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Caiapós

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Forjando "Máquina Grande" nos sertões do Atlântico: Dimensões centro-africanas na história da exploração das minas de Ipanema e na instalação de uma Real Fábrica de Ferro no Morro do Araçoiaba - 1597-1810. Franciely das Luz Oliveira
2020. Atualizado em 24/10/2025 02:17:56
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 Cidades (10): Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Guarulhos/SP, Iguape/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP
 Pessoas (7) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo de Quadros, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Vidal, João Ramalho (1486-1580), Mem de Sá (1500-1572)
 Temas (21): Açúcar, Aldeia de Pinheiros, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Gentios, Geografia e Mapas, Guaianás, Guaramimis, Marumiminis, Nheengatu, Nossa Senhora da Escada, Pories, Rio Pinheiros, Sabarabuçu, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Tupinambás, Tupiniquim, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda
Registros mencionados (8)
1350 - Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru [23444]
30/06/1553 - Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte [19958]
20/05/1560 - A vila de Santo André da Borda do Campo é extinta e incorporada a “nova” São Paulo de Piratininga [29269]
11/11/1560 - Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri [15157]
1596 - André de Lião, fidalgo de Beringel, comunica Francisco de Sousa da "prata de Sabarabuçú" [20178]
14/11/1598 - Afonso Sardinha, o moço, encontrava-se em pleno sertão acompanhado de “alguns mancebos e mais de cem índios cristãos” em demanda de ouro e outros metais / Metalúrgicos se estabeleceram na região / Carijós fogem para Paranapanema [20600]
03/11/1609 - D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil [20270]
1954 - Vida e Morte do Índio: São Paulo Colonial. Por John Manuel Monteiro (1956-2013) [31356]





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Dados para a História dos Índios Caiapó; Mario Abdo Neme (1912-1973)
1969. Atualizado em 23/10/2025 15:57:17
Relacionamentos
 Cidades (2): Itu/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Domingos Rodrigues, Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Garcia Rodrigues (1510-1590), Mario Abdo Neme (57 anos), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Timacauna
 Temas (14): Apoteroby (Pirajibú), Bilreiros de Cuaracyberá, Cavalos, Ciclo da Paraupava, Estradas antigas, Goayaó, Lagoa Dourada, Paraúpava, Pirapitinguí, Porto em Sorocaba, Portos, Putribú, Rio Anhemby / Tietê, Temiminós
Registro mencionado
1. Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás
novembro de 1613

Pouco se sabe da história dos índios Caiapó ou Bilreiros nos dois primeiros séculos do povoamento. Em 1607,o sertanista Belchior Dias Carneiro, "língua da terra",· comandava uma expedição no rumo de sertões desconhecidos ;para Carvalho Franco ela se destinava à "região dos bilreiros ou caiapós" que compreendia "o Rio Tietê abaixo, indo para Mato Grosso e para Goiás" [F. A . Carvalho Franco , "Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil", ed. Comissão IV Centenário de São P aulo, São P aulo, 1953, pgs. 101 e 340].Na bibliografia paulista, essa seria a primeira referência por ordem cronológica aos Caiapó em relação com sertanistas de São Paulo ( 2 ). Depois, disso, pouco aparecemna documentação até cêrca de wn século mais tarde, quandopassam a ser continuamente citados, em razão das proezasque praticam contra viajantes de Cuiabá e também porcausa da guerra implacável que os brancos lhes movem.Realmente, a maior soma de informações a respeito dosCaia pó ou Bilreiros começa a apareoer a partir de 1720,marcando esta data o início de um período em que êlessão a todo mom.ento apontados como índios gu·erreiros evolantes. Não obstante, essa disposição de ânimo dos Caiapó era já denunciada na segunda metade do século antecedente, ocasião em que ocupavam a área araguaiana do Planalto Central. A respeito de uma bandeira paulista que desde 1671 se havia arranchado junto das cabeceiras do Tocantins, informava em 1676 o padre Antônio Raposo que no ano anterior,"passando pelo sítio onde se tinha alojado o cabo da tropa de São Paulo [Página 103]

