Wildcard SSL Certificates
20 registros
João de Azpilcueta Navarro
20 registros -

AtualizadosAntigosRecentesImagens

completaResumida
Somente básico

arqiop:\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p3779\sting3.txt
0



  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  31/10/2025 07:29:27º de 20
abrir registro
   
Influências Indígenas. Jornal Correio da Manhã
30 de novembro de 1967, quinta-feira. Atualizado em 31/10/2025 07:29:27
Relacionamentos
 Pessoas (4) Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Henrique de Coimbra (1465-1532), José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570)
 Temas (4): Gentios, Música, Pela primeira vez, Tupinambás
Registros mencionados (2)
01/05/1500 - Celebrou-se a segunda missa [24894]
01/03/1587 - Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil [15938]





  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  23/10/2025 15:51:06º de 20
abrir registro
   
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil
1864. Atualizado em 23/10/2025 15:51:06
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP
 Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (8): República, Canibalismo, Vinho, Cristãos, Música, Ermidas, capelas e igrejas, Goayaó, Jurubatuba, Geraibatiba
Registros mencionados (1)
01/01/1555 - Cacique* [26866]





  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  31/10/2025 07:11:22º de 20
abrir registro
   
Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923)
1883. Atualizado em 23/10/2025 15:51:07
Relacionamentos
 Cidades (5): Cananéia/SP, Porto Seguro/BA, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (36) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Garcia (f.1526), Américo Vespúcio (1454-1512), Anthony Knivet (1560-1649), Ascenso Ribeiro, Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (1507-1592), Diogo Garcia de Moguér, Domingos Luís Grou (1500-1590), Duarte Machado, Fernão de Magalhães (1480-1521), Francisco Correa (f.1590), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Hans Staden (1525-1576), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), João Coelho de Souza (f.1574), João Ramalho (1486-1580), Jorge Correa, Jorge Ferreira (1493-1591), José de Anchieta (1534-1597), Manuel Aires de Casal (1754-1821), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Nicolau Coelho (1460-1504), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pero Lobo, Pero Vaz de Caminha (1450-1500), Piqueroby (1480-1552), Robério Dias (n.1600), Sebastião Fernandes Tourinho, Simão de Vasconcelos (1597-1671), Vasco da Gama (1469-1524), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 Temas (13): Açúcar, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Escravizados, Franceses no Brasil, Guerra de Extermínio, Habitantes, Montanhas, Ordem de Cristo, Pela primeira vez, Peru, Rio Sorocaba

Registro mencionado
1. Expedição
1552

Em 1552 approximadamente, o capitão de Porto Seguro mandou ao sertão doze christãos, acompanhados de indios, aos quaes se incorporou o padre João de Aspilcueta. Da narração confusa que este nos deixou apenas se colhe que chegaram ás serranias donde manam os affluentes do lado direito do São Francisco. Provavelmente é esta uma das entra das de Sebastião Fernandes Tourinho, de que dá relação Gabriel Soares.

Sebastião Tourinho, partindo de Porto Seguro, metteu- se tanto pela terra dentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro. Dahi retrocedeu e veio ter ao Jequitinhonha, que desceu em canoas, chegando ao mar depois de vinte e quatro dias de navegação.

Sebastião Tourinho fez outra entrada pelo rio Doce, que subiu até grande distancia, descobrindo então as esmeraldas. Esta viagem foi anterior ao governo de Luis de Brito e Almeida.

Luis de Brito e Almeida, á vista das informações de Tourinho, mandou ás esmeraldas uma bandeira commandada por Antonio Dias Adorno, que subiu pelo rio das Caravellas e chegou provavelmente ás proximidades do rio Doce. Dahi dividiu se a tropa, descendo uns pelo Jequitinhonha, outros vindo por terra ao Jequiriçá.

Gabriel Soares dá ainda noticia de duas entra das feitas proximamente no mesmo tempo : uma de Bastião Alvares, de Porto Seguro, que a mandado de Luis de Brito e Almeida foi explorar o S. Francisco, e trabalhou por descobrir quanto pôde no que gastou quatro annos e um grande pedaço da fazenda de el - rei ; outra de João Coelho de Sousa, que subiu mais de cem leguas além de um sumi douro, que provavelmente é a cachoeira de Paulo Affonso.

Das palavras do chronista, parece deduzir-se que, ao contrario de Bastião Alvares que subiu contra a corrente, João Coelho de Sousa desceu a favor della, provavelmente por ter chegado ao rio S. Francisco pelo Paraguaçú ou Gussiape. Gabriel Soares que, segundo parece, era irmão de João Coelho, tambem passa como um dos grandes bandeirantes do seculo. [Páginas 99 e 100]
Registros mencionados (11)
09/03/1500 - Ao meio-dia a esquadra de Pedro Álvares Cabral partiu de Lisboa. Eram 13 embarcações [6938]
14/03/1500 - A frota passou por Grã Canária, a maior das Ilhas Canárias [6939]
21/04/1500 - Partida [224]
24/01/1502 - A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia [21460]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
01/12/1532 - Caminho da Serra* [25855]
1540 - Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho [26931]
1552 - Expedição [26774]
1592 - Expedições [26775]
1625 - “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet” [23864]
21/11/1727 - O comerciante João Antunes Cabral Camelo chega Cuiabá [6770]





  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  24/10/2025 02:18:05º de 20
abrir registro
   
O sertão primordial e o grande confronto. Por Gustavo Maia Gomes, economista, em inteligencia.insightnet.com.br (data da consulta)
17 de maio de 2024, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:18:05
Relacionamentos
 Cidades (3): Cuiabá/MT, Olinda/PE, São Vicente/SP
 Pessoas (7) Cristóvão de Colombo (1451-1506), Francisco Bruza Espinosa, Francisco Orellana, Gonzalo Pizarro, João Ramalho (1486-1580), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (12): Amazônia, Arqueologia, Astronomia, Caciques, Cordilheira dos Andes, Descobrimento do Brazil, Guaianase de Piratininga, Habitantes, O Sol, Ouro, Peru, Rio São Francisco

Registros mencionados (5)
1000 - Diáspora carijó / Migração tumpinambá [24714]
12/10/1492 - “Descobrimento” da América [12192]
01/02/1541 - Espanhol Francisco de Orelhana "descobre" a região hoje formada pelos Estados do Amazonas e Pará* [7936]
03/06/1542 - Francisco de Orellana “descobre” o Rio Negro [15929]
14/09/1551 - Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos [21885]





  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  31/10/2025 16:05:48º de 20
abrir registro
   
1865
Atualizado em 30/10/2025 04:36:10
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1
•  Cidades (7): Cananéia/SP, Itu/SP, Niterói/RJ, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (11): Antonio de Herrera y Tordesillas, Apóstolo Tomé Judas Dídimo, João Pineda, José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Padre Manoel de Chaves, Pero Correia (f.1554), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Simão de Vasconcelos (1597-1671)
•  Temas (25): Bíblia, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Descobrimento do Brazil, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Goayaó, Guaianás, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurupará, Karaibas, Maniçoba, Nossa Senhora da Conceição do Itapucú, O Sol, Paranaitú, Peru, Prata, Rio São Francisco, Tamoios, Tapuias, Topayaras, Tupinambás, Vinho
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1
Data: 1865
Página 53 do pdf
    Registros relacionados
10 de outubro de 1553, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:54
1°. José de Anchieta parte para São Vicente
Janeiro de 1555. Atualizado em 23/10/2025 15:34:04
2°. Cacique*
Não se acordava contudo o pequeno rebanho dos vivos, á vista de tantos, e tais mortos. Tinham fé viva que iam fundar na outra vida novos Colégios, e nova República na Cidade de Deus, cujo costume é substituir iguais, ou mais avantajados aos que leva em empresas semelhantes.

