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Atualizado em 30/10/2025 13:05:48 As Minas Imaginárias O maravilhoso geográfico nas representações sobre o sertão da América Portuguesa – séculos XVI a XIX, 2009. Marcelo Motta Delvaux
• 1°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza Minas de prata e esmeraldas nas capitanias do sul: Paranaguá, Sabarabuçu e aSerra das Esmeraldas A crença na existência de minas abundantes em esmeraldas e prata, muitas vezes, se confundia com locais onde outros metais, como o ouro e o ferro, eram encontrados ou minerados em pequena escala. Estas minas imaginárias ocuparam um espaço significativo no cotidiano das autoridades e dos homens que percorriam o sertão, aparecendo nas fontes, inclusive em documentos oficiais, como locais de existência concreta, para os quais eram nomeados capitães e governadores para seu descobrimento, ou provedores e administradores para a organização da exploração. Assim aconteceu com as minas de Biraçoiaba e da Caatiba, localizadas na região de Sorocaba. Nos primeiros anos do século XVII, uma carta, datada em 13 de janeiro de 1606, dos membros da Câmara de São Paulo ao donatário da capitania informava sobre a mineração de ferro e ouro praticada nestes locais: “Diogo de Quadros é ainda provedor das minas, até agora tem procedido bem, anda fazendo um engenho de ferro a tres leguas d’esta villa e como se perdeu no Cabo-frio tem pouca posse e vai de vagar, mas acabal-o-ha e será de muita importancia por estar perto d’aqui como tres leguas, e haverá metal de ferro; mas ha na serra de Byraçoiaba 25 leguas d’aqui para o sertão em terra mais larga e abastada, e perto d’alli como tres leguas está a Cahatyba d’onde se tirou o primeiro ouro (...)”. • 2°. Marcos de Azevedo propõe a busca pelo Eldorado Na verdade, a Serra das Esmeraldas nunca deixou de ser alvo das expedições ao sertão, havendo, durante todo o seiscentos, um esforço quase contínuo para a revelação de sua localização. Assim, logo após a jornada de Marcos de Azeredo, o capitão-mor da capitania do Espírito Santo, Gaspar Alves de Siqueira, que ocupou este cargo entre 1616 e 1618, propunha a descoberta das minas de esmeraldas ao rei. • 3°. Descoberta da Imagem do Senhor Bom Jesus As atividades mineradoras realizadas nesta região eram de extração do ouro e, antes do povoado de Paranaguá ter sido erigido em vila, em 1647, “com o nome de Nossa Senhora do Rosário, já tinha sido nomeado, no ano antecedente um provedor para suas minas, na pessoa de Mateus de Leão”. [Página 152] • 4°. Desaparecimento do índio vaqueano que por incumbência do mesmo Pedro de Sousa Pereira deveria ir mostrar as minas de Sabarabuçu a Álvaro Rodrigues do Prado Mas a fama da existência de prata nas proximidades das minas de Paranaguá acabou por conviver com a mineração aurífera, superando-a na expectativa de se encontrar grandes riquezas, já que o ouro apresentava baixo rendimento, surgindo, então, várias notícias sobre sua provável descoberta. Em uma carta dirigida ao rei, escrita em 1653 pelo provedor da fazenda do Rio de Janeiro e administrador geral das Minas do sul, Pedro de Sousa Pereira, é mencionada uma suposta amostra de prata trazida do sertão por Antonio Nunes Pinto. É interessante observar que, ao mesmo tempo em que procura apurar esta informação, o provedor da fazenda preocupa-se em organizar uma expedição para a busca da serra do Sabarabuçu: “Somente tratei de averiguar as noticias que havia das pedras da prata, que do sertão trouxe Antonio Nunes Pinto, e as da Serra de Sabarabussú, e achando de uma e outra couza bastantes informações, encarreguei do descobrimento da dita Serra a Álvaro Rodrigues do Prado”. [Página 153] • 5°. Bartolomeu pesquisou minas de ouro nos sertões de todo sul do Brasil Em 1654, outra carta do