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Dezembro de 1654
Atualizado em 28/10/2025 04:16:40
Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados*
Cidades (3): Barueri/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (3): Balthazar Fernandes, Bartolomeu de Contreras y Torales, Isabel de Proença Varella II
Temas (18): Avenida Itavuvu, Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Carijós/Guaranis, Cavalos, Cochipone, Ermidas, capelas e igrejas, Escravizados, Gentios, Jardim Sandra, Nossa Senhora da Ponte, Nossa Senhora de Montserrate, Pelourinhos, Santa Ana, São Filipe, Senzalas
    36 fontes
  1 relacionada

1°. Jornal Correio Paulistano, página 10
3 de março de 1962, sábado
O Bairro Itavuvu, se estacionário ficou o povoado, em 1654 decaiu completamente. É que, nesse ano, Balthazar Fernandes fundou um povoado numa colina ma margem esquerda do mesmo Sorocaba.

“Pelo Livro Tombo sabe-se, e exatamente, que, desde 1646 se concentraram moradores onde hoje está Sorocaba. Eram eles, a citar os mais destacados, Balthazar Fernandes (...) Foi em 1654, conforme se depreende de documentos dos padres beneditinos de Sorocaba, que Balthazar fez erguer a Igreja de Santa Ana (padroeira de Parnaíba), mais tarde doada aos monges de São Bento, de Parnaíba. A ereção desse templo é que marca, equivocadamente, a fundação da cidade”.  ver mais


    Registros relacionmados
26 de julho de 1584, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 19:03:45
1°. Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant´Ana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII

1772. Atualizado em 06/04/2025 02:35:46
2°. “Em 1772 começou a obra da Matriz atual, tendo sido demolida outra no mesmo lugar”
No mesmo ano de 1654, o mesmo Balthazar Fernandes edificou uma igreja, sendo hoje o Mosteiro de São Bento, e, senhor de uma grande sesmaria, por escritura pública doou a igreja e terrenos, em 21 de abril de 1661, aos religiosos Beneditinos da vila de Parnaíba, conservando-se como matriz em quanto o povo não fazia outra igreja para isso.

° 9.2012Fragmentos de História: índios e colonos em Sorocaba - 1769-1752, 09.2012. ..Em 1654, Balthazar Fernandes chegou à região com cerca de 400 índios e alguns escravos de Guiné (CAVALHEIRO, 2006, p. 17) para povoar suas sesmarias, tendo doado parte dela aos monges beneditinos que construíram, com mão de obra indígena, a Capela de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba (padroeira da cidade) em 1654, e o Mosteiro de São Bento, que já era habitado em 1690 (ALMEIDA, 1969, p. 25-26





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  04/08/2025 02:40:52º de
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1901
Atualizado em 28/10/2025 04:16:40
“O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
Cidades (16): Araçoiaba da Serra/SP, Avaré/SP, Bertioga/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Curitiba/PR, Iperó/SP, Itapeva/SP, Itararé/SP, Juquiá/SP, Peruíbe/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Votorantim/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
Pessoas (16): Antonio Ruiz de Montoya, Caiubi, senhor de Geribatiba, Coaracy, Diogo Garcia de Moguér, Francisco de Saavedra, Francisco de Sousa, Hans Staden, Jean de Laet, Leonardo Nunes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá, Martim Francisco Ribeiro de Andrada, Pero de Magalhães Gândavo, Piqueroby, Simão de Vasconcelos, Teodoro Fernandes Sampaio, Wilhelm Jostten Glimmer
Temas (67): Abarê, Abayandava, Ambuaçava, Apereatuba, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Botocudos, Caaguacu, Cães, gatos e inofensivos, Caminho do Paraguay, Caminhos até Ypanema, Cananéas, Canguera, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Cavalos, Cemitérios, Fortes/Fortalezas, Franceses no Brasil, Gentios, Grunstein (pedra verde), Itapeva (Serra de São Francisco), Jaguamimbava, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Mapaxós, Minas de Itaimbé, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Nossa Senhora de Montserrate, O Sol, Olhos D´água, Otinga, Ouro, Papagaios (vutu), Peróba, Pitanguy, Pontes, Portos, Represa de Itupararanga, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio dos Meninos, Rio Geribatiba, Rio Jaguari, Rio Paraíba, Rio Uruguai, Rio Ururay, Rio Verde, Rio Ypanema, Sabarabuçu, São Miguel dos Ururay, Serra de Jaraguá, Serra dos Itatins, Tupinambás, Tupis, Ururay, Vale do Anhangabaú, Vossoroca, Vutucavarú, Ybitirembá, Ytutinga
“O Tupi na Geographia Nacional”
Data: 1901
Créditos: Teodoro SampaioPágina 129
    1 fonte
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1470. Atualizado em 25/10/2025 00:41:58
1°. Nascimento de Tibiriçá, filho do Cacique Amyipaguana
Tibireçá (T-yby-re-chá), o chefe da terra, o principal ou maioral. Os nomes de mulher que chegaram até nós trazem um sinete de lenda ou de poesia que talvez não existisse no ânimo do gentio: TIBEREÇÁ corr. T-yby-reçá, contração de tyby-reçaba, a vigilância da terra; o vigia da terra; o maioral ou principal. Não se deve escrever Tebireçá, que tem mau sentido. Nome do maioral do gentio catequizado em São Paulo de Piratininga pelos jesuítas, no século XVI.

1480. Atualizado em 28/10/2025 01:26:10
2°. Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay
URUGUA Y Antigamente Uruay, como se lê na carta de Diogo Garcia, de 1526; assim, Uruay se compõe de Uruá- y ou Uruguá- y, exprimindo o rio dos búzios ou dos caracóis. O Pe. Montoya, no seu Tesouro, explica y- ruguay como sendo o canal por onde vai a madre do rio. [Página 341]

1592. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
3°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
EMBOAÇABA corr. Mbo-açaba, faz que atravesse, a ação de atravessar, a passagem. Designa um lugar, à margem do Tietê, vizinho de São Paulo, onde se passava o rio na estrada do sertão e onde se mandou levantar um forte ou trincheira para defesa da cidade, no século XVI. Ali. Emboaçava, Boaçava. São Paulo.

1600. Atualizado em 24/10/2025 02:38:55
4°. Sardinha, o moço, ainda teria construído dois engenhos para fundição de ferro em Araçoiaba, sendo um deles doado ao próprio governador
ITAPEBOCÚ c. Itapeb-uçú, a laje grande; o lajeado. Nome da primeira povoação fundada por D. Francisco de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba, em 1600. São Paulo.

Fevereiro de 1600. Atualizado em 24/10/2025 02:38:56
5°. Segunda visita a Nossa Senhora de Montsserrat / Adiante desta vila quatro léguas (19km), no sitio chamado serra de Biraçoiaba*
ITAAPEBOÇÚ e. Itapeb-uçú, a laje grande; o lajeado. Nome da primeira povoação fundada por D. Francisco de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba, em 1600. São Paulo.

1 de abril de 1600, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:30
6°. Clemente Álvares comparece em casa de Bernardo de Quadros
ITAPEBOÇÚ e. Itapeb-uçú, a laje grande; o lajeado. Nome da primeira povoação fundada por D. Francisco de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba, em 1600. São Paulo.

16 de dezembro de 1606, sábado. Atualizado em 28/10/2025 00:39:17
7°. Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares
Dava-se aos mananciais, às fontes, ou nascentes, o nome de ypú, que, no Norte do Brasil, tão parcamente irrigado, se conhece por olho-d´água, e representa, ali, importantíssimo papel na distribuição dos povos.

O mesmo vocábulo aparece, algumas vezes, como a forma "ybu", entrando na composição de outro, como se verifica no nome "Putribú", da povoação antiga, situada entre Itu e Sorocaba, e que, decerto, provém da corruptela de "Potyraybu", que se traduz "fonte das flores".

Se a grafia "Apoteroby", usada em velhos documentos já nos chega viciada, como é bem possível, o nome "Putribú" passou primeiro pela corruptela "Apotera-obú", aliás procedente de ainda de "Potyra-ybú".

1639. Atualizado em 25/02/2025 04:47:01
8°. Mapa “America noviter delineata” teve a contribuição de Jodocus Hondius (1563-1612)
Referem os cronistas e viajantes antigos que o gentio denominava Anhemby ao rio que banha a capital paulista e traz hoje o nome Tietê. De fato, examinando-se velhos documentos, verifica-se que aquele nome não só era o que comumente se dava ao rio histórico que foi, em outro tempo, a vereda dos bandeirantes e conquistadores de sertões, como que a grafia do vocábulo, com pequenas variantes, se conservou quase intacta. No mapa dos jesuítas, de 1639, lê-se Anyembi,

1639. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10
9°. “Tesoro de la lengua guaraní”, Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652)

1720. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
10°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628

1748. Atualizado em 18/04/2025 00:51:50
11°. Mapa de Jean Baptiste Bourguignon d´Anville (1697–1782)
No mapa de d´ Anville, publicado em 1734, conserva-se a grafia dos jesuítas: Aniembi; ou Anhembi -, mas, já na edição de 1748, lê-se Anhambi, ou Tietê.

1749. Atualizado em 11/07/2025 21:50:12
12°. Mapa dos confins do Brazil com as terras da Coroa da Espanha na America Meridional, 1749
No célebre mapa das Cortes, de 1749, lê-se Anhambu ou Tietê.

1775. Atualizado em 24/10/2025 02:36:33
13°. Mapa de America Meridional, dispuesto y gravado por D. Juan de la Cruz Cano y Olmedilla
No de Olmedilla, de 1775, o vocábulo conserva a primitiva grafia dos jesuítas - Anemby.

1 de janeiro de 1775, domingo. Atualizado em 25/10/2025 01:35:11
14°. Nossa Senhora e Carlo Acutis: por que santos são celebrados no mesmo dia? - g1.globo.com
No de Olmedilla, de 1775, o vocábulo conserva a primitiva grafia dos jesuítas - Anemby.

Julho de 1780. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
15°. Expedição*
No último quartel do século passado, deram os habitantes de Sorocaba de buscar minas de ouro para os lados da Serra do Mar, de cujo cimo divisavam em longínquo horizonte, monte altíssimo, coroado de nuvens. Os roteiros do tempo davam-lhe sete a oito léguas de comprido e o qualificavam disformemente alto. Tal era o lendário Botucavarú, descoberto por João Batista Victoriano, em 1780. [Páginas 127 e 128]

CABARÚ-PARARANGA O relincho ou nitrido do cavalo. São Paulo. [“O Tupi na Geographia Nacional”, 1901. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937). Página 210]

CAVARÚ-PARARANGA s. O relincho do cavalo. São Paulo.

"Da mesma procedência é o nome Botucavaru (lbytú-cabarú)que quer dizer cavalo das nuvens, aplicado a uma montanha alta sobre a qual as nuvens constantemente pousam ou ficam a cavaleiro. A idéia de cavalo-(cabarú) os nativos não a tiveram senão depois da invasão européia.

"O nome Tupã teve, decerto, dois ou mais sentidos, desde o tupiprimitivo até a língua geral, esta já profundamente influenciada pela cultura européia. Tupã, no tupi primitivo, genuinamente indígena, é tuh-ã,o que fica alto ou erguido, o que está no alto; e assim, tupã-beraba é oque está no alto reluzindo, o relâmpago; tupã-cynynga, o que está noalto roncando, o trovão. Na língua geral, já influenciada pelo missionário,pela religião nova, Tupã (de tub = o que fica, permanece ou reside; ã =alto, erguido), por uma extensão naturalíssima do significado, vai até exprimir: o que domina, o que fica superior, Deus, o Altíssimo. O missionário

1791. Atualizado em 25/02/2025 04:46:36
16°. Mapa Corográfico da Capitania de São Paulo que por ordem do Ilustríssimo e Exm° Sr. Bernardo Jozé de Lorena Governador e Capitão General da mesma Capitania, 1791
103 - Dava-se aos mananciais, às fontes, ou nascentes, o nome de ypú, que, no Norte do Brasil, tão parcamente irrigado, se conhece por olho-d´água, e representa, ali, importantíssimo papel na distribuição dos povos.

O mesmo vocábulo aparece, algumas vezes, como a forma "ybu", entrando na composição de outro, como se verífica no nome "Putribú", da povoação antiga, situada entre Itu e Sorocaba, e que, decerto, provém da corruptela de "Potyraybu", que se traduz "fonte das flores".

Se a grafia "Apoteroby", usada em velhos documentos já nos chega viciada, como é bem possível, o nome "Putribú" passou primeiro pela corruptela "Apotera-obú", aliás procedente de ainda de "Potyra-ybú".

18 de julho de 1817, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:58:05
17°. Chegada da comitiva nupcial de dona Leopoldina

22 de outubro de 2024, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:28
18°. Será que São Tomé esteve mesmo no Brasil há quase 2.000 anos? pt.aleteia.org





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1817
Atualizado em 28/10/2025 04:16:42
Corografia Brazilica ou Relação Histórico-geográfica do Reino do Brasil. Composta e dedicada a Sua Majestade Fidelíssima, tomo I, 1817
Cidades (15): Apiaí/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Guarapuava/PR, Itanhaém/SP, Itapetininga/SP, Jundiaí/SP, Lages/SC, Piracicaba/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (3): Manuel Aires de Casal, Martim Afonso de Sousa, Pero Vaz de Caminha
Temas (32): Descobrimento do Brazil, Buraco de Prata, Cachoeiras, Caiapós, Caminho de Curitiba, Ermidas, capelas e igrejas, Carijós/Guaranis, Cayacangas, Estrada Real, Estradas antigas, Guaianás, Itapeva (Serra de São Francisco), Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Morro do Tayó, O Sol, Ouro, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Apiay, Rio Capivari, Rio da Prata, Rio Iguassú, Rio Jaguari, Rio Jundiaí, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Sorocaba, Rio Tibagi, Serra de Cubatão , Serra de Paranapiacaba, Trópico de Capricórnio, Porto de Santa Luzia
    1 fonte
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1 de setembro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 01:43:11
1°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
Não sabemos se foi antes de ir ao Rio da Prata, se depois da chegada, quando os Carijós lhe assassinaram oitenta portugueses, que expedira a descobrir, ou conquistas as minas de Cananéa.

1684. Atualizado em 27/10/2025 01:19:18
2°. Pedro Lopes de Carvalho chega em Sorocaba para procurar ouro
A sua atual população compõe-se de 1.777 vizinhos, dos quais dois terços são brancos: uns criam gado vacum, e cavalar; outros cultivam algodoeiros, canas-de-açúcar, milho com os mais víveres comuns do país; mas assuas riquezas provêm-lhes das negociações do gado, que vem do sul, e cujos direitos aqui se cobram.

Nos seus contornos há pedra calcárea, e boas pederneiras. O que há de fazer esta vila mui grande, célebre e famosa, é a Real Fábrica de Ipanema, que em distância de duas léguas, ou pouco mais, se está levantando junto à ribeira deste nome, para aproveitar as riquíssimas minas de ferro da Serra Guarassoiava.

No distrito de Birassoiava descobriu-se há largo tempo uma mina de prata,que foi abandonada em razão da sua pobreza, e difícil extração.





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  24/10/2025 02:36:37º de
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Revista do Museu Paulista
1895. Atualizado em 24/10/2025 02:36:37
Relacionamentos
 Cidades (7): Bertioga/SP, Cubatão/SP, Jacareí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Ana Pimentel Henriques Maldonado (1500-1571), Anthony Knivet (1560-1649), Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), Brás Cubas (1507-1592), João Pires Cubas (n.1460), José de Anchieta (1534-1597)
 Temas (21): Bocaína, Boigy, Cabusú, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Cayacangas, Estradas antigas, Guaianás, Ilha de Barnabé, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Nossa Senhora da Escada, Rio Cubatão, Rio Cubatão em Cubatão, Rio Geribatiba, Rio Mogy, Serra da Mantiqueira, Serra de Paranapiacaba, Tamoios, Taperovira, Ururay
Registro mencionado
1. Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba”
3 de março de 1531

Nas sesmarias concedidas a Braz Cubas por d. Anna Pimentel, a 3 de março de 1531 ha referências a essa ilha, que hoje se denomina Barnabé.Passemos a transcrever alguns tópicos: "... a qual terra (sesmaria) está na povoação de São Vicente (Santos ainda não existia nesse tempo) do dito sr. Martim Afonso e a dita terra poderá ser de grandura de duas léguas e meia, pouco mais ou menos, até três léguas por costa e por dentro quanto se puder estender, que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba, assim que pelo braço de mar dentro e mais lhe fazemos doação.

Estas terras de Braz Cubas segundo confrontações do referido documento, conforme se vê no mapa, eram duas e meia a três léguas de costa, desde a foz do Jurubatuba, até o outeiro Guanique, que neste tempo também era ilha, e que se acha á margem esquerda do Rio Cabaçú, no largo do Candinho, costeando as montanhas que ficavam sobre o mar.

Como em todo esse sertão oriental, compreendida esta sesmaria, que estava ainda nessa época infestada pela tribo indômita de Ururay, que se aliavam aos tamoyos no ódio e hostilidades aos portugueses, houve dificuldade em povoar e cultivar essa região, conforme declara o mesmo documento. [Páginas 514 e 515]
Registros mencionados (2)
03/03/1531 - Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba” [25971]
24/04/1537 - Sesmaria [25972]





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  28/10/2025 17:04:59º de
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“Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1797. Atualizado em 28/10/2025 17:04:59
Relacionamentos
 Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Bertioga/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (15) Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Ana Camacho, Ana Pimentel Henriques Maldonado (1500-1571), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Brás Cubas (1507-1592), Caethana/Catharina Ramalho, Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Garrucho, Gaspar da Madre de Deus (82 anos), João Ramalho (1486-1580), Joseph Vaissète (1685-1756), Luis de Góes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Pero Capico, Pierre-François-Xavier de Charlevoix (1682-1761)
 Temas (25): “o Rio Grande”, Caminho do Mar, Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Colinas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Hospitais, Jesuítas, Léguas, Leis, decretos e emendas, Nossa Senhora dos Pinheiros, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, República, Rio Anhemby / Tietê, Rio Mboy, Rio Mogy, Rio Piratininga, Rio Tamanduatei, Santa Casa da Misericórdia, Trópico de Capricórnio, União Ibérica, Vila de Santo André da Borda





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16 de novembro de 1940, sábado
Atualizado em 28/10/2025 04:16:45
“São Paulo e Piratininga”, Jornal Correio Paulistano, 16.11.940. Francisco de Assis Cintra (1897-1953)
Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (2): Francisco de Assis Cintra, Jean de Laet
Temas (10): Guaianás, Guaianase de Piratininga, Léguas, República, São Paulo de Piratininga, Vinho, Ybitiruzú ou Ybiangui, Neve, Rio Iniambis, Colinas
Jornal Correio Paulistano
Data: 1940
Créditos: Página 14
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1600. Atualizado em 25/02/2025 04:39:11
1°. Republica
Houve, na segunda metade do século XVI, duas povoações no planalto da Serra do Mar, nos vastos campos onde deslisava um pequeno rio, ao qual os guaynazes deram o nome de Piratininga. E do nome do riacho surgiu o do planalto: Rio Piratininga - Campos do Piratininga.

Nessa parte da Capitania, as duas povoações viveram algum tempo em vizinhança, tendo uma o nome de São Paulo e outra o de Piratininga. Os nativos, em guerra com os colonos portugueses, atacaram esses povoados, conseguindo destruir um, que não resistiu aos ataques.

E no ano de 1600, a povoação de São Paulo, fundada pelos jesuítas, continuou a viver, enquanto a sua vizinha, Piratininga, era reduzida a cinzas pelos selvagens, que a tomaram e queimaram.

Piratininga foi uma cidadezinha que desapareceu e São Paulo, outra cidadezinha que cresceu, prospetou, agigantou-se e hoje é motivo de orgulho dos paulistas e dos brasileiros. Apesar disso, é comum a confusão que se faz entre esses dois nomes.

1625. Atualizado em 09/10/2025 04:01:50
2°. “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649)
Dizem "povo de Piratininga", em vez de "povo de São Paulo": "piratininganos", em lugar de "paulistanos". O holandês Jean de Laet escreveu duas obras, ambas notáveis: "História da Companhia das Índias Ocidentais" e "O Novo Mundo ou Descrição das Índias Ocidentais", esta última publicada no ano de 1625, na cidade de Leyde (Holanda) pelos famosos editores Elzvier.

O crítico Tromel, de renome internacional, referindo-se ao segundo livro de Laet, diz que ele é de "grande merecimento": Várias foram as edições de tal obra: 1626 (edição "princeps", e holandês); 1630 e 1640 (tradução francesa). Pois bem, esse notável escritor, no Livro XV, capítulo XVII, na parte referente ao Brasil, descreve a Capitania de São Vicente, com as suas povoações. E ai encontramos isto, em tradução do francês para o português:

"Vila de São Paulo: povoação situada sobre uma colina de cento e cinquenta pés de altura, junto da qual passam dois ribeirões. Um desses ribeirões desse do Sul e outro do Oeste, juntando-se ambos ao lado da vila para, unidos, irem despejar-se as suas águas no rio Iniamby. Tem este povoado para o sul, leste e norte, uma linda vista sobre grandes e belos campos que se perdem de vista. Na parte do oeste levanta-se majestosa floresta virgem. A povoação de São Paulo tem 100 (cem) casas mais ou menos duzentos habitantes portugueses, e mestiços, além dos escravizados.

Nela há uma igreja paroquial, dois mosteiros (beneditinos e carmelitas) e um colégio da Companhia de Jesus. O povo vive da criação de ovelhas e da lavoura dos campos. No verão não é muito quente, devido a viração que vem das montanhas, que tempera o calor; no inverno faz muito frio, produzindo geada e ás vezes neve.

As terras próximas são muito férteis, dividindo-se em campos, florestas, encostas e montanhas. Nessas terras, o povo de São Paulo cultiva o trigo, que não tem boa cor. Além dessa cultura, o paulistano se ocupa também do gado. Importam sal, azeite e vinho."

1626. Atualizado em 25/02/2025 04:39:10
3°. Laet
O crítico Tromel, de renome internacional, referindo-se ao segundo livro de Laet, diz que ele é de "grande merecimento": Várias foram as edições de tal obra: 1626 (edição "princeps", e holandês); 1630 e 1640 (tradução francesa). Pois bem, esse notável escritor, no Livro XV, capítulo XVII, na parte referente ao Brasil, descreve a Capitania de São Vicente, com as suas povoações. E ai encontramos isto, em tradução do francês para o português:

"Vila de São Paulo: povoação situada sobre uma colina de cento e cinquenta pés de altura, junto da qual passam dois ribeirões. Um desses ribeirões desse do Sul e outro do Oeste, juntando-se ambos ao lado da vila para, unidos, irem despejar-se as suas águas no rio Iniamby. Tem este povoado para o sul, leste e norte, uma linda vista sobre grandes e belos campos que se perdem de vista. Na parte do oeste levanta-se majestosa floresta virgem. A povoação de São Paulo tem 100 (cem) casas mais ou menos duzentos habitantes portugueses, e mestiços, além dos escravizados.

Nela há uma igreja paroquial, dois mosteiros (beneditinos e carmelitas) e um colégio da Companhia de Jesus. O povo vive da criação de ovelhas e da lavoura dos campos. No verão não é muito quente, devido a viração que vem das montanhas, que tempera o calor; no inverno faz muito frio, produzindo geada e ás vezes neve.

As terras próximas são muito férteis, dividindo-se em campos, florestas, encostas e montanhas. Nessas terras, o povo de São Paulo cultiva o trigo, que não tem boa cor. Além dessa cultura, o paulistano se ocupa também do gado. Importam sal, azeite e vinho."


Isso era a cidade de São Paulo, no princípio do século XVI. Falando da povoação vizinha, de São Paulo, diz o mesmo Jean de Laet, em 1630:

"Houve uma povoação chamada Piratininga, nos campos do Planalto, cerca de 12 léguas da vila de São Vicente. Em Piratininga residiram primeiramente os jesuítas (Antes da fundação de São Paulo), como eles contam, e essa povoação foi saqueada e arrasada no ano de 1600 pelos selvagens brasileiros."

Por ai se verifica que São Paulo é o São Paulo de hoje e Piratininga foi outra povoação, que desapareceu do planalto em 1600, queimada pelos selvagens.

1630. Atualizado em 25/02/2025 04:40:06
4°. Mapas de Jean de Laet e de Jan Jansson
O crítico Tromel, de renome internacional, referindo-se ao segundo livro de Laet, diz que ele é de "grande merecimento": Várias foram as edições de tal obra: 1626 (edição "princeps", e holandês); 1630 e 1640 (tradução francesa). Pois bem, esse notável escritor, no Livro XV, capítulo XVII, na parte referente ao Brasil, descreve a Capitania de São Vicente, com as suas povoações. E ai encontramos isto, em tradução do francês para o português:

"Vila de São Paulo: povoação situada sobre uma colina de cento e cinquenta pés de altura, junto da qual passam dois ribeirões. Um desses ribeirões desse do Sul e outro do Oeste, juntando-se ambos ao lado da vila para, unidos, irem despejar-se as suas águas no rio Iniamby. Tem este povoado para o sul, leste e norte, uma linda vista sobre grandes e belos campos que se perdem de vista. Na parte do oeste levanta-se majestosa floresta virgem. A povoação de São Paulo tem 100 (cem) casas mais ou menos duzentos habitantes portugueses, e mestiços, além dos escravizados.

Nela há uma igreja paroquial, dois mosteiros (beneditinos e carmelitas) e um colégio da Companhia de Jesus. O povo vive da criação de ovelhas e da lavoura dos campos. No verão não é muito quente, devido a viração que vem das montanhas, que tempera o calor; no inverno faz muito frio, produzindo geada e ás vezes neve.

As terras próximas são muito férteis, dividindo-se em campos, florestas, encostas e montanhas. Nessas terras, o povo de São Paulo cultiva o trigo, que não tem boa cor. Além dessa cultura, o paulistano se ocupa também do gado. Importam sal, azeite e vinho."


Isso era a cidade de São Paulo, no princípio do século XVI. Falando da povoação vizinha, de São Paulo, diz o mesmo Jean de Laet, em 1630:

"Houve uma povoação chamada Piratininga, nos campos do Planalto, cerca de 12 léguas da vila de São Vicente. Em Piratininga residiram primeiramente os jesuítas (Antes da fundação de São Paulo), como eles contam, e essa povoação foi saqueada e arrasada no ano de 1600 pelos selvagens brasileiros."

Por ai se verifica que São Paulo é o São Paulo de hoje e Piratininga foi outra povoação, que desapareceu do planalto em 1600, queimada pelos selvagens.

1633. Atualizado em 25/02/2025 04:42:48
5°. Versão latina de “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"). Jean de Laet (1571-1649)
Houve, na segunda metade do século XVI, duas povoações no planalto da Serra do Mar, nos vastos campos onde deslisava um pequeno rio, ao qual os guaynazes deram o nome de Piratininga. E do nome do riacho surgiu o do planalto: Rio Piratininga - Campos do Piratininga.

Nessa parte da Capitania, as duas povoações viveram algum tempo em vizinhança, tendo uma o nome de São Paulo e outra o de Piratininga. Os nativos, em guerra co os colonos portugueses, atacaram esses povoados, conseguindo destruir um, que não resistiu aos ataques.

E no ano de 1600, a povoação de São Paulo, fundada pelos jesuítas, continuou a viver, enquanto a sua vizinha, Piratininga, era reduzida a cinzas pelos selvagens, que a tomaram e queimaram.

Piratininga foi uma cidadezinha que desapareceu e São Paulo, outra cidadezinha que cresceu, prospetou, agigantou-se e hoje é motivo de orgulho dos paulistas e dos brasileiros. Apesar disso, é comum a confusão que se faz entre esses dois nomes.

Dizem "povo de Piratininga", em vez de "povo de São Paulo": "piratininganos", em lugar de "paulistanos". O holandês Jean de Laet escreveu duas obras, ambas notáveis: "História da Companhia das Índias Ocidentais" e "O Novo Mundo ou Descrição das Índias Ocidentais", esta última publicada no ano de 1625, na cidade de Leyde (Holanda) pelos famosos editores Elzvier.

O crítico Tromel, de renome internacional, referindo-se ao segundo livro de Laet, diz que ele é de "grande merecimento": Várias foram as edições de tal obra: 1626 (edição "princeps", e holandês); 1630 e 1640 (tradução francesa). Pois bem, esse notável escritor, no Livro XV, capítulo XVII, na parte referente ao Brasil, descreve a Capitania de São Vicente, com as suas povoações. E ai encontramos isto, em tradução do francês para o português:

"Vila de São Paulo: povoação situada sobre uma colina de cento e cinquenta pés de altura, junto da qual passam dois ribeirões. Um desses ribeirões desse do Sul e outro do Oeste, juntando-se ambos ao lado da vila para, unidos, irem despejar-se as suas águas no rio Iniamby. Tem este povoado para o sul, leste e norte, uma linda vista sobre grandes e belos campos que se perdem de vista. Na parte do oeste levanta-se majestosa floresta virgem. A povoação de São Paulo tem 100 (cem) casas mais ou menos duzentos habitantes portugueses, e mestiços, além dos escravizados.

Nela há uma igreja paroquial, dois mosteiros (beneditinos e carmelitas) e um colégio da Companhia de Jesus. O povo vive da criação de ovelhas e da lavoura dos campos. No verão não é muito quente, devido a viração que vem das montanhas, que tempera o calor; no inverno faz muito frio, produzindo geada e ás vezes neve.

As terras próximas são muito férteis, dividindo-se em campos, florestas, encostas e montanhas. Nessas terras, o povo de São Paulo cultiva o trigo, que não tem boa cor. Além dessa cultura, o paulistano se ocupa também do gado. Importam sal, azeite e vinho."

Isso era a cidade de São Paulo, no princípio do século XVI. Falando da povoação vizinha, de São Paulo, diz o mesmo Jean de Laet, em 1630:

"Houve uma povoação chamada Piratininga, nos campos do Planalto, cerca de 12 léguas da vila de São Vicente. Em Piratininga residiram primeiramente os jesuítas (Antes da fundação de São Paulo), como eles contam, e essa povoação foi saqueada e arrasada no ano de 1600 pelos selvagens brasileiros."

Por ai se verifica que São Paulo é o São Paulo de hoje e Piratininga foi outra povoação, que desapareceu do planalto em 1600, queimada pelos selvagens.





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18 de janeiro de 1948, domingo
Atualizado em 28/10/2025 04:16:45
Introdução à História das bandeiras - XXII. Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jornal A Manhã
Cidades (5): Lisboa/POR, Porto Seguro/BA, Potosí/BOL, Santa Cruz de La Sierra/BOL, Sorocaba/SP
Pessoas (7): Anthony Knivet, Antônio Raposo Tavares, Felippe Guilhem, Jaime Zuzarte Cortesão, Martim Correia de Sá, Pedro Lozano, Ruy Diaz de Guzman
Temas (18): Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Ilha Brasil, Curiosidades, Jesuítas, Lagoa Dourada, O Sol, Ouro, Peru, Rio Amazonas, Rio Araguaia, Rio da Prata, Rio Grande ou Guapaí, Rio Madeira, Rio Maranhão, Rio Paraguay, Rio Sapucaí, Sabarabuçu
Jornal A Manhã
Data: 1948
Créditos: Página 8
    Registros relacionmados
1522. Atualizado em 24/08/2025 23:52:09
1°. Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a procurar a célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente

1526. Atualizado em 25/02/2025 04:46:46
2°. Segundo as noções geográficas de então, a região de São Vicente localizava-se nas vizinhanças das ricas terras do Peru e das minas de Potosi, e os sertões ainda inexplorados, uma terra incógnita situada entre o rio Paraná e a costa, já visitados por ingleses em 1526
Aliás, até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Desviando muito para o leste o curso do Prata-Paraguai, para abranger na soberania portuguesa todo ou quase todo o vale platino, resultava que o Tocantins-Araguaia ocupava nas cartas da primeira metade do século XVII o lugar que na realidade pertencia ao Tapajoz e ao Madeira-Guaporé.

20 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 09/10/2025 02:00:10
3°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias

11 de fevereiro de 1584, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:36
4°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe

15 de maio de 1648, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:55:15
5°. Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui
Aliás, até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Desviando muito para o leste o curso do Prata-Paraguai, para abranger na soberania portuguesa todo ou quase todo o vale platino, resultava que o Tocantins-Araguaia ocupava nas cartas da primeira metade do século XVII o lugar que na realidade pertencia ao Tapajoz e ao Madeira-Guaporé.

15 de fevereiro de 1929, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:08:26
6°. Estrada Real, Koboyama

16 de fevereiro de 2023, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:32:37
7°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?





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“O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649)
1625. Atualizado em 09/10/2025 04:01:50
Relacionamentos
 Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Mogi Mirim/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Jean de Laet (54 anos), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Wilhelm Jostten Glimmer (45 anos)
 Temas (33): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bacaetava / Cahativa, Bilreiros de Cuaracyberá, Bituruna, vuturuna, Cahaetee, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Cananéas, Capitania de São Vicente, Carmelitas, Cruzes, Estradas antigas, Léguas, Marinha, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Neve, Nossa Senhora de Montserrate, Portos, República, Rio Anhemby / Tietê, Rio Iniambis, Rio Piratininga, Rio Sorobis, S Miguel do Ybituruna, Sabarabuçu, São Filipe, São Miguel das Missões, São Miguel dos Ururay, São Paulo de Piratininga, Serra de Paranapiacaba, Serra do Mar, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Vinho

    9 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  “São Paulo e Piratininga”, Jornal Correio Paulistano, 16.11.940. Francisco de Assis Cintra (1897-1953)
16 de novembro de 1940, sábado
Dizem "povo de Piratininga", em vez de "povo de São Paulo": "piratininganos", em lugar de "paulistanos". O holandês Jean de Laet escreveu duas obras, ambas notáveis: "História da Companhia das Índias Ocidentais" e "O Novo Mundo ou Descrição das Índias Ocidentais", esta última publicada no ano de 1625, na cidade de Leyde (Holanda) pelos famosos editores Elzvier.

O crítico Tromel, de renome internacional, referindo-se ao segundo livro de Laet, diz que ele é de "grande merecimento": Várias foram as edições de tal obra: 1626 (edição "princeps", e holandês); 1630 e 1640 (tradução francesa). Pois bem, esse notável escritor, no Livro XV, capítulo XVII, na parte referente ao Brasil, descreve a Capitania de São Vicente, com as suas povoações. E ai encontramos isto, em tradução do francês para o português:

"Vila de São Paulo: povoação situada sobre uma colina de cento e cinquenta pés de altura, junto da qual passam dois ribeirões. Um desses ribeirões desse do Sul e outro do Oeste, juntando-se ambos ao lado da vila para, unidos, irem despejar-se as suas águas no rio Iniamby. Tem este povoado para o sul, leste e norte, uma linda vista sobre grandes e belos campos que se perdem de vista. Na parte do oeste levanta-se majestosa floresta virgem. A povoação de São Paulo tem 100 (cem) casas mais ou menos duzentos habitantes portugueses, e mestiços, além dos escravizados.

Nela há uma igreja paroquial, dois mosteiros (beneditinos e carmelitas) e um colégio da Companhia de Jesus. O povo vive da criação de ovelhas e da lavoura dos campos. No verão não é muito quente, devido a viração que vem das montanhas, que tempera o calor; no inverno faz muito frio, produzindo geada e ás vezes neve.

As terras próximas são muito férteis, dividindo-se em campos, florestas, encostas e montanhas. Nessas terras, o povo de São Paulo cultiva o trigo, que não tem boa cor. Além dessa cultura, o paulistano se ocupa também do gado. Importam sal, azeite e vinho."

