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Atualizado em 30/10/2025 06:41:23 "O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú) ![]() Data: 1937 01/01/1937
• 1°. O “Descobrimento” do Brasil • 2°. Gonçalo Coelho e a prata E quantas outras notícias sobre essa apetecida prata, quantas, corriam então a cândida terra dos papagaios! E que fabulosas! Os companheiros de Gonçalo Coelho, por entre narrativas embasbacantes, contavam, ao voltar, que — "na embocadura dum rio que fica a duzentas léguas aquem do Cabo, tiveram informes de que pelo sertão havia muita prata. Diziam que um Capitam de outro navio trouxera ao Rei de Portugal um machado de prata". E que rio era esse que ficava a duzentas léguas aquém do Cabo? Era o Rio da Prata. Rio imenso, de águas claras, assim chamado exatamente porque os indígenas, que lhe povoavam as margens, traziam enfeites de prata e usavam objetos de prata. Oh, as minas desse confuso Rio da Prata, tão longínquo e extraordinário!" • 3°. Portugueses recolheram no Rio da Prata um machado de prata, que estava nas mãos dos charruas • 4°. Casamento • 5°. “...esta terra e o Peru, Senhor, é toda uma” • 6°. Carta de Luís Sarmiento de Mendoza, embaixador espanhol em Lisboa • 7°. Historia Natural e Moral das Índias • 8°. Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil • 9°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava • 10°. Em maio de 1592 partiram da Bahia e, chegando à serra do Gariru (ou Quareru, atual Serra Branca), levantaram um forte, em cumprimento à determinação régia de que pelo menos a cada 50 léguas assim se procedesse* Gabriel Soares voltou de Madri com abundantes poderes e dilatadíssimas ajudas. E aprestou a sua entrada sem tardança. Botou nela, como mineiro, Marcos Ferreira, homem prático de metais. Como guia, um bugre amigo, Guarací, que sabiaonde ficava a Serra da Prata. E com o mineiro, e com o guia, e com duzentos índios tapuios, bons flecheiros, o escritor atacou de rijo o sertão. Largos e penosos dias, sob soalheiras urentíssimas, o sonhador da prata arremeteu-se impávido por aqueles negrejantes matos tragadores de vidas. Atingiu a serra do Quareru. Aí acampou7. Foi então, no Quareru, em pleno ermo, dentro do coração hirsuto do Brasil bárbaro, que, pela primeira vez, a mão do homem alevantou atrevidamente uma casa de taipa. "Gabriel Soares mandou erguer no Quarerú huma casa-forte..." Não era, portanto, apenas o desbravamento da terra virgem que realizava o intrépido rasgador de selvas: com aquela casa-forte, plantada em tão selvático despovoado, lançava também Gabriel Soares a pedra básica, o alicerce primeiro, do povoamento do hinterland brasílico. E enquanto os bugres erguiam aquela curiosa mole, fez o escritor sondar com acirramento todos os recantos da serrania. Vai senão quando, em uma daquelas lombas belo augúrio inicial! — Marcos Ferreira dá inopinadamente com osprimeiros, alvoroçantíssimos vestígios da tão apetecida prata. Grandes bulhas! Grande e ruidosa festa entre os achadores! "... aqui fizeram os mineiros fundição de pedra de huma betta que se achou na serra; e se tirou prata..." Mas a beta era de certo minguada e fraca. Não satisfez a cobiça de GabrielSoares. Pois, segundo o relato da velha crônica — "o general a mandou serrar, e, deixando alli doze soldados, se foi com os mais outros cincoenta léguas, para o lado donde nasce o Rio Paraguassú". Rude e bravia jornada! Os ares eram por aí pestíferos. As águas ruins. Nuvens de mosquitos azucrinantes ferretoavam sem tréguas os viageiros. Morcegos, às chusmas, chupavam de noite o sangue dos animais. Os animais, ao outro dia,amanheciam mortos no pouso. Não se topava caça por aqueles chãos estonados. Os mantimentos foram escasseando nos cargueiros. Num dado instante, em pleno deserto, faltaram por completo. Os homens, para não morrerem à míngua, tiveramque comer carne de cobra. Alastrou-se a maleita pela tropa. Maleita e doenças de frialdade. Não houve, daí por diante, como tolher o desencadear das misérias. Eram, todos os dias, desgraças sobre desgraças. O índio Guarací, tão precioso, que conhecia o sítio onde ficava a serra da prata, cai de repente morto à beira de um brejo. Mas não havia empeço que quebrantasse o ânimo de Gabriel Soares. E o escritor lá continuou a sua rota, Por outras cinqüenta léguas, bem compridas e bem terríveis, o buscador da prata enfrentou de novo, com desassombro, aquelastragédias e reveses. Estacionou afinal. E botou-se, o corajento, naquelas solidões ainda mais