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Domingos Rodrigues
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  Domingos Rodrigues
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  31/10/2025 11:57:22º de 13
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1934
Atualizado em 31/10/2025 09:23:12
“O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
•  Cidades (10): Cuiabá/MT, Itanhaém/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (60): Alfredo Ellis Júnior (38 anos), Álvaro Rodrigues do Prado (1593-1683), Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Ana Luís Grou (1579-1644), Anthony Knivet (1560-1649), Antonio Bicudo de Brito (1615-1662), Antônio Gomes Borba, Antônio Pedroso de Alvarenga (f.1643), Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Salema, António Teles da Silva (1590-1650), Ascenso Ribeiro, Baltasar Gonçalves Malio (1573-1667), Belchior da Costa da Veiga, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Bernardo Bicudo (1580-1650), Cacique Tayaobá (1546-1629), Cláudio Furquim "Francês" (1590-1665), Clemente Álvares (1569-1641), Cristovão de Aguiar Girão, Diogo de Unhate (1535-1617), Fernando de Camargo, o Tigre (1595-1679), Fernão Paes de Barros (n.1632), Francisco da Gama (1570-1612), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Rendon de Quevedo, Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar Colaço, Jerônima Fernandes (1578-1630), Jerônimo Bueno, Jerônimo Leitão, João Bicudo de Brito (1607-1653), João de Sant´Ana (f.1612), João IV, o Restaurador (1604-1656), João Luiz Mafra, João Mendes Geraldo, João Paes (1580-1664), João Pereira Botafogo (1540-1627), Jorge Correa, Luís Eanes Grou (1573-1628), Luiz Castanho de Almeida (n.1614), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Manuel Preto (1559-1630), Martim Correia de Sá (1575-1632), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mateus Luís Grou (n.1577), Nicolau Barreto, Paulo do Amaral (f.0), Pedro da Motta Leite, Pedro de Souza Pereira "o velho" (1610-1673), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Sebastião de Freitas (1565-1644), Sebastião Fernandes Camacho, Sebastião Fernandes Preto (1586-1650), Sebastião Marinho, Simão Borges Cerqueira (1554-1632), Teodoro Fernandes Sampaio (79 anos), Tristão de Oliveira, Vasco da Mota
•  Temas (33): Assunguy, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Mar, Caminho do Piquiri, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Guerra de Extermínio, Habitantes, Léguas, Maracayú, Metalurgia e siderurgia, Paraúpava, Peru, Piqueri, Pirapitinguí, Rio Araguaia, Rio da Prata, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Mbororé, Rio Paraná, Rio Uruguai, Rio Verde, Rio Waivaicari, Vaivary, Verde, Sabarabuçu, Sertão dos Patos, Tamoios, Temiminós, Tordesilhas, Vila Rica “Castelhana”, Villa Rica del Espírito Santo
O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano
Data: 1924
Créditos: Alfredo Ellis Junior
Página 150
    Registros relacionados
1 de novembro de 1585, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 08:31:39
1°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
Muito espaçados eram, porém, os assomos da gente piratiningana na luta agressiva ao selvagem, pelo menos não era eles vultuosos, a ponto de deixarem sulco na História, pois só onze anos mais tarde se assinala outra expedição ao sertão, que foi chefiada por Jerônimo Leitão, capitão-mór da Capitania de São Vicente, em 1585,da qual fizeram parte Diogo de Onhatte, escrivão da Câmara de São Paulo, Diogo Teixeira de Carvalho, Affonso Sardinha, Antonio de Proença, o moço fidalgo da Câmara do Infante Dom Luiz, Sebastião Leme, Manuel Ribeiro, Paulo Rodrigues, Manuel Fernandes Ramos, Domingos Dias, o velho, padre Sebastião de Paiva, Salvador Pires, o moço, e Affonso Dias. ("Archivo Municipal de São Paulo", "Livro do Tombo").
1590. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
2°. O capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos
Cinco anos mais tarde o capitão Sebastião Marinho, á frente de uma pequena expedição, atingiu as nascentes do Tocantins, em Goyaz, descobrindo, segundo consta, metais preciosos. Foi esta expedição registrada, em um mapa castelhano da segunda metade do século XVIII, mapa este constante da brilhantíssima coletânea, organizada pelo erudito mestre Dr. Taunay, diretor do Museu Paulista.
5 de outubro de 1596, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:28
3°. Onde
Amiudando-se as entradas dos paulistas, que intensificavam a sua ofensiva, encontramos logo no ano seguinte de 1595 o capitão Manuel Soeiro, capitaneando outra léva de bandeirantes contra os carijós. Nela tomou parte Sebastião de Freitas, o antigo soldado de Gabriel Soares, que em 1596 de novo se achava em São Paulo.

Foi neste de 1596, que saiu de São Paulo a mais importante das bandeiras, até então registradas. Parece-nos ter ela tomado rumo norte, pelo vale do rio Parahyba, indo capitaneada pelo Capitão Mór João Pereira de Sousa Botafogo, a fazer "guerra da Parnahyba, conforme rezam os documentos.

Saiu ela de São Paulo no mês de outubro de 1596, na mesma ocasião em que do Rio partia a gente de Martim de Sá, que ia contra os Tamoyos, orientado conforme o roteiro, que Knivet nos legou.

Por esse itinerário de Knivet, a arrancada de Martim de Sá deveria ter arribato em Paraty, subido a serra do Mar, atravessados os campos de Cunha, e em seguida transposto os rios Parahytinga e Parahyba, justamente na ocasião em que julgo estar trilhando essas regiões a bandeira de Botafogo, que por São Miguel deveria ter chegado ao vale do Parahyba.

É possível terem sido Botafogo á gente de armas de Martim, indo com eles perlustrar os sertões do rios Verde e Sapucahy, na faina da destruição dos restos da tribo tamoya.

É preciso ficar em memória que é apenas um hipótese a aventada. É possível e quiçá provável mesmo que seja a de João Pereira de Sousa Botafogo, um empreendimento diverso do de Martim de Sá, cujo itinerário Knivet descreve.

Basílio de Magalhães, no seu já citado "Expansão geográfica", diz que a expedição de Martim de Sá, composta de 700 portugueses e 2000 nativos, teria partido não em 1596, como supúnhamos, mas em 14 de outubro de 1597, isto é, um ano após.

Sendo assim, vê-se que nada teria de comum uma expedição com outra, a não ser a região do Parahyba percorrida por ambas. O que parece não restar dúvidas é quanto a participação dos paulistas na expedição de Martim de Sá. Esta teria sido uma reedição da de Salema, vinte e três anos antes. [O Bandeirismo Paulista e o recuo do meridiano, 1924. Alfredo Ellis Junior. Página 39. Páginas 55 e 56]
Julho de 1597. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03
4°. Retorno*
Os paulistas que acompanharam João Pereira de Sousa Botafogo, elevam-se a mais de uma centena, além do corpo de nativos. Dentre eles, porém, só consegui assinalar os seguintes:

Capitão João Pereira de Sousa Botafogo (cabo da tropa), capitão Francisco Pereira, João do Prado, o velho, e seu genro Miguel de Almeida de Miranda, Sebastião de Freitas, Gaspar Collaço Villela, Estevam Martins, Simão Borges de Cerqueira, João Bernal, Francisco Farel, Vasco da Motta, Antonio Castilho, Antonio Pinto, João de Santa Anna, Miguel Gonçalves. Diogo Ramires, Ascenço Ribeiro, Francisco da Gama, Braz Gonçalves, o velho, Tristão de Oliveira, Antonio Zouro, Antonio de Andrade... de Barros, Pero Velho, Mathias Gomes, Antonio Pereira e Capitão Domingos Rodrigues (velho).

Deveriam ter ocorrido importantes fatos durante a "guerra da Parnahyba", pois, em julho de 1597, o chefe da entrada, Botafogo foi preso, sendo obrigado a passar o comando a Francisco Pereira, que trouxe a bandeira a São Paulo, onde chegou nos últimos meses do ano, tendo-se demorado no sertão pelo espaço de ano e maio.
23 de dezembro de 1600, sábado. Atualizado em 24/10/2025 21:21:44
5°. Retorno
Longos anos permaneceu internada no sertão a expedição de Domingos Rodrigues, pois tendo partido de São Paulo como parte integrante da expedição de João Pereira de Sousa Botafogo, como dissemos acima, em outubro de 1596, somente chegou a São Paulo em 23 de dezembro de 1600, isto é, mais de quatro anos depois. É o que nos demonstra o inventário de Francisco da Gama, um dos expedicionários, que faleceu em fevereiro de 1600, ainda no sertão, onde o capitão Domingos Rodrigues procedeu ao arrolamento dos bens, que o falecido trazia consigo ("Inventários e testamentos", v. I.o., 339). Só foi iniciado judicialmente em São Paulo esse inventário a 23 de dezembro do mesmo 1600, pela volta da expedição. ("Inventários e testamentos", I.o., 335).
18 de julho de 1603, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:31
6°. O procurador do Conselho, João de Sant´Ana, um dos signatários da carta
Além deste preciosíssimo documento, existe um outro também municipal, publicado em "Actas", vol. II,130, mais eloquente ainda em elucidar a verdadeira região, caminhada pela expedição sob exame. Este documento confirma o supra citado completando-o. Trata-se de uma carta escrita ao Governador Geral Diogo Botelho, pelos oficiais da Câmara Paulistana, sobre a terça parte dos nativos apresados pela expedição de Nicolau Barreto, que segundo corria, seria tomada para o governo.

Tem essa carta a data de 18 de julho de 1603,

"... a cometer entada tam perigosa e de tão pouco proveito que para se aviarem qualquer pobre fez mais gasto do que se espera trazer de proveito e ainda já tão rota a fama e esta provisão posto que nos a não temos vto. que areseamos se mãde ao sertão recado do conteúdo na provisão e eles sabendo corre mto. risco vir nhu de la se não vense caminho do piquiri que é província do rio da Prata de que resultaria muito mal a esta capitania...".

Prova este documento, que Nicolau Barreto estava para atravessar, na volta a São Paulo, um chamado caminho do Pequiry, que é certamente o afluente do rio Paraná, situado na então província do Rio da Prata, que por força de Tordesilhas, abrangia o Guayrá, hoje Estado do Paraná. Queremos crer que o chamado caminho do Pequiry seja o passo do rio Paraná, na foz do rio Pequiry, onde justamente o grande caudal se estreita sobremaneira, para se precipitar do alto da serra de Maracajú, nas Sete Quedas. Por ai, talvez, Barreto tenha passado para o Paraguay penetrando, assim, no vice reinado do Perú, que então abrangia, também, a enorme área boliviana, em cordilheira andina. [Páginas 23, 24 e 25]
13 de janeiro de 1606, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 12:00:28
7°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
Quanto ao roteiro seguido pela expedição, engaram-se profundamente o dr. Derby e os que produziram a opinião deste notável sábio, afirmando que Nicolau Barreto, com sua expedição, rumou o norte, penetrou nas gerais e atravessando o rio das Velhas, pelo vale, do São Francisco, chegou ao Paracatú, nas proximidades do território goyano, pelo extremo, segundo o saudoso historiador americano, atingido pela leva em questão.