Lidava neste tempo o espírito de Nóbrega incansável na conversão dos nativos em São Vicente, e experimentava neles vários efeitos á medida da variedade de sua natureza inconstante; especialmente o vício de matar, e comer em terreiro os inimigos. É notável nesta matéria o caso seguinte.

Corria o principio de janeiro do presente ano, e foram-se ás escondidas dos Padres quantidade de nativos das aldeas de Piratininga a um lugar por nome Jaraibatigba, aonde tinham preparado grandes vinhos para brindarem sobre as carnes de um Tapuya, que haviam de matar, e comer em terreiro. Obraram seu intento livremente, porque ficavam muito distante dos Padres:

porém voltando não se acharam tão folgados; porque o Padre Nóbrega revestido da ira do zelo de São Paulo, depois de repreender gravemente o atrevimento em homens já Cristãos, os mais deles, lhes deus penitências muito graves; e entre elas, que não entrassem na igreja até não irem todos disciplinados de mão comum (como o foram em suas festas abomináveis) pedindo perdão ao Senhor, que tinham ofendido.

Quem vira o arrependimento destes nativos, e a facilidade com que aceitaram as penitências, diria, que não havia gente mais apta para o reino de Deus. Foram todos sem repugnância alguma, disciplinando-se: iam diante deles seus filhos cantando-lhes as "Ladainhas, e Psalmo Miserere": e depois de feita a penitência, e reconciliados á antiga graça dos Padres, voltaram logo ao vomito.

Não tinham passado muitos dias, quando indo estes mesmos á guerra, tomaram nela um Goayaná contrário; e voltando-se com ele para a aldeia, convidados parece de suas boas carnes, determinaram fazer o mesmo que tinham feito em Jaraibatigba: e o que é mais que para prova, que era a causa pública, o próprio Principal já Cristão, por nome Martim Afonso de Mello, mandou alimpar o terreiro defronte das casas dos Padres, com tal resolução, festa, e alarido, como se em seu sertão estiveram (que parece não ficam em si nestes casos, ou arrebatados do ódio do inimigo, ou do amor da carne humana, ou do apetite da honra, que cuidam ganham em semelhante ato).

Já chegava a ser preso em cordas o pobre Goyaná, já corriam os brindes, já se aprestavam as velhas, repartidoras que haviam de ser das carnes do triste padecente: preveniam fogo, lenha, panelas em que coze-las: já finalmente se enfeitava aquele valente triunfador, que havia de ser obrador de tão ilustre feito.

Quando neste comenos sentiu o descomedido e arrogante Principal a força do espírito de Nóbrega: o qual, depois de tentados os meios de brandura sem efeito, mandou religiosos resolutos, que quebraram as cordas, largaram o preso, afugentaram as velhas, desfizeram o fogo, quebraram as panelas, e talhas de vinho.; e o que mais espanta, senhorearam-se da própria maça, ou espada, com que costumam esgrimir, ferir, e matar nestas ocasiões; e é entre eles o maior agravo.

Aqui se deu por afrontado o bom Principal Martim Afonso: gritou, assoviou, bateu o arco, e o pé, apelidou os seus, e ameaçou que lançaria de suas terras gente que não deixava desafrontar-se um Principal de seus inimigos. Pretendeu tornar ao intento; e em lugar da maça, ou espada, houve foice ás mãos, e quis obrar com ela a morte, que com a espada não podia: porém foi-lhe tirada com tal indústria, que ficou frustado seu intento, e o Goayaná livre.

E o fim mais espantoso foi, que quando se podia esperar de um Principal agravado, e vassalos tão inconstantes, um grande desatino; posto distante de todos eles Nóbrega, lhes estranhou com tal resolução, e espirito a fealdade do delito que cometiam homens já da igreja de Deus, que voltando todos as costas se foram como envergonhados meter em suas casas; e passado o furor, e repreendido também o Principal de sua sogra, e mulher, nativas Cristãs, e de bom respeito, tornou em si ele, e os demais caíram no mal que fizeram, e foram lançar-se aos pés dos Padres e pedir-lhes perdão de sua ignorância.

Trazia o Padre Nóbrega tempo havia em seu peito (como já tocamos) grandes fervores de ir assentar sua residência com alguns companheiros entre os nativos Carijós, que habitavam a maior parte da costa marítima até o Rio da Prata, e era grande multidão de gente acomodada para a Fé; e cercada de outras nações, das quais todas se esperava grande colheita. [Páginas 262 e 263]
15 de março de 1555, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:04
3°. Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1 - 01/01/1865:

Não se acordava contudo o pequeno rebanho dos vivos, á vista de tantos, e tais mortos. Tinham fé viva que iam fundar na outra vida novos Colégios, e nova República na Cidade de Deus, cujo costume é substituir iguais, ou mais avantajados aos que leva em empresas semelhantes.

Lidava neste tempo o espírito de Nóbrega incansável na conversão dos nativos em São Vicente, e experimentava neles vários efeitos á medida da variedade de sua natureza inconstante; especialmente o vício de matar, e comer em terreiro os inimigos.

É notável nesta matéria o caso seguinte. Corria o principio de janeiro do presente ano, e foram-se ás escondidas dos Padres quantidade de nativos das aldeias de Piratininga a um lugar por nome Jaraibatigba (Jerybatiba, terras de Cayubi), aonde tinham preparado grandes vinhos para brindarem sobre as carnes de um Tapuya, que haviam de matar, e comer em terreiro.

Obraram seu intento livremente, porque ficavam muito distante dos Padres: porém voltando não se acharam tão folgados; porque o Padre Nóbrega revestido da ira do zelo de São Paulo, depois de repreender gravemente o atrevimento em homens já Cristãos, os mais deles, lhes deus penitências muito graves; e entre elas, que não entrassem na igreja até não irem todos disciplinados de mão comum (como o foram em suas festas abomináveis) pedindo perdão ao Senhor, que tinham ofendido.

Quem vira o arrependimento destes nativos, e a facilidade com que aceitaram as penitências, diria, que não havia gente mais apta para o reino de Deus. Foram todos sem repugnância alguma, disciplinando-se: iam diante deles seus filhos cantando-lhes as Ladainhas, e Psalmo Miserere: e depois de feita a penitência, e reconciliados á antiga graça dos Padres, voltaram logo ao vomito.

Não tinham passado muitos dias, quando indo estes mesmos á guerra, tomaram nela um Goayaná contrário; e voltando-se com ele para a aldeia, convidados parece de suas boas carnes, determinaram fazer o mesmo que tinham feito em Jaraibatigba (Jerybatiba, aldeia de Cayubi).

E o que é mais que para prova, que era a causa pública, o próprio Principal já Cristão, por nome Martim Afonso de Mello, mandou alimpar o terreiro defronte das casas dos Padres, com tal resolução, festa, e alarido, como se em seu sertão estiveram (que parece não ficam em si nestes casos, ou arrebatados do ódio do inimigo, ou do amor da carne humana, ou do apetite da honra, que cuidam ganham em semelhante ato).

Já chegava a ser preso em cordas o pobre Goyaná, já corriam os brindes, já se aprestavam as velhas, repartidoras que haviam de ser das carnes do triste padecente: preveniam fogo, lenha, panelas em que coze-las: já finalmente se enfeitava aquele valente triunfador, que havia de ser obrador de tão ilustre feito.

Quando neste comenos sentiu o descomedido e arrogante Principal a força do espírito de Nóbrega: o qual, depois de tentados os meios de brandura sem efeito, mandou religiosos resolutos, que quebraram as cordas, largaram o preso, afugentaram as velhas, desfizeram o fogo, quebraram as panelas, e talhas de vinho.; e o que mais espanta, senhorearam-se da própria maça, ou espada, com que costumam esgrimir, ferir, e matar nestas ocasiões; e é entre eles o maior agravo.

