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1728
Atualizado em 28/10/2025 03:42:46
Camara
Cidades (1): Sorocaba/SP
Temas (4): Câmara Municipal de Sorocaba, Estradas antigas, Rua da Boa Vista, Rua Santa Clara
“Memória Histórica de Sorocaba, parte III”
Data: 1965
Créditos: Aluísio de AlmeidaPágina 120
    1 fonte
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1938
Atualizado em 28/10/2025 03:42:46
Almeida estava investigando as ruínas do Lajeado já em 1938, ouviu de seus moradores que eram assombradas pelas almas de padres que vinham ali rezar missas à meia-noite. Almeida passou a defender que as tais ruínas, já desaparecidas na atualidade, eram os resquícios finais da grande residência do sertanista Balthazar Fernandes
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (2): Balthazar Fernandes, Luís Castanho de Almeida
Temas (1): Arqueologia




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1955
Atualizado em 28/10/2025 03:42:46
A Casa Bandeirista. Uma interpretação Luiz Saia, 1955
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (3): Balthazar Fernandes, Luiz Saya, Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”)
Temas (1): Arqueologia




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1998
Atualizado em 28/10/2025 03:42:47
Wanderson Esquerdo Bernardo, arqueólogo sorocabano
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (1): Balthazar Fernandes
Temas (9): Arqueologia, Carijós/Guaranis, Rio Anhemby / Tietê, Trópico de Capricórnio, Tupinambás, Tupiniquim, Tupis, Geografia e Mapas, Ermidas, capelas e igrejas
Adolfo Frioli e Wanderson Esquerdo
Data: 2021
Créditos: Oficina Geo Histórica Adolfo Frioli(£) casarão de balthazar fernandes (ccc)
    1 fonte
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    Registros relacionmados
22 de abril de 1500, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:04
1°. O “Descobrimento” do Brasil
Para o arqueólogo sorocabano Wanderson Esquerdo Bernardo,

Historicamente, los Tupínikin fueron los primeros del grupo Tupí a entrar em contacto com los portugueses. [...] En un mapa de 1640 de Jansenius Blaeu, vemos el sudeste de Brasil, a la altura de Trópico de Capricornio que pasa por la región de Sorocaba, habitada por los Tupinikin, al norte, margen derecha del rio Tietê poblada por los tupinambás y sur por los carijós (guaraníes). Finalmente, en 1654, cuando el conquistador portugués Balthazar Fernandes, funda Sorocaba construyendo su casagrande y una capilla, las aldeas indígenas de la región ya no existían debido a la sistemática esclavitud de sus antiguos habitantes (ESQUERDO, 1998, p. 3).

1640. Atualizado em 25/02/2025 04:39:08
2°. Sorocaba já era conhecida e habitada
Para o arqueólogo sorocabano Wanderson Esquerdo Bernardo,

Historicamente, los Tupínikin fueron los primeros del grupo Tupí a entrar em contacto com los portugueses. [...] En un mapa de 1640 de Jansenius Blaeu, vemos el sudeste de Brasil, a la altura de Trópico de Capricornio que pasa por la región de Sorocaba, habitada por los Tupinikin, al norte, margen derecha del rio Tietê poblada por los tupinambás y sur por los carijós (guaraníes). Finalmente, en 1654, cuando el conquistador portugués Balthazar Fernandes, funda Sorocaba construyendo su casagrande y una capilla, las aldeas indígenas de la región ya no existían debido a la sistemática esclavitud de sus antiguos habitantes (ESQUERDO, 1998, p. 3).

Dezembro de 1654. Atualizado em 02/06/2025 06:01:51
3°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados*
Para o arqueólogo sorocabano Wanderson Esquerdo Bernardo,

Historicamente, los Tupínikin fueron los primeros del grupo Tupí a entrar em contacto com los portugueses. [...] En un mapa de 1640 de Jansenius Blaeu, vemos el sudeste de Brasil, a la altura de Trópico de Capricornio que pasa por la región de Sorocaba, habitada por los Tupinikin, al norte, margen derecha del rio Tietê poblada por los tupinambás y sur por los carijós (guaraníes). Finalmente, en 1654, cuando el conquistador portugués Balthazar Fernandes, funda Sorocaba construyendo su casa grande y una capilla, las aldeas indígenas de la región ya no existían debido a la sistemática esclavitud de sus antiguos habitantes (ESQUERDO, 1998, p. 3).

O mapa de Jansenius Blaeu também pode ser encontrado na série de fascículos do jornal Cruzeiro do Sul (Figura 4), escritos por Bonadio e Frioli (2004, p. 31), para os quais O povoado do Itavuvu, elevado a vila com o nome de São Felipe, aparece neste mapa de 1640, de Guilherme Jansênio Blaeu com o nome de Philippa villa. O trabalho cartográfico a localiza corretamente num ponto próximo ao rio Sorocaba e registra a vizinhança dos Tupiniquim. A região, no entanto, é mostrada como se estivesse muito mais próxima do Paraguai do que na realidade (minhas ênfases). [p. 295]

6 de maio de 1758, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:18
4°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
O trabalho cartográfico a localiza corretamente num ponto próximo ao rio Sorocaba e registra a vizinhança dos Tupiniquim. A região, no entanto, é mostrada como se estivesse muito mais próxima do Paraguai do que na realidade (minhas ênfases). [Página 295]