Tivesse sido esta a região percorrida, pela expedição, não se justificaria ser ela a detentora, até aquela data do "record" de penetração do nosso hinterland conforme faz certo a estafadíssima carta de 13 de janeiro de 1606; Marinho e Domingos Rodrigues foram muito além. Documentos existem, porém, que prova, ex abundantia, ter Barreto tomado rumo sudoeste e nunca trilhado as regiões, que a miragem do nome de Paracatú levou o dr. Derby a se desviar do bom caminho, no pesquisa histórica.
Agosto de 1606. Atualizado em 25/02/2025 04:45:50
8°. Expedição*
18 de fevereiro de 1607, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04
9°. Diversos homens poderosos, cujos nomes por essa razão não são talvez mencionados, revéis e desobedientes aos mandos das justiças, se aprontavam para ir aos carijós
8 de março de 1607, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 06:55:44
10°. Ebirapoeira, na qual se fabricavam coisas para resgate: Testamento de “Belchior casado com Hilária Luís Grou, tio de Domingos Fernandes”
26 de junho de 1608, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:05
11°. Falecimento de Belchior Dias, Raposo Tavares assume o comando
O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado.

Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...)
1 de agosto de 1608, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 04:04:50
12°. Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves
Depois dessa empreitada, temos a assinalar a que chefiou Martim Rodrigues Tenório, que, em agôsto de 1608, desceu o Tietê com os seguintes companheiros, dentre os muitos, que compunham a expedição: Antônio Nunes, Baltasar Gonçalves, Braz Gonçalves, Diogo Martins, João de Santana, João Pais, Manuel de Oliveira e Lourenço Gomes de Ruxaque. ("Inventários e Testamentos", vol. II, pág. 357; vol. III, pág. 255; e vol. IX, pág. 23).

O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado.

Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...)
Dezembro de 1608. Atualizado em 25/02/2025 04:45:36
13°. Raposo*
31 de outubro de 1610, domingo. Atualizado em 28/10/2025 13:27:33
14°. Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro
Em seguida ás bandeiras de Martim Rodrigues e de Belchior Dias Carneiro, durante todo o ano de 1609, não conseguimos encontrar referência alguma a qualquer expedição ao sertão. No ano seguinte, porém, de 1610, em outubro, encontramos Clemente Alvares e Cristovam de Aguiar, e muito provavelmente Braz Gonçalves (o mesmo que acompanhou a bandeira aniquilada de Martim Rodrigues aos "bilreiros"), a ponto de penetrar no sertão dos "carijós", pelo porto de Pirapitinguy (Tietê), conforme se vê de um protesto, aparentemente enérgico, dos oficiais da Câmara Paulistana.
1 de janeiro de 1612, domingo. Atualizado em 06/07/2025 18:48:39
15°. Carta de Bartholomeu de Toralea
Agosto de 1612. Atualizado em 24/10/2025 04:34:17
16°. Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo*
De fato, não era só com o uso da violência que os índios, em especial os carijós, foram descidos e levados a São Paulo. Os métodos persuasórios eram amplamente utilizados: faziam-se promessas de variados tipos, promovia-se a reunião de parentes e formavam-se redes de alianças. Sobre estes métodos, ver: MONTEIRO, John. “Os Guarani e a História do Brasil Meridional” In: CUNHA, M. História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1982. p. 475-498. Neste sentido, é famosa a carta do vilariquenho Bartolomeu de Torales, em 1612, comentando como Sebastião Preto, de São Paulo, havia utilizado com os caciques de “puras dádivas” para atraí-los, com suas aldeias, para a vila vicentina. “Carta de Bartolomeu de Torales a Diego Marin Negron”. Anais do Museu Paulista, Tomo I, 2a Parte, p.158.
20 de dezembro de 1612, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 10:04:54
17°. “desde 1611 os portugueses de São Paulo entravam “de roldon” sacando e levando os índios. Dizia que, com isso, já tinham ido embora mais de três mil índios, e que, não fossem as ações de Torales e de Añasco, que mantinha alguns caciques presos, a região já teria se despovoado”
18 de outubro de 1628, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
18°. Bandeirantes
10 de janeiro de 1629, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
19°. Bandeira comandada por Mateus Grou no Assungí
De São Paulo, as nascentes do Assuguy medem, em linha reta, cerca de 400 quilômetros, o que quer dizer, que a expedição teve a vencer pelo menos 600 quilômetros, através de obstáculos naturais de todo o gênero, devendo levar para chegar ao seu alvo pelo menos três meses, de onde se conclui que, em janeiro de 1629, devia a expedição estar trilhando as proximidades de Ibiaguira, ou num raio de 50 quilômetros, justamente, onde o falecimento de Luiz Eanes, nessa ocasião, denúncia a presença da expedição de Matheus (inicio do inventário de Luiz Eanes, 10 de janeiro de 1629).

Há ainda a coincidência extrema de que expedicionários, como Antonio Grou, figuram simultaneamente na lista dos companheiros de Manuel Preto, da "Relacion de los agrabios", e na expedição de Matheus Grou. Existe outro argumento ainda mais notável e interessante. É que Balthazar Gonçalves Malio, fazendo parte da expedição de Matheus Grou, sendo assinalado diversas vezes no inventário sertanejo de Luiz Eanes, saiu de São Paulo com a expedição de Manuel Preto, a 18 de outubro de 1628, conforme prova o testamento de sua mulher Jeronima Fernandes, feito em 5 de janeiro de 1630, onde diz:

"... e porque o dito meu marido de presente está ao sertão na companhia de Manuel Preto..."

Sendo que Balthazar só aparece no inventário em setembro de 1631. Não ha, pois, que duvidar terem havido estreitas ligações de organização entre as duas expedições mencionadas; e a ser assim como se evidencia, a lista dos integrantes, conhecidos de Guayrá, pode ser aumentada de vinte e três nomes identificados: [Páginas 55, 56 e 57]
10 de janeiro de 1629, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:11:07
20°. Estão no Alto do Tibagy
5 de janeiro de 1630, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:45:49
21°. Documento
Setembro de 1631. Atualizado em 24/10/2025 02:18:30
22°. Inventário de Jerônima Fernandes*
17 de março de 1635, sábado. Atualizado em 30/10/2025 04:03:47
23°. Partida
Ficando, exuberantemente, provado ter esta expedição de 1635 tomado o caminho marítimo, para o sertão rio-grandense, onde eram os Patos, passemos a acompanha-la no seu roteiro.

Vinte dias, mais ou menos, deveriam os barcos ter levado, na rota de Santos ao Rio Grande do Sul, pois que eram meio de transporte infinitamente mais rápidos do que as longas caminhadas, pelos sertões agrestes, da via terrestre.

Deveria a expedição, em questão, ter desembarcado, ou na Laguna, em Santa Catarina, justamente onde passava o meridiano de Tordesilhas, e que dessa época, em diante, foi muito frequentada pelos expedicionários paulistas, como faz certo o inventário do paulista Custódio Gomes, 1638. Teriam já, nessa longínqua época a "advocacia administrativa" e a "negociata", implantado o seu terrível domínio nas nossas plagas?
12 de maio de 1635, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:24:22
24°. Pero da Motta Leite deu licença a uma bandeira tendo por cabeças Ascenço de Quadros, Pero de Oliveira e João Missel Gigante
3 de fevereiro de 1639, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03
25°. Ordem
3 de abril de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:39:52
26°. D. João IV foi reconhecido soberano em São Paulo
No volume VII, Suplemento do "Registro Geral", página 251, vem impresso esse auto de aclamação, com a respectiva certidão, com a data de três de abril, provando que o fato, em absoluto, não teve lugar em maio, nem em outra data qualquer. Assim dizem os documentos:

"... o vereador mais velho Paulo do Amaral arvorou o dito pendão por três vezes dizendo em cada uma Real Real Real por El Rei dom João IV de Portugal respondendo a cada uma destas vezes todos os circunstantes com mil vivas e júbilos em o dito altar que estava preparado em o qual assistia o reverendo padre vigário revestido com o sobre peliz e estola em um livro dos Santos Evangelhos ou missal jurou nele o dito capitão mór João Luiz Mafra de conhecer e manter por estes reinos de Portugal o senhor dom João o IV rei de Portugal prometendo-lhe a menagem desta capitania e que a não entregaria senão a sua real majestade ou a seu certo recado e acabado tornou o dito vereador a tremular o dito pendão três vezes dizendo Real Real por El Rei dom João IV de Portugal a quem seguiam os vivas e júbilos dos mais circunstantes e saindo da dita procissão a casa do conselho donde havia de ficar o dito pendão por remate de tudo antes de se recolher o dito vereador fez as ditas cerimônias arvorando três vezes o dito pendão ao que seguiu a acostumada e aprazível voz de todos com mil vivas e júbilos por aqui se deu fim a esta tão festejada como alegre cerimônia de que mandaram fazer este auto de juramento e obediência e eterna na vassalagem e sujeição ao dito senhor rei dom João IV de Portugal em que assinara e eu Manoel Coelho escrevi. João Luiz Mafra, Antonio Raposo Tavares, Francisco Pinheiro Raposo, João Fernandes de Saavedra, Paulo do Amaral, João Martins de Heredia, ... Miguel Garcia Carrasco ..., frei João da Graça, dom abade de São Bento frei Manuel de Santa Maria ... Custódio, frei Francisco dos Santos guardião ambos de São, Fernão Dias Paes, Antonio Pompeu de Almeida, Francisco Rodrigues da Guerra, O licenciado Francisco de Chaves, o vigário Manuel Nunes, Francisco Velho de Moraes, João Ferreira Coutinho, Lourenço Castanho Taques, Victor Antonio e Castro Novo, padre Manuel Madureira Bernardo de Quadros, dom Francisco de Lemos, Manuel Lourenço de Andrade, Luiz Rodrigues Cavalheiro, Balthazar de Godoy, Claudio Furquim, Manuel Mourato Coelho, Domingos da Rocha, frei Vicente de Brito, frei Antonio de Santo Estevam, frei Domingos da Luz, frei Domingos da Encarnação, Antonio Pedroso de Alvarenga, Antonio Ribeiro de Moraes, Ascenso Ribeiro, João Raposo Bocarro, Francisco da Fonseca Prado Falcão, Gregório Fernandes, Francisco Martins. [Páginas 121, 122 e 123]

Veio, pois, como se vê, a descoberta destes dois documentos de publicação oficial desfazer uma dúvida e um erro que se acentuavam na nossa história: pois a já mencionada obra de Ermelino de Leão, recentissimamente saída a lume, muito convictamente afirma: não haver documentos que provem as aclamações tido lugar nos primórdios de abril. É que o escritor paranaense não teve a necessária argucia de proceder á devassa da documentação impressa, deixando de compulsar os volumes do "Registro Municipal".