provedor da fazenda, Pedro de Sousa Pereira, descreve a descoberta manifestada pelo castelhano Bartholomeu de Toralles, “num serro próximo da vila de Nossa Senhora do Rosário de Parnagua”. • 6°. Manifesto que fez o Capitão Bartholomeu de Toralles perante o Provedor das minas, o Capitão Diogo Vaz de Escobar, do minerio de prata que descobrira num serro próximo da vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranagua MANIFESTO que fez o Capitão Bartholomeu de Toralles perante o Provedor das minas, o Capitão Diogo Vaz de Escobar, do minerio de prata que descobrira num serro próximo da vila de Nossa Senhora do Rosário de Parnagua. s.l., 17 de janeiro de 1654. • 7°. CARTA do Provedor da Fazenda Pedro de Sousa Pereira, sobre as diversas diligências que tinha ordenado nas Capitanias de S. Vicente e Paranaguá acerca do descobrimento das minas e sobre a descoberta que manifestara o castelhano Bartholomeu de Toralles. Rio de Janeiro Em 1654, outra carta do provedor da fazenda, Pedro de Sousa Pereira, descreve a descoberta manifestada pelo castelhano Bartholomeu de Toralles, “num serro próximo da vila de Nossa Senhora do Rosário de Parnagua”. • 8°. CARTA (traslado) do capitão Bartolomeu de Toralles ao administrador-geral das Minas, [capitão Pedro de Sousa Pereira] sobre a descoberta de minas e rendimento das mesmas Em 1654, outra carta do provedor da fazenda, Pedro de Sousa Pereira, descreve a descoberta manifestada pelo castelhano Bartholomeu de Toralles, “num serro próximo da vila de Nossa Senhora do Rosário de Parnagua”. • 9°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* Em 1654, outra carta do provedor da fazenda, Pedro de Sousa Pereira, descreve a descoberta manifestada pelo castelhano Bartholomeu de Toralles, “num serro próximo da vila de Nossa Senhora do Rosário de Parnagua”.Apesar das numerosas notícias sobre os novos descobrimentos, não surgiam amostras significativas da prata que pudessem comprovar a realidade da riqueza a que todos ansiavam, o que não era suficiente para que as esperanças se desvanecessem. Novas expedições eram, então, organizadas, contando algumas vezes com a presença dos próprios governantes nas lavras para averiguação doestado em que as explorações se encontravam, tamanho o interesse pelo andamento das mesmas. • 10°. Salvador Correira solicita que partam ao descobrimento das minas Vale acrescentar que, do mesmo modo como ocorria com as presumidas minas de prata de Sorocaba e Paranaguá, a busca da Serra das Esmeraldas também levava à distribuição de cargos administrativos e militares, visando a conquista e a organização de algo só existente nas representações imaginárias sobre as riquezas do sertão. Assim, Salvador Correia solicitou o posto de Mestre de Campo do Terço do Rio de Janeiro para seu filho João Correia de Sá ir ao descobrimento e entabulamento das minas da Serra das Esmeraldas. [p.160] • 11°. João Correia de Sá tendo sido nomeado, efetivamente, governador da descoberta das minas no sertão do Espírito Santo 4 tendo sido nomeado, efetivamente, governador da descoberta das minas nosertão do Espírito Santo. 5 AHU, Cons. Ultram. – Brasil / ES, cx. 01 doc. 50. CARTA PATENTE (minuta) do Rei [D. Afonso VI] a conceder nomeação a João Correia de Sá no posto de Governador da descoberta das Minas no sertão do Espírito Santo. Lisboa, 11 de maio de 1660. [Página 160] • 12°. Carta avisando que Salvador Correia de Sá teria ido a Paranaguá Em 1654, outra carta do provedor da fazenda, Pedro de Sousa Pereira, descreve a descoberta manifestada pelo castelhano Bartholomeu de Toralles, “num serro próximo da vila de Nossa Senhora do Rosário de Parnagua”. Apesar das numerosas notícias sobre os novos descobrimentos, não surgiam amostras significativas da prata que pudessem comprovar a realidade da riqueza