lôbregas, a levantar outra casa-forte. A tropa atirou-se duramente à lida.E a paragem selvática, encravada entre morros penhascosos, encheu-se improvisadamente da faina criadora desses homens chucros. Mas o povo tinha bem razão: a prata do Brasil era traiçoeira! Todos os que tentavam desvendá-la, morriam. Não escapara um só... Certa noite, no acampamento, rompe tumultuosa pendência entre os bugres.Para contá-la "Gabriel Soares saiu da sua barraca com uma catana na mão, e, pelos apartar, maltratou a muitos de húa e de outra banda". Os selvagens, irados contra o capitão que assim os agride tão carniceiramente a golpes de ferro, resolvem abandoná-lo no longínquo pouso. Na mesma noite, muito furtivamente, "fugiram todos e o desampararam; deixando-o só naquele deserto..." Os padecimentos tocaram então ao auge. Doente, quebrantado de forças, desbaratado, sozinho naquele despovoado, Gabriel Soares não logrou vencer tão dilatadas provações. E morreu na jornada. Morreu, o sacrílego, por querer atingir a serra da prata. Aquela enigmática, tão fascinadora serra branca e resplandecente... E quem, já agora, haveria de atingi-la? Quem haveria de descobrir a prata que o mato escondia? Quem? • 11°. Abertura do testamento de Gabriel Soares de Sousa, capitão-mor e governador da conquista e do descobrimento do Rio de São Francisco • 12°. Walter Raleigh publicou o livro "The Discoverie of Guiana" • 13°. Bandeira liderada por André Leão parte de SP com autorização de D. Francisco* • 14°. Nomeação de D. Francisco • 15°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil — Cuidado, D. Francisco de Sousa, cuidado! Todos os que, até hoje, tentaram desvendar a prata que o mato esconde, morreram... Não escapou um só! ... Não pôde o Administrador do Sul realizar aquelas acicalantes miras que o empolgavam: D. Francisco de Souza, ao chegar, é subitamente atacado de doença grave. E morre. Assim, com tão inesperado desfecho, desapareceu do cenàrio das minas o càlido perseguidor da esquiva serra misteriosa. E tão desvalido desapareceu o homem que mais cuidara no Brasil da serra branca, dessa Sabarabuçu mal agourada, que — sarcàstico pormenor — "segundo me affirmou hum padre da Companhia, que se achava com elle à sua morte (conta-o frei Vicente), morreo Dom Francisco de Souza tam pobre, tam pobre, que nem sequer huma vela tinha para lhe metterem na mão". [p. 27] Anda muito escrito por ai que foi D. Francisco de Sousa quem acompanhou Melchior Dias às minas. Outros dizem que D. Francisco de Sousa apenas se ajuntou a D. Luiz de Sousa para a famosa entrada. A respeito de tais fatos, eis o que esclarece Basílio Magalhães: "Ha ahi alguns enganos que teem gerado erronias deploraveis por parte de historiadores modernos. Ao tempo em que esteve D. Luiz de Souza em Pernambuco, isto é, de 1612 a 1616, nem só Melchior Dias estava ainda cuidando directamente de receber da Metropole as desejadas mercês (do que é prova a sua carta de 9 de Julho de 1614 depois da qual, parece, foi que mandou à corte o seu sobrinho Domingos de Araujo) como tambem não era governador da Bahia nenhum D. Francisco de Souza, pois este, nomeado a 15 de Junho de 1608 administrador Geral da Repartição do Sul fallecera em São Paulo a 10 de Junho de 1611. Quem, ao tempo das negociações entre D. Luiz e Melchior podia estar no governo da Bahia era Gaspar de Souza que, segundo a Historia Militar do Brasil, de D. José de Mirales, exerceu aquellas funcções desde 1614 até 1617. Mas quando se deu a entrada do neto de Caramurú à Itabaiana jà era governador da Bahia o proprio D. Luiz de Souza, que succedendo a Gaspar de Souza, tomou posse do cargo em 1617 e nelle permaneceu até 12 de Outubro de 1621. Não foi, pois, nenhum Francisco de Souza, nem mesmo Gaspar de Souza, quem o acompanhou ao sertão sergipense. Foi, de facto, um seu collega de governo, isto é, o representante da Metropole na Repartição do Sul. A prova disto é fornecida por uma testemunha presencial do acontecimento: Salvador Correia de Sà e Benevides". Segue-se aí a transcrição do depoimento de Salvador Correia. [p. 47] • 16°. "Minas encontradas" Lopo de Albuquerque, estando a varar as cabeceiras do S. Francisco,mandou erguer uma cruz de madeira no alto de certa lomba. Aconteceu que, aogalgarem a serra, os escravos deram inopinadamente — "com hum grande ealevantado padrão de pedra; derrubaram este padrão e se vio que debaicho dellehavia huma lage de pedra com esta inscripçào: Minas de prata que se descobrioneste Logar no anno de 1614, que