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 Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás1 de maio de 1500, terça-feira. Atualizado em 25/08/2025 07:47:08Relacionamentos
 • Cidades (1): São Paulo/SP
 • Pessoas (7) Arthur Virmond de Lacerda, Bacharel de Cananéa, João Emenelau Farás, Manuel I, o Afortunado (31 anos), Nicolau Coelho (40 anos), Pero Vaz Bisagudo, Pero Vaz de Caminha (50 anos)
 • Temas (16): Astronomia, Curiosidades, Degredados, Descobrimento do Brazil, Gentios, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Medicina e médicos, Metalurgia e siderurgia, Música, O Sol, Odontologia, Ouro, Tupiniquim, Vinho, Ybitirembá
 •  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”|   | 18 fontes 1 fonte relacionada
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 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
 (...) soccorro a coincidência com a constellação meridional do Cruzeiro, que os descobridores viram sobre suas cabeças na mesma occasião, segundo a descreveu e desenhou em sua carta de 1.° de Maio de 1500 o physico da armada, João Emenelau; carta esta publicada por Varnhagen, em nota à sua Historia geral do Brazil. 
 
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 Relatos da presença de São Tomé1502. Atualizado em 28/10/2025 03:05:54Relacionamentos
 • Cidades (2): Capão Bonito/SP, Iguape/SP
 • Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 • Temas (3): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas
 •  São Tomé esteve aqui - revista.istoe.com.br|   | 1 fontes 1 fonte relacionada
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 9 de agosto de 2006, quarta-feira
 Caminho feito no Brasil por santo dover para crer vira rota de peregrinos.
 O Brasil já tem a sua versão do célebre Caminho de Santiago de Compostela na Espanha. Um novo roteiro de peregrinação, envolto por lendas religiosas, une-se à oferta de aventuras em meio às trilhas na Mata Atlântica, entre pastagens, plantações, bosques e a nascente do rio Paranapanema. São 200 quilômetros dentro do Estado de São Paulo, que liga Capão Bonito a Iguape, no litoral. O percurso, batizado de Caminho de São Tomé, foi inaugurado por uma comitiva de 30 pessoas. É feito, na média, em cinco dias. Há uma lenda recorrente de que São Tomé, o apóstolo que duvidou da ressurreição de Jesus Cristo – vem daí o bordão “ver para crer” – teria andado pela região para catequizar os índios e se tornado um dos primeiros “homens brancos” a chegar nas Américas. Em vez de participar de missões na Europa e no Oriente, ele teria optado por desbravar novos mundos. A presença de São Tomé na região vem de relatos escritos por jesuítas portugueses que chegaram entre 1502 e 1506. Os religiosos encontraram os índios guaranis com idéias monoteístas e noções de catolicismo. Os ensinamentos eram atribuídos pelos guaranis a um tal de Pai Sumé, descrito por eles como um homem alto de barbas brancas e roupas de linho e cinto de couro. Seria, segundo jesuítas, o apóstolo Tomé.
 
 Outros atrativos do caminho dizem mais sobre a história do Brasil. O roteiro passa pela Serra da Macaca, no Vale do Ribeira, onde durante a ditadura o revolucionário Capitão Lamarca escapou de um cerco de milhares de militares. Abriga também cavernas que serviram de esconderijos para combatentes paulistas na revolução de 32. Segundo o secretário de Turismo de Capão Bonito, Gilson Kurtz, a idéia é utilizar a trilha para incrementar o turismo na região, que não foi incentivado, em parte, pela idéia de preservar a Mata Atlântica. Para se tornar um peregrino oficial, basta comprar um passaporte no Museu de Arte Sacra de Capão Bonito. Custa R$ 5. Como as pousadas da região são baratas, não se gasta mais do que R$ 100 com hospedagem e alimentação em todo o trajeto. Quem tiver mais pressa, pode ir de jipe ou a cavalo. O resto é reunir fôlego. E andar com fé.
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 Gonçalo Coelho e a prata1506. Atualizado em 28/10/2025 08:39:10Relacionamentos
 • Pessoas (1) Gonçalo Coelho
 • Temas (4): Ouro, Prata, Rio da Prata, Peru
 
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 Filipinas16 de março de 1521, quarta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:25Relacionamentos
 • Pessoas (1) Fernão de Magalhães (41 anos)
 • Temas (1): Estreito de Magalhães
 
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 Chegaram...19 de Setembro de 1526, domingo. Atualizado em 03/04/2025 21:38:37Relacionamentos
 • Pessoas (1) Sebastião Caboto (50 anos)
 • Temas (1): Cristãos
 
 15 de janeiro de 1528, domingoAtualizado em 28/10/2025 04:42:34Seis homens, após uma jornada de cerca de 300 km vindos, chegaram a Cananéia|  |  | Léguas 11º de 424
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 Cidades (1): Cananéia/SP
 Pessoas (3): Bacharel de Cananéa, Francisco de Chaves, Gonçalo da Costa
 Temas (10): Rei Branco, Ouro, Porto dos Patos, Santa Catarina, Caminho até Cananéa, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Peru, Incas, Estradas antigas
 |   | 1 fonte 0 relacionadas
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 Envio de Diogo Leite1 de fevereiro de 1531, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:42:20Relacionamentos
 • Cidades (3): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (7) Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (24 anos), Diogo Leite, Martim Afonso de Sousa (31 anos), Pero (Pedro) de Góes, Pero Lopes de Sousa (34 anos), Ruy Pinto (f.1549)
 • Temas (13): Apiassava das canoas, Assunguy, Bituruna, vuturuna, Caminho do Mar, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Cruzes, Ordem de Cristo, Piqueri, Portos, Rei Branco, Rio Iguassú, Rio Tibagi, Serra de Ibituruna
 
 3 de março de 1531, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 04:42:35Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba”|  |  | Léguas 13º de 424
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 Cidades (4): Carapicuiba/SP, Santo Amaro/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4): Ana Pimentel Henriques Maldonado, Brás Cubas, Domingos Luís Grou, Martim Afonso de Sousa
 Temas (7): Cabusú, Ilha de Barnabé, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Montanhas, Tamoios, Ururay
  Revista do Museu Paulista Data: 1895 Créditos: Página 515•|   | 4 fontes 2 relacionadas
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 1°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1886 Parece que a antiga aldeia de Ururay, de 1531, fôra fracionada em duas, logo que João Ramalho edificou a vila de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de São Paulo, 1554-1560; pois o título da sesmaria de 12 de outubro de 1580 os pressupõe já estabelecidos nos dois lugares, Pinheiros e São Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos nativos de não manterem suas aldeias muitos anos no mesmo lugar. [Página 330]  ver mais• 2°. Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". 1930 Entendemos contudo forçada a aproximação entre os dois itinerários, o de 1601 e o de 1673. Na sua ânsia pela fixação toponímica chega Orville Derby (1851-1915) a não achar “de todo despropositada a hipótese de que a aldeia de Ibituruna haja sido a que os emissários de Martim Afonso em 1531 tenham visitado. [Página 95]  ver mais
 
 17 de agosto de 1531, segunda-feiraAtualizado em 28/10/2025 04:42:35Diário de Pero Lopes|  |  | Léguas 14º de 424
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 Cidades (5): Apiaí/SP, Cananéia/SP, Iguape/SP, Sorocaba/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
 Pessoas (9): Bacharel de Cananéa, Francisco de Chaves, Maria Leme da Silva, Martim Afonso de Sousa, Mestre Bartolomeu Gonçalves, Pedro Annes, Pero Lobo, Piqueroby, Salvador Pires
 Temas (12): Bacaetava / Cahativa, Caminho do Mar, Cananéas, Carijós/Guaranis, Escravizados, Nheengatu, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Pela primeira vez, Peru, Prata, Serra Negra (Piedade)
 •|   | 11 fontes 2 relacionadas
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 1°. “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649) 1625 Jean de Laet (1571-1649) esteve no Brasil em 1596, segundo Varnhagen, Visconde de Porto Seguro (1816-1878), e certamente antes de 1625, quando imprimiu "O Novo Mundo: Descrigão das Indias Ocidentais", do qual dois livros pertencem coisas do Brasil e, nestes, dois capítulos à capitania de São Vicente.Dando uma notícia condensada de todos os descobrimentos até então, temos este escritor holandês, que colheu os necessários informes de Anthony Knivet e de Wilhelm Jostten Glimmer. Assim, escreveu ele:•
 (...) Ponta da Cahativa, a trinta léguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta léguas da. mesma villa de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de b>Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéias tem por costume extrair.  ver mais
 2°. “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 2008 O outro ramal foi utilizado pelo português Pero Lobo, que em 1532 foi enviado por Martim Áfonos de Sousa, com cerca de 80 indígenas para trazer riquezas do Peru. Esperava retornar dentro de 10 meses, com mais de 400 escravos carregados de ouro e prata, como se lê no diário de Pero Lopes de Sousa. [p. 62]  ver mais
 
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 Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos”22 de janeiro de 1532, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21Relacionamentos
 • Cidades (5): Itanhaém/SP, Praia Grande/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (11) Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Bacharel de Cananéa, Bartolomeu Carrasco (f.1571), Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (1500-1590), Giuseppe Campanaro Adorno (1504-1605), João Ramalho (1486-1580), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Pero Lopes de Sousa (1497-1539)
 • Temas (13): Açúcar, Escravizados, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Habitantes, Jurubatuba, Geraibatiba, Morpion, Nheengatu, Pela primeira vez, Portos, Rio da Prata, Rio Piratininga
  •  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
 Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.
 Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Coká-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:
 
 "A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."
 
 Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos Sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza; mas, apenas, para assignalar que foi precisa a sua anuência ao desembarque dos europeus e ao plano de bem receber os portugueses da armada.
 
 Assim, escreveu ele que João Ramalho « tivera por companheiro nessa empreza a António Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribu Uriíray^ depois de conseguir deste, à imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Affonso.
 
 De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.Seja, porém, Piqueroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso dele, não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão.
 
 Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada. O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:
 
 "Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão".
 •  “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”.  Jesuíno Felicíssimo Junior|  |  | 
 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
 Era óbvio que desde o início do povoamento do Brasil pelos civilizados europeus, o ferro e as atividades de ferreiro seriam de grande importância e imprescindíveis para atender suas solicitações mínimas de bem estar, de produção e defesa.
 Já na Expedição de Martim Afonso de Souza, ao desembarcar na barra do Tumiaru, em praias Vicentinas, a 22 de janeiro de 1532, para dar início ao povoamento do Estado do Brasil, deparamos com Bartolomeu Gonçalves, também mais conhecido por Mestre Bartolomeu Fernandes e ainda tratado e respondendo pela alcunha de Bartolomeu Carrasco, ferreiro contratado no Reino para atender, por dois anos, os reclamos de obras de ferro da armada e dos integrantes dêsse primeiro estabelecimento luso em solo brasileiro. A alcunha de “Carrasco”, no ambiente Vicentino de então, era designativa do ofício de ferreiro.
 
 Mestre Bartolomeu prestou valiosos serviços na fundação de Santos e, afeiçoando-se à nova terra, veio, após cumprir o prazo de sua contratação, fixar-se, para sempre, nos Campos de Piratininga — peixe sêco —, tornando-se um dos seus primei-os povoadores e Senhor de grande trato de terras nas bandas de Jeribatuba — sítio dos Jiribás —, às margens do rio dêste nome, hoje conhecido por Pinheiros, então encravado nos domínios do grande Cacique Caiubi.
 
 Tudo indica que Mestre Bartolomeu, falecido em torno de 1566, não só deixou descendência ativa, que também se devotou à sua arte produzindo pequenos artefatos de ferro comerciados ao longo do Jurubatuba, do Anhembi e do Tamanduateí, mas ainda instalou forja à margem esquerda do Jurubatuba, cuja existência, em 1554, foi citada por Anchieta, que mais tarde, em torno de 1560, fundou, nas suas proximidades, a aldeia de Santo Amaro. [p. 1]
 •  “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP*|  |  | 
 1 de outubro de 1971, sexta-feira•  Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar
 1 de janeiro de 1997, quarta-feira
 Quando Martim Afonso de Souza desembarcou na Barra do Tumiarú, em praias vicentinas, em 22 de janeiro de 1532, trazia em sua companhia o mestre Bartolomeu Fernandes, alcunhado "Bartolomeu Carrasco", um "ferreiro contratado para atender por dois anos aos reclames de peças de ferro da Armada e dos integrantes desse primeiro estabelecimento luso em solo brasileiro".•  A língua do Brasil. Por Claudio Angelo, em Revista Super Interessante 31 de outubro de 2016, segunda-feira
 Quando Portugal começou a produzir açúcar em larga escala em São Vicente (SP), em 1532, a língua brasílica, como era chamada, já tinha sido adotada por portugueses que haviam se casado com índias e por seus filhos. “No século XVII, os mestiços de São Paulo só aprendiam o português na escola, com os jesuítas”, diz Aryon Rodrigues. Pela mesma época, no entanto, os faladores de tupi do resto do país estavam sendo dizimados por doenças e guerras. No começo daquele mesmo século, a língua já tinha sido varrida do Rio de Janeiro, de Olinda e de Salvador, as cidades mais importantes da costa. Hoje, os únicos remanescentes dos tupis são 1 500 tupiniquins do Espírito Santo e 4 000 potiguaras da Paraíba. Todos desconhecem a própria língua. Só falam português.
 
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 D. João III, rei de Portugal, determina a primeira divisão administrativa do Brasil colonial, aplicando ao território a experiência do arquipélago da Madeira2 de março de 1532, quarta-feira. Atualizado em 02/03/2025 03:01:01Relacionamentos
 • Cidades (6): Itu/SP, Paranaguá/PR, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (4) Duarte Coelho (47 anos), João III, "O Colonizador" (30 anos), Martim Afonso de Sousa (32 anos), Pero Lopes de Sousa (35 anos)
 • Temas (7): Capitania de Itamaracá, Capitania de Santa Ana, Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Tomé, Capitania de São Vicente, Geografia e Mapas, Ilha da Madeira
 
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 Carta do rei dom João III, dirigida a Martim Afonso de Sousa, anunciando-lhe que dividira o Brasil em capitanias28 de Setembro de 1532, quarta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06Relacionamentos
 • Pessoas (4) João III, "O Colonizador" (30 anos), Martim Afonso de Sousa (32 anos), Pero (Pedro) de Góes, Pero Lopes de Sousa (35 anos)
 • Temas (8): Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Vicente, Ilha de Barnabé, Ilha de Santo Amaro, Pau-Brasil, Santa Ana, Tordesilhas, Rio Cuipara
 
 10 de outubro de 1532, segunda-feiraAtualizado em 28/10/2025 04:42:37Martim Afonso concede sesmarias|  |  | Léguas 18º de 424
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 Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (10): Antonio de Aguiar Barriga, Antonio Rodrigues (Piqueroby), Brás Cubas, Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou, João Ramalho, Martim Afonso de Sousa, Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Piqueroby
 Temas (29): “o Rio Grande”, Apiassava das canoas, Cachoeiras, Caminho de Piratininga, Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Colinas, Estradas antigas, Fidalgos "Filhos de algo", Goayaó, Grunstein (pedra verde), Itapeva (Serra de São Francisco), Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Lagoa Dourada, Mequeriby, Nheengatu, O Sol, Piaçaguera, Rio Geribatiba, Rio Goyaó, Rio Mogy, Rio Pinheiros, Rio Pirajibú, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Taperovira, Ururay
 •|   | 12 fontes 6 relacionadas
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 1°. “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) 1797 Nesta viagem não basta chegar-se ao pico, para se ter dado fim às subidas, e vêem-se os caminhantes obrigados a continuá-las, quando as reputam acabadas; porque os cumes dos outeiros servem de base a outros montes, que adiante se seguem, e assim vão prosseguindo, de sorte que é necessário aos viajantes caminharem, como quem sobe por degraus de escadas. Vencido finalmente, este caminho, talvez o pior, que tem no mundo, chegou Martim Afonso ao campo de Piratininga, onde se achava aos 10 de outubro de 1532, e ali assinou nesse dia a Sesmaria de Pedro do Góis, lavrada por Pero Capico, escrivão de el-Rei. Examinou o terreno, quanto lhe foi possível, do qual formou idéia muito vantajosa; mas por isso mesmo, tanto que se recolheu à Vila de S. Vicente, deu uma providência digníssima da sua alta compreensão, ordenando que nem a resgatar com os índios pudessem ir brancos ao campo sem sua licença, ou dos capitães seus loco-tenentes, a qual se daria com muita circunspeção, e unicamente a sujeitos bem morigerados. Desta regra generalíssima só foi excetuado João Ramalho o qual veio situar-se meia légua distante da Borda do Campo no lugar onde hoje existe a Capela de S. Bernardo.  ver mais• 2°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1886 Sesmaria de Pedro de Góes•
 Martim Afonso de Souza, do conselho de El-Rei Nosso Senhor, governador destas terras do Brasil, etc. Faço saber aos que esta minha carta virem, que havendo respeito em como Pedro Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, serviu muito bem Sua Alteza nestas partes e assim ficar nesta terra para povoador, que com ajuda de Nosso Senhor ficará povoando.
 
 Eu hei por bem de lhe dar e doar as terras de Taquararira com a serra de Taperovira que está da banda d´onde nasce o sol com águas vertentes com o rio Jarabatyba, o qual rio e terras estão defronte da ilha de São Vicente donde chamam Gohayó, a qual terra subirá para serra acima té o cume e dai a buscar o Capetevar, e dai virá entestar com o rio adiante que está da banda norte e por ele abaixo até Ygoar por terra em outro rio que tem ali outeiro e dai tornará a um pinhal que está na banda do campo Gioapê e dai virá pelo caminho que vem de Piratininga a entestar com a serra que está sobre o mar e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Mamoré e dai dentro ao pé da serra de Ururay e virá dentro por este rio a entestar com a ilha de Caramacoara e então pelo rio São Vicente tornará a entestar com a dita serra de Taperovira donde começou a partir, e assim os outeiros e cabeças d´águas e todas as entradas e saídas das ditas terras, por virtude de uma doação que para isso tem de El-Rei Nosso Senhor.....
 