a que todos ansiavam, o que não era suficiente para que as esperanças se desvanecessem. Novas expedições eram, então, organizadas, contando algumas vezes com a presença dos próprios governantes nas lavras para averiguação doestado em que as explorações se encontravam, tamanho o interesse pelo andamento das mesmas. É o que fez, em 1660, o governador do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá,que partiu para Paranaguá deixando o governo da capitania a cargo de Tomé Correia de Alvarenga. Salvador Correia também havia enviado seu filho, João Correia de Sá, “ao descubrimento da Cerra das esmeraldas”, tendo o mesmo chegado a uma certa “Serra do [As Minas Imaginárias O maravilhoso geográfico nas representações sobre o sertão da América Portuguesa – séculos XVI a XIX, 2009. Páginas 155] • 13°. CARTA régia pedindo informações da diligencia confiada a Agostinho Barbalho Bezerra, que fallecera, e sobre o pau-Brazil e o tributo do sal na capitania do Cabo Frio Mas não foi somente a prata de Paranaguá o que Agostinho Barbalho Bezerra havia sido incumbido de encontrar: “Havendo mandado ver o q me escreveo Agostinho Barbalho Bezerra, a quem tinha encarregado do descobrimento das minas de São Paulo, dando me conta da Jornada que fizera da Capitania do espirito Santo p.a aquelle descobrimento e Serra das esmeraldas (...)”. • 14°. Em uma carta régia fica explícito que estas minas eram as míticas jazidas de prata 2 Em uma carta régia de 16 de dezembro de 1667, fica explícito que estas minaseram as míticas jazidas de prata: “(...) e porque Agostinho Barbalho faleceo, antes deacabar de comcluir com o dito descobrimt.o; me pareçeo emcomendarvos emqt.o nãoenvio sogeito que vá continuar com esta delig.a, que tomando todas as noticiasnecessárias das minas de prata e pedras (de que me remetereis as amostras) me avizeis com toda a particularidade do estado q ficou a delig.a que estava a cargo do mesmoAgostinho Barbalho” • 15°. 1º visconde de Barbacena deu carta patente de primeiro chefe da empresa de descobrir minas e pedras preciosas no sertão brasileiro, o bandeirante Fernão Dias, de São Paulo A 30 de abril de 1672 deu carta patente de primeiro chefe da empresa de descobrir minas e pedras preciosas no sertão brasileiro, o bandeirante Fernão Dias, de São Paulo, chefe de uma grande bandeira com o pomposo título de "governador das esmeraldas e da conquista dos índios Mapaxós." Mas não foram os capitães-mores do Espírito Santo os únicos a quem Afonso Furtado de Castro incumbiu a busca da Serra das Esmeraldas. O visconde de Barbacena também apelou aos paulistas, encomendando a Fernão Dias Paes o descobrimento das esmeraldas e também da prata do Sabarabuçu, confirmando a já apontada inclinação dos governantes, na segunda metade do século XVII, de buscarem a revelação de todas aquelas minas afamadas do sertão brasileiro: “Porquanto tenho encarregado ao Capitão Fernão Dias Paes o descobrimento das Minas da prata, e Esmeraldas a que ora está para partir (...). Hei por bem de o eleger, e nomear (como em virtude da presente faço) Governador de toda agente que tiver mandado adiante para o dito descobrimento”. • 16°. “descobrira no termo da Vila de Sorocaba as minas das Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dilta vila, e as minas da serra da Caatiba, que fica 2 légua” Um parecer do Conselho Ultramarino especifica que minas eram estas: “Luiz Lopes de Carvalho fes prezente neste Conselho, que servindo de capitão da Capitania de Tinhaem, descobrira no termo da villa de Sorocaba as minas da Serra de Birasojaba, que dista 3 legoas da ditta villa, e as minas da serra de Caatiba, que fica 2 legoas da mesma villa [CONSULTA do Conselho Ultramarino, acerca das informações que remettera Luiz Lopes de Carvalho sobre as minas da repartição sul. Lisboa, 16 de março de 1682, Anais da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, vol. 39, 1917, p. 158.]