a seo tempo saberà S. Magestade dellas".Minas de prata! As encantadas minas de Melchior Dias! Lopo deAlbuquerque, mais os negros, botou-se a romper alvoroçadamente aqueles chãos. Eeis que topa, aos primeiros golpes, com uma caixa de tijolos chapeada de ferro.Arromba a tampa da caixa. Dentro, com o maior espanto, depara o sertanista umvelho papel embolorado. Nesse papel se declarava que, não longe dali, ficava umagrande serra alterosa, coberta de matos copadissimos, onde estavam as minas. Aserra onde estavam as minas! Até que enfim, por obra daquele estonteante acaso,iam surgir à luz do sol as escondidas riquezas do Caramuru. Lopo de Albuquerqueparte com ânsia em busca à serra alterosa. Alcança-a. Descobre o sítio indicado nopapel. Escava-o. E — deslumbrante realidade! — acha na entranha do morro osprimeiros veios da tão sonhada prata..."Lopo de Albuquerque tirou então as amostras da prata; deu conta dellas aS. Magestade; e S. Magestade lhe respondeo, pello seo secretàrio, Mendo deForjaz, que rompesse as minas". E acrescenta o cronista, textualmente, estaafirmativa categórica: "D. João de Alencastro vyu essa prata; e eu a vy tambem..."Lopo de Albuquerque, com alguns escravos de confiança, saiu a romper asminas como determinara o Rei. Mas...— Cuidado, Lopo Albuquerque, cuidado! Todos os que, até hoje, tentaramdesvendar a prata que o mato esconde, morreram. Não escapou um só!... mas o feliz achador das minas, ao atravessar um cerradão de aroeiras, ésubitamente picado por estranho bicho. Picada funesta! De nada valeram sangrias,nem mezinhas, nem ervas de bugre. "... dous dias antes de chegar, Lopo deAlbuquerque falleceu da mordedura daquelle bicho pessonhento".Outra morte! Outra desgraça! Outra vítima da malfadada prata! E quempoderia, jà agora, topar de novo, na serra alterosa, com os escondidos veios?Um filho de Lopo, Francisco de Albuquerque, rapazola verdolengo, aindanas primícias da adolescência, tomou corajosamente a peito o levar avante odesvendamento das minas. Decisão inútil! O destino, aquele destino implacàvel queperseguia com tamanha fereza os profanadores da prata, cortou-lhe cerce o ímpetoanimoso: Francisco, num assomo de cólera, assassinou desastradamente o escravoque lhe servia de guia. Era este escravo, por fatalidade, o único vivente que sabia do sitio onde ficavam as minas. "... tinha Francisco um crioulo seo escravo, que havia acompanhado o Pay e sabia a Serra e o buraco da prata. Pretendeo Francisco que o crioulo lhe foce mostrar; mas duvidou o negro fazello sem que o senhor primeiro lhe desse a promessa de libertar. Apaixonou-se tanto Francisco Albuquerque que, inconsideradamente, lhe atirou a espingarda e o mattou; ficou assim sem aquelle escravo, e, o que é o mais, sem guia para aquella empreza..." [p.19] • 17°. Documento • 18°. Falecimento do "Caçador de Eldorado" • 19°. Luís de Sousa, conde do Prado, deixa o cargo de Capitão-General do Brasil • 20°. Glymmer • 21°. Parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú Diante de tais informes, as bandeiras piratininganas, a ambição acesa, com a miragem da serra encantada flamejando-lhe diante dos olhos, principiaram a partir acirradas atràs da riqueza alva.""... algo antes de 1653, parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú ". Foi quando surgiu em São Paulo o procurador da fazenda real, Pedro de Sousa Pereira. E o procurador dà com a vilota a esfervilhar de quentíssimos rumores. "... vim eu a estas capitanias do sul tratar do beneficio e entabolamento das minas; e, achando-me nesta de S. Paulo, tive muytas informações e grandes noticias de que algumas pessoas antigas haviam ido à serra de Saborabossú..." • 22°. Fernão Dias faz algumas referências geográficas que identificavam o sítio onde a Serra do Sabarabuçu, onde se encontrava, na Bahia: “E porque aqui se me disse que do pé das Serras do Sabarabussú, ha um Rio navegavel que se vae meter no de São Francisco e que por ele abaixo se poderá conduzir mais brevemente a prata até junto a estas Serras que ficam no distrito da Bahia” • 23°. Visconde de Barbacena rejubilava, agradecendo, por escrito, a Agostinho de Figueiredo a boa nova de que as minas de Paranaguá eram ferteis "e duas barretas de prata revelaram a sua fineza." • 24°. A Oficina dos Reais Quintos existia, chefiada por Manuel de Lemos Conde, Provedor das Minas de Paranaguá • 25°. Rodrigo Castelo Branco chega as minas de Paranaguá* • 26°. Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada) • 27°. Borba Gato "empurra" Rodrigo de Castelo Branco num "sumidouro" (buraco de mina) Dia 28 de julho de 1682 Manuel de Borba Gato num impeto, em pleno sertão, assassina tresloucadamente, diante dos dois séquitos pasmados, o enviado de confiança do Príncipe! Não podia acontecer, na jornada à Sabarabuçu, acontecimento mais arrepiador. Tinha ali um epílogo de sangue, e, mais do que epílogo de sangue, finalizava-se em crime de lesa-majestade, a retumbante entrada do caçador de esmeraldas junto aos índios, contacta-o a fim obter informações pertinentes à localização de novas minas. Borba Gato, “tomado de violento ardor, defere-lhe um violento empuxão”. O bandeirante precipita Castelo Branco num sumidouro, num buraco de mina. Em julho de 1682, Rodrigo de Castelo Branco, desembarcara no Brasil. Ele era Superintendente-Geral das Minas e, ciente da experiência do bandeirante paulista Manuel de Borba Gato junto aos índios, contacta-o a fim obter informações pertinentes à localização de novas minas. Borba Gato, “tomado de violento ardor, defere-lhe um violento empuxão”. O bandeirante precipita Castelo Branco num sumidouro, num buraco de mina. [Wikipedia] D. Rodrigo de Castel Blanco està em São Paulo e lá só tinha uma meta: Sabarabuçu! Para tal, fazendo vir das vilas convizinhas os homens de melhor conselho e de maior experiência, homens anciões e de respeito, bota-se D. Rodrigo com eles a "discernir e rumiar as condições, e tempo mais conveniente, para se pôr em execução a jornada ao cerro da Sabarabussú, no descobrimento da prata" (e do ouro). E isso, là dizem pitorescamente as atas da Câmara para que de nenhuma maneira haja de aver falta nem estrovo em se conseguir a jornada de Sabarabussú". E a fim de não aver falta nem estrovo, a Câmara de Taubaté, muito generosamente, apressa-se em oferecer índios seus, a fim de irem plantando roças pelo caminho — "para com fasseledade se conseguir o descubrimento da prata". Mas houve em São Paulo absurda animosidade contra o pràtico de Itabaiana (...). Alardeava aos quatro ventos, com muito e jactancioso palavriado, os seus merecimentos e as suas sabenças. Os de S. Paulo, gente rústica, de pouca fala, enlurados naquele burgo de além-serra, ouviam desconfiados a mentira presunçosa. Detestavam-no. Demais (e aqui, doía-lhes aos paulistas este ponto) eles, os de S. Paulo, ao se "espernearem" por essas serranias afora, à frente de suas bandeiras, là iam à custa do seu bolso, arruinando as próprias fazendas, sem pesarem de uma só placa ao tesouro de el-Rei. D. Rodrigo estava determinado a encontrar Sabarabuçu, ali estava, vivendo como um senhor dom fidalgo, com os custos da jornada largamente pagos, e, por cima, a abocanhar do eràrio reinol a enormidade de seiscentos mil réis. Além de tais larguezas, agora, para se ir à Sabarabuçu, mandalhe ainda o Príncipe abonar, como ajuda, mais a gorda tença de quarenta mil réis! Aquilo assombrava e irava os de São Paulo. Ao mesmo tempo, num contraste gritante, là, pelas tredas matarias dos Cataguazes, hà sete anos jà, padecendo misérias sobre misérias, suportando desgraças e ruínas inenarràveis, dizimado, abandonado, estropeado, desbaratado, mandando vender, para se sustentar, as últimas jóias das filhas, Fernão Dias Paes Leme andava a romper com heroísmos tràgicos, desesperadamente, aquelas serranias bàrbaras onde se acoutavam as esmeraldas e a prata. D. Rodrigo, que era indiferente às esmeraldas e as buscas de bandeirantes, vai com os seus seiscentos e quarenta mil réis, aprestando sossegadamente a sua bandeira. Apresta-a. E ei-lo afinal pronto. Um dia, com muito negro e muito bugre, cargueiros e cargueiros atopetados de mantimentos, o velho mineiro Álvares Coutinho numa rede, carregado a ombro,D. Rodrigo de Castel Blanco lança grandiosamente os seus homens na trilha do caçador de esmeraldas. Vai, tal como o potentado paulista, por aquelas negrejantes rechàs de além-Mantiqueira buscar a nebulosa, a terrível mas sempre fascinante serra branca da prata. Sabarabuçu! Sabarabuçu! E a bandeira abalou. Subitamente chega a notícia, na vilota de São Paulo, estrondeja: Fernão Dias Paes Leme topara com as esmeraldas! Não topara o destemeroso cabo com a tão buscada Sabarabuçu, e nem com a tão buscada prata, é bem verdade. Mas topara com as esmeraldas. Sim, là por aqueles cerradões ermos dos Cataguazes, o velho rompedor-de-mato descobrira enfim as pedras verdes! Descobrira-as à beira da lagoa Vapabuçu. Descobrira-as, apanhara a terçã, e, por fatalidade, morrera subitamente da febre