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Dezembro de 1654
Atualizado em 28/10/2025 03:42:47
Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados*
Cidades (3): Barueri/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (3): Balthazar Fernandes, Bartolomeu de Contreras y Torales, Isabel de Proença Varella II
Temas (18): Avenida Itavuvu, Bairro Itavuvu, Caminho do Peabiru, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Carijós/Guaranis, Cavalos, Cochipone, Ermidas, capelas e igrejas, Escravizados, Gentios, Montanhas, Nossa Senhora da Ponte, Nossa Senhora de Montserrate, Pelourinhos, Santa Ana, São Filipe, Senzalas
    36 fontes
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1°. Wanderson Esquerdo Bernardo, arqueólogo sorocabano
1998
Para o arqueólogo sorocabano Wanderson Esquerdo Bernardo,

Historicamente, los Tupínikin fueron los primeros del grupo Tupí a entrar em contacto com los portugueses. [...] En un mapa de 1640 de Jansenius Blaeu, vemos el sudeste de Brasil, a la altura de Trópico de Capricornio que pasa por la región de Sorocaba, habitada por los Tupinikin, al norte, margen derecha del rio Tietê poblada por los tupinambás y sur por los carijós (guaraníes). Finalmente, en 1654, cuando el conquistador portugués Balthazar Fernandes, funda Sorocaba construyendo su casa grande y una capilla, las aldeas indígenas de la región ya no existían debido a la sistemática esclavitud de sus antiguos habitantes (ESQUERDO, 1998, p. 3).

O mapa de Jansenius Blaeu também pode ser encontrado na série de fascículos do jornal Cruzeiro do Sul (Figura 4), escritos por Bonadio e Frioli (2004, p. 31), para os quais O povoado do Itavuvu, elevado a vila com o nome de São Felipe, aparece neste mapa de 1640, de Guilherme Jansênio Blaeu com o nome de Philippa villa. O trabalho cartográfico a localiza corretamente num ponto próximo ao rio Sorocaba e registra a vizinhança dos Tupiniquim. A região, no entanto, é mostrada como se estivesse muito mais próxima do Paraguai do que na realidade (minhas ênfases). [p. 295]  ver mais

2°. “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
2014
E, para finalizar, os historiadores divergem quanto à data da chegada de Balthazar Fernandes a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando esses dois momentos. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670 E tem mais: a tal casa do Balthazar... será que era mesmo? [Página 12]

Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654. Até o nome do ilustre sertanista é discutível. Tão diversas são as formas que aparecem nos documentos do século XVII: Balthazar, Balthezar, Baltasar e Baltazar. [Página 19]

O testamento de Izabel de Proença, esposa de Balthazar, fez quando ainda viva, em 28 de novembro de 1654, e os dois inventários dos bens da família que se seguem, após a sua morte, em abril de 1555 - o primeiro em Santa Ana de Parnaíba e o outro em Sorocaba - contém importantes revelações sobre a vida dos Fernandes.

São, portanto, três documentos já citados por Luis Castanho de Almeida, de onde extraímos alguns fatos interessantes. No primeiro documento, de novembro de 1654, Izabel de Proença revela que... "... estando eu, Izabel de Proença, em meu perfeito juízo e entendimento, Nosso Senhor Jesus Cristo me deixou doente de cama temendo a morte... e por não saber o que Deus Nosso Senhor quererá fazer de mim, e quando será servido me levar para si, ordenei fazer este meu testamento."

Esse documento segue com uma profissão de fé na Santíssima Trindade, obediência à Santa Madre Igreja e um pedido de proteção a Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora e a todos os santos e anjos da corte celestial, em especial à santa do seu nome. Seguindo costume da época, pede que seu corpo seja sepultado na igreja do lugar onde falecer. Em seguida, dirige-se a sua família e recomenda:

"E peço por serviço de Deus Nosso Senhor ao padre vigário meu sobrinho, Francisco Fernandes de Oliveira, faça a minha cédula de testamento e peço ao meu marido, Balthazar Fernandes e a meu irmão Paulo de Proença Abreu, sejam meus testamenteiros".

Declara-se casa com Balthazar Fernandes, com quem teve vários filhos e filhas, nomeando seus herdeiros. Nem todos...

"... quanto a, minha filha Benta, que se casou com Pedro Correa não dotamos e nem demos nada por se casar contra as nossas vontades, minha e de seu pai, no que nos tem dado muitos desgostos". [Páginas 28 e 29]

Em um outro documento, produzido em 1732, e existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto, a história da origem de Sorocaba é assim contada:

"Esta igreja e mosteiro fundou no alto desta Villa de Sorocaba o capitão-mór Balthazar Fernandes, fundador que foi também da dita Villa, no ano de 1654. Está esta villa situada junto ao rio do Sorocaba, nome que lhe deu o gentio... Este não é muito grande, mas é navegável porque por ele abaixo navegavam os homens antigamente a buscar gentio e hoje o navegam também para ir as minas novamente descobertas do Cuyabá e Cochiponen..." [Página 69]

(...) Nativos pioneiros

Além desses primeiros moradores, procedentes de Santa Ana do Parnaíba, São Paulo e Paraguai, temos o grande contingente de nativos, cuja relação nominal estamos publicando, conforme o testamento de Izabel de Proença. É curioso observar que , quando se trata de bebês e crianças, são identificados como "crias" e não tem nomes, talvez porque ainda não tivessem sido batizados ou registrados. A seguir a lista dos nativos:

José e sua mulher Sabina e uma cria;
Gabriela solto, com um irmão rapazinho e duas raparigas;
Pedro solto e seu irmão Bastião;
Antonia rapariga e sua irmã;
Pedro e Izabel com um filhinho e sua filhinha;
Salvador rapaz solto;
Miguel, solto;
João e sua mulher Cecília, uma rapariga e três rapadinhos seus filhos;
Ipólita, solta com dois filhinhos;
Tomas solto;
Bras e sua mulher Maria com uma criança;
Bartholomeu e sua mulher, Andreaza com uma cria;
Alberto solto;
Pedro e sua mulher (?) com uma cria;
Grimaneza solta;
Baltezar solto;
Aleixo, solto;
Cecília solta com duas crias;
Marinho rapaz solto;
Felipe rapaz solto;
Domingos e sua mulher Custódia e sua mulher Mônica;
Joseph, sua mulher Christina, sua filha Barbosa e uma cria;
Felipa solta e seu filho André;
Paula solta;
América moça, sua filha e 4 filhos pequenos;
José e sua mulher Maria com três filhos pequenos;
Manoel solto;
Pedro e sua mulher Sabina com quatro filhos pequenos;
José e sua mulher Sabina com quatro filhos;
Antônia solta com dois filhos e uma filha pequena;
Pascoal e sua mulher Constança com duas filhas e um filho pequeno;
Miguel e sua mulher Clemência, com um filho e uma filha pequenos;
Roque e sua mulher Helena com duas filhas, Catarina e Asença e mais quatro filhos pequenos;
Gaspar e sua mulher Marqueza e mais quatro filhos pequenos;
Lourenço e sua mulher Lucrécia;
Ignocêncio e sua mulher Augustinha, com dois filhos pequenos;
Luiz solto;
João e sua mulher "Índia";
Gregório solto e seu filho João;
Antonio solto;
Gabriel e sua mulher Pelonia com quatro filhos pequenos;
Vicente solto e sua irmã moça por nome Maria e sua mãe também por nome Maria;
José solto;
Gabriel e sua filha Anastácia e três filhos pequenos;
Paulo e sua mulher Joana e seu filho João, moço, e dois filhos pequenos;
Alonço e sua mulher Paula Angela, seu marido velho com um filho moço por nome Fernando e uma filha pequena;
Henrique e sua mulher Mônica e uma filha moça por nome Leonor;
Joana solta com cinco filhos e filhas pequenos e um moço, também seu filho, por nome Francisco;
Izabel, solta;
Maria, solta com uma cria;
José e sua mulher Izabel;
Fernando e sua mulher (?) com seus filhos pequenos, Pedro e Sebastião;
Pedro e sua mulher Ana, João, seu filho moço e dois filhos pequenos;
Alexandre e sua mulher Inácia e uma filha pequena;
Domingos e sua mulher Cecília com cinco filhos pequenos;
Pedro e sua mulher;
Paula e sua filha moça por nome de Catarina e um filho pequeno;
Luzia e seu marido velho, com dois filhos pequenos;
Gabriel e sua mulher; Francisca e uma filha moça por nome Izabel e três filhos pequenos;
Bastião e sua mulher Marina;
Afonso e sua mulher Marqueza com um rapaz seu filho e outro filho moço por nome José e sua mulher Tiodora;
Marcos e sua mulher Ambrosia com duas filhas moças por nome Bastiana e Juliana e três filhos pequenos;
Salvador e sua mulher velha Inocencia;
Paulo e sua mulher Maria, seu filho moço por nome Miguel e quatro filhos pequenos;
Camila solta com duas filhas pequenas;
Domingos e sua mulher Cecília e dois filhos pequenos;
Henrique e sua mulher Apolonia com um filhinho;
Garcia e sua mulher Cristina e um filho moço por nome João;
Antonio e sua mulher Sabina;
Tomé e sua mulher velha Cecília;
Felipe solto com seu filho pequeno;
Felipa solta com filho;
Branca solta;
Angela solta;
Estacia solta;
Maria solta;
Constança, solta;
Antonio solto e sua irmã Serafina, as crias e três irmãos pequenos;
Andreza solta;
Ana, solta;
Merencia solta;
Cecília solta;
Marqueza solta;
Lourença solta;
Uma raparigona solta por nome de Domingas;
Tiodozia solta;
Matia e sua mulher velha;
Lourenço e sua mulher Andreza com duas crias;
Bastião e sua mulher Luzia com duas crias;
Barnabé, solto, rapagão;
Gonçalo e sua mulher Antonia com duas filhas pequenas;
Branca solta com seu filhos moço por nome de Amaro e sua filha pequena;
Asenço e sua mulher Maria e seu irmão por nome Tomé, moço solto e um irmão pequeno e seus pais velhos;
Potencia solta e um pequeno filho;
Clemencia solta; Catarina solta e uma irmã pequena e seu pai velho;
Fernando e sua mulher Izabel, Manoel e seu filho moço e Verônica moça também sua filha;
Roque solto;
Luiz e sua mulher Maria, com três filhos pequenos;
Alonço e sua mulher Mônica e três filhos e uma irmã por nome Paula, solta;
Luiz e sua mulher Sabina e um filho moço por nome Dionisio e três filhos pequenos;
Paulo e sua mulher Ignacia e um rapaz por nome Bartolomeu, seu filho e quatro crias;
Francisco e sua mulher Ursula e seu irmão Belchior;
Henrique solto;
Manoel solto e mudo;
Cristina solta com uma filha;
Domingas, solta;
Antonio e sua mulher Andreza;
Alonço e sua irmã Francisca;
Bárbara solta e sua irmã Maria e seu filho Custódio, moço solto com dois filhos e a mãe velha;
Guiomar solta;
Sabina solta;
Tomazia solta;
Bartolomeu e sua mulher Fabiana, seu filho moço por nome Bartolomeu e dois filhos pequenos;
Cecília solta;
Generoza solta;
Marina solta;
Sabina solta;
Francisco, rapagão solto;
Tomé e sua mulher Luzia com dois filhos pequenos e um moço solto, seu irmão por nome João;
João e sua mulher Ana com dois filhos pequenos.