 E por virtude da qual doação lhe dou as ditas terras, as quais serão para ele dito Pedro de Góes e para todos os seus descendentes, com declaração que ele as aproveite nesses dois anos primeiro seguintes e, não o fazendo, as suas ditas terras ficarão devolutas para delas fazer aquilo que me bem parecer; e as ditas terras serão forras e isentas sem pagarem nem uns direitos, somente dizimo a Deus: e por este mando que logo seja metido de posse das ditas terras, e esta será registrada no livro do tombo que para isso mandei fazer. Dada em Piratininga a 10 de outubro de 1532. Pedro Capico, escrivão de El-Rei Nosso Senhor e das sobreditas terras o fez. E porquanto aqui não faz declaração onde vão entestar sobre a serra que vem sobre o mar, entender-se-a desde a ponta da serra é uma quebrada, que assim faz por onde Francisco Pinto parte e todo ele com esta.
 
 Saibam quanto este publico instrumento de posse virem, em como, no ano de 1532, dia 15 de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que mui magnifico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El-Rei Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brazil, e levei comigo a João Ramalho e Antonio Rodrigues, línguas destas terras, já de quinze e vinte anos estantes nesta terra, e conforme o que eles juraram assim fiz o assento, como mais largamento se verá pelo livro do tombo que o dito governador para isso mandou fazer, e com meu poder o meti de posse delas ao dito Pedro de Góes de todas as terras que na carta faz menção, e lhe meti nas suas mãos terra, pedra, paus e ramos de árvores que das ditas terras tomei e pela qual o dei por empossado e dou deste dia para todo o sempre tão solenemente como o direito se pode fazer, e lhe publiquei e notifiquei a doação de El-Rei Nosso Senhor e assim as condições dela para que em nem um tempo possa alegar ignorância, e ele dito Pedro de Góes aceitou a dita posse e se deu por empossado e ficou de cumprir as ditas condições que as hei por declaradas como se claramente as especificasse. Testemunhas que a tudo foram presentes o sobredito João Ramalho, Antonio Rodrigues e Pedro Gonçalves que veio por homem de armas nesta armada, que veio por capitão-mór o dito Senhor Governador, as quais assinaram no livro do tombo comigo escrivão. Em testemunho de verdade, eu como publico escrivão da Fazenda de El-Rei Nosso Senhor e destas sobreditas terras e tabelião público pelo dito Senhor fiz este instrumento; e traslado do sobredito tombo aquelas cláusulas e forças necessárias para dar tudo por instrumento ao dito Pedro de Góes, feito em Yrarabul, onde ora tem feito por virtude da dita posse o dito Pedro de Góes uns tijupares, e o assinei de meu publico sinal que tal é. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Páginas 223, 224, 225 e 226]
 
 A história do Brasil refere, entre inumeros outros nomes de chefes, Uirá (tatú-bola), Pirá-uassú (baleia), Ita-gi (machado de pedra), Inajá-guassú (palmeira grande), Acayu-miry (cajú pequeno), Lavara-eté (onça), Metara-uby (pedra verde); e, da capitania de São Vicente, Tebyreçá ou Terbir´-içá (formiga daninha), e Cahá-uby (mato verde, ou floresta).
 
 O nome Piquiroby, assim escrito nas cronicas, não é senão Pi-kì-yrob, "pinheiro". Pi, "pele ou casca", ki, "espinho, ou ponta aguda", yrob, "amargo": "árvore de casca amarga e folhas agudas". Parece que não há outra explicação; tanto considerados os  motivos que passamos a expor. Ou, quem sabe, seria Pi-cury-oby?.
 
 A aldeia Ururay, cujo era chefe ou maiorial Piquiroby, estava situada, segundo cronistas, em um recanto dos campos de Pitá-tininga. Não podia deixar de ser á margem de um rio Pi-kì-yrob, cujo nome aparece corrompido em Maqueroby, nas notas que, em 1674, o padre Lourenço Craveiro, reitor do Colégio da Companhia de Jesus em São Paulo, escreveu sobre o título de sesmarias de Pedro de Góes; e esse rio era assim denominado, por correrem suas águas entre extensos pinhais, até entrar no rio Anhemby (Tieté).
 
 A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Página 328]
 
 O primeiro título declara: "... pelo caminho de Piratininga (caminho velho do mar para São Paulo) a entestar com a serra que está sobre o mar (Paranapiacaba) e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Maroré e dai dentro no pé da serra de Ururay, e virá dentro por este rio a entestar com a ilha Caramoacara (a que está na barra do rio Cubatão, onde vem dar a ribeira Ururay) ... " [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Página 352]  ver mais
 3°. “Braz Cubas”, Francisco Corrêa de Almeida Moraes 1907 Braz Cubas obteve do donatário Martim Afonso de Souza, por carta de sesmaria, terras em campos de Piratininga, o que é confirmado pelo erudito Dr. Theodoro de Sampaio, nos seguintes termos: "Bras Cubas, o fundador de Santos, o homem que todos os cargos elevados da Capitania ocupou, o genio operoso e bemfazejo nesse período da história da Colonia, tinha já obtido a sua data de terras nas vizinhanças do Colégio. [Página 11]  ver mais• 4°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XIV 1909 Antes, porém, de transcrevermos os trechos daquela sesmaria, devemos declarar que encontramos no convento do Carmo de Santos, num maço de documentos que serviram a frei Gaspar para documentação de seus trabalhos históricos, os autos do processo que Braz Cubas, intentou contra os herdeiros de Pedro de Góes, a respeito dessa sesmaria que ai vem na íntegra, mas que difere, na parte referente ás linhas divisórias com o que vem transcrito nos Apontamentos de Azevedo Marques.•
 Segundo este último escritor, a sesmaria de Pedro de Góes foi concedida com a seguinte confrontação...
 
 "Hei por bem lhe dar e doar as terras de Taquararira com a serra da Taperovira que está da banda onde nasce o sol com as águas vertentes com o rio Jarabativa, o qual rio e terras estão defronte a ilha de São Vicente donde chamam Goyayo, a qual terra subirá para a serra acima até o cume e dai a buscar o Capetevar, e dai virá entestar com o rio adiante que está da banda norte e por ele abaixo até ygoar por terra em outro rio que tem ai o outeiro e dai tornará dentro a um pinhal que está da banda do campo Gioapê e dai virá pelo caminho que vem de Piratininga, e entestar com a serra que está sobre o mar e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Mororê e dai dentro no pé da serra de Ururay e virá dentro por este rio a entestar com a ilha Caramacoara e então pelo rio São Vicente a entestar coma dita serra de Taperovira donde começou a partir..."
 
 No manuscrito de Frei Gaspar, vem descrito do seguinte modo:
 
 "... Hei por bem dar e doar as terras de Taquaraopara como será de Tapirovira que está da banda donde nasce o sol com as águas vertentes com o rio Geribatiba, o qual rio e terras estão defronte da ilha de São Vicente onde chama Guassú a qual terra sairá por a serra acima até ao cume, e dai embeiçará com o Poterim e dai virá entestar com o rio adiante que está da banda do norte e por ele abaixo até yguar por terra com outro rio que tem ai o outeiro, dai tornará dentro a um pinhal que está dentro do campo Ijabapé, dai virá pelo caminho que vem de Piratininga entestar com a serra que está sobre o mar e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Mororé e ai dentro ao pé da serra Ruirinai e virá dentro por este rio a entestar com a ilha Caramaquera e então pelo rio São Vicente tornará e entestar com a dita serra de Tapirovira donde começou a partir..."
 
 O donatário fizera, concessão a Pedro de Góes das terras de Taquararira, situadas entre a ilha de São Vicente ou Guassú (Engaguassú) e o rio Jabaratyba como vem nos Apontamentos ou Geribatiba como reza o manuscrito e cuja grafia hoje é Jurubatuba também chamado Rio Grande ou Pinheiros.
 
 O ponto inicial das divisas é a barra do rio Jurubatuba de Santos, bem distinto do outro de igual nome afluindo para as águas salgados no largo de Santa Rita. Dai ela subia pela serra da Taquararíra deixando á esquerda o vale do Quilombo e as águas de Jurubatuba. Ao chegar ao alto da serra do Paranápiacaba "ia buscar o Capetevar" ou embeiçar para o Poteriu, que pela disposição topográfica local deve ser o ponto mais alto do contraforte denominado Mourão, que como se sabe pe por onde desce a linha Inglesa e cuja maior elevação fica fronteira á estação do Alto da Serra.
 
 Desse ponto a "entestar com o rio que está da banda do norte" (está da banda e não que core nesse rumo) o que é perfeitamente aplicável ao outro Jurubatuba atualmente conhecido com o nome de Grande ou Pinheiros. Segue por esse rio "abaixo até ygoar (?) por terra (?) em outra que tem ai o outeiro". O termo igoar ou ygoar, aparece ai talvez por erro do próprio original visto as duas cópias serem iguais.
 
 No antigo português igoar era o termo que depois modificou-se para igualar, mas nesse sentido aquela palavra não teria cabimento, porque o outeiro maior que ai existe (Ponto Alto) não margeia rio algum que nesse ponto faça barra no Jurubatuba e com o qual pudesse ser comparado.
 
 É verdade que esse outeiro serve de cabeceira ao rio dos Couros a que nessa época se dava o nome de Tamandatiiba, mas mesmo que se queira dar ao termo igoar a significação de frontear, as palavras "por terra" ficam sem sentido.
 
 Quererá se referir ao rio Pequeno cuja confluência no Jurubatuba se dá cerca de uma légua do ponto onde esta rio fronteia o Ponto Alto.
 
 É porém, certo que de um ponto qualquer do tio ela "tornaria dentro a um pinhal que está dentro do campo Gioapé" ou Ijabapé e que combinam ser os mesmos pinheiros de que fazem menção as sesmarias dos jesuítas e de mestre Bartholomeu, a que nos temos referido.
 
 Dos "pinhais" seguia pelo caminho velho de Piratininga que como já vimos atrás quando nos referimos a sesmaria de Amador de Medeiros, passava pelo Ponto Alto, atravessando depois, dentre esse ponto e o pinhal, porém, muito próximo a este, o rio Jurubatuba.
 
 Deste rio para diante, o caminho seguia em região de campo até a vizinhança da serra de Poço onde entrava na zona da mata que atravessava numa garganta entre essa mesma serra e a outra elevação denominada serra do Cubatão. Ai ganhava as cabeceira do ribeirão Perequê pelo qual descia até o porto das Armadias ou de Santa Cruz.
 
 Frei Gaspar diz que entrava-se pelo "esteiro chamado Piraique o qual faz confluência com o rio Cubatão Geral pouco acima da ilha do Teixeira ... hoje chamam-lhe Piassaguera, nome composto do substantivo piassava que significa "porto" e do adjetivo áquera, "coisa velha" ou para melhor dizer "antiquada".
 
 Essa anotação de Frei Gaspar fez com que Cândido Mendes e outros escritores pretendessem que o Piassaguera é o rio Mogy e que a estrada antiga atingisse o alto da serra pelo mesmo vale por onde hoje sobe a São Paulo Railway. [Páginas 13 e 14]
 
 Se fosse o seu primitivo traçado, grande necessidade teria sido a de Mem de Sá transferindo-a para o vale do rio das Pedras. O próprio frei Gaspar querendo encarecer a impraticabilidade da serra diz que aquele talvez fosse o por caminho que tem o mundo, enquanto que os ingleses, trezentos anos depois, escolheram como única vereda por onde podiam levar a sua estrada de ferro o mesmo vale que não podia ser palmilhado pelos raros pedestres daquela época.
 
 Demais, que razão poderosa poderia haver para forçar uma volta tão grande?
 
 Felizmente ai está a sesmaria de Pedro de Góes cuja demarcação poderá se transformar em enigma aos que quiserem traçal-a pelo vale do Mogy. Felizmente subisse como magnífico atestado da sua existência o leito antigo da primitiva estrada, em parte francamente visível no campo Ijabapé hoje do Zanzalá, com seus profundos sulcos, alguns de mais de dois metros de profundidade e onde como padrão de sua antiguidade aparecem, no centro do caminho, madeiras de aparência tri-secular, como passareira, com diâmetro de cinquenta centímetros.
 
 Por ela ainda transitam peças de gado que se desgarram das boiadas em Santos e que atingem o campo pelo vale do Perequê.
 
 Além desta provas, poderemos apresentar uma outra e de cunho científico, assinalada num mapa raro pertencente hoje á Biblioteca Pública do Pará e confeccionado pelo cosmógrafo João Teixeira em 1640 e denominada - Descrição de todo o marítimo da terra de Santa Cruz, chamado vulgarmente o Brasil.
 
 Nesse trabalho e na folha que corresponde ao porto de Santos, se vê assinalado em posição que se identifica perfeitamente a do Perequê, um ribeirão que traz a legenda de Esteiro do João Ramalho.
 
 Do porto das Armadias, a linha perimétrica da esmaria continuava pelo Ururay ou Cubatão até a ilha deCaramaquara ou atual Casqueirinho, de onde pelo rio São Vicente seguia até o ponto inicial.
 
 Antes de passarmos as divisas da sesmaria de Bras Cubas, voltaremos ainda um instante ao caminho velho para fizermos que das margens do Jurubatuba até as proximidades do Zanzalá, ele ia ora paralelo, ora cruzando os pontos atualmente seguidos pela estrada do Vergueiro. Dai para diante, seguia em direção diferente para procurar a garganta da serra do Poço. [Página 15]  ver mais
 5°. “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 1957 A outra vila, feita a nove léguas do litoral para o sertão, à borda de um rio que se chamava Piratininga, mencionada por Pero Lopes de Sousa, nem sequer se lhe indicou o nome, nem foi ela posta sob invocação religiosa, numa época em que o intenso fervor católico dava nome de “santos” a todos os acidentes geográficos do litoral e do interior nos descobrimentos feitos.•
 Apesar de investigações cuidadosas e de minuciosos exames locais, até agora não se sabe onde tal vila foi situada, ou mesmo se foi situada; o rio Piratininga jamais foi identificado, e com esse nome talvez não tivesse existido rio algum.
 
 Piratininga (nenhuma etimologia satisfatória para essa palavra), era uma região situada no planalto. A Câmara da Vila de S. Paulo, que às vezes se denominava “S. Paulo do Campo”, “S. Paulo de Piratininga”, “S. Paulo do Campo de Piratininga”, concedeu datas de terras em “Piratininga, termo desta vila” no “caminho de Piratininga”, “indo para Piratininga”, “no caminho que desta vila vai para Piratininga” etc. (Atas da Câmara de S. Paulo, vol. 3.º, pág. 168, Registro Geral, vol. 1.º, págs. 10, 72, 88, 98, 100, 108, 129, 283).
 
 “Índios de Piratininga”, qualificam as sesmarias de terras concedidas aos índios de Pinheiros e aos de S. Miguel de Ururaí, por Jerônimo Leitão em 12 de outubro de 1580 (Reg. Geral, vol. 1º, pág. 354), o que não deixa a menor dúvida que Piratininga estendia-se desde Carapicuíba, incluindo Pinheiros, até Ururaí. Piratininga era, pois, uma vasta região do campo vagamente indicada no planalto.
 
 É por isso que, em Piratininga, sem que se fizesse menção da qualidade de vila, como era de uso nesses documentos, foi concedida à sesmaria de Pero de Góis, sendo a respectiva posse dada alguns dias depois na ilha de S. Vicente. Martim Afonso teria nessa ocasião chegado até a morada, a povoação de João Ramalho, pela vereda de índios que, então, ligava o planalto ao litoral. Aí nessa zona, nos campos de Piratininga, vizinhos da sesmaria de Ururaí, por Jaguaporecuba, não se sabe bem onde, já afeiçoado aos costumes da terra, João Ramalho vivia maritalmente com filhas de morubixabas, tendo numerosa descendência e dispondo de grande influência sobre Tibiriçá e outros.
 
 Martim Afonso, quando de S. Vicente subiu ao Planalto, reconheceu talvez que a povoação de João Ramalho constituiria um posto avançado de importância no caminho, que por ela passava, trilhado pelos índios, e que ia até o Paraguai, onde se imaginavam situadas as fabulosas minas que ele procurava, pelo sertão adentro, desde o Rio de Janeiro e de Cananéia. Por esse caminho transitaria mais tarde Ulrico Schmidt.
 
 Foi a pretensa vila a que se referiu a complacência de Pero Lopes, foi o lugar que Martim Afonso primeiro povoou segundo se escreveu mais tarde. [Páginas 101 e 102]  ver mais
 6°. “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 2008 Entretanto, este não foi o espírito da sesmaria implantada no Brasil. O que havia de comum entre as duas era apenas a existência de uma terra sem aproveitamento, inexplorada.
 A sesmaria doada a Pero de Góes era vasta, começando no litoral, no rio Jurubatuba, próximo à atual Piaçaguera, subia a serra, alcançando um rio da banda norte [Anhemby/Tietê], indo até um pinhal na banda do campo do Guapé [localização incerta], alcançando o caminho que vem de Piratininga [caminho velho do mar], passando pela serra de Taperovi, na serra do Mar, até chegar no rio de São Vicente.
 