ruim. O filho do bandeirante, Garcia Paes, ao receber do pai moribundo as esmeraldas, botara-as num saquinho de chamalote, e mandara-o com muito lamento a D. Rodrigo. Quê? A D. Rodrigo de Castel Blanco? Os de S. Paulo ouviram, de punhos cerrados, indignadamente, a notícia destemperada. Como teve Garcia Paes coragem de entregar ao patarata a descoberta de Fernão Dias? Pois não via Garcia Paes que D. Rodrigo iria agora, com as esmeraldas nas garras, apregoar perante a corte que fora ele, D. Rodrigo, e não Fernão Dias, o achador das pedras? Aquilo atiçou na vilota iras assanhadas. O padre João Leite, irmão de Fernão Dias, correu à Câmara com o seu protesto: "Eu, o Padre João Leite da Silva, por mim e como irmão do defuncto, o Capitãm Fernão Dias Paes, descobridor das esmeraldas, e em nome da viuva, sua mulher, Maria Garcia, requeiro a suas mercês, huma e muytas vezes, da parte de S. Alteza, q. Deus guarde, que atalhem pelos meios convenientes, a D. Rodrigo Castell Branquo os intentos que tem de apoderar-se das minas de esmeraldas q. o dito meu irmão descobrio..." A "terrinha" piratiningana alvoroçou-se toda. Andavam pelo ar boatos azedados. Propalava-se até que... Súbito, no esfervilhar daquelas zangas, rompe por S. Paulo adentro, estupidificando-o, esta mensagem aterradora: — Borba Gato, o genro de Fernão Dias, assassinara a D. Rodrigo de Castel Blanco! Borba Gato? Ninguém queria acreditar! Apesar de sua cólera, as gentes de S. Paulo não haviam chegado a ponto de cogitar em tão sanhuda ousadia. Sofrear, com protestos e com embargos, diante das justiças, as possíveis raposias de D. Rodrigo, và! Mas assassinà-lo? Assassinar o enviado do Príncipe? Era demasia a que vassalos, por mais alevantados, não se atreviam com ligeireza. No entanto, por desgraça, aquela sacolejante notícia era a verdade nua: Borba Gato, genro de Fernão Dias, assassinara a D. Rodrigo de Castel Blanco! Como? Os dois homens, depois da morte do bandeirante paulista, tiveram, no sertão do Paraopeba, um encontro desafortunado. Borba Gato fora sempre de ânimo perigosamente assomado. D. Rodrigo de ânimo perigosa mente desabrido. Um estava, como todos os paulistas, assanhado contra o espanhol fanfarrão que recebera as esmeraldas. O outro, como todos os renóis, prevenidíssimo contra os paulistas altaneiros que os tratavam de igual para igual. O encontro deles, por isso mesmo, foi àspero. Áspero e breve. Apenas duas ou três frases cortantes: e Borba Gato, num arranco, ali, em pleno sertão, assassina tresloucadamente, diante dos dois séquitos pasmados, o enviado de confiança do Príncipe! Não podia suceder, como remate à jornada das pedras verdes, acontecimento mais arrepiador. Tinha ali um epílogo de sangue, e, mais do que epílogo de sangue, finalizava-se em crime de lesa-majestade, a retumbante entrada do caçador de esmeraldas. Bem sabia Borba Gato, diante daquela fatalidade, do destino cru que o aguardava. Bem sabia das vinganças que iriam desabar sobre a sua cabeça! Por isso não esperou que estalasse contra ele a sanha régia: naquele mesmo dia, fugindo às justiças, o paulista embrenhou-se às correrias por aqueles bosques asselvajados de além-Mantiqueira. Foi viver, segregado dos homens, como hirsuto bicho de mato, dentro do sertão terrificante daquelas paragens brutas. • 28°. Lemos • 29°. Provisão datada do ribeirão de "Sabarabaassú" — Aqui estou, Borba Gato! Vim ver a serra do Sabarabuçu de Vosmecê descobriu... — A serra do Sabarabuçu senhor governador, é aquela que ali esta curvejando no céu... — diz o sertanejo apontando com simpleza uns morros que se alteavam à distância. Nada de extraordinário na serrania ao longe! Não era branca, nem resplandecente, nem de prata. Uma serrania como todas as serranias... — Aquela? Pois é aquela, Borba Gato, a Sabarabuçu? — Venha, senhor governador, venha daí comigo... Artur de Sà, guiado pelo paulista, envereda-se por estreita picada aberta no mato. Ao fim do jornadeio, mal saído do arvoredo, o governador estaca: nas barrancas dum ribeiro que serpenteia perto, magotes de índios mansos, a bateia na mão, estão a lavar areias e cascalhos. — Ouro, Borba Gato? — Ouro, senhor governador; ouro! E diante da surpresa de Artur de Sà: — Os índios destas paragens, a uma boca só, chamam àquela serra, que està ali tapando o horizonte, de Serra do Sabarabuçu. E Sabarabuçu, como Vosmecê vê, não é nenhuma serra branca e resplandecente. A Sabarabuçu é uma serra de ouro! Veja, senhor, veja o ouro sem conta que brota dessas areias...