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
A expedição fora resgatar com bilreiros. Bilreiros, segundo alguns cronistas (Simão de Vasconcellos, João de Laet), eram nomes portugueses que em tupi designavam os ibirajaras; porque usavam como armas paus ou lanças de madeira. [Página 332]





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Relato de Pedro Sarmiento
31 de dezembro de 1579, segunda-feira. Atualizado em 26/10/2025 09:19:40
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 Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Pedro Sarmiento de Gamboa (47 anos)
 Temas (4): Rei Branco, Neve, Pão de Açucar, Santa Catarina





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1597
Atualizado em 28/10/2025 04:16:47
Roteiro Knivet
Cidades (17): Araçoiaba da Serra/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Jundiaí/SP, Juquiá/SP, Mogi das Cruzes/SP, Paraty/RJ, Peruíbe/SP, Santo André/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Sebastião/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP, Bragança Paulista/SP
Pessoas (1): Anthony Knivet
Temas (17): Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Itapeva (Serra de São Francisco), Japão/Japoneses, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Pories, Rio Juquiá, Rio Sorocaba, Rodovia Raposo Tavares, Tamoios, Tupiniquim, Caminhos até Ypanema, Rio Jaguari, Morro do Lopo
Primeiro Congresso Nacional de História Nacional
Data: 1915
Créditos: Página 367(mapa(.284.(.283.(.282.
    1 fonte
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Jean de Laet esteve no Brasil
1596. Atualizado em 25/02/2025 04:40:05
Relacionamentos
 Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Mogi Mirim/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Jean de Laet (25 anos)
 Temas (23): Açúcar, Bairro Itavuvu, Belgas/Flamengos, Caminho de Curitiba, Estradas antigas, Fazendas, Léguas, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Rio Anhemby / Tietê, Rio Iniambis, Rio Sorobis, Sabarabuçu, Serra de Araçoiaba, Serra de Paranapiacaba, Tordesilhas, Portos, Marinha, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Caminho de Piratininga, Carmelitas, Serra do Mar, Colinas





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glimmer
1592. Atualizado em 24/10/2025 04:14:36
Relacionamentos
 Cidades (3): São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Mogi Mirim/SP
 Pessoas (2) Francisco de Sousa (52 anos), Wilhelm Jostten Glimmer (12 anos)
 Temas (26): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Rio Anhemby / Tietê, Rio São Francisco, São Miguel das Missões, São Miguel dos Ururay, Rio Sapucaí, Rio Sorobis, Nheengatu, Arqueologia, Rio Paraguay, Canôas, O Sol, Capitania de São Vicente, Cabo Frio, Sarapuy / Sapucay, Léguas, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Ouro, Metalurgia e siderurgia, Caminho de Piratininga, Grunstein (pedra verde), Serra de Paranapiacaba, Capitania do Espirito Santo, Cachoeiras





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28 de junho de 2013, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 04:16:47
“Terra sem mal”
Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Temas (3): Cavalos, Guaranis, Terra sem mal
    1 fonte
  0 relacionadas




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  23/10/2025 17:17:20º de
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1 de janeiro de 2011, sábado
Atualizado em 28/10/2025 04:16:48
Reduções jesuítico-guarani: espaço de diversidade étnica, 2011. André Luis Freitas da Silva. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em História. Área de concentração: História, Região e Identidades. Orientadora: Profa. Dra. Càndida Graciela Chamorro Argüello
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (14): Antonio Ruiz de Montoya, Cacique Pindoviiú, Cacique Tayaobá, Domingo Martinez de Irala, Francisco Diaz Tanho, Luis de Céspedes García Xería, Nicolas del Techo, Nicolas Mastrillo Duran, Pedro de Espiñosa, Pedro de Molas, Roque Gonzálies de Santa Cruz, Simão Álvares Martins (Jorge), Simão Macetta, Tataurana
Temas (33): Aldeia de Los angeles, Bilreiros de Cuaracyberá, Bituruna, vuturuna, Cabeludos/Coroados, Caciques, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Encarnação, Engenho(s) de Ferro, Gados, Gualachos/Guañanas, Guayrá, Jê, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Minas de Tambó, Missões/Reduções jesuíticas, Nheengatu, Nossa Senhora de Loreto del Pirapó, Piqueri, Porcos, Redução Inmaculada Concepción, Redução Santo Thomé, Rio Huybay, Rio Iguassú, Rio Latipagiha, Rio Paranapanema, Rio Tepotiata, Rio Uruguai, San Antonio del Iñiay, Taiati (São Francisco Xavier), Vinho, Ybitirembá
    Registros relacionmados
26 de março de 1553, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
1°. Chegada a Kariesseba

1556. Atualizado em 25/02/2025 04:42:50
2°. Fundação de Ciudad Real or "El Gauirá"

Janeiro de 1590. Atualizado em 23/10/2025 15:39:23
3°. Nova expedição com 50 homens*
Um dado importante sobre os Ybirayara é fornecido pelos jesuítas Thomas Filds e Manoel Ortega, que no ano de 1590 realizaram missões itinerantes nas cidades espanholas de Villa Rica e Ciudad Real. De acordo com esses religiosos, uma peste assolou as populações indígenas que habitavam os arredores dessas cidades. Entre as populações atingidas, estavam os Ybirayara, outrora amigos dos espanhóis, conforme os religiosos da Companhia de Jesus. Se converteram em inimigos ferozes dos mesmos, sendo suas parcialidades calculadas em 10 mil índios de guerra.

1610. Atualizado em 25/02/2025 04:45:17
4°. Reduções no Tibagi
Fundação de Nuestra Señora de Loreto del Pirapó Guairá. Transmigrou ao final de 1631, chegando ao mês de março de 1632, à margem do Rio Yabebuirí, afluente da margem esquerda do Rio Paraná. [p. 80]

Quando os padres jesuítas se estabeleceram efetivamente no Guairá no ano de 1610, iniciou-se uma nova frente expansionista no interior da província em sequência a expansão promovida por Domingo Martinez Irala, em 1557, com a fundação da Ciudad Real. Nessa frente missionária, os religiosos passaram a contatar no Guairá, além das populações falantes do idioma Guarani, outras populações nativas. [p. 97]

1622. Atualizado em 25/02/2025 04:47:08
5°. Fundação
No Guairá, a organização de reduções com populações consideradas como não pertencentes aos Guarani, inicia-se em 1622 com o deslocamento de um grupo de jesuítas a partir das reduções do Paranapanema para áreas localizadas mais ao sul, nos vales dos rios Ivai, Tibagiba e Piquiri que banhavam terras habitadas por populações Guarani e Guañana. Essas novas povoações organizadas pelos jesuítas se estenderam até a margem direita do Rio Iguaçu, convertendo-se num caminho de ligação entre as reduções do Guairá, Paraná e Uruguai.

1626. Atualizado em 25/02/2025 04:47:01
6°. São Roque Gonzales fundou quatro Reduções: Candelária, Caaçapa-Mirim, Assunção do Juí e Caaró
Siete Arcángeles del Tayaoba - Foi organizada em 1626 na terra de um poderoso cacique chamado Tayaoba. “Este nombre fue de uno principal cacique gobernador de muchos pueblos, del cual tomó toda aquella provincia el nombre”. Para Cristina dos Santos e Tiago Baptista, “foi na principal redução do Guairá que uma legítima experiência de convívio entre culturas distintas se realizou: Los Angeles de los Tayaobá”, onde “30 caciques são tanto de parcialidade Guarani, quanto Jê”. Sobre esta redução Montoya observou o seguinte:

Estão nesta redução os Padres Pedro de Espinosa e Padre Nicolás Ernacio, ardorosos obreiros da vinha do Senhor, que com seu grande zelo e solicitude fizeram muito bem aquela redução, tornando nossa casa e Igreja muito capazes que com ter nesta redução tantos gente, nela cabem todos, trabalhando no espiritual sem cansar e no temporal de uma forma que pode competir com os antigos, já têm vacas, cabras e ovelhas e tudo se faz muito bem, é terra muito fértil e com o cuidado dos Pais, em poucos anos haverá abundância de tudo, plantaram uma boa vinha e um canavial e fizeram um bom pomar com o qual terão muitos presentes. O gado já começa a parir com o fato de já ter leite e manteiga e fazer queijo. Já existe uma multiplicação muito boa do rebanho suíno.

(...)

Siete Arcángeles del Tayaoba

Foi organizada em 1626 na terra de um poderoso cacique chamado Tayaoba. “Este nombre fue de uno principal cacique gobernador de muchos pueblos, del cual tomó toda aquella provincia el nombre”. Para Cristina dos Santos e Tiago Baptista, “foi na principal redução do Guairá que uma legítima experiência de convívio entre culturas distintas serealizou: Los Angeles de los Tayaobá”, onde “30 caciques são tanto de parcialidade Guarani, quanto Jê”. Sobre esta redução Montoya observou o seguinte:

Están en esta reducción los Padres Pedro de Espinosa y el Padre NicolásErnacio muy fervorosos obreros de la viña del Señor, los cuales con su grancelo y solicitud han puesto aquella reducción muy buena haciendo nuestracasa e Iglesia muy capaz que con haber en esta reducción tanta gente, todacabe en ella, trabajando en lo espiritual sin cansarse y en lo temporal demanera que puede competir con las antiguas, tienen ya vacas, cabras yovejas y se da todo muy bien, es tierra muy fértil y con el cuidado de los Padres dentro de pocos años habrá mucha abundancia de todo, han plantadouna buena viña y cañaveral y hecho una buena huerta con que tendránmucho regalo. El ganado comienza ya a parir con que tienen ya leche ymanteca y hacen quesos. Hay ya muy buena multiplicación del ganado decerdo274.De maneira semelhante ao caso do cacique Pindoviiú que procurou o padre Montoyapara solicitar redução, também o fez o cacique Tayaoba, mas agindo de outra maneira. Aosaber que religiosos estavam reunindo populações e organizando grandes povoados, Tayaobaenviou uma pequena embaixada liderada por seu filho mais velho, que ia acompanhado de ummorubixaba chamado Maendi para entrarem na redução de São Francisco Xavier a fim dedescobrirem como os padres agiam e como era a vida dos reduzidos.

Desta forma, eles entraram na redução dizendo-se serem naturais do Ybitiruna, localonde mais tarde veio a ser organizada a redução de San Miguel, com índios Camperos. “Oshóspedes, sob a capa de desconhecidos, podiam notar tranquilamente tudo quanto se passavano povo reduzido”. No entanto, passado algum tempo o padre Francisco Dias Taño descobriua procedência do grupo. “Já sei, meus filhos, quem sois e não ignoro o motivo de vossa vinda nosso povoado! [...] Ficaram os hospedes ainda oito dias e, como tinham tirado as perucas, dobraram-se as festas e as manifestações de amizades” 275.

Tayaoba sabia que os jesuítas vinham se dirigindo para suas terras a fim de contatá-lo e antecipara-se, pois, em tempos passados este cacique juntamente com outros caciques fora enganado por espanhóis de Vila Rica e presos. Os encomendeiros aprisionaram-no, obrigando-o a enviar um grande número de indígenas para trabalharem nas encomiendas. Na prisão, alguns caciques que não quiseram trair seu povo, acabaram perecendo de fome. Tayaoba conseguiu escapar da prisão, e conduziu sua parcialidade para lugares remotos. Proibindo e coibindo a entrada em suas terras de qualquer espanhol 276.

Ao enviar uma falsa embaixada, ele tentava descobrir a real intenção dos jesuítas, e dependendo do resultado ele poderia antecipar-se às ações dos mesmos. Tal como ir para guerra contra os padres e seus índios aliados, se evadir novamente ou se reduzir. A última opção foi a escolhida.

O cacique Tayaoba tinha 28 filhos com diferentes mulheres e era senhor de 80 caciques, 60 dos quais aceitaram se reduzir. Para marcar o local da redução foi erguida uma cruz de sete braças de altura com acompanhamento de 300 índios277. O padre Montoya observava que os tayaobas, antes inveterados antropófagos, haviam estabelecido fortes laços de amizade com seus antigos inimigos, os Gualachos. Hechóse esto de ver en el trato y acogida que hacen estos indios a los gualachos. Eran estas dos naciones enemigas mortales matándose y cautivándose perpetuamente de una parte y de otra sin remedio alguno que para esto se pusiese. Pero ahora después que han recibido el Santo evangelio así estos como aquellos ya no como enemigos capitales, pero como unos muy grandes amigos se tratan todos ellos, viniendo los gualachos al Tayaoba y estos yendo a la tierra y pueblos de los gualachos. Hiciéronse estas amistades ahora año y medio o cerca de dos años. [p. 104, 105, 106 e 107]

1628. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10
7°. “Do lado espanhol”
Concepción de los Lanceros Guañanas

Foi organizada em 1628 albergando uma população considerada exclusivamente não Guarani259. Estava a um dia de caminhada do Tambo das Minas de Ferro, local onde os espanhóis de Villa Rica extraíam minério para confecção de instrumentos de ferro para o uso diário.

Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652) observava que “como esta reducción está junto al tambo donde los españoles cultivan el, ha acudido el padre a la administración de los sacramentos así de los españoles como de los indios”. Assim como observou Nicolas del Techo (1611-1680) ao comentar que “gualachíes frecuentaban las minas de hierro que los españoles tenían cerca del Piquiri”. Para o arqueólogo Oldemar Blasi262, as minas do tambo estariam atualmente localizadas no interior do município paranaense de Nova Cantu, às margens do Rio Cantu, afluente da margem direita do Rio Piquiri.

Os padres ergueram a redução de Concepción neste local devido à solicitação dos índios Chiqui. Como observamos anteriormente, esta era uma parcialidade de índios Gualacho. Conforme Techo, “los indios chiquitos que vivían al otro lado del Piquiri enviaron un hombre solicitando que los misioneros fundasen una reducción en su país”.

Antes de darem início à nova redução, os padres Montoya e Diaz Taño permaneceram oito meses realizando missões nas terras dos Gualachos e na cidade espanhola de Vila Rica, devido a uma peste que assolava essas terras. Após este período, os padres se deslocaram para a região onde seria erguida a nova redução.

[Que] estaba situada en las tierras de Cohé, cacique cuyos cinco hijos gobernaban las aldeas próximas. Los habitantes de otros lugares vecinos también querían establecerse en la nueva población. Procedió á erigir la cruz, á lo cual se hallaron presentes innumerables indios, y se echaron los cimientos del pueblo, que fue consagrado á la Inmaculada Concepción. Al poco tiempo se presentó á los religiosos Curiti, cacique poderoso entre los gualachíes, y prometió en nombre de sus vasallos fundar con éstos una población ó unirse á los moradores de la Concepción si esto último parecía mejor. [Páginas 101, 102 e 103]

Outubro de 1628. Atualizado em 25/02/2025 04:46:53
8°. Carta do Padre Espinosa ao governador do Paraguai D. Luis de Céspedes Xeria*
Além disso, por volta de 1627 o governador do Paraguai Luis de Céspedes esteve em Vila Rica do Espírito Santo, onde pretendia visitar a redução de Sete Arcanjos. Sua intenção era levar como escolta, além do efetivo militar que o acompanhava, mais um esquadrão de Gualachos Ybirayaras. Fato que levou o religioso Pedro Espinosa a tentar “dissuadi-lo de visitar as reduções, como indica acompanhado de 100 soldados e 400 Gualachos; se você não quer que os índios medrosos entrem no mato como veados, com medo na montanha” [Páginas 104, 105 e 106]

20 de março de 1629, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:53
9°. Na mesma ocasião em que Bicudo de Mendonça ocupava a redução de São Miguel, caia, a 20 de março de 1629, uma outra expedição, destacada do exército de Manuel Preto, e comandada por Manuel Mourato, sobre a aldeia de Jesus Maria

Dezembro de 1631. Atualizado em 25/10/2025 04:28:56
10°. Nuestra Señora de Loreto del Pirapó transmigrou*

Março de 1632. Atualizado em 25/02/2025 04:41:07
11°. Nuestra Señora de Loreto del Pirapó chegando à margem do Rio Yabebuirí, afluente da margem esquerda do Rio Paraná*

1673. Atualizado em 24/10/2025 21:49:47
12°. Publicada em Lieja "Historia de la Provincia del Paraguay y de la Compañía de Jesús"





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Martim Afonso fundeou no Rio de Janeiro
30 de abril de 1531, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:42:21
Relacionamentos
 Cidades (2): Cananéia/SP, Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (6) Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (24 anos), Domingos Luís Grou (31 anos), Martim Afonso de Sousa (31 anos), Pero Lopes de Sousa (34 anos), Piqueroby (51 anos)
 Temas (8): Caminho do Mar, Estradas antigas, Ouro, Peru, Prata, Rio da Prata, Rio Paraguay, Tamoios





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1625
Atualizado em 28/10/2025 05:02:27
“As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”
Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, Potosí/BOL, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP
Pessoas (3): Anthony Knivet, Isabel de Aragão ou Santa Isabel, Pedro Sarmiento de Gamboa
Temas (16): Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Caucaya de Itupararanga, Colinas, Japão/Japoneses, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Peru, Represa de Itupararanga, Rio Anhemby / Tietê, Rio Itararé, Rio Jaguari, Sabarabuçu, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra de Jaraguá
Anthony Knivet em Sorocaba
Data: 1915
Créditos: Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e EtnográficasPágina 381
    5 fontes
  1 relacionada

1°. Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923)
1883
Do Espirito Santo ha certeza que Domingos Martins Cão fez uma expedição a procura das esmeraldas por ordem de D. Francisco de Sousa, quando este ainda estava na Bahia, isto é, antes de 1598. Ha ainda notícia de uma expedição feita no mesmo ou no seguinte ano por ordem de D. Francisco de Sousa. Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600.  ver mais


    Registros relacionados
11 de fevereiro de 1584, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:36
1°. Pedro Sarmiento de Gamboa funda a Ciudad Real de Felipe
1592. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
2°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
Do Espirito Santo ha certeza que Domingos Martins Cão fez uma expedição a procura das esmeraldas por ordem de D. Francisco de Sousa, quando este ainda estava na Bahia, isto é, antes de 1598. Ha ainda notícia de uma expedição feita no mesmo ou no seguinte ano por ordem de D. Francisco de Sousa. Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600.
14 de agosto de 1601, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:59
3°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru
Aqui os canibais não estime mais de ouro, ou pedras preciosas, então Armazene de ouro. de todas as pedras nas ruas: se os espanhóis tivessem conhecidos deste País, eles não precisavam ter ido para Peru, não há igual para todos os ricos metais e muitos tipos de pedras preciosas. Neste lugar Eu vivi dezoito meses, e fui nu como os Canibais fez.

Depois que tivemos Passando por este País, chegamos a um Rio que corre de Tucumã para o Chile, onde demoramos quatro dias fazendo Canoas passar o Rio, pois havia tantos crocodilos, que não ousávamos passar por medo deles: depois de passarmos por este Rio, chegamos à Montanha de todos Metais.

Neste local há vários espanhóis e portugueses foram, e certos homens fora da lei foram lançados em terra nesta costa por um tal Pedro de Sarmiento, que veio a este lugar, e instalou uma grande Cruz, e nela escreveu que o País era o Rei da Espanha; o que eu publiquei, e escrevi que era a Rainha da Inglaterra.

Esta colina é de diversos tipos de Metais, Cobre e Ferro, algum Ouro, e grande estoque de Quicke-prata. É muito alto, e totalmente nua, sem nenhuma árvore. Aqui também foi feita uma igrejinha, onde encontramos duas imagens, uma de Nossa Senhora e outra de Cristo crucificado.

Quando os Tamoyes viram aqueles sinais, pensaram que eu os havia traído, e (de fato) fiquei pasmo, pensando que havíamos estado em alguma parte do Rio da Prata, e porque os índios não deviam desanimar, mostrei minha auto-estima. para ficar muito feliz, e disse-lhes que eu sabia que eram sinais que meus conterrâneos costumavam fazer quando vinham para países estranhos: com essas convicções fiz os Tamoyes virem em sua jornada para o Mar; caso contrário, se eu lhes dissesse que havia uma caixa montada pelos espanhóis, o medo de que os pobres canibais estivessem nelas tinha caixa o suficiente para fazer com que todos voltassem de onde vieram. Por fim, chegamos ao Mar, como eu lhe disse, à Cidade dos Cariyohs: esta Cidade fica em um belo lugar agradável, perto da costa em uma bela baía, onde cem
16 de maio de 2023, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:55
4°. História do Brasil (João Ribeiro), consultado em Wikipédia




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1756
Atualizado em 28/10/2025 05:02:28
“New and Accurate History of South America”, de Richard Rolt, e “Histoire De Nicolas I Roy Du Paraguai, Et Empereur Des Mamelus”
Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (1): Sergio Buarque de Holanda
Temas (6): Geografia e Mapas, Habitantes, Ouro, República, Serra de Paranapiacaba, Diamantes e esmeraldas
A New and Accurate History of South America
Data: 1756
Créditos: Richard RoltPágina 551
    1 fonte
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  25/02/2025 04:46:44º de
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Carta de José de Anchieta escrita de São Vicente: parte III
27 de maio de 1560, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:44
Relacionamentos
 Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) José de Anchieta (26 anos)
 Temas (7): Apiassava das canoas, Boigy, Diamantes e esmeraldas, Lagoa Dourada, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Vutucavarú, Pela primeira vez





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  26/08/2025 22:19:31º de
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1541
Atualizado em 28/10/2025 04:15:44
O primeiro relato impresso sobre o Eldorado foi de Gonçalo de Oviedo
Temas (6): El Dorado, Pela primeira vez, Ouro, Caciques, Lagoa Dourada, Diamantes e esmeraldas
    1 fonte
  1 relacionada

1°. O mito do eldorado: origem e significado do imaginário su-lamericano (século XVI)
1997
O primeiro relato impresso sobre o Eldorado foi de Gonçalo de Oviedo, em 1541 (História general y natural de las Índias). Segundo esse cronista, um príncipe indígena diariamente se cobria com uma espécie de resina, sobre a qual era aplicado ouro em pó por toda a extensão de seu corpo.

A repercussão desse depoimento para a mentalidade do período foi fundamental. Não se encontrou em nenhuma cultura indígena até aquele momento, uma utilização de riquezas de tal modo - característica de um raça muito rica e portadora de fabulosas riquezas. Essa tradição do homem dourado, advinda deinformações indígenas, foi baseada em um culto religioso dos Chibcha (situados na Colômbia). Várias pesquisas arqueológicas atuais confirmam a autenticidade deste episódio, que desapareceu antes da conquista.

Na cultura Chibcha, os chefes viajavam em liteiras adornadas com ouro e feixes deste metal penduradas na porta do palácio.

Cavernas, montanhas, lagos e templos eram considerados lugares sagrados onde os deuses recebiam ouro e esmeraldas.

“A cerimônia que inflamou a imaginação dos soldados espanhóis, entretanto, era a praticada quando um novo chefe assumia o poder. Em talocasião, o iniciado era coberto com resina e envolto em ouro em pó. Fulgurante da cabeça aos pés, era levado em uma canoa ao centro da lagoa sagrada. Enquanto seus súditos lançavam da praiaoferendas à agua, ele mergulhava para retirar o ouro, que permanecia no fundo do lago” (MEGGERS, 1985. p. 134).

Apesar de especialistas modernos negarem a vinculação desse episódio indígena com o mito espanhol (RAMOS PÉREZ, 1995, p.281), a sua confirmação atual é um consenso entre os arqueólogos colombia nos e norte-americanos. O cacique de Guatavita (lago da Colômbia) mantinha um grande poder econômico e político em diversas regiões indígenas através do misterioso culto do encobrimento com ouro (FERNANDO PÉREZ, 1990, p. 03).  ver mais




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  13/02/2025 06:42:31º de
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Abril de 2019
Atualizado em 28/10/2025 05:02:28
Temporalidades - Revista de História 04.2019*
Cidades (3): Belo Horizonte/MG, Ouro Preto/MG, Sorocaba/SP
Pessoas (1): Claudio Manoel da Costa
Temas (3): Cataguazes, Itacolomy, Ouro
    Registros relacionados
5 de junho de 1729, domingo. Atualizado em 02/07/2025 23:36:01
1°. Nascimento
1768. Atualizado em 25/02/2025 04:46:39
2°. “Fábula do ribeirão do Carmo”, publicada primeiro no volume de suas Obras, impresso longe, em Coimbra, em 1768
A partir dos poemas do poeta Claudio Manoel da Costa (1729-1789), o Itacolomi recebeu maior destaque como referência para se localizar as Minas de Cataguases. Referência retomada a partir dos movimentos de exaltação de Ouro Preto na história regional. (TORRES, 2014; 2016)
1773. Atualizado em 25/02/2025 04:46:40
3°. Poema
19 de dezembro de 1891, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:46:39
4°. José Palmella
O editorial do Jornal Mineiro (24 out. 1897, p. 1) reafirmava as crenças no potencial econômico de Ouro Preto, dizendo que ela tinha elementos para prosperar e que a sua riqueza era admirada e desejada pelo mundo inteiro. Depositava esperanças de que o “tesouro mineiro” atrairia uma grande população e seria o centro de grandes indústrias.

Tomando o Itacolomi como a paisagem da cidade e por estar inserido na porção mineirade maior ocorrência de camadas auríferas e de minério de ferro, os antimudancistas anunciaram que seria a partir dele que os capitais estrangeiros afluiriam para o estado e trariam glórias para Minas Gerais.

Nas palavras de um deles, o literato José Palmella,

[...] a cidade de Ouro Preto renasce e se desperta do seu profundo leito de ferro, e mármore para apresentar-se ao mundo, que a supunha já morta, com a sua fronte cingida de brilhantes, [...] abaixo do Gigantesco Itacolomy, [...] que parecia, naquela imponente elevação, aplaudir e alegrar-se por esta festa industrial, que simboliza mais um triunfo, mais um brilhante hino em homenagem ao grande soberano do mundo civilizado – O Progresso; [...] e apontado com a sua mão altaneira aos estrangeiros, que desejarem tomar assento em suas frescas montanhas, dizendo-lhes: Eis aí as ricas minas de ouro, ferro, mármore, etc.EXPLORAI E ENRIQUECEI, TRANSFORMAI E CIVILIZAI. Subi, subi para o zimbório da luz da liberdade e do progresso. (PALMELLA, 19 dez. 1891, p. 4; 29 dez. 1891, p. 2; 13 jan. 1892, p. 3 e 4).

Com essas colocações, o literato retomou a indicação do Pico como uma referência geográfica para a região por onde o desenvolvimento avançaria, transformando-o num “emblema orográfico” das riquezas. As crônicas coloniais sobre os descobrimentos das minas assinalam diversos picos que foram observados pelos bandeirantes para localizar os vales e serras auríferas, como Itatiaiaçu, Itacolomi, Itabirito, Itabira, etc.
12 de dezembro de 1897, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:40:33
5°. A cidade de Belo Horizonte foi fundada
1940. Atualizado em 25/02/2025 04:46:39
6°. Poema
2019. Atualizado em 25/02/2025 04:46:39
7°. Fábula de Cláudio Manuel da Costa: mineração e poesia em situação colonial, 2019. Sérgio Alcides. Universidade Federal de Minas Gerais




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  31/10/2025 20:16:28º de
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1957
Atualizado em 28/10/2025 05:02:29
“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (70): 2º conde do Prado, Afonso Sardinha "Moço", Afonso Sardinha, o Velho, Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca, Antônio de Alcântara Machado, Antônio de Macedo (ou Saavedra), Antônio de Sousa, Balthazar Fernandes, Bartolomeu de Torales, Belchior da Costa, Belchior Dias Carneiro, Cacique de Carapicuíba, Cacique de Ybyrpuêra, Catarina de Áustria, Clemente Álvares, Cristóvão de Moura e Távora, Diogo "Arias" de Aguirre, Diogo de Quadros, Diogo Dias, Diogo Garcia de Moguér, Diogo Gonçalves Lasso, Domingos Luís Grou, Francisco Correa, Francisco da Gama, Francisco de Sousa, Francisco Ramalho Tamarutaca, Frei Vicente do Salvador, Frutuoso da Costa, Gabriel da Peña, Gabriel Soares de Sousa, Gaspar Dias, George Marcgrave, Gonçalo Camacho, Gregório Ramalho, Guiraberá, Hernando de Trejo y Carvajal, Hilaria Luis Grou, Jean de Laet, Jerônimo Leitão, João de Prado, João Fernandes Saavedra, João Nunes Bicudo, João Pereira Botafogo, João Pereira de Souza, João Ramalho, João Soares, José Cataldino, José de Anchieta, José Pompeu de Almeida, Lourenço Gomes Ruxaque, Manuel de Paiva, Manuel Veloso, Maria da Peña, Maria Gonçalves "Sardinha", Maria Gonçalves, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar, Mateus Luís Grou, Nicolas del Techo, Nicolau Barreto, Pedro Leitão, Pero Correia, Pero Lobo, Pero Lopes de Sousa, Sebastião de Freitas, Simão de Vasconcelos, Taubici, Tomé de Sousa, Ulrico Schmidl, Washington Luís Pereira de Sousa, Wilhelm Jostten Glimmer
Temas (37): Açúcar, Aldeia de Tabaobi, Ambuaçava, Bilreiros de Cuaracyberá, Butantã, Calçada de Lorena, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Colinas, Estevão Ribeiro "o Velho", Estradas antigas, Guanga, Guerra de Extermínio, Ibirapariyara (Jesus Maria de Ibiticaraíba), Jaguaporecuba, Jeribatiba (Santo Amaro), Lagoa Dourada, Léguas, Maria Leme da Silva, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora de Montserrate, Paranambaré, Rio Anhemby / Tietê, Rio da Prata, Rio Geribatiba, Rio Jaguari, Rio Paraguay, Rio Pinheiros, Rio Piratininga, S Miguel do Ybituruna, São Paulo de Piratininga, Serra de Jaraguá, Taiati (São Francisco Xavier), Tordesilhas, Ururay
Na capitania de São Vicente
Data: 1957
Créditos: Washington Luís (1869-1957)Página 263
    1 fonte
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    Registros relacionados
26 de agosto de 1522, sábado. Atualizado em 27/10/2025 07:58:02
1°. Domingos Luis Grou “adquiriu” terras vizinhas as concedidas nativos de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba
A verdade é que o primeiro Domingos Luís Grou possuía uma data de terra, que vizinhava com a sesmaria concedida aos índios de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba, como reza a provisão de Jerônimo Leitão passada a 12 de outubro de 1582, em S. Vicente, e registrada na Câmara da vila de S. Paulo em 26 de agosto de 1522 (Registro Geral,vol. 1º, págs. 354 a 357).
1 de janeiro de 1527, sábado. Atualizado em 25/10/2025 23:19:23
2°. Chegada de Diogo Garcia de Moguer
Comandando uma expedição, partida de Corunha em 1526, com o fim de explorar o Rio da Prata, Diogo Garcia chegou a S. Vicente a 15 de janeiro de 1527 – cinco anos antes de Martim Afonso – e, narrou ter encontrado o bacharel e seus genros, aí moradores mucho tiempo haque ha bien 30 años. Deles comprou um bergantim, se abasteceu de água, lenha e todo o necessário para a viagem, contratou um dos genros por língua (intérprete) até o Rio da Prata.

De acordo com todos os seus oficiais, contadores e tesoureiros, fez com esse bacharel e seus genros um contrato para transportar nos seus navios, quando de volta, 800 escravos para a Europa. “Nesse porto [Páginas 93 e 94]
1530. Atualizado em 24/10/2025 02:51:58
3°.
Casamento de Domingos Grou e a filha do cacique de Carapicuíba (data s/ confirmação)
DOMINGOS LUÍS GROU Domingos Luís Grou, da família Annes ou Ianes, de Portugal,veio para o Brasil tentar fortuna, e aqui casou-se com Fulana Guaçu, filha do cacique de Carapicuíba, segundo a Genealogia de Silva Leme (vol. 1,pág. 15).Um de seus netos, Luís Ianes Grou, no testamento que fez em 21 de outubro de 1628, no arraial de seu tio, Mateus Luís Grou, nas cabeceiras da Ribeira, sertão de Ibiaguira, declarou ter 55 anos e 8 meses de idade, ser filho legítimo de Luís Ianes Grou e de Guiomar Rodrigues,declarando também que numas contas feitas no inventário de sua avó, Maria da Penha... (Inv. e Test., vol. 7, pág. 430).

O inventário de Maria da Penha não foi encontrado no Arquivo do Estado de S. Paulo. Mas os antepassados paternos dos Grou eram de Portugal e lá ficaram, o que me autoriza a afirmar que a avó então referida era a filha do cacique de Carapicuíba, e mulher de seu avô, Domingos Luís Grou, e chamava-se Maria da Penha, nome que, sem dúvida, recebera no batismo. [Página 180]
1 de setembro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 01:43:11
4°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
23 de novembro de 1531, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:22
5°. Pero Lopes de Sousa, a 23 de novembro de 1531, partiu Rio da Prata acima levando em um bergantim 30 homens, tudo em boa ordem de guerra; e, como pôde, explorou esse rio até os Carandis, onde meteu padrões portugueses, e, como a ordem era de voltar em 20 dias, daí regressou a se reunir à esquadra
10 de fevereiro de 1532, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:39
6°. Sesmaria a Ruy Pinto
10 de outubro de 1532, segunda-feira. Atualizado em 09/10/2025 02:21:09
7°. Martim Afonso concede sesmarias
A outra vila, feita a nove léguas do litoral para o sertão, à borda de um rio que se chamava Piratininga, mencionada por Pero Lopes de Sousa, nem sequer se lhe indicou o nome, nem foi ela posta sob invocação religiosa, numa época em que o intenso fervor católico dava nome de “santos” a todos os acidentes geográficos do litoral e do interior nos descobrimentos feitos.

Apesar de investigações cuidadosas e de minuciosos exames locais, até agora não se sabe onde tal vila foi situada, ou mesmo se foi situada; o rio Piratininga jamais foi identificado, e com esse nome talvez não tivesse existido rio algum.

Piratininga (nenhuma etimologia satisfatória para essa palavra), era uma região situada no planalto. A Câmara da Vila de S. Paulo, que às vezes se denominava “S. Paulo do Campo”, “S. Paulo de Piratininga”, “S. Paulo do Campo de Piratininga”, concedeu datas de terras em “Piratininga, termo desta vila” no “caminho de Piratininga”, “indo para Piratininga”, “no caminho que desta vila vai para Piratininga” etc. (Atas da Câmara de S. Paulo, vol. 3.º, pág. 168, Registro Geral, vol. 1.º, págs. 10, 72, 88, 98, 100, 108, 129, 283).

“Índios de Piratininga”, qualificam as sesmarias de terras concedidas aos índios de Pinheiros e aos de S. Miguel de Ururaí, por Jerônimo Leitão em 12 de outubro de 1580 (Reg. Geral, vol. 1º, pág. 354), o que não deixa a menor dúvida que Piratininga estendia-se desde Carapicuíba, incluindo Pinheiros, até Ururaí. Piratininga era, pois, uma vasta região do campo vagamente indicada no planalto.

É por isso que, em Piratininga, sem que se fizesse menção da qualidade de vila, como era de uso nesses documentos, foi concedida à sesmaria de Pero de Góis, sendo a respectiva posse dada alguns dias depois na ilha de S. Vicente. Martim Afonso teria nessa ocasião chegado até a morada, a povoação de João Ramalho, pela vereda de índios que, então, ligava o planalto ao litoral. Aí nessa zona, nos campos de Piratininga, vizinhos da sesmaria de Ururaí, por Jaguaporecuba, não se sabe bem onde, já afeiçoado aos costumes da terra, João Ramalho vivia maritalmente com filhas de morubixabas, tendo numerosa descendência e dispondo de grande influência sobre Tibiriçá e outros.

Martim Afonso, quando de S. Vicente subiu ao Planalto, reconheceu talvez que a povoação de João Ramalho constituiria um posto avançado de importância no caminho, que por ela passava, trilhado pelos índios, e que ia até o Paraguai, onde se imaginavam situadas as fabulosas minas que ele procurava, pelo sertão adentro, desde o Rio de Janeiro e de Cananéia. Por esse caminho transitaria mais tarde Ulrico Schmidt.

Foi a pretensa vila a que se referiu a complacência de Pero Lopes, foi o lugar que Martim Afonso primeiro povoou segundo se escreveu mais tarde. [Páginas 101 e 102]
10 de fevereiro de 1533, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:56:33
8°. Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo
Piratininga (nenhuma etimologia satisfatória para essa palavra), era uma região situada no planalto. Apesar de investigações cuidadosas e de minuciosos exames locais, até agora não se sabe onde tal vila foi situada, ou mesmo se foi situada; o rio Piratininga jamais foi identificado, e com esse nome talvez não tivesse existido rio algum.
Maio de 1533. Atualizado em 25/02/2025 04:39:56
9°. Martim em São Vicente*
Durante a sua permanência em S. Vicente, desde 22 de janeiro de 1532 até meados de maio de 1533, onde esteve a esperar recado da expedição de Pedro Lobo, conforme o dizer de Pero Lopes de Sousa, daí fez, provavelmente, partir outras expedições pelo sertão à procura deminas de ouro, conforme narram cronistas espanhóis, com grandes erros cronológicos. O seu intuito foi, a meu ver, descobrir e apossar-se a leste, do ouro que Cortez e Pizarro tinham encontrado a oeste.
1534. Atualizado em 24/10/2025 02:56:33
10°. A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel,
Martim Afonso de Sousa e seu irmão Pero Lopes de Sousa, ao que parece, fizeram um contrato com João Venist, Francisco Lobo e Vicente Gonçalves para formação de um engenho para fabricação de açúcar, ato agrícola comercial para o qual os dois Sousa, entraram apenas com as terras, entrada tão vã, como a doação da capitania por D. João III, igual à que os Papas fizeram às nações ibéricas, quando por elas distribuíram o mundo a descobrir. Atribui-se-lhe também a providência de proibir que os colonos subissem ao planalto e que fossem ao campo.

Jordão de Freitas diz que foi esse contrato feito em 1534. Martim Afonso só recebeu o Foral a 6 de outubro de 1534 e a carta de doação em 20 de janeiro de 1535. (H. C. Port. no Brasil, Vol. 3º), mas cita Frei Gaspar da Madre de Deus, como fonte de informação.

Não se compreende o motivo de tal proibição. Evitar que descobrissem o caminho das minas tão cobiçadas? Isso é pueril, pois que redundava apenas na impossibilidade de alargar a conquista do interior, pela ocupação do planalto, “de bons ares e de bons campos”, próprios para produção de mantimentos e criação dos gados, de que o litoral tanto precisava para poder subsistir. Além de pueril, seria contraditório ou incoerente fundar uma povoação no campo, como afirma Pero Lopes, a 9 léguas do mar, e proibir que a esse campo fossem os colonos. [Página 88]

Aliás essa proibição não se encontra em nenhum documento colonial. A provisão expedida por D. Ana Pimentel, mulher e procuradora de Martim Afonso, em 11 de fevereiro de 1544, da qual alguns cronistas deduziram a revogação dessa proibição, a esta não se refere, nem do seu contexto se infere que ela tivesse havido. Ao contrário é nessa provisão que se acha a proibição de ir ao campo no tempo em que os índios andassem em sua santidade (?), dependendo a ida de licença do capitão loco-tenente, licença, da qual sempre prescindiram os colonos para entrar ao sertão.
6 de outubro de 1534, sábado. Atualizado em 06/10/2025 02:18:54
11°. Foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes
Martim Afonso de Sousa e seu irmão Pero Lopes de Sousa,ao que parece, fizeram um contrato com João Venist, Francisco Lobo e Vicente Gonçalves para formação de um engenho para fabricação de açúcar, ato agrícola comercial para o qual os dois Sousa, entraram apenas com as terras, entrada tão vã, como a doação da capitania por D. João III, igual à que os Papas fizeram às nações ibéricas, quando por elas distribuíram o mundo a descobrir.