Sabemos que num dos portos do Tietê (Putribu-Pirapitingui) os homens das entradas também se reuniam para iniciar a caminhada, no rumo do sertão, a pé ou a cavalo; como sabemos que Martim Rodrigues estivera antes - com um bando chefiado por Domingos Rodrigues - na região do Paraúpeva: no seu inventário, . aberto por não regressar desta entrada de 1608, constava "uma negra por nome Guayá digo da nação Guoayá", escrava "da entrada de Domingos Rodrigues de Paraúpeva, além de um bom número de escravos Tememinó.Não há certeza, porém, quanto à identidade de seus matadores; apenas - acrescentamos - a de que não foram os Bilreiros. Como referiremos adiante, entende Roque Leme da Câmara que os expedicionários chegaram até o Rio Pará, contrapondo-se-lhe Carvalho Franco dizendo que "ao certo seria na célebre região do Paraúpava". [Página 116]

Nova referência aos Bilreiros vamos encontrar em 1650, e referência que vem confirmar não apenas a existência de um caminho por terra para a antiga estância dêsses nativos, mas ainda a efetividade do seu deslocamento em massa para regiões mais distantes. No ano refeiro procede-se ao inventário dos bens deixados por um morador do bairro de Pirapitingui, no termo da vila de Parnaíba, bairro mais chegado à então povoação de Itu do que ao perímetro urbano da vila. Sitiante e sertanista como muitos outros, Bernardo Bicudo teria feito várias perquirições por rumos não identificados, até que em março de 1649, estando para partir numa bandeira de Francisco de Paiva, redige o seu testamento, por precaução em vista dos perigos que iam enfrentar. Veio de fato a falecer no sertão, talvez nesse mesmo ano, tendo-se começado a execução do seu inventário em agosto de 1650. Refere-se nessa peça que Bernardo Bicudo possuía, entre outros bens móveis e de raiz, "meia légua de terras de matos maninhos em Capibari na estrada velha do sertão para o sertão dos Bilreiros".

Esta informação em papel de 1650 nos ajuda, antes de mais nada, a compreender as expressões das atas de 1608 e 1613, onde a propósito de nativos pacíficos estabelecidos a certa distância das povoações da zona do alto Tietê, rio também chamado Anhembí, se fala em aldeias nativas existentes "pelo caminho" e "ao longo deste Rio Anhembí".

Por outro lado, o qualificativo "velha", designando em 1650 uma estrada para determinada parte, denota uma sucessão de tempo: indica a passagem de um período de não-utilização do caminho seguindo-se a um outro de uso frequente. Com relação ao caso presente, estes dois períodos encaixam-se no quadro de tempo estabelecido pelos dados que temos apurado sobre o assunto, de acordo com os quais a fase de uso generalizado do caminho giraria em torno de 1610; a do abandono, em redor de 1620; isto tudo nos levando a supor que tenham sido adquiridas terras "em Capibari" por volta de 1630-1640, quando já seria bem conhecido o fato de estar em desuso a "estrada para o sertão dos bilreiros".

Esta suposição nos parece de todo em todo plausível, em vista do que se conhece sobre o movimento de penetração dos paulistas a época em questão.Note-se, mais, que a expressão "estrada para os bilreiros" significava, não uma verdadeira estrada (impossível nas condições de tempo e lugar), mas um caminho de uso mais ou menos continuado e com um ponto certo destino; não uma trilha de penetração eventualmente utilizada por entradistas, mas uma rota bem conhecida e bem batida, a ponto de merecer o qualificativo de estrada. E como estrada, que nos começos do século 17 levava a uma aldeia de nativos, aldeia à qual os povoadores iam constantemente, não deveria ter um percurso muito longo. [Páginas 122 e 123]