A relação acima, de 377 nativos, leva-nos a sua conclusões interessantes. A primeira é que uma pessoa para ter essa quantidade de nativos, seja para serviços em suas terras, seja para comércio, teria de ser muito rica, muito abastada, como de fato o era Balthazar Fernandes. Na verdade, ele precisava de mão de obra para plantar e colher, para fazer vinho e farinha de trigo e, finalmente, transportar a sua produção no lombo dos nativos. E ele tinha duas fazendas. O historiador Sérgio Buarque de Holanda observa no seu livro História Geral da Civilização Brasileira:

"Possuir escravizados nativos constitutía índice de abastança e de poder que seriam proporcionais ao número das ´peças´ possuídas".

A segunda sugere que os nativos, que concorreram para a formação do povo sorocabano, não eram, obrigatoriamente, os tupis, que habitavam esta região paulista. A maioria fazia parte das levas de outras tribos de nativas, como os guaranis do Paraguai; os tapes e gês, do Rio Grande do Sul, apreendidos pelas expedições de apresamento.

Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba":

"Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos." [Páginas 76, 77, 78 e 79]  ver mais


    Registros relacionmados
26 de julho de 1584, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 19:03:45
1°. Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant´Ana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII

1772. Atualizado em 06/04/2025 02:35:46
2°. “Em 1772 começou a obra da Matriz atual, tendo sido demolida outra no mesmo lugar”
No mesmo ano de 1654, o mesmo Balthazar Fernandes edificou uma igreja, sendo hoje o Mosteiro de São Bento, e, senhor de uma grande sesmaria, por escritura pública doou a igreja e terrenos, em 21 de abril de 1661, aos religiosos Beneditinos da vila de Parnaíba, conservando-se como matriz em quanto o povo não fazia outra igreja para isso.

° 9.2012Fragmentos de História: índios e colonos em Sorocaba - 1769-1752, 09.2012. ..Em 1654, Balthazar Fernandes chegou à região com cerca de 400 índios e alguns escravos de Guiné (CAVALHEIRO, 2006, p. 17) para povoar suas sesmarias, tendo doado parte dela aos monges beneditinos que construíram, com mão de obra indígena, a Capela de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba (padroeira da cidade) em 1654, e o Mosteiro de São Bento, que já era habitado em 1690 (ALMEIDA, 1969, p. 25-26





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1720
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Mapa de Sorocaba
Cidades (3): Sorocaba/SP, Itu/SP, São Paulo/SP
Pessoas (1): Balthazar Fernandes
Temas (13): Caminho de Curitiba, Cemitérios, Rio Sorocaba, Pontes, Estradas antigas, Caminho Itú-Sorocaba, Rua São Bento, Rua XV de Novembro, Ponte da Rua XV de Novembro, Avenida São Paulo, Geografia e Mapas, Aldeias, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP
Sorocaba
Data: 1720
Créditos: Dagoberto Mebius01/01/1720
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Padre Florentino de Oliveira Rosa passa a residir no "Casarão de Balthazar Fernandes"
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (2): Balthazar Fernandes, Florentino de Oliveira Rosa
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Atualizado em 28/10/2025 03:42:48
A localização da primeira casa de Sorocaba foi feita mediante os comentários de Joaquim José de Oliveira
Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (1): Balthazar Fernandes
Temas (2): Câmara Municipal de Sorocaba, Pela primeira vez




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Padre Florentino de Oliveira Rosa deixa de residir no "Casarão de Balthazar Fernandes"
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (2): Balthazar Fernandes, Florentino de Oliveira Rosa
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Chacará Caracante. Atual Jardim Sandra Publicada pela equipe convidada para "uma tarde alegre na pitoresca e elegante vivenda", à convite do proprietário e família. Créditos da imagem: Celso Marvadão Ribeiro / Revista A Cidade
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (1): Celso “Marvadão” Ribeiro
Chacará Caracante
Data: 1938
Créditos: Celso Marvadão Ribeiro / Revista A CidadeAtual Jardim Sandra (Publicada pela , cuja equipe foi convidada para "uma tarde alegre na pitoresca e elegante vivenda", à convite do proprietário e família (ccc) (va-1930)




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Casarão de Balthazar Fernandes. Jardim Sandra. Créditos da imagem: Antônio Carlos Sartorelli
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (1): Balthazar Fernandes
Casarão de Balthazar Fernandes
Data: 1947
Créditos: Antônio Carlos SartorelliJardim Sandra (£)(bb) (ccc) .242.