Atribui-se-lhe também a providência de proibir que os colonos subissem ao planalto e que fossem ao campo. Jordão de Freitas diz que foi esse contrato feito em 1534. Martim Afonso só recebeu o Foral a 6 de outubro de 1534 e a carta de doação em 20 de janeiro de 1535. (H. C. Port. no Brasil, Vol. 3º), mas cita Frei Gaspar da Madre de Deus,como fonte de informação.

Não se compreende o motivo de tal proibição. Evitar que descobrissem o caminho das minas tão cobiçadas? Isso é pueril, pois que redundava apenas na impossibilidade de alargar a conquista do interior, pela ocupação do planalto, “de bons ares e de bons campos”, próprios para produção de mantimentos e criação dos gados, de que o litoral tanto precisava para poder subsistir. Além de pueril, seria contraditório ou incoerente fundar uma povoação no campo, como afirma Pero Lopes, a 9 léguas do mar, e proibir que a esse campo fossem os colonos.

Aliás essa proibição não se encontra em nenhum documento colonial. A provisão expedida por D. Ana Pimentel, mulher e procuradora de Martim Afonso, em 11 de fevereiro de 1544, da qual alguns cronistas deduziram a revogação dessa proibição, a esta não se refere, nem do seu contexto se infere que ela tivesse havido. Ao contrário é nessa provisão que se acha a proibição de ir ao campo no tempo em que os índios andassem em sua santidade (?), dependendo a ida de licença do capitão loco-tenente, licença, da qual sempre prescindiram os colonos para entrar ao sertão. [Páginas 88 e 89]

Martim Afonso, quando de S. Vicente subiu ao Planalto, reconheceu talvez que a povoação de João Ramalho constituiria um posto avançado de importância no caminho, que por ela passava, trilhado pelos índios, e que ia até o Paraguai, onde se imaginavam situadas as fabulosas minas que ele procurava, pelo sertão adentro, desde o Rio de Janeiro e de Cananéia. Por esse caminho transitaria mais tarde Ulrico Schmidt. Foi a pretensa vila a que se referiu a complacência de Pero Lopes, foi o lugar que Martim Afonso primeiro povoou segundo se escreveu mais tarde. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Páginas 101 e 102]
1540. Atualizado em 24/10/2025 02:52:01
12°. Nascimento da filha do cacique de Carapicuiba
Domingos Luís Grou, da família Annes ou Ianes, de Portugal,veio para o Brasil tentar fortuna, e aqui casou-se com Fulana Guaçu, filha do cacique de Carapicuíba, segundo a Genealogia de Silva Leme (vol. 1,pág. 15).Um de seus netos, Luís Ianes Grou, no testamento que fezem 21 de outubro de 1628, no arraial de seu tio, Mateus Luís Grou, nascabeceiras da Ribeira, sertão de Ibiaguira, declarou ter 55 anos e 8 mesesde idade, ser filho legítimo de Luís Ianes Grou e de Guiomar Rodrigues,declarando também que numas contas feitas no inventário de sua avó,Maria da Penha... (Inv. e Test., vol. 7, pág. 430).

O inventário de Maria da Penha não foi encontrado no Arquivo do Estado de S. Paulo. Mas os antepassados paternos dos Grou eram de Portugal e lá ficaram, o que me autoriza a afirmar que a avó então referida era a filha do cacique de Carapicuíba, e mulher de seu avô, Domingos Luís Grou, e chamava-se Maria da Penha, nome que, sem dúvida, recebera no batismo. [Página 180]
Fevereiro de 1553. Atualizado em 25/02/2025 04:45:36
13°. Chegada a São Vivente*
Em fevereiro de 1553, já no fim do seu mandato, em navio comandado por Pero de Góis, seu capitão do mar, Tomé de Sousa percorreu a costa do Brasil, em inspeção às capitanias, que constituíam o seu governo.
1 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
14°. Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam”
Ele era português; mas qual a sua terra de origem? Pedro Taques afirma que ele veio de Barcellos, comarca de Viseu. Tomé de Sousa, na sua já referida carta de 1º de junho de 1553 (Hist. da Col. Port. no Brasil, vol. 3º, pág. 364) relata que ele era natural do termo de Coimbra. Alguns indicam Vouzelas ou Boucelas como o lugar de seu nascimento. [Página 162]

De volta dessa inspeção, em carta dirigida a D. João III, datada de 1º de junho de 1553, já na cidade do Salvador, Bahia, Tomé de Sousa relatou o estado em que encontrou a terra. Nessa carta escrevendo sobre a Capitania de S. Vicente disse:

S. Vicente, capitania de Martim Afonso é uma terra muito honrada e de grandes aguas e serras e campos. Está a vila de S. Vicente situada em uma ilha de três Léguas de comprido e uma de largo na qual ilha se fez outra vila que se chama Santos a qual se fez porque a de Vicente não tinha tão bom porto; e a de Santos, que está a uma légua da de S.Vicente, tem o melhor porto que se pode ver, e todas as naus do mundo poderão estar nele com os proizes dentro em terra.

Esta ilha me parece pequena para duas vilas, parecia-me bem ser uma só e toda a ilha ser termo dela. Verdade é que a vila de São Vicente diz que foi a primeira que se fez nesta costa, e diz verdade, e tem uma igreja muito honrada e honradas casas de pedra e cal e com um colégio dos irmãos de jesus.

Santos precedeu-a em porto e em sítio que são duas grandes qualidades e nela está já a alfandega de V. A. Ordenará V. A. nisto o que lhe parecer bem que eu houve medo de desfazer uma vila a Martim Afonso, ainda que lhe acrescentei tres, s. (isto é) a Bertioga, que me V. A. mandou fazer, que está a cinco leguas de S. Vicente na boca (dum) rio por onde os indios lhe faziam muito mal; eu a tinha já mandado fazer de maneira que tinha escrito a V. A., sem custar nada senão o trabalho dos moradores; mas agora que a vi com os olhos e as cartas de V. A. a ordenei e acrescentei doutra maneira que pareceu a todos bem, segundo V. A. verá por este debuxo; e ordenei outra vila no começo do campo desta vila de S. Vicente de moradores que estavam espalhados por ele e os fiz cercar e ajuntar para se poderem aproveitar todas as povoações deste campo e se chama vila de Santo André porque onde a situei estava uma ermida deste apostolo e fiz capitão dela a João Ramalho, natural do termo de Coimbra, que Martim Afonso já achou nesta terra quando cá veio.

Tem tantos filhos e netos bisnetos e descendentes dele e não ouso de dizer a V. A., não tem cãs na cabeça nem no rosto e anda nove léguas a pé antes de jantar e ordenei outra vila na borda deste campo ao longo do mar que se chama da Conceição, de outros moradores, que estavam derramados por o dito campo e os ajuntei e fiz cercar e viver em ordem e alem destas duas povoações serem mais necessárias para o bem comum desta capitania folguei o fazer
”...

Nesta carta-relatório, algo minuciosa, Tomé de Sousa mencionou as duas vilas já existentes em 1553 na Capitania de S. Vicente, “Santos” e “S. Vicente”, insinuou a extinção desta última e comunicou o acrescentamento, que fez, de mais três outras – Bertioga, Conceição e Santo André –; mas nenhuma referência fez à vila, que dizem fundada por Martim Afonso de Sousa, em 1532, a 9 léguas pelo sertão.

Ao contrário notou que os moradores estavam espalhados pelo campo e que ele os reuniu e os ajuntou para, aproveitando todas as povoações desse campo, formar uma vila. O seu silêncio a respeito mostra que a vila, que se diz feita em 1532, por Martim Afonso, não existiu, ou já não existia em 1553.

Aliás o abandono, a extinção, a mudança de sedes de vilas, nos primeiros tempos coloniais, foi fato vulgar. A própria vila que o Governador-Geral acrescentou, a Bertioga, conforme escreveu, também desapareceu; e da mesma maneira, mais tarde, desapareceriam as que D. Francisco de Sousa criou – Cahativa, Monserrate – junto a lugares, onde se esperava que rica fosse a exploração de minas.

Tomé de Sousa não iria acrescentar mais uma vila no campo, se outra próxima já aí existisse, ele que achava demais duas na ilha de S. Vicente, nem ousaria suprimir uma existente, e substituí-la por outra, ele que “houve medo” de desfazer uma vila a Martim Afonso – a de S. Vicente – por se achar perto da de Santos.

Entendeu ele e ordenou outra vila, no começo do campo de S. Vicente com os moradores que aí estavam espalhados, que chamou Santo André. São palavras textuais na carta, cujo trecho transcrevi. Alguns historiadores e cronistas brasileiros, de incontestável autoridade, levaram muitos dos seus continuadores a concluir que João Ramalho fundara uma vila, a vila de Piratininga, povoação em que estava, onde primeiro Martim Afonso povoou, depois chamada Santo André da Borda do Campo, da qual mais tarde se fez São Paulo do Campo de Piratininga.

Não está aí a verdade. Nessa carta de 1º de junho de 1553, Tomé de Sousa informou ao rei – e da veracidade dessa informação não se pode duvidar – que no começo do campo, na Capitania de S. Vicente, acrescentara ele uma vila a Martin Afonso, em lugar onde reunira moradores, que nesse campo estavam espalhados, a fez cercar, deu-lhe o nome de Santo André, porque onde a situou estava uma ermida sob a invocação desse apóstolo e dela fez capitão João Ramalho, natural do termo de Coimbra, que Martim Afonso já achou que “na terra quando cá veio”. Informou ele claramente:

“ordenei outra vila no começo do campo desta vila de S. Vicente de moradores que estavam espalhados por ele e os fiz cercar e ajuntar para se poderem aproveitar todas as povoações deste campo”...

Está aí expresso que povoação não era vila, pois que para formar uma vila fez ele ajuntar todas as povoações do campo. A informação enviada a D. João III é categórica e circunstanciada, designando o lugar em que ele fundou a vila, dando a razão do nome e indicando o motivo da criação.
1 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
15°. Carta de Tomé de Sousa
De volta dessa inspeção, em carta dirigida a D. João III, datada de 1º de junho de 1553, já na cidade do Salvador, Bahia, Tomé de Sousa relatou o estado em que encontrou a terra. Nessa carta escrevendo sobre a Capitania de S. Vicente disse:

S. Vicente, capitania de Martim Afonso é uma terra muito honrada e de grandes aguas e serras e campos. Está a vila de S. Vicente situada em uma ilha de três Léguas de comprido e uma de largo na qual ilha se fez outra vila que se chama Santos a qual se fez porque a de Vicente não tinha tão bom porto; e a de Santos, que está a uma légua da de S.Vicente, tem o melhor porto que se pode ver, e todas as naus do mundo poderão estar nele com os proizes dentro em terra.

Esta ilha me parece pequena para duas vilas, parecia-me bem ser uma só e toda a ilha ser termo dela. Verdade é que a vila de São Vicente diz que foi a primeira que se fez nesta costa, e diz verdade, e tem uma igreja muito honrada e honradas casas de pedra e cal e com um colégio dos irmãos de jesus.

Santos precedeu-a em porto e em sítio que são duas grandes qualidades e nela está já a alfandega de V. A. Ordenará V. A. nisto o que lhe parecer bem que eu houve medo de desfazer uma vila a Martim Afonso, ainda que lhe acrescentei tres, s. (isto é) a Bertioga, que me V. A. mandou fazer, que está a cinco leguas de S. Vicente na boca (dum) rio por onde os indios lhe faziam muito mal; eu a tinha já mandado fazer de maneira que tinha escrito a V. A., sem custar nada senão o trabalho dos moradores; mas agora que a vi com os olhos e as cartas de V. A. a ordenei e acrescentei doutra maneira que pareceu a todos bem, segundo V. A. verá por este debuxo; e ordenei outra vila no começo do campo desta vila de S. Vicente de moradores que estavam espalhados por ele e os fiz cercar e ajuntar para se poderem aproveitar todas as povoações deste campo e se chama vila de Santo André porque onde a situei estava uma ermida deste apostolo e fiz capitão dela a João Ramalho, natural do termo de Coimbra, que Martim Afonso já achou nesta terra quando cá veio.

Tem tantos filhos e netos bisnetos e descendentes dele e não ouso de dizer a V. A., não tem cãs na cabeça nem no rosto e anda nove léguas a pé antes de jantar e ordenei outra vila na borda deste campo ao longo do mar que se chama da Conceição, de outros moradores, que estavam derramados por o dito campo e os ajuntei e fiz cercar e viver em ordem e alem destas duas povoações serem mais necessárias para o bem comum desta capitania folguei o fazer
”...

Nesta carta-relatório, algo minuciosa, Tomé de Sousa mencionou as duas vilas já existentes em 1553 na Capitania de S. Vicente, “Santos” e “S. Vicente”, insinuou a extinção desta última e comunicou o acrescentamento, que fez, de mais três outras – Bertioga, Conceição e Santo André –; mas nenhuma referência fez à vila, que dizem fundada por Martim Afonso de Sousa, em 1532, a 9 léguas pelo sertão.

Ao contrário notou que os moradores estavam espalhados pelo campo e que ele os reuniu e os ajuntou para, aproveitando todas as povoações desse campo, formar uma vila. O seu silêncio a respeito mostra que a vila, que se diz feita em 1532, por Martim Afonso, não existiu, ou já não existia em 1553.

Aliás o abandono, a extinção, a mudança de sedes de vilas, nos primeiros tempos coloniais, foi fato vulgar. A própria vila que o Governador-Geral acrescentou, a Bertioga, conforme escreveu, também desapareceu; e da mesma maneira, mais tarde, desapareceriam as que D. Francisco de Sousa criou – Cahativa, Monserrate – junto a lugares, onde se esperava que rica fosse a exploração de minas.

Tomé de Sousa não iria acrescentar mais uma vila no campo, se outra próxima já aí existisse, ele que achava demais duas na ilha de S. Vicente, nem ousaria suprimir uma existente, e substituí-la por outra, ele que “houve medo” de desfazer uma vila a Martim Afonso – a de S. Vicente – por se achar perto da de Santos.

Entendeu ele e ordenou outra vila, no começo do campo de S. Vicente com os moradores que aí estavam espalhados, que chamou Santo André. São palavras textuais na carta, cujo trecho transcrevi. Alguns historiadores e cronistas brasileiros, de incontestável autoridade, levaram muitos dos seus continuadores a concluir que João Ramalho fundara uma vila, a vila de Piratininga, povoação em que estava, onde primeiro Martim Afonso povoou, depois chamada Santo André da Borda do Campo, da qual mais tarde se fez São Paulo do Campo de Piratininga.

Não está aí a verdade. Nessa carta de 1º de junho de 1553, Tomé de Sousa informou ao rei – e da veracidade dessa informação não se pode duvidar – que no começo do campo, na Capitania de S. Vicente, acrescentara ele uma vila a Martin Afonso, em lugar onde reunira moradores, que nesse campo estavam espalhados, a fez cercar, deu-lhe o nome de Santo André, porque onde a situou estava uma ermida sob a invocação desse apóstolo e dela fez capitão João Ramalho, natural do termo de Coimbra, que Martim Afonso já achou que “na terra quando cá veio”. Informou ele claramente:

“ordenei outra vila no começo do campo desta vila de S. Vicente de moradores que estavam espalhados por ele e os fiz cercar e ajuntar para se poderem aproveitar todas as povoações deste campo”...

Está aí expresso que povoação não era vila, pois que para formar uma vila fez ele ajuntar todas as povoações do campo. A informação enviada a D. João III é categórica e circunstanciada, designando o lugar em que ele fundou a vila, dando a razão do nome e indicando o motivo da criação.
31 de agosto de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27
16°. Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios”
João Ramalho não deu informações precisas sobre a terra de seu berço. Dela veio estando casado com mulher, que lá deixou e da qual nunca mais teve notícia, supondo-a morta, quarenta anos depois.

O Padre Manuel da Nóbrega, na carta de 31 de agosto de 1553 ao Padre Luís Gonçalves da Câmara, diz que João Ramalho era parente do Padre Manuel de Paiva, o celebrante da missa no planalto, a 25 de janeiro de 1554. (Páginas de História do Brasil, pelo Padre Serafim Leite, págs. 92 a94).
1554. Atualizado em 24/10/2025 02:35:02
17°. Casamento de Domingos Luis Grou com Maria da Peña, filha de Antônio da Peña e Francisca de Góis
Um de seus netos, Luís Ianes Grou, no testamento que fez em 21 de outubro de 1628, no arraial de seu tio, Mateus Luís Grou, nas cabeceiras da Ribeira, sertão de Ibiaguira, declarou ter 55 anos e 8 meses de idade, ser filho legítimo de Luís Ianes Grou e de Guiomar Rodrigues, declarando também que numas contas feitas no inventário de sua avó,Maria da Penha... (Inv. e Test., vol. 7, pág. 430).

O inventário de Maria da Penha não foi encontrado no Arquivo do Estado de S. Paulo. Mas os antepassados paternos dos Grou eram de Portugal e lá ficaram, o que me autoriza a afirmar que a avó então referida era a filha do cacique de Carapicuíba, e mulher de seu avô, Domingos Luís Grou, e chamava-se Maria da Penha, nome que, sem dúvida, recebera no batismo.
25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28
18°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
João Ramalho não deu informações precisas sobre a terra de seu berço. Dela veio estando casado com mulher, que lá deixou e da qual nunca mais teve notícia, supondo-a morta, quarenta anos depois.

O Padre Manuel da Nóbrega, na carta de 31 de agosto de 1553 ao Padre Luís Gonçalves da Câmara, diz que João Ramalho era parente do Padre Manuel de Paiva, o celebrante da missa no planalto, a 25 de janeiro de 1554. (Páginas de História do Brasil, pelo Padre Serafim Leite, págs. 92 a94).
24 de agosto de 1554, sexta-feira. Atualizado em 06/10/2025 13:23:40
19°. Os jesuítas Pedro Correia e João de Sousa, acompanhados de um leigo, partem de São Vicente para a catequização dos índios de Cananéia, e ali acabam mártires no mês seguinte
A expedição fora resgatar com bilreiros. Bilreiros, segundo alguns cronistas (Simão de Vasconcellos, João de Laet), eram nomes portugueses que em tupi designavam os ibirajaras; porque usavam como armas paus ou lanças de madeira. Segundo a carta do Padre José de Anchieta (Cartas Jesuíticas, vol. 3º, págs. 79 a 83), os irmãos Pedro Correia e João de Sousa, enviados aos ibirajaras, foram trucidados por esse gentio. Parece que essas tribos estavam então vizinhas dos carijós. [p. 332]
9 de julho de 1555, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:34:05
20°. Sardinha casou-se em Santos com Maria Gonçalves, filha de Domingos Gonçalves
A mesma confusão se pode estabelecer com Baltasar Gonçalves. Assim, Afonso Sardinha, no seu testamento (Az. Marques, Apontamentos) declarava que foi casado com Maria Gonçalves, irmã de Baltasar Gonçalves; Clemente Álvares foi casado com Maria Gonçalves, filha de Baltasar Gonçalves (Inv. e Test., vol. 1º, pág. 17).

E não se pode afirmar se esses Baltasar Gonçalves eram os irmãos de Brás Gonçalves, ou do genro do cacique de Ibirapuera, não obstante no livro de Atas (Reg. Geral, vol. 1º, pág. 5 em 1583) haver declaração formal de que um Brás Gonçalves era irmão de um Baltasar Gonçalves. Nesse tempo os próprios apelidos – Gonçalves, como os de Fernandes, Rodrigues, Dias – eram usados por pessoas que nenhum parentesco tinham entre si.

Assim encontram-se tais sobrenomes designando pessoas de diferentes famílias. Além disso os filhos do mesmo casal tomavam nomes diferentes dos seus pais, assinando os de seus avós ou padrinhos, o que também traz confusão ao investigador. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 183]
11 de fevereiro de 1556, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:34:05
21°. Braz Cubas proibiu a todos o trânsito pelo campo para o Paraguai e expressamente declara “avisareis a João Ramalho, alcaide e guarda-mor do campo que não deixe passar nenhuma pessoa para ele, sem mostrar vossa licença nem os próprios moradores”
Duarte da Costa proibiu a todos o trânsito pelo campo para o Paraguai e expressamente declara "avisareis a João Ramalho, alcaide e guarda-mor do campo que não deixe passar nenhuma pessoa para ele, sem mostrar vossa licença nem os próprios moradores de Santo André".
31 de março de 1560, sexta-feira. Atualizado em 31/03/2025 02:57:26
22°. Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá?
Santo André possuía ermida, mas não tinha pároco, só recebendo socorros espirituais idos de S. Paulo, com grande prejuízo para a religião. As duas povoações, por assim dizer contemporâneas, como núcleos urbanos, se equivaliam; a manutenção das duas dispersava esforços e atividades, cuja reunião era indispensável nessa época inicial de conquistas material e espiritual, de povoamento e catequese.

Essas razões – que tinham em vista a defesa e a segurança, e que também eram de ordem econômica, social e espiritual – levaram a Mem de Sá, terceiro Governador Geral do Brasil, estando em S. Vicente, em 1560, atendendo os pedidos dos padres da Companhia de Jesus e os dos próprios moradores de Santo André, a mudar a sede dessa vila para junto da casa e igreja de S. Paulo edificadas estas na colina entre os ribeirões Tamanduateí e Anhangabaú, próximas às choças de Tibiriçá, ambas dentro do termo da vila de Santo André.

Az. Marques, Cronologia, informa que Mem de Sá chegou a S. Vicente a 31 de março de 1560, e aí esteve cerca de sete meses ou mais, o que autoriza a dizer que a mudança foi feita depois de março e antes de findar esse ano de 1560. [Páginas 133, 134 e 135]
5 de abril de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09
23°. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão
Em 1560 foi também usado, por ordem de Mem de Sá, um outro caminho entre o planalto e o litoral, mais para oeste, a fim de evitar os ataques dos tamoios. Por essa forma, “para melhor serviço de Deus e de el-rei, nosso senhor”, que nesse tempo tudo decidia, concentrou o Governador Geral mais uma vez, os moradores do planalto em um ponto mais avançado no sertão, alargando a posse portuguesa. Documentos autênticos provam que não houve um pedido único nem uma só razão para a transferência de sede da vila.

Essas duas veredas, ordinaríssimas, mal traçavam o trânsito entre o planalto e o Cubatão. Esta última ficou conhecida sob o nome de Caminho do Padre José, não se sabe desde que data e por que razão, talvez por ser freqüentada por Anchieta. Em 1560 José de Anchieta era apenas irmão da Companhia de Jesus, só tendo tomado ordens sacerdotais em 1566, na Bahia (Serafim Leite, História da Companhia de Jesus, Vol. 1º, pág. 29, Nota 2).

Nem ele tinha poderes, nem a Companhia de Jesus, nessa época, tinha posses para construção de caminhos por piores que fossem. José de Anchieta “subia por esse caminho” (Documentos Interessantes, Vol. 29, pág. 112).

É o que diz a Memória de Melo e Castro aqui citado. Foi uma preocupação constante, e com muita razão, da gente do planalto em manter a comunicação com o litoral. Desde as mais remotas vereanças da vila de Santo André (Atas, pág. 15), através das atas da Câmara de S. Paulo, continuamente se fala e se recomenda e se insta pela conservação do caminho do mar.

Este caminho nos primeiros tempos, e por muito tempo, foi uma vereda de índios pela serra de Paranapiacaba, (porque da ilha de S. Vicente até ao pé da serra se viajava por água) e daí para a vila de S. Paulo, até à borda do campo, atravessavam-se rios caudalosos.

Em 1560 o caminho do mar ainda passava pelo vale do Mogi, pelos sítios de João Ramalho, e por Ururaí, e foi por ele que Martim Afonso subiu até a região de Piratininga. Depois se fez outro, mais a oeste, que a tradição chamou caminho do Pe. José (Os rios correm para o mar) e que por ordem de Mem de Sé começou a servir ao tráfego entre o planalto e o litoral. O primeiro chamou-se o caminho velho do mar. Pelo caminho novo, era proibida a passagem de boiadas, visto o estrago que causavam. Ambos eram péssimos; do alto da serra até ao campo havia atoleiros causados pelas inundações dos rios Grande e Pequeno; do alto da serra para baixo eram aspérrimos e apenas indicados pelos cortes das árvores.
20 de maio de 1561, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:55
24°. Carta à rainha D. Catarina, regente de Portugal durante a menoridade de D. Sebastião, assinada por Jorge Moreira e Joanes Annes
Comprova-o uma carta de 20 de maio de 1561 à rainha D. Catarina, regente de Portugal durante a menoridade de D. Sebastião, assinada por Jorge Moreira e Joanes Annes, oficiais que foram da Câmara de Santo André e depois da de S. Paulo, na qual escreveu:

este ano de 1560 veio a esta capitania Mem de Sá, governador Geral, e mandou que a vila de Santo André, em que antes estávamos, se passasse para junto da casa de S. Paulo, que é dos padres de Jesus, porque nós todos lh’o pedimos por uma petição, assim por ser o lugar mais forte e mais defensável assim dos contrários como dos nossos índios, como por muitas causas que a ele se movera”.
28 de maio de 1562, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:11
25°. João Ramalho assume o cargo de capitão para guerra na Vila de São Paulo
Não se encontram elementos para afirmar ou para negar que ele tivesse tomado parte na governança da terra nos anos de 1558 a 1561, porque da Câmara, que nesses anos funcionou em Santo André e em S. Paulo, desapareceram os respectivos livros de atas. Mas em 1562, a 28 de maio, João Colaço, capitão-loco-tenente por Martim Afonso de Sousa, atendendo a que

por vozes e eleição João Ramalho havia sido escolhido para fazer a guerra, que então se esperava, nomeia-o capitão dessa guerra com amplos poderes, como si fosse ele em pessoa, determinando que todas as pessoas lhe obedecessem em tudo que fosse necessário para essa guerra, sob pena de prisão, de multa de vinte cruzados, pagos da cadeia, e de degredo de um ano para a Bertioga, sendo a metade da multa para o acusador e a outra metade para as despesas da guerra. (Atas V. 1º de S. Paulo, págs. 14 e 15)”.
24 de junho de 1562, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:34:11
26°. Os oficiais da Câmara de S. Paulo Antônio de Mariz, Diogo Vaz, Luís Martins e Jorge Moreira dão a João Ramalho juramento sobre um livro dos santos evangelhos
A 24 de junho de 1562, os oficiais da Câmara de S. Paulo Antônio de Mariz, Diogo Vaz, Luís Martins e Jorge Moreira dão a João Ramalho juramento sobre um livro dos santos evangelhos para bem e verdadeiramente servir esse cargo de grande e suma responsabilidade nesse momento crítico (Vide Atas da Câmara de S. Paulo, vol. 1º, pág. 14 em que estão lavradas a vereança da Câmara e provisão do capitão-loco-tenente).
15 de fevereiro de 1564, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:36:40
27°. João Ramalho teria sido novamente eleito vereador de São Paulo, porém, já velho (por volta dos setenta anos), recusou o posto, como consta da ata da Câmara Municipal
Em 1564, em S. Paulo, quando recusou o cargo de vereador, os seus companheiros de governança vão à casa da Luís Martins, onde ele se achava pousado, insistir pela aceitação do cargo; e, entre outras razões, que ele apresenta para persistir na recusa, dá a de que se achava em terra de contrários dessa vila, dos contrários da Paraíba.
Dezembro de 1568. Atualizado em 25/10/2025 04:44:48
28°. Anchieta*
Nessa ocasião Anchieta resolveu intervir conjurando o perigo. Obteve dos camaristas “salvo-conduto e perdão daqueles delinqüentes” e em companhia do Pe. Salvador Rodrigues e do secular Manuel Veloso e de alguns índios desceu o Anhembi. A canoa em que iam, naufragou e o Pe. Anchieta foi salvo por um índio, e o lugar, que era encachoeirado, ficou a chamar-se Abaremanduava que quer dizer cachoeira do Padre.

É esse sem dúvida o episódio referido pelo Padre Pedro Rodrigues na vida do Padre José de Anchieta (Anais da Biblioteca Nacional, vol. 29, pág. 219) quando conta que “sucedeu que dois homens, de consciências largas e de nome, temendo o castigo de suas grandes culpas, se levantaram e com suas famílias, se foram meter com os gentios inimigos pelo que, com razão, se temiam não viessem com poder de gente a destruir a capitania.

Vendo o Pe. José que não havia contra esse perigo forças humanas e confiado só nas de Deus se determinou de ir em pessoa a buscar os alevantados e reduzi-los a obediência do seu capitão levando-lhes largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Pe. Vicente Rodrigues e outros homens e um índio esforçado”. Houve o naufrágio da canoa em que iam e o índio salvou o Pe. Anchieta, depois de dois mergulhos, que duraram meia hora debaixo d’água. Trouxe o Padre Anchieta os dois homens alevantados para a vila.

Mas, daí a um ano, um desses homens (e que não é nomeado) “quis tornar ao sertão, mas o capitão recusou-lhe a licença, e por isso ele o maltratou por tal forma que um filho do capitão o matou a frechadas.

O episódio do naufrágio foi posteriormente a 1572, quando Anchieta veio a S. Vicente com o Bispo D. Pedro Leitão e o Visitador da Companhia Pe. Ignácio de Azevedo.
1570. Atualizado em 24/10/2025 21:37:36
29°. Afonso Sardinha chega ao Jaraguá
Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria.
1570. Atualizado em 27/10/2025 21:17:22
30°. “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”
Citando o Pe. Simão de Vasconcelos, na vida do Pe. José de Anchieta, Antônio de Alcântara Machado (1901-1953) narra que no ano de 1570, dois moradores de S. Paulo “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros, que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”. Nessa ocasião Anchieta resolveu intervir conjurando o perigo. Obteve dos camaristas “salvo-conduto e perdão daqueles delinqüentes”
24 de dezembro de 1576, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27
31°. “Há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal, pois não tinha botas”
Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria.
13 de agosto de 1577, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27
32°. Petição Domingos Luis Grou
Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descartável nem deixaria seus filhos na miséria. [Página 202]
1580. Atualizado em 25/02/2025 04:39:52
33°. Sesmaria concedida por Jerônimo Leitão aos índios de Piratininga
Não estará longe da verdade quem disser que João Ramalho fazia parte da feitoria, estabelecida por iniciativa particular no porto de S. Vicente, e, sem perder o contato com essa feitoria, estabeleceu-se no planalto. Morou em lugar chamado Jaguaporecuba, próximo a Ururaí, como se vai ver. Na carta de sesmaria, concedida por Jerônimo Leitão aos índios de Piratininga em 1580 (Registro Geral, vol. 1º, pág. 354) escreve-se a palavra Jaguaporecuba cuja penúltima sílaba está roída por traças. Mas no mesmo 1º volume desse Registro, pág. 150, se encontra a transcrição da provisão em que João Soares, em 1607, é nomeado capitão-mor dos índios da aldeia de Guarapiranga, da aldeia-nova de Guanga e de Jaguaporecuba.
16 de julho de 1580, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:38:07
34°. João Fernandes, filho de João Ramalho, é multado por não ter comparecido à procissão de Santa Isabel
Assim na sesmaria concedida aos índios de Ururaí por Jerônimo Leitão (Reg. Geral, vol. 1º, pág. 354) escreve-se que era limítrofe com a de João Ramalho e de seus filhos, i. é., de João Ramalho e de Antônio de Macedo. Na vereança de 16 de julho de 1580 (Atas, vol. 1º, pág. 166) João Fernandes, filho de João Ramalho, é multado por não ter comparecido à procissão de Santa Isabel. Matias de Oliveira se declara neto de João Ramalho, quando requer uma sesmaria de terras na capitania de S. Vicente (Sesmarias, vol. 1º, pág. 41. Publicação oficial do Arquivo do Estado de S. Paulo). Outras referências se encontrarão com mais acurado exame.
1 de setembro de 1583, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:58
35°. Os aldeamentos de Pinheiros e São Miguel possuem uma população de quinhentas almas nos dois aldeamentos, igualando-se à população europeia da região, calculada em 120 lares
Citando ainda Del Techo, História do Paraguai, o Barão do Rio Branco, em Ephemerides Brasileiras, de lº de setembro de 1583, narra que no vale do Anhembi, hoje Tietê, os Tupiniquins tinham 300 aldeias e 30. 000 sagitários, que, em seis anos de guerra, de 1592 a 1599, foram todas destruídas e exterminados os selvagens do rio de Jeticaí, hoje rio Grande. O rio Parnaíba é afluente da margem direita do rio Paraná e tem suas nascenças mais a leste, do lado das nascenças do rio S. Francisco. Conforme se vê pelas atas da Câmara de S. Paulo, que se referem às entradas de Antônio de Macedo e de Domingos Luis Grou, já esses sertanistas lá tinham estado. As bandeiras já tinham atravessado o rio [Páginas 262 e 263]
10 de agosto de 1584, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:33
36°. Testamento
João Coelho de Sousa, pelo norte, à procura dessas minas, percorrera os sertões próximos ao rio S. Francisco durante três anos e neles descobrira metais preciosos, mas ao regressar falecera, nas cabeceiras do rio Paraguaçu, na Bahia. Mandara, porém, entregar a seu irmão, Gabriel Soares de Sousa, os roteiros de seus descobrimentos.

Gabriel Soares de Sousa, herdeiro do itinerário de seu irmão, em Agosto de 1584, partiu para Madri a oferecer ao Rei de Espanha o descobrimento dessas minas, pedindo por isso favores, concessões e privilégios nas terras do Brasil.

Foi nessa ocasião que dedicou a D. Cristóvão de Moura, ministro influente no Governo, talvez com o objetivo de recomendar-se, o precioso Tratado Descritivo do Brasil, segundo Varnhagen, de quem copio estas informações (R.I.H.G.B., vol. 14, Aditamento).

Depois de pertinazes requerimentos e solicitações, após cerca de sete anos, foi enfim despachado favoravelmente em meados de Dezembro de 1590. [Página 274]
30 de agosto de 1584, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:44:23
37°. Gabriel Soares de fato embarcara para a corte em fins de agosto de 1584, imediatamente após a carta do reitor do Colégio ter sido enviada a Lisboa
João Coelho de Sousa, pelo norte, à procura dessas minas, percorrera os sertões próximos ao rio S. Francisco durante três anos e neles descobrira metais preciosos, mas ao regressar falecera, nas cabeceiras do rio Paraguaçu, na Bahia. Mandara, porém, entregar a seu irmão, Gabriel Soares de Sousa, os roteiros de seus descobrimentos.

Gabriel Soares de Sousa, herdeiro do itinerário de seu irmão, em Agosto de 1584, partiu para Madri a oferecer ao Rei de Espanha o descobrimento dessas minas, pedindo por isso favores, concessões e privilégios nas terras do Brasil.

Foi nessa ocasião que dedicou a D. Cristóvão de Moura, ministro influente no Governo, talvez com o objetivo de recomendar-se, o precioso Tratado Descritivo do Brasil, segundo Varnhagen, de quem copio estas informações (R.I.H.G.B., vol. 14, Aditamento).

Depois de pertinazes requerimentos e solicitações, após cerca de sete anos, foi enfim despachado favoravelmente em meados de Dezembro de 1590. [Página 274]
10 de abril de 1585, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:26
38°. Representação das Câmaras de Santos e São Vicente ao capitão-mor Jerônimo Leitão, lugar-tenente do donatário, sobre a necessidade de fazer-se guerra aos índios Tupiniquim e Carijó
A 10 de abril de 1585 (Atas, vol. 1º, pág. 275), a Câmara de S. Paulo dirigiu longa e interessante representação a Jerônimo Leitão, alegando a situação aflitiva da capitania, na qual desde seis anos tinham morrido mais de seis mil peças do gentio, de câmaras de sangue e de outras moléstias, estando ela sem escravaria para o trabalho de plantações e criação de gado, de que viviam e pagavam o dízimo ao rei, e alegando ainda que o gentio carijó já havia matado dos brancos mais de 150 homens, espanhóis e portugueses, entre os quais os 80 mandados por Martim Afonso pela terra adentro, e até padres da Companhia de Jesus.