A causa, porém, desse erro que ameaçava se enraizar nas páginas história, está no pouco cuidado dos que a tem estudado se limitando a copiar o já impresso, abstendo-se das pesquisas originais, pois que chegam muitos historiadores a ignorar o nome do próprio governador da capitania nesse ano de 1641!!! Parece incrível que se tenha afirmado ter sido o capitão-mór nessa época um tal de Luiz Leme (talvez atribuindo a Luiz Dias Paes Leme, o sertanista, já nosso conhecido), quando é certo não figurar nos documentos esse nome como exercendo o mencionado cargo da governança! Ermelino de Leão, corrigindo esta asserção, diz que o capitão mór na ocasião foi Francisco Pinheiro Raposo e, naturalmente, o mesmo signatário do auto de aclamação de dom João IV, como vimos acima.

A emenda nos parece tão errada quanto o soneto, pois o capitão mór era João Luiz Mafra, como se vê dos documentos impressos, estando de acordo com a verdade do saudosíssimo João Mendes, que isso afirmava.

Reintegrada, pois, a verdade histórica e banida qualquer dúvida existente sobre a verdadeira data das aclamações, com elementos irrefutáveis, como os que estampamos acima, estão elas definitivamente perpetuadas na nossa história, marcando os episódios, que tanto enobreceram o caráter paulista. [Páginas 125 e 126]
Setembro de 1641. Atualizado em 23/10/2025 17:27:03
27°. Paulistas estariam no "sertão"*
18 de setembro de 1641, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:12:43
28°. Na sessão da Camara de São Paulo, de 28 de setembro de 1641, declarava o procurador do conselho Miguel Carrasco, aos seus pares, que "a sua notícia era vindo que se aviaram desta vila mais de setenta moradores dele para irem ao sertão contra as leis provisões e proibições de Sua Majestade"
Agosto de 1642. Atualizado em 24/10/2025 03:39:05
29°. Bandeira que em setembro do ano passado estava no sertão deveria ter voltado a São Paulo, data em que foi iniciado o inventário de Sebastião Gonçalves*
1643. Atualizado em 01/09/2025 01:52:37
30°. Expedição de Jerônimo da Veiga
1645. Atualizado em 01/09/2025 02:42:20
31°. Expedição de Sebastião Machado Fernandes Camacho
1646. Atualizado em 23/10/2025 17:12:23
32°. Chegada a São Paulo da bandeira de João Mendes Geraldo
Fevereiro de 1646. Atualizado em 01/09/2025 02:51:00
33°. Partiu de São Paulo, para o sertão, uma formidável bandeira*
Outubro de 1646. Atualizado em 01/09/2025 02:47:07
34°. Carta do governador geral Antonio Telles da Silva, capitão mór da Bahia, aos officiaes da Camara paulista*
1653. Atualizado em 24/10/2025 02:55:16
35°. Parte de S. Paulo uma leva anonyma que após tres mezes de viagem aspera, chegou a Sabarabussú
Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”.
20 de maio de 1653, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 05:01:37
36°. Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para Iguape
Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”.
Janeiro de 1661. Atualizado em 01/09/2025 01:31:51
37°. Expedição deveria estar de retorno ao povoado paulistano*
1718. Atualizado em 25/02/2025 04:46:33
38°. Porto
notável esforço dedicado, não apenas, mas principalmente por Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) em desprezar Sorocaba. Dentre as 262 páginas do “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, somente na 249, ao tratar o Bandeirismo em declínio escreve:

Quando o nascer de século dos setecentos presenciava as múltiplas descobertas auríferas, por entre as fragas das serranias centro-minerais, coroando os esforços tenazes da gente paulista, lavrou o cruento destino o decreto irremovível do declínio do bandeirismo.

E, então, foi Ararytaguaba (Porto Feliz) a dolorosa sangria, dilatadamente aberta nas veias paulistas, de onde jorrara, para as bandas de além, o sangue aos borbotões das forças sertanistas, despovoando o berço piratiningano, para povoar os extensos territórios goyano e cuyabano, com a imensa aluvião de exploradores do ouro.

Eis os últimos degraus que descemos, no ingrato setecentismo, onde nos demoramos, por longissimas décadas, até que a cruzada nobilitante do trabalho inicia a sem dúvida pela gente campineira sorocabana, ituana e paulistana em que germinaria finalmente, a semente hereditária do bandeirismo, veio a nos trazer a segunda e definitiva fase da grandeza da nossa pátria paulista que tem como pedestal o maior monumento agrícola, jamais existido na superfície do planeta (...)
1720. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
39°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628
13 de janeiro de 1750, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:10
40°. Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid
Como dissemos, os cursos do grande rio e de seus numerosíssimos afluentes não foram por Castella aproveitados, para a penetração de suas vastíssimas colonias, ficando a bacia amazônica ao abandono. Por isso não foi difícil aos missionários religiosos, portugueses, no século XVIII, aí penetrar, fundando núcleos, que foram marcos possessórios, que valeram perante o tratado de 1750, que mais ou menos contornou o Brasil de hoje.
Janeiro de 1934. Atualizado em 25/02/2025 04:47:03
41°. Bandeira*
Janeiro de 1934. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05
42°. Apenas três vereadores*
2014. Atualizado em 29/09/2025 23:04:25
43°. O ITINERÁRIO DAS APARIÇÕES. AYVU RAPYTA E A PALAVRA DE LEÓN CADOGAN.




  Domingos Rodrigues
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1969
Atualizado em 31/10/2025 09:23:15
Dados para a História dos Índios Caiapó; Mario Abdo Neme (1912-1973)
•  Cidades (2): Itu/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Garcia Rodrigues (1510-1590), Mario Abdo Neme (57 anos), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Timacauna
•  Temas (15): Apoteroby (Pirajibú), Bilreiros de Cuaracyberá, Caiapós, Cavalos, Ciclo da Paraupava, Estradas antigas, Goayaó, Lagoa Dourada, Paraúpava, Pirapitinguí, Porto em Sorocaba, Portos, Putribú, Rio Anhemby / Tietê, Temiminós
Dados para a História dos Índios Caiapó
Data: 1969
Créditos: Mário neme
Página 115
    Registros relacionados
9 de março de 1607, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:46
1°. Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais
Pouco se sabe da história dos índios Caiapó ou Bilreiros nos dois primeiros séculos do povoamento. Em 1607, o sertanista Belchior Dias Carneiro, "língua da terra", comandava uma expedição no rumo de sertões desconhecidos; para Carvalho Franco ela se destinava à "região dos bilreiros ou caiapós" que compreendia "o Rio Tietê abaixo, indo para Mato Grosso e para Goiás".

Na bibliografia paulista, essa seria a primeira referência por ordem cronológica aos Caiapó em relação com sertanistas de São Paulo. Depois, disso, pouco aparecem na documentação até cêrca de un século mais tarde, quando passam a ser continuamente citados, em razão das proezas que praticam contra viajantes de Cuiabá e também por causa da guerra implacável que os brancos lhes movem.

Realmente, a maior soma de informações a respeito dos Caiapó ou Bilreiros começa a aparecer a partir de 1720,marcando esta data o início de um período em que êles são a todo momento apontados como índios gu·erreiros evolantes. Não obstante, essa disposição de ânimo dos Caiapó era já denunciada na segunda metade do século antecedente, ocasião em que ocupavam a área araguaiana do Planalto Central. A respeito de uma bandeira paulista que desde 1671 se havia arranchado junto das cabeceiras do Tocantins, informava em 1676 o padre Antônio Raposo que no ano anterior,"passando pelo sítio onde se tinha alojado o cabo da tropa de Sã. [Página 103]
1 de dezembro de 1607, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:00
2°. Os oficiais da Câmara Municipal da vila de São Paulo dizem ter recebido a notícia de que "Belchior Rodrigues, de Birapoeira, com forja de ferreiro, queria ir para "Piassava das Conoas", onde desembacarvam carijós e que era um prejuízo para esta vila"
1 de agosto de 1608, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 04:04:50
3°. Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves
Sabemos que num dos portos do Tietê (Putribu-Pirapitingui) os homens das entradas também se reuniam para iniciar a caminhada, no rumo do sertão, a pé ou a cavalo; como sabemos que Martim Rodrigues estivera antes - com um bando chefiado por Domingos Rodrigues - na região do Paraúpeva: no seu inventário, aberto por não regressar desta entrada de 1608, constava "uma negra por nome Guayá digo da nação Guoayá", escrava "da entrada de Domingos Rodrigues de Paraúpeva", além de um bom número de escravos Tememinó.

Não há certeza, porém, quanto à identidade de seus matadores; apenas - acrescentamos - a de que não foram os Bilreiros. Como referiremos adiante, entende Roque Leme da Câmara que os expedicionários chegaram até o Rio Pará, contrapondo-se-lhe Carvalho Franco dizendo que "ao certo seria na célebre região do Paraúpava".
Novembro de 1613. Atualizado em 30/10/2025 06:18:01
4°. Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás*
Pouco se sabe da história dos índios Caiapó ou Bilreiros nos dois primeiros séculos do povoamento. Em 1607,o sertanista Belchior Dias Carneiro, "língua da terra",· comandava uma expedição no rumo de sertões desconhecidos ;para Carvalho Franco ela se destinava à "região dos bilreiros ou caiapós" que compreendia "o Rio Tietê abaixo, indo para Mato Grosso e para Goiás" [F. A . Carvalho Franco , "Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil", ed. Comissão IV Centenário de São P aulo, São P aulo, 1953, pgs. 101 e 340].Na bibliografia paulista, essa seria a primeira referência por ordem cronológica aos Caiapó em relação com sertanistas de São Paulo ( 2 ). Depois, disso, pouco aparecemna documentação até cêrca de wn século mais tarde, quandopassam a ser continuamente citados, em razão das proezasque praticam contra viajantes de Cuiabá e também porcausa da guerra implacável que os brancos lhes movem.Realmente, a maior soma de informações a respeito dosCaia pó ou Bilreiros começa a apareoer a partir de 1720,marcando esta data o início de um período em que êlessão a todo mom.ento apontados como índios gu·erreiros evolantes. Não obstante, essa disposição de ânimo dos Caiapó era já denunciada na segunda metade do século antecedente, ocasião em que ocupavam a área araguaiana do Planalto Central. A respeito de uma bandeira paulista que desde 1671 se havia arranchado junto das cabeceiras do Tocantins, informava em 1676 o padre Antônio Raposo que no ano anterior,"passando pelo sítio onde se tinha alojado o cabo da tropa de São Paulo [Página 103]