 Se o proprietário não a utilizasse no prazo de dois anos, o donatário poderia “dar aoutras pessoas que as aproveitem”, rezava o termo de doação537. Esta cessão foi passada em Piratininga, a 10 de outubro de 1532, sendo testemunhas João Ramalho e Antonio Rodrigues, “línguas desta terra já de quinze e vinte annos estantes nesta terra” e Pedro Gonçalves, homem d´armas da expedição vicentina.  ver mais
 
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 Caminho da Serradezembro de 1532. Atualizado em 30/10/2025 11:38:08Relacionamentos
 • Cidades (5): Carapicuiba/SP, Jundiaí/SP, Piracicaba/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (4) Domingos Luís Grou (32 anos), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João Ramalho (46 anos), Martim Afonso de Sousa (32 anos)
 • Temas (11): Cachoeiras, Caminho do gado, Caminho do Mar, Estradas antigas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jundiaí, Rio Juquiri, Rio Paraná, Rio Pinheiros, Rio Piracicaba, Rio Sorocaba
 
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 Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo10 de fevereiro de 1533, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:56:33Relacionamentos
 • Cidades (5): Cubatão/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP
 • Pessoas (4) Bacharel de Cananéa, Martim Afonso de Sousa (33 anos), Piqueroby (53 anos), Ruy Pinto (f.1549)
 • Temas (27): A Santa Cruz, Apiassava das canoas, Cachoeiras, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Cruzes, Engenho São Jorge dos Erasmos, Estradas antigas, Itapeva (Serra de São Francisco), Nossa Senhora da Escada, Ordem de Cristo, Otinga, Pela primeira vez, Porto das Almadias, Portos, Rio Cubatão, Rio Cubatão (Nhundiaquara), Rio Cubatão em Cubatão, Rio Ururay, Santa Ana das Cruzes, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Ururay, Ytutinga, Nheengatu, Caminho de Cubatão
 
 1534Atualizado em 28/10/2025 05:04:49Esiguara|  |  | Léguas 21º de 424
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 Pessoas (1): Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 Temas (4): Cristãos, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Curiosidades
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 1°. Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas 1 de maio de 1538, domingo "Isto aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los"´.  ver mais 3 de maio de 2024, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:24 • 1°. Apóstolo Thomé|   | Registros relacionados | 
 
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 Foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes6 de outubro de 1534, sábado. Atualizado em 06/10/2025 02:18:54Relacionamentos
 • Cidades (4): Cananéia/SP, Florianópolis/SC, Paranaguá/PR, Sorocaba/SP
 • Pessoas (3) João III, "O Colonizador" (32 anos), Martim Afonso de Sousa (34 anos), Pero Lopes de Sousa (37 anos)
 • Temas (6): Açúcar, Caminho do Mar, Capitania de Santa Ana, Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Vicente, Maria Leme da Silva
 •  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil|   | 6 fontes 1 fonte relacionada
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 1 de janeiro de 1957, terça-feira
 Martim Afonso de Sousa e seu irmão Pero Lopes de Sousa,ao que parece, fizeram um contrato com João Venist, Francisco Lobo e Vicente Gonçalves para formação de um engenho para fabricação de açúcar, ato agrícola comercial para o qual os dois Sousa, entraram apenas com as terras, entrada tão vã, como a doação da capitania por D. João III, igual à que os Papas fizeram às nações ibéricas, quando por elas distribuíram o mundo a descobrir.
 Atribui-se-lhe também a providência de proibir que os colonos subissem ao planalto e que fossem ao campo. Jordão de Freitas diz que foi esse contrato feito em 1534. Martim Afonso só recebeu o Foral a 6 de outubro de 1534 e a carta de doação em 20 de janeiro de 1535. (H. C. Port. no Brasil, Vol. 3º), mas cita Frei Gaspar da Madre de Deus,como fonte de informação.
 
 Não se compreende o motivo de tal proibição. Evitar que descobrissem o caminho das minas tão cobiçadas? Isso é pueril, pois que redundava apenas na impossibilidade de alargar a conquista do interior, pela ocupação do planalto, “de bons ares e de bons campos”, próprios para produção de mantimentos e criação dos gados, de que o litoral tanto precisava para poder subsistir. Além de pueril, seria contraditório ou incoerente fundar uma povoação no campo, como afirma Pero Lopes, a 9 léguas do mar, e proibir que a esse campo fossem os colonos.
 
 Aliás essa proibição não se encontra em nenhum documento colonial. A provisão expedida por D. Ana Pimentel, mulher e procuradora de Martim Afonso, em 11 de fevereiro de 1544, da qual alguns cronistas deduziram a revogação dessa proibição, a esta não se refere, nem do seu contexto se infere que ela tivesse havido. Ao contrário é nessa provisão que se acha a proibição de ir ao campo no tempo em que os índios andassem em sua santidade (?), dependendo a ida de licença do capitão loco-tenente, licença, da qual sempre prescindiram os colonos para entrar ao sertão. [Páginas 88 e 89]
 
 Martim Afonso, quando de S. Vicente subiu ao Planalto, reconheceu talvez que a povoação de João Ramalho constituiria um posto avançado de importância no caminho, que por ela passava, trilhado pelos índios, e que ia até o Paraguai, onde se imaginavam situadas as fabulosas minas que ele procurava, pelo sertão adentro, desde o Rio de Janeiro e de Cananéia. Por esse caminho transitaria mais tarde Ulrico Schmidt. Foi a pretensa vila a que se referiu a complacência de Pero Lopes, foi o lugar que Martim Afonso primeiro povoou segundo se escreveu mais tarde. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Páginas 101 e 102]
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 Communicações já eram praticadas saindo da villa de Porto Seguro1538. Atualizado em 27/08/2025 00:57:03Relacionamentos
 • Cidades (1): Porto Seguro/BA
 • Temas (3): Estradas antigas, Lagoa Dourada, Sabarabuçu
 •  Descobrimento e Devassamento|   | 1 fontes 1 fonte relacionada
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 1 de janeiro de 1902, quarta-feira
 Segundo Varnhagen (7), o donatario da capitanía de Porto Se- guro, Pero do Campo Tourinho, fundou a sua primeira villa no proprio monte onde Cabral deixára plantado o signal da redempção. Os gentios do paiz parecião então ainda mansos e trataveis como se apresentarão acos primeiros descobridores.
 Salvo algumas assaltadas que derão à nova colonia, esta gosava de alguma segurança e tranquillidade relativamente a outras capitanias, ficando os indios alli de paz e amizade com os portuguezes. (8)
 
 Assim é que o ponto do territorio brasileiro onde desembarcou Pedro Alvares Cabral foi tambem aquelle donde mais facilmente entabolarão-se communicações com o interior do paiz, territorio de Minas Geraes. Taes communicações já erão praticadas desde os primeiros tempos do estabelecimento da villa de Porto Seguro, quando consta (1538) que os portuguezes da nova colonia entravão pela terra dentro e andavão lá 5 e 6 mezes.
 
 Por esse tempo já se tinha levado a Porto Seguro, communicada pelos indios, a noticia da existencia de minas de ouro no interior do paiz (9), e tendo alli chegado Felippe de Guilhem (10) tirou disso um instrumento que remetteu a d. João III impetrando seu favor para buscar, e dar maneira como fossem descobrir as ditas minas (11).
 
 (...) O caminho seguido foi sem dúvida o mesmo dos índios, por onde em 1538 já entravam portugueses de Porto Seguro, e que também conduzia á serra do Sol da Terra...
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 Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas1 de maio de 1538, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07Relacionamentos
 • Cidades (2): Florianópolis/SC, Laguna/SC
 • Pessoas (3) Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (38 anos), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Bernardo de Armenta
 • Temas (19): Cristãos, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Caminho do Piquiri, Carijós/Guaranis, Espanhóis/Espanha, Franciscanos, Curiosidades, Mbiaça (Laguna), Pela primeira vez, Piqueri, Redução de Loreto, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Itapocú, Rio Paranapanema, Rio Pirapo, Santa Catarina, Rio São Francisco
 
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 Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina29 de março de 1541, sábado. Atualizado em 28/03/2025 23:16:34Relacionamentos
 • Cidades (3): Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (2) Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (41 anos), Pedro Dorantes
 • Temas (14): Caminho até Cananéa, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Cavalos, Cristãos, Espanhóis/Espanha, Ilha de Santa Catarina, Rio da Prata, Rio Itapocú, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Rio Tibagi, Santa Catarina
 
 |  |  | Léguas 29º de 424
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 Partiu para Buenos Aires8 de outubro de 1541, quarta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:09Relacionamentos
 • Cidades (1): Florianópolis/SC
 • Pessoas (1) Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (41 anos)
 • Temas (2): Caminho do Peabiru, Rio Itapocú
 
 |  |  | Léguas 30º de 424
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 Carta de Gonzalo Pizarro ao Rei, datada em Tomebamba3 de Setembro de 1542, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:33:41Relacionamentos
 • Pessoas (2) Francisco Orellana, Gonzalo Pizarro
 • Temas (7): Cavalos, Lagoa Dourada, Montanhas, Ouro, Peru, Pontes, Rio Amazonas
 •  Consulta em cervantesvirtual.com|   | 1 fontes 1 fonte relacionada
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 18 de novembro de 2023, sábado
 
 |  |  | Léguas 31º de 424
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 |  |  | Léguas 32º de 424
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 |  |  | Léguas 33º de 424
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 “fomos dar com os índios às suas aldeias, que estavam 4 ou 5 léguas dali, e indo achamos uns índios que andavam com grande pressa fazendo o caminho por aonde havíamos de passar, e ficaram muito tristes porque não tinham acabado”24 de agosto de 1550, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:54Relacionamentos
 • Cidades (4): Cananéia/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (2) Leonardo Nunes, Pero Correia (f.1554)
 • Temas (9): Abarê, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Colinas, Cristãos, Estradas antigas, Jesuítas, Porto dos Patos, Tupiniquim
 
 |  |  | Léguas 34º de 424
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 Conflito entre o Padre Leonardo Nunes e «um homem que havia quarenta annos estava na terra já tinha bisnetos e sempre viveu em peccado mortal e andava excommungado"1551. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26Relacionamentos
 • Cidades (3): Santo André/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (6) Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (51 anos), João Ramalho (65 anos), Pero Correia (f.1554), Manuel da Nóbrega (34 anos), Leonardo Nunes
 • Temas (8): Rio Anhemby / Tietê, Bilreiros de Cuaracyberá, Cayacangas, Pela primeira vez, Jesuítas, Cariós, Carijós/Guaranis, Cristãos
 
 |  |  | Léguas 35º de 424
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 Carta de Juan de Salazar y Espinosa ao Conselho das Índias na Espanha1 de janeiro de 1552, terça-feira. Atualizado em 03/09/2025 00:13:35Relacionamentos
 • Cidades (2): Lisboa/POR, São Vicente/SP
 • Pessoas (4) Alonso Vellido, Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (52 anos), Bernardo de Armenta, Juan de Salazar y Espinosa (44 anos)
 • Temas (6): Açúcar, Carijós/Guaranis, Cristãos, Escravizados, Ilha de Santa Catarina, Mbiaça (Laguna)
 •  “As relações entre o Brasil e a região do Rio de La Plata no século XVI nos primeiros documentos sobre Assunção (Asunción) e Santa Catarina”, por Franz Obermeier|   | 2 fontes 1 fonte relacionada
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 1 de janeiro de 2006, domingo
 O chefe da expedição, Juan de Salazar, fala numa carta do 1° de janeiro de 1552 ao Conselho das Índias na Espanha de todos os detalhes dessa expedição. A carta foi mandada provavelmente com um mensageiro, usando uma canoa a São Vicente e de lá num navio à Espanha. A difícil situação dos colonos suscitou crises entre o grupo dos espanhóis. Não se sabia nada do futuro governador Diego de Sanabria, que mais tarde devia também naufragar. Sobreviveu, mas nunca chegou à região. Não se podia também esperar ajuda de Assunção porque lá se pensava que o grupo ainda se encontrava na baía de Santa Catarina. Os conflitos aumentaram e a mãe do governador, doña Mencia, impunha o seu genro Hernando de Trejo como capitão, destituindo Juan de Salazar, talvez porque esse propôs entrar em contato com os portugueses de São Vicente para pedir ajuda lá. 
 
 1552Atualizado em 28/10/2025 05:04:51Expedição|  |  | Léguas 36º de 424
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 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (4): Gabriel Soares de Sousa, João de Azpilcueta Navarro, Sebastião Fernandes Tourinho, Tomé de Sousa
 Temas (4): “o Rio Grande”, Ouro, Rio São Francisco, Tupiniquim
  Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II Data: 1883 Créditos: Capistrano de AbreuPágina 99•|   | 3 fontes 2 relacionadas
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 1°. Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil 1 de março de 1587, domingo Sebastião Fernandes Tourinho, morador em Porto Seguro, com certos companheiros entrou pelo sertão, onde andou alguns meses à ventura, sem saber por onde caminhava, e meteu-se tanto pela terra adentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro, o que souberam pela altura do sol, que este Sebastião Fernandes sabia muito bem tomar, e por conhecerem a serra dos Órgãos, que cai sobre o Rio de Janeiro; e chegando ao campo grande acharam alagoas e riachos que se metiam neste Rio Grande; e indo com rosto ao noroeste, deram em algumas serras de pedras, por onde caminharam obra de trinta léguas, e tornando a leste alguns dias deram em uma aldeia de tupiniquins, junto de um rio, que se chama Raso-Aguípe; e foram por ele abaixo com o rosto ao norte vinte e oito dias em canoas, nas quais andaram oitenta léguas.•
 Este rio tem grande correnteza, e entram nele dois rios, um da banda do leste, e outro da banda do loeste, com os quais se vem meter este rio RasoAguípe no rio Grande. E depois que entraram nele navegaram nas suas canoas por ele abaixo vinte e quatro dias, nos quais chegaram ao mar, vindo sempre com a proa ao loeste. E fazendo esta gente sua viagem, achou no sertão deste rio no mais largo dele, que será em meio caminho do mar, vinte ilhas afastadas umas das outras uma légua, duas e três e mais; e acharam quarenta léguas de barra, pouco mais ou menos um sumidouro, que vai por baixo da terra mais de uma légua, quando é no verão, que no inverno traz tanta água que alaga tudo. Do sumidouro para cima tem este rio grande fundo, e a partes tem poços, que têm seis e sete braças, por onde se pode navegar em grandes embarcações; quase toda a terra de longo dele é muito boa.  ver mais
 2°. Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628) 1607 Sendo N Padre na Baya de todos los sanctos, Sua Alteza determinou enviar doze homens pelo sarto para descobrir o ouro que diziam estar ali, para o qual o governador Thomé de Sosa pediu um padre,
 Eles vão procurar o ouro e ele vai procurar o tesouro das almas, que naquelas partes é muito abundante e por essas partes acreditamos que se pode entrar até o Amazonas: agora temos notícias de que no mês de Em março de 1554 eles entraram pela capitania chamada Porto Seguro.
 
 E o que mais acontecer na Baya será escrito. do mês de julho de 1554 de Piratininga.  [Página 54]  ver mais
 
 |  |  | Léguas 37º de 424
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 Carta do P. Leonardo Nunes ao P. Manuel da Nóbrega29 de junho de 1552, domingo. Atualizado em 02/09/2025 23:54:16Relacionamentos
 • Cidades (2): Assunção/PAR, São Vicente/SP
 • Pessoas (2) Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (35 anos)
 • Temas (7): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Curiosidades, Estradas antigas, Habitantes, Nheengatu, Peru
 •  Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira)|   | 3 Fontes 2 fontes relacionadas
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 1 de janeiro de 1940, segunda-feira•  Distância entre Sorocaba e Botucatu
 17 de abril de 2024, quarta-feira
 Gabriel Soares de Sousa - 1540-1591:
 Sebastião Fernandes Tourinho, morador em Porto Seguro, com certos companheiros entrou pelo sertão, onde andou alguns meses à ventura, sem saber por onde caminhava, e meteu-se tanto pela terra adentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro, o que souberam pela altura do sol, que este Sebastião Fernandes sabia muito bem tomar, e por conhecerem a serra dos Órgãos, que cai sobre o Rio de Janeiro; e chegando ao campo grande acharam alagoas e riachos que se metiam neste Rio Grande; e indo com rosto ao noroeste, deram em algumas serras de pedras, por onde caminharam obra de trinta léguas, e tornando a leste alguns dias deram em uma aldeia de tupiniquins, junto de um rio, que se chama Raso-Aguípe; e foram por ele abaixo com o rosto ao norte vinte e oito dias em canoas, nas quais andaram oitenta léguas.
 