A Câmara de S. Paulo nessa representação requereu que fizesse guerra a esse gentio carijó, inimigo dos tupiniquins, por mar, pela facilidade de se levar mantimentos, e, vencendo-os fossem eles trazidos ao ensino e à doutrina cristã. Sem essa guerra de escravização e de vingança, a capitania se despovoaria, porque estavam todos dispostos a “largar a terra e ir viver onde tivessem remédio de vida”. Pediu ainda que a respeito fossem ouvidas as demais Câmaras. [p. 238]
25 de abril de 1585, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:29
39°. Reunião: já não se fala em viagem "por mar"
A que pontos chegaram as entradas comandadas por Jerônimo Leitão? Bem difícil é determiná-los precisamente. Nos nossos arquivos não se encontram indicações do itinerário seguido por Jerônimo Leitão nem região a que ele chegou. O Padre Pablo Pastells, porém, na sua História da Companhia de Jesus na Província do Paraguai (vol. 1º, pág. 195), dá o resumo de uma carta de D. Antônio de Anhasco, datada de 14 de novembro de 1611, dirigida ao Sr. Diogo Marim Negron, Governador do Rio da Prata, em Buenos Aires, em que comunica “que havendo saído de Ciudad Real e estando em uma redução dos Padres da Companhia de Jesus, antes de chegar a Paranambaré, onde é capitão um índio chamado Taubici, na véspera de Todos os Santos, chegou-lhe a notícia de que os portugueses de S. Paulo entravam pelo caminho, que 30 anos antes tinha entrado Jerônimo Leitão com grande golpe de portugueses”. [“Na capitania de São Vicente”, 1957. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 243]
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:23:00
40°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
Jerônimo Leitão, após consultas prudentes, e a instâncias das Câmaras e dos povos da Capitania de S. Vicente, lá esteve, como já narrei no Capítulo XIII, para fazer a guerra aos carijós. E desde essa época,nos inventários, aparecem descrições de índios carijós escravizados.Uma dessas expedições partiu em fins de 1585, e em abril de 1586 ainda estava nesse sertão, o que se deduz da vereança de 7 de abril de 1586(Atas, vol. 1°, pág. 293).
7 de abril de 1586, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:07:04
41°. Bandeira de Jerônimo Leitão ainda está no sertão
Jerônimo Leitão, após consultas prudentes, e a instâncias das Câmaras e dos povos da Capitania de S. Vicente, lá esteve, como já narrei no Capítulo XIII, para fazer a guerra aos carijós. E desde essa época,nos inventários, aparecem descrições de índios carijós escravizados. Uma dessas expedições partiu em fins de 1585, e em abril de 1586 ainda estava nesse sertão, o que se deduz da vereança de 7 de abril de 1586 (Atas, vol. 1°, pág. 293).
27 de julho de 1586, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:07:04
42°. Domingos Grou não retorna com a expedição de que saiu de Santos um ano antes
A 27 de julho de 1586, Jerônimo Leitão já estava de volta na Vila de S. Paulo de Piratini, e nomeava, por ser muito necessário, Diogo Teixeira, meirinho do campo, por provisão registrada em Ata dessa Câmara (Atas, vol. 1º, pág. 301). Já essa fase da guerra estava terminada; mas a esse termo não se referem os arquivos paulistas. Pode-se, porém, afirmar que não foi então uma guerra de extermínio, porque as entradas continuaram, sendo sem dúvida a reunião, na igreja e ermida de S. Jorge e a determinação tomada no engenho dos Esquetes, o reconhecimento de guerra justa ao indígena da capitania de S. Vicente, guerra que iria durar anos.
Agosto de 1587. Atualizado em 25/02/2025 04:42:47
43°. “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"*
Belchior Carneiro tomou parte na entrada de Antônio de Macedo e de Domingos Luís Grou, seu sogro, a qual na volta, fora desbaratada perto do rio Jaguari; fora um dos membros da companhia de Nicolau Barreto e, parece, fizera uma entrada por sua própria conta no sertão dos índios temiminós. [Página 331]
1589. Atualizado em 09/10/2025 03:23:27
44°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
nele mencionados com a conformação e acidentes do terreno, pelosseus rios, cursos e cachoeiras, pelos seus vales, montes, planícies, campos e matos desde S. Paulo até as cabeceiras do rio S. Francisco nocentro do Brasil.

Consultou também as fontes históricas locais, então existentes – Pedro Taques, num manuscrito conservado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que fala na entrada de André de Leão, e Azevedo Marques nos Apontamentos Cronológicos, que narra que em 1602partiu numerosa bandeira para o sertão sob o comando de NicolauBarreto e formulou a hipótese de que as duas informações se referiama uma só entrada, e que a expedição fora uma única, cabendo a Nicolau Barreto a organização civil e a André de Leão, a parte militar. Foi aexpedição, em que tomou parte Glymmer, que O. Derby identificouno terreno.

Na época em que Orville Derhy divulgou o seu estudo não tinham ainda sido publicados pelo Arquivo do Estado de S. Paulo osInventários e Testamentos; e escassas eram as notícias sobre essas entradas;mas desde que teve conhecimento dos inventários, feitos por morte deBrás Gonçalves, o moço, e de Manuel de Chaves, e verificou que a hipótese sugerida de uma expedição única não tinha cabimento, apressou-seele mesmo em bani-la como se pode ver em um estudo aditivo naR.I.H.G. de S. Paulo, v. 8º, pág. 400.Aliás a hipótese da unidade da expedição só poderia interessarao renome dos seus comandantes, nenhum valor tendo para identificação do roteiro de W. Glymmer, que era o objetivo essencial para fixarpontos do devassamento e ocupação do sertão, identificação que continua, pois, com o seu mérito próprio.

O vale do Paraíba já estava domado pelos portugueses nas lutas que sustentaram com os Tamoios e pelo abandono do Rio de Janeiropelos franceses. Relativamente fácil foi à expedição de André de Leão ocaminhar por esse rio, vales e montes. Vai transcrita a identificação feita,por Orville Derby, no terreno e nos rios tornando por base a descriçãode W. Glymmer. [p. 295]

Em 1902, segundo vejo do meu caderno, tomei a seguinte nota:

Em 27 de novembro de 1600, por um termo de vereança, vê-se que nessa data sepreparava, com consentimento de D. Francisco de Sousa, uma entrada ao sertão,que não era o da capitania, da qual faziam parte moradores da terra e de fora dela.Era sem dúvida a de André de Leão, que partida era dezembro de 1600 (pág. 403),ainda estava no sertão em 1601, tendo voltado por agosto ou setembro, assimcompletando os nove meses de que fala Glymmer. Este tomou parte em umabandeira quando D. Francisco de Sousa, vindo da Bahia, chegou a S. Paulo paradescobrir as minas de metal que continham prata extraída dos montesSabarousom”.

No vol. 2º das Atas, em que foram publicadas as vereanças de 1600, não seencontra essa de 27 de novembro de 1600, a que se refere à nota transcrita. Comose vê no vol. 2º, das Atas às págs. 82 e 83 com que termina o ano de 1600 há umavereança a 27 de novembro que não se refere ao preparo dessa entrada. Há depoisum termo (pág. 83) de seis linhas que nada diz. Provavelmente quando ManuelAlves de Sousa copiou esse livro já as páginas correspondentes à vereança de 27dc novembro, de que foi copiada a nota transcrita, haviam desaparecido,consumidas pelo manuseio ou por outra qualquer razão. Para tal informação sóresta a nota por mim tomada, que pouco valor tem, quanto à autoridade doextrato, que ficou acima transcrito.

“Partindo de S. Miguel1, nas margens do Tietê, perto de S.Paulo, a bandeira passou para um afluente do Parayba, ganhou esterio, navegou por ele abaixo, até a sua secção encachoeirada, galgou aSerra, da Mantiqueira, passou diversos rios atribuídos correctamenteao sistema platino e penetrou até próximo ao alto S. Francisco. Atéentrar na bacia do S. Francisco, este caminho deve corresponder muitoproxima, se não exactamente, com o da Bandeira de Fernão DiasPais Leme, ‘uns setenta anos mais tarde, e com o que depois da descoberta de ouro se tornou célebre como o caminho para as Minas Gerais. Sobre a derrota de Fernão Dias, não temos detalhes, senão doRio Grande para o norte, onde diverge da do atual roteiro; mas paraa dos mineiros existe o precioso roteiro dado por Antonil, na suaobra, intitulada Opulência e cultura do Brasil publicada em Lisboa,em 1711. Pela comparação desses dois roteiros e levando em consideração a probabilidade de que a derrota de ambas fosse determinadapor caminhos já existentes dos Índios, sendo, portanto, provavelmenteidênticos, é possível reconstruir grande parte do caminho da Bandeirade 1601.

Os dois rios que deram acesso ao Parayba eram indubitavelmenteo Paratehy e o Jaguary. A serra de Guarimunis, ou Marumiminis, é a atualmente conhecida pelo nome de Itapety, perto de Mogy dasCruzes, sendo possível que estes nomes antigos ainda sejam conservados no uso local. A referência a minas de ouro nesta serra talvez sejaum acréscimo na ocasião de redigir o roteiro; mas é certo que em1601, havia, desde uns dez ou doze anos, mineração nas vizinhanças de S. Paulo, e que antes de 1633, quando foi publicada a ediçãolatina da obra de João de Láet, em que vem a enumeração das minaspaulistas, a houve na localidade aqui mencionada. A referência aoscampos, ao longo do primeiro destes rios, é, talvez, um caso de confusão com os do rio Parayba, visto que, conforme informações dos ajudantes da Comissão Geográphica e Geologica, que ultimamente levantaram a planta do vale do Pararehy, ali não existem campos notáveis. O rio então conhecido pelo nome de rio de Sorobis, bem que asua identidade com o Parahyba do litoral já era suspeitada, foi alcançado na foz do Jaguary, em frente da actual cidade de São Josédos Campos. Nota-se que, já nessa época, era conhecido o curso excêntrico do alto Parahyba. Depois de 15 ou 16 dias de viagem o riofoi abandonado no começo da secção encachoeirada, perto da actualcidade da Cachoeira, e a bandeira galgou a Serra da Mantiqueira,seguindo um pequena rio que, muito provavetmente, era o PassaVinte, que desce da garganta que depois serviu para a passagem daestrada dos mineiros e hoje para a da estrada de ferro Minas e Rio.Passando o alto da Serra, a bandeira entrou na região dos pinheiros,que os naturalistas holandeses (que evidentemnente não conheceram aAraucária, desconhecida no Norte do Brasil) julgaram, pela descrição de Glimmer, que eram Sapucaias.

Deste ponto em diante, o roteiro torna-se um tanto obscuro, dandoa suspeitar o ter havido alguma confusão na redeção... Os dados topográficos são; o rumo de noroeste e as passagens de três rios, dos quaisdois maiores, navegáveis e vindos do norte, com a distância de 4 ou 5léguas entre um e outro. Os únicos rios em caminho das cachoeiras doParahyba para a região do alto S. Francisco, que corresponder a estadescrição destes dois rios, são o Rio Grande e Rio das Mortes, pertoda sua confluencia. Ahi o Rio Grande cujo curso geral é para o oestecorre, por alguns kilômetros, do norte, num grande saco que sempretem sido um ponto de passagem, e, a quatro ou cinco léguas adiante, o Rio das Mortes tambem vem um pequeno trecho do Norte2. Este trecho é junto à estação de Aureliano Mourão, na estrada de ferro Oestede Minas e poucos kilômetros abaixo da povoação de Ibituruna, ondeFernão Dias estabeleceu um dos seus postos, talvez por encontrar pertoa grande aldeia de índios amigos, rica em mantimentos, de que fala onosso Glymmer. Se porem, este for o ponto de passagem do Rio dasMortes, não se encontra, a três dias de viagem, dos Pinheiros e a quatorze do Rio Grande, rio algum que pareça digno de menção numanarrativa em que não vem mencionado o Angahy. Este, pelo roteiro deAntonil, está a 22 ou 24 dias de viagem dos Pinheiros e a 4 a 5 doRio Grande. Para pôr os dons roteiros de acordo, identificando o primeiro rio de Glymmer com o Angahy, seria necessário inverter os termos dos três e dos quatorze dias de viagem, supondo um outro caso deconfusão na redação, como o já apontado com os campos do Paratehy eParahyba.

Da passagem do Angahy o caminho dos mineiros dado por Antonil tomou mais para a direita, procurando São João d’El-Rei, viaCarrancas. É para notar que as marchas diárias do roteiro de Antonil são pequenas, sendo geralmente “até o jantar”, o que explica, talvez, a discordância, do número de dias (de 14 a 22 ou 24) que se ‘nota na hypothese de ser o Angahy o primeiro rio do presente roteiro.

Partindo da aldeia sobre o terceiro rio, a Bandeira caminhou durante um mes em rumo de noroeste, sem passar rio algum, até achar-seperto da confluência de dous rios de diversas grandezas, que romperampara o norte, entre montanhas que foram identificados com a desejadaSerra de Sabarábussú. Aqui, foi encontrada uma estrada larga e trilhada, que nesta época não podia ser senão dos Índios e cuja existência confirma a hipótese já lançada da que a derrota, desta e de subseqüentes bandeiras era por estes caminhos fá existentes. A estrada seguida da aldeia por diante era pelo alto de um espigão, e, admitindoque o ponto de partida era nas vizinhanças de Ibituruna, temos trêshipóteses a considerar:

1º O espigão entre o Rio Grande e as cabeceiras dos rios Pará eS. Francisco.2º O entre os rios Pará e S. Francisco.3º O entre os rios Pará e Paraopeba.O caminho pelo primeiro destes espigões, passando por Oliveira,Tamanduá e Formiga, até o alto S. Francisco, corresponde regularmente com o rumo dado, tendendo, porém, mais para o oeste do quepara o noroeste, e cruzando o rio Jacaré que, conquanto não seja grande, parece de bastante importância para ser mencionado. Por este espigão, porém, é difícil identificar os dois rios do fim da jornada e a serracortada por eles, porque as serras de Piumhy ou a de Canastra malcorrespondem à descrição do roteiro. O segundo espigão daria para cairna forquilha entre o Pará e o Itapecerica, ou entre o Pará e o Lambary, ou finalmente, entre o Pará e o S. Francisco. As duas primeirasparecem demasiado perto para a jornada de um mez, e na do Pará eSão Francisco os dois rios devem figurar como tendo proximamente amesma grandeza. O terceiro espigão daria, na hipótese de accompanhar de perto a margem direita do Pará, para cahir na forquilha entreeste rio e seu afluente o rio de S. João, na passagem das serras na vizinhança da atual cidade de Pitanguy; e, sem poder pronunciar-me positivamente a respeito, sou inclinado a considerar esta como a hipótesemais provável.


Até aqui o estudo do O. Derby (R.I.H.G. de S. Paulo, vol. 4º,pág. 338), sobre a identificação do Roteiro de Glymmer no terreno.Fácil também é agora identificar o cabo da expedição mandada por D. Francisco de Sousa, e na qual tomou parte GuilhermeGlymmer.Essa identificação está baseada nos documentos do ArquivoPúblico do Estado de S. Paulo e do Arquivo da Câmara da vila de S.Paulo, apoiada em alheios estudos precedentes.As entradas de Antônio de Macedo e de Domingos LuísGrou foram começadas antes de 1583, as de Jerônimo Leitão até 1590,foram todas anteriores à nomeação de D. Francisco de Sousa para Governador-Geral do Brasil. A de Jorge Correia em 1595, a de ManuelSoeiro (?), em 1596 e a de João Pereira de Sousa em 1597 se realizaram [p. 297, 299]
1589. Atualizado em 23/10/2025 15:39:22
45°. Guarulhos
Na vereança de 5 de dezembro de 1593, a Câmara de S. Paulo convocou os homens bons da vila e perante eles se leram as cartas (Vol. 1º, pág. 476) dessas duas Câmaras que entendiam “não dever se fazer tal guerra porque o gentio não nos dava opressão”. As Câmaras do litoral estavam longe, e só temiam os ataques dos piratas ingleses.

A Câmara de S. Paulo, para justificar a sua reclamação, fez vir alguns dos moradores da vila – Belchior Carneiro, Gregório Ramalho, filho de Vitorino Ramalho, e neto de João Ramalho, Manuel, índio cristão de S. Miguel, irmão de Fernão de Sousa, Gonçalo Camacho – que tinham feito parte da Companhia de Antônio de Macedo e de Domingos Luis Grou, restos da expedição, a fim de juramentados sobre um livro dos Santos Evangelhos, declarassem o que se passou com o gentio de Bongi que havia assaltado e desbaratado a Companhia de Macedo e de Grou.

Disseram eles que os "índios de Mongi, pelo rio abaixo de Anhembi, junto de um outro rio de Jaguari, esperaram toda a entrada, e foram dando, matando, desbaratando a uns e outros. Nesse transe “foram mortos Manuel Francisco, o francês Guilherme Navarro, e Diogo Dias; Francisco Correia, Gaspar Dias e João de Sales levaram um tiro; um moço branco cunhado de Pero Guedes, ou de sua casa, e Gabriel da Pena também foram mortos, fora Tamarutaca, do qual não havia notícia".

“Levaram cativas muitas pessoas e muita gente tupinaem, e apregoavam nova guerra por novos caminhos para novos ataques e depredações”, razão pela qual era necessário ir fazer-lhes a guerra e com toda a brevidade.

Era a confirmação dos ataques e assaltos mencionados na vereança de 17 de março de 1590. Em vista disso foi requerida a presença do Capitão Jorge Correia, que, vindo, ouviu a leitura das cartas escritas pelas Câmaras litorâneas, a refutação a elas pelos sobreviventes da Companhia de Macedo e de Grou, e os protestos da Câmara, que o responsabilizavam perante Deus, Sua Majestade e o senhor da terra, por todos os males que caíssem sobre a vila, visto estarem todos prontos com suas armas e sua gente a acompanhá-lo ao sertão.

Jorge Correia ainda procurou contemporizar dizendo ser necessário pedir socorro ao Rio de Janeiro, falou ainda nos perigos dos inimigos piratas que vinham por mar, a que primeiro se devia acudir, sendo talvez insuficiente a gente da capitania para as duas guerras.

Mas a Câmara insistiu declarando que “bastava a gente da capitania para a guerra do sertão contra o gentio de Bongi, que estava já entre mãos, e que se acudisse também ao mar e se lhe desse também o remédio possível e com a mesma gente do mar, pois que para tudo havia gente”.

O Capitão Jorge Correia prometeu que tudo proveria como era sua obrigação e que todos estivessem prestes para o seguir e o acompanhar (Atas – vol. 1º, págs. 477, 478 e 479). Entretanto os embargos opostos pela Câmara da vila de S. Paulo à provisão do capitão-mor e ouvidor da Capitania de S. Vicente, que ordenava a entrega aos padres da Companhia de Jesus das aldeias de índios, foram levados ao Governador-Geral na cidade do Salvador, na Bahia, por Atanázio da Motta e iriam lá encontrar favorável acolhimento por motivos que serão adiante explicados. Tais embargos não foram, porém, registrados nos livros da Câmara de S. Paulo, nem nos da sede da capitania, mas ainda que nesta...
Janeiro de 1590. Atualizado em 23/10/2025 15:39:23
46°. Nova expedição com 50 homens*
Na vereança de 5 de dezembro de 1593, a Câmara de S. Paulo convocou os homens bons da vila e perante eles se leram as cartas (Vol. 1º, pág. 476) dessas duas Câmaras que entendiam “não dever se fazer tal guerra porque o gentio não nos dava opressão”. As Câmaras do litoral estavam longe, e só temiam os ataques dos piratas ingleses.

A Câmara de S. Paulo, para justificar a sua reclamação, fez vir alguns dos moradores da vila – Belchior Carneiro, Gregório Ramalho, filho de Vitorino Ramalho, e neto de João Ramalho, Manuel, índio cristão de S. Miguel, irmão de Fernão de Sousa, Gonçalo Camacho – que tinham feito parte da Companhia de Antônio de Macedo e de Domingos Luis Grou, restos da expedição, a fim de juramentados sobre um livro dos Santos Evangelhos, declarassem o que se passou com o gentio de Bongi que havia assaltado e desbaratado a Companhia de Macedo e de Grou.

Disseram eles que os "índios de Mongi, pelo rio abaixo de Anhembi, junto de um outro rio de Jaguari, esperaram toda a entrada, e foram dando, matando, desbaratando a uns e outros. Nesse transe “foram mortos Manuel Francisco, o francês Guilherme Navarro, e Diogo Dias; Francisco Correia, Gaspar Dias e João de Sales levaram um tiro; um moço branco cunhado de Pero Guedes, ou de sua casa, e Gabriel da Pena também foram mortos, fora Tamarutaca, do qual não havia notícia".

“Levaram cativas muitas pessoas e muita gente tupinaem, e apregoavam nova guerra por novos caminhos para novos ataques e depredações”, razão pela qual era necessário ir fazer-lhes a guerra e com toda a brevidade.

Era a confirmação dos ataques e assaltos mencionados na vereança de 17 de março de 1590. Em vista disso foi requerida a presença do Capitão Jorge Correia, que, vindo, ouviu a leitura das cartas escritas pelas Câmaras litorâneas, a refutação a elas pelos sobreviventes da Companhia de Macedo e de Grou, e os protestos da Câmara, que o responsabilizavam perante Deus, Sua Majestade e o senhor da terra, por todos os males que caíssem sobre a vila, visto estarem todos prontos com suas armas e sua gente a acompanhá-lo ao sertão.

Jorge Correia ainda procurou contemporizar dizendo ser necessário pedir socorro ao Rio de Janeiro, falou ainda nos perigos dos inimigos piratas que vinham por mar, a que primeiro se devia acudir, sendo talvez insuficiente a gente da capitania para as duas guerras.

Mas a Câmara insistiu declarando que “bastava a gente da capitania para a guerra do sertão contra o gentio de Bongi, que estava já entre mãos, e que se acudisse também ao mar e se lhe desse também o remédio possível e com a mesma gente do mar, pois que para tudo havia gente”.

O Capitão Jorge Correia prometeu que tudo proveria como era sua obrigação e que todos estivessem prestes para o seguir e o acompanhar (Atas – vol. 1º, págs. 477, 478 e 479). Entretanto os embargos opostos pela Câmara da vila de S. Paulo à provisão do capitão-mor e ouvidor da Capitania de S. Vicente, que ordenava a entrega aos padres da Companhia de Jesus das aldeias de índios, foram levados ao Governador-Geral na cidade do Salvador, na Bahia, por Atanázio da Motta e iriam lá encontrar favorável acolhimento por motivos que serão adiante explicados. Tais embargos não foram, porém, registrados nos livros da Câmara de S. Paulo, nem nos da sede da capitania, mas ainda que nesta...
17 de março de 1590, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:39:24
47°. A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada
Na vereança de 5 de dezembro de 1593, a Câmara de S. Paulo convocou os homens bons da vila e perante eles se leram as cartas (Vol. 1º, pág. 476) dessas duas Câmaras que entendiam “não dever se fazer tal guerra porque o gentio não nos dava opressão”. As Câmaras do litoral estavam longe, e só temiam os ataques dos piratas ingleses.

A Câmara de S. Paulo, para justificar a sua reclamação, fez vir alguns dos moradores da vila – Belchior Carneiro, Gregório Ramalho, filho de Vitorino Ramalho, e neto de João Ramalho, Manuel, índio cristão de S. Miguel, irmão de Fernão de Sousa, Gonçalo Camacho – que tinham feito parte da Companhia de Antônio de Macedo e de Domingos Luis Grou, restos da expedição, a fim de juramentados sobre um livro dos Santos Evangelhos, declarassem o que se passou com o gentio de Bongi que havia assaltado e desbaratado a Companhia de Macedo e de Grou.

Disseram eles que os "índios de Mongi, pelo rio abaixo de Anhembi, junto de um outro rio de Jaguari, esperaram toda a entrada, e foram dando, matando, desbaratando a uns e outros. Nesse transe “foram mortos Manuel Francisco, o francês Guilherme Navarro, e Diogo Dias; Francisco Correia, Gaspar Dias e João de Sales levaram um tiro; um moço branco cunhado de Pero Guedes, ou de sua casa, e Gabriel da Pena também foram mortos, fora Tamarutaca, do qual não havia notícia".

“Levaram cativas muitas pessoas e muita gente tupinaem, e apregoavam nova guerra por novos caminhos para novos ataques e depredações”, razão pela qual era necessário ir fazer-lhes a guerra e com toda a brevidade.

Era a confirmação dos ataques e assaltos mencionados na vereança de 17 de março de 1590. Em vista disso foi requerida a presença do Capitão Jorge Correia, que, vindo, ouviu a leitura das cartas escritas pelas Câmaras litorâneas, a refutação a elas pelos sobreviventes da Companhia de Macedo e de Grou, e os protestos da Câmara, que o responsabilizavam perante Deus, Sua Majestade e o senhor da terra, por todos os males que caíssem sobre a vila, visto estarem todos prontos com suas armas e sua gente a acompanhá-lo ao sertão.

Jorge Correia ainda procurou contemporizar dizendo ser necessário pedir socorro ao Rio de Janeiro, falou ainda nos perigos dos inimigos piratas que vinham por mar, a que primeiro se devia acudir, sendo talvez insuficiente a gente da capitania para as duas guerras.

Mas a Câmara insistiu declarando que “bastava a gente da capitania para a guerra do sertão contra o gentio de Bongi, que estava já entre mãos, e que se acudisse também ao mar e se lhe desse também o remédio possível e com a mesma gente do mar, pois que para tudo havia gente”.

O Capitão Jorge Correia prometeu que tudo proveria como era sua obrigação e que todos estivessem prestes para o seguir e o acompanhar (Atas – vol. 1º, págs. 477, 478 e 479). Entretanto os embargos opostos pela Câmara da vila de S. Paulo à provisão do capitão-mor e ouvidor da Capitania de S. Vicente, que ordenava a entrega aos padres da Companhia de Jesus das aldeias de índios, foram levados ao Governador-Geral na cidade do Salvador, na Bahia, por Atanázio da Motta e iriam lá encontrar favorável acolhimento por motivos que serão adiante explicados. Tais embargos não foram, porém, registrados nos livros da Câmara de S. Paulo, nem nos da sede da capitania, mas ainda que nesta...
1 de dezembro de 1590, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:43
48°. D. Francisco foi nomeado substituto de Giraldes, tornando-se o sétimo governador- geral do Brasil, o terceiro escolhido já no contexto da União das Coroas
João Coelho de Sousa, pelo norte, à procura dessas minas, percorrera os sertões próximos ao rio S. Francisco durante três anos e neles descobrira metais preciosos, mas ao regressar falecera, nas cabeceiras do rio Paraguaçu, na Bahia. Mandara, porém, entregar a seu irmão, Gabriel Soares de Sousa, os roteiros de seus descobrimentos.

Gabriel Soares de Sousa, herdeiro do itinerário de seu irmão, em Agosto de 1584, partiu para Madri a oferecer ao Rei de Espanha o descobrimento dessas minas, pedindo por isso favores, concessões e privilégios nas terras do Brasil.

Foi nessa ocasião que dedicou a D. Cristóvão de Moura, ministro influente no Governo, talvez com o objetivo de recomendar-se, o precioso Tratado Descritivo do Brasil, segundo Varnhagen, de quem copio estas informações (R.I.H.G.B., vol. 14, Aditamento). Depois de pertinazes requerimentos e solicitações, após cerca de sete anos, foi enfim despachado favoravelmente em meados de Dezembro de 1590.
27 de março de 1591, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:57
49°. Carta régia ordenando que as duas urcas em que deveriam vir para o Brasil o governador nomeado dom Francisco de Sousa e Gabriel Soares de Sousa regressassem carregadas de açúcares
9 de junho de 1591, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:07:19
50°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
Os piratas, franceses e ingleses, corriam os mares não policiados para saquear, se apoderar dos galeões carregados de ouro que vinham da América para os reinos de D. Carlos I. D. Francisco de Sousa, mesmo em Lisboa e em Madri, ouvira falar dessas minas e nas pretensões de Robério Dias, e sem dúvida, a esses boatos dera crédito; no Brasil, depois de sua vinda essa crença mais se confirmou.

Frei Vicente do Salvador, contemporâneo de D. Francisco de Sousa, recolhe, nas páginas de sua História do Brasil (Livro 1º, Cap. V), e dá curso à notícia de que um soldado de crédito lhe contara que um índio aprisionado falara de uma certa paragem, onde havia mina de muito ouro limpo, de onde se poderia tirar o metal precioso aos pedaços.
29 de abril de 1592, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:57
51°. Capitão da gente de S. Paulo para reger e governar, de que teve patente por Jorge Correa, moço da câmara
Quando foi nomeado capitão para entrar ao sertão, em 1592, Afonso Sardinha, o velho, fez o seu extenso testamento lavrado por tabelião, a 2 de novembro desse ano, e nele declara que do seu casamento com Maria Gonçalves (Vide Azevedo Marques, Cronologia, Testamento de Afonso Sardinha, o velho) não houve filhos, não tendo ele herdeiros forçados, pois que Afonso Sardinha, o moço, seu filho, foi havido na constância do matrimônio. Era portanto adulterino, sem direito a herdar. [“Na capitania de São Vicente”, 1957. Washington Luis. Página 189]
10 de julho de 1592, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:57
52°. Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa, capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco
(...) Sebastião de Freitas, que dela foi escrivão, e que em 1591 viera de Portugal, como soldado da companhia de Gabriel Soares de Sousa, para descobrimento de metais preciosos no rio S. Francisco; [p. 261]

João Coelho de Sousa, pelo norte, à procura dessas minas, percorrera os sertões próximos ao rio S. Francisco durante três anos e neles descobrira metais preciosos, mas ao regressar falecera, nas cabeceiras do rio Paraguaçu, na Bahia. Mandara, porém, entregar a seu irmão, Gabriel Soares de Sousa, os roteiros de seus descobrimentos.

Gabriel Soares de Sousa, herdeiro do itinerário de seu irmão, em Agosto de 1584, partiu para Madri a oferecer ao Rei de Espanha o descobrimento dessas minas, pedindo por isso favores, concessões e privilégios nas terras do Brasil. Foi nessa ocasião que dedicou a D. Cristóvão de Moura, ministro influente no Governo, talvez com o objetivo de recomendar-se, o precioso Tratado Descritivo do Brasil, segundo Varnhagen, de quem copio estas informações (R.I.H.G.B., vol. 14, Aditamento).

Depois de pertinazes requerimentos e solicitações, após cerca de sete anos, foi enfim despachado favoravelmente em meados de Dezembro de 1590. Voltando para o Brasil, muito recomendado a D. Francisco de Sousa, já então Governador-geral, tratou de organizar uma expedição e partiu de suas terras, na Bahia, em busca das minas famosas que se supunham situadas no rio S. Francisco.

Subiu pela margem direita do rio Paraguaçu e, de acordo com uma das cláusulas da sua concessão, deveria formar arraiais ou povoações, com os índios que levara, de 50 em 50 léguas.

Fez o primeiro arraial e continuou a sua marcha pelo sertão. Mas adoeceram muitos dos seus homens de sezões, perdeu muitos animais, muitos mordidos por cobras, outros devorados pelas onças. Embaraçado pelas enchentes do próprio rio Paraguaçu, atravessou serras, e decidiu-se a fundar o segundo arraial; mas abatido por moléstia, esgotado de forças, faleceu aí.

No comando da expedição foi substituído por, Julião da Costa, que, vendo-se privado do guia, o índio Aracy também aí morto, esmoreceu e retirou-se com os restos da expedição para lugar mais sadio e escreveu ao Governador-geral dando conta do sucedido e pedindo instruções. D. Francisco de Sousa que, segundo as ordens de seu rei, havia auxiliado a expedição, determinou-lhe o regresso. [Página 274]

Varnhagen julga severamente o Governador-geral e até acusa-o de se ter apoderado dos roteiros e mais indicações para o descobrimento das minas. O mais provável que Julião da Costa tivesse entregue ao Governador-geral todos os papéis da expedição.

O fato é que, de posse dos roteiros e das indicações das duas primeiras tentativas, D. Francisco de Sousa tratou de requerer e obteve do rei da Espanha todos os favores, concessões, privilégios, antes outorgados a Gabriel Soares de Sousa, e muitos outros ainda, entre eles a promessa de ser feito Marquês das Minas, se tal ouro ou prata fosse descoberto. Este título sintetiza a época, caracteriza o rei e define o Governo de D. Francisco de Sousa. Ele procurava honras e rendas, o rei precisava de ouro para as suas guerras na Europa.

Ao mesmo tempo, que pelos roteiros tivera conhecimento da existência de minas de ouro e prata nas nascenças do rio S. Francisco, também tivera notícia certa e segura que, desde a vila de S. Paulo, homens que resistiam às sezões e às onças, às agruras e às asperezas das selvas, que guerreavam e venciam os índios ferozes, faziam entradas ao sertão do alto S. Francisco, já tendo tocado era alguns de seus afluentes.

Esses homens, partindo do sul, seriam capazes de ir e chegar à Lagoa Dourada e voltar depois de descobrir as afamadas minas.

Desejando encontrar as minas de ouro e prata nas cabeceiras do rio S. Francisco, e sentindo que obstáculos eram criados à gente de S. Paulo, impedindo-a de ir a essas cabeceiras, D. Francisco de Sousa achou intempestiva a atitude de Jorge Correia, pressuroso recebeu os embargos opostos pela Câmara de S. Paulo à provisão expedida, atendeu aos “capítulos de acusação opostos pelas câmaras que lhe foram apresentados por Atanázio da Motta”, e suspendeu Jorge Correia dos cargos de capitão-mor e ouvidor da Capitania de S. Vicente, emprazando-o a ir à cidade do Salvador para se defender na devassa, que contra ele mandou abrir. E para que “a capitania não ficasse acéfala, enquanto durasse a suspensão, e enquanto ele o houvesse por bem e por serviço de sua Majestade e o dito senhor não mandasse o contrário”, nomeou capitão-mor de S. Vicente a “João Pereira de Sousa” “pessoa benemérita” “dando-lhe por adjuntos Simão Machado e João Baptista Mallio, moradores em Santos,” para que todos três determinassem os casos e os negócios da capitania, dando mais a João Pereira de Sousa carta de recomendação para a Câmara de S. Paulo. Na própria cidade do Salvador, na Bahia, perante o próprio Governador, foi dado juramento a João Pereira de Souza, sobre um livro dos Santos Evangelhos, para bem servir o cargo, como já narrei.

As instruções dadas ao novo capitão, é lícito crer, foram para fazer guerra imediata ao gentio, como reclamava a Câmara de S. Paulo, dirigir as expedições para esse sertão, já percorrido pelas bandeiras paulistas, nas proximidades do alto S. Francisco, onde, no seu pensar, se achavam as minas, e aí descobri-las. É o que se pode deduzir da ação de João Pereira de Sousa, como ver-se-á no capítulo em que é estudada essa ação.

A expedição de João Pereira de Sousa não obteve os resultados esperados. Para não perder o auxílio dos paulistas, habituados à vida do sertão, para dirigi-los no descobrimento das minas, D. Francisco de Sousa resolveu transportar-se para a Capitania de S. Vicente, onde a sua habilidade tudo aplanaria e os recursos oficiais tudo facilitariam.

De fato, partiu para a Capitania de Lopo de Sousa tocando em diversos pontos da costa do Brasil, como Espírito Santo de onde dizem mandou exploradores ao sertão. Em Vitória, por provisão datada de 27 de novembro de 1598, nomeou Diogo Arias de Aguirre capitão-mor de certos navios que foram em direitura para a capitania de S. Vicente com 300 índios flecheiros, para sua guarda e benefício das minas de S. Vicente “até a minha chegada para evitar os inconvenientes que com a minha presença se atalharão sem embargo de presente (haver?) na dita capitania capitão” (Provisão registrada na Câmara de S. Vicente a 18 de dezembro de 1598 e também na Câmara da vila de S. Paulo no Reg. Geral, vol. 7º, págs. 61 a 65).

Logo depois ele mesmo, como Governador-geral, para estimular, para mandar ao sertão diversas bandeiras, se transportaria para a Capitania de São Vicente, para a Vila de S. Paulo, onde estabeleceu, por assim dizer, a sede do Governo-geral do Brasil. [p. 275, 276]
2 de agosto de 1592, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
53°. Afonso Sardinha começou a escavar em Araçoyaba
As chamadas minas do Jaraguá, Bituruna, foram também descobertas por Clemente Álvares (Atas, vol. 2º, pág. 172) que as manifestou em 1606, procurando-as, segundo disse, desde 14 anos, época mais ou menos em que também as descobriram os Sardinhas, nada produziam ainda, dois anos depois do testamento de Afonso Sardinha, o moço, no sertão.

E nada tinham produzido, porque o próprio Clemente Álvares pede que se registre o seu descobrimento em Jaraguá para “não perder o seu direito, vindo oficiais e ensaiadores que o entendam, por ele não o entender senão por notícia e bom engenho”. No tempo em que as manifestou, em 1606, as minas de Jaraguá ainda esperavam os mineiros e ensaiadores.

Não tinha ainda havido exploração, estavam ainda intactas,conforme determinara D. Francisco de Sousa. Se houvesse produção o Fisco, curioso e ávido, não teria deixado de arrecadar os quintos para receber as porcentagens. As penas para quem guardasse ouro em pó eram severíssimas, e importavam em confisco desse metal, em multas pecuniárias, açoites nas ruas públicas, degredo para Angola, devendo todos reduzir o ouro a barras, depois de quintado (Reg. Geral, vol. 1º, págs. 93e 94).
30 de setembro de 1592, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
54°. Afonso Sardinha é eleito capitão da guerra contra os índios
Diante dessas dificuldades o capitão-mor hesitava e procurou contemporizar. Na provisão de 30 de setembro de 1592, registrada a 10 de outubro desse ano (vol. 1º, pág. 59 – Reg. Geral), Jorge Correia determinou que Afonso Sardinha, em seu nome, fosse ao sertão, a ver o estado dos contrários ou a dar-lhes guerra com a maior segurança, levando a... [p. 247 e 248]
5 de dezembro de 1593, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:02
55°. Depoimento sobre o ataque a Antonio de Macedo e Domingos Luis Grou no rio Jaguari: Manoel Fernandes uma das vítimas
Na vereança de 5 de dezembro de 1593, a Câmara de S. Paulo convocou os homens bons da vila e perante eles se leram as cartas (Vol. 1º, pág. 476) dessas duas Câmaras que entendiam “não dever se fazer tal guerra porque o gentio não nos dava opressão”. As Câmaras do litoral estavam longe, e só temiam os ataques dos piratas ingleses.