Atualizado em 30/10/2025 06:41:21 Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961)
• 1°. “Dicionario Portuguez-Brasiliano e Brasiliano-Portuguez”, Frei Onofre Dicionario Portuguez-Brasiliano e Brasiliano-Portuguez (DPB), 1751/1795; da autoria de um certo Frei Onofre; impressão da primeira parte por Frei Veloso (José Mariano da Conceição Vellozo) em Lisboa, 1795; reedição da 1ª e edição da 2ª parte por Plínio Ayrosa, 1934: cerca de 4080 verbetes.BUBUIA Bubúia, palavra usada geralmente na locução adverbial, de bubúia, significa, segundo Beaurepaire Rohan: flutuação ou, conforme o seu emprego geral, áto de boiar, flutuar, sobrenadar, rolar ou deslisar ao sabor das águas. Provenientes de bubúia, temos já vulgarizados em nossa língua o verbo bubuiar e o adjetivo bubuiante, este empregado recentemente pelo ilustre acadêmico Paulo Setúbal em seu formo discurso de posse na Academia Brasileira de Letras. Usando-o em sentido figurado, assim se exprimiu o fulgurante autor em uma das passagens de sua oração: "Entre os que caíram, tronco soberbo, com as grossas raízes mergulhadas fundamente no chão da terra nativa, com a larga fronde a fugir no ouro bubuiante do sol, foi João Ribeiro, etc..." [Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961). Página 59] Vicente de Carvalho também, numa estrofe primorosa de Fugindo ao Cativeiro (1907), empregou o verbo bubuiar para traduzir a impressão que nos causam "as manchas do sol mosqueado a ondulação da relva, pelas abertas da floresta sacudida da aragem": Varando acaso ás arvores a sombra Da folhagem que á brisa arfa e revôa, Na verde ondulação da úmida alfombra O ouro leve do sol babuia á toa; A água das cachoeiras, clara e pura, Salta de pedra em pedra, aos solavancos: E a flôr de São João se dependura Festivamente á beira dos barrancos... [Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961). Página 60] Quanto ao significado do termo estão todos os estudiosos de acordo, embora não consignem as restrições que anotamos. Isto posto, podemos, concordando com a maioria e discordando de alguns, ter por boa a formação da palavra como decorrente da vóz onomatopaica búbú, que se abrandou, na vernaculização, em bubúia, exprimindo o que boia, o que flutua, o que sobrenada como bolhas, como coisa morta que vagueia ou deslisa á flor das águas. No Dicionário Brasiliano de Frei Onofre, a pedra-pômes, a pedra leve, é designada itábubúi e butuitába é o equivalente tupí de boia, flutuador, do mólhe flutuante a que acostam ou amarram canôas. [Termos Tupis no Português do Brasil, 1937. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961). Página • 2°. Bairros existentes em Sorocaba
Atualizado em 30/10/2025 06:41:20 Referências e teorias sobre o nome Itapocu. Correio do Povo, de Jaraguá do Sul. José Alberto Barbosa ![]() Data: 1989 Página 9
• 1°. Carta de Américo Vespucci destinada a Lorenzo Medici* • 2°. Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina • 3°. Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João Ramalho • 4°. Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” Mandou obstruir o caminho que da costa de Santa Catarina ia ter ao Rio da Prata (Assunção) e que era um dos ramos da linha tronco do Peabiru. Esse roteiro fechado inutilmente por Tomé de Souza é o da subia ao planalto a partir do Itapocu. Antigo caminho nativo. [Página 15] • 5°. Ulrico Schmidel chegou a São Vicente • 6°. Partida da expedição de Bras Cubas* Em seguida, arrola numerosas pessoas e expedições que se utilizaram do caminho do Peabiru, indo por ele em várias direções: Cabeza de Vaca e comitiva (1541); Joahnn Ferdinando, de Assunção para Santa Catarina (1549); os campanheiros de Hans Staden em toda para Assunção (1551); Ulrich Schmidel (em 1553) do Paraguai para São Vicente; o Pe. Leonardo Nunes; os irmãos Pedro Correia e João de Souza, Mártires pacificadores dos carijós; Juan de Salazar Espinosa, Cipirano de Góés e Ruy Diaz Melgarejo (1556) com algumas senhoras e soldados; Diogo Nunes viajando para Paraguai e Peru; Braz Cubas e Luiz Martins (1562). • 7°. Mapa de Bartholomeu Velho • 8°. Mapa "Brasilia", de Christoph: AB Artischav Arciszewski • 9°. “Novus Brasiliae Typus”, Jodocus Hondius • 10°. Mapa “Americae nova Tabula”, de Willem & Jan Blaeu • 11°. Mapa "Acuratissima Brasilia Tabula" de Johannes Janssonius • 12°. “O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937) • 13°. Diccionario castellano-guaraní y guaraní-castellano, de Antonio Guasch
Atualizado em 30/10/2025 06:41:19 “Tietê ontem e hoje: preservação ou mudança toponímica e a legislação do ato de nomear. Uma proposta de Lei”. Tese apresentada por Ideli Raimundo di Tizzio à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Semiótica e Lingüística Geral. Orientadora: Profa. Dra. Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick
• 1°. O mais antigo registro conhecido do local é de 1693 e refere-se a uma fazenda de António Cardoso Pimentel que originou o povoado • 2°. Porto Em 1718, devido à descoberta de ouro em Mato Grosso e Goiás, as monções partiam da freguesia de Nossa Senhora Mãe dos Homens de Araritaguaba (atual Porto Feliz). • 3°. Mapa de Jean Baptiste Bourguignon d´Anville (1697–1782) Em 1748, o nome Tietê foi pela primeira vez registrado cartograficamente no mapa D´Anville, com referência apenas ao trecho situado entre a nascente do rio e o salto de Itu. Predominou, desde esta época, para a região, a denominação de “Tietê”, “grande rio”, com relação aos demais rios da localidade. • 4°. Como já dissemos, o número de cachoeiras era muito variável. O Conde de Azambuja, em 1751, diz que o Tietê “é o mais cheio de cachoeiras e das peores”, com o fundo do rio “quase todo de pedra, algumas pra fora onde roçam as canoas (itaupaba)” Precisar o acidente, assim como a sua localização, era fundamental para a sua segura transposição. No relato feito pelo Conde Azambuja, em 1751, há uma descrição do Tietê, os tipos de acidentes mais comuns neste rio e como eram conhecidos: É este primeiro rio a que chamam Tietê o mais cheio de cachoeiras e das piores, é o fundo deste rio quase todo de pedra, sentada por igual, mas com pouco fundo; em algumas partes roçam neles as canoas lhe dão o nome de itaupaba; quando, porém, o fundo é desigual e com pedras espalhadas e em alturas debaixo d´água e as canoas correm risco de virar-se topando nelas lhe chamam sirga, por ser necessário lançarem-se pilotos e remeiros na água e levarem nas mãos as canoas, para irem desviando devagar sem as deixarem tomar força com a correnteza que ali é sempre maior. Se em alguma parte deixam as pedras canal fundo aberto é a que chamam cachoeira que ordinariamente as há onde sirgas, das quais se servem muitas vezes quando nos canais acham grandes dificuldades a vencer (Cleto: 1977, 118). Informa ainda o viajante que o Tietê passou por dois saltos e por 71 cachoeiras e sirgas ao longo do Tietê (idem, 120). Não há identificação de quantas “itaupabas” teriam sido encontradas no caminho. Os termos sirga e itaupaba apresentados pelo Conde de Azambuja são indicados para os locais nos quais as pedras do leito do rio são encontradas próximas a superfície dos rios, o que geraria perigo de virar às canoas. • 5°. Teotônio José Juzarte, que escreveu seu diário de navegação Nos relatos de monçoeiros, verificamos que a maior preocupação era em relação à indicação de perigos e sua localização. A expedição comandada por Juzarte era composta de 36 embarcações e mais de 700 homens, mulheres, jovens e crianças e animais para o povoamento de Iguatemi. O elevado número de integrantes deve-se ao fato de muitos morrerem antes de chegar ao destino, em decorrência de enfermidades, ataques de índios ou de espanhóis. Nenhum destes problemas, contudo, detém tanto a atenção de Juzarte quanto os acidentes geográficos dos rios. Só no Tietê, Juzarte faz um relato minucioso de quarenta e seis cachoeiras que encontrou durante a viagem. Nos relatos de monçoeiros, notamos, igualmente, a indicação dos diferentes acidentes geográficos dos rios. Precisar o acidente, assim como a sua localização, era fundamental para a sua segura transposição. No relato feito pelo Conde Azambuja, em 1751, há uma descrição do Tietê, os tipos de acidentes mais comuns neste rio e como eram conhecidos: É este primeiro rio a que chamam Tietê o mais cheio de cachoeiras e das piores, é o fundo deste rio quase todo de pedra, sentada por igual, mas com pouco fundo; em algumas partes roçam neles as canoas lhe dão o nome de itaupaba; quando, porém, o fundo é desigual e com pedras espalhadas e em alturas debaixo d´água e as canoas correm risco de virar-se topando nelas lhe chamam sirga, por ser necessário lançarem-se pilotos e remeiros na água e levarem nas mãos as canoas, para irem desviando devagar sem as deixarem tomar força com a correnteza que ali é sempre maior. Se em alguma parte deixam as pedras canal fundo aberto é a que chamam cachoeira que ordinariamente as há onde sirgas, das quais se servem muitas vezes quando nos canais acham grandes dificuldades a vencer (Cleto: 1977, 118). Informa ainda o viajante que o Tietê passou por dois saltos e por 71 cachoeiras e sirgas ao longo do Tietê (idem, 120). Não há identificação de quantas “itaupabas” teriam sido encontradas no caminho. Os termos sirga e itaupaba apresentados pelo Conde de Azambuja são indicados para os locais nos quais as pedras do leito do rio são encontradas próximas a superfície dos rios, o que geraria perigo de virar às canoas. • 6°. Carta da Parte Conhecida da Província de S. Paulo; Robert Hirnschrot • 7°. Plínio Ayrosa (1930: 267), em um parecer para o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo • 8°. Pedro Taques e seu tempo • 9°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?