 Este rio tem grande correnteza, e entram nele dois rios, um da banda do leste, e outro da banda do loeste, com os quais se vem meter este rio Raso Aguípe no rio Grande. E depois que entraram nele navegaram nas suas canoas por ele abaixo vinte e quatro dias, nos quais chegaram ao mar, vindo sempre com a proa ao loeste. E fazendo esta gente sua viagem, achou no sertão deste rio no mais largo dele, que será em meio caminho do mar, vinte ilhas afastadas umas das outras uma légua, duas e três e mais; e acharam quarenta léguas de barra, pouco mais ou menos um sumidouro, que vai por baixo da terra mais de uma légua, quando é no verão, que no inverno traz tanta água que alaga tudo. Do sumidouro para cima tem este rio grande fundo, e a partes tem poços, que têm seis e sete braças, por onde se pode navegar em grandes embarcações; quase toda a terra de longo dele é muito boa.
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 |  |  | Léguas 38º de 424
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 Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei3 de abril de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06Relacionamentos
 • Cidades (4): Cubatão/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (22 anos), João Pires, o gago (53 anos), José de Anchieta (19 anos), Mem de Sá (53 anos)
 • Temas (9): África, Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Estradas antigas, Pela primeira vez, Porto das Almadias, Portos, Rio Cubatão em Cubatão
 •  Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei escrita de São Salvador da Bahia|   | 15 Fontes 3 fontes relacionadas
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 3 de abril de 1555, domingo
 "Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me dise que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mal e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se nam podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..." •  Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)|  |  | 
 1 de janeiro de 1607, segunda-feira
 Andava o Padre José pela serra fazendo um caminho novo de São Vicente para São Paulo e acompanhavam Afonso Sardinha com muita gente, o qual jura que viu enxugar-se-lhe o vestido padre, quando entrava na choupana vindo de fora molhado, na qual estava até que lhe parecia que Afonso Sardinha dormia, e logo se saia da casinha, e posto ao pé de um pau, as mãos levantadas passava a maior parte da noite em oração.•  “Porta para as riquezas do Paraíso Terrestre: 1”. Carlos Pimentel Mendes, em novomilenio.inf.br 3 de março de 2003, segunda-feira
 
 |  |  | Léguas 39º de 424
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 “assim vim aqui, que são perto de 300 léguas (1448 km), por uns gentios chamados Topinaquins (...) Já o caminho está feito daqui ao Peru, e há gente muito aparelhada para receber a nossa fé (...)”31 de maio de 1553, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:46:45Relacionamentos
 • Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Temas (6): Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Gentios, Peru, Tupinaés, Tupiniquim
 
 |  |  | Léguas 40º de 424
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 Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam”1 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27Relacionamentos
 • Cidades (4): Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (5) João III, "O Colonizador" (51 anos), João Ramalho (67 anos), Leonardo Nunes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (83 anos), Tomé de Sousa (50 anos)
 • Temas (8): Caminho do Peabiru, Ermidas, capelas e igrejas, Habitantes, São Paulo de Piratininga, Vila de Santo André da Borda, Caminho do Mar, Caminhos até São Vicente, Rio Itapocú
 
 |  |  | Léguas 41º de 424
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 Carta de Tomé de Sousa1 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27Relacionamentos
 • Cidades (5): Bertioga/SP, Salvador/BA, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
 • Pessoas (4) João III, "O Colonizador" (51 anos), João Ramalho (67 anos), Martim Afonso de Sousa (53 anos), Tomé de Sousa (50 anos)
 • Temas (4): Capitania de São Vicente, Ermidas, capelas e igrejas, Vila de Nossa Senhora da Conceição, Vila de Santo André da Borda
 
 15 de junho de 1553, segunda-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:15“O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada|  |  | Léguas 42º de 424
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 Cidades (1): São Vicente/SP
 Pessoas (5): Brás Cubas (1507-1592), Jácome Lopes, João Ramalho (1486-1580), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Paulo Dias Adorno
 Temas (8): Assassinatos, Bois e Vacas, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Música, Ouro, Rio dos patos / Terras dos patos, Vila de Santo André da Borda
  “Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP Data: 1971 Página 12•|   | 6 fontes 4 relacionadas
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 1°. Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Serafim Soares Leite (1890-1969) 1938 Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".  ver mais• 2°. “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP* Outubro de 1971 A proibição foi travo amargo para Nóbrega. O Paraguai era seu objetivo. Acreditava-se em terras portuguesas. E lá estava o núcleo maior de nativos, a junção de grandes rios, a abertura para o coração do continente. É seu amigo Tomé de Souza que o impede de partir. A 15 de junho de 1553, relata ao padre Luís Gonçalves da Câmara porque não seguira ainda:•
 "...a principal causa de todas para atrapalhar foi fechar o caminho por causa de os castelhanos, que estão a pouco mais de 100 léguas desta capitania. E tem-se por certo haver muita prata nessa terra, e tanto que dizem haver serras delas, e muita notícia de ouro, cujo serro está neste caminho..." [Página 11]  ver mais
 3°. REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL 2006 Aliás, cabe assinalar que Nóbrega não levava muito a sério a doutrinação dos índios do planalto. Em carta anterior, datada de 15 de junho de 1553, afirmava com todas as letras que só se ocuparia na conversão desses índios, enquanto estivesse impedido de se internar em definitivo no sertão (LEITE, v.1, p. 496). Na hipótese de ser verdade que foram os índios os únicos responsáveis pela escolha do lugar de sua nova aldeia no planalto – local esse depois plenamente aceito e ratificado pelos jesuítas, podemos supor – fica mais fácil compreender o grande acerto com que desempenharam tal missão. •
 Com efeito, na condição de silvícolas planaltinos, profundamente familiarizados com a região, eram eles os mais capacitados para determinar o ponto mais favorável para a criação de um novo povoado. Por uma questão de sobrevivência, só poderiam decidir-se por um local em acrópole (o que parece ter sido uma tradição entre os nossos índios antigos), próximo de rios piscosos e de trilhas que os poriam em fácil comunicação terrestre com pontos estratégicos ocupados por aldeias amigas.  ver mais
 4°. “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 2008 Mesmo alguns considerados de nobre estirpe, como o genovês Paulo Dias Adorno, não se comportou dignamente, tendo que fugir para a Bahia com um certo Affonso Rodrigues, “por um homizio [homicídio] que lá fizeram [em São Vicente]”.
 Igual expediente lançou mão Brás Cubas, fundador de Santos e um dos portugueses mais ricos da terra. Fugira para Portugal, “por cosas mal hechas en esta tierra siendo capitán”, como registrou Nóbrega. Entre falcatruas cometidas, são elencados roubo de terras, de escravos e de vacas de Pero Correia, que os havia destinado à manutenção das crianças indígenas da casa de São Vicente. Os jesuítas aceitaram fazer um acordo, pois ele não tinha bens suficientes para pagar uma dívida de 2.600 ducados. Devolveu os escravos e entregou as 10 vacas, reconciliando-se com os jesuítas, que afirmaram que era “mejor uno com paz que 30 com contienda”.  ver mais
 
 20 de julho de 1553, segunda-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:15Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias|  |  | Léguas 43º de 424
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 Cidades (4): Assunção/PAR, Santos/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2): Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Luis de Góes
 Temas (6): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Gados, Ouro, Peru, Prata
   “Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP Data: 1971 Página 11•|   | 12 fontes 5 relacionadas
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 1°. Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628) 1607• 2°. “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13 1 de setembro de 1940, domingo• 3°. Maniçoba, porta do Paraguai, Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Correio Paulistano, 08.09.1940 8 de setembro de 1940, domingo• 4°. “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga 2010 Por fim, cita o caso de um português que matara alguém em São Vicente e fugiu a pé para o Peru, onde recolheu certa quantidade de prata antes de voltar a Portugal. Essas notícias davam a certeza a Valdés de que era temerário que a capitania ficasse sob a jurisdição de um homem só, como o donatário Pero Lopes de Souza. Ela deveria, isto sim, por sua importância e riqueza, pertencer ao rei, que poderia “recompensar aquello en outra cosa antes que nada desto se entenda  ver mais• 5°. “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador 2014
 
 |  |  | Léguas 44º de 424
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 Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"29 de agosto de 1553, sábado. Atualizado em 14/10/2025 18:52:52Relacionamentos
 • Cidades (13): Araçariguama/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Iperó/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo André/SP, São Miguel Arcanjo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (14) André Ramalho, Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Caiubi, senhor de Geribatiba, Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco I da Áustria (1768-1835), João Ramalho (1486-1580), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Matheus Nogueira, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Pero Correia (f.1554), Quirino Caxa (1538-1599), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 • Temas (36): “o Rio Grande”, Apoteroby (Pirajibú), Araritaguaba, Bairro Éden, Sorocaba, Biesaie, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Paraguay, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Inhapambuçu, Inhayba, Jesuítas, Lagoas, Maniçoba, Música, Nheengatu, Paranaitú, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tordesilhas, Tribo Arari, Tupinambás, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda
  •  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI 1 de janeiro de 1895, terça-feira
 phia diz: "Era este bom padre português natural de Lisboa; seguia no mundo as armas e embarcado em uma Armada Castelhana passou as partes do Rio da Prata onde esteve alguns anos."
 Voltou daquele país por terra até São Vicente, viajando duzentas léguas por caminhos solitários, aspérrimos e usados só de feras ou índios montanheses onde corria o perigo de ser devorado. VInha com intenção de seguir para Lisboa a procurar seu pai que ainda era vivo, mas preferiu entrar para a Companhia, o que fez no ano de 1553.
 
 Logo que entrou foi levado como noviço para a região de Piratininga atravessando descalço aquelas serranias e, como era perito na língua e nos hábitos dos índios, deixou-lhe Nóbrega ao seu cargo trabalhar na sua catequese.
 
 Penetrou o sertão cerca de 40 léguas, fez igreja, catequizou e converteu índios e viveu com eles três ou quatro anos. De Piratininga foi removido para a Bahia atribuindo-se-lhe a conversão de cerca de 50.000 almas e a formação das aldeias desde o Camamú a dezoito léguas do sul da cidade, até quase o Rio Real, a quarenta léguas do lado do norte.
 
 Da Bahia veio em 1567 para o Rio de Janeiro com companhia de Mem de Sá, onde foi firmar definitivamente as pazes com os Tamoyos até que, enfermado, veio a faleceu no colégio que a sua ordem tinha naquela cidade.
 
 Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação.
 
 A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião.
 
 A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto.
 
 Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú.
 
 Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa.
 
 A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê.
 
 Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida.
 
 Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereça aquela definição. Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada.
 
 Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles.
 
 Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da elequencia e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.
 
 No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivese havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". [p. 173 e 174]
 •  REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL|  |  | 
 1 de janeiro de 2006, domingo
 Já na correspondência dos primeiros jesuítas, o nome de Piratininga aparece empregado de modo extremamente difuso, e, devemos admitir, confuso. Segundo carta de Nóbrega datada de outubro de 1553, a aldeia recém-construída no planalto, logo depois transformada em aldeamento jesuítico, estava instalada a cerca de duas léguas de distância da povoação de João Ramalho, conhecida pelo nome de Piratinim (LEITE, v.2, p. 16).
 Dada a grande – e desconcertante – distância que o separava da futura São Paulo, não parece ser esse povoado a aldeia indígena liderada pelo sogro de Ramalho, Tibiriçá, a qual, embora possuísse essa mesma denominação, estava situada, segundo Frei Gaspar da Madre de Deus, como veremos adiante, a uma distância bem menor, a mais ou menos meia légua do núcleo jesuítico.
 
 De acordo com Nóbrega, na carta citada, foi nesse núcleo de João Ramalho que Martim Afonso de Sousa ”primeiro povoou”, ou seja, fundou a efêmera vila de Piratininga no recuado ano de 1532, conforme relata o diário de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso. Por outro lado, em missiva escrita por Anchieta em 15 de agosto de 1554, a própria povoação dos padres aparece também chamada de aldeia de Piratininga, onde os jesuítas mantinham “uma grande escola de meninos, filhos de índios ensinados a ler e escrever” (LEITE, v.2, p. 81).
 
 Ainda nesse tipo de documentação se faz alusão a um certo porto de Piratinim, localizado à margem esquerda do Rio Grande (Rio Tietê) e a um rio de Piratininga, que deve ser interpretado como sendo também o Anhembi (Tietê), o rio por excelência da região; fala-se igualmente em campos de Piratininga, que abarcavam toda a amplidão dos campos planaltinos; e, finalmente, em São Paulo de Piratininga, que é o nome que a casa jesuítica tomou a partir de 25 de janeiro de 1554 e que depois foi estendido à vila criada em 1560, às vezes denominada São Paulo do Campo.
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 Registros mencionados (6)1777 -  Vice-rei Marquês do Lavradio manda "cordear" o caminho que seria a Rua do Lavradio. Ele morava ali [13840]18/05/1777 - D. Pedro Ceballos sai de Montevidéu no Uruguai para atacar a colonia de Sacramento [8354]31/10/1787 - José Pereira Pinto mandou que se abrisse a sobredita estrada [1809]14/11/1788 - Início da abertura da estrada [1812]06/12/1790 - Término da abertura da estrada [1821]05/11/1808 - Carta-régia funda Guarapuava [9085]
 
 1 de outubro de 1553, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:15Carta do padre Manoel da Nóbrega a rei de Portugal, D. João III|  |  | Léguas 45º de 424
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3): João III, "O Colonizador" (1502-1557), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
 Temas (7): Canibalismo, Carijós/Guaranis, Gentios, São Paulo de Piratininga, Estradas antigas, Caminho do Peabiru, Cristãos
 •|   | 5 fontes 1 relacionada
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 1°. REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL 2006 Já na correspondência dos primeiros jesuítas, o nome de Piratininga aparece empregado de modo extremamente difuso, e, devemos admitir, confuso. Segundo carta de Nóbrega datada de outubro de 1553, a aldeia recém-construída no planalto, logo depois transformada em aldeamento jesuítico, estava instalada a cerca de duas léguas de distância da povoação de João Ramalho, conhecida pelo nome de Piratinim (LEITE, v.2, p. 16).
 Dada a grande – e desconcertante – distância que o separava da futura São Paulo, não parece ser esse povoado a aldeia indígena liderada pelo sogro de Ramalho, Tibiriçá, a qual, embora possuísse essa mesma denominação, estava situada, segundo Frei Gaspar da Madre de Deus, como veremos adiante, a uma distância bem menor, a mais ou menos meia légua do núcleo jesuítico.
 
 De acordo com Nóbrega, na carta citada, foi nesse núcleo de João Ramalho que Martim Afonso de Sousa ”primeiro povoou”, ou seja, fundou a efêmera vila de Piratininga no recuado ano de 1532, conforme relata o diário de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso. Por outro lado, em missiva escrita por Anchieta em 15 de agosto de 1554, a própria povoação dos padres aparece também chamada de aldeia de Piratininga, onde os jesuítas mantinham “uma grande escola de meninos, filhos de índios ensinados a ler e escrever” (LEITE, v.2, p. 81).
 
 Ainda nesse tipo de documentação se faz alusão a um certo porto de Piratinim, localizado à margem esquerda do Rio Grande (Rio Tietê) e a um rio de Piratininga, que deve ser interpretado como sendo também o Anhembi (Tietê), o rio por excelência da região; fala-se igualmente em campos de Piratininga, que abarcavam toda a amplidão dos campos planaltinos; e, finalmente, em São Paulo de Piratininga, que é o nome que a casa jesuítica tomou a partir de 25 de janeiro de 1554 e que depois foi estendido à vila criada em 1560, às vezes denominada São Paulo do Campo.  ver mais
 1 de setembro de 1585, domingo. Atualizado em 25/10/2025 18:40:18 • 1°. A Câmara da vila de São Paulo dirige uma representação ao capitão-mor Jerônimo Leitão|   | Registros relacionados | 
 
 27 de outubro de 1553, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:16Carta de Luis da Grã|  |  | Léguas 46º de 424
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 Pessoas (2): Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570)
 Temas (1): Ouro
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 1°. Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira) 1940
 
 Maio de 1554Atualizado em 28/10/2025 08:39:16“Foi agora enviado o Irmão Pero Correia, com dois outros irmãos, a umas aldeias de índios, que estão ao longo do mar, para lhes pregar a palavra de Deus e sobretudo, se puder ser, para abrir caminho até certos povos que chamam ibiraiaras”*|  |  | Léguas 47º de 424
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 Cidades (4): São José do Paraitinga (Salesópolis)/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Timbó/SC
 Pessoas (3): José de Anchieta (1534-1597), Pero Correia (f.1554), Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568)
 Temas (7): Bilreiros de Cuaracyberá, Cachoeiras, Caminho do gado, Carijós/Guaranis, Rio Anhemby / Tietê, Estradas antigas, Minas de Tambó
  Nascente do Tietê Data: 1554 Créditos: http://www.daee.sp.gov.br/site/01/01/1554
 
 1 de setembro de 1554, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:17Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de Piratininga|  |  | Léguas 48º de 424
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2): João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597)
 Temas (5): Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Gentios, Inquisição, Peru
 •|   | 3 fontes 1 relacionada
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 1°. Arqueologia de uma Fábrica de Ferro: Morro de Araçoiaba Séculos XVI-XVII. Autora: Anicleide Zequini, Universidade de São Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA* Dezembro de 2006
 
 15 de março de 1555, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:17Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola|  |  | Léguas 49º de 424
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 Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5): Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794), Carlos V (1500-1558), José de Anchieta (1534-1597), Luís da Grã (n.1523), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (7): Canibalismo, Carijós/Guaranis, Escolas, Goayaó, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Nheengatu
 |   | 5 fontes 0 relacionadas
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 1555Atualizado em 28/10/2025 08:39:17“Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”|  |  | Léguas 50º de 424
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 Cidades (2): São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (2): Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794), José de Anchieta (1534-1597)
 Temas (8): Cristãos, Caciques, Carijós/Guaranis, Jesuítas, Piratininga, São Paulo de Piratininga, Canibalismo, Nheengatu
 |   | 2 fontes 0 relacionadas
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 5 de dezembro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:34 • 1°. CARTA DE BALTHAZAR FERNANDES (233), DO BRASIL, DA CAPITANIA DE S. VICENTE DE PIRATININGA AOS 5 DE DEZEMBRO DE 1567.|   | Registros relacionados | 
EVANEVENTOS: 424
 CAMINHOx: \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\t3797\sting3.txt
 
 
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 CAMINHOx: \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\t3797\sting3.txt
 
 0
 ANO: Exibir recentes
 Eventos: 424
 \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\t3797\sting2.txt
 
 
 |  |  | Léguas 1º de 424
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 |  |  | Léguas 5º de 424
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 Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás1 de maio de 1500, terça-feira. Atualizado em 25/08/2025 07:47:08Relacionamentos
 • Cidades (1): São Paulo/SP
 • Pessoas (7) Arthur Virmond de Lacerda, Bacharel de Cananéa, João Emenelau Farás, Manuel I, o Afortunado (31 anos), Nicolau Coelho (40 anos), Pero Vaz Bisagudo, Pero Vaz de Caminha (50 anos)
 • Temas (16): Astronomia, Curiosidades, Degredados, Descobrimento do Brazil, Gentios, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Medicina e médicos, Metalurgia e siderurgia, Música, O Sol, Odontologia, Ouro, Tupiniquim, Vinho, Ybitirembá
 •  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”|   | 18 fontes 1 fonte relacionada
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 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
 (...) soccorro a coincidência com a constellação meridional do Cruzeiro, que os descobridores viram sobre suas cabeças na mesma occasião, segundo a descreveu e desenhou em sua carta de 1.° de Maio de 1500 o physico da armada, João Emenelau; carta esta publicada por Varnhagen, em nota à sua Historia geral do Brazil. 
 
 |  |  | Léguas 6º de 424
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 Relatos da presença de São Tomé1502. Atualizado em 28/10/2025 03:05:54Relacionamentos
 • Cidades (2): Capão Bonito/SP, Iguape/SP
 • Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 • Temas (3): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas
 •  São Tomé esteve aqui - revista.istoe.com.br|   | 1 fontes 1 fonte relacionada
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 9 de agosto de 2006, quarta-feira
 Caminho feito no Brasil por santo dover para crer vira rota de peregrinos.
 O Brasil já tem a sua versão do célebre Caminho de Santiago de Compostela na Espanha. Um novo roteiro de peregrinação, envolto por lendas religiosas, une-se à oferta de aventuras em meio às trilhas na Mata Atlântica, entre pastagens, plantações, bosques e a nascente do rio Paranapanema. São 200 quilômetros dentro do Estado de São Paulo, que liga Capão Bonito a Iguape, no litoral. O percurso, batizado de Caminho de São Tomé, foi inaugurado por uma comitiva de 30 pessoas. É feito, na média, em cinco dias. Há uma lenda recorrente de que São Tomé, o apóstolo que duvidou da ressurreição de Jesus Cristo – vem daí o bordão “ver para crer” – teria andado pela região para catequizar os índios e se tornado um dos primeiros “homens brancos” a chegar nas Américas. Em vez de participar de missões na Europa e no Oriente, ele teria optado por desbravar novos mundos. A presença de São Tomé na região vem de relatos escritos por jesuítas portugueses que chegaram entre 1502 e 1506. Os religiosos encontraram os índios guaranis com idéias monoteístas e noções de catolicismo. Os ensinamentos eram atribuídos pelos guaranis a um tal de Pai Sumé, descrito por eles como um homem alto de barbas brancas e roupas de linho e cinto de couro. Seria, segundo jesuítas, o apóstolo Tomé.
 