A Câmara de S. Paulo, para justificar a sua reclamação, fez vir alguns dos moradores da vila – Belchior Carneiro, Gregório Ramalho, filho de Vitorino Ramalho, e neto de João Ramalho, Manuel, índio cristão de S. Miguel, irmão de Fernão de Sousa, Gonçalo Camacho – que tinham feito parte da Companhia de Antônio de Macedo e de Domingos Luis Grou, restos da expedição, a fim de juramentados sobre um livro dos Santos Evangelhos, declarassem o que se passou com o gentio de Bongi que havia assaltado e desbaratado a Companhia de Macedo e de Grou.

Disseram eles que os índios de Mongi, pelo rio abaixo de Anhembi, junto de um outro rio de Jaguari, esperaram toda a entrada, e foram dando, matando, desbaratando a uns e outros. Nesse transe “foram mortos Manuel Francisco, o francês Guilherme Navarro, e Diogo Dias; Francisco Correia, Gaspar Dias e João de Sales levaram um tiro; um moço branco cunhado de Pero Guedes, ou de sua casa, e Gabriel da Pena também foram mortos, fora Tamarutaca, do qual não havia notícia”.

“Levaram cativas muitas pessoas e muita gente tupinaem, e apregoavam nova guerra por novos caminhos para novos ataques e depredações”, razão pela qual era necessário ir fazer-lhes a guerra e com toda a brevidade.

Era a confirmação dos ataques e assaltos mencionados na vereança de 17 de março de 1590. Em vista disso foi requerida a presença do Capitão Jorge Correia, que, vindo, ouviu a leitura das cartas escritas pelas Câmaras litorâneas, a refutação a elas pelos sobreviventes da Companhia de Macedo e de Grou, e os protestos da Câmara, que o responsabilizavam perante Deus, Sua Majestade e o senhor da terra, por todos os males que caíssem sobre a vila, visto estarem todos prontos com suas armas e sua gente a acompanhá-lo ao sertão.

Jorge Correia ainda procurou contemporizar dizendo ser necessário pedir socorro ao Rio de Janeiro, falou ainda nos perigos dos inimigos piratas que vinham por mar, a que primeiro se devia acudir, sendo talvez insuficiente a gente da capitania para as duas guerras.

Mas a Câmara insistiu declarando que “bastava a gente da capitania para a guerra do sertão contra o gentio de Bongi, que estava já entre mãos, e que se acudisse também ao mar e se lhe desse também o remédio possível e com a mesma gente do mar, pois que para tudo havia gente”.

O Capitão Jorge Correia prometeu que tudo proveria como era sua obrigação e que todos estivessem prestes para o seguir e o acompanhar (Atas – vol. 1º, págs. 477, 478 e 479). Entretanto os embargos opostos pela Câmara da vila de S. Paulo à provisão do capitão-mor e ouvidor da Capitania de S. Vicente, que ordenava a entrega aos padres da Companhia de Jesus das aldeias de índios, foram levados ao Governador-Geral na cidade do Salvador, na Bahia, por Atanázio da Motta e iriam lá encontrar favorável acolhimento por motivos que serão adiante explicados. Tais embargos não foram, porém, registrados nos livros da Câmara de S. Paulo, nem nos da sede da capitania, mas ainda que nesta...
4 de junho de 1594, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:41:02
56°. Domingos Luís Grou, filho, teria desaparecido, devorado pelos índios
Domingos Luís Grou desapareceu na entrada, a que se refere a Câmara, feita com Antônio de Macedo, devorado pelos índios. Encontra-se a confirmação de sua morte em 4 de Junho de 1594, conforme deduzo do seguinte extrato por mim feito em 1902, dum livro de notas da vila de S. Paulo, do tabelião Belchior da Costa, que me foi confiado pelo Dr. Luís Gonzaga da Silva Leme – livro muito estragado–ea quem logo o restituí.

“1594 – Junho – 4. Maria Afonso, viúva de Marcos “Fernandes dá em dote a sua filha Francisca Alvares, para “que se case com Antonio de Zouro, um pedaço de chão, terça “parte da data da câmara pegado a outro que ela comprou de “Domingos Luís Grou, já defunto, e pegado com a data de “Gaspar Collaço Villela no arrabalde da villa deS. Paulo”, e “também vende parte desses chãos a seu sobrinho Alonso Feres “Calhamares casado com sua sobrinha... [Páginas 181 e 182]
13 de fevereiro de 1597, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:40
57°. Falecimento
Pedro Taques informa que ele e sua mulher, Filipa Vicente, naturais de Olivença, nessa época ainda pertencente no território português, eram pessoas nobres e honradas. No inventário de João de Prado declara-se somente que ela, Filipa Vicente, era pessoa honrada e viúva de pessoa honrada, o que significa que os dois foram pessoas de destaque na então insignificante vila de São Paulo. João de Prado, pela sua pessoa, pela sua família, pelas suas armas, pelo número de nativos administrados e escravizados que possuía, foi um dos mais poderosos elementos que compuseram a expedição de João Pereira de Sousa. Era tal a importância de que gozava, que a sua presença na expedição o punha em evidência de chefe. O Padre Del Techo, na sua História Provinciae Paraquariae o considerou chefe da expedição, o que não é verdade. Teria sido um dos chefes, mas o chefe supremo foi João Pereira de Sousa, em cujo arraial no sertão, ele faleceu a 13 de fevereiro de 1597, conforme expressamente é declarado no respectivo inventário.
19 de julho de 1597, sábado. Atualizado em 24/10/2025 21:21:44
58°. A esse capitão, Jorge Correia, que a Câmara de São Paulo se dirige pedindo carcereiros, ferro, prisões, para os delinquentes da vila
21 de março de 1598, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:45:43
59°. A 21 de março de 1598, em vereança, a Câmara da vila de São Paulo se inquietava pela sorte da expedição de João Pereira de Sousa e requereu ao capitão-mór "que se mandasse socorro à nossa gente que ficara no sertão, porque não vinha, nem se sabia se eram mortos ou vivos"
É de notar que este requerimento foi dirigido ao capitão-mór Jorge Correia, que já reassumira o seu cargo, e nesse cargo estava desde 19 de julho de 1597, porque nesta data é a esse capitão, Jorge Correia, que a Câmara de São Paulo se dirige pedindo carcereiros, ferro, prisões, para os delinquentes da vila.
14 de novembro de 1598, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:45:42
60°. Barreto
Ainda inquieta pela sorte da bandeira a Câmara requereu de novo a 14 de novembro de 1598, mas já a Roque Barreto, então capitão-mor, “porquanto a nossa gente que ficou no sertão da companhia de João Pereira de Sousa não vinha e podia estar necessitada de socorro e que era bem que se lhe desse socorro e se soubesse de (que) modo estava, pois é bem de todos (Atas, vol. 2º, pág. 47).

A devassa instaurada contra Jorge Correia não dera resultado criminal (e nem esse intuito teve D. Francisco de Sousa), pois que Jorge Correia exerceu seu cargo após a prisão de João Pereira de Sousa.

O que importava para D. Francisco de Sousa era que o capitão, por ele mandado, fora preso e não poderia levar a cabo a entrada ao sertão, e que a opinião dos jesuítas e de seus partidários prevaleceria não se fazendo por conseqüência as explorações, que deveriam encontrar as minas desejadas, com o desânimo de alguns e com a dispersão dos bandeirantes.

Na Bahia, o Governador-geral do Brasil sentiu que as atividades dos sertanistas vicentinos se perderiam e, que os seus esforços para descobrir as fabulosas minas de Robério Dias, procuradas antes por João de Sousa e por Gabriel Soares de Sousa nenhum resultado teriam. Resolveu, pois, passar-se para a Capitania de S. Vicente para coordenar o trabalho dos bandeirantes, acalmar os jesuítas e assim descobrir o ouro cobiçado e obter o marquesado das Minas. [Página 270]
27 de novembro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:43
61°. Diogo Arias de Aguirre foi nomeado Capitão-Mór da Capitania de São Vicente
De fato, partiu para a Capitania de Lopo de Sousa tocando em diversos pontos da costa do Brasil, como Espírito Santo de onde dizem mandou exploradores ao sertão. Em Vitória, por provisão datada de 27 de novembro de 1598, nomeou Diogo Arias de Aguirre capitão-mor de certos navios que foram em direitura para a capitania de S. Vicente com 300 índios flecheiros, para sua guarda e benefício das minas de S. Vicente “até a minha chegada para evitar os inconvenientes que com a minha presença se atalharão sem embargo de presente (haver?) na dita capitania capitão” (Provisão registrada na Câmara de S. Vicente a 18 de dezembro de 1598 e também na Câmara da vila de S. Paulo no Reg. Geral, vol. 7º, págs. 61 a 65).
1599. Atualizado em 24/10/2025 02:38:53
62°. sem data específica
O pequeno relato intitulado Uma Eleição em 1599, em que descreve o processo eleitoral de antanho, calcado em dados do Arquivo da Câmara Municipal Paulistana e no qual explica o procedimento da escolha dos eleitores, dos edis, dos juízes e do procurador do Conselho, tomando por base o pleito daquele ano, mereceu acolhida naquele matutino.

Trabalho de maior fôlego, a que dedicaria, mais tarde, sua atenção, desenvolve-se sob a epígrafe A Vila de S. Paulo. Desdobra-se em quatro capítulos, em que traça o perfil da “insignificante e quase miserável vila de S. Paulo do Campo”, no início do século XVII.


Descreve a terra e a gente – pingues 190 habitantes (dos quais, cerca de um terço embrenhados pelo sertão, em entradas), dos 700 que povoavam toda a Capitania de São Vicente – e assinala o descalabro administrativo em que se debatia o povoado; fala de fidalgos e bandidos, de bastardos, do relaxamento dos costumes, de “uma sub-raça forte e sóbria, uma mestiçagem vigorosa e audaz, a única capaz de assegurar os descobrimentos feitos e de fazer novas conquistas”. Eram os mamelucos, sinônimos de paulistas.
16 de maio de 1599, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:54
63°. A 16 de maio de 1599, ou pouco antes, já o Governador-geral se achava na vila e S. Paulo
A 16 de maio de 1599, ou pouco antes, já o Governador-geral se achava na vila e S. Paulo (Atas, vol. 2º pág. 58). Desde a Bahia já vinha ele diretamente intervindo na administração da Capitania de S. Vicente, exercendo e absorvendo os poderes do donatário, intervindo até na administração local determinando a feitura e conservação do caminho do mar, o que a Câmara de S. Paulo providenciava com a lentidão de seus parcos recursos (Atas, vol. 2º, pg. 28, 38 e 39.
27 de maio de 1599, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:52
64°. D. Francisco por uma provisão autorizava a todos a ir tirar ouro
Já em 27 de maio de 1599, por uma provisão autorizava a todos a ir tirar ouro (Reg. Geral, vol. 1º, pág. 84).
1600. Atualizado em 23/10/2025 17:21:29
65°. D. Francisco enviou a Valladolid, onde estava instalada a corte de Felipe III, os mineiros Diogo de Quadros, Manuel João (o tal Morales, da carta), Martim Rodrigues de Godoy e Manoel Pinheiro (o Azurara)
As primeiras minas de prata haviam sido descobertas no Brasil por Gabriel Soares de Sousa, que morreu em 1592, cronista e explorador. Era primo de Belchior Dias Moréia, que com ele aprendeu a varar os sertões da Bahia e de Sergipe, em busca de ouro e prata, mas estava a serviço dos reis da Espanha. Atraiu com isso o interesse de Belchior, que veio se estabelecer na terra. Após dez anos de pesquisa, anunciou a descoberta das minas de prata. As supostas minas de Itabaiana jamais foram encontradas. Se foram descobertas, como afirmava ele, o segredo ficou guardado. Pedindo mercês em troca da informação sobre o local das minas, Belchior foi a Portugal e de lá à Espanha, em 1600, para conseguir um título de nobreza. Demorou-se quatro anos, sem sucesso. Voltaria duas vezes à Europa com novos insucessos. Os governadores Luís de Sousa, de Pernambuco, e D. Francisco de Sousa, da Bahia, marcaram encontro com Belchior Dias Moreia e viajaram juntos para Itabaiana, para marcar a localização das minas. Negando-se a mostrar o local enquanto não fosse recompensado com as mercês, Belchior Dias Moréia foi preso e passou dois anos na cadeia.
11 de fevereiro de 1601, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:57
66°. D. Francisco autorizava a tirar ouro em Monserrate, registrando o interessado cada semana o ouro tirado, pagando os quintos
A 11 de fevereiro de 1601, porém, por um mandado, autorizava a tirar ouro em Monserrate, registrando o interessado cada semana o ouro tirado, pagando os quintos a S. M., fundindo-o e dele fazendo barras, marcadas com as armas reais. Supondo que nenhuma pessoa pudesse ser tão ousada para infringir tais ordens, e tivesse ouro em pó, entretanto, estabeleceu penas severíssimas a serem aplicadas aos infratores, tais como a perda do ouro tirado, sendo metade para cativos e a outra metade para o acusador, incorrendo mais no degredo para fora da capitania e pagando cem cruzados. Nenhuma pessoa, branca ou escrava poderia comprar ouro, salvo em barra com as marcas reais, sob pena, sendo branco, de ser degradado para Angola, com baraço e pregão na vila, e sendo índio, ser açoitado, pela vila. [p. 285]
3 de setembro de 1602, sexta-feira. Atualizado em 30/08/2025 23:55:10
67°. Partida
9 de agosto de 1603, sábado. Atualizado em 27/10/2025 14:39:30
68°. Cigana Francisca Rodrigues responsável pela aposentadoria do mesmo D. Francisco de Sousa
Apesar de substituído no Governo-geral do Brasil, ainda se conservou em S. Paulo durante algum tempo, pelo menos até o ano de 1603, como se vê “no termo de ajuntamento que se fez para tratar da volta dos soldados que vieram de Vila Rica do Espírito Santo (no Guairá) “ajuntamento que se fez em presença de D. Francisco de Sousa” (Atas, vol. 2º, págs. 138 e 139).

Nesse mesmo ano, em 9 de agosto, a Câmara da vila de S. Paulo havia providenciado a aposentadoria do mesmo D. Francisco de Sousa, e mais gente que com ele vinha, e disso sendo encarregada a cigana Francisca Rodrigues (Atas, vol 2º, págs. 132 e 133).

Quis ele sem dúvida esperar o resultado da expedição de Nicolau Barreto, para se apresentar em Madri com as provas da existência das grandes minas, que com tanta obstinação buscava. Partiu afinal para a Espanha. Na Espanha reinava, então, Filipe III que, no Governo do Brasil, substituíra D. Francisco por Diogo Botelho. [Na Capitania de São Vicente p.287]
16 de dezembro de 1606, sábado. Atualizado em 28/10/2025 00:39:17
69°. Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares
As chamadas minas do Jaraguá, Bituruna, foram também descobertas por Clemente Álvares (Atas, vol. 2º, pág. 172) que as manifestou em 1606, procurando-as, segundo disse, desde 14 anos, época mais ou menos em que também as descobriram os Sardinhas, nada produziam ainda, dois anos depois do testamento de Afonso Sardinha, o moço, no sertão.

E nada tinham produzido, porque o próprio Clemente Álvares pede que se registre o seu descobrimento em Jaraguá para “não perder o seu direito, vindo oficiais e ensaiadores que o entendam, por ele não o entender senão por notícia e bom engenho”. No tempo em que as manifestou, em 1606, as minas de Jaraguá ainda esperavam os mineiros e ensaiadores.

Não tinha ainda havido exploração, estavam ainda intactas,conforme determinara D. Francisco de Sousa. Se houvesse produção o Fisco, curioso e ávido, não teria deixado de arrecadar os quintos para receber as porcentagens. As penas para quem guardasse ouro em pó eram severíssimas, e importavam em confisco desse metal, em multas pecuniárias, açoites nas ruas públicas, degredo para Angola, devendo todos reduzir o ouro a barras, depois de quintado (Reg. Geral, vol. 1º, págs. 93e 94).
18 de fevereiro de 1607, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04
70°. Diversos homens poderosos, cujos nomes por essa razão não são talvez mencionados, revéis e desobedientes aos mandos das justiças, se aprontavam para ir aos carijós
8 de março de 1607, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04
71°. Ebirapoeira, na qual se fabricavam coisas para resgate: Testamento de “Belchior casado com Hilária Luís Grou, tio de Domingos Fernandes”
Junho de 1607. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04
72°. Falecimento de Belchior Dias Carneiro*
Foi cabo da bandeira que em 1607 entrou pelo sertão dos bilreiros a cativar índios a mandado de Diogo de Quadros, provedor das minas, a fim de arranjar mão-de-obra para uma fábrica de ferro que havia em Ebirapoeira, na qual se fabricavam coisas para resgate. Belchior Carneiro tomou parte na entrada de Antônio de Macedo e de Domingos Luís Grou, seu sogro, a qual na volta, fora desbaratada perto do rio Jaguari; fora um dos membros da companhia de Nicolau Barreto e, parece, fizera uma entrada por sua própria conta no sertão dos índios temiminós (Inv., vol. 2º, pág. 111). [Página 331]
16 de novembro de 1607, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:31
73°. João Soares nomeado capitão dos índios de Guarapiranga
Não estará longe da verdade quem disser que João Ramalho fazia parte da feitoria, estabelecida por iniciativa particular no porto de São Vicente, e, sem perder o contacto com essa feitoria, estabeleceu-se no planalto. Morou em lugar chamado Jaguaporecuba, próximo a Ururaí, como se vai ver.

Na carta de sesmaria, concedida por Jerônimo Leitão aos índios de Piratininga em 1580 (Registro Geral, vol. 1º, pág. 354) escreve-se a palavra Jaguaporecuba cuja penúltima sílaba está roída por traças. Mas no mesmo 1º volume desse Registro, pág. 150, se encontra a transcrição da provisão em que João Soares, em 1607, é nomeado capitão-mor dos índios da aldeia de Guarapiranga, da aldeia-nova de Guanga e de Jaguaporecuba. [Página 152
2 de janeiro de 1608, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:15
74°. D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas
Lá D. Francisco de Sousa desenvolveu as suas habilidades convencendo o Governo Espanhol da existência das famosas minas,conseguindo que o Governo do Brasil fosse dividido em dois, dele retirando as capitanias de Espírito Santo, Rio de Janeiro e S. Vicente, que passaram a constituir a repartição do sul e dela foi encarregado o próprio D. Francisco para a conquista e administração das minas descobertas e de todas as mais que ao adiante se acharem nas três capitanias. (Carta de 2 de janeiro de 1608). [p.287]
2 de março de 1608, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:15:15
75°. Provisão de D. Francisco
A 3 de novembro de 1609 fez registrar nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil, e mais os poderes de fazer fidalgos a quatro pessoas, a conceder o foro de cavaleiros da casa real a cem pessoas e o de moços da Câmara a outros cem, de conceder dezoito hábitos de Cristo, sendo doze com 20$000 de tença e seis com 50$000, podendo ainda nomear capitão e governador das minas, prover os ofícios de justiça, de provedor e tesoureiro, nomear mineiros e dar-lhes ordenado e ainda com ordem aos governadores do Rio da Prata e de Tucumã para o proverem de trigo e cevada. Todas essas provisões são dadas de 2 de março e 16 de junho de 1608 (Reg. Geral, vol. 1º, págs. 188 a 207). [Página 334]
16 de junho de 1608, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:16
76°. Provisão de D. Francisco
A 3 de novembro de 1609 fez registrar nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil, e mais os poderes de fazer fidalgos a quatro pessoas, a conceder o foro de cavaleiros da casa real a cem pessoas e o de moços da Câmara a outros cem, de conceder dezoito hábitos de Cristo, sendo doze com 20$000 de tença e seis com 50$000, podendo ainda nomear capitão e governador das minas, prover os ofícios de justiça, de provedor e tesoureiro, nomear mineiros e dar-lhes ordenado e ainda com ordem aos governadores do Rio da Prata e de Tucumã para o proverem de trigo e cevada. Todas essas provisões são dadas de 2 de março e 16 de junho de 1608 (Reg. Geral, vol. 1º, págs. 188 a 207).
26 de junho de 1608, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:05
77°. Falecimento de Belchior Dias, Raposo Tavares assume o comando
Nessa expedição Belchior Carneiro morreu no sertão a 26 de junho de 1608; mas não se declara qual a causa de sua morte; assumiu, então, o comando da bandeira Antônio Raposo, o velho, que mandou fazer, no mesmo sertão, o inventário dos bens encontrados aí de seu antecessor. Por esse inventário pode-se constituir a lista de alguns dos bandeirantes que lá estiveram, pelos diversos termos lavrados onde se encontram os respectivos nomes dos arrematantes e fiadores.
1 de agosto de 1608, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:36:07
78°. Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves
Na vereança de 6 de setembro de 1608 consta que os oficiais da Câmara reuniram o povo para eleger um vereador para substituir Martim Rodrigues, que era ido ao sertão (Atas, vol. 2º, pág. 217). De fato, em 1608, fez ele uma entrada “ao sertão onde estavam os bilreiros”, partindo do porto do Anhembi, assim o declaram Lourenço Gomes Ruxaque e Manuel Dias, em seus testamentos (Inventários, vol. 2º, pág. 358 – vol. 11, pág. 23).

Foram testemunhas do testamento de Lourenço Gomes Ruxaque, Baltasar Gonçalves, João de Santana, Brás Gonçalves, Manuel de Oliveira, João Pais e o capitão Martim Rodrigues (Idem, pág. 360) e no de Manuel Dias além de alguns mencionados no testamento de Ruxaque, Diogo Martins Manuel de Oliveira. Parece que essas pessoas, estando no porto do rio Anhembi, como testemunhas dos testadores, que iam na companhia de Martim Roiz Tenório, também fizeram parte da sua bandeira.

Parece também que a maior parte dessa bandeira desapareceu, pois que ao se iniciar o inventário de Martins Rodrigues Tenório, alguns anos depois, o escrivão declara em 1612, “que ele era ido ao sertão e se dizer que era lá morto” (vol. 2º, pág. 5). Mais uma bandeira que o sertão consumia.Sobre a entrada de Belchior Carneiro o seu inventário (vol. 2º, págs. 111 e seguintes) ministra algumas informações, e também as fornece as atas da Câmara da vila de S. Paulo numa longa, se bem que muito confusa, vereança (Atas, vol. 2º, págs. 234 a 237).

Belchior Carneiro era, como já ficou dito, filho de Lopo Dias, português, e de sua primeira mulher, Beatriz Dias, filha ou neta de Tibiriçá. Foi casado com Hilária Luís Grou, filha de Domingos Luís Grou e de Maria da Penha, que era filha do cacique de Carapicuíba. (Página 330)
6 de setembro de 1608, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:54:54
79°. Vereança
Na vereança de 6 de setembro de 1608 consta que os oficiais da Câmara reuniram o povo para eleger um vereador para substituir Martim Rodrigues, que era ido ao sertão (Atas, vol. 2º, pág. 217). De fato, em 1608, fez ele uma entrada “ao sertão onde estavam os bilreiros”, partindo do porto do Anhembi, assim o declaram Lourenço Gomes Ruxaque e Manuel Dias, em seus testamentos (Inventários, vol. 2º, pág. 358 – vol. 11, pág. 23).

Foram testemunhas do testamento de Lourenço Gomes Ruxaque, Baltasar Gonçalves, João de Santana, Brás Gonçalves, Manuel de Oliveira, João Pais e o capitão Martim Rodrigues (Idem, pág. 360) e no de Manuel Dias além de alguns mencionados no testamento de Ruxaque, Diogo Martins Manuel de Oliveira. Parece que essas pessoas, estando no porto do rio Anhembi, como testemunhas dos testadores, que iam na companhia de Martim Roiz Tenório, também fizeram parte da sua bandeira.

Parece também que a maior parte dessa bandeira desapareceu, pois que ao se iniciar o inventário de Martins Rodrigues Tenório, alguns anos depois, o escrivão declara em 1612, “que ele era ido ao sertão e se dizer que era lá morto” (vol. 2º, pág. 5). Mais uma bandeira que o sertão consumia.Sobre a entrada de Belchior Carneiro o seu inventário (vol. 2º, págs. 111 e seguintes) ministra algumas informações, e também as fornece as atas da Câmara da vila de S. Paulo numa longa, se bem que muito confusa, vereança (Atas, vol. 2º, págs. 234 a 237).

Belchior Carneiro era, como já ficou dito, filho de Lopo Dias, português, e de sua primeira mulher, Beatriz Dias, filha ou neta de Tibiriçá. Foi casado com Hilária Luís Grou, filha de Domingos Luís Grou e de Maria da Penha, que era filha do cacique de Carapicuíba. (Página 330)
29 de dezembro de 1608, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:05
80°. Cunhado Belchior da Costa apresentou ao juiz o inventário de Belchior Dias feito no sertão e nesse dia se iniciou o legal na vila de S. Paulo
Nessa expedição Belchior Carneiro morreu no sertão a 26 de junho de 1608; mas não se declara qual a causa de sua morte; assumiu, então, o comando da bandeira Antônio Raposo, o velho, que mandou fazer, no mesmo sertão, o inventário dos bens encontrados aí de seu antecessor. Por esse inventário pode-se constituir a lista de alguns dos bandeirantes que lá estiveram, pelos diversos termos lavrados onde se encontram os respectivos nomes dos arrematantes e fiadores. Em 29 de dezembro de 1608, já era conhecida a morte desse cabo, pois que seu cunhado Belchior da Costa apresentou ao juiz o inventário (vol. 2º, pág. 112) feito no sertão e nesse dia se iniciou o legal na vila de S. Paulo. [p.332]
3 de janeiro de 1609, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:15:17
81°. Em janeiro de 1609, a Câmara esperava a qualquer momento D. Francisco de Sousa e o ouvidor-geral, e “mandou fazer o caminho do mar”
Pode-se seguir a sua viagem desde Pernambuco, na costa do Brasil, pelas atas da Câmara, que a foram registrando (Atas de janeiro de 1609). Em janeiro de 1609, a Câmara esperava a qualquer momento D. Francisco de Sousa e o ouvidor-geral, e “mandou fazer o caminho do mar (vol. 2º pág. 232); a 25 de abril de 1609, ainda o esperava e o caminho do mar ainda estava por fazer (...). [Páginas 333 e 334]
23 de janeiro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:03
82°. Afonso Sardinha acresce seu patrimônio com “uns alagadiços ao longo do rio Jerobatiba”
Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria.
26 de abril de 1609, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:15:19
83°. Notícia certa de que D. Francisco de Sousa já estava no Rio de Janeiro, e estavam todos moradores da Capitania apenados em fazer o caminho do mar
A a 26 de abril do mesmo ano (1609), tiveram notícia certa de que D. Francisco de Sousa já estava no Rio de Janeiro, e estavam todos moradores da Capitania apenados em fazer o caminho do mar.
3 de novembro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:22:49
84°. D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil
D. Francisco chegou afinal à capitania de S. Vicente, trazendo em sua companhia dois filhos, D. Antônio, o mais velho e D. Luís, ainda menor. A 3 de novembro de 1609 fez registrar nos livros da Câmaraquatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil, e mais os poderes de fazer fidalgos a quatro pessoas, a conceder o foro de cavaleiros da casa real a cem pessoas e o de moços da Câmara a outros cem, de conceder dezoito hábitos de Cristo, sendo doze com 20$000 de tença e seis com 50$000, podendo ainda nomear capitão e governador das minas, prover os ofícios de justiça, de provedor e tesoureiro, nomear mineiros edar-lhes ordenado e ainda com ordem aos governadores do Rio da Prata e de Tucumã para o proverem de trigo e cevada.
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07
85°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
Em 1611, Pedro Vaz de Barros, comandando 32 homens,brancos e muitos índios tupis, em Guairá, teve “dares e tomares” com D.Antônio de Añasco, conforme este relata numa carta a Diego Marin Negron, a 14 de setembro do ano acima indicado (Anais do Museu de S.Paulo, vol. 1º, pág. 154). Pedro Vaz de Barros ia com um mandado de D. Luís de Sousa,filho menor de D. Francisco de Sousa, e que ficara governando a repartição do sul, por morte de seu pai e ausência de seu irmão D. Antônio de Sousa, para buscar índios para trabalho das minas. Este mandado está transcrito nos Anais do Museu Paulista (vol. 1º, pág. 148 e seguintes).
14 de setembro de 1611, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:39:00
86°. Carta de D. Antônio de Añasco a Diego Marin Negron
Em 1611, Pedro Vaz de Barros, comandando 32 homens, brancos e muitos índios tupis, em Guairá, teve “dares e tomares” com D. Antônio de Añasco, conforme este relata numa carta a Diego Marin Negron, a 14 de setembro do ano acima indicado (Anais do Museu de S. Paulo, vol. 1º, pág. 154).

Pedro Vaz de Barros ia com um mandado de D. Luís de Sousa,filho menor de D. Francisco de Sousa, e que ficara governando a repartição do sul, por morte de seu pai e ausência de seu irmão D. Antônio de Sousa, para buscar índios para trabalho das minas. Este mandado está transcrito nos Anais do Museu Paulista (vol. 1º, pág. 148 e seguintes).
Agosto de 1612. Atualizado em 24/10/2025 04:34:17
87°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo*
Em 1612, Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo (Idem vol. 1º, pág. 158) o que é confirmado por carta do cabido de Ciudad Real, calculando o número de índios em 3.000 (Idem, pág. 159). [p. 351]
18 de novembro de 1623, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:10:04
88°. Bandeira parte para o sertão
Em 1623, a 18 de novembro, outra bandeira de que faziamparte Henrique da Cunha, o velho, João Gago da Cunha Lobo, João Raposo, Diogo Barbosa Rego, Mateus Luís Grou, Jeronimo Abres, Jerônimo da Veiga, estava acampada no sertão dos carijós (Inv. e Test., vol. 1º,pág. 208 e seguintes). André Fernandes, de Parnaíba, foi grande matador de índios eo mais cruel dos invasores, e, segundo o extrato de Pastells (obr. cit.,pág. 461), fez lá entradas.
1625. Atualizado em 09/10/2025 04:01:50
89°. “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649)
A expedição fora resgatar com bilreiros. Bilreiros, segundo alguns cronistas (Simão de Vasconcellos, João de Laet), eram nomes portugueses que em tupi designavam os ibirajaras; porque usavam como armas paus ou lanças de madeira. [Página 332]
30 de julho de 1627, sexta-feira. Atualizado em 30/07/2025 03:25:55
90°. D. Luís Céspedes y Xeria escreve ao rei da Espanha
Segundo narra esse Governador do Paraguai, após 15 dias de sua nomeação foi a Cádiz e daí saiu para Lisboa, a fim de seguir para a América e tomar posse do seu governo; mas nessa cidade teve que se demorar um ano pois que aí, por causa da guerra com os holandeses, havia ordem de não sair navio algum, antes que partissem as naus da Índias, que eram comboiadas por forças militares marítimas. Afinal partiu de conserva com essas naus até certa altura e afastando-se seguiu para Salvador, na Capitania da Bahia de Todos os Santos. Aí assistiu ao ataque feito pelos holandeses. Foi muito bem recebido pelo Governador Geral, Diogo Luís de Oliveira, que lhe proporcionou transporte marítimo até o Rio de Janeiro. Da Bahia escreveu ao rei de Espanha a 30 de julho de 1627 (Documentação Espanhola – Anais do Museu Paulista, v. 1º, pág. 168).
1628. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10
91°. “Do lado espanhol”
À margem esquerda do Iñeai (alto Ivaí) situaram S. Paulo (1627) e nessa mesma margem S. Antônio (1628) no lbiticoí. A leste do Taiobá e ao sul de Taiati ficava S. Miguel de Ibituruna (1628). No mais alto das serranias, Jesus Maria em terras do cacique Guiravera, a última fundada, em 1630. A leste destas duas últimas e de Encarnación estava S. Pedro, fundada em 1627. Na margem direita do Iguaçu quase na sua foz no Paraná, estava Santa Maria Maior fundada em 1626. Em 1628 já haviam fundado Arcângelos. Havia nessa região, como se vê, duas cidades espanholas e quatorze reduções jesuíticas.
22 de junho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:30
92°. D. Luís requereu ao ouvidor da capitania, então Amador Bueno
Em S. Vicente, a 22 de junho de 1628, alegando possuir as licenças necessárias do Governo de Espanha para passar por terra ao Paraguai, D. Luís requereu ao ouvidor da capitania, então Amador Bueno, que com grandes penas, fossem publicados editais para que nenhuma pessoa, de qualquer qualidade que fosse, o acompanhasse nessa sua viagem, a não ser aquelas que o capitão-mor de S. Vicente designasse, no que foi atendido (Idem, vol. 1º, pág. 172) por despacho no mesmo dia.

O Capitão-Mor, naquela época, Álvaro Luís do Vale, designou o Capitão Manuel Preto para que, apenas com seis índios sem nenhuma pessoa branca, acompanhasse D. Luís Céspedes, pelos rios abaixo, voltando imediatamente a S. Paulo, sem ir ao sertão nem trazer outros índios (Idem, pág. 176).

Ainda obteve esse governador, no mesmo dia 22 de junho de 1628, atestado dos padres jesuítas João de Almeida e José da Costa superiores das aldeias de Escada, de Conceição (Guarulhos?) e S. Miguel, e também do Padre Salvador da Silva, superior da casa de Santo Inácio na vila de S. Paulo, declarando que ele não levava consigo nada mais que seus criados e roupas de seu serviço. Tudo isso confirmado pelos tabeliães e escrivães de Santos e de S. Paulo (Anais do Museu Paulista, vol. 1º, págs. 178 e 179).
21 de abril de 1632, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:21:32
93°. Testamento da esposa de André Fernandes Antônia de Oliveira
1637. Atualizado em 25/10/2025 15:40:38
94°. Bandeira ao mando de Fernão Dias Pais e de Garcia Roiz
Em 1637, outra bandeira ao mando de Fernão Dias Pais e de Garcia Roiz (Vide representação de Francisco Dias Taño) estava também no Rio Grande, denominação, que, segundo Taques, os espanhóis davam ao rio Paraná. Essa denominação – Rio Grande – era dada a diversos rios. O próprio Tamanduateí foi assim chamado.
2 de abril de 1638, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:12
95°. Efetivamente Fernão Dias Pais esteve acampado no sertão do Rio Grande, com uma bandeira
Efetivamente Fernão Dias Pais, de 2 a 19 de abril de 1638 esteve acampado no sertão do Rio Grande, com uma bandeira8, (Invent. eTest., Vol. 11, págs. 239 e 253).

Dela faziam parte entre outros: Antônio da Silveira, Romão FreireJoão Nunes da SilvaValentim de BarrosLuís Dias Leme
Pedro Dias LemeSebastião Gil, o moço, Pascoal Leite Pais
Pero Agulha de Figueiredo, Salvador Simões, João de Santa Ma- ria, Pascoal Leite Fernandes, Cristóvão de Aguiar Girão, Gaspar da Costa, Mauríciode Castilho, o moço, Manuel de Castilho, Sebastião Antônio, o moço, AntônioGonçalves Perdomo, Paulo da Costa, João Favacho, Fructuoso da Costa, Domin- gos Leme da Silva
André Fernandes
Mateus Leme, Lu... Marinho, Domingos Bar- bosa, João de Oliveira, Pascoal Ribeiro. [Página 389]
2 de julho de 1640, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:36
96°. Em sessão da Câmara os oficiais juntos com as pessoas da governança da terra com o mais povo, resolveram pôr em execução o que em S. Vicente, cabeça da capitania, havia sido resolvido
A ameaça da execução do breve do papa exasperou os povos.Aos 2 do mês de julho de 1640, em sessão da Câmara os oficiais desta (7) juntos com as pessoas da governança da terra com o maispovo (124), ao todo 131 pessoas, resolveram pôr em execução o que emS. Vicente, cabeça da capitania, havia sido resolvido, e que consistia emexpulsar da capitania os padres da Companhia de Jesus. Foram todos aocolégio dos padres da Companhia de Jesus e intimaram “ao reverendo padre Reitor Nicolau Botelho que dentro de seis dias todos os padres despejassem a vilae se recolhessem ao colégio do Rio de Janeiro para segurança de suas vidas, honras efazendas, por causa do levantamento do gentio, e por outros motivos que levariam aoconhecimento de Sua Santidade e de Sua Majestade” (Atas, vol. 5, págs. 8 e 9,de 25 a 28)
7 de julho de 1640, sábado. Atualizado em 24/10/2025 03:11:40
97°. Acabado o prazo concedido, o povo requereu a execução da medida
A 7 de julho, por ser acabado o prazo concedido, o povo requereu a execução da medida; mas foram ainda concedidos mais três dias sendo encarregado o escrivão de fazer aviso da prorrogação. [Página 406]
10 de julho de 1640, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:55:14
98°. Terceira notificação, em nome das duas capitanias de S. Vicente e da Vila de Conceição, dando mais dois dias peremptórios
A 10 de julho, fizeram terceira notificação, em nome das duas capitanias de S. Vicente e da Vila de Conceição, dando mais dois dias peremptórios. Em S. Paulo se juntaram os moradores às vilas de S. Paulo e S. Vicente, os procuradores das vilas de Parnaíba e de Mogi-mirim (Mogi das Cruzes) e todos fizeram idêntica notificação ao Padre Antônio Ferreira que, na ausência do Reitor, estava encarregado da direçãodo mosteiro. [Página 406]
9 de março de 1641, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:31
99°. paulistas, em número de 350 homens brancos, com arcabuzes, escopetas e mosquetes, e 1.300 índios auxiliares, sob o comando geral do capitão-mor Manuel Pires se quedaram no Acaraguá nesse e no dia seguinte
O dia 9 de março de 1641, sábado, foi todo ele um temporal desfeito. Os paulistas, em número de 350 homens brancos, com arcabuzes, escopetas e mosquetes, e 1.300 índios auxiliares, sob o comando geral do capitão-mor Manuel Pires se quedaram no Acaraguá nesse e no dia seguinte.