Nova referência aos Bilreiros vamos encontrar em 1650, e referência que vem confirmar não apenas a existência de um caminho por terra para a antiga estância dêsses nativos, mas ainda a efetividade do seu deslocamento em massa para regiões mais distantes. No ano refeiro procede-se ao inventário dos bens deixados por um morador do bairro de Pirapitingui, no termo da vila de Parnaíba, bairro mais chegado à então povoação de Itu do que ao perímetro urbano da vila. Sitiante e sertanista como muitos outros, Bernardo Bicudo teria feito várias perquirições por rumos não identificados, até que em março de 1649, estando para partir numa bandeira de Francisco de Paiva, redige o seu testamento, por precaução em vista dos perigos que iam enfrentar. Veio de fato a falecer no sertão, talvez nesse mesmo ano, tendo-se começado a execução do seu inventário em agosto de 1650. Refere-se nessa peça que Bernardo Bicudo possuía, entre outros bens móveis e de raiz, "meia légua de terras de matos maninhos em Capibari na estrada velha do sertão para o sertão dos Bilreiros".

Esta informação em papel de 1650 nos ajuda, antes de mais nada, a compreender as expressões das atas de 1608 e 1613, onde a propósito de nativos pacíficos estabelecidos a certa distância das povoações da zona do alto Tietê, rio também chamado Anhembí, se fala em aldeias nativas existentes "pelo caminho" e "ao longo deste Rio Anhembí".

Por outro lado, o qualificativo "velha", designando em 1650 uma estrada para determinada parte, denota uma sucessão de tempo: indica a passagem de um período de não-utilização do caminho seguindo-se a um outro de uso frequente. Com relação ao caso presente, estes dois períodos encaixam-se no quadro de tempo estabelecido pelos dados que temos apurado sobre o assunto, de acordo com os quais a fase de uso generalizado do caminho giraria em torno de 1610; a do abandono, em redor de 1620; isto tudo nos levando a supor que tenham sido adquiridas terras "em Capibari" por volta de 1630-1640, quando já seria bem conhecido o fato de estar em desuso a "estrada para o sertão dos bilreiros".

Esta suposição nos parece de todo em todo plausível, em vista do que se conhece sobre o movimento de penetração dos paulistas a época em questão.Note-se, mais, que a expressão "estrada para os bilreiros" significava, não uma verdadeira estrada (impossível nas condições de tempo e lugar), mas um caminho de uso mais ou menos continuado e com um ponto certo destino; não uma trilha de penetração eventualmente utilizada por entradistas, mas uma rota bem conhecida e bem batida, a ponto de merecer o qualificativo de estrada. E como estrada, que nos começos do século 17 levava a uma aldeia de nativos, aldeia à qual os povoadores iam constantemente, não deveria ter um percurso muito longo. [Páginas 122 e 123]
Registros mencionados (6)
09/03/1607 - Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais [23982]
01/12/1607 - Os oficiais da Câmara Municipal da vila de São Paulo dizem ter recebido a notícia de que "Belchior Rodrigues, de Birapoeira, com forja de ferreiro, queria ir para "Piassava das Conoas", onde desembacarvam carijós e que era um prejuízo para esta vila" [20882]
01/08/1608 - Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves [19938]
01/11/1613 - Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* [8962]
1620 - Abandono do Caminho [1059]
16/04/2019 - Antonio Nunes e sua mulher Maria Maciel, projetocompartilhar.org [27117]





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Relatos Monçoeiros
1953. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (7): Avanhandava/SP, Cuiabá/MT, Itanhaém/SP, Itu/SP, Rosana/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Belchior de Pontes  (n.1644), Filipe IV, “O Grande” (1605-1665), João Antonio Cabral Camello, José de Anchieta (1534-1597), José de Barros de Alarcão, Luis de Céspedes García Xería (n.1588)
 Temas (14): Abayandava, Cachoeira Jequitaia, Cachoeiras, Caminho Itú-Porto Feliz, Caminhos até Cuiabá, Canguera, Estradas antigas, Itapeva (Serra de São Francisco), Juru-Mirim, Nossa Senhora da Penha, Nossa Senhora de Atocha, Rio Anhemby / Tietê, Rio Sorocaba, Rio Ypanema
Registros mencionados (2)
21/11/1727 - O comerciante João Antunes Cabral Camelo chega Cuiabá [6770]
10/03/1769 - Texto [25490]





