arqiop:\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\t3522\sting3.txt 0
Atualizado em 28/10/2025 12:04:47 A língua do Brasil. Por Claudio Angelo, em Revista Super Interessante
• 1°. O “Descobrimento” do Brasil O tupi, primeiro idioma encontrado pelos portugueses no Brasil de 1500, ainda resiste no nosso vocabulário. Agora tem gente querendo vê-lo até nas escolas. Em pleno século XXI. (...) Quando ouvir dizer que o Brasil é um país tupiniquim, não se irrite. Nos primeiros dois séculos após a chegada de Cabral, o que se falava por estas bandas era o tupi mesmo. O idioma dos colonizadores só conseguiu se impor no litoral no século XVII e, no interior, no XVIII. Em São Paulo, até o começo do século passado, era possível escutar alguns caipiras contando casos em língua indígena. No Pará, os caboclos conversavam em nheengatu até os anos 40. Mesmo assim, o tupi foi quase esquecido pela História do Brasil. Ninguém sabe quantos o falavam durante o período colonial. Era o idioma do povo, enquanto o português ficava para os governantes e para os negócios com a metrópole. “Aos poucos estamos conhecendo sua real extensão”, disse à SUPER Aryon Dall’Igna Rodrigues, da Universidade de Brasília, o maior pesquisador de línguas indígenas do país. Os principais documentos, como as gramáticas e dicionários dos jesuítas, só começaram a ser recuperados a partir de 1930. A própria origem do tupi ainda é um mistério. Calcula-se que tenha nascido há cerca de 2 500 anos, na Amazônia, e se instalado no litoral no ano 200 d.C. “Mas isso ainda é uma hipótese”, avisa o arqueólogo Eduardo Neves, da USP. Três letras fatais Quando Cabral desembarcou na Bahia, a língua se estendia por cerca de 4000 quilômetros de costa, do norte do Ceará a Iguape, ao sul de São Paulo. Só variavam os dialetos. O que predominava era o tupinambá, o jeito de falar do maior entre os cinco grandes grupos tupis (tupinambás, tupiniquins, caetés, potiguaras e tamoios). Daí ter sido usado como sinônimo de tupi. As brechas nesse imenso território idiomático eram os chamados tapuias (escravo, em tupi), pertencentes a outros troncos lingüísticos, que guerreavam o tempo todo com os tupis. Ambos costumavam aprisionar os inimigos para devorá-los em rituais antropofágicos. A guerra era uma atividade social constante de todas as tribos indígenas com os vizinhos, até com os da mesma unidade lingüística. (...) O começo do fim - Ascensão e queda de um idioma - Século XVI (1501-1600) O tupi, principalmente o dialeto tupinambá, que ficou conhecido como tupi antigo, é falado da foz do Amazonas até Iguape, em São Paulo. Em vermelho, você vê os grupos tapuias, como os goitacás do Rio de Janeiro, os aimorés da Bahia e os tremembés do Ceará, que viviam em guerra com os tupis. De Cananéia à Lagoa dos Patos fala-se o guarani. • 2°. Capitães de todos os navios reuniram-se a bordo do navio de Cabral Quando Cabral desembarcou na Bahia, a língua se estendia por cerca de 4000 quilômetros de costa, do norte do Ceará a Iguape, ao sul de São Paulo. Só variavam os dialetos. O que predominava era o tupinambá, o jeito de falar do maior entre os cinco grandes grupos tupis (tupinambás, tupiniquins, caetés, potiguaras e tamoios). Daí ter sido usado como sinônimo de tupi. As brechas nesse imenso território idiomático eram os chamados tapuias (escravo, em tupi), pertencentes a outros troncos lingüísticos, que guerreavam o tempo todo com os tupis. Ambos costumavam aprisionar os inimigos para devorá-los em rituais antropofágicos. A guerra era uma atividade social constante de todas as tribos indígenas com os vizinhos, até com os da mesma unidade lingüística. • 3°. Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” Quando Portugal começou a produzir açúcar em larga escala em São Vicente (SP), em 1532, a língua brasílica, como era chamada, já tinha sido adotada por portugueses que haviam se casado com índias e por seus filhos. “No século XVII, os mestiços de São Paulo só aprendiam o português na escola, com os jesuítas”, diz Aryon Rodrigues. Pela mesma época, no entanto, os faladores de tupi do resto do país estavam sendo dizimados por doenças e guerras. No começo daquele mesmo século, a língua já tinha sido varrida do Rio de Janeiro, de Olinda e de Salvador, as cidades mais importantes da costa. Hoje, os únicos remanescentes dos tupis são 1 500 tupiniquins do Espírito Santo e 4 000 potiguaras da Paraíba. Todos desconhecem a própria língua. Só falam português. • 4°. Tupinambás levados O extermínio dos tupinambás, a partir de 1550, a imigração portuguesa maciça e a introdução de escravos africanos praticamente varre o tupi da costa entre Pernambuco e Rio de Janeiro. Em São Paulo e no Pará, no entanto, ele permanece como língua geral e se espalha pelo interior, levado por bandeirantes e jesuítas. • 5°. Franceses se estabelecem no Rio de Janeiro • 6°. Primeira gramática sobre uma língua do tronco tupi: a "Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil", que foi publicada em Coimbra • 7°. Jesuítas são expulsos do Brasil Irritado com o uso generalizado das línguas nativas, o Marquês de Pombal (1699-1782), que então governava Portugal e suas colônias, resolveu impor o português na marra, por decreto, em 1758. Num documento maluco, o Alvará do Diretório dos Índios, proibiu o uso de todas as línguas indígenas e o ensino do nheengatu, “invenção diabólica” dos jesuítas. No ano seguinte, vilas de toda a Amazônia foram rebatizadas com topônimos portugueses. Surgiram, assim, Santarém e Óbidos no Pará, Barcelos e Moura no Amazonas. A briga culminaria com a expulsão dos jesuítas, em 1759. “Mas a língua geral não sumiu de imediato”, observa o etno-historiador José de Ribamar Bessa Freire, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. “O português só veio se firmar no final do século passado, quando os nordestinos migraram em massa para a Amazônia, atrás da borracha.” Hoje, o uso daquela língua geral se restringe à região do alto Rio Negro e a um pedaço da Venezuela. • 8°. Triste Fim de Policarpo Quaresma • 9°. Principais documentos, como as gramáticas e dicionários dos jesuítas, só começaram a ser recuperados
Atualizado em 28/10/2025 12:04:47 “os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar”
Atualizado em 28/10/2025 03:41:42 Auto das perguntas feitas a dois espanhóis qu chegaram a Fortaleza de Malaca Cidades (5): Cabo Frio/RJ, Leiria/POR, Malaca/MAL, Sevilha/ESP, Lisboa/POR Pessoas (7): Domingos Luís Grou, Duarte Barbosa, Fernão de Magalhães, João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”, Mestre Bartolomeu Gonçalves, Gonçalo Hernandes Eanes, Juan Sebastián Elcano Temas (11): Biscainhos, Carijós/Guaranis, Espanhóis/Espanha, Estreito de Magalhães, Metalurgia e siderurgia, Galinhas e semelhantes, Ouro, Pela primeira vez, Porto de Santa Luzia, Porto de Santa Maria, Portos ![]() Data: 1703 Créditos: Heinrich Scherer (1702-1703)
• 1°. Partem das ilhas Canárias para o Porto de Santa Luzia, no Brasil ter às Canárias onde estiveram seis dias e souberam como as naus de Portugal eram já passadas diante para a Índia e daí foram ter ao porto de Santa Luzia que é na terra do Brasil o qual se dizia quer era já descoberto dos portugueses onde estiveram quinze dias tomando água e lenha no qual porto João Carvalho português achou um filho seu que houvera de uma negra no tempo que aí esteve com um navio português / no qual porto o dito Fernão de Magalhães// resgatou alguns paus de brasil para amostra e dali se foram ao longo da costa e foram ter ao porto de Santa Maria e daí passaram por o Cabo Frio e foram ter em uma enseada grande na qual era água doce e entrava muito por a terra a que eles não viram cabo e puseram em passar de uma ponta à outra seis dias onde tomaram água para suas naus e da dita ponta foram costeando um mês e meio até chegarem a um rio a que eles puseram nome São Julião na qual terra não havia arvoredo nenhum senão terra escalvada e muito fria no qual rio corregeram os navios e estiveram nele quatro meses e a gente da terra é 13 de dezembro de 1519, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:32:19 • 2°. Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro Martinho e um Rebelo criado do dito Fernão de Magalhães e outro por nome Estêvão Dias e que dos nomes dos outros não era lembrado e os outros eram castelhanos e homens de fora do reino e foram ter às Canárias onde estiveram seis dias e souberam como as naus de Portugal eram já passadas diante para a Índia e daí foram ter ao porto de Santa Luzia que é na terra do Brasil o qual se dizia quer era já descoberto dos portugueses onde estiveram quinze dias tomando água e lenha no qual porto João Carvalho português achou um filho seu que houvera de uma negra no tempo que aí esteve com um navio português, no qual porto o dito Fernão de Magalhães resgatou alguns paus de brasil para amostra e dali se foram ao longo da costa e foram ter ao porto de Santa Maria e daí passaram por o Cabo Frio e foram ter em uma enseada grande na qual era água doce e entrava muito por a terra a que eles não viram cabo e puseram em passar de uma ponta à outra seis dias onde tomaram água para suas naus e da dita ponta foram costeando um mês e meio até chegarem a um rio a que eles puseram nome São Julião (...) 27 de dezembro de 1519, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:51:58 • 3°. Fernando de Magalhães deixa a baía do Rio de Janeiro (ver 13 de dezembro) e prossegue em sua viagem de circunavegação do globo 29 de julho de 1521, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:06 • 4°. Gonçalo Fernandes ficou na ilha de Bornéu
Mapa de Heinrich Scherer (1702-1703) ilustrando a circunavegação realizada pela frota de Fernão de Magalhães em 1519-1521 1703. Atualizado em 25/02/2025 04:40:12 Relacionamentos • Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Cabo de Santo Agostinho/PE • Pessoas (2) Fernão de Magalhães (1480-1521), Gonçalo Hernandes Eanes (f.1521) • Temas (11): Geografia e Mapas, Rio da Prata, Estreito de Magalhães, Trópico de Capricórnio, Peru, Caminho do Mar, Estradas antigas, Curiosidades, Caminho do Peabiru, Porto de Santa Maria, Porto de Santa Luzia ![]() • 1. Magalhães chega as ilhas Canárias, segundo 14 de agosto de 1519 • 2. Partem das ilhas Canárias para o Porto de Santa Luzia, no Brasil 30 de agosto de 1519
Atualizado em 28/10/2025 03:41:42 Ata Cidades (4): Itaguara/MG, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (1): Manuel Fernandes Ramos Temas (4): Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho SP-Santo Amaro, Estradas antigas, Ybyrpuêra ![]() Data: 1581 Créditos: Página 180 e 181
Fernão de Magalhães e o estreito que tem hoje o seu nome, nationalgeographic.pt 6 de abril de 2022, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Cabo Frio/RJ, Valladolid/ESP • Pessoas (2) Fernão de Magalhães (1480-1521), Juan Sebastián Elcano (1476-1526) • Temas (8): Geografia e Mapas, Estreito de Magalhães, Pela primeira vez, Trópico de Capricórnio, Rio da Prata, Santa Ana, Santa Catarina, Porto de Santa Luzia ![]() • 1. Magalhães chega as ilhas Canárias, segundo 14 de agosto de 1519 No entanto, o almirante não se rendeu e, finalmente, no dia 10 de Agosto de 1519, a armada, formada pelo Trindad, que era o navio-almirante, o Victoria, o Conceição, o Santiago e o Santo António, levantaram âncoras. No dia 20 de Setembro, depois de encherem as despensas com os últimos aprovisionamentos, os navios fizeram-se ao mar.
Atualizado em 28/10/2025 12:04:48 Partem das ilhas Canárias para o Porto de Santa Luzia, no Brasil
Atualizado em 28/10/2025 12:04:48 Magalhães chega as ilhas Canárias, segundo Sobre o Brasilbook.com.br |