. • 17°. “vila de Sorocaba as minas da Serra de Birasojaba, distante 3 léguas (14,48km) da dita villa, e as minas da serra de Caatiba, que fica 2 léguas (9,65km) da mesma villa Um parecer do Conselho Ultramarino, datado de 18 de março de 1682, especifica que minas eram estas: “Luiz Lopes de Carvalho fes prezente neste Conselho, que servindo de capitão da Capitania de Itanhaem, descobrira no termo da villa de Sorocaba as minas da Serra de Birasojaba, que dista 3 léguas da dita villa, e as minas da serra de Caatiba, que fica 2 legoas da mesma villa.” [Página 151] • 18°. Luiz Lopes de Carvalho recebe o cargo de administrador das minas de prata de Sorocaba, que havia supostamente descoberto: “Por Luiz Lopes de Carvalho irâ sua custa as minas da Prata de Sorocaba com o titulo de Administrador dela” No final do século, em 1682, Luiz Lopes de Carvalho recebe o cargo de administrador das minas de prata de Sorocaba, que havia supostamente descoberto: “Por Luiz Lopes de Carvalho hir â sua custa as minas da Pratta de Sorocaba com o titulo de Administrador della” [CARTA régia do príncipe D. Pedro aos officiaes da camara de S. Vicente. Lisboa, 20 de junho de 1682, Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, no 51, 1888, p. 312]. • 19°. As minas de Biraçoiaba são referidas em uma carta régia como minas de prata e ferro O ferro de Biraçoiaba e o ouro da Caatiba mesclavam-se, deste modo, com as lendárias minas de prata amplamente apregoadas durante o seiscentos. O curioso é que, alguns anos depois, as minas de Biraçoiaba são referidas em uma carta régia como minas de prata e ferro [CARTA régia mandando dar índios para a diligencia das minas de prata e ferro de Sorocaba, realizada por Luis Lopes de Carvalho e Fr. Pedro de Souza. Lisboa, 8 de fevereiro de 1687, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, São Paulo, vol. XVIII, 1913, p. 279-280.] • 20°. Carta de Luis Lopes de Carvalho • 21°. Carta Regia pedindo informação sobre as Minas de Ferro descobertas em Biraçoyaba, por Luiz Lopes de Carvalho O ferro de Biraçoiaba e o ouro da Caatiba mesclavam-se, deste modo, com as lendárias minas de prata amplamente apregoadas durante o seiscentos. O curioso é que, alguns anos depois, as minas de Biraçoiaba são referidas em uma carta régia como minas de prata e ferro [CARTA régia mandando dar índios para a diligencia das minas de prata e ferro de Sorocaba, realizada por Luis Lopes de Carvalho e Fr. Pedro de Souza. Lisboa, 8 de fevereiro de 1687, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, São Paulo, vol. XVIII, 1913, p. 279-280.], sendo que, em 1692, o encanto da prata se desfaz e Luiz Lopes de Carvalho propõe a construção de uma fundição [CARTA régia pedindo informações sobre as Minas de Ferro descobertas em Biraçoyaba por Luis Lopes de Carvalho e a fundição que este pretendia alli estabelecer (acompanhada dos respectivos documentos). Lisboa, 23 de outubro de 1692, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, São Paulo, vol. XVIII, 1913, p. 287-293.]. O próprio Luiz Lopes confessa ter sido influenciado pelas lendas sobre a existência da prata e das esmeraldas, comprovando a força das representações sobre estas minas imaginárias na interpretação da realidade e da geografia do sertão:“Todas estas calamidades padeci por me haverem persuadido, e ter achado alguns Roteiros que insinuavam partes, e serras aonde em algum tempo se acharaõ signais evidentes de minas de prata, e Esmeraldas (...)” [CARTA régia pedindo informações sobre as Minas de Ferro descobertas em Biraçoyaba por Luis Lopes de Carvalho e a fundição que este pretendia alli estabelecer (acompanhada dos respectivos documentos), p. 288.].