Sabemos que num dos portos do Tietê (Putribu-Pirapitingui) os homens das entradas também se reuniam para iniciar a caminhada, no rumo do sertão, a pé ou a cavalo; como sabemos que Martim Rodrigues estivera antes - com um bando chefiado por Domingos Rodrigues - na região do Paraúpeva: no seu inventário, . aberto por não regressar desta entrada de 1608, constava "uma negra por nome Guayá digo da nação Guoayá", escrava "da entrada de Domingos Rodrigues de Paraúpeva, além de um bom número de escravos Tememinó.Não há certeza, porém, quanto à identidade de seus matadores; apenas - acrescentamos - a de que não foram os Bilreiros. Como referiremos adiante, entende Roque Leme da Câmara que os expedicionários chegaram até o Rio Pará, contrapondo-se-lhe Carvalho Franco dizendo que "ao certo seria na célebre região do Paraúpava". [Página 116]

Nova referência aos Bilreiros vamos encontrar em 1650, e referência que vem confirmar não apenas a existência de um caminho por terra para a antiga estância dêsses nativos, mas ainda a efetividade do seu deslocamento em massa para regiões mais distantes. No ano refeiro procede-se ao inventário dos bens deixados por um morador do bairro de Pirapitingui, no termo da vila de Parnaíba, bairro mais chegado à então povoação de Itu do que ao perímetro urbano da vila. Sitiante e sertanista como muitos outros, Bernardo Bicudo teria feito várias perquirições por rumos não identificados, até que em março de 1649, estando para partir numa bandeira de Francisco de Paiva, redige o seu testamento, por precaução em vista dos perigos que iam enfrentar. Veio de fato a falecer no sertão, talvez nesse mesmo ano, tendo-se começado a execução do seu inventário em agosto de 1650. Refere-se nessa peça que Bernardo Bicudo possuía, entre outros bens móveis e de raiz, "meia légua de terras de matos maninhos em Capibari na estrada velha do sertão para o sertão dos Bilreiros".

Esta informação em papel de 1650 nos ajuda, antes de mais nada, a compreender as expressões das atas de 1608 e 1613, onde a propósito de nativos pacíficos estabelecidos a certa distância das povoações da zona do alto Tietê, rio também chamado Anhembí, se fala em aldeias nativas existentes "pelo caminho" e "ao longo deste Rio Anhembí".

Por outro lado, o qualificativo "velha", designando em 1650 uma estrada para determinada parte, denota uma sucessão de tempo: indica a passagem de um período de não-utilização do caminho seguindo-se a um outro de uso frequente. Com relação ao caso presente, estes dois períodos encaixam-se no quadro de tempo estabelecido pelos dados que temos apurado sobre o assunto, de acordo com os quais a fase de uso generalizado do caminho giraria em torno de 1610; a do abandono, em redor de 1620; isto tudo nos levando a supor que tenham sido adquiridas terras "em Capibari" por volta de 1630-1640, quando já seria bem conhecido o fato de estar em desuso a "estrada para o sertão dos bilreiros".

Esta suposição nos parece de todo em todo plausível, em vista do que se conhece sobre o movimento de penetração dos paulistas a época em questão.Note-se, mais, que a expressão "estrada para os bilreiros" significava, não uma verdadeira estrada (impossível nas condições de tempo e lugar), mas um caminho de uso mais ou menos continuado e com um ponto certo destino; não uma trilha de penetração eventualmente utilizada por entradistas, mas uma rota bem conhecida e bem batida, a ponto de merecer o qualificativo de estrada. E como estrada, que nos começos do século 17 levava a uma aldeia de nativos, aldeia à qual os povoadores iam constantemente, não deveria ter um percurso muito longo. [Páginas 122 e 123]

Nova referência aos Bilreiros vamos encontrar em 1650, e referência que vem confirmar não apenas a existência de um caminho por terra para a antiga estância dêsses nativos, mas ainda a efetividade do seu deslocamento em massa para regiões mais distantes. No ano refeiro procede-se ao inventário dos bens deixados por um morador do bairro de Pirapitingui, no termo da vila de Parnaíba, bairro mais chegado à então povoação de Itu do que ao perímetro urbano da vila. Sitiante e sertanista como muitos outros, Bernardo Bicudo teria feito várias perquirições por rumos não identificados, até que em março de 1649, estando para partir numa bandeira de Francisco de Paiva, redige o seu testamento, por precaução em vista dos perigos que iam enfrentar. Veio de fato a falecer no sertão, talvez nesse mesmo ano, tendo-se começado a execução do seu inventário em agosto de 1650. Refere-se nessa peça que Bernardo Bicudo possuía, entre outros bens móveis e de raiz, "meia légua de terras de matos maninhos em Capibari na estrada velha do sertão para o sertão dos Bilreiros".

Esta informação em papel de 1650 nos ajuda, antes de mais nada, a compreender as expressões das atas de 1608 e 1613, onde a propósito de nativos pacíficos estabelecidos a certa distância das povoações da zona do alto Tietê, rio também chamado Anhembí, se fala em aldeias nativas existentes "pelo caminho" e "ao longo deste Rio Anhembí".

Por outro lado, o qualificativo "velha", designando em 1650 uma estrada para determinada parte, denota uma sucessão de tempo: indica a passagem de um período de não-utilização do caminho seguindo-se a um outro de uso frequente. Com relação ao caso presente, estes dois períodos encaixam-se no quadro de tempo estabelecido pelos dados que temos apurado sobre o assunto, de acordo com os quais a fase de uso generalizado do caminho giraria em torno de 1610; a do abandono, em redor de 1620; isto tudo nos levando a supor que tenham sido adquiridas terras "em Capibari" por volta de 1630-1640, quando já seria bem conhecido o fato de estar em desuso a "estrada para o sertão dos bilreiros".

Esta suposição nos parece de todo em todo plausível, em vista do que se conhece sobre o movimento de penetração dos paulistas a época em questão.Note-se, mais, que a expressão "estrada para os bilreiros" significava, não uma verdadeira estrada (impossível nas condições de tempo e lugar), mas um caminho de uso mais ou menos continuado e com um ponto certo destino; não uma trilha de penetração eventualmente utilizada por entradistas, mas uma rota bem conhecida e bem batida, a ponto de merecer o qualificativo de estrada. E como estrada, que nos começos do século 17 levava a uma aldeia de nativos, aldeia à qual os povoadores iam constantemente, não deveria ter um percurso muito longo. [Páginas 122 e 123]
1620. Atualizado em 25/02/2025 04:42:25
5°. Abandono do Caminho
16 de abril de 2019, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:41
6°. Antonio Nunes e sua mulher Maria Maciel, projetocompartilhar.org
De todos os dados expostos, em conjunto com outros de que tratamos no estudo atrás citado, podemos concluir que a estâncias dos Caiapó nos começos do século 17 ficava em algum ponto do trajeto que vai da barranca do Tietê, na altura de Putribu-Pirapitingui, à área situada junto das cabeceiras do São Francisco, área que abrange hoje terras goianas e mineiras, na qual estacionavam então os Temiminó, nativos que foram apresados por Belchior Carneiro depois de sua passagem pelos Bilreiros, e apresados também por volta de 1603 pelos homens de uma bandeira de Nicolau Barreto, da qual logo diremos alguma coisa.




  Domingos Rodrigues
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2015
Atualizado em 31/10/2025 09:23:16
De que estamos falando? Antigos conceitos e modernos anacronismos – escravidão e mestiçagens, 2015. Eduardo França Paiva, Manuel F. Fernández Chaves e Rafael M. Pérez García (orgs.)
•  Cidades (3): Itu/SP, Sorocaba/SP, Paracatu/MG
•  Pessoas (3): Jerônimo Leitão, João de Sant´Ana (f.1612), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612)
•  Temas (9): Carijós/Guaranis, Guerra de Extermínio, Pirapitinguí, Tamoios, Guerra de Extermínio, Guayrá, Temiminós, Dinheiro$, Rio Paraupava
    Registros relacionados
28 de março de 1592, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:30
1°. João de Santana era casado, queria vir para a vila por “ser muito necessário recolherem-se os moradores à vila e nela terem casas por respeito de estarmos em guerra”
Certos índios, mormente os frutos da guerra, eram escravos, e a justificativa para sua escravização frequentemente era a guerra, e assim era importante marcar a diferença entre quem era ou não escravo. A moça Maria “mulata, filha de uma negra tupioaem e de tapanhum, por isso não se avaliou por ser forra”, como consta no inventário de João de Santana, de 1612.

No mesmo inventário se disse “que estava uma negra em Pirapetinguy por nome Paula de nação carijó, escrava do tempo da guerra de Jerônimo Leitão, que por os avaliadores já a conhecerem a avaliaram” em 12 mil réis (grifos nossos).

Índio forro e índio escravo nomeados eram distinguidos naquela sociedade porqueos paulistas conheciam suas gentes. Sabiam, por uso e costume, e conhecimento, quem era ou não escravo ou forro e quem devia ou não entrar e de que modo nos inventários.
12 de março de 1603, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:32
2°. Testamento de Maritm Tenório
Os outros tememinós eram sem valor, diferente dos tememinós tamoios. Salvo os tamoios e a negra do Guoaya, os demais 27 índios, inclusos entre os tememinós e as peças que se acharam vivas, não receberam avaliação monetária, incluindo um “moço por nome Pedro que disseram ser filho do defunto Martim Rodrigues”, o inventariado. O escrivão Simão Borges sabia muito bem quem podia ou não ser descrito com valor, como escravo. O filho do senhor não era escravo, como o próprio Martim Rodrigues afirmara em seu testamento de 1603, feito em pleno sertão às margens do rio Paracatu. Ainda que em meio aos perigos do sertão, não estava doente à beira da morte, mas “são e de saúde e em todo o [seu] siso e juízo perfeito”. No entanto, para “desencargo de [sua] consciência”, declarava possuir dois filhos bastardos que os houve no sertão”, um de nome Diogo e o outro, infelizmente, ilegível na fonte, mas muito provavelmente o tal Pedro descrito no inventário. Sobre o filho Diogo, Martim afirma que ele e sua mulher, Suzana Rodrigues (de pai desconhecido, provavelmente descendente de índio), o forraram “em comunidade”, de comum acordo. A par do estado da documentação, sabe-se que para Diogo o documento traz referências a “notas do tabelião Antônio Rodrigues”. Teria sido a alforria registrada em cartório? Não sabemos, mas Martim Rodrigues tinha muita preocupação com os “dois meninos (...) filhos bastardos”, e pediu a sua mulher que ficasse curadora das crianças. Se Suzana não quisesse, ficaria a cargo de seu genro, que também os ensinaria a “ler e escrever”, e “alguns outros ofícios que lhe parecer bem”. Sua terça, depois de cumpridos os legados, deveria ser repartida por “ambos irmãmente de permeio”. De fato, os filhos do senhor não eram escravos. Eram parentes, ainda que um deles tenha sido arrolado no inventário do pai, mas não como escravo. Filhos bastardos não necessariamente [*De que estamos falando? Antigos conceitos e modernos anacronismos – escravidão e mestiçagens, 2015. Eduardo França Paiva, Manuel F. Fernández Chaves e Rafael M. Pérez García (orgs.). Páginas 193 e 194]
1 de agosto de 1608, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 04:04:50
3°. Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves
Certos índios, mormente os frutos da guerra, eram escravos, e a justificativa para sua escravização frequentemente era a guerra, e assim era importante marcar a diferença entre quem era ou não escravo. A moça Maria “mulata, filha de uma negra tupioaem e de tapanhum, por isso não se avaliou por ser forra”, como consta no inventário de João de Santana, de 1612.