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Arquivos do Museu Nacional do Rio de Janeiro
1923. Atualizado em 25/10/2025 18:41:49
Relacionamentos
 Cidades (6): Buri/SP, Guarapuava/PR, Itu/SP, Jundiaí/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Roque/SP
 Pessoas (2) José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), Francisco de Saavedra (n.1555)
 Temas (8): Pirapitinguí, Serra de Paranapiacaba, Cachoeiras, Rio Paraná, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Penunduba





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Brazil e Paraguay, Sidney Hall
1830. Atualizado em 17/04/2025 03:55:04
Relacionamentos
 Cidades (18): Atibaia/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Guaratuba/PR, Iguape/SP, Itararé/SP, Itu/SP, Jacareí/SP, Jundiaí/SP, Juquiá/SP, Paranaguá/PR, Piracicaba/SP, São Paulo/SP, São Sebastião/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
 Temas (21): Assunguy, Bituruna, vuturuna, Fachina/SP, Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Iguassú, Rio Itararé, Rio Jaguari, Rio Juquiá, Rio Paranapanema, Rio Piracicaba, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Rio Taquari, Rio Uruguai, Rio Verde, Sabaúma, Serra de Ibotucatu, Serras, Yapo





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Mapa Perou Et Bresil
1809. Atualizado em 29/10/2025 01:20:09
Relacionamentos
 Cidades (3): Bituruna/PR, Cananéia/SP, São Paulo/SP
 Temas (6): Bituruna, vuturuna, Geografia e Mapas, Pernambuco/SP, Rio Anhemby / Tietê, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paranapanema





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An Accurate Map of South America. From the Best Modern Maps and Charts
1790. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Cidades (3): Cananéia/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Temas (3): Bacaetava / Cahativa, Geografia e Mapas, Estradas antigas





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Mapa do interior do Brasil entre a foz do Amazonas e São Paulo
1751. Atualizado em 28/10/2025 22:23:12
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Francisco Tosi Columbina (n.1701)
 Temas (7): Geografia e Mapas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Sorocaba, Trópico de Capricórnio, Rio Sapucaí, Gentios, Estradas antigas





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Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás
novembro de 1613. Atualizado em 23/10/2025 15:41:52
Relacionamentos
 Cidades (3): Paracatu/MG, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) André Fernandes (35 anos), Balthazar Fernandes (36 anos), Diogo de Quadros, Garcia Rodrigues Velho (48 anos), João Missel Gigante (n.1560), Manuel Rodrigues Góes, Pero Domingues 2° (n.1578)
 Temas (5): Bilreiros de Cuaracyberá, Lagoa Dourada, Paraúpava, Peru, Rio Araguaia