Aqui se deu por afrontado o bom Principal Martim Afonso: gritou, assoviou, bateu o arco, e o pé, apelidou os seus, e ameaçou que lançaria de suas terras gente que não deixava desafrontar-se um Principal de seus inimigos. Pretendeu tornar ao intento; e em lugar da maça, ou espada, houve foice ás mãos, e quis obrar com ela a morte, que com a espada não podia: porém foi-lhe tirada com tal indústria, que ficou frustado seu intento, e o Goayaná livre.

E o fim mais espantoso foi, que quando se podia esperar de um Principal agravado, e vassalos tão inconstantes, um grande desatino; posto distante de todos eles Nóbrega, lhes estranhou com tal resolução, e espirito a fealdade do delito que cometiam homens já da igreja de Deus, que voltando todos as costas se foram como envergonhados meter em suas casas; e passado o furor, e repreendido também o Principal de sua sogra, e mulher, nativas Cristãs, e de bom respeito, tornou em si ele, e os demais caíram no mal que fizeram, e foram lançar-se aos pés dos Padres e pedir-lhes perdão de sua ignorância.

Trazia o Padre Nóbrega tempo havia em seu peito (como já tocamos) grandes fervores de ir assentar sua residência com alguns companheiros entre os nativos Carijós, que habitavam a maior parte da costa marítima até o Rio da Prata, e era grande multidão de gente acomodada para a Fé; e cercada de outras nações, das quais todas se esperava grande colheita.

Estes pensamentos revolvia em seu entendimento, quando chegaram Embaixadores de todas aquelas partes do Paraguai, e Rio da Prata, onde por fama era muito conhecido o zelo de Nóbrega, e de seus companheiros como homens santos: o pediam que quisesse ir, ou mandar alguns dos seus a ensinar-lhes o caminho da verdade.

Vinha entre os mais nativos um grande Principal já Cristão, por nome Antonio de Leiva, cujos desejos de levar os Padres eram tão grandes, que depois de atravessar com muitos trabalhos o sertões de duzentas léguas com seus vassalos, dizia, que ou haviam de ir com ele os Padres, ou ele com todos os seus havia de ficar entre eles.

Davam por razão, que todas as nações daquelas suas partes estavam comprometidas neles, e seria afronta sua tornar com as mãos lavadas: e que se os Padres fossem com ele, todos haviam de ouvir sua doutrina, e sem eles ficavam sem remédio de quem lhes pregasse desenganadamente, e fôra de cobiça.

Facilitava a petição do Principal, outra ocasião oportuna de serviço de Deus: porque pretendiam passar pelos mesmos sertões ao Rio da Prata parte daqueles Castelhanos, que o Padre Leonardo Nunes de boa memória tinha trazido, na forma que dissemos, dentre o Gentio dos Patos, e não poderão ir com os primeiros. Pediam estes agora ao Padre Nóbrega, quisesse mandar-lhes dar escolta por alguns Religiosos línguas, que franqueassem a passagem entre as nações por onde haviam de passar, que só aos Padres conheciam, e respeitavam.

Todas estas razões eram setas de fogo, que incendeiam em caridade o coração de Nóbrega: por todas elas esteve resoluto a partir-se, e a ponto já de embarcar-se com alguns companheiros em canoa pelo rio abaixo, que retalhando aquele vasto sertão, vai a desembocar no rio Paraguai, e da Prata. Porém o Céu traçava coisas diversas, e foi servido que no próprio dia 15 de maio de 1555 em que havia de partir, chegasse nova que tinha aportado á vila de São Vicente o Padre Luis da Gram seu Colateral, por quem esperava. [26863]
15 de maio de 1555, domingo. Atualizado em 27/10/2025 14:31:27
4°. Chegada
Facilitava a petição do Principal, outra ocasião oportuna de serviço de Deus: porque pretendiam passar pelos mesmos sertões ao Rio da Prata parte daqueles Castelhanos, que o Padre Leonardo Nunes de boa memória tinha trazido, na forma que dissemos, dentre o Gentio dos Patos, e não poderão ir com os primeiros. Pediam estes agora ao Padre Nóbrega, quisesse mandar-lhes dar escolta por alguns Religiosos línguas, que franqueassem a passagem entre as nações por onde haviam de passar, que só aos Padres conheciam, e respeitavam.Todas estas razões eram setas de fogo, que incendeiam em caridade o coração de Nóbrega: por todas elas esteve resoluto a partir-se, e a ponto já de embarcar-se com alguns companheiros em canoa pelo rio abaixo, que retalhando aquele vasto sertão, vai a desembocar no rio Paraguai, e da Prata. Porém o Céu traçava coisas diversas, e foi servido que no próprio dia 15 de maio de 1555 em que havia de partir, chegasse nova que tinha aportado á vila de São Vicente o Padre Luis da Gram seu Colateral, por quem esperava. [Páginas 262 e 263 e 264]




  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  31/10/2025 10:31:50º de 20
abrir registro
   
“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
2005. Atualizado em 31/10/2025 10:31:50
Relacionamentos
 Cidades (7): Buenos Aires/ARG, Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Timbó/SC
 Pessoas (20) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Agustín de Zárate, Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Fernão Cardim (1540-1625), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro de Mendoza, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Serafim Soares Leite (1890-1969)
 Temas (23): Algodão, Bíblia, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Cristãos, Curiosidades, Estradas antigas, Gentios, Inferno, Jesuítas, Leis, decretos e emendas, Música, Nheengatu, Papas e o Vaticano, Rei Branco, Rio Anhemby / Tietê, São Paulo de Piratininga, Serra do Mar, Tabatinguera, Tamoios, Tupis, Vila de Santo André da Borda
Registros mencionados (3)
1. “Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa”
abril de 1549

Antes deles, os jesuítas se valiam dos línguas sem vínculo com a obra missionária,a exemplo de Caramuru, referido por Nóbrega em carta escrita de Salvador ao provincial Simão Rodrigues, em abril de 1549: “Espero de as tirar [‘orações e algumas práticas de Nosso Senhor’ na língua brasílica] o melhor que puder com um homem que nesta terra se criou de moço, o qual agora anda mui ocupado em o que o Governador lhe manda e não está aqui”.

Em outra carta escrita de Porto Seguro a 06 de janeiro de 1550, ele se reporta novamente a esse ofício de Diogo Álvares. Anchieta, em Informação dos primeiros aldeamentos da Bahia, também relata: Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa.

O cotejo de trechos de diferentes epístolas de Nóbrega dá idéia disso: em carta escrita da Bahia em 1549, presumidamente em abril, ele menciona o avantajamento de Navarro, em relação aos demais jesuítas, no aprendizado da língua, embora a referência de Navarro pregando “à gente da terra”, esclarece Serafim Leite em nota, deva ser entendido como sendo a portugueses e seus filhos.
2. “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41).
9 de agosto de 1549