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Novembro de 1949
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Revista Investigações*
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (2): Luís Castanho de Almeida, Balthazar Fernandes
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1°. “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
2014
Com o título "CASAS GRANDES E SENZALAS DE SOROCABA", de artigo publicado na Revista INVESTIGAÇÕES (n° 11/1949), o historiador sorocabano Aluísio de Almeida faz amplo relato da casa que seria de Balthazar Fernandes, no bairro do Lageado. Ele admite que há controvérsias e que uma outra casa teria sido construída, posteriormente, no mesmo local onde existiu a casa do fundador de Sorocaba. Na época em que foi escrito esse artigo, ainda existiam as ruínas do casarão. Foi demolido na década de 50.

Vale a pena conhecer o que escreveu o ilustre historiador:

"CASA GRANDE DE BALTAZAR FERNANDES. Em 1645, Baltazar Fernandes veio estabelecer-se com fazenda de criar e plantação na paragem de Sorocaba, que já tinha esse nome (terra que esboroa) devido ao rio. Fixou-se à margem esquerda deste, um quilômetro acima da atual ponte (da rua XV de Novembro), que está quase no lugar da primeira, com alguns genros e escravos índios em número de 400, segundo Azevedo Marques. [Página 135]  ver mais




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1986
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Panquecas D´Irene. Avenida Washington Luiz
Cidades (1): Sorocaba/SP
Temas (2): Automóveis, Jardim Vergueiro
Avenida Washington Luiz
Data: 1986
Créditos: Crédito/Fonte: Reprodução / Facebook01/01/1986




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1950
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Conjunto Hospitalar de Sorocaba (data estimada)
Cidades (1): Sorocaba/SP
Temas (1): Hospitais
Conjunto Hospitalar de Sorocaba*
Data: 1950
Créditos: Hospital Regional. Crédito da foto: Projeto Memória Jornal Cruzeiro do Sul




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1976
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Criação do Parque da Biquinha
Cidades (1): Sorocaba/SP




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23 de outubro de 1953, sexta-feira
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Doação do imóvel pelo sr. Jorge Caracante e sua exma. esposa d. Ignez Marques Caracante, ato assinatura
Cidades (1): Sorocaba/SP
Pessoas (4): Adhemar Pereira de Barros, Balthazar Fernandes, Luiz Saya, Sergio Buarque de Holanda
Projeto "A Casa de Balthazar Fernandes
Data: 1953
Créditos: Crédito/Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul23/10/1953




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18 de julho de 2021, domingo
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Falecimento de Irene Ravagnani, da “Panquecas Irene”
Cidades (1): Sorocaba/SP
Irene Ravagnani*
Data: 2021
Créditos: Diário de Sorocaba01/01/2021




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Joaquim Carlos e sua filha no "carro extra" 163, monobloco em frente ao Parque da Biquinha
1963. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Temas (2): Ônibus, Jardim Vergueiro





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“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
2014. Atualizado em 25/10/2025 10:10:03
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 Cidades (19): Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Passo Fundo/RS, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Ubatuba/SP
 Pessoas (44) Adolfo Frioli (n.1943), Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Antonio Gomes Preto (1521-1608), Antonio Lopes de Medeiros, Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (1502-1569), Belchior da Costa (1567-1625), Benta Dias de Proença (1614-1733), Benta Dias Fernandes (n.1590), Catarina Dias II (1601-1667), Cecília de Abreu (1638-1698), Diogo de Alfaro (f.1639), Diogo de Quadros, Diogo do Rego e Mendonça (1609-1668), Francisco de Paiva, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar de Guzmán (1587-1645), Hélio Abranches Viotti, João IV, o Restaurador (1604-1656), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Luís da Grã (n.1523), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Maria de Torales y Zunega (n.1585), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Paschoal Leite Paes (1610-1661), Paulo de Oliveira Leite Setúbal (6 anos), Paulo de Proença e Abreu, Paulo do Amaral, Pedro Dias Correa de Alvarenga (1620-1698), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Suzana Dias (1540-1632)
 Temas (55): Algodão, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Botocudos, Bugres, Caaçapa, Cachoeiras, Caciques, Caminho de Curitiba, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Capela de São Bento, Carijós/Guaranis, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Colinas, Cristãos, Curiosidades, Deus, Ermidas, capelas e igrejas, Escolas, Escravizados, Farinha e mandioca, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Ijuí, Inquisição, Jesuítas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Mulas, Música, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Pelourinhos, Pontes, Porcos, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Rio Anhemby / Tietê, Rio Araguaia, Rio Sorocaba, Rua XV de Novembro, São Bento, São Paulo de Piratininga, Tapuias, Tordesilhas, Tupis, União Ibérica, Villa Rica del Espírito Santo, Vinho
Registros mencionados (2)
1. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados
dezembro de 1654

E, para finalizar, os historiadores divergem quanto à data da chegada de Balthazar Fernandes a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando esses dois momentos. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670 E tem mais: a tal casa do Balthazar... será que era mesmo? [Página 12]

Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654. Até o nome do ilustre sertanista é discutível. Tão diversas são as formas que aparecem nos documentos do século XVII: Balthazar, Balthezar, Baltasar e Baltazar. [Página 19]

O testamento de Izabel de Proença, esposa de Balthazar, fez quando ainda viva, em 28 de novembro de 1654, e os dois inventários dos bens da família que se seguem, após a sua morte, em abril de 1555 - o primeiro em Santa Ana de Parnaíba e o outro em Sorocaba - contém importantes revelações sobre a vida dos Fernandes.

