábado
Atualizado em 28/10/2025 08:45:26
Por terem matado Domingos Grou
Cidades (4): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tatuapé/SP
Pessoas (6): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Belchior da Costa (1567-1625), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco Preto, Jerônimo Leitão
Temas (10): Aldeia de Pinheiros, Cachoeiras, Canibalismo, Ermidas, capelas e igrejas, Gados, Gentios, Inglaterra/Ingleses, Nheengatu, Nossa Senhora do Rosário, Pirapitinguí
Atas da Câmara da cidade de São Paulo
Data: 1590página 403, 404 e 405
    10 fontes
  1 relacionada

1°. Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar
1997
Em 7 de julho do mesmo ano, a Câmara recebeu notícias de que houvera um encontro nas cercanias, em que morreram 50 homens brancos e os nativos, proclamando seu valor e bravura, atreviam-se a vir até os arredores próximos, atacando fazendo e matando muitos brancos e escravizados. (...)  ver mais




  Lagoa Dourada
  50º de 224
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Agosto de 1590
Atualizado em 28/10/2025 08:45:27
Bandeira penetrou o sertão*
Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (12): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Diogo de Unhate (1535-1617), Domingos Grou, filho (1550-1587), Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernão Dias Paes Leme (1º) (1550-1605), Francisco Preto, Gonçalo Camacho (1525-1600), Guiomar Rodrigues (f.1625), Jerônimo Leitão, José de Anchieta (1534-1597), Luís Eanes Grou (velho) (1554-1590)
Temas (2): Guerra de Extermínio, Pirapitinguí
Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo
Data: 1940
Créditos: Carvalho FrancoPágina 30
    3 fontes
  1 relacionada

1°. “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1940
Ao receber a notícia dessa derrota, os moradores de São Paulo apressaram-se em pedir providências ao capitão-mór Jerônimo Leitão, o qual ordenou um reconhecimento prévio do entorno e em junho de 1590 houve por esse motivo uma escaramuça em Pirapitinguy, chefiada por Francisco Preto e Balthazar Gonçalves. O loco-tenente do donatário ordenou então que se formasse uma bandeira, toda munida de armas, de algodão e pondo-se á frente da tropa, penetrou o vale do Tietê, em agosto do mesmo ano, tendo como seus imediatos, Antonio de Saavedra, Diogo de Unhate e Fernão Dias. Nos últimos dias de dezembro, regressava com muitos tupyniquins feitos prisioneiros. Mesmo assim os paulistas não se julgaram seguros contra os aborígenes surgidos dos fundos sertões em queos tinha ido despertar o destemeroso Jeronymo Leitão. [Páginas 31 e 32]  ver mais

  


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