Comandava um dos terços das tropas paulistas, o capitão Jeronimo Pedroso, um dos maiores velhacos na opinião dos jesuítas. Desse terço faziam parte Sebastião Gonçalves, João Correia, Domingos Cordeiro, Valentim Cordeiro Malio, Francisco Mattoso, Gaspar Correia, Antônio Borges, Fernando Dias Borges, Antônio Rodrigues, Domingos Pires, Francisco Barreto, Mathias Cardoso, Pedro Cabral de Melo, João Leite, João de Pinha, João Dias Peres, Antônio da Cunha, Mateus Alves Grou, Francisco de Siqueira, Antônio de Carvalhaes, Antônio de Aguiar, Antônio Fernandes Sarzedas, Jorge Dias, Domingos Pires Valadares, Sebastião Pedroso Bayão, Manuel de Moraes, Pero da Silva, Francisco...................., Pero Lourenço, Amador Lourenço, Simão Borges, João Pi- res Monteiro, Gonçalo Guedes, Pero Nunes Dias, Baltasar Gonçalves, Domingos Furtado, Bartolomeu Alves, Miguel Lopes, Antônio Pedroso de Barros, Clemente Álvares (Vide Inventários e Testamentos, vol. 11, pág. 497). A qualificação dada a Jerônimo Pedroso encontra-se na narrativa jesuítica.
7 de outubro de 1647, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:30:19
100°. Rei concede perdão aos paulistas
O caso teve solução em virtude do Alvará de D. João IV de 7 de outubro de 1647 que resolveu conceder perdão aos moradores da vila de S. Paulo de todas e quaisquer culpas que tivessem cometido na expulsão dos jesuítas, reservando-lhes (aos jesuítas) para demandarem no cível perdas e danos, com a declaração de que o perdão concedido só teria efeito “depois de restituídos os padres da Companhia de tudo que tinham na capitania (Documento publicado na Rev. do Inst. Geog. de S. Paulo, por Leite Cordeiro, vol. 51, pág. 300, extraído do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa).
1673. Atualizado em 24/10/2025 22:02:33
101°. Provinciae Paraquariae Societatis Jesv Leodii
Pedro Taques informa que ele e sua mulher, Filipa Vicente, naturais de Olivença, nessa época ainda pertencente no território português, eram pessoas nobres e honradas. No inventário de João de Prado declara-se somente que ela, Filipa Vicente, era pessoa honrada e viúva de pessoa honrada, o que significa que os dois foram pessoas de destaque na então insignificante vila de São Paulo.

João de Prado, pela sua pessoa, pela sua família, pelas suas armas, pelo número de nativos administrados e escravizados que possuía, foi um dos mais poderosos elementos que compuseram a expedição de João Pereira de Sousa. Era tal a importância de que gozava, que a sua presença na expedição o punha em evidência de chefe. O Padre Del Techo, na sua História Provinciae Paraquariae o considerou chefe da expedição, o que não é verdade. Teria sido um dos chefes, mas o chefe supremo foi João Pereira de Sousa, em cujo arraial no sertão, ele faleceu a 13 de fevereiro de 1597, conforme expressamente é declarado no respectivo inventário.

Não se pode afirmar com segurança o dia exato da partida da bandeira; mas foi depois de 5 de outubro de 1596, porque, nessa data, Francisco da Gama, que nela tomou parte, ainda estava em S. Paulo e, nessa data, passou um documento a João Fernandes, em que declarou ter dele recebido “dez cruzados emprestados de amor em graça os quais prometeu pagar em dinheiro de contado ou em uma peça (do gentio) pelo que valer nesta guerra em que ora vamos com o Sr. João Pereira de Sousa, como capitão” (Inv. e Test. vol. 1º, pág. 351).

Esse documento de dívida, que é cobrado judicialmente, prova que a bandeira a 5 de outubro de 1596 ainda estava em S. Paulo, mas em preparativos para a partida. Qual o sertão em que foi feita essa entrada?

A provisão de D. Francisco de Sousa, que armou cavaleiro Sebastião de Freitas, declarou que este acompanhou Jorge Correia, Manuel Soeiro e João Pereira de Sousa a fazer guerra ao gentio que, em ataque, tinha vindo contra a vila de S. Paulo (vide provisão).

Essas três bandeiras foram, pois, ao mesmo sertão. A 13 de fevereiro de 1597, no sertão da Parnaíba, onde estava o arraial de João Pereira de Sousa, começou-se o inventário de João de Prado, que lá falecera (Inv. cit. pág.79).

Um outro documento de dívida de Francisco da Gama, foi cobrado judicialmente, em S. Paulo, e cujo processo se iniciou a 22 de Julho de 1600 com citação por éditos “por se achar o devedor ausente, perto de três anos ou perto de quatro anos (Inv. Francisco da Gama, vol. 1º, págs. 349 e 350) e nele depõem cinco testemunhas que afirmam que ele era ido à guerra de Parnaíba e dele não havia notícias”.

Citando ainda Del Techo, História do Paraguai, o Barão do Rio Branco, em Ephemerides Brasileiras, de lº de setembro de 1583, narra que no vale do Anhembi, hoje Tietê, os Tupiniquins tinham 300 aldeias e 30. 000 sagitários, que, em seis anos de guerra, de 1592 a 1599, foram todas destruídas e exterminados os selvagens do rio de Jeticaí, hoje rio Grande.

O rio Parnaíba é afluente da margem direita do rio Paraná e tem suas nascenças mais a leste, do lado das nascenças do rio S. Francisco. Conforme se vê pelas atas da Câmara de S. Paulo, que se referem às entradas de Antônio de Macedo e de Domingos Luis Grou, já esses sertanistas lá tinham estado. As bandeiras já tinham atravessado o rio [p. 262 e 263]
1792. Atualizado em 25/02/2025 04:39:04
102°. Primeira via de ligação entre a capital e o litoral paulista, a Calçada do Lorena foi concluída
No fim do século 18, Bernardo José de Lorena mandou fazer uma estrada, em ziguezague na descida, que se chamou a “Calçada do Lorena”. A Câmara de S. Paulo, todos capitães-generais, todos os viajantes descrevem o caminho novo como temeroso. Todas as administrações, conforme as suas posses, fizeram esforços para melhorá-lo. O Capitão General Antônio de Melo e Castro, em 1799, fez uma memória sobre esse caminho que se pode ler nos Documentos Interessantes, Vol. 29, pág. 112 e seguintes, publicados pelo Arquivo do Estado.
1879. Atualizado em 12/10/2025 22:19:28
103°. O Conselheiro Cansanção de Sinimbu organizou uma comissão de engenheiros para o fim de estudar os portos do Brasil e a navegação interior dos grandes rios que desembocam no oceano
Em 1879, o Conselheiro Cansanção de Sinimbu, então à testado Governo Imperial, iniciando uma política de melhoramentos materiais, organizou, sob a direção do abalizado engenheiro americano, William Milnor Roberts, uma comissão de engenheiros para o fim de estudar os portos do Brasil e a navegação interior dos grandes rios que desembocam no oceano.

Além do chefe, W. M. Roberts, havia no pessoal dessa comissão os engenheiros Amarante, Wieser, Lisboa, Saboya, Pecegueiro,Aquino e Castro, Orville Derby e Teodoro Sampaio.

Teodoro Sampaio escreveu um livro sobre essa expedição doqual tiro estes informes:

Essa comissão, em pouco mais de quatro meses, subiu o Rio S. Francisco desde a sua foz, no Atlântico, até Pirapora, corredeira, no Estado de MinasGerais, levantando o seu curso, desenhando as serras vizinhas, esboçando as pequenas vilas e cidades, marcando o desemboque dos seus afluentes.“Passou na confluência do rio Paracatu, à margem esquerda e depois nado rio das Velhas à margem direita.“A comissão esteve na barra do rio Paracatu, no dia 9 de dezembro de1879, onde se demorou para receber lenha para o vapor em que viajava, e para medir a embocadura desse rio, que tinha 216 metros de largo.

Aí ouviu Teodoro Sampaio a narrativa de lendas misteriosas,de coisas extraordinárias, para as quais não faltaram, como sempreacontece, testemunhas oculares e sérias, que afirmaram a veracidade sobpalavra de honra.

Daí seguiram alcançando a barra do rio das Velhas a 13 de dezembro de 1879.

Foram todos até Pirapora e na volta, estiveram de novo napovoação Manga, na confluência do rio das Velhas com o S. Francisco,da qual fizeram um esboço.

Aí a Comissão se desmembrou, estabelecendo-se o planopara ultimar as explorações.

O Sr. Orville Derby remontaria o vale do rio das Velhas,transporia a serra do Espinhaço e voltaria por estrada de ferro para o Rio de Janeiro. O restante da Comissão voltaria pelo S. Francisco, rio abaixo (Th. Sampaio, O Rio S. Francisco. Págs. 5, 20, 91). Assim foi feito.

Orville Derby, pois, conheceu pessoalmente no norte comotécnico competente, em 1879, a região atingida em 1603, pela expedição de que fez parte W. Glymmer. Teve, pois, elementos para identificar essa região, que mais tarde estudou toda minuciosamente até muitomais ao Sul, baseado em documentos paulistas e em estudos sobre oterreno.

Orville Derby foi, e por muitos anos, como muitas pessoasainda se lembrarão, e então adquiriu conhecimento do terreno ao suldo S. Francisco, chefe da então Comissão Geográfica e Geológicacriada em S. Paulo pelo Conselheiro João Alfredo, no tempo doImpério.

Dirigindo a Comissão Geológica e Geográfica do Estado, eleestudou e fez levantar plantas, mapas da maior parte do território deS.Paulo, principalmente nas fronteiras do Estado de Minas Gerais, numaépoca em que se desejava bem conhecer a região para decidir e fixar asdivisas entre esses dois estados. A respeito dessas divisas o Arquivo Público do Estado de S. Paulo publicou grossos volumes de documentos.Orville Derby não se limitou ao estudo atento desses documentos, leutambém todos os nossos cronistas e os cronistas estrangeiros, que seocuparam do Brasil colonial e de sua expansão. Teve ele ocasião de conhecer, na História Natural de Piso e Marcgraff, o escrito de Glymmersobre o roteiro de uma das primeiras bandeiras paulistas partidas de S.Paulo para o sertão, no tempo em que D. Francisco de Sousa, viera daBahia para a vila de S. Paulo, a fim de procurar minas de metais preciosos, nas nascenças do rio S. Francisco.

Podia, pois, concluir, com pouco risco de errar, que o rio Guaibiíera o Guaicuí ou rio das Velhas, um dos afluentes da margem direita doS. Francisco (R.I.H.G.S. Paulo, vol. IV e vol. 8, pág. 400).

Atendendo à sugestão de Capistrano de Abreu fez traduzir oroteiro de Glymmer, pôs em contribuição os trabalhos e os estudos próprios que lhe advieram do conhecimento da zona, como membro deuma comissão exploradora do rio S. Francisco e como chefe da Comissão Geográfica e Geológica do Estado, e identificou todos nos pontos nele mencionados com a conformação e acidentes do terreno, pelosseus rios, cursos e cachoeiras, pelos seus vales, montes, planícies, campos e matos desde S. Paulo até as cabeceiras do rio S. Francisco nocentro do Brasil.

Consultou também as fontes históricas locais, então existentes – Pedro Taques, num manuscrito conservado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que fala na entrada de André de Leão, e Azevedo Marques nos Apontamentos Cronológicos, que narra que em 1602partiu numerosa bandeira para o sertão sob o comando de NicolauBarreto e formulou a hipótese de que as duas informações se referiama uma só entrada, e que a expedição fora uma única, cabendo a Nicolau Barreto a organização civil e a André de Leão, a parte militar. Foi aexpedição, em que tomou parte Glymmer, que O. Derby identificouno terreno.

Na época em que Orville Derhy divulgou o seu estudo não tinham ainda sido publicados pelo Arquivo do Estado de S. Paulo osInventários e Testamentos; e escassas eram as notícias sobre essas entradas;mas desde que teve conhecimento dos inventários, feitos por morte deBrás Gonçalves, o moço, e de Manuel de Chaves, e verificou que a hipótese sugerida de uma expedição única não tinha cabimento, apressou-seele mesmo em bani-la como se pode ver em um estudo aditivo naR.I.H.G. de S. Paulo, v. 8º, pág. 400.

Aliás a hipótese da unidade da expedição só poderia interessarao renome dos seus comandantes, nenhum valor tendo para identificação do roteiro de W. Glymmer, que era o objetivo essencial para fixarpontos do devassamento e ocupação do sertão, identificação que continua, pois, com o seu mérito próprio.

O vale do Paraíba já estava domado pelos portugueses nas lutas que sustentaram com os Tamoios e pelo abandono do Rio de Janeiropelos franceses. Relativamente fácil foi à expedição de André de Leão ocaminhar por esse rio, vales e montes. Vai transcrita a identificação feita,por Orville Derby, no terreno e nos rios tornando por base a descriçãode W. Glymmer. [p. 293, 294, 295]
9 de dezembro de 1879, sexta-feira. Atualizado em 09/10/2025 03:32:36
104°. Conselheiro Cansanção de Sinimbu, então à testa do Governo Imperial, iniciando uma política de melhoramentos materiais, organizou, sob a direção do abalizado engenheiro americano, William Milnor Roberts
Em 1879, o Conselheiro Cansanção de Sinimbu, então à testado Governo Imperial, iniciando uma política de melhoramentos materiais, organizou, sob a direção do abalizado engenheiro americano, William Milnor Roberts, uma comissão de engenheiros para o fim de estudar os portos do Brasil e a navegação interior dos grandes rios que desembocam no oceano.

Além do chefe, W. M. Roberts, havia no pessoal dessa comissão os engenheiros Amarante, Wieser, Lisboa, Saboya, Pecegueiro,Aquino e Castro, Orville Derby e Teodoro Sampaio.

Teodoro Sampaio escreveu um livro sobre essa expedição doqual tiro estes informes:

Essa comissão, em pouco mais de quatro meses, subiu o Rio S. Francisco desde a sua foz, no Atlântico, até Pirapora, corredeira, no Estado de MinasGerais, levantando o seu curso, desenhando as serras vizinhas, esboçando as pequenas vilas e cidades, marcando o desemboque dos seus afluentes.“Passou na confluência do rio Paracatu, à margem esquerda e depois nado rio das Velhas à margem direita.“A comissão esteve na barra do rio Paracatu, no dia 9 de dezembro de1879, onde se demorou para receber lenha para o vapor em que viajava, e para medir a embocadura desse rio, que tinha 216 metros de largo.

Aí ouviu Teodoro Sampaio a narrativa de lendas misteriosas,de coisas extraordinárias, para as quais não faltaram, como sempreacontece, testemunhas oculares e sérias, que afirmaram a veracidade sobpalavra de honra.

Daí seguiram alcançando a barra do rio das Velhas a 13 de dezembro de 1879.

Foram todos até Pirapora e na volta, estiveram de novo napovoação Manga, na confluência do rio das Velhas com o S. Francisco,da qual fizeram um esboço.

Aí a Comissão se desmembrou, estabelecendo-se o planopara ultimar as explorações.

O Sr. Orville Derby remontaria o vale do rio das Velhas,transporia a serra do Espinhaço e voltaria por estrada de ferro para o Rio de Janeiro. O restante da Comissão voltaria pelo S. Francisco, rio abaixo (Th. Sampaio, O Rio S. Francisco. Págs. 5, 20, 91). Assim foi feito.

Orville Derby, pois, conheceu pessoalmente no norte comotécnico competente, em 1879, a região atingida em 1603, pela expedição de que fez parte W. Glymmer. Teve, pois, elementos para identificar essa região, que mais tarde estudou toda minuciosamente até muitomais ao Sul, baseado em documentos paulistas e em estudos sobre oterreno.

Orville Derby foi, e por muitos anos, como muitas pessoasainda se lembrarão, e então adquiriu conhecimento do terreno ao suldo S. Francisco, chefe da então Comissão Geográfica e Geológicacriada em S. Paulo pelo Conselheiro João Alfredo, no tempo doImpério.

Dirigindo a Comissão Geológica e Geográfica do Estado, eleestudou e fez levantar plantas, mapas da maior parte do território deS.Paulo, principalmente nas fronteiras do Estado de Minas Gerais, numaépoca em que se desejava bem conhecer a região para decidir e fixar asdivisas entre esses dois estados. A respeito dessas divisas o Arquivo Público do Estado de S. Paulo publicou grossos volumes de documentos.Orville Derby não se limitou ao estudo atento desses documentos, leutambém todos os nossos cronistas e os cronistas estrangeiros, que seocuparam do Brasil colonial e de sua expansão. Teve ele ocasião de conhecer, na História Natural de Piso e Marcgraff, o escrito de Glymmersobre o roteiro de uma das primeiras bandeiras paulistas partidas de S.Paulo para o sertão, no tempo em que D. Francisco de Sousa, viera daBahia para a vila de S. Paulo, a fim de procurar minas de metais preciosos, nas nascenças do rio S. Francisco.

Podia, pois, concluir, com pouco risco de errar, que o rio Guaibiíera o Guaicuí ou rio das Velhas, um dos afluentes da margem direita doS. Francisco (R.I.H.G.S. Paulo, vol. IV e vol. 8, pág. 400).

Atendendo à sugestão de Capistrano de Abreu fez traduzir oroteiro de Glymmer, pôs em contribuição os trabalhos e os estudos próprios que lhe advieram do conhecimento da zona, como membro deuma comissão exploradora do rio S. Francisco e como chefe da Comissão Geográfica e Geológica do Estado, e identificou todos nos pontos nele mencionados com a conformação e acidentes do terreno, pelosseus rios, cursos e cachoeiras, pelos seus vales, montes, planícies, campos e matos desde S. Paulo até as cabeceiras do rio S. Francisco nocentro do Brasil.

Consultou também as fontes históricas locais, então existentes – Pedro Taques, num manuscrito conservado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que fala na entrada de André de Leão, e Azevedo Marques nos Apontamentos Cronológicos, que narra que em 1602partiu numerosa bandeira para o sertão sob o comando de NicolauBarreto e formulou a hipótese de que as duas informações se referiama uma só entrada, e que a expedição fora uma única, cabendo a Nicolau Barreto a organização civil e a André de Leão, a parte militar. Foi aexpedição, em que tomou parte Glymmer, que O. Derby identificouno terreno.

Na época em que Orville Derhy divulgou o seu estudo não tinham ainda sido publicados pelo Arquivo do Estado de S. Paulo osInventários e Testamentos; e escassas eram as notícias sobre essas entradas;mas desde que teve conhecimento dos inventários, feitos por morte deBrás Gonçalves, o moço, e de Manuel de Chaves, e verificou que a hipótese sugerida de uma expedição única não tinha cabimento, apressou-seele mesmo em bani-la como se pode ver em um estudo aditivo naR.I.H.G. de S. Paulo, v. 8º, pág. 400.

Aliás a hipótese da unidade da expedição só poderia interessarao renome dos seus comandantes, nenhum valor tendo para identificação do roteiro de W. Glymmer, que era o objetivo essencial para fixarpontos do devassamento e ocupação do sertão, identificação que continua, pois, com o seu mérito próprio.

O vale do Paraíba já estava domado pelos portugueses nas lutas que sustentaram com os Tamoios e pelo abandono do Rio de Janeiropelos franceses. Relativamente fácil foi à expedição de André de Leão ocaminhar por esse rio, vales e montes. Vai transcrita a identificação feita,por Orville Derby, no terreno e nos rios tornando por base a descriçãode W. Glymmer. [p. 293, 294, 295]
13 de dezembro de 1879, sábado. Atualizado em 09/10/2025 03:43:06
105°. Daí seguiram alcançando a barra do rio das Velhas / Pirapora/MG
Em 1879, o Conselheiro Cansanção de Sinimbu, então à testa do Governo Imperial, iniciando uma política de melhoramentos materiais, organizou, sob a direção do abalizado engenheiro americano, William Milnor Roberts, uma comissão de engenheiros para o fim de estudar os portos do Brasil e a navegação interior dos grandes rios que desembocam no oceano.

Além do chefe, W. M. Roberts, havia no pessoal dessa comissão os engenheiros Amarante, Wieser, Lisboa, Saboya, Pecegueiro, Aquino e Castro, Orville Derby e Teodoro Sampaio.

Teodoro Sampaio escreveu um livro sobre essa expedição doqual tiro estes informes:

Essa comissão, em pouco mais de quatro meses, subiu o Rio S. Francisco desde a sua foz, no Atlântico, até Pirapora, corredeira, no Estado de Minas Gerais, levantando o seu curso, desenhando as serras vizinhas, esboçando as pequenas vilas e cidades, marcando o desemboque dos seus afluentes.

“Passou na confluência do rio Paracatu, à margem esquerda e depois nado rio das Velhas à margem direita.“A comissão esteve na barra do rio Paracatu, no dia 9 de dezembro de1879, onde se demorou para receber lenha para o vapor em que viajava, e para medir a embocadura desse rio, que tinha 216 metros de largo.


Aí ouviu Teodoro Sampaio a narrativa de lendas misteriosas,de coisas extraordinárias, para as quais não faltaram, como sempreacontece, testemunhas oculares e sérias, que afirmaram a veracidade sobpalavra de honra.

Daí seguiram alcançando a barra do rio das Velhas a 13 de dezembro de 1879.

Foram todos até Pirapora e na volta, estiveram de novo napovoação Manga, na confluência do rio das Velhas com o S. Francisco,da qual fizeram um esboço.

Aí a Comissão se desmembrou, estabelecendo-se o planopara ultimar as explorações.

O Sr. Orville Derby remontaria o vale do rio das Velhas,transporia a serra do Espinhaço e voltaria por estrada de ferro para o Rio de Janeiro. O restante da Comissão voltaria pelo S. Francisco, rio abaixo (Th. Sampaio, O Rio S. Francisco. Págs. 5, 20, 91). Assim foi feito.

Orville Derby, pois, conheceu pessoalmente no norte comotécnico competente, em 1879, a região atingida em 1603, pela expedição de que fez parte W. Glymmer. Teve, pois, elementos para identificar essa região, que mais tarde estudou toda minuciosamente até muitomais ao Sul, baseado em documentos paulistas e em estudos sobre oterreno.

Orville Derby foi, e por muitos anos, como muitas pessoasainda se lembrarão, e então adquiriu conhecimento do terreno ao suldo S. Francisco, chefe da então Comissão Geográfica e Geológicacriada em S. Paulo pelo Conselheiro João Alfredo, no tempo doImpério.

Dirigindo a Comissão Geológica e Geográfica do Estado, eleestudou e fez levantar plantas, mapas da maior parte do território deS.Paulo, principalmente nas fronteiras do Estado de Minas Gerais, numaépoca em que se desejava bem conhecer a região para decidir e fixar asdivisas entre esses dois estados. A respeito dessas divisas o Arquivo Público do Estado de S. Paulo publicou grossos volumes de documentos.Orville Derby não se limitou ao estudo atento desses documentos, leutambém todos os nossos cronistas e os cronistas estrangeiros, que seocuparam do Brasil colonial e de sua expansão. Teve ele ocasião de conhecer, na História Natural de Piso e Marcgraff, o escrito de Glymmersobre o roteiro de uma das primeiras bandeiras paulistas partidas de S.Paulo para o sertão, no tempo em que D. Francisco de Sousa, viera daBahia para a vila de S. Paulo, a fim de procurar minas de metais preciosos, nas nascenças do rio S. Francisco.

Podia, pois, concluir, com pouco risco de errar, que o rio Guaibiíera o Guaicuí ou rio das Velhas, um dos afluentes da margem direita doS. Francisco (R.I.H.G.S. Paulo, vol. IV e vol. 8, pág. 400).

Atendendo à sugestão de Capistrano de Abreu fez traduzir oroteiro de Glymmer, pôs em contribuição os trabalhos e os estudos próprios que lhe advieram do conhecimento da zona, como membro deuma comissão exploradora do rio S. Francisco e como chefe da Comissão Geográfica e Geológica do Estado, e identificou todos nos pontos nele mencionados com a conformação e acidentes do terreno, pelosseus rios, cursos e cachoeiras, pelos seus vales, montes, planícies, campos e matos desde S. Paulo até as cabeceiras do rio S. Francisco nocentro do Brasil.

Consultou também as fontes históricas locais, então existentes – Pedro Taques, num manuscrito conservado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que fala na entrada de André de Leão, e Azevedo Marques nos Apontamentos Cronológicos, que narra que em 1602partiu numerosa bandeira para o sertão sob o comando de NicolauBarreto e formulou a hipótese de que as duas informações se referiama uma só entrada, e que a expedição fora uma única, cabendo a Nicolau Barreto a organização civil e a André de Leão, a parte militar. Foi aexpedição, em que tomou parte Glymmer, que O. Derby identificouno terreno.

Na época em que Orville Derhy divulgou o seu estudo não tinham ainda sido publicados pelo Arquivo do Estado de S. Paulo osInventários e Testamentos; e escassas eram as notícias sobre essas entradas;mas desde que teve conhecimento dos inventários, feitos por morte deBrás Gonçalves, o moço, e de Manuel de Chaves, e verificou que a hipótese sugerida de uma expedição única não tinha cabimento, apressou-seele mesmo em bani-la como se pode ver em um estudo aditivo naR.I.H.G. de S. Paulo, v. 8º, pág. 400.

Aliás a hipótese da unidade da expedição só poderia interessarao renome dos seus comandantes, nenhum valor tendo para identificação do roteiro de W. Glymmer, que era o objetivo essencial para fixarpontos do devassamento e ocupação do sertão, identificação que continua, pois, com o seu mérito próprio.

O vale do Paraíba já estava domado pelos portugueses nas lutas que sustentaram com os Tamoios e pelo abandono do Rio de Janeiropelos franceses. Relativamente fácil foi à expedição de André de Leão ocaminhar por esse rio, vales e montes. Vai transcrita a identificação feita,por Orville Derby, no terreno e nos rios tornando por base a descriçãode W. Glymmer. [p. 293, 294, 295]
16 de novembro de 2021, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:12:10
106°. Ribeirão Pires, wiki.pt-pt.nina.az




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1886
Atualizado em 28/10/2025 05:02:36
Chronica geral do Brazil
Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Mogi das Cruzes/SP, Natal/RN, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (8): Afonso Sardinha, o Velho, Brás Cubas, Diogo Dias, Filipe III, o Piedoso, Francisco de Sousa, Gaspar Gonçalves Conqueiro, Jerônimo de Albuquerque Maranhão, Lopo de Souza
Temas (19): Aldeia dos Reis Magos, Bairro Itavuvu, Engenho(s) de Ferro, Fazenda Ipanema, Fortes/Fortalezas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, O Sol, Otinga, Pela primeira vez, Pelourinhos, Pirapitinguí, Prata, Ribeirão das Furnas, Rio Anhemby / Tietê, Sabaúma, São Filipe
Chronica geral do Brazil
Data: 1886
Créditos: Alexandre José de Mello Moraes (1816-1882)Página 184
    Registros relacionados
1589. Atualizado em 23/10/2025 15:39:22
1°. Guarulhos
Malograda a descoberta das minas de Prata, noticiada a Felippe II de Castella por Diogo Dias, e para cuja execução foi encarregado D. Francisco de Souza, governador geral do Brasil, persistindo El-rei na ideia da descoberta das minas determinou ao governador, que insistisse nela, e sabendo D. Francisco de Souza, que na serra de Araçoiaba ou Araaçoiava (cobertura do sol), montanha de três léguas de comprimento, no distrito de Sorocaba, existiam jazidas de minerais, além de puro ferro, dirigiu-se para ali, e chegando em São Paulo em fins do ano de 1598, partiu para a serra de Araçoiaba, e reconheceu a riqueza do mineral pela presença, de dois fornos que ali estavam, levados por um tal Sardinha, que os trouxera da Espanha, e em sua presença procedendo-se aos ensaios, retirou-se D. Francisco de Souza satisfeito do que vira, aceitando um dos fornos que Sardinha lhe ofertara.
1 de dezembro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 15/06/2025 03:18:44
2°. Provisão de Francisco
Malogrado a descoberta das minas de prata da Bahia, noticiada a Felippe II de Castella por Diogo Dias, e para cuja execução foi encarregado D. Francisco de Souza, governador geral do Brasil, persistindo El-rei na ideia da descoberta de minas determinou ao governador, que insistisse nela, e sabendo D. Francisco de Souza, que na serra de Araçoiaba ou Araaçoiava (cobertura do sol), montanha de três léguas de comprimento, no distrito de Sorocaba, existiam jazidas de minerais, além de puro ferro, dirigiu-se para ali, e chegando em São Paulo em fins de do ano 1598, partiu para a serra de Araçoiaba, e reconheceu a riqueza do mineral pela presença de dois fornos que ali estavam, levados por um tal Sardinha, que os trouxera da Espanha, e em sua presença procedendo-se os ensaios, retirou-se D. Francisco de Souza, satisfeito do que vira, aceitando um dos fornos que Sardinha lhe ofertara.

Para não deixa o lugar sem uma lembrança da sua excursão, tendo antes passado pelo vale das Furnas, próximo a serra do Araçoiaba, escolhendo um sítio, fez levantar pelourinho, como símbolo de vila, o qual, foi depois transferido para o lugar onde posteriormente edificou a cidade de Sorocaba. (Vid. o governo de D. Francisco de Souza no meu Brazil Hist.)
5 de janeiro de 1599, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:44
3°. Chegada
D. Francisco de Souza, governador geral do Brasil, determinou a Jerônimo de Albuquerque, que fosse desinfestar dos índios o rio Potengi, ou Rio Grande do Norte; Jerônimo de Albuquerque chegou ao Potengi no dia 5 de janeiro de 1599, e no dia seguinte tratou de fazer um forte de madeira, a que denominou Dos Reis Magos, em consequência do dia em que foi aberto o seu alicerce, e depois de fazer aliança com Sorobabé, chefe dos Pitaguares, demarcou o sítio, e fundou a cidade do Natal, por se ter no dia 25 de dezembro deste ano celebrado nesse lugar a primeira missa. Demorando-se Jerônimo de Albuquerque um ano no Rio Grande, na construção da povoação, deixou a gente que levou ai e se retirou para a Bahia de Todos os Santos. [p. 185]
6 de janeiro de 1599, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:44
4°. Fortaleza
12 de janeiro de 1599, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:44
5°. Rei
25 de dezembro de 1599, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:43:03
6°. É instalada a vila do Natal no Rio Grande do Norte
1 de setembro de 1611, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:36:24
7°. Elevação do povoado a vila / mudança do Pelourinho / Aldeados poderiam administrar as minas
A vila de Santa Ana de Mogy das Cruzes foi erigida no dia 1 de setembro de 1611 por Gaspar Conqueiro loco-tenente de Lopo de Souza. A dez léguas distante da cidade de São Paulo, Bras Cuabs, fundador da cidade de Santos, estabeleceu uma fazenda e uma légua afastada do rio Tietê; e mais tarde, se erigindo nela uma igreja dedicada á Senhora Santa Ana, e com a presença deste templo aumentando a povoação, no 1 de setembro de 1611, Gaspar Conqueiro, loco-tenente de Pedro Lopes de Souza, elevou-a á dignidade de vila de Santa Ana de Mogy das Cruzes.




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1912
Atualizado em 28/10/2025 05:02:37
Historia de La Compañia de Jesús en La Provincia del Paraguay (Argentina, Paraguay, Uruguay, Perú, Bolivia y Brasil). Según los documentos originales del Archivo general de Indias.Tomo I, 1912. R.P. Pablo Pastells
Cidades (3): Cananéia/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (5): Antônio de Añasco Melgarejo, Araraí, Cacique Tayaobá, Hernando Arias de Saavedra, Luis de Sousa, 4º senhor de Beringel
Temas (17): Caciques, Guayrá, Jesuítas, Léguas, Música, Ouro, Rio Latipagiha, Rio Paranapanema, Estradas antigas, Caminho do Mar, Fortes/Fortalezas, Caminho do Peabiru, Portos, Tordesilhas, Caminho até Cananéa, Rio da Prata, Santa Catarina
Historia de La Compañia de Jesús en La Provincia del Paraguay. Tomo I
Data: 1912
Créditos: Pablo PastellsPágina 153
    Registros relacionados
5 de julho de 1608, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:15
1°. Decreto Real
Segundo relatório do Governador do Río de La Plata Hernando Arias de Saavedra a S. M. na província de Viaza e porto de Santa Catalina, suas qualidades, disposição e naturalidade, conforme ordenado pelo Decreto Real de 5 de julho de 1608 Descreve os portos e povoados que existem desde o porto de Buenos Aires até o primeiro da costa do Brasil, as léguas e graus de sua altura, da maneira que atravessa o interior do Paraná ou do Rio da Prata, e as cidades dela, e léguas de uma ou de outra; a travessia de terra do referido rio para o mar; que seria conveniente construir uma vila entre Vera e Santa Catalina e por que razões; que há 100.000 nativos além dos de Guayrá e Uruguai; que saem continuamente para cativar os portugueses; que é conveniente despovoar a Cananea dos portugueses; então por estar na Coroa de Castela, como para poupar os nativos da escravidão, de sua capacidade de prestar contas e de que desejam ter alguém que os ensine; que é conveniente fundar duas cidades para que tudo seja pacificado e os meios para realizá-lo.
26 de novembro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:40
2°. Carta escrita de Assunção em 26 de novembro de 1609
Fundação de Guayrá - Capitão D. Antonio de Añasco, tenente-general do Governador e Chefe de Justiça nas províncias do Paraguai e Río de la Plata por Sua Majestade, comanda o Capitão Pedro García e qualquer outro juiz de Guayrá; que não saiam ou mandem fazer malocas, viagens, nem entrem em nenhuma para a província de Iparanapané; porque sua redução ao PP está comprometida com eles. José Cataldino e Simón Maceta, da Companhia de Jesus, a quem irão e farão vir com a ajuda necessária; nem permitirão que nenhum soldado ou vizinho os perturbe com doenças que estão indo para a mita.

E porque nosso povo fez cara de defesa de pessoas sem proteção humana, eles também se voltaram contra eles porque cudicia cega os Srs. e os leva a tanta confusão. E por fazer guerra de dois lados, o inimigo, nesta mesma época e até anos antes, incitou nossos portugueses que estão nas minas de São Paulo, a cerca de sete e cinquenta léguas das cidades de Guairá, a voltar para casa desses índios. como se fossem soldados para levá-los à força e por engano para trabalhar algumas minas que aquela cidade tem e embora alguns se defendam com seus arcos e flechas; [Carta escrita de Assunção em 26 de novembro de 1609. Historia de La Compañia de Jesús en La Provincia del Paraguay (Argentina, Paraguay, Uruguay, Perú, Bolivia y Brasil). Según los documentos originales del Archivo general de Indias.Tomo I, 1912. R.P. Pablo Pastells. Páginas 153 e 154]
5 de abril de 1611, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:57
3°. Anual da Província do Paraguai, Chile e Tucumán, dirigida pelo Padre Provincial Diego de Torres ao Padre Geral de Santiago do Chile
"Ouvi notícias nesta estrada de que o povo de Tivagiva não é tão numeroso quanto se pensava; mas souberam de inúmeras outras nações e muitos caciques saíram delas e pediram que fossem para suas terras, entre outros um muito poderoso chamado Taiaoba, senhor de muita gente, mandou chamar Padre Melgarejo cujo padre governava aquela nação. O Padre o convidou a dizer-lhe para ir ver Tivagiva com ele, ou enviar pessoas para lá para levá-lo para sua terra, e esperar que tudo isso seja reduzido com a partida deste padre. Eu notei que chegou a Tivajiva, e eles estão em uma grande cidade."
2 de outubro de 1629, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:08
4°. Carta
Sobre o caráter e as indústrias dos moradores da Vila de São Paulo do Brasil em suas malocas tomamos de uma carta do Pe. Justo Mancila Van Surck, dirigida ao Pe. Geral da Companhia de Jesus da Baía de Todos os Santos em 2 de outubro de 1629, o seguinte:

"Toda essa Villa de San Pablo é gente sem coração e exaltada, que não presta atenção às leis do Rei ou de Deus, nem tem que ver ou com os juízes superiores deste estado e quando não pode ganhá-los à sua vontade com presentes de ouro Ou índios, ele os amedronta com ameaças, ou se os culpados são poucos, eles fogem para as matas ou para suas fazendas e campos, e aí param, enquanto a justiça estiver na cidade.

Em anos passados, alguns desabrigados foram daqui para San Pablo, que ligaram, por ordem do governador, por motivos que não sei quais crimes, e não conseguiram matar ninguém. Outra vez foi um senhorio chamado Antonio Misquita, um homem inteiro e de muitas partes, e como ele apertava um pouco o negócio, atiraram algumas flechas na janela dele, com uma escrita, que essas iam para a janela, mas que outras iam de anos para o coração, se ele não desistisse de apertar o acordo.

Toda a sua aldeia, desde a saída da escola até a velhice, nada mais é do que ir e vir, trazer e vender índios (com os quais se vestem de mangas e meias de seda; bebem bom vinho e compram tudo o que lhes chega. ). quero ter). E em toda a cidade de São Paulo não haverá mais de um ou dois, para que não vão cativar índios, nem seus filhos ou outros de sua casa, com tanta liberdade, como se fossem minas de ouro ou prata, que S. M. devolvesse dada licença, essa casa deve-se tirar o máximo possível, até os juízes e clérigos da cidade.