 Outros atrativos do caminho dizem mais sobre a história do Brasil. O roteiro passa pela Serra da Macaca, no Vale do Ribeira, onde durante a ditadura o revolucionário Capitão Lamarca escapou de um cerco de milhares de militares. Abriga também cavernas que serviram de esconderijos para combatentes paulistas na revolução de 32. Segundo o secretário de Turismo de Capão Bonito, Gilson Kurtz, a idéia é utilizar a trilha para incrementar o turismo na região, que não foi incentivado, em parte, pela idéia de preservar a Mata Atlântica. Para se tornar um peregrino oficial, basta comprar um passaporte no Museu de Arte Sacra de Capão Bonito. Custa R$ 5. Como as pousadas da região são baratas, não se gasta mais do que R$ 100 com hospedagem e alimentação em todo o trajeto. Quem tiver mais pressa, pode ir de jipe ou a cavalo. O resto é reunir fôlego. E andar com fé.
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 Gonçalo Coelho e a prata1506. Atualizado em 28/10/2025 08:39:10Relacionamentos
 • Pessoas (1) Gonçalo Coelho
 • Temas (4): Ouro, Prata, Rio da Prata, Peru
 
 |  |  | Léguas 9º de 424
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 Filipinas16 de março de 1521, quarta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:25Relacionamentos
 • Pessoas (1) Fernão de Magalhães (41 anos)
 • Temas (1): Estreito de Magalhães
 
 |  |  | Léguas 10º de 424
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 Chegaram...19 de Setembro de 1526, domingo. Atualizado em 03/04/2025 21:38:37Relacionamentos
 • Pessoas (1) Sebastião Caboto (50 anos)
 • Temas (1): Cristãos
 
 15 de janeiro de 1528, domingoAtualizado em 28/10/2025 04:42:34Seis homens, após uma jornada de cerca de 300 km vindos, chegaram a Cananéia|  |  | Léguas 11º de 424
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 Cidades (1): Cananéia/SP
 Pessoas (3): Bacharel de Cananéa, Francisco de Chaves, Gonçalo da Costa
 Temas (10): Rei Branco, Ouro, Porto dos Patos, Santa Catarina, Caminho até Cananéa, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Peru, Incas, Estradas antigas
 |   | 1 fonte 0 relacionadas
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 |  |  | Léguas 12º de 424
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 Envio de Diogo Leite1 de fevereiro de 1531, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:42:20Relacionamentos
 • Cidades (3): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (7) Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (24 anos), Diogo Leite, Martim Afonso de Sousa (31 anos), Pero (Pedro) de Góes, Pero Lopes de Sousa (34 anos), Ruy Pinto (f.1549)
 • Temas (13): Apiassava das canoas, Assunguy, Bituruna, vuturuna, Caminho do Mar, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Cruzes, Ordem de Cristo, Piqueri, Portos, Rei Branco, Rio Iguassú, Rio Tibagi, Serra de Ibituruna
 
 3 de março de 1531, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 04:42:35Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba”|  |  | Léguas 13º de 424
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 Cidades (4): Carapicuiba/SP, Santo Amaro/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4): Ana Pimentel Henriques Maldonado, Brás Cubas, Domingos Luís Grou, Martim Afonso de Sousa
 Temas (7): Cabusú, Ilha de Barnabé, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Montanhas, Tamoios, Ururay
  Revista do Museu Paulista Data: 1895 Créditos: Página 515•|   | 4 fontes 2 relacionadas
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 1°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1886 Parece que a antiga aldeia de Ururay, de 1531, fôra fracionada em duas, logo que João Ramalho edificou a vila de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de São Paulo, 1554-1560; pois o título da sesmaria de 12 de outubro de 1580 os pressupõe já estabelecidos nos dois lugares, Pinheiros e São Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos nativos de não manterem suas aldeias muitos anos no mesmo lugar. [Página 330]  ver mais• 2°. Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". 1930 Entendemos contudo forçada a aproximação entre os dois itinerários, o de 1601 e o de 1673. Na sua ânsia pela fixação toponímica chega Orville Derby (1851-1915) a não achar “de todo despropositada a hipótese de que a aldeia de Ibituruna haja sido a que os emissários de Martim Afonso em 1531 tenham visitado. [Página 95]  ver mais
 
 17 de agosto de 1531, segunda-feiraAtualizado em 28/10/2025 04:42:35Diário de Pero Lopes|  |  | Léguas 14º de 424
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 Cidades (5): Apiaí/SP, Cananéia/SP, Iguape/SP, Sorocaba/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
 Pessoas (9): Bacharel de Cananéa, Francisco de Chaves, Maria Leme da Silva, Martim Afonso de Sousa, Mestre Bartolomeu Gonçalves, Pedro Annes, Pero Lobo, Piqueroby, Salvador Pires
 Temas (12): Bacaetava / Cahativa, Caminho do Mar, Cananéas, Carijós/Guaranis, Escravizados, Nheengatu, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Pela primeira vez, Peru, Prata, Serra Negra (Piedade)
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 1°. “O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649) 1625 Jean de Laet (1571-1649) esteve no Brasil em 1596, segundo Varnhagen, Visconde de Porto Seguro (1816-1878), e certamente antes de 1625, quando imprimiu "O Novo Mundo: Descrigão das Indias Ocidentais", do qual dois livros pertencem coisas do Brasil e, nestes, dois capítulos à capitania de São Vicente.Dando uma notícia condensada de todos os descobrimentos até então, temos este escritor holandês, que colheu os necessários informes de Anthony Knivet e de Wilhelm Jostten Glimmer. Assim, escreveu ele:•
 (...) Ponta da Cahativa, a trinta léguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta léguas da. mesma villa de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de b>Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéias tem por costume extrair.  ver mais
 2°. “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 2008 O outro ramal foi utilizado pelo português Pero Lobo, que em 1532 foi enviado por Martim Áfonos de Sousa, com cerca de 80 indígenas para trazer riquezas do Peru. Esperava retornar dentro de 10 meses, com mais de 400 escravos carregados de ouro e prata, como se lê no diário de Pero Lopes de Sousa. [p. 62]  ver mais
 
 |  |  | Léguas 15º de 424
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 Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos”22 de janeiro de 1532, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21Relacionamentos
 • Cidades (5): Itanhaém/SP, Praia Grande/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (11) Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Bacharel de Cananéa, Bartolomeu Carrasco (f.1571), Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (1500-1590), Giuseppe Campanaro Adorno (1504-1605), João Ramalho (1486-1580), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Pero Lopes de Sousa (1497-1539)
 • Temas (13): Açúcar, Escravizados, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Habitantes, Jurubatuba, Geraibatiba, Morpion, Nheengatu, Pela primeira vez, Portos, Rio da Prata, Rio Piratininga
  •  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
 Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.
 Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Coká-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:
 
 "A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."
 
 Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos Sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza; mas, apenas, para assignalar que foi precisa a sua anuência ao desembarque dos europeus e ao plano de bem receber os portugueses da armada.
 
 Assim, escreveu ele que João Ramalho « tivera por companheiro nessa empreza a António Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribu Uriíray^ depois de conseguir deste, à imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Affonso.
 
 De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.Seja, porém, Piqueroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso dele, não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão.
 
 Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada. O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:
 
 "Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão".
 •  “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”.  Jesuíno Felicíssimo Junior|  |  | 
 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
 Era óbvio que desde o início do povoamento do Brasil pelos civilizados europeus, o ferro e as atividades de ferreiro seriam de grande importância e imprescindíveis para atender suas solicitações mínimas de bem estar, de produção e defesa.
 Já na Expedição de Martim Afonso de Souza, ao desembarcar na barra do Tumiaru, em praias Vicentinas, a 22 de janeiro de 1532, para dar início ao povoamento do Estado do Brasil, deparamos com Bartolomeu Gonçalves, também mais conhecido por Mestre Bartolomeu Fernandes e ainda tratado e respondendo pela alcunha de Bartolomeu Carrasco, ferreiro contratado no Reino para atender, por dois anos, os reclamos de obras de ferro da armada e dos integrantes dêsse primeiro estabelecimento luso em solo brasileiro. A alcunha de “Carrasco”, no ambiente Vicentino de então, era designativa do ofício de ferreiro.
 
 Mestre Bartolomeu prestou valiosos serviços na fundação de Santos e, afeiçoando-se à nova terra, veio, após cumprir o prazo de sua contratação, fixar-se, para sempre, nos Campos de Piratininga — peixe sêco —, tornando-se um dos seus primei-os povoadores e Senhor de grande trato de terras nas bandas de Jeribatuba — sítio dos Jiribás —, às margens do rio dêste nome, hoje conhecido por Pinheiros, então encravado nos domínios do grande Cacique Caiubi.
 
 Tudo indica que Mestre Bartolomeu, falecido em torno de 1566, não só deixou descendência ativa, que também se devotou à sua arte produzindo pequenos artefatos de ferro comerciados ao longo do Jurubatuba, do Anhembi e do Tamanduateí, mas ainda instalou forja à margem esquerda do Jurubatuba, cuja existência, em 1554, foi citada por Anchieta, que mais tarde, em torno de 1560, fundou, nas suas proximidades, a aldeia de Santo Amaro. [p. 1]
 •  “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP*|  |  | 
 1 de outubro de 1971, sexta-feira•  Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar
 1 de janeiro de 1997, quarta-feira
 Quando Martim Afonso de Souza desembarcou na Barra do Tumiarú, em praias vicentinas, em 22 de janeiro de 1532, trazia em sua companhia o mestre Bartolomeu Fernandes, alcunhado "Bartolomeu Carrasco", um "ferreiro contratado para atender por dois anos aos reclames de peças de ferro da Armada e dos integrantes desse primeiro estabelecimento luso em solo brasileiro".•  A língua do Brasil. Por Claudio Angelo, em Revista Super Interessante 31 de outubro de 2016, segunda-feira
 Quando Portugal começou a produzir açúcar em larga escala em São Vicente (SP), em 1532, a língua brasílica, como era chamada, já tinha sido adotada por portugueses que haviam se casado com índias e por seus filhos. “No século XVII, os mestiços de São Paulo só aprendiam o português na escola, com os jesuítas”, diz Aryon Rodrigues. Pela mesma época, no entanto, os faladores de tupi do resto do país estavam sendo dizimados por doenças e guerras. No começo daquele mesmo século, a língua já tinha sido varrida do Rio de Janeiro, de Olinda e de Salvador, as cidades mais importantes da costa. Hoje, os únicos remanescentes dos tupis são 1 500 tupiniquins do Espírito Santo e 4 000 potiguaras da Paraíba. Todos desconhecem a própria língua. Só falam português.
 
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 D. João III, rei de Portugal, determina a primeira divisão administrativa do Brasil colonial, aplicando ao território a experiência do arquipélago da Madeira2 de março de 1532, quarta-feira. Atualizado em 02/03/2025 03:01:01Relacionamentos
 • Cidades (6): Itu/SP, Paranaguá/PR, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (4) Duarte Coelho (47 anos), João III, "O Colonizador" (30 anos), Martim Afonso de Sousa (32 anos), Pero Lopes de Sousa (35 anos)
 • Temas (7): Capitania de Itamaracá, Capitania de Santa Ana, Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Tomé, Capitania de São Vicente, Geografia e Mapas, Ilha da Madeira
 
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 Carta do rei dom João III, dirigida a Martim Afonso de Sousa, anunciando-lhe que dividira o Brasil em capitanias28 de Setembro de 1532, quarta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06Relacionamentos
 • Pessoas (4) João III, "O Colonizador" (30 anos), Martim Afonso de Sousa (32 anos), Pero (Pedro) de Góes, Pero Lopes de Sousa (35 anos)
 • Temas (8): Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Vicente, Ilha de Barnabé, Ilha de Santo Amaro, Pau-Brasil, Santa Ana, Tordesilhas, Rio Cuipara
 
 10 de outubro de 1532, segunda-feiraAtualizado em 28/10/2025 04:42:37Martim Afonso concede sesmarias|  |  | Léguas 18º de 424
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 Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (10): Antonio de Aguiar Barriga, Antonio Rodrigues (Piqueroby), Brás Cubas, Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou, João Ramalho, Martim Afonso de Sousa, Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Piqueroby
 Temas (29): “o Rio Grande”, Apiassava das canoas, Cachoeiras, Caminho de Piratininga, Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Colinas, Estradas antigas, Fidalgos "Filhos de algo", Goayaó, Grunstein (pedra verde), Itapeva (Serra de São Francisco), Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Lagoa Dourada, Mequeriby, Nheengatu, O Sol, Piaçaguera, Rio Geribatiba, Rio Goyaó, Rio Mogy, Rio Pinheiros, Rio Pirajibú, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Taperovira, Ururay
 •|   | 12 fontes 6 relacionadas
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 1°. “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) 1797 Nesta viagem não basta chegar-se ao pico, para se ter dado fim às subidas, e vêem-se os caminhantes obrigados a continuá-las, quando as reputam acabadas; porque os cumes dos outeiros servem de base a outros montes, que adiante se seguem, e assim vão prosseguindo, de sorte que é necessário aos viajantes caminharem, como quem sobe por degraus de escadas. Vencido finalmente, este caminho, talvez o pior, que tem no mundo, chegou Martim Afonso ao campo de Piratininga, onde se achava aos 10 de outubro de 1532, e ali assinou nesse dia a Sesmaria de Pedro do Góis, lavrada por Pero Capico, escrivão de el-Rei. Examinou o terreno, quanto lhe foi possível, do qual formou idéia muito vantajosa; mas por isso mesmo, tanto que se recolheu à Vila de S. Vicente, deu uma providência digníssima da sua alta compreensão, ordenando que nem a resgatar com os índios pudessem ir brancos ao campo sem sua licença, ou dos capitães seus loco-tenentes, a qual se daria com muita circunspeção, e unicamente a sujeitos bem morigerados. Desta regra generalíssima só foi excetuado João Ramalho o qual veio situar-se meia légua distante da Borda do Campo no lugar onde hoje existe a Capela de S. Bernardo.  ver mais• 2°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1886 Sesmaria de Pedro de Góes•
 Martim Afonso de Souza, do conselho de El-Rei Nosso Senhor, governador destas terras do Brasil, etc. Faço saber aos que esta minha carta virem, que havendo respeito em como Pedro Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, serviu muito bem Sua Alteza nestas partes e assim ficar nesta terra para povoador, que com ajuda de Nosso Senhor ficará povoando.
 
 Eu hei por bem de lhe dar e doar as terras de Taquararira com a serra de Taperovira que está da banda d´onde nasce o sol com águas vertentes com o rio Jarabatyba, o qual rio e terras estão defronte da ilha de São Vicente donde chamam Gohayó, a qual terra subirá para serra acima té o cume e dai a buscar o Capetevar, e dai virá entestar com o rio adiante que está da banda norte e por ele abaixo até Ygoar por terra em outro rio que tem ali outeiro e dai tornará a um pinhal que está na banda do campo Gioapê e dai virá pelo caminho que vem de Piratininga a entestar com a serra que está sobre o mar e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Mamoré e dai dentro ao pé da serra de Ururay e virá dentro por este rio a entestar com a ilha de Caramacoara e então pelo rio São Vicente tornará a entestar com a dita serra de Taperovira donde começou a partir, e assim os outeiros e cabeças d´águas e todas as entradas e saídas das ditas terras, por virtude de uma doação que para isso tem de El-Rei Nosso Senhor.....
 
 E por virtude da qual doação lhe dou as ditas terras, as quais serão para ele dito Pedro de Góes e para todos os seus descendentes, com declaração que ele as aproveite nesses dois anos primeiro seguintes e, não o fazendo, as suas ditas terras ficarão devolutas para delas fazer aquilo que me bem parecer; e as ditas terras serão forras e isentas sem pagarem nem uns direitos, somente dizimo a Deus: e por este mando que logo seja metido de posse das ditas terras, e esta será registrada no livro do tombo que para isso mandei fazer. Dada em Piratininga a 10 de outubro de 1532. Pedro Capico, escrivão de El-Rei Nosso Senhor e das sobreditas terras o fez. E porquanto aqui não faz declaração onde vão entestar sobre a serra que vem sobre o mar, entender-se-a desde a ponta da serra é uma quebrada, que assim faz por onde Francisco Pinto parte e todo ele com esta.
 