No mesmo inventário se disse “que estava uma negra em Pirapetinguy por nome Paula de nação carijó, escrava do tempo da guerra de Jerônimo Leitão, que por os avaliadores já a conhecerem a avaliaram” em 12 mil réis (grifos nossos).

Índio forro e índio escravo nomeados eram distinguidos naquela sociedade porque os paulistas conheciam suas gentes. Sabiam, por uso e costume, e conhecimento, quem era ou não escravo ou forro e quem devia ou não entrar e de que modo nos inventários.
18 de junho de 1612, segunda-feira. Atualizado em 31/10/2025 03:01:05
4°. Inventário de Martim Tenório, registrado em ebirapoeira, termo da Vila de São Paulo
Dessa maneira, no inventário de bens de Martim Rodrigues, de 1612, vê-se uma “negra por nome Guaya digo da nação Guoaya que diz ser escrava da entrada de Domingos Rodrigues de Paraupava com 3 filhos”, todos os quatro, listados no item peças, foram avaliados em 22 mil réis.

Ainda nesse inventário, que contava com 34 índios, estão, imediatamente depois da negra, as peças tememinós, dentre as quais uma “negra por nome Genebra de nação tamoia com uma criança”, de 27 mil réis, e um “rapaz por nome Casao tamoio”, de 20 mil réis. Os outros tememinós eram sem valor, diferente dos tememinós tamoios. Salvo os tamoios e a negra do Guoaya, os demais 27 índios, inclusos entre os tememinós e as peças que se acharam vivas, não receberam avaliação monetária, incluindo um “moço por nome Pedro que disseram ser filho do defunto Martim Rodrigues”, o inventariado.

O escrivão Simão Borges sabia muito bem quem podia ou não ser descrito com valor, como escravo. O filho do senhor não era escravo, como o próprio Martim Rodrigues afirmara em seu testamento de 1603, feito em pleno sertão às margens do rio Paracatu. Ainda que em meio aos perigos do sertão, não estava doente à beira da morte, mas “são e de saúde e em todo o [seu] siso e juízo perfeito”. No entanto, para “desencargo de [sua] consciência”, declarava possuir dois filhos bastardos que os houve no sertão”, um de nome Diogo e o outro, infelizmente, ilegível na fonte, mas muito provavelmente o tal Pedro descrito no inventário.

Sobre o filho Diogo, Martim afirma que ele e sua mulher, Suzana Rodrigues(de pai desconhecido, provavelmente descendente de índio), o forraram “em comunidade”, de comum acordo.

A par do estado da documentação, sabe-se que para Diogo o documento traz referências a “notas do tabelião Antônio Rodrigues”. Teria sido a alforria registrada em cartório? Não sabemos, mas Martim Rodrigues tinha muitapreocupação com os “dois meninos (...) filhos bastardos”, e pediu a sua mulher que ficasse curadora das crianças. Se Suzana não quisesse, ficaria a cargo deseu genro, que também os ensinaria a “ler e escrever”, e “alguns outros ofícios que lhe parecer bem”. Sua terça, depois de cumpridos os legados, deveria ser repartida por “ambos irmãmente de permeio”. De fato, os filhos do senhor nãoeram escravos. Eram parentes, ainda que um deles tenha sido arrolado no inventário do pai, mas não como escravo. Filhos bastardos não necessariamente [*De que estamos falando? Antigos conceitos e modernos anacronismos – escravidão e mestiçagens, 2015. Eduardo França Paiva, Manuel F. Fernández Chaves e Rafael M. Pérez García (orgs.). Páginas 193 e 194]
19 de junho de 1612, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 00:03:39
5°. Inventário de João de Sant´Ana
Certos índios, mormente os frutos da guerra, eram escravos, e a justificativa para sua escravização frequentemente era a guerra, e assim era importante marcar a diferença entre quem era ou não escravo. A moça Maria “mulata, filha de uma negra tupioaem e de tapanhum, por isso não se avaliou por ser forra”, como consta no inventário de João de Santana, de 1612. No mesmo inventário se disse “que estava uma negra em Pirapetinguy por nome Paula de nação carijó, escrava do tempo da guerra de Jerônimo Leitão, que por os avaliadores já a conhecerem a avaliaram” em 12 mil réis (grifos nossos).

forro e índio escravo nomeados eram distinguidos naquela sociedade porqueos paulistas conheciam suas gentes. Sabiam, por uso e costume, e conhecimento, quem era ou não escravo ou forro e quem devia ou não entrar e de que modo nos inventários.A que índios escravos eles se referiam? Em primeiro lugar, lembramos quelidamos com os índios presentes ou mencionados em inventários, dentro da ordem vigente ou em contato com os paulistas no momento posterior à morte dos senhores. Não é o caso aqui de, apenas, aludirmos às percepções que os paulistas tinham sobre os diferentes índios, mas nossa maior intenção é a de realçar que os índios ora analisados serem apenas os do contato. [Páginas 193 e 194]




  Domingos Rodrigues
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2012
Atualizado em 31/10/2025 09:23:17
Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo
•  Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Madrid/ESP, Potosí/BOL, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (18): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio de Sousa (1584-1631), António José da Franca e Horta (1753-1823), Balthazar Fernandes (1577-1670), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Botelho, Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Domingos Luís Grou (1500-1590), Erasmo Esquert, Fernando Dias Falcão (1669-1738), Francisco de Sousa (1540-1611), João VI, O Clemente (1767-1826), Jorge Correa, Luzia Sardinha (1580-1620), Manoel Pinheiro Azurara (n.1570), Pandiá Calógeras (1870-1934), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
•  Temas (13): Ambuaçava, Dinheiro$, Fazenda Ipanema, Gentios, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Pelourinhos, Pirapitinguí, Prata, Rio da Prata, Tamoios, Última Fábrica de Ferro no Ipanema, Ybyrpuêra
Vila de Trang Bang, Vietnã
Data: 1978
Créditos: Nguyen Thanh Nghe
    Registros relacionados
10 de maio de 1561, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:10
1°. Carta a rainha Catarina e nova solicitação ao "mineiro da Rainha" que adentrasse novamente ao sertão
19 de junho de 1578, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:52:27
2°. Intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”
Em 19 de junho de 1578 intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”.
14 de setembro de 1583, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 16:04:57
3°. “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes”
Em 1583 ainda persistia essa preocupação. O procurador Gonçalo Madeira apresentou denúncia na sessão de 14 de setembro de 1583 de que Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes. [Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Eduardo Tomasevicius Filho. Página 40]
16 de agosto de 1586, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:38:09
4°. O procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer
Em 19 de junho de 1578 intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”. Em 1583 ainda persistia essa preocupação. O procurador Gonçalo Madeira apresentou denúncia na sessão de 14 de setembro de 1583 de que Manuel Fernandes,homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes.97 No mesmo sentido, em 16 de agosto de 1586 o procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer. [p. 40]
15 de abril de 1588, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:38:09
5°. Houve problemas com esse mesmo ferreiro, mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa
A Câmara da São Paulo quinhentista preocupou-se com o ofício de ferreiro. Ter-se-ia elaborado regimento ao mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”, relativo às foices roçadeiras caçadas e descalçadas, enxadas, machados, e cunhas de resgate, pregos de solhar, de costado e de cinta, pernetes e verdugos de engenho cotados por diversos preços, vintenas e dezenas de réis, conforme se fornecesse o ferro, o aço ou o carvão.

Em 1588 também houve problemas com esse mesmo ferreiro, acusado de desordem e abuso. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa. No mesmo ano, a Câmara da Vila de São Paulo solicitou ferros, sem os quais não se poderiam promover castigos.
1 de janeiro de 1590, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:39:23
6°. Composição da Câmara
Foi vereador em São Paulo em 1572 e juiz ordinário em 1590.
1592. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
7°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
Por exemplo, a Confederação dos Tamoios de 1562, ou os registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava em 1592.
29 de abril de 1592, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:57
8°. Capitão da gente de S. Paulo para reger e governar, de que teve patente por Jorge Correa, moço da câmara
Afonso Sardinha foi personagem central desse primeiro estágio de mineração. Na opinião de Taunay, ele teria sido o homem mais rico de sua época. A partir da análise de seu testamento elaborado em 1592, ele importava lãs de Buenos Aires, por meio de seu correspondente Antonio Rodrigues de Barros. Vendia índios para o Rio da Prata e, por meio de seu sobrinho Gregório Francisco, trazia escravos da Costa da Mina. Importava do Rio da Prata rendas, papel, medicamentos e facas fabricadas na Alemanha. Também emprestava dinheiro a pessoas de São Paulo, Santos, São Vicente e Rio de Janeiro e alugava imóveis em São Paulo.

Teria sido proprietário de uma fazenda chamada Ubatatã [Butantã], a qual corresponde atualmente ao Instituto Butantã, da USP. Foi vereador em São Paulo em 1572 e juiz ordinário em 1590. Em 1592, assumiu o comando das forças da vila ante o ataque dos indígenas, ocasião em que celebrou testamento antes de partir para a guerra. No ano seguinte, na companhia de seu sócio João do Prado, partiu em entrada na procura de ouro e planejou a escravização de índios junto com mais de cem índios cristianizados.
13 de novembro de 1592, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
9°. Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras”
Afonso Sardinha foi personagem central desse primeiro estágio de mineração. Na opinião de Taunay,101 ele teria sido o homem mais rico de sua época. A partir da análise de seu testamento elaborado em 1592, ele importava lãs de Buenos Aires, por meio de seu correspondente Antonio Rodrigues de Barros. Vendia índios para o Rio da Prata e, por meio de seu sobrinho Gregório Francisco, trazia escravos da Costa da Mina.