E para que tenham algum disfarce ou desculpa para sua audácia contra as leis do Rei, os que forem capitães da entrada, compram algumas provisões do capitão da terra, ou vão descobrir minas, ou confirmar a paz com os índios gentios, ou em busca de alguns índios seus, que injustamente possuíram como escravos, fugindo, ou em busca de alguns portugueses de sua aldeia, que durante anos estiveram naquelas solidões e montanhas cativando índios sem voltar para sua casa".
[Historia de La Compañia de Jesús en La Provincia del Paraguay (Argentina, Paraguay, Uruguay, Perú, Bolivia y Brasil). Según los documentos originales del Archivo general de Indias.Tomo I, 1912. R.P. Pablo Pastells. Páginas 188, 189 e 190]




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Agosto de 1612
Atualizado em 28/10/2025 05:02:37
Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo*
Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (6): Barnabé de Contreras, Bartolomeu de Contreras y Torales, Bartolomeu de Torales, Cacique Tayaobá, Diego Marin Negron, Sebastião Fernandes Preto
Temas (5): Ciudad Real, Guayrá, Piqueri, São Filipe, Villa Rica del Espírito Santo
    6 fontes
  1 relacionada

1°. “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1957
Em 1612, Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo (Idem vol. 1º, pág. 158) o que é confirmado por carta do cabido de Ciudad Real, calculando o número de índios em 3.000 (Idem, pág. 159). [p. 351]  ver mais




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Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba”
3 de março de 1531, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:42:20
Relacionamentos
 Cidades (4): Carapicuiba/SP, Santo Amaro/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Ana Pimentel Henriques Maldonado (31 anos), Brás Cubas (24 anos), Domingos Luís Grou (31 anos), Martim Afonso de Sousa (31 anos)
 Temas (7): Cabusú, Ilha de Barnabé, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Tamoios, Ururay





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  25/02/2025 04:46:35º de
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Antonio Knivet esteve na aldeia dos Tamoios em aproximadamente 1598
1598. Atualizado em 25/02/2025 04:46:35
Relacionamentos
 Cidades (4): Sorocaba/SP, Bragança Paulista/SP, Atibaia/SP, Guarulhos/SP
 Pessoas (2) Anthony Knivet (38 anos), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
 Temas (6): Tamoios, Tupiniquim, Morro do Lopo, Canibalismo, Rio Jaguari, Temiminós





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1830
Atualizado em 28/10/2025 05:02:37
Mapa do Império do Brasil: contendo as divisões das províncias e os principaes rios, montanhas, cidades, colonias
Cidades (6): Cananéia/SP, Curitiba/PR, Iguape/SP, Paranaguá/PR, Santos/SP, São Paulo/SP
Temas (4): Assunguy, Geografia e Mapas, Rio Paranapanema, Serra de Cubatão
Mapa do Império do Brasil: contendo as divisões das províncias e os principaes rios, montanhas, cidades e colonias*
Data: 1800
Créditos: bdlb.bn.gov.br(.293.(.290.




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revista
19 de janeiro de 1862, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP





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1882
Atualizado em 28/10/2025 05:02:37
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (1): José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo
Temas (4): Sabarabuçu, Nheengatu, Bairro Itavuvu, Diamantes e esmeraldas
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Data: 1882
Créditos: Página 359
    Registros relacionados
1820. Atualizado em 24/10/2025 02:39:59
1°. “Memórias históricas do Rio de Janeiro e das provincias annexas à jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil”. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830)
Seboraboçu - Monsenhor Azevedo Pizarro (1753 - 1830) escreve Tuberabussu, ou Subrabussu, quando trata da serra das esmeraldas. Temos também entre a cidade do Sabará e a vila do Caeté outra serra, a qual chamou-se Saberaboçu e depois Sabaraboçu. No primeiro exemplo não se deveria escrever antes Tuberaboçu, que significa serra alcantilada? [Páginas 359 e 360]




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1914
Atualizado em 28/10/2025 05:11:52
O tupi na geografia nacional, 2° edição - Correcta e augmentada
Cidades (1): Teodoro Sampaio/SP
Pessoas (1): Teodoro Fernandes Sampaio
Temas (6): Apiassava das canoas, Nheengatu, Papagaios (vutu), Pontes, Rio Iniambis, Rio Paraguay




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1 de dezembro de 1940, domingo
Atualizado em 28/10/2025 05:11:52
Jornal Correio Paulistano
Cidades (3): Sete Barras/SP, Sorocaba/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
Pessoas (1): Martim Afonso de Sousa
Temas (3): El Dorado, Peru, Sabarabuçu
Jornal Correio Paulistano
Data: 1940
Créditos: Página 24
    Registros relacionados
1 de setembro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 01:43:11
1°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
Presumo que me escreveu de Sete Barras, pelo que pude decifrar do carimbo do correio, quase ilegivel. Zona da Ribeira, lugar, até a pouco tempo esquecido dos deuses e dos homens... Em pleno abandono, ha mais de quatrocentos anos, desde a época em que desapareceu misteriosasmente, sem deixar o mínimo vestígio, a malograda expedição enviada por Martim Afonso de Sousa, em busca do Eldorado, do Perú ou do país de Ophir...

Em busca, talvez, da fabulosa "montanha resplandecente", lenda que, por séculos encandeceu a imaginação dos colonos... Região que, afinal, desperta do seu letargo multi secular, com o inicio da exploração de suas riquezas minerais, transformando em realidade a lenda da "motanha resplandecente"...




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  25/02/2025 04:39:54º de
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1915
Atualizado em 28/10/2025 05:11:53
Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
Cidades (2): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (1): Teodoro Fernandes Sampaio
Temas (1): Montanha Sagrada DO Araçoiaba
    1 fonte
  1 relacionada

1°. “Um problema histórico-geográfico”: Emergências de um saber geográfico no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Uma geografia para e das bandeiras. 1894-1954. Gerson Ribeiro Coppes Jr.
2021
Presumo que me escreveu de Sete Barras, pelo que pude decifrar do carimbo do correio, quase ilegivel. Zona da Ribeira, lugar, até a pouco tempo esquecido dos deuses e dos homens... Em pleno abandono, ha mais de quatrocentos anos, desde a época em que desapareceu misteriosasmente, sem deixar o mínimo vestígio, a malograda expedição enviada por Martim Afonso de Sousa, em busca do Eldorado, do Perú ou do país de Ophir...

Em busca, talvez, da fabulosa "montanha resplandecente", lenda que, por séculos encandeceu a imaginação dos colonos... Região que, afinal, desperta do seu letargo multi secular, com o inicio da exploração de suas riquezas minerais, transformando em realidade a lenda da "motanha resplandecente"...


    Registros relacionados
14 de outubro de 1597, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:53
1°. D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas
Ao fugir da bandeira de Martim de Sá, Knivet escreveu que atravessou essa província, mas Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937) indica que possivelmente ele ainda estava em território português pelo relato de um volumoso rio que, pelo relato, Sampaio identifica como sendo o rio Tietê. Ainda, Knivet descrevia uma “montanha de todos os metais”, a qual Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937) identificava como o morro de Araçoiaba, em São Paulo, no qual sertanistas mineiros haviam encontrado ouro e prata, aceitando que sua hipótese sobre o rio Tietê estivesse correta. [26491]




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3 de março de 1962, sábado
Atualizado em 28/10/2025 05:11:53
Jornal Correio Paulistano, página 10
Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (1): Balthazar Fernandes
Temas (5): Bairro Itavuvu, Capela de Santa Ana, Ermidas, capelas e igrejas, Santa Ana, Colinas
Correio Paulistano/SP
Data: 1962
Créditos: Página 10
    Registros relacionados
1646. Atualizado em 25/02/2025 04:42:47
1°. Já haviam moradores em Sorocaba
O Bairro Itavuvu, se estacionário ficou o povoado, em 1654 decaiu completamente. É que, nesse ano, Balthazar Fernandes fundou um povoado numa colina ma margem esquerda do mesmo Sorocaba.

“Pelo Livro Tombo sabe-se, e exatamente, que, desde 1646 se concentraram moradores onde hoje está Sorocaba. Eram eles, a citar os mais destacados, Balthazar Fernandes (...) Foi em 1654, conforme se depreende de documentos dos padres beneditinos de Sorocaba, que Balthazar fez erguer a Igreja de Santa Ana (padroeira de Parnaíba), mais tarde doada aos monges de São Bento, de Parnaíba. A ereção desse templo é que marca, inequivocada mente, a fundação da cidade”.
Dezembro de 1654. Atualizado em 02/06/2025 06:01:51
2°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados*
O Bairro Itavuvu, se estacionário ficou o povoado, em 1654 decaiu completamente. É que, nesse ano, Balthazar Fernandes fundou um povoado numa colina ma margem esquerda do mesmo Sorocaba.

“Pelo Livro Tombo sabe-se, e exatamente, que, desde 1646 se concentraram moradores onde hoje está Sorocaba. Eram eles, a citar os mais destacados, Balthazar Fernandes (...) Foi em 1654, conforme se depreende de documentos dos padres beneditinos de Sorocaba, que Balthazar fez erguer a Igreja de Santa Ana (padroeira de Parnaíba), mais tarde doada aos monges de São Bento, de Parnaíba. A ereção desse templo é que marca, equivocadamente, a fundação da cidade”.




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1987
Atualizado em 28/10/2025 05:11:53
Dicionário Tupi (antigo) - Português, 1987. Moacyr Ribeiro de Carvalho
Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Ibiúna/SP, Itu/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (1): Salvador de Oliveira Leme
Temas (29): Aldeia de Tabaobi, Ambuaçava, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Bacaetava / Cahativa, Boigy, Caaguacu, Cemitérios, Cruzes, Escravizados, Fortes/Fortalezas, Guarapiranga, Hiapó, Inhaúma, Inhayba, Karaibas, Lagoas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Nheengatu, O Sol, Pau-Brasil, Pontes, Rio Bohi, Rio Sorocaba, Rio Ypané, Rio Ypanema, Temiminós, Tupinambás
    Registros relacionados
14 de julho de 1601, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:58
1°. Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido
YBÁ-PAAR-A. Substantivo: lavoura, roça. = kó-piçaba. Verbo intransitivo: roçar.YBY-AÇÓI-ABA (T-). Substantivo: campa, sepultura. [Página 301]
7 de março de 1608, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 00:56:43
2°. Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi
NHA-RYBO-BÕ. Substantivo: ponte.NHA-UUMA. Substantivo irregular: barro. = yby-uuma
7 de novembro de 1732, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:56
3°. Sesmaria concedida a Domingos Rodrigues da Fonseca Leme em Mariboboni
Janeiro de 1758. Atualizado em 25/02/2025 04:46:38
4°. Balneário Piçarras*
ÇOROKA. Ictiologia: sarda, da família dos tunídeos. Botânica: soroca, árvore da família das moráceas, gênero Soroca.

ÇOROK-A. Verbo transitivo: rasgar, romper-se. O gerúndio é çoró-g.

ÇOROK´ABA. Substantivo: o rasgão, a ruptura.
ÇORO-ROKA. Ictiologia: sororoca, da família dos tunídios, gênero Scomberomorus.
ÇORÓ-ROK-A. Verbo intransitivo: romper-se ou rasgar-se em vários pedaços. A triplicação é de muita insidade no fato. = çoró-rok-a.
2022. Atualizado em 25/10/2025 15:07:48
5°. São Vicente, junto com Itamaracá, foi declarada capitania




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15 de julho de 1982, sexta-feira
Atualizado em 28/10/2025 05:11:53
Festa aviatória
Cidades (2): Sorocaba/SP, Araçoiaba da Serra/SP
Temas (3): Aviação, Vila Angélica, Montanha Sagrada DO Araçoiaba
Festa aviatória em comemoração ao aniversário de Sorocaba
Data: 1982
Créditos: Participação da esquadrilha da Fumaça com os lendários T25 Universal (aeroporto) (mf)




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1997
Atualizado em 28/10/2025 05:11:53
Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Caderno nº 7, série “Documentos Históricos: Carta de São Vicente, 1560”
Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Coimbra/POR, Lisboa/POR, Salvador/BA, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (2): Duarte da Costa, José de Anchieta
Temas (3): Nossa Senhora da Conceição do Itapucú, Tamoios, Tordesilhas
    Registros relacionados
8 de maio de 1553, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:26
1°. Partida de Duarte da Costa
Enquanto, sem esperança de cura, era tratado no Colégio de Coimbra, pedidos insistentes de novos missionários chegavam do Brasil. “Por conselhos médicos”, Anchieta foi enviado ao Brasil. Quando chegou ao Brasil, Anchieta tinha dezenove anos. Veio na frota de D. Duarte da Costa, nomeado segundo governador geral, na terceira leva de jesuítas enviados ao Brasil. Partiram de Lisboa no dia 8 de maio de 1553 e chegaram a Salvador, em 13 de julho do mesmo ano.
13 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 26/08/2025 03:43:55
2°. Chega à Bahia o segundo governador-geral do Brasil
24 de dezembro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:54
3°. “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão”
Da Baía, em outubro de 1553, partiram para São Vicente, com escala pelo Espirito Santo, os padres Leonardo Nunes, Vicente Rodrigues e Braz Lourenço com os irmãos José de Anchieta, Gregorio Serrão e (segundo é corrente) um terceiro, cujo nome se ignora. Anchieta, entretanto, diz “eu e quatro irmãos”. É assim muito provavel que fossem realmente cinco os jesuitas que embarcaram na Baía, e não seis, como pretende S. de Vasconcelos (o. c., 1. 1, n. 143). Com a tempestade, que na noite de 20 para 21 de novembro surpreendeu a missão nos Abrolhos, a embarcação de Anchieta ficou bastante danificada e a de Leonardo Nunes inteiramente perdida. É esse o sucesso que Anchieta narra.
27 de maio de 1560, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:44
4°. Carta de José de Anchieta escrita de São Vicente: parte III
É cousa sabida e pela bôca de todos corre que ha certos demônios, a que os Brasis chamam corupira, que acometem aos Índios muitas vezes no mato, dão-lhes de açoites, machucam-os e matam-os. São testemunhas disto os nossos Irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles. Por isso, costumam os Índios deixar em certo caminho, que por ásperas brenhas vai ter ao interior das terras, no cume da mais alta montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores, flechas e outras cousas semelhantes como uma especie de oblação, rogando fervorosamente aos curupiras que não lhes façam mal.

Ha também outros, maximè nas praias, que vivem a maior parte do tempo junto do mar e dos rios, e são chamados baetatá, que quer dizer “cousa de fogo”, o que é o mesmo como se dissesse “o que é todo fogo”. Não se vê outra cousa senão facho cintilante correndo daqui para ali; acomete rapidamente os Índios e mata-os, como os curupiras: o que seja isto, ainda não se sabe com certeza. [p. 34]




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2010
Atualizado em 28/10/2025 05:11:53
Estou vivo: milagres nos Andes
Temas (5): Cordilheira dos Andes, Aviação, Neve, Léguas, Peru
Cordilheira dos Andes
Data: 2010
Créditos: History Channel




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  30/10/2025 01:26:24º de
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2011
Atualizado em 28/10/2025 05:11:54
Histórias ilustradas de Ypanema e do Araçoiaba, 2011. Gilson Sanches
Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Batatais/SP, Botucatu/SP, Capela do Alto/SP, Guarapuava/PR, Itu/SP, Ponta Grossa/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (11): Afonso Sardinha, o Velho, Antônio Francisco Gaspar, Carl Gustav Hedberg, Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen, Gabriel Soares de Sousa, Gilson Sanches, José Bento Renato Monteiro Lobato, José de Anchieta, Pero Cieza de Leon, Pero de Magalhães Gândavo, Wilhelm Ludwig von Eschwege
Temas (19): Boigy, Caminho do Peabiru, Cavalos, Cemitérios, El Dorado, Extraterrestre e sobrenatural, Incas, Jesuítas, Lagoa Dourada, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Ouro, Papagaios (vutu), Pela primeira vez, Peru, Pirâmides, Protestantes, Tupiniquim, Vutucavarú
    Registros relacionados
1500. Atualizado em 28/10/2025 01:01:09
1°. Lagoa Dourada
Os documentos mais antigos que fazem referência ao Morro de Araçoiaba e à Lagoa Dourada são as cartas do padre jesuíta José de Anchieta.
1548. Atualizado em 25/02/2025 04:45:39
2°. Relato do soldado Pedro Ciesa de Leon
“De conformidade com isso, o Inca construiu a mais grandiosa estrada que há no mundo, e que é, também, a mais longa, porquanto ela se se estende de Cuzco a Quito, e estava ligada de Cuzco ao Chile numa distância de 800 léguas. Acredito que, desde o começo da História escrita do homem, nunca houve outra narrativa de grandiosidade tamanha, como a que pode ser vista nesta estrada que passa por cima de vales profundos (...)”
27 de maio de 1560, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:44
3°. Carta de José de Anchieta escrita de São Vicente: parte III
Os documentos mais antigos que fazem referência ao Morro de Araçoiaba e à Lagoa Dourada são as cartas do padre jesuíta José de Anchieta, indicando que o local ficava em uma montanha a oeste de São Paulo, e que muitas pessoas chamavam de Uvutucavarú (morro aurífero, assemelhando-se a um cavalo). Possivelmente seguindo essas informações de Anchieta e a lenda dos tupiniquins de que haveria enorme tesouro em ouro na Lagoa Dourada, os sertanistas Afonso Sardinha (pai e filho) e seus companheiros foram atraídos até o morro do Araçoiaba, nas proximidades do ano de 1587. [Página 18]

Boitatá - Acredita-se que este muito é de origem nativa e que seja um dos primeiros e mais antigos do folclore brasileiro. Na língua nativa tupi, "mboi" significa cobra e "tata", fogo. É uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza.

É como fogo vivo que se desloca, largando um rastro luminoso. Conhecido também como uma serpente de fogo que reside na água, ou uma cobra grande que mata os animais, comendo-lhe os olhos, que são a fonte de sua luminosidade.

Touro ou boi que solta fogo pela boca, ou de espírito ruim que vaga pela terra tocando fogo nos campos ou saindo que nem um rojão ou tocha de fogo.

Entre os nativos era a mais temível das assombrações. Os africanos também trouxeram o mito de um ser que habitava as águas profundas, e que saía a noite para caçar, seu nome era Biatatá.

O primeiro relato sobre o boitatá foi encontrado em uma carta do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560, que, entre outras coisas, dizia: "O que seja isto, ainda não se sabe com certeza". [Página 24]
Agosto de 1587. Atualizado em 25/02/2025 04:42:47
4°. “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"*
Possivelmente seguindo essas informações de Anchieta e a lenda dos tupiniquins de que haveria enorme tesouro em ouro na Lagoa Dourada, os sertanistas Afonso Sardinha (pai e filho) e seus companheiros foram atraídos até o morro do Araçoiaba, nas proximidades do ano de 1587. [Página 18]
1594. Atualizado em 24/10/2025 02:38:35
5°. Os “Afonso Sardinha” e João do Prado alcançaram as margens do Rio Jeticaí, hoje Rio Grande. Nessa marcha, provavelmente atravessaram a “Paragem dos Batatais”, então habitada pelos índios caiapós
Possivelmente seguindo essas informações de Anchieta e a lenda dos tupiniquins de que haveria enorme tesouro em ouro na Lagoa Dourada, os sertanistas Afonso Sardinha (pai e filho) e seus companheiros foram atraídos até o morro do Araçoiaba, nas proximidades do ano de 1587. [Página 18]
1627. Atualizado em 25/02/2025 04:41:38
6°. Em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle
21 de janeiro de 1782, segunda-feira. Atualizado em 09/09/2025 21:22:35
7°. João Baptista Victoriano escreveu uma Representação ao Governador Martim Lopes Lobo de Saldanha reclamando de um alferes que lhe estorvava a empresa do novo descoberto do Morro Ivutucavarú, na capitania de São Paulo
Os documentos mais antigos que fazem referência ao Morro de Araçoiaba e à Lagoa Dourada são as cartas do padre jesuíta José de Anchieta, indicando que o local ficava em uma montanha a oeste de São Paulo, e que muitas pessoas chamavam de Uvutucavarú (morro aurífero, assemelhando-se a um cavalo). Possivelmente seguindo essas informações de Anchieta e a lenda dos tupiniquins de que haveria enorme tesouro em ouro na Lagoa Dourada, os sertanistas Afonso Sardinha (pai e filho) e seus companheiros foram atraídos até o morro do Araçoiaba, nas proximidades do ano de 1587. [Página 18]
24 de abril de 1811, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:24
8°. Falecimento do carpinteiro sueco Jonas Bergman em 24 de Abril de 1811
(...) faleceu um outro carpinteiro sueco, Andreas Haglund, que se tornou o primeiro a ser sepultado no Cemitério Protestante. Esses estrangeiros vieram da Suécia, Alemanha e de outros países para trabalhar em na fábrica. Contratados pelos administradores Hedberg e Varnhagen, eles não partilhavam da fé católica e eram considerados hereges. Portanto, eram tratados de forma hostil; poucos se aproximavam deles ou mantinham amizade. [Página 60]
28 de agosto de 1811, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:58:00
9°. A construção do cemitério para suecos, ingleses e “não católicos” foi autorizada por Carta Régia de D. João VI, em atendimento a um pedido do então diretor da fábrica, Carl Gustav Hedberg, que juntamente com outros suecas, eram luteranos, e portanto considerados "pecadores" pelos católicos
O cemitério protestante da Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema - Foi criado por determinação da carta Régia, emitida em 28 de Agosto de 1811, em que se autorizava a construção de um cemitério dentro da própria fábrica de Ipanema. [Página 60]
1812. Atualizado em 25/02/2025 04:40:24
10°. Falecimento na Fazenda Ipanema
(...) faleceu um outro carpinteiro sueco, Andreas Haglund, que se tornou o primeiro a ser sepultado no Cemitério Protestante. Esses estrangeiros vieram da Suécia, Alemanha e de outros países para trabalhar em na fábrica. Contratados pelos administradores Hedberg e Varnhagen, eles não partilhavam da fé católica e eram considerados hereges. Portanto, eram tratados de forma hostil; poucos se aproximavam deles ou mantinham amizade. [Página 60]
1 de novembro de 1818, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:42:31
11°. O sargento-mor (depois coronel) Frederico Luís Guilherme de Varnhagen inaugura neste dia os trabalhos da fábrica fundindo três cruzes monumentais, que foram plantadas nas vizinhanças da fábrica. A maior dessas cruzes foi assentada no alto do morro do Araçoiaba
1833. Atualizado em 25/02/2025 04:46:32
12°. “Pluto Brasiliensis”, Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
O engenheiro de Minas, Barão de Eschwege, conterrâneo e amigo de Frederico Varnhagen, escreve em 1833 que "na ponta do morro, há partes onduladas e partes planas, em uma das quais há lagoa, chamada Lagoa Dourada, afamada pelos tesouros que ali jazem enterrados, segundo dizem as lendas. Em virtude disso, esse morro era considerado riquíssimo em ouro".
1854. Atualizado em 24/10/2025 20:26:56
13°. “História geral do Brazil”, de Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro (1816-1878)
1855. Atualizado em 25/02/2025 04:39:48
14°. “Nas proximidades da cidade de Sorocaba, no interior paulista, que seria um dos pontos do roteiro do Peabiru, no morro de Araçoiaba, haveria uma verdadeira pirâmide de origem incaica, recoberta pela terra e pela vegetação, a qual, seria um sinal de orientação do Peabiru”
Em 1855, o naturalista frances João Mauricio Faivre, que abria nos sertões do Ivaí a estrada entre Colonia Santa Teresa, Ponta Grossa e Guarapuava, encontrou um caminho de terra batida que supôs aberto por jesuítas, e que, em verdade, seria de origem ignorada. Nas proximidades da cidade de Sorocaba, no interior paulista, que seria um dos pontos do roteiro do Peabiru, no morro de Araçoiaba, haveria uma verdadeira pirâmide de origem incaica, recoberta pela terra e pela vegetação, a qual, seria um sinal de orientação do Peabiru. [p. 102]
1876. Atualizado em 21/03/2025 02:42:09
15°. Diccionario Gallego. Autor: Juan Cuveiro Piñol
16 de setembro de 1881, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:40:01
16°. Sepultura de Sardinha
1895. Atualizado em 25/02/2025 04:39:08
17°. Fábrica de Ferro de Ipanema passa a ser de responsabilidade do Ministério da Guerra, que transformou a propriedade em quartel e depósito
15 de fevereiro de 1929, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:08:26
18°. Estrada Real, Koboyama
15 de agosto de 1930, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:09
19°. Nascimento de Ruphina de Oliveira Leite
4 de janeiro de 1931, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:43:09
20°. Nascimento de Moacyr Flores
1934. Atualizado em 25/02/2025 04:43:20
21°. Fábulas. Autor: Monteiro Lobato
12 de outubro de 1936, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 21:27:14
22°. Nascimento de Catarina Maria de Jesus Sanches
Catarina Maria de Jesus Sanches, nascida em 12 de outubro de 1936. Passou toda a sua infância na região rural de Araçoiaba da Serra/SP. [p. 39]
1946. Atualizado em 25/02/2025 04:43:09
23°. Folklore dos Bandeirantes. De Joaquim Ribeiro
1952. Atualizado em 25/02/2025 04:42:25
24°. Livro Cruzes e capelinhas de Antônio Francisco Gaspar
1963. Atualizado em 25/02/2025 04:43:09
25°. Antologia Ilustrada do Folclore Brasileiro, São Paulo
1967. Atualizado em 25/02/2025 04:43:09
26°. Minhas Memórias. Autor: Antônio Francisco Gaspar
1994. Atualizado em 25/02/2025 04:43:25
27°. Estórias Populares de São Paulo (Piracicaba - Sorocaba - Botucatu). Autor: Waldemar Iglêsias Fernandes
2000. Atualizado em 25/02/2025 04:43:09
28°. Um Estudo Sociolinguístico das Comunidades Negras do Cafundó, antigo Caxambu e seus Arredores. Autor Silvio Vieira de Andrade Filho




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2021
Atualizado em 28/10/2025 05:11:55
“Um problema histórico-geográfico”: Emergências de um saber geográfico no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Uma geografia para e das bandeiras. 1894-1954. Gerson Ribeiro Coppes Jr.
Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Cuiabá/MT, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (7): Anthony Knivet, Bartolomeu Pais de Abreu, João Coelho de Souza, Manuel Godinho de Lara, Orville Derby, Teodoro Fernandes Sampaio, Ulrico Schmidl
Temas (10): Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Grunstein (pedra verde), Juerichsabaie, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Peru, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jaguari, Rio São Francisco, Sabarabuçu
    Registros relacionados
1552. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
1°. Neste local, porta de entrada para a “Cidade de Santo Amaro” onde aportou a primeira expedição, que consta ter sido em 1552
No entanto, Derby pontua que nessa exploração faltava aquilo que estava ausente na maioria das bandeiras, uma pessoa que soubesse como e onde se devia procurar o “precioso metal” [Derby, 201 Ibid., p. 248.]. Tal notícia teria iniciado a lenda sobre a serra das pedras verdes por referir-se a uma serra “mui formosa e resplandecente”. Utilizando a hipótese de Teodoro Sampaio de que “Serra resplandecente” na língua tupi era Itaberaba ou Iaberaba-bussú, sua corruptela Ituberá-bussú por fim se tornou Sabará-bussú202:

[...] a fabulosa montanha de tesouros que por cerca de dois séculos encheu a imaginação dos colonos europeus e seus descendentes edeu motivos para diversas entradas no sertão, ora na região entre os rios Doce e Jequitinhonha, onde esta lenda a coloca, ora na do altoS. Francisco203 [“Um problema histórico-geográfico”: Emergências de um saber geográfico no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Uma geografia para e das bandeiras. 1894-1954, 2021. Gerson Ribeiro Coppes Jr. Páginas 75, 76 e 77]
1915. Atualizado em 25/02/2025 04:39:54
2°. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)




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15 de abril de 2023, sábado
Atualizado em 28/10/2025 05:11:55
Carnaval Virtual 2023 – “Hy Brazil e o mistério de São Brandão”, é o enredo da Bandeirante da Folia para o Carnaval Virtual de 2023. vitrinedosamba.com.br
Cidades (1): Rosana/SP
Temas (9): Descobrimento do Brazil, Bíblia, Deus, Ilha Brasil, Curiosidades, Lagoa Dourada, Lagoas, Vulcões, Inferno




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1607
Atualizado em 28/10/2025 05:42:45
Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
Cidades (4): Itapetininga/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (19): Afonso Sardinha, o Velho, Antonio Rodrigues "Sevilhano", Antônio Salema, Domingos Luís Grou, Duarte da Costa, Francisco Correa, Inácio de Azevedo, João de Azpilcueta Navarro, José de Anchieta, Luís da Grã, Manuel da Nóbrega, Mem de Sá, Padre Balthazar, Papa Pio V, Antonio Ghislieri, Pedro Leitão, Pedro Rodrigues, Quirino Caxa, Tomé de Sousa, Vicente Rodrigues
Temas (14): Apiassava das canoas, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Estevão Ribeiro "o Velho", Gentios, Léguas, Maniçoba, Ouro, Peru, Santo Mauro, São Paulo de Piratininga, Tamoios
    1 fonte
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1552. Atualizado em 09/10/2025 04:05:54
1°. Expedição
Sendo N Padre na Baya de todos los sanctos, Sua Alteza determinou enviar doze homens pelo sarto para descobrir o ouro que diziam estar ali, para o qual o governador Thomé de Sosa pediu um padre,

Eles vão procurar o ouro e ele vai procurar o tesouro das almas, que naquelas partes é muito abundante e por essas partes acreditamos que se pode entrar até o Amazonas: agora temos notícias de que no mês de Em março de 1554 eles entraram pela capitania chamada Porto Seguro.

E o que mais acontecer na Baya será escrito. do mês de julho de 1554 de Piratininga. [Página 54]
1 de janeiro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
2°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
Andava o Padre José pela serra fazendo um caminho novo de São Vicente para São Paulo e acompanhavam Afonso Sardinha com muita gente, o qual jura que viu enxugar-se-lhe o vestido padre, quando entrava na choupana vindo de fora molhado, na qual estava até que lhe parecia que Afonso Sardinha dormia, e logo se saia da casinha, e posto ao pé de um pau, as mãos levantadas passava a maior parte da noite em oração.
20 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 09/10/2025 02:00:10
3°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias
Março de 1554. Atualizado em 24/10/2025 02:35:05
4°. Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha*
Sendo N Padre na Baya de todos los sanctos, Sua Alteza determinou enviar doze homens pelo sarto para descobrir o ouro que diziam estar ali, para o qual o governador Thomé de Sosa pediu um padre.

Eles vão procurar o ouro e ele vai procurar o tesouro das almas, que naquelas partes é muito abundante e por essas partes acreditamos que se pode entrar até o Amazonas: agora temos notícias de que no mês de Em março de 1554 eles entraram pela capitania chamada Porto Seguro. E o que mais acontecer na Baya será escrito. do mês de julho de 1554 de Piratininga. [Página 54]
6 de maio de 1563, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:23
5°. Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig
Quando Afonso Sardinha, morador na vila de São Paulo tratou no seu testemunho do voluntário cativeiro, em que o Padre José de foi meter para fazer as pazes com os contrários, diz assim:

"Ensinava ao gentio a doutrina e fé Católica, e depois de fazer a doutrina, tomava seu Breviário e se ia pelos matos rezar, e rezando lhe vinha um passarinho muito formoso, pintado de várias cores, andar por riba de seus ombros e por riba do livro e seus braços." [Página 44]
Novembro de 1566. Atualizado em 13/10/2025 20:36:38
6°. Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado*
Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão.

Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6]
1567. Atualizado em 23/10/2025 15:36:41
7°. Primeira Missa em São Vicente
Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão.

Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6]
Março de 1568. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17
8°. Visita*
Dezembro de 1568. Atualizado em 25/10/2025 04:44:48
9°. Anchieta*
Dali a alguns tempos sucedeu que dois homens de croncrenas largas e de nome como gentio contrario temendo o castigo devido a suas graves culpas, se levantaram e com suas famílias se foram meter entre os inimigos, pelo que com razão se temia viessem com poder de gente a destruir a Capitania.

Vendo o Padre José que não havia contra este perigo forças humanas, e confiado só nas de Deus se determinou ir para buscar os alevantados e reduzi-los á obediência de seu capitão, levando largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Padre Vicente Rodrigues, e outros homens, e um nativo mui esforçado, o qual depois de Deus foi todo seu remédio no perigo em que se viu.

Tinham navegado por rios 8 dias em uma canoa de casca; são estas interiças, da grossura de um bom dedo polegas, mas tem um mal que em se alagando não dão mais mostras de si, o que não tem as de pau, que por mais que se alaguem, ou virem nunca se vão ao fundo.

Chegaram os navegantes a uma cachoeira, ou salto que o rio faz, e os padres iam rezando as horas da Conceição de Nossa Senhora, se não quando se vão todos ao fundo com a canoa, em altura de 4 ou 5 braças de água; mas todos saíram a nada, só o bom Padre José não apareceu:

não sofreu o coração do nativo deixar por bom espaço de tempo, e não no achando vem se a cima a tomar fôlego e descansar um pouco; deita-se outra vez de mergulho, e quer Deus que o acha assentado no fundo; pega dele pela roupa e o Padre deixa-se vir sem aferrar no nativo, e desta maneira vem a cima, são e salvo.

Com suma alegria e consolação dos presentes: esteve debaixo d´água obra de meia hora, não desacordado, antes muito em seu juízo, lembrando-se de três coisas, como ele depois disse: de Jesus, da Virgem Maria de Deus, e de não beber água, como de certo não bebeu.

Não se acabaram aqui os trabalhos daquele dia; porque era já noite, e chovia, e acharam-se no mato espesso, sem fato para mudar, nem coisa para comer, nem fogo com que se remediar, nem uma choupana em que se meter, nem caminho que seguir; finalmente, quando todo o humano lhes faltou, então lhes acudiu o Senhor;

porque andando assim ás apalpadelas um pedaço de caminho, vão dar nas mesmas casas dos homens, que iam buscar, os quais vendo os padres tão maltratados, de tal maneira se lhes mudaram os corações que lançados aos pés do Padre José com muitas lágrimas diziam:

Ainda Padre meus pecados haviam de abranger a vossa reverendíssima! Recolheram-nos logo em suas choupanas, e procurando todo o necessário com muita caridade, e vendo o perdão que lhes levava, e o trabalho que por eles tomara, foi fácil acabar com eles se tornassem para São Vicente.




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1652
Atualizado em 28/10/2025 07:46:28
Cosmographie in four bookes: containing the chorographie and historie of the whole vvorld, and all the principall kingdomes, provinces, seas and isles thereof. Peter Heylyn (1600-1662)
Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Temas (6): Habitantes, Ouro, República, Rio Anhemby / Tietê, Rio Iniambis, São Filipe




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Laet
1626. Atualizado em 25/02/2025 04:39:10
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Jean de Laet (55 anos)
 Temas (2): República, Rio Iniambis





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Caminho do Peabiru
1520. Atualizado em 30/10/2025 01:23:11
Relacionamentos
 Cidades (2): Cananéia/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Bacharel de Cananéa, Gonçalo da Costa, Aleixo Garcia (f.1526)
 Temas (5): Caminho do Peabiru, O Sol, Nheengatu, Peru, Rio Paraguay





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Histoir. Geograp. Ecclesiast. et Civil, tom. 12, pág. 215, da Edição Parisiense, em 1755
1 de janeiro de 1755, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:37
Relacionamentos
 Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Francisco de Sousa (1540-1611), João III, "O Colonizador" (1502-1557), João V, O Magnânimo (1689-1750), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Prospero Lorenzo Lambertini (80 anos)
 Temas (6): Capitania de São Vicente, Léguas, Prata, República, São Filipe, Trópico de Capricórnio
Registros mencionados (1)
06/12/1745 - Bula Candor Lucis Aeternae, de Bento XIV, dividindo o bispado do Rio de Janeiro em cinco partes [12679]





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Voyage aux Indes Occidentales
1722. Atualizado em 25/02/2025 04:39:48
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Pessoas (1) Pierre-François-Xavier de Charlevoix (40 anos)
 Temas (1): República





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1698
Atualizado em 28/10/2025 07:46:29
Relatório de Antonio Paes Sande (1622-1695)
Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (5): Antonio Paes Sande, Fernando de Camargo, o Tigre, Francisco de Sousa, Rodrigo de Castelo Branco, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting
Temas (12): Assassinatos, Caminho de Paranapiacaba, Caminho do Mar, Caminho São Paulo-Santos, Curiosidades, Léguas, Ouro, Prata, República, Sabarabuçu, Serra de Paranapiacaba, Gentios
    3 fontes
  1 relacionada

1°. “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1797


    Registros relacionados
10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07
1°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
Evidente prova é deste receio o sucesso que teve D. Francisco de Souza, quando foi aquela Capitania, pois acompanhando os Paulistas ao mineiro que mandou á serra de Sabarabussú, para saberem a parte donde ela ocultava as minas, depois de achadas, de que se fez aviso ao dito D. Francisco, e tiradas muitas cargas de pedra, que o mineiro trazia com grande contentamento, ponderando eles a mesma escravidão, que agora temem seus netos, mataram no caminho ao mineiro, e esconderam a pedra, disseram a D. Francisco que morrera no caminho, e se enganava no que havia escrito a S. Senhoria, de que resultou morrer o dito D. Francisco em breves dias e se perpetuar a suspensão daquelas minas, a tradição de haver muito ricas, e ainda há poucos anos algumas pessoas que existiam na Villa de S. Paulo davam notícia da prata que se fundio das cargas de pedra " [Páginas 197, 198 e 199]
11 de setembro de 1611, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:36:24
2°. Baltazar Gonçalves avisa que vai ao sertão, às minas de Caativa, com “o alemão mineiro”
28 de agosto de 1682, sexta-feira. Atualizado em 26/10/2025 03:08:34
3°. Borba Gato "empurra" Rodrigo de Castelo Branco num "sumidouro" (buraco de mina)
Relatório do Governador Antonio Paes de Sande, em que se indica as causas do malogro das pesquisas das minas do Sul e propõe o alvitre para se obter de uma maneira segura o seu descobrimento

"A fama das minas de ouro e prata de Pernaguá, Itabanhana e Serra de Sabarabussú, despertou o cuidado e aplicação para se descobrirem anda no tempo do domínio de Castela. Ultimamente S.M., que Deus guarde, com despezas consideráveis de sua Real Fazenda procurou o descobrimento e entabolamento destas minas, mandando para este efeito a Dom Rodrigo de Castelbranco, que as não pode ou não soube descobrir.