Em carta escrita da Bahia a 09 de agosto de 1549, ele relata ter feito “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41).
3. “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha”
10 de agosto de 1549
Registros mencionados (50)
1219 - São Francisco teria encontrado o sultão egípcio Melek AlKamel [22767]
30/04/1528 - D. Rodrigo de Acuña, em carta dirigida a D. João III, computava em mais de 300 cristãos, e filhos de cristãos, os que se encontravam derramados em terras do Brasil [21811]
01/03/1536 - Fundação de Buenos Aires* [21887]
15/06/1536 - Batalha entre espanholes e os indios Querandíes [21888]
29/05/1537 - Emitida a bula papal “Sublimis Deus” [10976]
1540 - Casamento: Arrisco dizer que foi este é o ano de nascimento de Suzanna Dias, filha de Lopo e Beatriz Dias / Luzia? [20000]
17/12/1548 - Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil” [12815]
1549 - “grande língua da terra e dos principais moradores de São Vicente, foi aí recebido por Leonardo Nunes, em 1549, juntamente com Pero Correa” [21891]
1549 - “Trabalhei, vendo tão grande blasfêmia, por ajuntar toda a Aldeia com altas vozes aos quais desenganei e contradisse o que ele dizia, por muito espaço de tempo, com um bom língua, que ali tinha, o qual falava o que eu lhe dizia em alta voz com sinais de grandes sentimentos que eu mostrava” [21825]
29/03/1549 - Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil [7213]
01/04/1549 - “Foram também os ditos Padres aprendendo a língua do gentio para que sua conversão tivesse melhor efeito, porque até ali se ajudavam de alguns homens seus devotos e moços da terra, filhos de Portugueses, que já cá havia, e assim procederam no tempo do dito governador Tomé de Sousa e de Dom Duarte da Costa”* [21894]
15/04/1549 - “Cá há clérigos, mas é a escória que de lá vem” [21884]
09/08/1549 - “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41). [21901]
10/08/1549 - “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha” [21896]
06/01/1550 - “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam” [21902]
1551 - “E por isso que nos repartimos pelas Capitanias, e, com as línguas que nos acompanham, nos ocupamos nisto, aprendendo pouco a pouco a língua, para que entremos pelo sertão adentro” [21826]
13/09/1551 - “Destes escravos e das pregações corre a fama as Aldeias dos Negros, de maneira que vêm a nós de mui longe a ouvir nossa prática” [21814]
14/09/1551 - Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos [21885]
1552 - Carta de Manoel da Nóbrega dirigida ao Provincial Simão Rodrigues [21874]
10/07/1552 - Plano de envio de meninos da terra à Metrópole [21904]
01/08/1552 - “se se poderão confessar por intérprete a gente desta terra que não sabe falar nossa língua?”* [21829]
30/08/1552 - “Se nos abraçarmos com alguns costumes deste gentio, os quais não são contra nossa fé católica, nem são ritos dedicados a ídolos, como é cantar cantigas de Nosso Senhor em sua língua pelo seu tom e tanger seus instrumentos de música”* [21899]
1553 - “E, segundo o nosso parecer e experiência que temos da terra, esperamos fazer muito fruto, porque temos por certo que quanto mais apartados dos Brancos, tanto mais crédito nos têm os índios” [21831]
1553 - “ele veio de Paraguai por terra a S. Vicente. Entrou na Companhia recebido por Nóbrega, em 1553” [21890]
10/03/1553 - Manoel da Nóbrega escreve de São Vicente: “Ainda que com tanta contradição dos brancos não se pode fazer nada mais que desacreditar cada vez o nosso ministério” [21912]
01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” [8742]
15/06/1553 - “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada [21900]
31/08/1553 - Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios” [21876]
24/12/1553 - “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão” [21830]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
15/03/1555 - Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola [26939]
25/03/1555 - “dispensas de todo o direito positivo mormente para os que se convertem à fé de Cristo” [21856]
16/06/1556 - Bispo Sardinha foi "comido" por índios Caetés [11130]
08/05/1558 - Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres [21910]
31/03/1560 - Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá? [10473]
04/04/1561 - Ataque aos índios tamoios [19960]
06/05/1563 - Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig [8853]
15/02/1564 - João Ramalho teria sido novamente eleito vereador de São Paulo, porém, já velho (por volta dos setenta anos), recusou o posto, como consta da ata da Câmara Municipal [8750]
12/05/1564 - Representação a Estácio de Sá (Atas da Câmara de São Paulo (1914-I: 42) [20712]
18/01/1590 - Levante dos Tupinaquim [21886]
1657 - “desinfestar aquela região das populações indígenas revoltadas” [21881]
30/11/1681 - “formalizou o uso da língua geral na tentativa forma de facilitar a catequese e a instrução do gentio para o trabalho” [21836]
13/01/1750 - Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid [8186]
1752 - “Este corpo [os jesuítas], não só poderosíssimo, mas formidável a este Estado, é o que nunca se pôde pôr em obediência, nem será possível consegui-lo enquanto se conservar o sistema presente” [21835]
03/09/1758 - Tentativa de assassinato do Rei Dom José [21852]
21/07/1759 - Carta régia ordenando a expulsão dos jesuítas do Brasil [11423]
21/07/1773 - Papa Clemente XIV publicou o breve Dominus ac Redemptor noster, com o qual extingui os Jesuítas [21853]
1955 - A Fundação De São Paulo - Jaime Cortesão [20457]
01/01/2005 - Extendido a todo o Brasil as leis de 1755 sobre da liberdade dos índios [10810]
24/01/2021 - História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br [21877]





  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  31/10/2025 14:32:50º de 20
abrir registro
   
1663
Atualizado em 31/10/2025 00:22:20
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil, 1663. Simão de Vasconcelos (1597-1671)
•  Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (13): Afonso Sanches, Alonso de Ovalle (1601-1651), Antonio de la Calancha (1584-1654), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Padre Manoel de Chaves, Pero Correia (f.1554), Salvador Correia de Sá, O Velho (1538-1631), Simão de Vasconcelos (66 anos)
•  Temas (22): Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Canguera, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Cavalos, Cemitérios, Estradas antigas, Farinha e mandioca, Galinhas e semelhantes, Goayaó, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurupará, Karaibas, Léguas, Maniçoba, Nossa Senhora da Conceição do Itapucú, Paranaitú, Peru, Rio São Francisco, Tapuias, Vinho
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1
Data: 1865
Página 51 do pdf
    Registros relacionados
1473. Atualizado em 27/10/2025 03:10:52
1°. Colombo
Janeiro de 1555. Atualizado em 23/10/2025 15:34:04
2°. Cacique*
Não se acovardava com tudo o pequeno rebanho dos vivos, á vista de tantos, e tais mortos. Tinham fé viva que iam estes fundar na outra vida novos colégios, e nova republica na cidade de Deus, cujo costume é substituir iguais, ou mais avantajados aos que leva em empresas semelhantes. Lidava neste tempo o espírito de Nóbrega incansável na conversão dos nativos em São Vicente, e experimentava neles vários efeitos á medida da variedade de sua natureza inconstante; especialmente sobre o vício de matar e comer em terreiro aos inimigos.

É notável nesta matéria o caso seguinte. Corria o princípio de Janeiro dol presente ano, e foram-se ás escondidas dos padres quantidade de nativos das aldeias de Pirátininga a um lugar por nome Jaraibatígba, aonde tinham preparado grandes vinhos para brindarem sobre as carnes de um Tapuya, que haviam de matar, e comer em terreiro. Obraram seu intento, livremente, porque ficavam muito distantes dos padres: porém voltando não se acharam tão folgados; porque o padre Nóbrega revestido da ira do zelo de São Paulo, depois de repreender gravemente o atrevimento em homens já cristãos, os mais deles, lhes deu penitencias mui graves; e entre elas, que não entrassem na igreja até não irem todos disciplinados de mãe comum (como o foram em suas festas abomináveis) pedindo perdão ao Senhor, que tinham ofendido. Quem vira o arrependimento destes nativos, e a facilidade com que aceitaram as penitencias, diria que não havia gente mais apta para o reino de Deus. Foram todos, sem repugnância alguma, disciplinando-se: iam diante deles seus filhos cantando-lhes as ladainhas, e psalmo Miserere: e depois de feita a penitencia, e reconciliados á antiga graça dos padres, voltaram logo ao vômito. [Página 102, 250 do pdf]

Não tinha passado muitos dias, quando indo estes mesmos á guerra, tomaram nela um Goayaná contrário; e voltando com ele para a aldeia, convidados parece de suas boas carnes, determinaram fazer o mesmo que tinham feito em Jaraibatigba: e o que é mais que para prova, que era a causa pública o próprio Principal já cristão por nome Martim Affonso de Mello, mandou alimpar o terreiro defronte das casas dos padres, com tal resolução, festa, e alarido, como se em seu sertão estiveram (que parece não ficam em si nestes casos, ou arrebatados do ódio do inimigo, ou do amor da carne humana, ou do apetite da honra, que cuidam ganham em semelhante ato). Já chegava a ser preso em cordas o pobre Goayaná, já corriam os brindes, já se aprestavam as velhas, repartidoras que haviam de ser das carnes do tries padecente: preveniam fogo, lenha, panelas: em que cozel-as: já finalmente se enfeitava aquele valente triunfador, que havia de ser obrador de tão ilustre feito. Quando neste comenos sentiu o descomedido e arrogante Principal a força do espírito de Nóbrega: o qual, depois de tentados os meios de brandura sem efeito, mandou religiosos resolutos, que quebraram as cordas, largaram o preso, afugentaram as velhas, desfizeram o fogo, quebraram as panelas, e talhas de vinho; e o que mais espanta, senhorearam-se da própria maça, ou espada, com que costumam esgrimir, ferir, e matar nesta ocasiões; e é entre eles o maior agravo. Aqui se deu por afrontado o bom Principal Martim Affonso: gritou, assobiou, bateu o arco, e o pé, apelidou os seus, e ameaçou que lançaria de suas terras gente que não deixava desafrontar-se um Principal de seus inimigos.