São, portanto, três documentos já citados por Luis Castanho de Almeida, de onde extraímos alguns fatos interessantes. No primeiro documento, de novembro de 1654, Izabel de Proença revela que... "... estando eu, Izabel de Proença, em meu perfeito juízo e entendimento, Nosso Senhor Jesus Cristo me deixou doente de cama temendo a morte... e por não saber o que Deus Nosso Senhor quererá fazer de mim, e quando será servido me levar para si, ordenei fazer este meu testamento."

Esse documento segue com uma profissão de fé na Santíssima Trindade, obediência à Santa Madre Igreja e um pedido de proteção a Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora e a todos os santos e anjos da corte celestial, em especial à santa do seu nome. Seguindo costume da época, pede que seu corpo seja sepultado na igreja do lugar onde falecer. Em seguida, dirige-se a sua família e recomenda:

"E peço por serviço de Deus Nosso Senhor ao padre vigário meu sobrinho, Francisco Fernandes de Oliveira, faça a minha cédula de testamento e peço ao meu marido, Balthazar Fernandes e a meu irmão Paulo de Proença Abreu, sejam meus testamenteiros".

Declara-se casa com Balthazar Fernandes, com quem teve vários filhos e filhas, nomeando seus herdeiros. Nem todos...

"... quanto a, minha filha Benta, que se casou com Pedro Correa não dotamos e nem demos nada por se casar contra as nossas vontades, minha e de seu pai, no que nos tem dado muitos desgostos". [Páginas 28 e 29]

Em um outro documento, produzido em 1732, e existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto, a história da origem de Sorocaba é assim contada:

"Esta igreja e mosteiro fundou no alto desta Villa de Sorocaba o capitão-mór Balthazar Fernandes, fundador que foi também da dita Villa, no ano de 1654. Está esta villa situada junto ao rio do Sorocaba, nome que lhe deu o gentio... Este não é muito grande, mas é navegável porque por ele abaixo navegavam os homens antigamente a buscar gentio e hoje o navegam também para ir as minas novamente descobertas do Cuyabá e Cochiponen..." [Página 69]

(...) Nativos pioneiros

Além desses primeiros moradores, procedentes de Santa Ana do Parnaíba, São Paulo e Paraguai, temos o grande contingente de nativos, cuja relação nominal estamos publicando, conforme o testamento de Izabel de Proença. É curioso observar que , quando se trata de bebês e crianças, são identificados como "crias" e não tem nomes, talvez porque ainda não tivessem sido batizados ou registrados. A seguir a lista dos nativos:

José e sua mulher Sabina e uma cria;
Gabriela solto, com um irmão rapazinho e duas raparigas;
Pedro solto e seu irmão Bastião;
Antonia rapariga e sua irmã;
Pedro e Izabel com um filhinho e sua filhinha;
Salvador rapaz solto;
Miguel, solto;
João e sua mulher Cecília, uma rapariga e três rapadinhos seus filhos;
Ipólita, solta com dois filhinhos;
Tomas solto;
Bras e sua mulher Maria com uma criança;
Bartholomeu e sua mulher, Andreaza com uma cria;
Alberto solto;
Pedro e sua mulher (?) com uma cria;
Grimaneza solta;
Baltezar solto;
Aleixo, solto;
Cecília solta com duas crias;
Marinho rapaz solto;
Felipe rapaz solto;
Domingos e sua mulher Custódia e sua mulher Mônica;
Joseph, sua mulher Christina, sua filha Barbosa e uma cria;
Felipa solta e seu filho André;
Paula solta;
América moça, sua filha e 4 filhos pequenos;
José e sua mulher Maria com três filhos pequenos;
Manoel solto;
Pedro e sua mulher Sabina com quatro filhos pequenos;
José e sua mulher Sabina com quatro filhos;
Antônia solta com dois filhos e uma filha pequena;
Pascoal e sua mulher Constança com duas filhas e um filho pequeno;
Miguel e sua mulher Clemência, com um filho e uma filha pequenos;
Roque e sua mulher Helena com duas filhas, Catarina e Asença e mais quatro filhos pequenos;
Gaspar e sua mulher Marqueza e mais quatro filhos pequenos;
Lourenço e sua mulher Lucrécia;
Ignocêncio e sua mulher Augustinha, com dois filhos pequenos;
Luiz solto;
João e sua mulher "Índia";
Gregório solto e seu filho João;
Antonio solto;
Gabriel e sua mulher Pelonia com quatro filhos pequenos;
Vicente solto e sua irmã moça por nome Maria e sua mãe também por nome Maria;
José solto;
Gabriel e sua filha Anastácia e três filhos pequenos;
Paulo e sua mulher Joana e seu filho João, moço, e dois filhos pequenos;
Alonço e sua mulher Paula Angela, seu marido velho com um filho moço por nome Fernando e uma filha pequena;
Henrique e sua mulher Mônica e uma filha moça por nome Leonor;
Joana solta com cinco filhos e filhas pequenos e um moço, também seu filho, por nome Francisco;
Izabel, solta;
Maria, solta com uma cria;
José e sua mulher Izabel;
Fernando e sua mulher (?) com seus filhos pequenos, Pedro e Sebastião;
Pedro e sua mulher Ana, João, seu filho moço e dois filhos pequenos;
Alexandre e sua mulher Inácia e uma filha pequena;
Domingos e sua mulher Cecília com cinco filhos pequenos;
Pedro e sua mulher;
Paula e sua filha moça por nome de Catarina e um filho pequeno;
Luzia e seu marido velho, com dois filhos pequenos;
Gabriel e sua mulher; Francisca e uma filha moça por nome Izabel e três filhos pequenos;
Bastião e sua mulher Marina;
Afonso e sua mulher Marqueza com um rapaz seu filho e outro filho moço por nome José e sua mulher Tiodora;
Marcos e sua mulher Ambrosia com duas filhas moças por nome Bastiana e Juliana e três filhos pequenos;
Salvador e sua mulher velha Inocencia;
Paulo e sua mulher Maria, seu filho moço por nome Miguel e quatro filhos pequenos;
Camila solta com duas filhas pequenas;
Domingos e sua mulher Cecília e dois filhos pequenos;
Henrique e sua mulher Apolonia com um filhinho;
Garcia e sua mulher Cristina e um filho moço por nome João;
Antonio e sua mulher Sabina;
Tomé e sua mulher velha Cecília;
Felipe solto com seu filho pequeno;
Felipa solta com filho;
Branca solta;
Angela solta;
Estacia solta;
Maria solta;
Constança, solta;
Antonio solto e sua irmã Serafina, as crias e três irmãos pequenos;
Andreza solta;
Ana, solta;
Merencia solta;
Cecília solta;
Marqueza solta;
Lourença solta;
Uma raparigona solta por nome de Domingas;
Tiodozia solta;
Matia e sua mulher velha;
Lourenço e sua mulher Andreza com duas crias;
Bastião e sua mulher Luzia com duas crias;
Barnabé, solto, rapagão;
Gonçalo e sua mulher Antonia com duas filhas pequenas;
Branca solta com seu filhos moço por nome de Amaro e sua filha pequena;
Asenço e sua mulher Maria e seu irmão por nome Tomé, moço solto e um irmão pequeno e seus pais velhos;
Potencia solta e um pequeno filho;
Clemencia solta; Catarina solta e uma irmã pequena e seu pai velho;
Fernando e sua mulher Izabel, Manoel e seu filho moço e Verônica moça também sua filha;
Roque solto;
Luiz e sua mulher Maria, com três filhos pequenos;
Alonço e sua mulher Mônica e três filhos e uma irmã por nome Paula, solta;
Luiz e sua mulher Sabina e um filho moço por nome Dionisio e três filhos pequenos;
Paulo e sua mulher Ignacia e um rapaz por nome Bartolomeu, seu filho e quatro crias;
Francisco e sua mulher Ursula e seu irmão Belchior;
Henrique solto;
Manoel solto e mudo;
Cristina solta com uma filha;
Domingas, solta;
Antonio e sua mulher Andreza;
Alonço e sua irmã Francisca;
Bárbara solta e sua irmã Maria e seu filho Custódio, moço solto com dois filhos e a mãe velha;
Guiomar solta;
Sabina solta;
Tomazia solta;
Bartolomeu e sua mulher Fabiana, seu filho moço por nome Bartolomeu e dois filhos pequenos;
Cecília solta;
Generoza solta;
Marina solta;
Sabina solta;
Francisco, rapagão solto;
Tomé e sua mulher Luzia com dois filhos pequenos e um moço solto, seu irmão por nome João;
João e sua mulher Ana com dois filhos pequenos.

A relação acima, de 377 nativos, leva-nos a sua conclusões interessantes. A primeira é que uma pessoa para ter essa quantidade de nativos, seja para serviços em suas terras, seja para comércio, teria de ser muito rica, muito abastada, como de fato o era Balthazar Fernandes. Na verdade, ele precisava de mão de obra para plantar e colher, para fazer vinho e farinha de trigo e, finalmente, transportar a sua produção no lombo dos nativos. E ele tinha duas fazendas. O historiador Sérgio Buarque de Holanda observa no seu livro História Geral da Civilização Brasileira:

"Possuir escravizados nativos constitutía índice de abastança e de poder que seriam proporcionais ao número das ´peças´ possuídas".

A segunda sugere que os nativos, que concorreram para a formação do povo sorocabano, não eram, obrigatoriamente, os tupis, que habitavam esta região paulista. A maioria fazia parte das levas de outras tribos de nativas, como os guaranis do Paraguai; os tapes e gês, do Rio Grande do Sul, apreendidos pelas expedições de apresamento.

Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba":

"Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos." [Páginas 76, 77, 78 e 79]
2. Revista Investigações
novembro de 1949

Com o título "CASAS GRANDES E SENZALAS DE SOROCABA", de artigo publicado na Revista INVESTIGAÇÕES (n° 11/1949), o historiador sorocabano Aluísio de Almeida faz amplo relato da casa que seria de Balthazar Fernandes, no bairro do Lageado. Ele admite que há controvérsias e que uma outra casa teria sido construída, posteriormente, no mesmo local onde existiu a casa do fundador de Sorocaba. Na época em que foi escrito esse artigo, ainda existiam as ruínas do casarão. Foi demolido na década de 50.