Atualizado em 30/10/2025 13:05:47 Os limites das capitanias hereditárias do sul e o conceito de território, Jorge Pimentel Cintra
• 1°. Pelo foral o povoado de São Paulo de Piratininga tornou vila, sob o governo de Mem de Sá • 2°. Fundada a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, em Itanhaém • 3°. Falecimento de Estácio de Sá no Rio de Janeiro • 4°. O primeiro nome de Cananéia era Vila de São João Batista de Cananéia • 5°. Tornou-se vila em 1608, com o nome de Vila dos Reis magos da Ilha grande • 6°. Segundo Pizarro (Memórias históricas, II, 133 e 211), o governador do Rio de Janeiro, Constantino de Menelau, fundou nesta data a povoação de Cabo Frio • 7°. O Conde de Monsanto consegue ganho de causa e assume as capitanias da família (São Vicente, Sant Anna e Santo Amaro) No auge da controvérsia pelo limite dessas capitanias, por volta de 1620, houve ações fraudulentas que forçaram, contra todo o direito, a colocação do marco divisório (Santo Amaro/São Vicente) na terceira barra, ao sul da cidade de São Vicente. As autoridades foram coniventes com essa clamorosa injustiça que só foi reparada no reinado de D. Maria I, no fim do século XVIII. Diante das injustiças, Frei Gaspar discorre apaixonadamente, com muitos argumentos, para mostrar que o limite era pela barra da Bertioga. Dentre esses, destacamos somente um: o fato de serem 10 as léguas de Pero Lopes de Sousa, a partir do rio Juquiriquerê, segundo a carta de doação. Isso se prova medindo as léguas, sobre um mapa atual, com o auxílio de um programa de cartografia digital (MapInfo, por exemplo). Resulta no valor de 14 léguas.23 Isso concorda com o depoimento de 10 pilotos, experimentados nesse trecho da costa, que foram chamados para testemunharem no caso. Afirmaram unanimemente e em altas vozes que nesse trecho se encontravam 12 léguas esforçadas (com sobra), talvez 13. E que até a barra ao sul de São Vicente haveria mais 5 ou 6.24. Por disputas de terra, falsificaram-se as cartas de Pero Lopes para excluir do texto a expressão da banda do norte, e assim forçar a interpretação de que a barra do rio de São Vicente ficava junto à vila desse nome. Foram com muita probabilidade os partidários da causa de Monsanto que adulteraram as cópias da carta de doação de Pero Lopes de Sousa para alterar as léguas de 10 para 12 e de suprimir a expressão da banda do norte, justaposta à barra de São Vicente, para forçar a demarcação mais ao sul. Mas a carta de doação de Martim Afonso, na qual se pode conferir as expressões da fronteira, não foram adulteradas. Além disso, se fossem 12 as léguas de Pero Lopes, a soma com as 40 ao sul de Paranaguá (não adulteradas) daria 52 e não 50 léguas como indica a carta de doação a Pero Lopes. Como se não bastasse isso, o procurador da Fazenda, representante da Coroa, Fernão Vieira Tavares, que deveria ser árbitro na questão, serviu-se de prepotência, por despeito pessoal; sem efetuar nenhuma medição e contrariamente ao testemunho unânime dos pilotos e aos protestos do representante da casa de Vimieiro, mandou estabelecer a fronteira por uma pedra natural que ele indicou, na barra mais ao sul, deixando acima a vila de São Vicente. Em função disso, com extrema injustiça, a condessa de Vimieiro viu-se despojada da Capitania de São Vicente e transferiu a sede de seus domínios para a Vila de Itanhaém (1624), continuando sua jurisdição sobre as cidades daí para o sul e no Vale do Paraíba, São Sebastião, Paraty, Angra dos Reis, Rio de Janeiro e Cabo Frio. [p. 12 do pdf] • 8°. A Relação da Bahia indicou