 Saibam quanto este publico instrumento de posse virem, em como, no ano de 1532, dia 15 de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que mui magnifico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El-Rei Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brazil, e levei comigo a João Ramalho e Antonio Rodrigues, línguas destas terras, já de quinze e vinte anos estantes nesta terra, e conforme o que eles juraram assim fiz o assento, como mais largamento se verá pelo livro do tombo que o dito governador para isso mandou fazer, e com meu poder o meti de posse delas ao dito Pedro de Góes de todas as terras que na carta faz menção, e lhe meti nas suas mãos terra, pedra, paus e ramos de árvores que das ditas terras tomei e pela qual o dei por empossado e dou deste dia para todo o sempre tão solenemente como o direito se pode fazer, e lhe publiquei e notifiquei a doação de El-Rei Nosso Senhor e assim as condições dela para que em nem um tempo possa alegar ignorância, e ele dito Pedro de Góes aceitou a dita posse e se deu por empossado e ficou de cumprir as ditas condições que as hei por declaradas como se claramente as especificasse. Testemunhas que a tudo foram presentes o sobredito João Ramalho, Antonio Rodrigues e Pedro Gonçalves que veio por homem de armas nesta armada, que veio por capitão-mór o dito Senhor Governador, as quais assinaram no livro do tombo comigo escrivão. Em testemunho de verdade, eu como publico escrivão da Fazenda de El-Rei Nosso Senhor e destas sobreditas terras e tabelião público pelo dito Senhor fiz este instrumento; e traslado do sobredito tombo aquelas cláusulas e forças necessárias para dar tudo por instrumento ao dito Pedro de Góes, feito em Yrarabul, onde ora tem feito por virtude da dita posse o dito Pedro de Góes uns tijupares, e o assinei de meu publico sinal que tal é. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Páginas 223, 224, 225 e 226]
 
 A história do Brasil refere, entre inumeros outros nomes de chefes, Uirá (tatú-bola), Pirá-uassú (baleia), Ita-gi (machado de pedra), Inajá-guassú (palmeira grande), Acayu-miry (cajú pequeno), Lavara-eté (onça), Metara-uby (pedra verde); e, da capitania de São Vicente, Tebyreçá ou Terbir´-içá (formiga daninha), e Cahá-uby (mato verde, ou floresta).
 
 O nome Piquiroby, assim escrito nas cronicas, não é senão Pi-kì-yrob, "pinheiro". Pi, "pele ou casca", ki, "espinho, ou ponta aguda", yrob, "amargo": "árvore de casca amarga e folhas agudas". Parece que não há outra explicação; tanto considerados os  motivos que passamos a expor. Ou, quem sabe, seria Pi-cury-oby?.
 
 A aldeia Ururay, cujo era chefe ou maiorial Piquiroby, estava situada, segundo cronistas, em um recanto dos campos de Pitá-tininga. Não podia deixar de ser á margem de um rio Pi-kì-yrob, cujo nome aparece corrompido em Maqueroby, nas notas que, em 1674, o padre Lourenço Craveiro, reitor do Colégio da Companhia de Jesus em São Paulo, escreveu sobre o título de sesmarias de Pedro de Góes; e esse rio era assim denominado, por correrem suas águas entre extensos pinhais, até entrar no rio Anhemby (Tieté).
 
 A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Página 328]
 
 O primeiro título declara: "... pelo caminho de Piratininga (caminho velho do mar para São Paulo) a entestar com a serra que está sobre o mar (Paranapiacaba) e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Maroré e dai dentro no pé da serra de Ururay, e virá dentro por este rio a entestar com a ilha Caramoacara (a que está na barra do rio Cubatão, onde vem dar a ribeira Ururay) ... " [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Página 352]  ver mais
 3°. “Braz Cubas”, Francisco Corrêa de Almeida Moraes 1907 Braz Cubas obteve do donatário Martim Afonso de Souza, por carta de sesmaria, terras em campos de Piratininga, o que é confirmado pelo erudito Dr. Theodoro de Sampaio, nos seguintes termos: "Bras Cubas, o fundador de Santos, o homem que todos os cargos elevados da Capitania ocupou, o genio operoso e bemfazejo nesse período da história da Colonia, tinha já obtido a sua data de terras nas vizinhanças do Colégio. [Página 11]  ver mais• 4°. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XIV 1909 Antes, porém, de transcrevermos os trechos daquela sesmaria, devemos declarar que encontramos no convento do Carmo de Santos, num maço de documentos que serviram a frei Gaspar para documentação de seus trabalhos históricos, os autos do processo que Braz Cubas, intentou contra os herdeiros de Pedro de Góes, a respeito dessa sesmaria que ai vem na íntegra, mas que difere, na parte referente ás linhas divisórias com o que vem transcrito nos Apontamentos de Azevedo Marques.•
 Segundo este último escritor, a sesmaria de Pedro de Góes foi concedida com a seguinte confrontação...
 
 "Hei por bem lhe dar e doar as terras de Taquararira com a serra da Taperovira que está da banda onde nasce o sol com as águas vertentes com o rio Jarabativa, o qual rio e terras estão defronte a ilha de São Vicente donde chamam Goyayo, a qual terra subirá para a serra acima até o cume e dai a buscar o Capetevar, e dai virá entestar com o rio adiante que está da banda norte e por ele abaixo até ygoar por terra em outro rio que tem ai o outeiro e dai tornará dentro a um pinhal que está da banda do campo Gioapê e dai virá pelo caminho que vem de Piratininga, e entestar com a serra que está sobre o mar e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Mororê e dai dentro no pé da serra de Ururay e virá dentro por este rio a entestar com a ilha Caramacoara e então pelo rio São Vicente a entestar coma dita serra de Taperovira donde começou a partir..."
 
 No manuscrito de Frei Gaspar, vem descrito do seguinte modo:
 
 "... Hei por bem dar e doar as terras de Taquaraopara como será de Tapirovira que está da banda donde nasce o sol com as águas vertentes com o rio Geribatiba, o qual rio e terras estão defronte da ilha de São Vicente onde chama Guassú a qual terra sairá por a serra acima até ao cume, e dai embeiçará com o Poterim e dai virá entestar com o rio adiante que está da banda do norte e por ele abaixo até yguar por terra com outro rio que tem ai o outeiro, dai tornará dentro a um pinhal que está dentro do campo Ijabapé, dai virá pelo caminho que vem de Piratininga entestar com a serra que está sobre o mar e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Mororé e ai dentro ao pé da serra Ruirinai e virá dentro por este rio a entestar com a ilha Caramaquera e então pelo rio São Vicente tornará e entestar com a dita serra de Tapirovira donde começou a partir..."
 
 O donatário fizera, concessão a Pedro de Góes das terras de Taquararira, situadas entre a ilha de São Vicente ou Guassú (Engaguassú) e o rio Jabaratyba como vem nos Apontamentos ou Geribatiba como reza o manuscrito e cuja grafia hoje é Jurubatuba também chamado Rio Grande ou Pinheiros.
 
 O ponto inicial das divisas é a barra do rio Jurubatuba de Santos, bem distinto do outro de igual nome afluindo para as águas salgados no largo de Santa Rita. Dai ela subia pela serra da Taquararíra deixando á esquerda o vale do Quilombo e as águas de Jurubatuba. Ao chegar ao alto da serra do Paranápiacaba "ia buscar o Capetevar" ou embeiçar para o Poteriu, que pela disposição topográfica local deve ser o ponto mais alto do contraforte denominado Mourão, que como se sabe pe por onde desce a linha Inglesa e cuja maior elevação fica fronteira á estação do Alto da Serra.
 
 Desse ponto a "entestar com o rio que está da banda do norte" (está da banda e não que core nesse rumo) o que é perfeitamente aplicável ao outro Jurubatuba atualmente conhecido com o nome de Grande ou Pinheiros. Segue por esse rio "abaixo até ygoar (?) por terra (?) em outra que tem ai o outeiro". O termo igoar ou ygoar, aparece ai talvez por erro do próprio original visto as duas cópias serem iguais.
 
 No antigo português igoar era o termo que depois modificou-se para igualar, mas nesse sentido aquela palavra não teria cabimento, porque o outeiro maior que ai existe (Ponto Alto) não margeia rio algum que nesse ponto faça barra no Jurubatuba e com o qual pudesse ser comparado.
 
 É verdade que esse outeiro serve de cabeceira ao rio dos Couros a que nessa época se dava o nome de Tamandatiiba, mas mesmo que se queira dar ao termo igoar a significação de frontear, as palavras "por terra" ficam sem sentido.
 
 Quererá se referir ao rio Pequeno cuja confluência no Jurubatuba se dá cerca de uma légua do ponto onde esta rio fronteia o Ponto Alto.
 
 É porém, certo que de um ponto qualquer do tio ela "tornaria dentro a um pinhal que está dentro do campo Gioapé" ou Ijabapé e que combinam ser os mesmos pinheiros de que fazem menção as sesmarias dos jesuítas e de mestre Bartholomeu, a que nos temos referido.
 
 Dos "pinhais" seguia pelo caminho velho de Piratininga que como já vimos atrás quando nos referimos a sesmaria de Amador de Medeiros, passava pelo Ponto Alto, atravessando depois, dentre esse ponto e o pinhal, porém, muito próximo a este, o rio Jurubatuba.
 
 Deste rio para diante, o caminho seguia em região de campo até a vizinhança da serra de Poço onde entrava na zona da mata que atravessava numa garganta entre essa mesma serra e a outra elevação denominada serra do Cubatão. Ai ganhava as cabeceira do ribeirão Perequê pelo qual descia até o porto das Armadias ou de Santa Cruz.
 
 Frei Gaspar diz que entrava-se pelo "esteiro chamado Piraique o qual faz confluência com o rio Cubatão Geral pouco acima da ilha do Teixeira ... hoje chamam-lhe Piassaguera, nome composto do substantivo piassava que significa "porto" e do adjetivo áquera, "coisa velha" ou para melhor dizer "antiquada".
 
 Essa anotação de Frei Gaspar fez com que Cândido Mendes e outros escritores pretendessem que o Piassaguera é o rio Mogy e que a estrada antiga atingisse o alto da serra pelo mesmo vale por onde hoje sobe a São Paulo Railway. [Páginas 13 e 14]
 
 Se fosse o seu primitivo traçado, grande necessidade teria sido a de Mem de Sá transferindo-a para o vale do rio das Pedras. O próprio frei Gaspar querendo encarecer a impraticabilidade da serra diz que aquele talvez fosse o por caminho que tem o mundo, enquanto que os ingleses, trezentos anos depois, escolheram como única vereda por onde podiam levar a sua estrada de ferro o mesmo vale que não podia ser palmilhado pelos raros pedestres daquela época.
 
 Demais, que razão poderosa poderia haver para forçar uma volta tão grande?
 
 Felizmente ai está a sesmaria de Pedro de Góes cuja demarcação poderá se transformar em enigma aos que quiserem traçal-a pelo vale do Mogy. Felizmente subisse como magnífico atestado da sua existência o leito antigo da primitiva estrada, em parte francamente visível no campo Ijabapé hoje do Zanzalá, com seus profundos sulcos, alguns de mais de dois metros de profundidade e onde como padrão de sua antiguidade aparecem, no centro do caminho, madeiras de aparência tri-secular, como passareira, com diâmetro de cinquenta centímetros.
 
 Por ela ainda transitam peças de gado que se desgarram das boiadas em Santos e que atingem o campo pelo vale do Perequê.
 
 Além desta provas, poderemos apresentar uma outra e de cunho científico, assinalada num mapa raro pertencente hoje á Biblioteca Pública do Pará e confeccionado pelo cosmógrafo João Teixeira em 1640 e denominada - Descrição de todo o marítimo da terra de Santa Cruz, chamado vulgarmente o Brasil.
 
 Nesse trabalho e na folha que corresponde ao porto de Santos, se vê assinalado em posição que se identifica perfeitamente a do Perequê, um ribeirão que traz a legenda de Esteiro do João Ramalho.
 
 Do porto das Armadias, a linha perimétrica da esmaria continuava pelo Ururay ou Cubatão até a ilha deCaramaquara ou atual Casqueirinho, de onde pelo rio São Vicente seguia até o ponto inicial.
 
 Antes de passarmos as divisas da sesmaria de Bras Cubas, voltaremos ainda um instante ao caminho velho para fizermos que das margens do Jurubatuba até as proximidades do Zanzalá, ele ia ora paralelo, ora cruzando os pontos atualmente seguidos pela estrada do Vergueiro. Dai para diante, seguia em direção diferente para procurar a garganta da serra do Poço. [Página 15]  ver mais
 5°. “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 1957 A outra vila, feita a nove léguas do litoral para o sertão, à borda de um rio que se chamava Piratininga, mencionada por Pero Lopes de Sousa, nem sequer se lhe indicou o nome, nem foi ela posta sob invocação religiosa, numa época em que o intenso fervor católico dava nome de “santos” a todos os acidentes geográficos do litoral e do interior nos descobrimentos feitos.•
 Apesar de investigações cuidadosas e de minuciosos exames locais, até agora não se sabe onde tal vila foi situada, ou mesmo se foi situada; o rio Piratininga jamais foi identificado, e com esse nome talvez não tivesse existido rio algum.
 
 Piratininga (nenhuma etimologia satisfatória para essa palavra), era uma região situada no planalto. A Câmara da Vila de S. Paulo, que às vezes se denominava “S. Paulo do Campo”, “S. Paulo de Piratininga”, “S. Paulo do Campo de Piratininga”, concedeu datas de terras em “Piratininga, termo desta vila” no “caminho de Piratininga”, “indo para Piratininga”, “no caminho que desta vila vai para Piratininga” etc. (Atas da Câmara de S. Paulo, vol. 3.º, pág. 168, Registro Geral, vol. 1.º, págs. 10, 72, 88, 98, 100, 108, 129, 283).
 
 “Índios de Piratininga”, qualificam as sesmarias de terras concedidas aos índios de Pinheiros e aos de S. Miguel de Ururaí, por Jerônimo Leitão em 12 de outubro de 1580 (Reg. Geral, vol. 1º, pág. 354), o que não deixa a menor dúvida que Piratininga estendia-se desde Carapicuíba, incluindo Pinheiros, até Ururaí. Piratininga era, pois, uma vasta região do campo vagamente indicada no planalto.
 
 É por isso que, em Piratininga, sem que se fizesse menção da qualidade de vila, como era de uso nesses documentos, foi concedida à sesmaria de Pero de Góis, sendo a respectiva posse dada alguns dias depois na ilha de S. Vicente. Martim Afonso teria nessa ocasião chegado até a morada, a povoação de João Ramalho, pela vereda de índios que, então, ligava o planalto ao litoral. Aí nessa zona, nos campos de Piratininga, vizinhos da sesmaria de Ururaí, por Jaguaporecuba, não se sabe bem onde, já afeiçoado aos costumes da terra, João Ramalho vivia maritalmente com filhas de morubixabas, tendo numerosa descendência e dispondo de grande influência sobre Tibiriçá e outros.
 
 Martim Afonso, quando de S. Vicente subiu ao Planalto, reconheceu talvez que a povoação de João Ramalho constituiria um posto avançado de importância no caminho, que por ela passava, trilhado pelos índios, e que ia até o Paraguai, onde se imaginavam situadas as fabulosas minas que ele procurava, pelo sertão adentro, desde o Rio de Janeiro e de Cananéia. Por esse caminho transitaria mais tarde Ulrico Schmidt.
 
 Foi a pretensa vila a que se referiu a complacência de Pero Lopes, foi o lugar que Martim Afonso primeiro povoou segundo se escreveu mais tarde. [Páginas 101 e 102]  ver mais
 6°. “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 2008 Entretanto, este não foi o espírito da sesmaria implantada no Brasil. O que havia de comum entre as duas era apenas a existência de uma terra sem aproveitamento, inexplorada.
 A sesmaria doada a Pero de Góes era vasta, começando no litoral, no rio Jurubatuba, próximo à atual Piaçaguera, subia a serra, alcançando um rio da banda norte [Anhemby/Tietê], indo até um pinhal na banda do campo do Guapé [localização incerta], alcançando o caminho que vem de Piratininga [caminho velho do mar], passando pela serra de Taperovi, na serra do Mar, até chegar no rio de São Vicente.
 