Pretendeu tornar ao intento; e em lugar da maça, ou espada, houve uma foice as mãos, e quis obrar com ela a morte, que com a espada não podia: porém foi-lhe tirada com tal industria, que ficou frustrado seu intento, e o Goayaná livre. E o fim mais espantoso foi, que quando se podia esperar de um Principal agravado, e vassalos tão inconstantes, um grande desatino; posto diante de todos eles Nóbrega, lhes estranhou com tal resolução, e espírito e fealdade do delito que cometiam homens já da Igreja Deus, que voltando todos as costas se foram como envergonhados meter em suas casas; e passado o furor, e repreendido também o Principal de sua sogra, e mulher; nativas cristãs, e de bom respeito, tornou em si ele, e os demais caíram no mal que fizeram, e foram lançar-se aos pés dos padres a pedir-lhes perdão de sua ignorância. [Página 102, 251 do pdf]
1584. Atualizado em 25/02/2025 04:40:14
3°. “Theatrum orbis terrarum. Antuerpiae: apud Christophorum Plantinum”, de Abraham Ortelius (1527-1598)
1631. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10
4°. O Frei Antonio de la Calancha (1584-1654) publica, em Barcelona (Espanha), a "Crônica Moralizada da Ordem de Santo Agostinho no Peru"
Finalmente, prova-se o assunto que pretendo, de que andou por estas partes o Santo Apóstolo Thomé, por testemunhos infinitos, de todos os Reinos da América, e de todas as gentes, e nações naturais do Brasil, do Paraguay, do Perú, especialmente de Cuxco, Quito, e México; como largamente trata e confirma o Padre Mestre Antonio de la Calancha (1584-1654) no liv. II de sua História Peruana, cap. 2. O que tudo suposto: quem haverá que negue ainda hoje haver-se de ter por certa, tradição tão constante por tantas vias, por tantos Reinos, por tantas nações, e casos tão extraordinários? D´outra maneira negar-se-ha a fé comum da tradição humana em todas as mais coisas, tanto contra o estilo do mundo, e o intento da sagrada Escritura, que diz, Exod. 32. "Interroga patrem tuam, e annuntiabit tibi: maiores tuos, et dicent tibi." Se não pergunto eu: assim como no papel as letras, porque não imprimiram também nas memórias, as espécies das coisas memoráveis? Neguemos logo as façanhas dos Cesares, dos Pompeos, dos nossos Viriatos, Sertorios, e outras historias semelhantes.
1663. Atualizado em 27/10/2025 16:34:59
5°. Marsílio Ficino traduziu Platão
6 de maio de 1758, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:18
6°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre




  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  31/10/2025 12:00:50º de 20
abrir registro
   
1607
Atualizado em 30/10/2025 10:06:36
Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
•  Cidades (4): Itapetininga/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (18): Afonso Sardinha, o Velho (76 anos), Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Antônio Salema, Domingos Luís Grou (1500-1590), Duarte da Costa (1505-1560), Francisco Correa (f.1590), Inácio de Azevedo, José de Anchieta (1534-1597), Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Mem de Sá (1500-1572), Padre Balthazar (71 anos), Papa Pio V, Antonio Ghislieri (1504-1572), Pedro Leitão, Pedro Rodrigues (65 anos), Quirino Caxa (1538-1599), Tomé de Sousa (1503-1579), Vicente Rodrigues
•  Temas (15): Apiassava das canoas, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Estevão Ribeiro "o Velho", Gentios, Léguas, Maniçoba, Montanhas, Ouro, Peru, Santo Mauro, São Paulo de Piratininga, Tamoios
    1 fonte
  0 relacionadas
    Registros relacionados
1552. Atualizado em 09/10/2025 04:05:54
1°. Expedição
Sendo N Padre na Baya de todos los sanctos, Sua Alteza determinou enviar doze homens pelo sarto para descobrir o ouro que diziam estar ali, para o qual o governador Thomé de Sosa pediu um padre,

Eles vão procurar o ouro e ele vai procurar o tesouro das almas, que naquelas partes é muito abundante e por essas partes acreditamos que se pode entrar até o Amazonas: agora temos notícias de que no mês de Em março de 1554 eles entraram pela capitania chamada Porto Seguro.

E o que mais acontecer na Baya será escrito. do mês de julho de 1554 de Piratininga. [Página 54]
1 de janeiro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
2°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
Andava o Padre José pela serra fazendo um caminho novo de São Vicente para São Paulo e acompanhavam Afonso Sardinha com muita gente, o qual jura que viu enxugar-se-lhe o vestido padre, quando entrava na choupana vindo de fora molhado, na qual estava até que lhe parecia que Afonso Sardinha dormia, e logo se saia da casinha, e posto ao pé de um pau, as mãos levantadas passava a maior parte da noite em oração.
20 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 28/10/2025 16:13:44
3°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias
Março de 1554. Atualizado em 24/10/2025 02:35:05
4°. Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha*
Sendo N Padre na Baya de todos los sanctos, Sua Alteza determinou enviar doze homens pelo sarto para descobrir o ouro que diziam estar ali, para o qual o governador Thomé de Sosa pediu um padre.

Eles vão procurar o ouro e ele vai procurar o tesouro das almas, que naquelas partes é muito abundante e por essas partes acreditamos que se pode entrar até o Amazonas: agora temos notícias de que no mês de Em março de 1554 eles entraram pela capitania chamada Porto Seguro. E o que mais acontecer na Baya será escrito. do mês de julho de 1554 de Piratininga. [Página 54]
6 de maio de 1563, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:23
5°. Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig
Quando Afonso Sardinha, morador na vila de São Paulo tratou no seu testemunho do voluntário cativeiro, em que o Padre José de foi meter para fazer as pazes com os contrários, diz assim:

"Ensinava ao gentio a doutrina e fé Católica, e depois de fazer a doutrina, tomava seu Breviário e se ia pelos matos rezar, e rezando lhe vinha um passarinho muito formoso, pintado de várias cores, andar por riba de seus ombros e por riba do livro e seus braços." [Página 44]
Novembro de 1566. Atualizado em 25/10/2025 04:44:16
6°. Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado*
Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão.

Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6]
1567. Atualizado em 23/10/2025 15:36:41
7°. Primeira Missa em São Vicente
Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão.

Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6]
Março de 1568. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17
8°. Visita*
Dezembro de 1568. Atualizado em 25/10/2025 04:44:48
9°. Anchieta*
Dali a alguns tempos sucedeu que dois homens de croncrenas largas e de nome como gentio contrario temendo o castigo devido a suas graves culpas, se levantaram e com suas famílias se foram meter entre os inimigos, pelo que com razão se temia viessem com poder de gente a destruir a Capitania.

Vendo o Padre José que não havia contra este perigo forças humanas, e confiado só nas de Deus se determinou ir para buscar os alevantados e reduzi-los á obediência de seu capitão, levando largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Padre Vicente Rodrigues, e outros homens, e um nativo mui esforçado, o qual depois de Deus foi todo seu remédio no perigo em que se viu.