Vale a pena conhecer o que escreveu o ilustre historiador:

"CASA GRANDE DE BALTAZAR FERNANDES. Em 1645, Baltazar Fernandes veio estabelecer-se com fazenda de criar e plantação na paragem de Sorocaba, que já tinha esse nome (terra que esboroa) devido ao rio. Fixou-se à margem esquerda deste, um quilômetro acima da atual ponte (da rua XV de Novembro), que está quase no lugar da primeira, com alguns genros e escravos índios em número de 400, segundo Azevedo Marques. [Página 135]
Registros mencionados (76)
1480 - Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay [22414]
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]
1515 - Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias [20192]
22/01/1531 - Bertioga [26243]
1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]
20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]
15/01/1560 - Santo Amaro [27129]
1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]
1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]
07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]
1594 - O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...) [27349]
23/05/1599 - D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses [6231]
1600 - Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega [19870]
1603 - Balthazar se casa com Isabel de Proença em São Paulo, com a qual teria doze filhos [19867]
1608 - Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa [20083]
07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi [24117]
21/04/1611 - D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” [21509]
01/11/1613 - Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* [8962]
23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]
1629 - Quando da destruição do Guairá, nos anos de 1629 e de 1630, os paulistas parnaibanos, chefiados por André Fernandes, certamente passaram pela localização da futura Sorocaba na ida e na volta [9367]
06/03/1629 - Benta [27365]
1632 - Gabriel Ponce de Leon chega em Santana de Parnaíba, casado com a filha "índia" de Balthazar [19873]
02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]
1637 - Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai [17561]
23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna [22962]
19/02/1638 - Padre Alfaro adverte Balthazar [19854]
01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios* [21937]
09/01/1639 - Bandeirantes paulistas travam combate com espanhóis e guaranis [9828]
17/01/1639 - Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição [8963]
22/04/1639 - Bula Papal condenando o cativeiros dos índios no Brasil produz graves distúrbios no Rio de Janeiro, em Santos e em São Paulo [8374]
23/07/1639 - Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus [28347]
01/11/1639 - Retorno* [28346]
24/12/1639 - Balthazar Fernandes está no atual território do Rio grande do Sul participando da destruição de Santa Tereza do Ibituruna, segundo o livro “Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?” do jornalista Sérgio Coelho de Oliveira [19853]
24/06/1640 - Reunião [28349]
13/07/1640 - Jesuítas são expulsos de São Paulo [8372]
1645 - Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba [11082]
1646 - Outro parnaibano, Baltazar Carrasco dos Reis iniciava o povoamento de Curitiha [21721]
07/10/1647 - Rei concede perdão aos paulistas [19887]
1648 - Falecimento de Izabel Proença de Abreu, filha de Balthazar Fernandes em Santana de Parnaíba [9369]
03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios [21985]
28/11/1654 - Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba [6033]
01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* [6604]
1655 - Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba [19183]
21/03/1655 - Isabel de Procença faleceu em Santana de Parnaíba [19869]
12/04/1655 - Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença [19868]
22/04/1655 - Registro dos bens e propriedades de Isabel de Proença no sítio e paragem chamada Sorocava [27946]
21/04/1660 - Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby [6050]
28/02/1661 - Tayaobi [26416]
28/02/1661 - Partida [1359]
02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" [6584]
03/03/1661 - O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila [8664]
06/06/1662 - Balthazar foi convocado para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa Isabel [21230]
04/06/1667 - Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal [19858]
04/07/1667 - Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação” [19859]
01/01/1668 - Em 1668, frei Mauro da Trindade Vieira foi ao sertão "e companhia dos sertanistas que costumavam ir todos os anos ao gentio", sua intenção era trazer algumas "peças" para o hospício que os beneditinos tinham em Sorocaba [26709]
1670 - Segunda fundação de Sorocaba [20862]
01/01/1732 - Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto [27935]
01/02/1732 - Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba* [9656]
06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre [6197]
19/01/1888 - Libertados os últimos 460 escravos em Sorocaba [5199]
1927 - “História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal [26792]
15/02/1929 - Estrada Real, Koboyama [28297]
01/11/1949 - Revista Investigações* [2568]
1950 - Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937) - “Ensaios históricos” [2572]
1954 - O monumento ao Tropeiro, doado à cidade pelo conde Francisco Matarazzo [8690]
1969 - História de Sorocaba [28282]
1971 - História de Santana de Parnaíba, 1971. 372 páginas. Paulo Florêncio da Silveira Camargo [24503]
1986 - Adolfo Frioli, em palestra proferida no Instituto Genealógico Brasileiro, em São Paulo [28343]
01/01/2014 - Rapodo Tavares atacou a redução de Jesus Maria, na margem esquerda do rio Jacuí, e depois de seis horas de luta arrasou a redução [5235]
2017 - Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022 [19872]
16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? [28322]
2023 - Avenida Itavuvu [28565]
17/11/2023 - O NASCIMENTO DE GUARAPIROCABA, urublues1.blogspot.com [3670]
08/02/2024 - A importância da comunicação não-verbal e como é que o estudo de Mehrabian tem vindo a ser mal interpretado. Consulta em objetivolua.com [4168]
19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com) [3838]
04/10/2024 - Distância Sorocaba-São Paulo/SP [4700]


  


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