 Se o proprietário não a utilizasse no prazo de dois anos, o donatário poderia “dar aoutras pessoas que as aproveitem”, rezava o termo de doação537. Esta cessão foi passada em Piratininga, a 10 de outubro de 1532, sendo testemunhas João Ramalho e Antonio Rodrigues, “línguas desta terra já de quinze e vinte annos estantes nesta terra” e Pedro Gonçalves, homem d´armas da expedição vicentina.  ver mais
 
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 Caminho da Serradezembro de 1532. Atualizado em 30/10/2025 11:38:08Relacionamentos
 • Cidades (5): Carapicuiba/SP, Jundiaí/SP, Piracicaba/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (4) Domingos Luís Grou (32 anos), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João Ramalho (46 anos), Martim Afonso de Sousa (32 anos)
 • Temas (11): Cachoeiras, Caminho do gado, Caminho do Mar, Estradas antigas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jundiaí, Rio Juquiri, Rio Paraná, Rio Pinheiros, Rio Piracicaba, Rio Sorocaba
 
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 Sesmaria a Ruy Pinto, cavaleiro da Ordem de Cristo10 de fevereiro de 1533, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:56:33Relacionamentos
 • Cidades (5): Cubatão/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP
 • Pessoas (4) Bacharel de Cananéa, Martim Afonso de Sousa (33 anos), Piqueroby (53 anos), Ruy Pinto (f.1549)
 • Temas (27): A Santa Cruz, Apiassava das canoas, Cachoeiras, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Cruzes, Engenho São Jorge dos Erasmos, Estradas antigas, Itapeva (Serra de São Francisco), Nossa Senhora da Escada, Ordem de Cristo, Otinga, Pela primeira vez, Porto das Almadias, Portos, Rio Cubatão, Rio Cubatão (Nhundiaquara), Rio Cubatão em Cubatão, Rio Ururay, Santa Ana das Cruzes, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Ururay, Ytutinga, Nheengatu, Caminho de Cubatão
 
 1534Atualizado em 28/10/2025 05:04:49Esiguara|  |  | Léguas 21º de 424
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 Pessoas (1): Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 Temas (4): Cristãos, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Curiosidades
 •|   | 2 fontes 1 relacionada
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 1°. Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas 1 de maio de 1538, domingo "Isto aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los"´.  ver mais 3 de maio de 2024, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:24 • 1°. Apóstolo Thomé|   | Registros relacionados | 
 
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 Foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes6 de outubro de 1534, sábado. Atualizado em 06/10/2025 02:18:54Relacionamentos
 • Cidades (4): Cananéia/SP, Florianópolis/SC, Paranaguá/PR, Sorocaba/SP
 • Pessoas (3) João III, "O Colonizador" (32 anos), Martim Afonso de Sousa (34 anos), Pero Lopes de Sousa (37 anos)
 • Temas (6): Açúcar, Caminho do Mar, Capitania de Santa Ana, Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Vicente, Maria Leme da Silva
 •  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil|   | 6 fontes 1 fonte relacionada
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 1 de janeiro de 1957, terça-feira
 Martim Afonso de Sousa e seu irmão Pero Lopes de Sousa,ao que parece, fizeram um contrato com João Venist, Francisco Lobo e Vicente Gonçalves para formação de um engenho para fabricação de açúcar, ato agrícola comercial para o qual os dois Sousa, entraram apenas com as terras, entrada tão vã, como a doação da capitania por D. João III, igual à que os Papas fizeram às nações ibéricas, quando por elas distribuíram o mundo a descobrir.
 Atribui-se-lhe também a providência de proibir que os colonos subissem ao planalto e que fossem ao campo. Jordão de Freitas diz que foi esse contrato feito em 1534. Martim Afonso só recebeu o Foral a 6 de outubro de 1534 e a carta de doação em 20 de janeiro de 1535. (H. C. Port. no Brasil, Vol. 3º), mas cita Frei Gaspar da Madre de Deus,como fonte de informação.
 
 Não se compreende o motivo de tal proibição. Evitar que descobrissem o caminho das minas tão cobiçadas? Isso é pueril, pois que redundava apenas na impossibilidade de alargar a conquista do interior, pela ocupação do planalto, “de bons ares e de bons campos”, próprios para produção de mantimentos e criação dos gados, de que o litoral tanto precisava para poder subsistir. Além de pueril, seria contraditório ou incoerente fundar uma povoação no campo, como afirma Pero Lopes, a 9 léguas do mar, e proibir que a esse campo fossem os colonos.
 
 Aliás essa proibição não se encontra em nenhum documento colonial. A provisão expedida por D. Ana Pimentel, mulher e procuradora de Martim Afonso, em 11 de fevereiro de 1544, da qual alguns cronistas deduziram a revogação dessa proibição, a esta não se refere, nem do seu contexto se infere que ela tivesse havido. Ao contrário é nessa provisão que se acha a proibição de ir ao campo no tempo em que os índios andassem em sua santidade (?), dependendo a ida de licença do capitão loco-tenente, licença, da qual sempre prescindiram os colonos para entrar ao sertão. [Páginas 88 e 89]
 
 Martim Afonso, quando de S. Vicente subiu ao Planalto, reconheceu talvez que a povoação de João Ramalho constituiria um posto avançado de importância no caminho, que por ela passava, trilhado pelos índios, e que ia até o Paraguai, onde se imaginavam situadas as fabulosas minas que ele procurava, pelo sertão adentro, desde o Rio de Janeiro e de Cananéia. Por esse caminho transitaria mais tarde Ulrico Schmidt. Foi a pretensa vila a que se referiu a complacência de Pero Lopes, foi o lugar que Martim Afonso primeiro povoou segundo se escreveu mais tarde. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Páginas 101 e 102]
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 Communicações já eram praticadas saindo da villa de Porto Seguro1538. Atualizado em 27/08/2025 00:57:03Relacionamentos
 • Cidades (1): Porto Seguro/BA
 • Temas (3): Estradas antigas, Lagoa Dourada, Sabarabuçu
 •  Descobrimento e Devassamento|   | 1 fontes 1 fonte relacionada
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 1 de janeiro de 1902, quarta-feira
 Segundo Varnhagen (7), o donatario da capitanía de Porto Se- guro, Pero do Campo Tourinho, fundou a sua primeira villa no proprio monte onde Cabral deixára plantado o signal da redempção. Os gentios do paiz parecião então ainda mansos e trataveis como se apresentarão acos primeiros descobridores.
 Salvo algumas assaltadas que derão à nova colonia, esta gosava de alguma segurança e tranquillidade relativamente a outras capitanias, ficando os indios alli de paz e amizade com os portuguezes. (8)
 
 Assim é que o ponto do territorio brasileiro onde desembarcou Pedro Alvares Cabral foi tambem aquelle donde mais facilmente entabolarão-se communicações com o interior do paiz, territorio de Minas Geraes. Taes communicações já erão praticadas desde os primeiros tempos do estabelecimento da villa de Porto Seguro, quando consta (1538) que os portuguezes da nova colonia entravão pela terra dentro e andavão lá 5 e 6 mezes.
 
 Por esse tempo já se tinha levado a Porto Seguro, communicada pelos indios, a noticia da existencia de minas de ouro no interior do paiz (9), e tendo alli chegado Felippe de Guilhem (10) tirou disso um instrumento que remetteu a d. João III impetrando seu favor para buscar, e dar maneira como fossem descobrir as ditas minas (11).
 
 (...) O caminho seguido foi sem dúvida o mesmo dos índios, por onde em 1538 já entravam portugueses de Porto Seguro, e que também conduzia á serra do Sol da Terra...
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 Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas1 de maio de 1538, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07Relacionamentos
 • Cidades (2): Florianópolis/SC, Laguna/SC
 • Pessoas (3) Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (38 anos), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Bernardo de Armenta
 • Temas (19): Cristãos, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Caminho do Piquiri, Carijós/Guaranis, Espanhóis/Espanha, Franciscanos, Curiosidades, Mbiaça (Laguna), Pela primeira vez, Piqueri, Redução de Loreto, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Itapocú, Rio Paranapanema, Rio Pirapo, Santa Catarina, Rio São Francisco
 
 |  |  | Léguas 26º de 424
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 |  |  | Léguas 28º de 424
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 Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina29 de março de 1541, sábado. Atualizado em 28/03/2025 23:16:34Relacionamentos
 • Cidades (3): Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (2) Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (41 anos), Pedro Dorantes
 • Temas (14): Caminho até Cananéa, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Cavalos, Cristãos, Espanhóis/Espanha, Ilha de Santa Catarina, Rio da Prata, Rio Itapocú, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Rio Tibagi, Santa Catarina
 
 |  |  | Léguas 29º de 424
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 Partiu para Buenos Aires8 de outubro de 1541, quarta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:09Relacionamentos
 • Cidades (1): Florianópolis/SC
 • Pessoas (1) Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (41 anos)
 • Temas (2): Caminho do Peabiru, Rio Itapocú
 
 |  |  | Léguas 30º de 424
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 Carta de Gonzalo Pizarro ao Rei, datada em Tomebamba3 de Setembro de 1542, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:33:41Relacionamentos
 • Pessoas (2) Francisco Orellana, Gonzalo Pizarro
 • Temas (7): Cavalos, Lagoa Dourada, Montanhas, Ouro, Peru, Pontes, Rio Amazonas
 •  Consulta em cervantesvirtual.com|   | 1 fontes 1 fonte relacionada
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 18 de novembro de 2023, sábado
 
 |  |  | Léguas 31º de 424
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 |  |  | Léguas 33º de 424
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 “fomos dar com os índios às suas aldeias, que estavam 4 ou 5 léguas dali, e indo achamos uns índios que andavam com grande pressa fazendo o caminho por aonde havíamos de passar, e ficaram muito tristes porque não tinham acabado”24 de agosto de 1550, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:54Relacionamentos
 • Cidades (4): Cananéia/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (2) Leonardo Nunes, Pero Correia (f.1554)
 • Temas (9): Abarê, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Colinas, Cristãos, Estradas antigas, Jesuítas, Porto dos Patos, Tupiniquim
 
 |  |  | Léguas 34º de 424
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 Conflito entre o Padre Leonardo Nunes e «um homem que havia quarenta annos estava na terra já tinha bisnetos e sempre viveu em peccado mortal e andava excommungado"1551. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26Relacionamentos
 • Cidades (3): Santo André/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (6) Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (51 anos), João Ramalho (65 anos), Pero Correia (f.1554), Manuel da Nóbrega (34 anos), Leonardo Nunes
 • Temas (8): Rio Anhemby / Tietê, Bilreiros de Cuaracyberá, Cayacangas, Pela primeira vez, Jesuítas, Cariós, Carijós/Guaranis, Cristãos
 
 |  |  | Léguas 35º de 424
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 Carta de Juan de Salazar y Espinosa ao Conselho das Índias na Espanha1 de janeiro de 1552, terça-feira. Atualizado em 03/09/2025 00:13:35Relacionamentos
 • Cidades (2): Lisboa/POR, São Vicente/SP
 • Pessoas (4) Alonso Vellido, Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (52 anos), Bernardo de Armenta, Juan de Salazar y Espinosa (44 anos)
 • Temas (6): Açúcar, Carijós/Guaranis, Cristãos, Escravizados, Ilha de Santa Catarina, Mbiaça (Laguna)
 •  “As relações entre o Brasil e a região do Rio de La Plata no século XVI nos primeiros documentos sobre Assunção (Asunción) e Santa Catarina”, por Franz Obermeier|   | 2 fontes 1 fonte relacionada
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 1 de janeiro de 2006, domingo
 O chefe da expedição, Juan de Salazar, fala numa carta do 1° de janeiro de 1552 ao Conselho das Índias na Espanha de todos os detalhes dessa expedição. A carta foi mandada provavelmente com um mensageiro, usando uma canoa a São Vicente e de lá num navio à Espanha. A difícil situação dos colonos suscitou crises entre o grupo dos espanhóis. Não se sabia nada do futuro governador Diego de Sanabria, que mais tarde devia também naufragar. Sobreviveu, mas nunca chegou à região. Não se podia também esperar ajuda de Assunção porque lá se pensava que o grupo ainda se encontrava na baía de Santa Catarina. Os conflitos aumentaram e a mãe do governador, doña Mencia, impunha o seu genro Hernando de Trejo como capitão, destituindo Juan de Salazar, talvez porque esse propôs entrar em contato com os portugueses de São Vicente para pedir ajuda lá. 
 
 1552Atualizado em 28/10/2025 05:04:51Expedição|  |  | Léguas 36º de 424
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 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (4): Gabriel Soares de Sousa, João de Azpilcueta Navarro, Sebastião Fernandes Tourinho, Tomé de Sousa
 Temas (4): “o Rio Grande”, Ouro, Rio São Francisco, Tupiniquim
  Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II Data: 1883 Créditos: Capistrano de AbreuPágina 99•|   | 3 fontes 2 relacionadas
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 1°. Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil 1 de março de 1587, domingo Sebastião Fernandes Tourinho, morador em Porto Seguro, com certos companheiros entrou pelo sertão, onde andou alguns meses à ventura, sem saber por onde caminhava, e meteu-se tanto pela terra adentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro, o que souberam pela altura do sol, que este Sebastião Fernandes sabia muito bem tomar, e por conhecerem a serra dos Órgãos, que cai sobre o Rio de Janeiro; e chegando ao campo grande acharam alagoas e riachos que se metiam neste Rio Grande; e indo com rosto ao noroeste, deram em algumas serras de pedras, por onde caminharam obra de trinta léguas, e tornando a leste alguns dias deram em uma aldeia de tupiniquins, junto de um rio, que se chama Raso-Aguípe; e foram por ele abaixo com o rosto ao norte vinte e oito dias em canoas, nas quais andaram oitenta léguas.•
 Este rio tem grande correnteza, e entram nele dois rios, um da banda do leste, e outro da banda do loeste, com os quais se vem meter este rio RasoAguípe no rio Grande. E depois que entraram nele navegaram nas suas canoas por ele abaixo vinte e quatro dias, nos quais chegaram ao mar, vindo sempre com a proa ao loeste. E fazendo esta gente sua viagem, achou no sertão deste rio no mais largo dele, que será em meio caminho do mar, vinte ilhas afastadas umas das outras uma légua, duas e três e mais; e acharam quarenta léguas de barra, pouco mais ou menos um sumidouro, que vai por baixo da terra mais de uma légua, quando é no verão, que no inverno traz tanta água que alaga tudo. Do sumidouro para cima tem este rio grande fundo, e a partes tem poços, que têm seis e sete braças, por onde se pode navegar em grandes embarcações; quase toda a terra de longo dele é muito boa.  ver mais
 2°. Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628) 1607 Sendo N Padre na Baya de todos los sanctos, Sua Alteza determinou enviar doze homens pelo sarto para descobrir o ouro que diziam estar ali, para o qual o governador Thomé de Sosa pediu um padre,
 Eles vão procurar o ouro e ele vai procurar o tesouro das almas, que naquelas partes é muito abundante e por essas partes acreditamos que se pode entrar até o Amazonas: agora temos notícias de que no mês de Em março de 1554 eles entraram pela capitania chamada Porto Seguro.
 
 E o que mais acontecer na Baya será escrito. do mês de julho de 1554 de Piratininga.  [Página 54]  ver mais
 
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 Carta do P. Leonardo Nunes ao P. Manuel da Nóbrega29 de junho de 1552, domingo. Atualizado em 02/09/2025 23:54:16Relacionamentos
 • Cidades (2): Assunção/PAR, São Vicente/SP
 • Pessoas (2) Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (35 anos)
 • Temas (7): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Curiosidades, Estradas antigas, Habitantes, Nheengatu, Peru
 •  Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira)|   | 3 Fontes 2 fontes relacionadas
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 1 de janeiro de 1940, segunda-feira•  Distância entre Sorocaba e Botucatu
 17 de abril de 2024, quarta-feira
 Gabriel Soares de Sousa - 1540-1591:
 Sebastião Fernandes Tourinho, morador em Porto Seguro, com certos companheiros entrou pelo sertão, onde andou alguns meses à ventura, sem saber por onde caminhava, e meteu-se tanto pela terra adentro, que se achou em direito do Rio de Janeiro, o que souberam pela altura do sol, que este Sebastião Fernandes sabia muito bem tomar, e por conhecerem a serra dos Órgãos, que cai sobre o Rio de Janeiro; e chegando ao campo grande acharam alagoas e riachos que se metiam neste Rio Grande; e indo com rosto ao noroeste, deram em algumas serras de pedras, por onde caminharam obra de trinta léguas, e tornando a leste alguns dias deram em uma aldeia de tupiniquins, junto de um rio, que se chama Raso-Aguípe; e foram por ele abaixo com o rosto ao norte vinte e oito dias em canoas, nas quais andaram oitenta léguas.
 
 Este rio tem grande correnteza, e entram nele dois rios, um da banda do leste, e outro da banda do loeste, com os quais se vem meter este rio Raso Aguípe no rio Grande. E depois que entraram nele navegaram nas suas canoas por ele abaixo vinte e quatro dias, nos quais chegaram ao mar, vindo sempre com a proa ao loeste. E fazendo esta gente sua viagem, achou no sertão deste rio no mais largo dele, que será em meio caminho do mar, vinte ilhas afastadas umas das outras uma légua, duas e três e mais; e acharam quarenta léguas de barra, pouco mais ou menos um sumidouro, que vai por baixo da terra mais de uma légua, quando é no verão, que no inverno traz tanta água que alaga tudo. Do sumidouro para cima tem este rio grande fundo, e a partes tem poços, que têm seis e sete braças, por onde se pode navegar em grandes embarcações; quase toda a terra de longo dele é muito boa.
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 Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei3 de abril de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06Relacionamentos
 • Cidades (4): Cubatão/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (22 anos), João Pires, o gago (53 anos), José de Anchieta (19 anos), Mem de Sá (53 anos)
 • Temas (9): África, Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Estradas antigas, Pela primeira vez, Porto das Almadias, Portos, Rio Cubatão em Cubatão
 •  Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei escrita de São Salvador da Bahia|   | 15 Fontes 3 fontes relacionadas
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 3 de abril de 1555, domingo
 "Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me dise que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mal e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se nam podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..." •  Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)|  |  | 
 1 de janeiro de 1607, segunda-feira
 Andava o Padre José pela serra fazendo um caminho novo de São Vicente para São Paulo e acompanhavam Afonso Sardinha com muita gente, o qual jura que viu enxugar-se-lhe o vestido padre, quando entrava na choupana vindo de fora molhado, na qual estava até que lhe parecia que Afonso Sardinha dormia, e logo se saia da casinha, e posto ao pé de um pau, as mãos levantadas passava a maior parte da noite em oração.•  “Porta para as riquezas do Paraíso Terrestre: 1”. Carlos Pimentel Mendes, em novomilenio.inf.br 3 de março de 2003, segunda-feira
 
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 “assim vim aqui, que são perto de 300 léguas (1448 km), por uns gentios chamados Topinaquins (...) Já o caminho está feito daqui ao Peru, e há gente muito aparelhada para receber a nossa fé (...)”31 de maio de 1553, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:46:45Relacionamentos
 • Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Temas (6): Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Gentios, Peru, Tupinaés, Tupiniquim
 
 |  |  | Léguas 40º de 424
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 Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam”1 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27Relacionamentos
 • Cidades (4): Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (5) João III, "O Colonizador" (51 anos), João Ramalho (67 anos), Leonardo Nunes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (83 anos), Tomé de Sousa (50 anos)
 • Temas (8): Caminho do Peabiru, Ermidas, capelas e igrejas, Habitantes, São Paulo de Piratininga, Vila de Santo André da Borda, Caminho do Mar, Caminhos até São Vicente, Rio Itapocú
 
 |  |  | Léguas 41º de 424
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 Carta de Tomé de Sousa1 de junho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:27Relacionamentos
 • Cidades (5): Bertioga/SP, Salvador/BA, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP
 • Pessoas (4) João III, "O Colonizador" (51 anos), João Ramalho (67 anos), Martim Afonso de Sousa (53 anos), Tomé de Sousa (50 anos)
 • Temas (4): Capitania de São Vicente, Ermidas, capelas e igrejas, Vila de Nossa Senhora da Conceição, Vila de Santo André da Borda
 