Atualizado em 30/10/2025 06:41:24 Primeiras Noções de Tupi, 1933. Plínio Marques da Silva Ayrosa (1895-1961)
• 1°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava Boassára - (mbo-açá-ára) - o que faz passar, o passadouro, o atravessadouro, a ponte, o vau dos rios, o caminho que leva á outra margem. • 2°. Mapa Corográfico da Capitania de São Paulo que por ordem do Ilustríssimo e Exm° Sr. Bernardo Jozé de Lorena Governador e Capitão General da mesma Capitania, 1791 Potribú - (potyr-ybú) -a água que borbota entre flores, a fonte das flores.
Atualizado em 30/10/2025 06:41:22 Comentários sobre o Livro VIII, 1937
Vocabulário na Língua Brasílica, obra de um jesuíta do século XVI 1938. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Temas (2): Jesuítas, Nheengatu • Paraguai quer reaver troféus de guerra, mas devolução divide historiadores (noticias.uol.com.br) 27 de julho de 2024, sábado
Análise do discurso geográfico (representações espaciais) nas obras Martim Cererê (1928) e Marcha para oeste (1940) de Cassiano Ricardo; O Estrangeiro (1926) e Geografia sentimental (1937) de Plínio Salgado 2018. Atualizado em 09/09/2025 12:31:39 Relacionamentos • Cidades (3): Bertioga/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP • Pessoas (5) Cassiano Ricardo Leite, Lewis Henry Morgan, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Plínio Salgado (4 anos), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982) • Temas (3): Nheengatu, São Paulo de Piratininga, Tupis
Atualizado em 30/10/2025 06:41:19 Curiosidades sobre o rio Anhembi ![]() Data: 2024
Atualizado em 30/10/2025 06:41:18 Plínio Marques da Silva Ayrosa, consulta em Wikipédia ![]() Data: 1962 01/01/1962
Atualizado em 30/10/2025 06:41:18 Paraguai quer reaver troféus de guerra, mas devolução divide historiadores (noticias.uol.com.br)
• 1°. “melhor gente que de todas as outras capitanias” • 2°. Vocabulário na Língua Brasílica, obra de um jesuíta do século XVI
Consulta em literaturabrasileira.ufsc.br 27 de março de 2024, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Pessoas (1) José Mariano da Conceição Veloso (1742-1811) • Temas (1): Nheengatu
Atualizado em 30/10/2025 06:41:25 Plínio Ayrosa (1930: 267), em um parecer para o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo ![]() Data: 1962 01/01/1962
• 1°. “Tietê ontem e hoje: preservação ou mudança toponímica e a legislação do ato de nomear. Uma proposta de Lei”. Tese apresentada por Ideli Raimundo di Tizzio à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Semiótica e Lingüística Geral. Orientadora: Profa. Dra. Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick 2008 Potribú - (potyr-ybú) -a água que borbota entre flores, a fonte das flores.
• 1°. Mapa Nova et Accurata Brasiliae totius Tabula de Pieter Schenk Plínio Ayrosa (1930: 267), em um parecer para o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, contestou a origem indígena do vocábulo, afirmando que o nome Tietê não fora atribuído por índios, mas por portugueses, mesmo porque, nem pelo seu volume, nem pela comparação com outros cursos d´água, os índios seriam levados a atribuir-lhe o significado de rio grande. Ayrosa defendia esta posição devido ao fato que o Tupi foi língua falada no século XVI e XVII por todos os habitantes, indígenas, brancos e mamelucos. • 2°. Curiosidades sobre o rio Anhembi A opinião de Plínio Ayrosa Sobre o Brasilbook.com.br |