Tinham navegado por rios 8 dias em uma canoa de casca; são estas interiças, da grossura de um bom dedo polegas, mas tem um mal que em se alagando não dão mais mostras de si, o que não tem as de pau, que por mais que se alaguem, ou virem nunca se vão ao fundo.

Chegaram os navegantes a uma cachoeira, ou salto que o rio faz, e os padres iam rezando as horas da Conceição de Nossa Senhora, se não quando se vão todos ao fundo com a canoa, em altura de 4 ou 5 braças de água; mas todos saíram a nada, só o bom Padre José não apareceu:

não sofreu o coração do nativo deixar por bom espaço de tempo, e não no achando vem se a cima a tomar fôlego e descansar um pouco; deita-se outra vez de mergulho, e quer Deus que o acha assentado no fundo; pega dele pela roupa e o Padre deixa-se vir sem aferrar no nativo, e desta maneira vem a cima, são e salvo.

Com suma alegria e consolação dos presentes: esteve debaixo d´água obra de meia hora, não desacordado, antes muito em seu juízo, lembrando-se de três coisas, como ele depois disse: de Jesus, da Virgem Maria de Deus, e de não beber água, como de certo não bebeu.

Não se acabaram aqui os trabalhos daquele dia; porque era já noite, e chovia, e acharam-se no mato espesso, sem fato para mudar, nem coisa para comer, nem fogo com que se remediar, nem uma choupana em que se meter, nem caminho que seguir; finalmente, quando todo o humano lhes faltou, então lhes acudiu o Senhor;

porque andando assim ás apalpadelas um pedaço de caminho, vão dar nas mesmas casas dos homens, que iam buscar, os quais vendo os padres tão maltratados, de tal maneira se lhes mudaram os corações que lançados aos pés do Padre José com muitas lágrimas diziam:

Ainda Padre meus pecados haviam de abranger a vossa reverendíssima! Recolheram-nos logo em suas choupanas, e procurando todo o necessário com muita caridade, e vendo o perdão que lhes levava, e o trabalho que por eles tomara, foi fácil acabar com eles se tornassem para São Vicente.




  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  27/08/2025 06:46:23º de 20
abrir registro
   
1956
Atualizado em 31/10/2025 00:22:21
Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969)
•  Cidades (5): Assunção/PAR, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (24): Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco Pires, João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Luís da Grã (n.1523), Luis de Góes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Matheus Nogueira, Mem de Sá (1500-1572), Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Pedro Collaço Vilela, Pedro Dias (f.0), Pero (Pedro) de Góes, Pero Correia (f.1554), Quirino Caxa (1538-1599), Serafim Soares Leite (66 anos), Suzana Dias (1540-1632), Tomé de Sousa (1503-1579), Vicente Rodrigues
•  Temas (17): Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Maniçoba, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, São Paulo de Piratininga, Vila de Santo André da Borda
Monumenta Brasiliae
Data: 1956
Créditos: Serafim Soares Leite (1890-1969)
Página 41
    Registros relacionados
9 de agosto de 1549, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 23:16:01
1°. “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41).
(Anchieta em 1555) Além destes índios, há ouro gentio espalhado ao longe e ao largo, a que chamam Carijós (Carijós os Guaranis, cuja menção se encontra já nas primeiras cartas de Nóbrega. Carta de 9 de agosto de 1549.), nada distinto destes quanto à alimentação, modo de viver e língua, mas muito mais manso e mais propenso às coisas de Deus, como ficámos sabendo claramente da experiência feita com alguns, que morreram aqui entre nós, bastante firmes e constantes na fé. Estes estão sob o domínio dos Castelhanos, a quem de boa vontade constróem as casas e de boa mente ajudam a obter as coisas necessárias à vida. [Página 212 do pdf]
29 de agosto de 1553, sábado. Atualizado em 30/10/2025 20:32:27
2°. Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
A narrativa impessoal diz que "se viu" e Nogueira, de fato, poderia não estar presente, mas Nóbrega "viu" em pessoa. Depois de fundar a Aldeia de Piratininga em 29 de agosto de 1553, seguiu para Maniçoba com um Irmão "grande" (Antonio Rodrigues) e quatro ou cinco Irmãos "pequenos" (meninos). Os tupinaquins iam matar em terreiro e comer, "uns índios carijós".

Nóbrega procurou evitar o morticínio, sem o alcançar. (Foram estas e outras verificações positivas e pessoais, que o levaram ao plano de 1558, que Mem de Sá executou). Antonio Rodrigues e os Irmãos "pequenos" pregaram e "converteram" aqueles nativos que iam ser mortos; e também aqui os matadores impediam o batismo e os vigiavam muito bem, dizendo que, se eles se batizassem que comesse a sua carne morreria. [p. 437, 438 e 439 do pdf]
18 de julho de 1554, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:39:00
3°. Carta de Pero Correa ao Pe. Braz Lourenço
A narrativa impessoal diz que "se viu" e Nogueira, de fato, poderia não estar presente, mas Nóbrega "viu" em pessoa. Depois de fundar a Aldeia de Piratininga em 29 de agosto de 1553, seguiu para Maniçoba com um Irmão "grande" (Antonio Rodrigues) e quatro ou cinco Irmãos "pequenos" (meninos). Os tupinaquins iam matar em terreiro e comer, "uns índios carijós".

Nóbrega procurou evitar o morticínio, sem o alcançar. (Foram estas e outras verificações positivas e pessoais, que o levaram ao plano de 1558, que Mem de Sá executou). Antonio Rodrigues e os Irmãos "pequenos" pregaram e "converteram" aqueles nativos que iam ser mortos; e também aqui os matadores impediam o batismo e os vigiavam muito bem, dizendo que, se eles se batizassem que comesse a sua carne morreria.

O fato é contado em pormenor pelo Irmão Pero Correia, que tinha ido adiante de Nóbrega, e provavelmente também assistiu a matança, na carta de 18 de julho de 1554 (supra, carta 17). Ao nativo, que se ofereceu para os batizar secretamente ("para que aqueles morressem cristãos"), parece referir-se Nóbrega. [Diálogo sobre a conversão do gentio do P. Nóbrega. Baía 1556-1557. Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 437, 438 e 439 do pdf]

E muitos outros da Aldea, os quais ainda que alguns não deixem a vida viciosa por exemplo de outros maus cristãos que vem, todavia se crê deles terem fé, pois o principal pecado e que lhe mais estranham, deixaram, que é matarem em terreiro e comerem carne humana. Quem não sabe que indo à guerra estes e tomando contrários os mataram e enterraram? E pera mais vos alegrar, tão bem vos direi que se vio na Mandisoba, onde se matavam uns índios Carijós, outro índio, que com os Padres andava, oferecer-se com grande fervor e lágrimas a morrer pela fé, só porque aqueles morressem cristãos, e outros muitos casos particulares que acontecem cada dia, que seria largo contar.
6 de outubro de 1554, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 11:47:58
4°. Por isso deixou aí um Irmão para os ensinar, e ele, indo mais longe, partiu para outras nações a 6 de Outubro de 1554. Tanto o queriam seguir os Índios, mesmo em território inimigos, que quiserem cortar o cabelo à maneira dos cristãos e ir com ele como servos
Por isso deixou aí um Irmão para os ensinar, e ele, indo mais longe, partiu para outras nações a 6 de Outubro de 1554. Tanto o queriam seguir os Índios, mesmo em território inimigos, que quiserem cortar o cabelo à maneira dos cristãos e ir com ele como servos. [Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 292, 293 e 294 do pdf]
15 de março de 1555, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:04
5°. Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola
1557. Atualizado em 25/10/2025 23:19:52
6°. “Pois que direi de suas filhas, duas, a qual melhor cristã! Que direi da fé do grão velho Cayobi, que deixou sua aldeia e suas roças e se veio morrer de fome em Piratininga por amor de nós cuja vida e costumes e obediência a amostra bem ha fé do coração”
1558. Atualizado em 25/02/2025 04:40:21
7°. Manoel da Nóbrega convenceu o governador Mem de Sá a baixar "leis de proteção aos índios", impedindo a sua escravização
8 de maio de 1558, sexta-feira. Atualizado em 02/09/2025 06:14:32
8°. Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres
Baía, 8 de maio de 1558 Destas cem léguas ao redor, senhoreia aquela cidade donde não há mais gente do que agora há esta cidade. E quando começaram a senhoreá-las foi con trinta ou quarenta homens somente. E não somente se contentam com terem esta senhoreada mas outros que estão antressachadas e fazem amigos uns com os outros e os que não guardam as pazes são castigados e fazem deles justiça os castelhanos como poucos dias há aconteceu que fizeram aos Índios de São Vicente que confinam com os Carijós por quebrantarem as pazes, que o Capitão do Paraguai havia feito uns com os outros, e outras muitas experiências que se tem tomado desta geração, que eu tenho ouvido e lido e alguma coisa visto. [Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres, 8 de maio de 1558. Páginas 550 e 551 do pdf]
12 de agosto de 1560, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:52:04
9°. Registro de terras
Posse da Sesmaria de Geraibatiba no campo de Piratininga Campo de Piratininga, 12 de agosto de 1560:

1. Saibam quantos este instrumento de posse de humas terras de dadas, mandada dar por autorydade de justiça com ho teor do auto da pose vyrem:

2. E loguo, por mim tabelião, foy dado pose da dyta terra e mato, que parte de huma banda por uns pinheiros perto de Bartolomeu Carrasco, parte com ha outra parte vyndo pelo caminho ao longo do mato, caminho da Borda do Campo. [Página 270]
27 de agosto de 1562, segunda-feira. Atualizado em 27/08/2025 06:47:17
10°. Manuel da Nóbrega solicita uma légua de terras próximas ao Rio Jeribatiba
São Vicente 14 de março de 1564. Permuta de terras, confirmação e registro da sesmaria de Geraibatiba (Piratininga)

Pedro Colaço, Capitão em esta Capitania de São Vicente pelo Senhor Martim Afonso de Souza, Senhor da Vila d´Alcantara e de Rio Maior, Capitão e Governador desta Capitania por El-Rey nosso Senhor, e do seu Conselho, etc.

Faço saber a quantos esta minha carta de dada de terra de Sesmaria virem como por o Reverendo Padre Manoel da Nóbrega da Companhia de Jesus, residente nas casas do colégio que esta em esta Capitania estão, me foi feita uma petição por escrito, em a qual dizia em como o Governador Martim Afonso de Souza deu à Companhia e Colégio desta Capitania duas léguas de terra em quadra junto de Piratininga; e por quanto isto era em muito dano dos moradores da Vila de São Paulo, e não lhe ficaram terras para fazerem suas roças ali perto da Vila, o Padre Luiz da Grã, Provincial, e os mais Padres foram contentes, por razão do bem comum e por fazerem boa obra aos ditos moradores, de alargarem ali, com lhes demarcarem em outra parte; e foram demarcadas por mandado do Capitão Francisco de Moraes, e dado posse delas, começando na borda do mato, no caminho, que vem de Piratininga para este mar, o novo, que este ano passado se abriu, caminho do Rio de Jerobatiba, e de largura lhe demarcarão uma légua, que poderá haver, entre mestre Bartholomeu e seus herdeiros da banda do leste, e entre Bartholomeu Carrasco da parte leste, que está para a tapera de Jerebatiba vindo da Borda do Campo, vila que foi de Santo Andre, para a Aldeia de Tabaratipi.

2. E, porquanto na dita légua, que assim foi demarcada, e nela agora ter ali Gabriel Martins meia légua dada por Francisco de Moraes primeiro que se desse e demarcasse à dita Casa, assim mesmo a terra dos herdeiros de Mestre Bartholomeu tem a maior parte do que fica, pelo que me pedia havendo respeito a serem já dadas as ditas duas léguas de terras à Companhia pelo dito Senhor Martim Afonso de Souza, Capitão e Governador desta Capitania, e serem para os Colégios da dita Capitania para nelas fabricarem seus mantimentos e criações, de que resulta o bem comum e tanto proveito público, que houvesse por bem de lhes dar para a dita Companhia para seus Colégios uma légua de terras partindo d´Aldeia que se chamam dos Pinheiros pelo Rio de Jerebatiba abaixo, caminho de (...), chegando até Jerabatiaçaba, que assim se chama pela língua dos nativos, até d´onde chegar a dita légua direita e de largura outro tanto, do rio, pelo mato, que vai para Piratininga, em o que "receberão" muita claridade; [p. 42 e 43]
1563. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39
11°. Aberto caminho
São Vicente 14 de março de 1564. Permuta de terras, confirmação e registro da sesmaria de Geraibatiba (Piratininga)

Pedro Colaço, Capitão em esta Capitania de São Vicente pelo Senhor Martim Afonso de Souza, Senhor da Vila d´Alcantara e de Rio Maior, Capitão e Governador desta Capitania por El-Rey nosso Senhor, e do seu Conselho, etc.

Faço saber a quantos esta minha carta de dada de terra de Sesmaria virem como por o Reverendo Padre Manoel da Nóbrega da Companhia de Jesus, residente nas casas do colégio que esta em esta Capitania estão, me foi feita uma petição por escrito, em a qual dizia em como o Governador Martim Afonso de Souza deu à Companhia e Colégio desta Capitania duas léguas de terra em quadra junto de Piratininga; e por quanto isto era em muito dano dos moradores da Vila de São Paulo, e não lhe ficaram terras para fazerem suas roças ali perto da Vila, o Padre Luiz da Grã, Provincial, e os mais Padres foram contentes, por razão do bem comum e por fazerem boa obra aos ditos moradores, de alargarem ali, com lhes demarcarem em outra parte; e foram demarcadas por mandado do Capitão Francisco de Moraes, e dado posse delas, começando na borda do mato, no caminho, que vem de Piratininga para este mar, o novo, que este ano passado se abriu, caminho do Rio de Jerobatiba, e de largura lhe demarcarão uma légua, que poderá haver, entre mestre Bartholomeu e seus herdeiros da banda do leste, e entre Bartholomeu Carrasco da parte leste, que está para a tapera de Jerebatiba vindo da Borda do Campo, vila que foi de Santo Andre, para a Aldeia de Tabaratipi.

2. E, porquanto na dita légua, que assim foi demarcada, e nela agora ter ali Gabriel Martins meia légua dada por Francisco de Moraes primeiro que se desse e demarcasse à dita Casa, assim mesmo a terra dos herdeiros de Mestre Bartholomeu tem a maior parte do que fica, pelo que me pedia havendo respeito a serem já dadas as ditas duas léguas de terras à Companhia pelo dito Senhor Martim Afonso de Souza, Capitão e Governador desta Capitania, e serem para os Colégios da dita Capitania para nelas fabricarem seus mantimentos e criações, de que resulta o bem comum e tanto proveito público, que houvesse por bem de lhes dar para a dita Companhia para seus Colégios uma légua de terras partindo d´Aldeia que se chamam dos Pinheiros pelo Rio de Jerebatiba abaixo, caminho de (...), chegando até Jerabatiaçaba, que assim se chama pela língua dos nativos, até d´onde chegar a dita légua direita e de largura outro tanto, do rio, pelo mato, que vai para Piratininga, em o que "receberão" muita claridade; [Páginas 42 e 43]
14 de março de 1564, sábado. Atualizado em 30/10/2025 17:02:40
12°. Carta de Sesmaria: Mestre Bartholomeu e Bartholomeu Carrasco
São Vicente 14 de março de 1564. Permuta de terras, confirmação e registro da sesmaria de Geraibatiba (Piratininga)

Pedro Colaço, Capitão em esta Capitania de São Vicente pelo Senhor Martim Afonso de Souza, Senhor da Vila d´Alcantara e de Rio Maior, Capitão e Governador desta Capitania por El-Rey nosso Senhor, e do seu Conselho, etc.