Importava do Rio da Prata rendas, papel, medicamentos e facas fabricadas na Alemanha. Também emprestava dinheiro a pessoas de São Paulo, Santos, São Vicente e Rio de Janeiro e alugava imóveis em São Paulo. Teria sido proprietário de uma fazenda chamada Ubatatã [Butantã], a qual corresponde atualmente ao Instituto Butantã, da USP. Em 1592, assumiu o comando das forças da vila ante o ataque dos indígenas, ocasião em que celebrou testamento antes de partir para a guerra. [Página 42]
5 de junho de 1593, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:27
10°. Também compareceram à câmara oficiais mecânicos, entre eles, o ferreiro Clemente Álvares
Em 1593 também compareceram à câmara oficiais mecânicos, entre eles, o ferreiro Clemente Álvares. [Página 41]
31 de julho de 1593, sábado. Atualizado em 27/10/2025 21:26:00
11°. Sardinha Moço é nomeado almotacel com Simão Borges (de Cerqueira) estando ambos ausentes da vila
Em 1592, assumiu o comando das forças da vila ante o ataque dos indígenas, ocasião em que celebrou testamento antes de partir para a guerra. No ano seguinte, na companhia de seu sócio João do Prado, partiu em entrada na procura de ouro e planejou a escravização de índios junto com mais de cem índios cristianizados.
1597. Atualizado em 23/10/2025 17:21:28
12°. Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido
Muito provavelmente seu filho homônimo, mameluco, realizou pesquisas mineralógicas em direção a oeste em companhia do ferreiro Clemente Álvares, que, em 1597, que, inclusive mandou buscar em São Paulo a sua tenda de ferreiro.

Por esse trabalho, encontraram ouro no Pico do Jaraguá e diversos metais na região de Parnaíba [Santana de Parnaíba], onde se localiza a então chamada Voturuna. Prosseguindo em direção oeste, encontraram o morro Biraçoiaba, onde hoje é o município de Araçoiaba da Serra, próximo a Sorocaba.

Entre o Pico do Jaraguá e o morro Biraçoiaba pode-se imaginar uma linha reta, cujos pontos passam pelos municípios de Santana de Parnaíba e Araçariguama e pelo bairro de Pirapetingui.
2 de agosto de 1599, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:36:03
13°. “Estando em Biraçoyaba, passou ordem ao provedor Braz Cubas, para fazer cobrar 200$000 do fiador dos flamengos João Guimarães e Nicolau Guimarães, para as despezas que estavam fazendo com a gente do trabalho, com que se achava naquelas minas e com os soldados de infantaria que o acompanhavam”
27 de novembro de 1599, sábado. Atualizado em 24/10/2025 04:14:53
14°. Francisco de Souza
Em 27 de novembro de 1599 teriam sido remetidos seis contos, cento vinte e nove mil, seiscentos e setenta e oito réis. Após ter examinado as minas, teria ordenado a construção de pelourinho e teria retornado para São Paulo em 11 de fevereiro de 1601 com “muita gente para minerar as terras”. Em São Paulo, teria expedido bando, ordenando o pagamento do quinto dos metais extraídos e sua fundição em barras. Também teria enviado ao sertão a tropa de André Leão, atrás de minas de prata.
1600. Atualizado em 30/10/2025 17:35:52
15°. Sardinha, o moço, ainda teria construído dois engenhos para fundição de ferro em Araçoiaba, sendo um deles doado ao próprio governador
A documentação da Câmara de São Paulo registra também a fabricação de ferro na regiãosul da atual cidade de São Paulo. No entanto, os relatos divergem sobre o número de fábricasinstaladas: uma ou duas. Consta que em 1600 foi construído um engenho de ferro na região doIbirapuera, o qual teve como sócios D. Francisco de Sousa e Afonso Sardinha, cuja escritura desociedade foi lavrada pelo tabelião Simão Borges de Cerqueira. O segundo engenho estariasupostamente instalado às margens do Rio Jurubatuba (atual Rio Pinheiros), nas proximidades doatual bairro de Santo Amaro. Essa dúvida é pertinente porque em 15 de agosto de 1606 a Câmarade São Paulo sabia que Diogo de Quadros resolveu abandonar os dois engenhos que construiupara capturar índios.

Eschwege, ao iniciar o capítulo sobre a história antiga do ferro no Brasil,colocou a existência de:

“(...) uma pequena fábrica de ferro, com forno de refino, situada na freguesia de Santo Amaro, à beira de umpequeno ribeirão, afluente do Rio Pinheiros, que é navegável, a uma distância de 2 léguas SE de São Paulo. Nasruínas dessa pequena fábrica ainda se podem ver a vala da roda, o lugar da oficina, os restos de um açude, assimcomo um monte de pesada escória de ferro”.105

Calógeras, por sua vez, ao comentar essa passagem, disse que Eschwege havia dado um infundado parecer.106 Enquanto não há qualquer vestígio dos engenhos do Ibirapuera, até mesmo pela sua localização, cujo terreno sofreu fortes transformações urbanas, somado ao fato de que esses engenhos tiveram pequena duração.

Já ao lado do morro Biraçoiaba, onde se encontrou ferro, também se instalou umapequena fábrica de ferro ao final do século XVI, sobre cuja data divergem todos os autores.Nesse local, que até pouco tempo atrás era local isolado e de difícil acesso, Afonso Sardinha –tanto o pai como o filho - teriam construído dois fornos, cuja localização se desconhecia. Por issoque Mario Neme chegou a levantar a tese de que as ruínas de Afonso Sardinha seriam umagrande ilusão, uma lenda. Como já mencionado na introdução deste trabalho, na década de 1980,a professora Margarida Davina Andreatta encontrou os dois fornos construídos à época.Anicleide Zequini, com base nos estudos arqueológicos realizados por Margarida [p. 43]
11 de fevereiro de 1601, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:57
16°. D. Francisco autorizava a tirar ouro em Monserrate, registrando o interessado cada semana o ouro tirado, pagando os quintos
Em 27 de novembro de 1599 teriam sido remetidos seis contos, cento vinte e nove mil, seiscentos e setenta e oito réis. Após ter examinado as minas, teria ordenado a construção de pelourinho e teria retornado para São Paulo em 11 de fevereiro de 1601 com “muita gente para minerar as terras”. Em São Paulo, teria expedido bando, ordenando o pagamento do quinto dos metais extraídos e sua fundição em barras. Também teria enviado ao sertão a tropa de André Leão, atrás de minas de prata.
8 de maio de 1602, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:00
17°. D. Francisco atende o pedido Guiomar Lopez, viúva de Diogo Gonçalves Lasso, para prover ao neto e homônimo o cargo de Capitão de São Paulo
Porém muito tempo antes havia o mesmo general provido ao dito Laço em capitão das minas de ouro e prata com 500 cruzados de soldo por provisão do 1º de outubro de 1599, como se vê na dita câmara, e dito caderno tit. 1598 pag. 46. e já em 1602 era fallecido o dito capitão Laço, e os 200$ do seu ordenado conferiu o mesmo D. Francisco de Sousa ao neto do dito Laço, que também se chamava Diogo Gonçalves Laço, por provisão datada em S. Paulo a 8 de maio de 1602 (Câmara caderno tit. 1600 pag 44).
Junho de 1602. Atualizado em 24/10/2025 02:38:58
18°. D. Francisco voltou ao reino com dois mineiros espanhóis e um nativo, testemunhas do muito que fizera em São Paulo*
Segundo Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), D. Francisco de Sousa fora substituído em 1602 por Diogo Botelho e teria retornado à Europa no navio dos alemães Erasmo Esquert e Julião Vionat, que tinham construído o engenho de São Jorge da Vila de São Vicente, primeiro engenho de açúcar do Brasil. Em Madri, teria comunicado ao Rei no fim do ano de 1602 o estado das Minas e teria conseguido ser eleito Governador e Administrador das Capitanias de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. D. Francisco de Sousa não teria regressado ao Brasil antes de 1609, já que o Rei havia oferecido o pagamento de passagem e mantimentos durante a viagem a quem viesse com D. Francisco ao Brasil, assim como são de 1609 os Alvarás e Provisões Régias que lhe foram dadas.

Segundo Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855): Em 1602, voltando o governador para Portugal deixou a fundição a seu filho D. Antonio de Sousa a quem propriamente Sardinha fizera o presente. Desterecebeu-a Francisco Lopes Pinto, fidalgo e cavaleiro, da Ordem de Cristo. Morrendo este a 26 de fevereirode 1629, todos os serviços foram paralisados embora o seu sogro, Diogo de Quadros, também fosse um dosproprietários da fábrica. Os citados documentos antigos dizem que Afonso Sardinha, após ter dado depresente essa fábrica, construiu uma nova, que trabalhou, então, por conta do Rei”. [*Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo. Página 203]
11 de agosto de 1609, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:09:59
19°. Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba
A documentação da Câmara de São Paulo registra que um engenho de ferro foi construído em 1660 na região do Ibirapuera, que teve como sócios D. Francisco de Sousa e Afonso Sardinha, cuja escritura de sociedade foi lavrada pelo tabelião Simão Borges de Cerqueiro. Um segundo engenho estaria supostamente instalado às margens do Rio Jerubatuba (atual Pinheiros), nas proximidades do baixo de Santo Amaro. Não restam dúvidas que os únicos engenhos de ferro conhecidos nesse período se localizavam em Araçoiaba.