que se demarcassem as 50 léguas de Pero Lopes de Sousa • 9°. Criada a Capitania de Itanhaém • 10°. Distante 35 km do Piratininga, sob protestos de São Paulo, oficializou um novo núcleo de pressão e concorrência sobre os gentios do sertão, o povoado que cresceu ao redor da capela foi elevado à categoria de vila com a denominação de Santana de Parnaíba • 11°. A Aldeia de Iperoig foi elevada a vila, com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, subordinada à sessão norte da Capitania de Itanhaém • 12°. Fundação do povoado de São Francisco das Chagas de Taubaté • 13°. Gabriel de Lara faz a leitura de elevação o povoado à categoria de Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá • 14°. Povoação de Nossa Senhora da Candelária do Outu Guaçu, atual Itu, é elevada a vila • 15°. O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila • 16°. Mapa das Capitanias Hereditárias proposto por Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) • 17°. Os limites das capitanias hereditárias do sul e o conceito de território, Jorge Pimentel Cintra
Atualizado em 30/10/2025 13:05:49 Historia Secreta do Brasil
• 1°. O “Descobrimento” do Brasil • 2°. Tentativa de assassinato
Atualizado em 30/10/2025 13:05:49 Annaes da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, vol. XXXIX ![]() Data: 1917 01/01/1917
• 1°. Salvador Correia alegou que estava averiguando as minas e que havia muito ouro, que a cada dia se descobria mais • 2°. Consulta do Conselho Ultramarino ácerca da informação que dera o Provedor da Fazenda do Rio de Janeiro Pedro de Sousa Pereira sobre o auxílio que prestara a duas náos inglezas que tinham arribado áquele porto • 3°. Documento O Procurador dos Índios Francisco Sodré Pereira por parente do General que foi desta Repartição Salvador Corrêa de Sá de 19 de janeiro; tem ordenado 35$000 rs., os quais vem na folha da Bahia. [p. 108] • 4°. Consulta do Conselho Ultramarino sobre a confirmação de João Corrêa de Sá no posto de Mestre de Campo do Terço do Rio de Janeiro Consulta do Conselho Ultramarino sobre a confirmação de João Corrêa de Sá no posto de Mestre de Campo do Terço do Rio de Janeiro. [p. 91] • 5°. Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro, dirigida ao Rei, em que relatam minuciosamente o levantamento armado do povo daquela cidade e os fatos que o provocaram "A multiplicação de queixas, a quem sempre a tirania impediu a chegada aos reais pés de V.M., os repeditos clamores deste Povo a quem a violência não permitiu que fossem punidos, a apertada urgência das opressões que padecia, a quem o poder tirou a liberdade sua notícia, e finalmente a impossibilidade dos meios ordinários, e recurdo comum dos Povos a seu Rei e senhor natural, já per cartas, já per procuradores com que o desta Cidade recorreu os anos passados a V.M., a quem damnozas intiligencias nessa Corte negarão o acenso, e nesta terra a insolência tirou a vida, derão ocasião um movimento popular, e alteração universão com que vendo-se atalhado nos meios do remédio, se valeu das da desesperação; sacudindo o pesado julgo do governo (ou para melhor dizer da servidão) em que o tinha o de ministros tão ligados no sangue como parecidos na tirania, tão chegados no parentesco como unidos na violência com que governavam Salvador Correa de Sá, seu primo Thomé Correa d´Alvarenga, e seu cunhado o provedor da fazenda Pedro de Sousa Pereira.Vendo-se assim o dito Povo sem governador nem cabeça, tratou de eleger governador, como com efeito aclamaram por seu governador o capitão Agostinho Barbalho