Faço saber a quantos esta minha carta de dada de terra de Sesmaria virem como por o Reverendo Padre Manoel da Nóbrega da Companhia de Jesus, residente nas casas do colégio que esta em esta Capitania estão, me foi feita uma petição por escrito, em a qual dizia em como o Governador Martim Afonso de Souza deu à Companhia e Colégio desta Capitania duas léguas de terra em quadra junto de Piratininga; e por quanto isto era em muito dano dos moradores da Vila de São Paulo, e não lhe ficaram terras para fazerem suas roças ali perto da Vila, o Padre Luiz da Grã, Provincial, e os mais Padres foram contentes, por razão do bem comum e por fazerem boa obra aos ditos moradores, de alargarem ali, com lhes demarcarem em outra parte; e foram demarcadas por mandado do Capitão Francisco de Moraes, e dado posse delas, começando na borda do mato, no caminho, que vem de Piratininga para este mar, o novo, que este ano passado se abriu, caminho do Rio de Jerobatiba, e de largura lhe demarcarão uma légua, que poderá haver, entre mestre Bartholomeu e seus herdeiros da banda do leste, e entre Bartholomeu Carrasco da parte leste, que está para a tapera de Jerebatiba vindo da Borda do Campo, vila que foi de Santo Andre, para a Aldeia de Tabaratipi.

2. E, porquanto na dita légua, que assim foi demarcada, e nela agora ter ali Gabriel Martins meia légua dada por Francisco de Moraes primeiro que se desse e demarcasse à dita Casa, assim mesmo a terra dos herdeiros de Mestre Bartholomeu tem a maior parte do que fica, pelo que me pedia havendo respeito a serem já dadas as ditas duas léguas de terras à Companhia pelo dito Senhor Martim Afonso de Souza, Capitão e Governador desta Capitania, e serem para os Colégios da dita Capitania para nelas fabricarem seus mantimentos e criações, de que resulta o bem comum e tanto proveito público, que houvesse por bem de lhes dar para a dita Companhia para seus Colégios uma légua de terras partindo d´Aldeia que se chamam dos Pinheiros pelo Rio de Jerebatiba abaixo, caminho de (...), chegando até Jerabatiaçaba, que assim se chama pela língua dos nativos, até d´onde chegar a dita légua direita e de largura outro tanto, do rio, pelo mato, que vai para Piratininga, em o que "receberão" muita claridade; [Páginas 42 e 43]




  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  30/10/2025 19:09:28º de 20
abrir registro
   
1552
Atualizado em 30/10/2025 19:09:27
Expedição
•  Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
•  Pessoas (3): Gabriel Soares de Sousa (12 anos), Sebastião Fernandes Tourinho, Tomé de Sousa (49 anos)
•  Temas (5): “o Rio Grande”, Léguas, Ouro, Rio São Francisco, Tupiniquim
Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II
Data: 1883
Créditos: Capistrano de Abreu
Página 99
    3 fontes
  2 relacionadas

1°. Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
1607
Sendo N Padre na Baya de todos los sanctos, Sua Alteza determinou enviar doze homens pelo sarto para descobrir o ouro que diziam estar ali, para o qual o governador Thomé de Sosa pediu um padre,

Eles vão procurar o ouro e ele vai procurar o tesouro das almas, que naquelas partes é muito abundante e por essas partes acreditamos que se pode entrar até o Amazonas: agora temos notícias de que no mês de Em março de 1554 eles entraram pela capitania chamada Porto Seguro.

E o que mais acontecer na Baya será escrito. do mês de julho de 1554 de Piratininga. [Página 54]  ver mais

2°. Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923)
1883
Em 1552 approximadamente, o capitão de Porto Seguro mandou ao sertão doze christãos, acompanhados de indios, aos quaes se incorporou o padre João de Aspilcueta. Da narração confusa que este nos deixou apenas se colhe que chegaram ás serranias donde manam os affluentes do lado direito do São Francisco. Provavelmente é esta uma das entra das de Sebastião Fernandes Tourinho, de que dá relação Gabriel Soares.

Sebastião Tourinho, partindo de Porto Seguro, metteu- se tanto pela terra dentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro. Dahi retrocedeu e veio ter ao Jequitinhonha, que desceu em canoas, chegando ao mar depois de vinte e quatro dias de navegação.

Sebastião Tourinho fez outra entrada pelo rio Doce, que subiu até grande distancia, descobrindo então as esmeraldas. Esta viagem foi anterior ao governo de Luis de Brito e Almeida.

Luis de Brito e Almeida, á vista das informações de Tourinho, mandou ás esmeraldas uma bandeira commandada por Antonio Dias Adorno, que subiu pelo rio das Caravellas e chegou provavelmente ás proximidades do rio Doce. Dahi dividiu se a tropa, descendo uns pelo Jequitinhonha, outros vindo por terra ao Jequiriçá.

Gabriel Soares dá ainda noticia de duas entra das feitas proximamente no mesmo tempo : uma de Bastião Alvares, de Porto Seguro, que a mandado de Luis de Brito e Almeida foi explorar o S. Francisco, e trabalhou por descobrir quanto pôde no que gastou quatro annos e um grande pedaço da fazenda de el - rei ; outra de João Coelho de Sousa, que subiu mais de cem leguas além de um sumi douro, que provavelmente é a cachoeira de Paulo Affonso.

Das palavras do chronista, parece deduzir-se que, ao contrario de Bastião Alvares que subiu contra a corrente, João Coelho de Sousa desceu a favor della, provavelmente por ter chegado ao rio S. Francisco pelo Paraguaçú ou Gussiape. Gabriel Soares que, segundo parece, era irmão de João Coelho, tambem passa como um dos grandes bandeirantes do seculo. [Páginas 99 e 100]  ver mais




  João de Azpilcueta Navarro
  Últimas atualizações
  29/10/2025 23:33:25º de 20
abrir registro
   
Carta do Pe. Navarro
28 de março de 1550, terça-feira. Atualizado em 29/10/2025 23:33:25
Relacionamentos
 Cidades (1): São Vicente/SP
 Pessoas (3) Diogo Jácome, Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (33 anos)
 Temas (1): Carijós/Guaranis

    1 fontes
  1 fonte relacionada

•  Aos meus Pais Ao Ismael
1 de janeiro de 2015, quinta-feira
Nóbrega saiu de Salvador no dia 1 de Novembro na “armada que veiu visitar a costa”245, tendo sido precedido pelo padre Nunes e pelo Ir. Diogo Jácome que saíram da Baía antes do dia 10 de Agosto. Na passagem por Porto Seguro encontraram os colonos em franco desentendimento tendo ajudado a sanar os ânimos exaltados.

Aí ficaram Nóbrega e Diogo Jácome, enquanto Leonardo Nunes prosseguiu viagem para sul com um pequeno grupo de carijós: “Para S. Vicente foram se dez ou doze, não podendo ir mais por ser a embarcação pequena. Quando vier o Governador mandaremos os outros” (249), ou seja, para ganhar tempo, Leonardo Nunes seguiu na frente para o litoral de São Vicente, lugar de destino da próxima missão. Esta era, aliás, uma das atribuições da Ordem: a salvação das próprias almas, mas, em particular a ajuda no aperfeiçoamento das dos próximos.

(249) O Pe. Navarro escreve em carta com data de 28 Março de 1550Seis mezes há que o Padre Nobrega partiu com a armada a visitar os Christãos da costa de São Vicente e com elle o padre Leonardo Nunes e Diogo Jacome”. No cruzamento destas cartas verifica-se que a contagem do tempo nem sempre é coincidente. Carta de António Pires, 1551. [p. 110, 111]


  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.