Esses fornos tornaram-se famosos, porque são considerados como os verdadeiros precursores da siderurgia brasileira, ou ainda, a primeira fábrica de ferro do Brasil, por terem sido construídos em 1599 e a documentação da Câmara de São Paulo registrar a escritura de compra e venda dos fornos do Ibirapuera como ocorrida em 1600, isto é, após os fornos de Biraçoiaba.
17 de julho de 1810, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:57:59
20°. “Processo sobre a fábrica de ferro da vila de Sorocaba e das minas de São João do Ipanema, da capitania de São Paulo. Constam ofícios, informações e relações trocadas relativas ao assunto em causa”
Enquanto Hedberg partia de Londres para o Brasil, a Coroa trabalhava na captação de acionistas para a fábrica de ferro. Em 17 de julho de 1810, o Príncipe encaminhou ofício ao General Horta para que formulasse “convite” para que as pessoas mais abonadas da vila subscrevessem ações de 800$ cada.
Agosto de 1977. Atualizado em 24/10/2025 02:40:26
21°. Descobertas as ruínas dos fornos dos Sardinha / Fornos eram biscainhos (espanhóis)*
1983. Atualizado em 25/02/2025 04:45:14
22°. Ipanema




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3 de abril de 1609, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 06:01:29
“muita gente que se vinha para cá, por outro caminho (...) paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar”: O relato de André da Aldeia do Forte
•  Cidades (4): Itu/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (11): Alfredo Romário Martins (1874-1948), Baltazar Gonçalves, velho (65 anos), Balthazar de Godoy (n.1561), Balthazar Fernandes (32 anos), Clemente Álvares (40 anos), Henrique da Costa (36 anos), Lopo de Souza (f.1610), Juan Sebastián Elcano (1476-1526), Pedro Collaço Vilela, Francisco I da Áustria (1768-1835), Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794)
•  Temas (18): Aldeia de Tabaobi, Apiassava das canoas, Atuahy, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de São Roque-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Gentios, Ituguasu, Pirapitinguí, Porto em Sorocaba, Portos, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Nheengatu, Caciques, Habitantes, Bairro Itavuvu
Estrada existente
Data: 1650
Créditos: Anais do Museu Paulista - Tomo XXIII - Dados para a história dos índios
Página 112
    7 fontes
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1°. Revista da Asbrap - Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia, n° 6. Povoadores de São Paulo: André Fernandes (Primeiras gerações). H. V. Castro Coelho, consultado em 16.10.2022
16 de outubro de 2022, domingo
A 3 de abril de 1609, Henrique da Costa, filho de Domingos Rodrigues, já falecido, e o moço Baltazar, solteiro, filho de Baltazar Gonçalves, pessoa da governança de São Paulo, foram denunciados na Câmara de serem os portugueses que apresavam índios carijós nômades no Atuahi, ação não permitida pelas leis e que poderia resultar em pena de 500 cruzados (200$000) e degredo de dois anos para seus infratores. Notificado Baltazar Gonçalves do ocorrido, recebeu a intimação de reunir os índios apresados por seu filho e vizinho e deles fazer entrega ao alcaide Francisco Leão (ACCSP, II, 240).  ver mais




  Domingos Rodrigues
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  24/10/2025 02:36:57º de 13
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1924
Atualizado em 31/10/2025 09:23:20
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol XXI. 1916-1921, 1924
•  Cidades (6): Cotia/Vargem Grande/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (15): Álvaro Luís do Valle, Antonio de Proença (1540-1605), Fernão Cardim (1540-1625), Francisco de Sousa (1540-1611), Gentil de Assis Moura (56 anos), Jerônimo Leitão, João III, "O Colonizador" (1502-1557), Luiz Furtado (1590-1636), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro Collaço Vilela, Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Teodoro Fernandes Sampaio (69 anos), Washington Luís Pereira de Sousa (55 anos)
•  Temas (5): Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Léguas, São Paulo de Piratininga, Tordesilhas
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol XXI. 1916-1921
Data: 1924
Página 21
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1580. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27
1°. Cotia
No planalto da serra, próximo a vila de São Paulo, já floresciam também, em 1580, algumas povoações como Parnahyba e outras que tiveram predicamento de vila no começo do século XVII. Se nessa época a capitania de São Vicente não se expandia mais, como novos arraiais e núcleos, é porque, como dizem o dr. Theodoro Sampaio (1855-1937) e Dr. Gentil de Moura (1868-1929), "os domínios portugueses, nesse tempo, não iam além de Parnahyba e Cotia, cerca de 35 kilometros ao poente da vila de São Paulo."
9 de abril de 1590, segunda-feira. Atualizado em 31/10/2025 01:23:09
2°. Ataque tem a intenção de tomar o caminho do mar
No planalto da serra, próximo a vila de São Paulo, já floresciam também, em 1580, algumas povoações como Parnahyba e outras que tiveram predicamento de vila no começo do século XVII. Se nessa época a capitania de São Vicente não se expandia mais, como novos arraiais e núcleos, é porque, como dizem o dr. Theodoro Sampaio (1855-1937) e Dr. Gentil de Moura (1868-1929), "os domínios portugueses, nesse tempo, não iam além de Parnahyba e Cotia, cerca de 35 kilometros ao poente da vila de São Paulo." [Página 107]
12 de fevereiro de 1601, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:57
3°. Expedição
No opúsculo publicado pelo Dr. Washington Luis, em 1918, como Prefeito de São Paulo, explicando a nova nomenclatura das ruas, largos, avenidas, praças, etc., das pela Câmara, em 1914, vê-se o nome deste governador (n° 18, página 17). "João Pereira de Souza - diz a nota - comandou uma bandeira que prelustou os mesmos sertões que a anterior."

- Essa bandeira "anterior" foi organizada e capitaneada por Domingos Rodrigues - diz a nota precedente. Esta entrada partiu de São Paulo de 1599-1600 e andou pelos sertões da Parahyba, onde se achava em 12 de fevereiro de 1601 e recolheu alguns soldados da bandeira de João Pereira de Sousa...

Aqui parece haver erro ou confusão de datas, pois a entrada de Domingos Rodrigues deveria ser posterior á entrada de João Pereira: As notas de Fr. Gaspar não combinam também com as demais, quanto ao ano em que João Pereira de Sousa foi nomeado governador de São Vicente.

A expedição de João Pereira, partiu, diz ainda a nota do Dr. Washington Luis, depois de 5 de outubro de 1576. Este homem já chegou a São Paulo no comando de uma expedição devassadora do sertão ignoto, mostra já a intervenção decidida de D. Francisco de Souza para descoberta de ouro, prata e pedras preciosas, supremo fim da atividade do tempo.

A expedição levou o móvel extensivo de fazer a guerra da Parnahyba. Esfacelou-se por lá, tendo sido encontrados rastos dela por outros que lhe seguiram as pegadas. Dessa expedição foi soldado João do Prado, que faleceu no sertão em 1597.

Pedro Vaz de Barros serviu de Capitão e Ouvidor da Capitania de São Vicente, por Provisão de Lopo de Sousa, desde 1603, e ainda serviu o cargo em 24 de fevereiro de 1605, como consta dos documentos da Câmara vicentina. [Página 289]
24 de fevereiro de 1605, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:38:59
4°. Pedro Vaz de Barros serviu de Capitão e Ouvidor da Capitania de São Vicente
Pedro Vaz de Barros serviu de Capitão e Ouvidor da Capitania de São Vicente, por Provisão de Lopo de Sousa, desde 1603, e ainda serviu o cargo em 24 de fevereiro de 1605, como consta dos documentos da Câmara vicentina. [Página 289]
24 de julho de 1645, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:06
5°. Tomou posse da capitania de Itanhaem D. Sancho de Faro, filho primogênito da donataria condessa de Vimieiro
16 de fevereiro de 2023, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:32:37
6°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?




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14 de fevereiro de 2023, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 09:23:21
Família Laço, consultado em geneall.net
•  Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar Gomes Moalho, Manoel Pinheiro Azurara (n.1570)
•  Temas (1): Caminho do Mar
Os transportes em São Paulo no período colonial
Data: 1959
Créditos: José Gonçalves Salvador
Página 88
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13 de maio de 1598, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:21:29
1°. Diogo Gonçalves Laço chega á São Paulo
Do "Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil" de F. de Assis Carvalho Franco, consta:

"Diogo Gonçalves Laço - Portugues, casado com Guiomar Lopes. Veio do reino com D. Francisco de Souza, sétimo governador geral do Brasil, e na Bahia exerceu, em 1591, o cargo de Juiz de Orfãos.

Em 1597, D. Francisco de Souza nomeou-o administrador das minas e capitão da vila de São Paulo. Trouxe ele então consigo o alferes Jorge João, os mineiros Gaspar Gomes Moalho e Miguel Pinheiro Zurara e o fundidor Domingos Rodrigues além de um regimento e ordens para receber do almoxarifado de Santos todo o dinheiro que carecesse para o benefício das minas.

Depois de algumas providências em São Vicente, esse emissário do governador geral do Brasil tornou à Bahia, regressando dali com o mesmo, em outubro de 1598, de viagem novamente para a capitania vicentina. Em Vitória, onde a comitiva escalou, Diogo Gonçalves Laço comandou uma tropa à serra do Mestre Alvaro, na sondagem da prata. Com ele seguiu Francisco de Proença, sertanista de São Paulo, não dando porém resultados a diligência. Em São Paulo, Diogo Laço acompanhou D. Francisco de Souza em todas as suas jornadas ao sertão e recebeu um regimento para o serviço das minas em 19/07/1601. Faleceu deixando geração.
1 de outubro de 1598, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:45
2°. D. Francisco partiu para o Sul
Depois de algumas providências em São Vicente , esse emissário do governador geral do Brasil tornou à Bahia, regressando dali com o mesmo, em outubro de 1598, de viagem novamente para a capitania vicentina.




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16 de outubro de 2022, domingo
Atualizado em 31/10/2025 09:23:22
Revista da Asbrap - Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia, n° 6. Povoadores de São Paulo: André Fernandes (Primeiras gerações). H. V. Castro Coelho, consultado em 16.10.2022
•  Cidades (4): Mogi das Cruzes/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (49): Agostinha Rodrigues, André de Burgos de Jesus, Belchior Fernandes ou Gonçalves, Braz Gonçalves neto (1603-1636), Brigida Machado Rodrigues (f.0), Catarina de Burgos (n.1543), Domingos Luiz Grou, neto (n.1630), Francisca de Chaves (1533-1617), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Henrique da Costa (1573-1616), Inocência Rodrigues (n.1613), Isabel de Pinha Cortez, João Fernandes Saavedra (f.1667), João Paes (1580-1664), Lopo Dias Machado (1515-1609), Manuel de Borba Gato (1649-1718), Manuel Fernandes Gigante (1575-1656), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Margarida Fernandes (n.1505), Margarida Fernandes (Alvares), Maria Alvares (1554-1628), Maria Antunes (n.1647), Maria Domingues das Candeias, Maria Luiz Grou (f.0), Martim Garcia Lumbria (f.0), Mateus Luís Grou (n.1577), Suzana Dias (1540-1632), Maria Paes (1558-1616), André Fernandes Ramalho (1528-1588), Fernão d’Álvares (n.1500), Margarida Marques (n.1505), Baltasar Gonçalves Malio (1573-1667), Brás Gonçalves, o velho (1524-1606), Manuel Rodrigues Góes (f.0), André Fernandes "Paes" (f.0), Calixto da Motta (n.1591), Maria da Gama, Miguel da Costa, Custódia Lourença, André Fernandes "Paes", filho (n.1575), Francisco da Gama (1570-1612), Luíza da Gama, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Suzana Rodrigues Aguilar (n.1597), Suzana Rodrigues (n.1559), Suzana Rodrigues "Paes", Isabel Fernandes II, Álvaro Rodrigues do Prado (1593-1683), Maria Rodrigues de Góes (n.1609)
•  Temas (4): Almotacel, Carijós/Guaranis, Dinheiro$, Atuahy
    Registros relacionados
1530. Atualizado em 31/10/2025 02:10:38
1°. Casamento de Domingos Grou e a filha do cacique de Carapicuíba (data s/ confirmação)
Isabel Fernandes casou 2ª vez em 1616 c. BELCHIOR FERNANDES (ou GONÇALVES), filho de Brás Gonçalves, o velho (INV. E TEST., XXX, 217) e de s/m. Margarida Fernandes, esta irmã de Maria Alves, que depôs com seu marido Baltazar Gonçalves, o velho, nos processos de beatificação do Padre José de Anchieta, em 1622 e 1627 (vide revista da ASBRAP nº 5).
1573. Atualizado em 24/10/2025 02:18:23
2°. Nascimento
1574. Atualizado em 31/10/2025 03:29:17
3°. Casamento
1575. Atualizado em 24/10/2025 04:33:09
4°. Nascimento de Manuel Fernandes Gigante (ou Giga)
1578. Atualizado em 23/10/2025 15:38:05
5°. Nascimento de Jerônima Fernandes, filha de André Fernandes e Maria Pais. Casou com Suzanna Rodrigues
About Jeronima
\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\imgsc\Fernandestitulo.txt
\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\imgsc\Fernandesdata.txt
Créditos/Fonte: Reprodução / Internet
3º II- JERÔNIMA FERNANDES, n. por 1578, C. em São Paulo a 1ª vez por 1594 c. FRANCISCO DA GAMA, o moço, n. por 1570, creio em Portugal, de onde teria vindo com seus pais e a irmã Luiza da Gama. Faleceu Francisco da Gama em 1600 e foi inventariado em São Paulo (INV. E TEST., I, 335).