    8 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  Dados para a História dos Índios Caiapó; Mario Abdo Neme (1912-1973)
1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Pouco se sabe da história dos índios Caiapó ou Bilreiros nos dois primeiros séculos do povoamento. Em 1607,o sertanista Belchior Dias Carneiro, "língua da terra",· comandava uma expedição no rumo de sertões desconhecidos ;para Carvalho Franco ela se destinava à "região dos bilreiros ou caiapós" que compreendia "o Rio Tietê abaixo, indo para Mato Grosso e para Goiás" [F. A . Carvalho Franco , "Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil", ed. Comissão IV Centenário de São P aulo, São P aulo, 1953, pgs. 101 e 340].Na bibliografia paulista, essa seria a primeira referência por ordem cronológica aos Caiapó em relação com sertanistas de São Paulo ( 2 ). Depois, disso, pouco aparecemna documentação até cêrca de wn século mais tarde, quandopassam a ser continuamente citados, em razão das proezasque praticam contra viajantes de Cuiabá e também porcausa da guerra implacável que os brancos lhes movem.Realmente, a maior soma de informações a respeito dosCaia pó ou Bilreiros começa a apareoer a partir de 1720,marcando esta data o início de um período em que êlessão a todo mom.ento apontados como índios gu·erreiros evolantes. Não obstante, essa disposição de ânimo dos Caiapó era já denunciada na segunda metade do século antecedente, ocasião em que ocupavam a área araguaiana do Planalto Central. A respeito de uma bandeira paulista que desde 1671 se havia arranchado junto das cabeceiras do Tocantins, informava em 1676 o padre Antônio Raposo que no ano anterior,"passando pelo sítio onde se tinha alojado o cabo da tropa de São Paulo [Página 103]

Sabemos que num dos portos do Tietê (Putribu-Pirapitingui) os homens das entradas também se reuniam para iniciar a caminhada, no rumo do sertão, a pé ou a cavalo; como sabemos que Martim Rodrigues estivera antes - com um bando chefiado por Domingos Rodrigues - na região do Paraúpeva: no seu inventário, . aberto por não regressar desta entrada de 1608, constava "uma negra por nome Guayá digo da nação Guoayá", escrava "da entrada de Domingos Rodrigues de Paraúpeva, além de um bom número de escravos Tememinó.Não há certeza, porém, quanto à identidade de seus matadores; apenas - acrescentamos - a de que não foram os Bilreiros. Como referiremos adiante, entende Roque Leme da Câmara que os expedicionários chegaram até o Rio Pará, contrapondo-se-lhe Carvalho Franco dizendo que "ao certo seria na célebre região do Paraúpava". [Página 116]

Nova referência aos Bilreiros vamos encontrar em 1650, e referência que vem confirmar não apenas a existência de um caminho por terra para a antiga estância dêsses nativos, mas ainda a efetividade do seu deslocamento em massa para regiões mais distantes. No ano refeiro procede-se ao inventário dos bens deixados por um morador do bairro de Pirapitingui, no termo da vila de Parnaíba, bairro mais chegado à então povoação de Itu do que ao perímetro urbano da vila. Sitiante e sertanista como muitos outros, Bernardo Bicudo teria feito várias perquirições por rumos não identificados, até que em março de 1649, estando para partir numa bandeira de Francisco de Paiva, redige o seu testamento, por precaução em vista dos perigos que iam enfrentar. Veio de fato a falecer no sertão, talvez nesse mesmo ano, tendo-se começado a execução do seu inventário em agosto de 1650. Refere-se nessa peça que Bernardo Bicudo possuía, entre outros bens móveis e de raiz, "meia légua de terras de matos maninhos em Capibari na estrada velha do sertão para o sertão dos Bilreiros".

Esta informação em papel de 1650 nos ajuda, antes de mais nada, a compreender as expressões das atas de 1608 e 1613, onde a propósito de nativos pacíficos estabelecidos a certa distância das povoações da zona do alto Tietê, rio também chamado Anhembí, se fala em aldeias nativas existentes "pelo caminho" e "ao longo deste Rio Anhembí".

Por outro lado, o qualificativo "velha", designando em 1650 uma estrada para determinada parte, denota uma sucessão de tempo: indica a passagem de um período de não-utilização do caminho seguindo-se a um outro de uso frequente. Com relação ao caso presente, estes dois períodos encaixam-se no quadro de tempo estabelecido pelos dados que temos apurado sobre o assunto, de acordo com os quais a fase de uso generalizado do caminho giraria em torno de 1610; a do abandono, em redor de 1620; isto tudo nos levando a supor que tenham sido adquiridas terras "em Capibari" por volta de 1630-1640, quando já seria bem conhecido o fato de estar em desuso a "estrada para o sertão dos bilreiros".