de Bezerra por nele concorrer na qualidade de fidalgo da Casa real e comendador da Comenda de São Pedro, fins da Ordem de Cristo, filho alfim de Luiz Barbalho Bezerra, um dos 3 governadores que teve a cabeça deste estado, Governador que foi também desta praça, e juntamente prudência, limpeza e inteireza com que lhe digno de outros maiores cargos, e logo foi o dito Povo em busca do dito Agostinho Barbalho Bezerra a sua casa para o trazerem a este Senado da Câmara, e por não o acharem nela e terem notícia que estava no convento de São Francisco desta cidade o foi la buscar, e por mais escuzas que deu, incovenientes que representou, violência e forçosamente o trouxerão em sua companhia ao Senado da Câmara onde lhe prupzerão e eleição que este Povo havia feito de sua pessoa para governar até Vossa Magestade mandar o contrário, e, excuzando-se outra vez o dito Agostinho Barbalho uma e muitas vezes representou o dito Povo os inconvenientes que havia para aceitar o dito cargo, em embargo do que o dito Povo o obrihou com ameaçar de perder a vida se não o aceitasse, obrigado do que e debaixo dos protestos que fez aceitou o governo e a homenagem da mão do dito Povo em nome de Vossa Magestade de que tudo por extenso enviamos a Vossa Magestade os autos públicos que se obrarão.Presos os sobreditos se tornou a alterar o dito Povo em 8 se presente mes de dezembro com muito maior concurso de gente, e armas requerendo neste Senado que fossem embarcados e remetidos a Vossa Magestade os ditos presos com suas culpas para que Vossa Magestade neles fizesse justiça, e que não se haviam de aquietar, nem sossegar sem verem os ditos foram desta cidade porquanto tinham por notícia procuraram por seus amigos e parentes furgiram das prisões, e levantaram-se contra o governo forjando-se a dita Conjuração no Convento do Patriaca de São Bento desta cidade onde o dito provedor tem um filho religioso, a qual foi descoberta por ajuízos e cartas que de noite se lançaram ás portas dos procuradores do Povo, e com efeito lhe foram achadas armas que entregaram como outros consta do autor que da dita conjuração se fez e remetemos a Vossa Magestade e finalmente que não convinha que nehum da dita geraçãol ficasse nesta terra, porque com eles nunca haveria segurança na paz que tanto desejavam, e sem admitir o dito Povo rezam alguma resolução a embarcar aos ditos presos, como já com efeito embarcou o Provedor Pedro de Sousa Pereira, com toda a sua família no pataxo Nossa Senhora do Pópulo, mestre Manuel Gonçalvez Ferreira, que deste porto partiu em 18 do mês passado de dezembro com carta em um prego para Vossa Magestade, que era a primeira via, e nesta charrua São José, mestre Manuel Pires Rollão que vai para a Ilha da Madeira embarcou no mesmo Povo a Thomé Correa d´Alvarenga, com a segunda via..." • 6°. lk • 7°. Diogo Carneiro da Fontoura, Provedor da Fazenda Real, é nomeado Administrador das Minas de Pernaguá • 8°. Ofício do Governador Pedro de Mello, em que participa a relação de todos os postos militares e ofícios de justiça e fazenda da capitania, com a informação dos indivíduos que os exerciam, dos seus provimentos os respectivos vencimentos • 9°. Consulta do Conselho Ultramarino sobre as dúvidas que ofereciam as cartas de doação passados ao Conde da Ilha do Príncipe e Marques de Cascaes da Capitania de São Vicente • 10°. Carta do Ouvidor Geral Thomé de Almeida e Oliveira, em que comunica os projetos de Domingos de Brito Peixoto e o auxílio que lhe prestara. Escrita no Rio de Janeiro