Casou 2ª vez em 1601 c. O CAPITÃO BALTAZAR GONÇALVES MÁ- LIO, n. em 1573, filho de Brás Gonçalves, o velho (INV. E TEST., I, 345) e de s/m. Margarida Fernandes (o sobrenome Málio procederia de alcunha). Brás Gonçalves, que obteve sesmaria em “Piratininga”, era genro de “Fernão d’Álvares” (Fernando Álvares), morador no campo de São Vicente (“Tombo das Cartas de Sesmarias do Rio de Janeiro”, 1594- 1605) o qual era casado com Margarida Marques, povoadores da Capitania.

A 20 de abril de 1619, teve Jerônima Fernandes qualificação de “mulher nobre e honrada”, no termo de nomeação de seu marido, Baltazar Gonçalves Málio, pelo juiz de órfãos Antônio Teles, para o cargo de tutor de seus sobrinhos André e Maria, filhos de sua cunhada Isabel Fernandes (INV. E TEST., XXX, 205). Faleceu com testamento, escrito a 5 de janeiro de 1630 por Calixto da Mota, e foi inventariada em São Paulo no mesmo ano. Determinou seu enterramento na igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo, na sepultura de sua mãe, acompanhado seu corpo pelo Reverendo Vigá- rio e pelos religiosos do Carmo, com os irmãos e o provedor da Santa Casa de Misericórdia. Fez disposições de missas e nomeou testamenteiro seu genro Miguel Garcia Carrasco, em ausência de seu marido na entrada do Capitão Mor Manuel Preto. No inventário declararam-se um sítio, casas e cerca de vinte administrados do gentio (INV. E TEST., VIII, 235). Teve do 1º matrimônio a filha única Maria da Gama, que segue, e do 2º seis filhos: [p.210]
12 de junho de 1595, segunda-feira. Atualizado em 30/10/2025 17:43:49
6°. Documento
Jerônima Fernandes 2ª vez em 1601 c. O CAPITÃO BALTAZAR GONÇALVES MÁLIO, n. em 1573, filho de Brás Gonçalves, o velho (INV. E TEST., I, 345) e de s/m. Margarida Fernandes (o sobrenome Málio procederia de alcunha). Brás Gonçalves, que obteve sesmaria em “Piratininga”, era genro de “Fernão d’Álvares” (Fernando Álvares), morador no campo de São Vicente (“Tombo das Cartas de Sesmarias do Rio de Janeiro”, 1594- 1605) o qual era casado com Margarida Marques, povoadores da Capitania.
1601. Atualizado em 24/10/2025 02:18:27
7°. Casamento de Baltasar Gonçalves Malio (1573-1667) e Jerônima Fernandes (1578-1630)
3 de abril de 1609, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 06:47:57
8°. “muita gente que se vinha para cá, por outro caminho (...) paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar”: O relato de André da Aldeia do Forte
A 3 de abril de 1609, Henrique da Costa, filho de Domingos Rodrigues, já falecido, e o moço Baltazar, solteiro, filho de Baltazar Gonçalves, pessoa da governança de São Paulo, foram denunciados na Câmara de serem os portugueses que apresavam índios carijós nômades no Atuahi, ação não permitida pelas leis e que poderia resultar em pena de 500 cruzados (200$000) e degredo de dois anos para seus infratores. Notificado Baltazar Gonçalves do ocorrido, recebeu a intimação de reunir os índios apresados por seu filho e vizinho e deles fazer entrega ao alcaide Francisco Leão (ACCSP, II, 240).
1616. Atualizado em 23/10/2025 15:41:53
9°. Casamento de Belchior Fernandes ou Gonçalves e Izabel Fernandes (n.1584)
ISABEL FERNANDES, n. por 1584, C. a 1ª vez por 1602 c. MANUEL RODRIGUES GÓIS, n. por 1570, filho de (?) Baltazar Rodrigues (Góis), n. por 1540, juiz ordinário em 1578 e 1586, o qual era genro de Gonçalo Fernandes, da governança de São Paulo (ACCSP, I, 85). Casou 2ª vez em 1616 c. BELCHIOR FERNANDES (ou GONÇALVES), filho de Brás Gonçalves, o velho (INV. E TEST., XXX, 217) e de s/m. Margarida Fernandes, esta irmã de Maria Alves, que depôs com seu marido Baltazar Gonçalves, o velho, nos processos de beatificação do Padre José de Anchieta, em 1622 e 1627 (vide revista da ASBRAP nº 5).




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17 de agosto de 1608, domingo
Atualizado em 30/10/2025 13:10:58
Desceu o Tietê expedição com Baltasar Gonçalves
•  Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Aleixo Jorge (28 anos), Baltazar Gonçalves, velho (64 anos), João de Sant´Ana (f.1612), João Paes (28 anos), Lourenço Gomes Ruxaque, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (48 anos)
•  Temas (14): Bilreiros de Cuaracyberá, Carijós/Guaranis, Cavalos, Ciclo da Paraupava, Estradas antigas, Guayrá, Lagoa Dourada, Paraúpava, Pirapitinguí, Portos, Putribú, Rio Anhemby / Tietê, Rio Paraupava, Temiminós
Dicionario Bandeirantes e Sertanistas
Data: 1954
Créditos: Francisco de Assis Carvalho Franco
Página 150
    9 fontes
  3 relacionadas

1°. “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
1934
Depois dessa empreitada, temos a assinalar a que chefiou Martim Rodrigues Tenório, que, em agôsto de 1608, desceu o Tietê com os seguintes companheiros, dentre os muitos, que compunham a expedição: Antônio Nunes, Baltasar Gonçalves, Braz Gonçalves, Diogo Martins, João de Santana, João Pais, Manuel de Oliveira e Lourenço Gomes de Ruxaque. ("Inventários e Testamentos", vol. II, pág. 357; vol. III, pág. 255; e vol. IX, pág. 23).

O falecimento de Belchior se deu em junho de 1608, tendo assumido o comando da expedição, Antonio Raposo, o velho, que em fins de dezembro de 1608 deu entrada em São Paulo com parte de sua gente, sendo que o restante da bandeira, como se vê do texto supra citado, permaneceu no sertão até 15 de fevereiro de 1609, data em que aportou ao povoado.

Após este arranco, no mês de agosto de 1608, Martim Rodrigues Tenório de Aguiar, registrado por Silva Leme, como Martim Fernandes ("Genealogia Paulistana", tit. Tenorios), iniciou, pelo Anhemby abaixo, uma expedição, para a qual tinha aviado várias dezenas de expedicionários, dentre os quais(...)  ver mais

2°. Dados para a História dos Índios Caiapó; Mario Abdo Neme (1912-1973)
1969
Sabemos que num dos portos do Tietê (Putribu-Pirapitingui) os homens das entradas também se reuniam para iniciar a caminhada, no rumo do sertão, a pé ou a cavalo; como sabemos que Martim Rodrigues estivera antes - com um bando chefiado por Domingos Rodrigues - na região do Paraúpeva: no seu inventário, aberto por não regressar desta entrada de 1608, constava "uma negra por nome Guayá digo da nação Guoayá", escrava "da entrada de Domingos Rodrigues de Paraúpeva", além de um bom número de escravos Tememinó.

Não há certeza, porém, quanto à identidade de seus matadores; apenas - acrescentamos - a de que não foram os Bilreiros. Como referiremos adiante, entende Roque Leme da Câmara que os expedicionários chegaram até o Rio Pará, contrapondo-se-lhe Carvalho Franco dizendo que "ao certo seria na célebre região do Paraúpava".  ver mais

3°. De que estamos falando? Antigos conceitos e modernos anacronismos – escravidão e mestiçagens, 2015. Eduardo França Paiva, Manuel F. Fernández Chaves e Rafael M. Pérez García (orgs.)
2015
Certos índios, mormente os frutos da guerra, eram escravos, e a justificativa para sua escravização frequentemente era a guerra, e assim era importante marcar a diferença entre quem era ou não escravo. A moça Maria “mulata, filha de uma negra tupioaem e de tapanhum, por isso não se avaliou por ser forra”, como consta no inventário de João de Santana, de 1612.

No mesmo inventário se disse “que estava uma negra em Pirapetinguy por nome Paula de nação carijó, escrava do tempo da guerra de Jerônimo Leitão, que por os avaliadores já a conhecerem a avaliaram” em 12 mil réis (grifos nossos).

Índio forro e índio escravo nomeados eram distinguidos naquela sociedade porque os paulistas conheciam suas gentes. Sabiam, por uso e costume, e conhecimento, quem era ou não escravo ou forro e quem devia ou não entrar e de que modo nos inventários.  ver mais




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21 de julho de 1607, sábado
Atualizado em 31/10/2025 00:32:07
Carta do bispo de Leiria, vice rei de Portugal, D. Pedro de Castilho ao rei (D. Flipie II) acerca de uma consulta do Conselho da India, relativa ao que pede o fundidor-mor da artilharia do Estado do Brasil, Domingos Rodrigues; é de precer que pela suficiência deste homem, convirá a sua residência naquelas partes, e que se lhe deve fazer mercê de vinte mil reis cada ano, até que seja provido nalgum oficio
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Francisco de Sousa (67 anos), Filipe III, o Piedoso (29 anos)
•  Temas (3): Açúcar, Metalurgia e siderurgia, Dinheiro$




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12 de fevereiro de 1601, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 00:31:55
Expedição
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Francisco de Sousa (61 anos)
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol XXI. 1916-1921
Data: 1924
Página 289
    1 fonte
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