Esta suposição nos parece de todo em todo plausível, em vista do que se conhece sobre o movimento de penetração dos paulistas a época em questão.Note-se, mais, que a expressão "estrada para os bilreiros" significava, não uma verdadeira estrada (impossível nas condições de tempo e lugar), mas um caminho de uso mais ou menos continuado e com um ponto certo destino; não uma trilha de penetração eventualmente utilizada por entradistas, mas uma rota bem conhecida e bem batida, a ponto de merecer o qualificativo de estrada. E como estrada, que nos começos do século 17 levava a uma aldeia de nativos, aldeia à qual os povoadores iam constantemente, não deveria ter um percurso muito longo. [Páginas 122 e 123]

Nova referência aos Bilreiros vamos encontrar em 1650, e referência que vem confirmar não apenas a existência de um caminho por terra para a antiga estância dêsses nativos, mas ainda a efetividade do seu deslocamento em massa para regiões mais distantes. No ano refeiro procede-se ao inventário dos bens deixados por um morador do bairro de Pirapitingui, no termo da vila de Parnaíba, bairro mais chegado à então povoação de Itu do que ao perímetro urbano da vila. Sitiante e sertanista como muitos outros, Bernardo Bicudo teria feito várias perquirições por rumos não identificados, até que em março de 1649, estando para partir numa bandeira de Francisco de Paiva, redige o seu testamento, por precaução em vista dos perigos que iam enfrentar. Veio de fato a falecer no sertão, talvez nesse mesmo ano, tendo-se começado a execução do seu inventário em agosto de 1650. Refere-se nessa peça que Bernardo Bicudo possuía, entre outros bens móveis e de raiz, "meia légua de terras de matos maninhos em Capibari na estrada velha do sertão para o sertão dos Bilreiros".

Esta informação em papel de 1650 nos ajuda, antes de mais nada, a compreender as expressões das atas de 1608 e 1613, onde a propósito de nativos pacíficos estabelecidos a certa distância das povoações da zona do alto Tietê, rio também chamado Anhembí, se fala em aldeias nativas existentes "pelo caminho" e "ao longo deste Rio Anhembí".

Por outro lado, o qualificativo "velha", designando em 1650 uma estrada para determinada parte, denota uma sucessão de tempo: indica a passagem de um período de não-utilização do caminho seguindo-se a um outro de uso frequente. Com relação ao caso presente, estes dois períodos encaixam-se no quadro de tempo estabelecido pelos dados que temos apurado sobre o assunto, de acordo com os quais a fase de uso generalizado do caminho giraria em torno de 1610; a do abandono, em redor de 1620; isto tudo nos levando a supor que tenham sido adquiridas terras "em Capibari" por volta de 1630-1640, quando já seria bem conhecido o fato de estar em desuso a "estrada para o sertão dos bilreiros".

Esta suposição nos parece de todo em todo plausível, em vista do que se conhece sobre o movimento de penetração dos paulistas a época em questão.Note-se, mais, que a expressão "estrada para os bilreiros" significava, não uma verdadeira estrada (impossível nas condições de tempo e lugar), mas um caminho de uso mais ou menos continuado e com um ponto certo destino; não uma trilha de penetração eventualmente utilizada por entradistas, mas uma rota bem conhecida e bem batida, a ponto de merecer o qualificativo de estrada. E como estrada, que nos começos do século 17 levava a uma aldeia de nativos, aldeia à qual os povoadores iam constantemente, não deveria ter um percurso muito longo. [Páginas 122 e 123]

•  Consulta em genearc.net
8 de agosto de 2023, terça-feira





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Guarulhos
1580. Atualizado em 25/02/2025 04:45:35
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 Cidades (1): Guarulhos/SP
 Temas (4): Aldeia Nossa Senhora da Conceição dos Guarulhos, Bilreiros de Cuaracyberá, Guaianás, Marumiminis


  


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