A minha curiosidade (quando lhe não queiram chamar zelo) procurou em diversos tempos e ocasiões investigar a causa de não conseguir-se este descobrimento das minas, que prometia tão grandes interesses a esta Coroa, valendo-me nas vezes que estive na Baya e no Reyno da notícia de algumas pessoas práticas, que m`a podiam dar dar descobrimentos antigos e modernos. Afirmaram todos que havia as minas que se procuravam descobrir e entabolar, mas que se não achavam, nem se haviam de descobrir pelos meios que se haviam até agora aplicado, por não serem proporcionados para se conseguir o fim que se desejava, Posso depor, que achando-me na Baya ao tempo que Dom Rodrigo de Castelbranco havia entrado a fazer o seu descobrimento (antes do sucesso) afirmaram algumas pessoas práticas, que era impossível conseguir o intento (com a experiência que mostrou) pelas manifestas contradições, de meios, desordens e disposições.

A primeira contradição era, que mal pode descobrir a entabolar minas, que não sabe o que ela são, que os sujeitos que até agora se haviam escolhido para estes descobrimentos não tinham ciência algumas delas. A prata das Índias se beneficia por diversas faculdades, desde que em um certo cerro se acha a mina, até que a prata que nela há, o venha a ser, porque uns nativos (ou brancos que os imitam) não tem mais ofício que buscá-las; outros depois de achadas, seguir as betas e penetrar os estados que mais ou menos profundamente seguram serem reais; outros metem o cabedal naquela mina que se lhe achou ou comprou ou pediu ao administrador geral; outros tem os engenhos donde se mói a pedra a outros finalmente temperam a mesma pedra depois de moída e lhe aplicam os ingredientes com que (conforme espécie e qualidade que ela é) tem mostrado a experiência se une menos vagarosamente o açougue, funde com mais facilidade o metal, no que é necessário delicadíssimo tanto, porque por qualquer falta, se perdem muitas vezes grandes cabedais no erro do temperamento.

Dom Rodrigo de Castelbranco nunca nas Índias foi escrutador ou bruxula (como os Indios) das minas pelos cerros; nunca foi mineiro, nem seguiu bestas ou profundou estados; nunca foi senhor de minas, nem teve ofício de temperar a pedra moída, se falava em alguns termos, era pelos ouvir e não pelos praticar, e assim como no Brazil há tantos senhores de engenhos e nenhum dele sabe como se tempera o açúcar das canas que nele moem, e se o quisessem fazer se perderam, e todavia falam como se entendessem da arte, assim Dom Francisco ainda que tivera engenho nas Índias, nem por isso era descobridor de minas, penetrador de betas, nem temperador de prata; não é pequena contradição do intento encarregar o efeito a quem não se sabe ser causa eficiente, nem ainda instrumental dele.

A segunda contradição era a Infantaria que levava esse homem, porque ou fosse para se introduzir e obedecer, se os Paulistas o não quisessem admitir, ou para autoridade de sua pessoa, execução de suas ordens, ou para o acompanharem no sertão. Se para se introduzir e fazer obedecer, no caso que os Paulistas o repugnem, nem 100 vezes 50 soldados que levava, o poderiam meter na Vila de São Paulo, porque os serros a defendem por todas as partes, seus moradores de grande valor e constância em causa pública, e todos na última desesperaçam são inconquistáveis; e como o nome de infantaria para eles é abominável, e introduzida esta primeira, poderem ter entre si a disposição de toda a mais, seria muito para temer que a não deixem subir á serra, e ir á Vila; e se para autoridade de sua pessoa e execução de suas ordens, com a mesma Infantaria se impossibilita o intento, porque quanto é maior a autoridade que se funda em levar soldados, é maior o escrúpulo daqueles por cuja causa os levam, e deste lhe pode nascer desconfiança de se considerarem dominados, quando todo o estudo dos Paulistas é a conservação de sua liberdade.

Se para o acompanharem ao sertão até á serra de Sabarabussú, não tem para isso préstimo infantaria alguma do Brazil, não sendo Paulistas, como a experiência tem mostrado, e supondo-se que não ouve repugnância com os nativos a Sabarabussú, e é impossível conseguir-se a jornada, ou hão de ir são menos 40 Paulistas com eles para os conduzir a aquela serra, o que se não poderá conseguir sem temor grande, que o receio de se considerarem escravos dessa mesma Infantaria, e dos estragos que ao futuro poderão fazer em suas famílias e crédito, os cabos, oficiais e soldados, que necessariamente hão de presidiar aquela praça, se se descobrirem as minas, disponhão secretamente os meios de se não acharem. Muitas outras razões ouvi praticar, mostrando com elas ser quase impossível descobrirem-se estas minas pelos meios que se até agora para este efeito se haviam aplicado, que deixo de referir, por chegar ao meio, que este discurso oferece pelo mais eficaz e o único para se poderem descobrir e entabolar as minas desejadas, mostrando primeiro as razões em que se funda.

Está a Vila de São Paulo (cuja área é capaz de se fundar nela uma populosíssima cidade) na eminência de um plano pouco desigual do campo que em circunferência domina, por uma parte a todo o alcance de vista, e por outra a multidão de vários serros, que ao longe lhe formão horizonte. Duvida-de se os grãos de ouro, que em todo ele se acham são abalados dos mesmos serros pelas águas nativas, que deles se despenhão, se descobertos pelas chuvas, donde separadamente se criam. É o campo ameníssimo, retalhado de diversas ribeiras, e principalmente de um rio, de cujas margens se tira o ouro, que chamam de "lavagem". Dista esta vila da de Santos (que é o porto mais frequente daquela costa) 12 léguas, a maior parte delas por caminhos a que dão lugar algumas serras menores até se chegar ao pé da que chamam Paranapiaçaba, a qual é altíssima, e quase inacessível por uma breve estreiteza que os rochedos deixam escassamente ao trânsito de uma só pessoa atrás de outra. Do cume dela se estende aquele campo até á Vila de São Paulo, que por esta causa é naturavelmente inconquistável. A excelência do clima, dos ares e do temperamento se infere bem de não haver até hoje ali médico algum. Tem todas as flores, frutas, legumes e pão, que há em Portugal, e no Brazil em grande abundância, por a terra ser fecundíssima, só o vinho não chega a ser perfeito, mas são perfeitíssimas as carnes de todas as espécies; de maneira que produz aquela região tudo o que a natureza humana pode apetecer para o sustento e para o regalo; assim como as influências dela geram ouro nos serros, e nas áreas de que se tira, parece geram também nos homens os espíritos generosos que neles há, porque todos são briosos, valentes, impacientes de menor injúria, ambiciosos de honra, amantíssimos da sua prátia, benéficos aos forasteiros, e adversíssimos a todo o ato servil, pois até aqueles, cuja muita pobreza, lhe não permite ter quem o sirva, se sujeita antes a andar muitos anos pelo sertão em busca de quem o sirva, do que a servir a outrem um só dia.

Há muitos de grossos cabedais para aquelas partes, e não poucas famílias bastantemente nobres, e ainda que entre si tragam inimizades particulares, todos se unem para a conservação da sua república. As mulheres são formosas e varonis, e é costume ali deixarem seus maridos á sua disposição o governo das casas e das fazendas, para que são industriosas, e inclinadas a casar antes suas filhas com estranhos que as autorizem, que com naturais que as igualem.

Os filhos primeiro sabem a língua do gentio, do que aprendem a materna, são de gentil índole e gênio para as campanhas, e para as escolas, engenhosos para tudo, e todos saem do berço com a doutrina de conservação da sua liberdade, cujos ciúmes dão a seus pais as minas de ouro e prata que ocultam, e as quais de quantas diligências se tem mandado fazer por descobri-las. E finalmente a vila de São Paulo digníssima de se verificar nela o célebre vaticínio do grande padre José de Anchieta, que ha ela de ser metrópole do Brazil, e parece que não tem para isso mais adequadas disposições, que as do meio que logo se apontará, pois é certo que não pode subir aquele auge com a ruína, se não com o aumento de seus habitadores.

Sendo pois esta a natureza e o estudo destes homens, considerando eles (como se ha ouvido praticar a muitos deles) que se as minas reais da prata e ouro se descobrirem, necessariamente se ha de mandar (Governador ou Vice-Rey para aquelas Capitanias, meter nelas presídios para a sua segurança, multiplicar-lhe tributos, que hão de ficar as suas casas expostas ao descrédito, que tem padecido muitas nos estragos que costumam fazer os cabos e os soldados, que o governo quase livre que tinham da sua republica ha de ser sujeito; que donde mandavam, hão de ser mandados, que os não deixarão ir ao sertão, ou se forem lhe hão de tirar os nativos para as minas, que toda a sua utilidade destas ha de ser ruína de suas pessoas, casas, e famílias; e que aquelas terras que seus antepassados povoaram, e seus descendentes foram descobrindo, e multiplicando tão numerosas vilas com tanto trabalho seu, aumento da fazenda real do Estado, hão de ser agora prêmio dos estranhos sem merecimento, e terem seu netos por remuneração do que tinham merecido seus progenitores, ficarem quase escravos dos que hão de ir dominar; bem se infere que para se conservarem no estado presente, e evitarem aquele dano futuro, hão de dispor as industrias de se não descobrir a preciosidade daquelas minas. Evidente prova é deste receio o sucesso que teve D. Francisco de Souza, quando foi aquela Capitania, pois acompanhando os Paulistas ao mineiro que mandou á serra de Sabarabussú, para saberem a parte donde ela ocultava as minas, depois de achadas, de que se fez aviso ao dito D. Francisco, e tiradas muitas cargas de pedra, que o mineiro trazia com grande contentamento, ponderando eles a mesma escravidão, que agora temem seus netos, mataram no caminho ao mineiro, e esconderam a pedra, disseram a D. Francisco que morrera no caminho, e se enganava no que havia escrito a S. Senhoria, de que resultou morrer o dito D. Francisco em breves dias e se perpetuar a suspensão daquelas minas, a tradição de haver muito ricas, e ainda há poucos anos algumas pessoas que existiam na Villa de S. Paulo davam notícia da prata que se fundio das cargas de pedra (...)"




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1757
Atualizado em 28/10/2025 10:37:42
Charlevoix
Cidades (1): São Paulo/SP
Pessoas (1): Pierre-François-Xavier de Charlevoix (75 anos)
Temas (4): Açúcar, Curiosidades, União Ibérica, Piratininga




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Expedição
1 de Setembro de 1560, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:09
Relacionamentos
 Cidades (6): Cubatão/SP, Itu/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Brás Cubas (53 anos), Gaspar Vaz Guedes (n.1560), Jerônimo Leitão, Luiz Martins, Manuel da Nóbrega (43 anos), Manuel Fernandes Ramos (35 anos)
 Temas (11): Cachoeira do Inferno, Caminho até Mogi, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Ouro, Pela primeira vez, Rio Anhemby / Tietê, Santa Ana das Cruzes, Serra de Cubatão , Tamoios





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Outubro de 1628
Atualizado em 28/10/2025 07:46:28
Carta do Padre Espinosa ao governador do Paraguai D. Luis de Céspedes Xeria*
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (3): Luis de Céspedes García Xería, Pedro de Espiñosa, Cacique Tayaobá
Temas (3): Bilreiros de Cuaracyberá, Gualachos/Guañanas, Aldeia de Los angeles
    1 fonte
  1 relacionada

1°. Reduções jesuítico-guarani: espaço de diversidade étnica, 2011. André Luis Freitas da Silva. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em História. Área de concentração: História, Região e Identidades. Orientadora: Profa. Dra. Càndida Graciela Chamorro Argüello
1 de janeiro de 2011, sábado
Além disso, por volta de 1627 o governador do Paraguai Luis de Céspedes esteve em Vila Rica do Espírito Santo, onde pretendia visitar a redução de Sete Arcanjos. Sua intenção era levar como escolta, além do efetivo militar que o acompanhava, mais um esquadrão de Gualachos Ybirayaras. Fato que levou o religioso Pedro Espinosa a tentar “dissuadi-lo de visitar as reduções, como indica acompanhado de 100 soldados e 400 Gualachos; se você não quer que os índios medrosos entrem no mato como veados, com medo na montanha” [Páginas 104, 105 e 106]  ver mais




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1627
Atualizado em 28/10/2025 07:46:27
Em função de supostas minas descobertas nos “termos da vila de São Paulo”, solicitou sesmaria, ganhando-a do capitão-mor Álvaro Luiz do Valle
Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Guiné/AFR, Ibiúna/SP, Iguape/SP, Piedade/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (2): Álvaro Luís do Valle, Manuel João Branco
Temas (7): Fazenda Ipanema, Lagoa Dourada, MBoy, Ouro, Serra dos Itatins, Papagaios (vutu), Vutucavarú
Carta topográfica e geognóstica
Data: 1850
Créditos: João Bloem (1799-1851)Carta topográfica e geognóstica do terreno pertencente e demarcado para o destricto mineiro da fabrica de ferro de S. João do Ypanema acompanhado de uma esquiça geognóstica do morro Arassoiaba e mapa estatísticos das diversas épocas do mesmo estabelecimento, 1850-1851
    6 fontes
  1 relacionada

1°. Histórias ilustradas de Ypanema e do Araçoiaba, 2011. Gilson Sanches
2011




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America Or an Exact Description of the West-Indies: More Especially of Those
1655. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (5): Cananéia/SP, Iguape/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Temas (3): Ouro, São Filipe, Colinas





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1717
Atualizado em 28/10/2025 07:46:29
Cosmographie in four bookes : containing the chorographie and historie of the whole vvorld, and all the principall kingdomes, provinces, seas and isles thereof
Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Temas (4): Ouro, São Filipe, Wiettache / Hitauchi, Colinas
The State of the Dutch Fortifications and Garisons
Data: 1717
Créditos: Página 79




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Charlevoix, Pierre Francois Xavier — Histoire du Paraguay. Paris, 1756
1756. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Pierre-François-Xavier de Charlevoix (74 anos)
 Temas (1): Rio Paraná







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  13/02/2025 06:42:31º de
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1657
Atualizado em 28/10/2025 07:46:28
Cosmographie in four bookes : containing the chorographie and historie of the whole vvorld, and all the principall kingdomes, provinces, seas and isles thereof
Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Temas (1): São Filipe
Cosmographie in four bookes
Data: 1657
Créditos: Peter HeylynPágina 1080




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Carta de Gonzalo Pizarro ao Rei, datada em Tomebamba
3 de Setembro de 1542, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:33:41
Relacionamentos
 Pessoas (2) Francisco Orellana, Gonzalo Pizarro
 Temas (7): Cavalos, Lagoa Dourada, Léguas, Ouro, Peru, Pontes, Rio Amazonas

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•  Consulta em cervantesvirtual.com
18 de novembro de 2023, sábado





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Carta de Balthazar Fernandes do Brasil, da Capitania de São Vicente de Piratininga
5 de dezembro de 1567, terça-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31




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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XIV
1909. Atualizado em 17/08/2025 01:25:42
Relacionamentos
 Cidades (5): Carapicuiba/SP, Santos/SP, São Bernardo do Campo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (27) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Amador de Medeiros, Antônio Pinto (n.1558), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Belchior da Costa (1567-1625), Brás Cubas (1507-1592), Carl Gustav Hedberg (1774-1827), Clemente Álvares (1569-1641), Francisco de Assis Mascarenhas (1779-1843), Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen (1783-1842), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gentil de Assis Moura (31 anos), João Mendes de Almeida (1831-1898), João Ramalho (1486-1580), Jorge Moreira (n.1525), Luís da Grã (n.1523), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Preto (1559-1630), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mem de Sá (1500-1572), Pedro Collaço Vilela, Pero (Pedro) de Góes, Rodrigo Alvares (f.1598), Ulrico Schmidl (1510-1579), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
 Temas (54): “o Rio Grande”, Apiassava das canoas, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminho São Paulo-Santos, Caminhos até São Vicente, Canôas, Capitania de Minas Gerais, Capitania de São Paulo, Córrego Supiriri, Cruzes, Dinheiro$, Enguaguassú, Estrada Vergueiro, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Ferrovias, Gentios, Geografia e Mapas, Goayaó, Inhayba, Ipiranga, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, NS do Carmo de Santos, O Sol, Piaçaguera, Pontes, Porto das Almadias, Portos, Pouso Alto, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio Cubatão em Cubatão, Rio dos Couros, Rio dos Meninos, Rio Geribatiba, Rio Goyaó, Rio Mogy, Rio Pinheiros, Rio Tamanduatei, Rio Ururay, Rio Ypiranga, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Serra do Mar, Taperovira, Ururay, Vila de Santo André da Borda, Ybyrpuêra

Registros mencionados (7)
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]
30/11/1532 - Hoje não resta dúvida de que o fundador do primeiro núcleo de povoação em Piratininga foi Martim Afonso de Souza [21818]
1553 - Amador de Medeiros chega á Capitania de São Vicente [470]
22/01/1560 - Antonio Rodrigues de Almeida pede terras “(...) até se findar no rio da Tapera do Cacique e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahy” [21983]
1571 - Salvador Pires obteve, de parceria com Amador de Medeiros, umas terras de cultura, com matos e capoeiras, na região do Ipiranga [27486]
27/09/1814 - Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen assume a direção da Fazenda Ipanema [6120]
2024 - Jorge Moreira é dono de terras em Ipiranga [20466]





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OS MARCOS GEOGRÁFICOS COMO REFERÊNCIAS NA OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO PAULISTA. Data da consulta
5 de janeiro de 2024, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:55:24
Relacionamentos
 Cidades (11): Atibaia/SP, Guaratinguetá/SP, Guarulhos/SP, Mogi Guaçu/SP, Paraty/RJ, Pedro Leopoldo/MG, Porto Seguro/BA, Sabará/MG, São José dos Campos/SP, São Paulo/SP, Ubatuba/SP
 Pessoas (11) Álvaro Rodrigues do Prado (1593-1683), Anthony Knivet (1560-1649), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), João de Azpilcueta Navarro, Lourenço Castanho Taques, 2° (1637-1671), Martim Correia de Sá (1575-1632), Mathias Cardoso de Almeida (n.1605), Thomas Cavendish (1560-1592), Vasco Rodrigues Caldas
 Temas (12): Cataguazes, Colinas, Diamantes e esmeraldas, Estradas antigas, Morro do Lopo, Nheengatu, Rio das Velhas, Sabarabuçu, Serra da Mantiqueira, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Tamoios, União Ibérica

Registros mencionados (12)
1553 - Entre 1553 e 1554 aconteceu a “Entrada” de Francisco Bruzza de Spinosa, a partir de Porto Seguro, para tentar se chegar a “Serra Resplandecente” [472]
24/12/1560 - Expedição [25894]
1618 - Diálogos das Grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão [1036]
18/04/1643 - Nomeado Manuel Homem Albernas Capitão do descobrimento da prata da Serra do Sabarabusu [20908]
1655 - Manoel Rodrigues Góes, sertanista desde muito moço, acompanhou o pai, Alvarez, na jornada aos sertões [20226]
15/05/1668 - Ausente [1394]
21/06/1674 - Partida [1418]
21/07/1674 - Partida de Fernão Dias [21578]
03/11/1674 - Elogiado pelos seus grandes serviços [20111]
12/03/1681 - Na sessão de 12 de março ficamos sabendo os resultados desta "tour de force" dos oficiais da Câmara: estes regressaram com 100 indígenas, dentre os quais D. Rodrigo selecionou 82 pois os restantes mostraram-se incapazes por serem velhos, coxos ou mancos [23797]
26/06/1681 - Primeira notícia do falecimento [23194]
2024 - Expedição para se tentar alcançar a região de Sabarabuçu liderada por Martim Carvalho [577]





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OS MARCOS GEOGRÁFICOS COMO REFERÊNCIAS NA OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO PAULISTA. O caso do morro do Lopo e os núcleos urbanos no “Caminho de Atibaia”, no século XVII. Ana Villanueva (data da consulta)
1 de março de 2024, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (7): Atibaia/SP, Guarulhos/SP, Ubatuba/SP, São José dos Campos/SP, Paraty/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Bragança Paulista/SP
 Pessoas (3) Anthony Knivet (1560-1649), Martim Correia de Sá (1575-1632), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos)
 Temas (7): Temiminós, Canibalismo, Morro do Lopo, Nheengatu, Rio Jaguari, Estradas antigas, Colinas

Registros mencionados (2)
1. Antonio Knivet esteve na aldeia dos Tamoios em aproximadamente 1598
1589

Os índios guarulhos chamavam este local de “ty-baia”, que significava “manancial saudável”. Existem outros registros de índios no local, conforme explica Cassalho, descrevendo a história do pirata inglês Antonio Knivet, que esteve na aldeia dos Tamoios em aproximadamente 1598, nas imediações ou confluência do Rio Jaguari com o rio do Peixe (maior afluente da margem esquerda do Jaguari), próximo ao local onde hoje está Igaratá.

Knivet fazia parte da expedição do famoso pirata Cavendish, e escreveu a história de sua viagem que foi publicada em inglês no início do século XVIII. Foi náufrago e prisioneiro de Salvador Correa de Sá. Antonio Knivet integrou a bandeira de Martim de Sá, saindo do Rio de Janeiro em 1597, passando por Parati, Ubatuba, até o planalto. Ficaram aproximadamente um mês nas proximidades de São José dos Campos.

A situação era de fome, pois nas aldeias só havia batata, e já haviam morrido 180 homens. A desordem e a indisciplina completaram o desastre. Nas margens do Jaguary dispersou-se a expedição e por outros trilhos começou a viagem de regresso. Antonio Knivet relatou sua viagem dizendo que desceu por uma semana o rio Jaguari com bandeirantes que procuravam seus inimigos Tamoios. A partir daí caminharam rumo sudoeste:

(...) fomos ter a uma montanha grande e selvagem e chegamos a um lugar cujo solo seco e de uma cor escura, crespo de colinas e penhascos, onde vários ribeiros tinham ai suas origens.

A montanha era o morro do Lopo e, conforme Teodoro Sampaio, o rio seria o Guaripocaba de Bragança Paulista. [Página 10]

Nos relatos de Knivet, este diz que permaneceu entre os canibais tamoios por um ano e onze meses, e ficou vivo porque os índios acreditavam que ele era francês. Como os tamoios eram aliados dos franceses contra os portugueses, devoraram apenas os bandeirantes. Além disso, Knivet ajudou os tamoios contra a tribo dos temiminós.

Na região entre Camanducaia, Itapeva, Extrema, Joanópolis, Vargem, Piracaia, Bom Jesus, Nazaré, Igaratá, São José dos Campos e região, peregrinavam então os índios Tamoios, Temiminós e os Tupiniquins.
2. Roteiro Knivet
1597
Registros mencionados (4)
1565 - Guarulhos [562]
1589 - Antonio Knivet esteve na aldeia dos Tamoios em aproximadamente 1598 [23870]
1589 - Antonio Knivet esteve na aldeia dos Tamoios em aproximadamente 1598 [23869]
1597 - Roteiro Knivet [24640]





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“Viagem à provincia de São Paulo e Resumo das viagens ao Brasil, provincia Cisplatina e missões do Paraguai”. Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853)
1940. Atualizado em 23/10/2025 15:57:13
Relacionamentos
 Cidades (15): Araçariguama/SP, Barueri/SP, Carapicuiba/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Cubatão/SP, Guarapuava/PR, Guarulhos/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (17) Antônio Pires de Campos, Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Daniel Parish Kidder (1815-1891), Daniel Pedro Müller (1785-1841), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gertrudes Eufrosina Aires (1777-1846), José de Anchieta (1534-1597), José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830), Lopo de Souza (f.1610), Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mem de Sá (1500-1572), Pascoal Moreira Cabral Leme (1654-1724), Pierre-François-Xavier de Charlevoix (1682-1761), Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857)
 Temas (30): Aldeias, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Éden, Sorocaba, Bairro Itavuvu, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminho do Peabiru, Caminho Sorocaba-Porto Feliz, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Cochipone, Convento/Galeria Santa Clara, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Itaqué, Maria Leme da Silva, Monserrate em Cotia, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora dos Pinheiros, Olhos D´água, Pão d´alho, Rancho de Braga, Ribeirão das Furnas, Rio Pinheiros, São Filipe, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Vila de Santo André da Borda, Ytá-pé-bae

Registros mencionados (3)
1. Martim Afonso fundeou no Rio de Janeiro
30 de abril de 1531

Partiu Martim Afonso de Lisboa pelos fins do ano de 1530 e, a 30 de abril de 1531,(5) fundeou na do Rio de Janeiro, que os indígenas dominavam Ganobará ou Nithoy. Como os tamoios, selvagens desconfiados e belicosos não lhe permitissem estabelecer-se ali prosseguiu viagem até o Rio da Prata; depois, voltando para o norte, entrou, no dia 20 de janeiro de 1532, numa baía que, protegida por duas ilhas. [Página 19]
2. Voyage aux Indes Occidentales
1722

Entre as muitas fábulas criadas sobre a origem, o governo e os costumes dos antigos paulistas, o padre Charvolix e François Correal (pseudônimo) algo disseram relativamente à posição de São Paulo. O primeiro pretende que essa cidade é cercada por todos os lados, de inacessíveis montanhas. [Página 173]
3. “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
1797

Gaspar da Madre de Deus reconhece que a narrativa de Charlevoix sobre as incursões paulistas no Paraguai é exata, muito mais exata do que certos relatos portugueses. [Página 40]
Registros mencionados (17)
22/01/1531 - Bertioga [26243]
30/04/1531 - Martim Afonso fundeou no Rio de Janeiro [22544]
25/01/1532 - Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga [27125]
1539 - Falecimento de Pero Lopes de Sousa em Madagascar [13422]
31/03/1560 - Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? [10473]
12/10/1580 - Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) [20121]
1654 - A requerimento de Gonsalo Couraça de Mesquita, foi a capela elevada em 1654 a categoria de vila de Itú, nome significativo da catadupa distante 5 a 6 quilômetros ao este do aldeamento [1319]
1656 - “Não é caminhando que se faz a maior parte da viagem; é de rastros sobre as mãos e os pés, agarrando-se às raízes das árvores, em meio de rochedos ponteagudos e de tão terríveis precipícios, que eu tremia, devo confessá-lo, quando olhava para baixo” [25009]
06/04/1718 - Descobrimento das primeiras minas de ouro em Mato Grosso, junto ao Coxipó-Mirim, por Pascoal Moreira Cabral, Antônio Pires de Campos, João Antunes Maciel, Domingos Rodrigues do Prado e outros paulistas [10524]
1722 - Voyage aux Indes Occidentales [25401]
01/10/1722 - Miguel Sutil de descobriu as minas de ouro à beira do córrego da Prainha, próximo de onde hoje está a igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito [8538]
01/10/1722 - Miguel Sutil chegou á Cuiabá [15407]
1723 - Pascoal [26212]
1797 - “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) [22667]
01/09/1809 - Chega em Sorocaba o sueco Frederico Luiz Guilherme de Varnhagem* [6032]
09/12/1819 - Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) parte de Paulo rumo ao Rio Grande [25008]
16/12/1819 - Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) [26069]





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Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923)
1883. Atualizado em 29/10/2025 18:22:30
Relacionamentos
 Cidades (5): Cananéia/SP, Porto Seguro/BA, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (37) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Garcia (f.1526), Américo Vespúcio (1454-1512), Anthony Knivet (1560-1649), Ascenso Ribeiro, Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (1507-1592), Diogo Garcia de Moguér, Domingos Luís Grou (1500-1590), Duarte Machado, Fernão de Magalhães (1480-1521), Francisco Correa (f.1590), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Hans Staden (1525-1576), João Capistrano Honório de Abreu (30 anos), João Coelho de Souza (f.1574), João de Azpilcueta Navarro, João Ramalho (1486-1580), Jorge Correa, Jorge Ferreira (1493-1591), José de Anchieta (1534-1597), Manuel Aires de Casal (1754-1821), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Nicolau Coelho (1460-1504), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pero Lobo, Pero Vaz de Caminha (1450-1500), Piqueroby (1480-1552), Robério Dias (n.1600), Sebastião Fernandes Tourinho, Simão de Vasconcelos (1597-1671), Vasco da Gama (1469-1524), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 Temas (12): Açúcar, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Escravizados, Franceses no Brasil, Guerra de Extermínio, Habitantes, Ordem de Cristo, Pela primeira vez, Peru, Rio Sorocaba
Registro mencionado
1. “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”
1625

Do Espirito Santo ha certeza que Domingos Martins Cão fez uma expedição a procura das esmeraldas por ordem de D. Francisco de Sousa, quando este ainda estava na Bahia, isto é, antes de 1598. Ha ainda notícia de uma expedição feita no mesmo ou no seguinte ano por ordem de D. Francisco de Sousa. Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600.
Registros mencionados (11)
09/03/1500 - Ao meio-dia a esquadra de Pedro Álvares Cabral partiu de Lisboa. Eram 13 embarcações [6938]
14/03/1500 - A frota passou por Grã Canária, a maior das Ilhas Canárias [6939]
21/04/1500 - Partida [224]
24/01/1502 - A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia [21460]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
01/12/1532 - Caminho da Serra* [25855]
1540 - Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho [26931]
1552 - Expedição [26774]
1592 - Expedições [26775]
1625 - “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet” [23864]
21/11/1727 - O comerciante João Antunes Cabral Camelo chega Cuiabá [6770]





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Brazões e Bandeiras do Brasil, 1933. Clóvis Ribeiro
1933. Atualizado em 24/10/2025 02:40:21
Relacionamentos
 Cidades (2): Araçoiaba da Serra/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Cláudio de Madureira Calheiros, Fernando Dias Falcão (1669-1738), Miguel Sutil (1667-1755)
 Temas (8): Bairro Itavuvu, Buraco de Prata, Fortes/Fortalezas, Itapeva (Serra de São Francisco), Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Prata, São Filipe

Registros mencionados (2)
01/02/1600 - Segunda visita a Nossa Senhora de Montsserrat / Adiante desta vila quatro léguas (19km), no sitio chamado serra de Biraçoiaba* [20800]
23/03/1925 - Brasão de Sorocaba foi substituído através da Lei Municipal 189, projetado e desenhado pelo historiador e diretor do Museu do Ipiranga, Afonso d”Escragnolle Taunay”. [9185]





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O mito do eldorado: origem e significado do imaginário su-lamericano (século XVI)
1997. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos

 Temas (7): El Dorado, Pela primeira vez, Ouro, Caciques, Lagoa Dourada, Diamantes e esmeraldas, Arqueologia

Registro mencionado
1. O primeiro relato impresso sobre o Eldorado foi de Gonçalo de Oviedo
1541

O primeiro relato impresso sobre o Eldorado foi de Gonçalo de Oviedo, em 1541 (História general y natural de las Índias). Segundo esse cronista, um príncipe indígena diariamente se cobria com uma espécie de resina, sobre a qual era aplicado ouro em pó por toda a extensão de seu corpo.

A repercussão desse depoimento para a mentalidade do período foi fundamental. Não se encontrou em nenhuma cultura indígena até aquele momento, uma utilização de riquezas de tal modo - característica de um raça muito rica e portadora de fabulosas riquezas. Essa tradição do homem dourado, advinda deinformações indígenas, foi baseada em um culto religioso dos Chibcha (situados na Colômbia). Várias pesquisas arqueológicas atuais confirmam a autenticidade deste episódio, que desapareceu antes da conquista.

Na cultura Chibcha, os chefes viajavam em liteiras adornadas com ouro e feixes deste metal penduradas na porta do palácio.

Cavernas, montanhas, lagos e templos eram considerados lugares sagrados onde os deuses recebiam ouro e esmeraldas.

“A cerimônia que inflamou a imaginação dos soldados espanhóis, entretanto, era a praticada quando um novo chefe assumia o poder. Em talocasião, o iniciado era coberto com resina e envolto em ouro em pó. Fulgurante da cabeça aos pés, era levado em uma canoa ao centro da lagoa sagrada. Enquanto seus súditos lançavam da praiaoferendas à agua, ele mergulhava para retirar o ouro, que permanecia no fundo do lago” (MEGGERS, 1985. p. 134).

Apesar de especialistas modernos negarem a vinculação desse episódio indígena com o mito espanhol (RAMOS PÉREZ, 1995, p.281), a sua confirmação atual é um consenso entre os arqueólogos colombia nos e norte-americanos. O cacique de Guatavita (lago da Colômbia) mantinha um grande poder econômico e político em diversas regiões indígenas através do misterioso culto do encobrimento com ouro (FERNANDO PÉREZ, 1990, p. 03).
Registros mencionados (1)
1541 - O primeiro relato impresso sobre o Eldorado foi de Gonçalo de Oviedo [23447]





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Revista da Sociedade scientifica de São Paulo
1908. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): Sorocaba/SP, Araçoiaba da Serra/SP
 Pessoas (2) Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855), José de Anchieta (1534-1597)
 Temas (14): Vutucavarú, Ouro, Rio Sorocaba, Lagoa Dourada, Nheengatu, Cavalos, Canôas, Rio Ypanema, Rio Sarapuy, Curiosidades, Metalurgia e siderurgia, Fazenda Ipanema, Arqueologia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba

Registros mencionados (1)
1833 - “Pluto Brasiliensis”, Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) [27639]





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Novidades sobre a Trilha do Peabiru. dakilanews.com.br
12 de outubro de 2023, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 03:31:41
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 Pessoas (1) Urandir Fernandes de Oliveira
 Temas (6): Amazônia, Caminho do Peabiru, Curiosidades, Estradas antigas, Nheengatu, O Sol






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TUPI GUARANI e o PORTUGUÊS. Por Rodrigo Gorgulho, gorgulho.com
23 de janeiro de 2023, segunda-feira. Atualizado em 20/03/2025 19:33:18
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 Pessoas (2) 1° marquês de Pombal (1699-1782), Pedro Álvares Cabral (1467-1520)
 Temas (17): Yanomamis, Geografia e Mapas, Amazônia, Nheengatu, Habitantes, Kaiowás, Cayacangas, Habitantes, Tupi-Guarani, Tupinambás, Descobrimento do Brazil, Itacolomy, Carijós/Guaranis, Jê, Tupiniquim, Lageado, Ouro






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RESUMEN DE PREHISTÓRIA Y PROTOHISTORIA DE LOS PAISES GUARANIES, de Dr. Moisés S. Bertoni. Assunção: M. Brossa, 1913
1913. Atualizado em 25/02/2025 04:42:42
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 Pessoas (2) Pedro Lozano (1697-1752), Cacique Tayaobá (1546-1629)
 Temas (5): Guaranis, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Caminho do Mar, Guayrá






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Conceito de COLINA. conceito.de
15 de novembro de 2019, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos

 Temas (1): Colinas






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Imagens geradas por I.A.
26 de abril de 2024, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos

 Temas (3): Lagoa Dourada, Descobrimento do Brazil, Bíblia






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Imagens geradas por I.A.
25 de abril de 2024, quinta-feira. Atualizado em 21/03/2025 02:54:53
Relacionamentos

 Temas (6): Estradas antigas, Santa Ana, Canôas, Pontes, Jesuítas, Cachoeiras






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Surpreenda-se com as cidades mais altas de São Paulo. tupi.fm
15 de outubro de 2024, terça-feira. Atualizado em 23/04/2025 21:20:48
Relacionamentos
 Cidades (1): Serra Negra/SP
 Temas (2): Colinas, Serra da Mantiqueira






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CARTA DE SÃO VICENTE 1560. CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA
1997. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (3): São Vicente/SP, Araçoiaba da Serra/SP, São Paulo/SP
 Pessoas (2) José de Anchieta (1534-1597), Teodoro Fernandes Sampaio (44 anos)
 Temas (4): Léguas, Estradas antigas, Tordesilhas, Nheengatu

Registros mencionados (1)
10/10/1553 - José de Anchieta parte para São Vicente [20051]





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  26/08/2025 22:33:12º de
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Consulta em cervantesvirtual.com
18 de novembro de 2023, sábado. Atualizado em 26/08/2025 22:33:12
Relacionamentos
 Pessoas (2) Francisco Orellana, Gonzalo Pizarro
 Temas (7): Cavalos, Lagoa Dourada, Léguas, Ouro, Peru, Pontes, Rio Amazonas

Registro mencionado
1. Carta de Gonzalo Pizarro ao Rei, datada em Tomebamba
3 de setembro de 1542
Registros mencionados (1)
03/09/1542 - Carta de Gonzalo Pizarro ao Rei, datada em Tomebamba [410]





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  25/02/2025 04:41:22º de
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Partida
1 de janeiro de 1542, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:22
Relacionamentos
 Cidades (1): Assunção/PAR
 Pessoas (1) Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (42 anos)
 Temas (2): Estradas antigas, Graus


  


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