Atualizado em 30/10/2025 13:05:51 João Correia de Sá tendo sido nomeado, efetivamente, governador da descoberta das minas no sertão do Espírito Santo
• 1°. As Minas Imaginárias O maravilhoso geográfico nas representações sobre o sertão da América Portuguesa – séculos XVI a XIX, 2009. Marcelo Motta Delvaux 2009 4 tendo sido nomeado, efetivamente, governador da descoberta das minas nosertão do Espírito Santo. 5 AHU, Cons. Ultram. – Brasil / ES, cx. 01 doc. 50. CARTA PATENTE (minuta) do Rei [D. Afonso VI] a conceder nomeação a João Correia de Sá no posto de Governador da descoberta das Minas no sertão do Espírito Santo. Lisboa, 11 de maio de 1660. [Página 160] ver mais
Atualizado em 30/10/2025 13:05:51 Salvador Correira solicita que partam ao descobrimento das minas
• 1°. As Minas Imaginárias O maravilhoso geográfico nas representações sobre o sertão da América Portuguesa – séculos XVI a XIX, 2009. Marcelo Motta Delvaux 2009 Vale acrescentar que, do mesmo modo como ocorria com as presumidas minas de prata de Sorocaba e Paranaguá, a busca da Serra das Esmeraldas também levava à distribuição de cargos administrativos e militares, visando a conquista e a organização de algo só existente nas representações imaginárias sobre as riquezas do sertão. Assim, Salvador Correia solicitou o posto de Mestre de Campo do Terço do Rio de Janeiro para seu filho João Correia de Sá ir ao descobrimento e entabulamento das minas da Serra das Esmeraldas. [p.160] ver mais
Atualizado em 30/10/2025 13:05:49 Revista da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro - Tomo XL
• 1°. A Capitania de São Tomé, também conhecida como Campo dos Goitacazesou Paraíba do Sul, foi vendida Pero de Góis, hostilizado pelo indígena, esgotando os recursos próprios e alheios, não pôde tirar das suas terras ubérrimas, próprias para a cultura da cana e dos cereais, bem como para a formação de magnificas pastagens, o proveito com que sonhara. Não menos infeliz foi seu sucessor na donataria, Gil de Góis, que a restituiu à coroa em 1619, por não poder explorá-la e não residir no Brasil. • 2°. O governador do Rio de Janeiro, Martim de Sá, concede, nesta data, sesmarias, nos Campos dos Goitacás, aos três irmãos capitães Gonçalo, Manuel e Duarte Correia de Sá • 3°. Sete Capitães • 4°. Instalação da Câmara • 5°. 1° Visconde d´Aneca, Martim Correia de Sá, e o general João Correia de Sá, obtiveram da coroa, pela carta régia, a doação da capitania, como pertencera antes a Gil de Góis • 6°. Fundação de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro
Atualizado em 30/10/2025 13:05:50 1° Visconde d´Aneca, Martim Correia de Sá, e o general João Correia de Sá, obtiveram da coroa, pela carta régia, a doação da capitania, como pertencera antes a Gil de Góis
Atualizado em 30/10/2025 13:05:50 A carta régia de 17 de julho de 1674 criou, nas margens do Paraíba do Sul, duas capitanias em favor do visconde de Asseca e de seu irmão João Correia de Sá. Com o correr dos tempos, ficaram as duas reunidas com o nome de capitania do Paraíba do Sul ou de Campos dos Goitacás
Atualizado em 30/10/2025 13:05:51 Consulta do Conselho Ultramarino sobre a confirmação de João Corrêa de Sá no posto de Mestre de Campo do Terço do Rio de Janeiro ![]() Data: 1917 01/01/1917
• 1°. Annaes da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, vol. XXXIX 1917 Consulta do Conselho Ultramarino sobre a confirmação de João Corrêa de Sá no posto de Mestre de Campo do Terço do Rio de Janeiro. [p. 91] ver mais
Atualizado em 30/10/2025 13:05:47 Consulta em Geni.com Sobre o Brasilbook.com.br |