 15 de junho de 1553, segunda-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:15“O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada|  |  | Léguas 42º de 424
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 Cidades (1): São Vicente/SP
 Pessoas (5): Brás Cubas (1507-1592), Jácome Lopes, João Ramalho (1486-1580), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Paulo Dias Adorno
 Temas (8): Assassinatos, Bois e Vacas, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Música, Ouro, Rio dos patos / Terras dos patos, Vila de Santo André da Borda
  “Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP Data: 1971 Página 12•|   | 6 fontes 4 relacionadas
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 1°. Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Serafim Soares Leite (1890-1969) 1938 Ainda em vida do P. Leonardo Nunes se avançou na direção do sul. Iniciou ele próprio viagens, indo recolher umas senhoras naufragadas no Rio dos Patos. Fora a pedido de Tomé de Sousa, estava para lá no dia 10 de março de 1553, e já tinha voltado a 15 de junho. Neste dia, escreve Nóbrega que estão todos de saúde, "salvo Leonardo Nunes, que veio muito doente do Rio dos Patos, aonde foi buscar umas senhoras Castelhanas, a pedido do Governador".  ver mais• 2°. “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP* Outubro de 1971 A proibição foi travo amargo para Nóbrega. O Paraguai era seu objetivo. Acreditava-se em terras portuguesas. E lá estava o núcleo maior de nativos, a junção de grandes rios, a abertura para o coração do continente. É seu amigo Tomé de Souza que o impede de partir. A 15 de junho de 1553, relata ao padre Luís Gonçalves da Câmara porque não seguira ainda:•
 "...a principal causa de todas para atrapalhar foi fechar o caminho por causa de os castelhanos, que estão a pouco mais de 100 léguas desta capitania. E tem-se por certo haver muita prata nessa terra, e tanto que dizem haver serras delas, e muita notícia de ouro, cujo serro está neste caminho..." [Página 11]  ver mais
 3°. REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL 2006 Aliás, cabe assinalar que Nóbrega não levava muito a sério a doutrinação dos índios do planalto. Em carta anterior, datada de 15 de junho de 1553, afirmava com todas as letras que só se ocuparia na conversão desses índios, enquanto estivesse impedido de se internar em definitivo no sertão (LEITE, v.1, p. 496). Na hipótese de ser verdade que foram os índios os únicos responsáveis pela escolha do lugar de sua nova aldeia no planalto – local esse depois plenamente aceito e ratificado pelos jesuítas, podemos supor – fica mais fácil compreender o grande acerto com que desempenharam tal missão. •
 Com efeito, na condição de silvícolas planaltinos, profundamente familiarizados com a região, eram eles os mais capacitados para determinar o ponto mais favorável para a criação de um novo povoado. Por uma questão de sobrevivência, só poderiam decidir-se por um local em acrópole (o que parece ter sido uma tradição entre os nossos índios antigos), próximo de rios piscosos e de trilhas que os poriam em fácil comunicação terrestre com pontos estratégicos ocupados por aldeias amigas.  ver mais
 4°. “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 2008 Mesmo alguns considerados de nobre estirpe, como o genovês Paulo Dias Adorno, não se comportou dignamente, tendo que fugir para a Bahia com um certo Affonso Rodrigues, “por um homizio [homicídio] que lá fizeram [em São Vicente]”.
 Igual expediente lançou mão Brás Cubas, fundador de Santos e um dos portugueses mais ricos da terra. Fugira para Portugal, “por cosas mal hechas en esta tierra siendo capitán”, como registrou Nóbrega. Entre falcatruas cometidas, são elencados roubo de terras, de escravos e de vacas de Pero Correia, que os havia destinado à manutenção das crianças indígenas da casa de São Vicente. Os jesuítas aceitaram fazer um acordo, pois ele não tinha bens suficientes para pagar uma dívida de 2.600 ducados. Devolveu os escravos e entregou as 10 vacas, reconciliando-se com os jesuítas, que afirmaram que era “mejor uno com paz que 30 com contienda”.  ver mais
 
 20 de julho de 1553, segunda-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:15Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias|  |  | Léguas 43º de 424
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 Cidades (4): Assunção/PAR, Santos/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2): Juan de Salazar y Espinosa (1508-1560), Luis de Góes
 Temas (6): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Gados, Ouro, Peru, Prata
   “Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP Data: 1971 Página 11•|   | 12 fontes 5 relacionadas
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 1°. Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628) 1607• 2°. “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13 1 de setembro de 1940, domingo• 3°. Maniçoba, porta do Paraguai, Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Correio Paulistano, 08.09.1940 8 de setembro de 1940, domingo• 4°. “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga 2010 Por fim, cita o caso de um português que matara alguém em São Vicente e fugiu a pé para o Peru, onde recolheu certa quantidade de prata antes de voltar a Portugal. Essas notícias davam a certeza a Valdés de que era temerário que a capitania ficasse sob a jurisdição de um homem só, como o donatário Pero Lopes de Souza. Ela deveria, isto sim, por sua importância e riqueza, pertencer ao rei, que poderia “recompensar aquello en outra cosa antes que nada desto se entenda  ver mais• 5°. “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador 2014
 
 |  |  | Léguas 44º de 424
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 Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"29 de agosto de 1553, sábado. Atualizado em 14/10/2025 18:52:52Relacionamentos
 • Cidades (13): Araçariguama/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Iperó/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo André/SP, São Miguel Arcanjo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (14) André Ramalho, Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Caiubi, senhor de Geribatiba, Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco I da Áustria (1768-1835), João Ramalho (1486-1580), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Matheus Nogueira, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Pero Correia (f.1554), Quirino Caxa (1538-1599), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 • Temas (36): “o Rio Grande”, Apoteroby (Pirajibú), Araritaguaba, Bairro Éden, Sorocaba, Biesaie, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Paraguay, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Inhapambuçu, Inhayba, Jesuítas, Lagoas, Maniçoba, Música, Nheengatu, Paranaitú, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tordesilhas, Tribo Arari, Tupinambás, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda
  •  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI 1 de janeiro de 1895, terça-feira
 phia diz: "Era este bom padre português natural de Lisboa; seguia no mundo as armas e embarcado em uma Armada Castelhana passou as partes do Rio da Prata onde esteve alguns anos."
 Voltou daquele país por terra até São Vicente, viajando duzentas léguas por caminhos solitários, aspérrimos e usados só de feras ou índios montanheses onde corria o perigo de ser devorado. VInha com intenção de seguir para Lisboa a procurar seu pai que ainda era vivo, mas preferiu entrar para a Companhia, o que fez no ano de 1553.
 
 Logo que entrou foi levado como noviço para a região de Piratininga atravessando descalço aquelas serranias e, como era perito na língua e nos hábitos dos índios, deixou-lhe Nóbrega ao seu cargo trabalhar na sua catequese.
 
 Penetrou o sertão cerca de 40 léguas, fez igreja, catequizou e converteu índios e viveu com eles três ou quatro anos. De Piratininga foi removido para a Bahia atribuindo-se-lhe a conversão de cerca de 50.000 almas e a formação das aldeias desde o Camamú a dezoito léguas do sul da cidade, até quase o Rio Real, a quarenta léguas do lado do norte.
 
 Da Bahia veio em 1567 para o Rio de Janeiro com companhia de Mem de Sá, onde foi firmar definitivamente as pazes com os Tamoyos até que, enfermado, veio a faleceu no colégio que a sua ordem tinha naquela cidade.
 
 Tivesse ou não sido o padre Rodrigues o soldado desertor que alcançara Schimdel no segundo dia da sua viagem, é inegável, porém, que ele conhecia o caminho do Paraguay e poderia servir de guia a Nobrega e voltando atraz "repisando" as pegadas, mostrar-lhe os trechos por que passou e a aldeia que o seu companheiro chamou de Biesaie, cujos nativos lhe forneceram os viveres para a viagem, e onde talvez escolhessem o lugar para a sua primeira povoação.
 
 A cronica, porém, o que narra é que Nóbrega, partindo em companhia do noviço Antonio Rodrigues e de alguns nativos catecumenos de Piratininga, chegara até á aldeia de Japyhuba ou Maniçoba, onde tratou de realizar o que tinha em mente. Erigiu uma pequena igreja e começou a ensinar a doutrina, dando assim principio a uma residência que durou anos, com grandes proveitos para a religião.
 
 A fama de Nóbrega de estendeu por todo o sertão odo Paraguai donde se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele para serem doutrinados na nova aldeia que lhes ficava mais perto.
 
 Uma ocasião, quando uma dessas "levas" de Carijós se achava nas proximidades da igreja, foi atacada á traição sendo mortos muitos nativos por uma horda de Tupis seus contrários e moradores em Paranaitú.
 
 Entre esses Carijós vinham alguns espanhóis que na ocasião do encontro se esconderam na mata e depois de terminada a luta, foram ter, parte á aldeia de Maniçoba, parte á aldeia dos Tupis no Paranaitú que os aprisionaram, mas que foram soltos por intervenção do padre Pedro Correa.
 
 A dispersão e chegada áquela aldeia, bem como a facilidade com que Correa obteve a liberdade, dão a entender que as aldeias eram próximas uma da outra. O nome Paranaitú é muito sugestivona sua significação de "salto de rio grande". Rio Grande era o primitivo apelido do rio que, ao depois chamado Anhembi, tem hoje o nome de Tietê.
 
 Paranaitú, "salto do rio Grande" ou salto do Tietê, não pode ser identificado com outro senão o salto de Itu, na vila da comarca deste último nome, e que hoje ainda conserva a grafia da sua primitiva denominação; traduz e repete a palavra traduzida.
 
 Nas vizinhanças de São Paulo, ou nas 40 léguas de exploração que fez Nóbrega não há outro rio Grande que dê um salto que mereça aquela definição. Maniçoba ou Japyuba é possível que seja o local onde está situada a atual cidade de Itu. Maniçoba não teve vida muito duradoura, parecendo que pouco depois de sua fundação foi abandonada.
 
 Simão de Vasconcelos diz que em 1554 os mamelucos filhos de João Ramalho foram até essa aldeia, perturbaram tudo e conseguiram que aqueles catecumenos abandonassem os padres convencendo-os que os mesmos eram estrangeiros que foram degradados para a colônia como gente sem ocupação e que seria mais honroso obedecer a quem fossetão valente no arco e na flecha como eles.
 
 Acrescente em seguida "não só disseram como fizeram; porque os pobres nativos, suposto que mandos por natureza enganados da elequencia e eficácia dos mamelucos, em cujos corpos parece falava a diabo, assim se foram embravecendo e amotinando que houveram os padres de deixa-los em quando não esperava mais fruto.
 
 No testamento de Domingos Fernandes, se vê, nas disposições que faz com referência á capela que erigiu a Nossa Senhora da Candelária, nos Campos de Pirapitinguy, no distrito de Itú-Guassú, alusão ao povoado que aí já tivese havido na parte que diz "salvo se pelos meus pecados, Deus ordenar que isso se torne a despovoar". [p. 173 e 174]
 •  REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL|  |  | 
 1 de janeiro de 2006, domingo
 Já na correspondência dos primeiros jesuítas, o nome de Piratininga aparece empregado de modo extremamente difuso, e, devemos admitir, confuso. Segundo carta de Nóbrega datada de outubro de 1553, a aldeia recém-construída no planalto, logo depois transformada em aldeamento jesuítico, estava instalada a cerca de duas léguas de distância da povoação de João Ramalho, conhecida pelo nome de Piratinim (LEITE, v.2, p. 16).
 Dada a grande – e desconcertante – distância que o separava da futura São Paulo, não parece ser esse povoado a aldeia indígena liderada pelo sogro de Ramalho, Tibiriçá, a qual, embora possuísse essa mesma denominação, estava situada, segundo Frei Gaspar da Madre de Deus, como veremos adiante, a uma distância bem menor, a mais ou menos meia légua do núcleo jesuítico.
 
 De acordo com Nóbrega, na carta citada, foi nesse núcleo de João Ramalho que Martim Afonso de Sousa ”primeiro povoou”, ou seja, fundou a efêmera vila de Piratininga no recuado ano de 1532, conforme relata o diário de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso. Por outro lado, em missiva escrita por Anchieta em 15 de agosto de 1554, a própria povoação dos padres aparece também chamada de aldeia de Piratininga, onde os jesuítas mantinham “uma grande escola de meninos, filhos de índios ensinados a ler e escrever” (LEITE, v.2, p. 81).
 
 Ainda nesse tipo de documentação se faz alusão a um certo porto de Piratinim, localizado à margem esquerda do Rio Grande (Rio Tietê) e a um rio de Piratininga, que deve ser interpretado como sendo também o Anhembi (Tietê), o rio por excelência da região; fala-se igualmente em campos de Piratininga, que abarcavam toda a amplidão dos campos planaltinos; e, finalmente, em São Paulo de Piratininga, que é o nome que a casa jesuítica tomou a partir de 25 de janeiro de 1554 e que depois foi estendido à vila criada em 1560, às vezes denominada São Paulo do Campo.
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 Registros mencionados (6)1777 -  Vice-rei Marquês do Lavradio manda "cordear" o caminho que seria a Rua do Lavradio. Ele morava ali [13840]18/05/1777 - D. Pedro Ceballos sai de Montevidéu no Uruguai para atacar a colonia de Sacramento [8354]31/10/1787 - José Pereira Pinto mandou que se abrisse a sobredita estrada [1809]14/11/1788 - Início da abertura da estrada [1812]06/12/1790 - Término da abertura da estrada [1821]05/11/1808 - Carta-régia funda Guarapuava [9085]
 
 1 de outubro de 1553, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:15Carta do padre Manoel da Nóbrega a rei de Portugal, D. João III|  |  | Léguas 45º de 424
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3): João III, "O Colonizador" (1502-1557), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
 Temas (7): Canibalismo, Carijós/Guaranis, Gentios, São Paulo de Piratininga, Estradas antigas, Caminho do Peabiru, Cristãos
 •|   | 5 fontes 1 relacionada
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 1°. REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL 2006 Já na correspondência dos primeiros jesuítas, o nome de Piratininga aparece empregado de modo extremamente difuso, e, devemos admitir, confuso. Segundo carta de Nóbrega datada de outubro de 1553, a aldeia recém-construída no planalto, logo depois transformada em aldeamento jesuítico, estava instalada a cerca de duas léguas de distância da povoação de João Ramalho, conhecida pelo nome de Piratinim (LEITE, v.2, p. 16).
 Dada a grande – e desconcertante – distância que o separava da futura São Paulo, não parece ser esse povoado a aldeia indígena liderada pelo sogro de Ramalho, Tibiriçá, a qual, embora possuísse essa mesma denominação, estava situada, segundo Frei Gaspar da Madre de Deus, como veremos adiante, a uma distância bem menor, a mais ou menos meia légua do núcleo jesuítico.
 
 De acordo com Nóbrega, na carta citada, foi nesse núcleo de João Ramalho que Martim Afonso de Sousa ”primeiro povoou”, ou seja, fundou a efêmera vila de Piratininga no recuado ano de 1532, conforme relata o diário de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso. Por outro lado, em missiva escrita por Anchieta em 15 de agosto de 1554, a própria povoação dos padres aparece também chamada de aldeia de Piratininga, onde os jesuítas mantinham “uma grande escola de meninos, filhos de índios ensinados a ler e escrever” (LEITE, v.2, p. 81).
 
 Ainda nesse tipo de documentação se faz alusão a um certo porto de Piratinim, localizado à margem esquerda do Rio Grande (Rio Tietê) e a um rio de Piratininga, que deve ser interpretado como sendo também o Anhembi (Tietê), o rio por excelência da região; fala-se igualmente em campos de Piratininga, que abarcavam toda a amplidão dos campos planaltinos; e, finalmente, em São Paulo de Piratininga, que é o nome que a casa jesuítica tomou a partir de 25 de janeiro de 1554 e que depois foi estendido à vila criada em 1560, às vezes denominada São Paulo do Campo.  ver mais
 1 de setembro de 1585, domingo. Atualizado em 25/10/2025 18:40:18 • 1°. A Câmara da vila de São Paulo dirige uma representação ao capitão-mor Jerônimo Leitão|   | Registros relacionados | 
 
 27 de outubro de 1553, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:16Carta de Luis da Grã|  |  | Léguas 46º de 424
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 Pessoas (2): Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (1517-1570)
 Temas (1): Ouro
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 1°. Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira) 1940
 
 Maio de 1554Atualizado em 28/10/2025 08:39:16“Foi agora enviado o Irmão Pero Correia, com dois outros irmãos, a umas aldeias de índios, que estão ao longo do mar, para lhes pregar a palavra de Deus e sobretudo, se puder ser, para abrir caminho até certos povos que chamam ibiraiaras”*|  |  | Léguas 47º de 424
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 Cidades (4): São José do Paraitinga (Salesópolis)/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Timbó/SC
 Pessoas (3): José de Anchieta (1534-1597), Pero Correia (f.1554), Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568)
 Temas (7): Bilreiros de Cuaracyberá, Cachoeiras, Caminho do gado, Carijós/Guaranis, Rio Anhemby / Tietê, Estradas antigas, Minas de Tambó
  Nascente do Tietê Data: 1554 Créditos: http://www.daee.sp.gov.br/site/01/01/1554
 
 1 de setembro de 1554, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:17Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de Piratininga|  |  | Léguas 48º de 424
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 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2): João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597)
 Temas (5): Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Gentios, Inquisição, Peru
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 1°. Arqueologia de uma Fábrica de Ferro: Morro de Araçoiaba Séculos XVI-XVII. Autora: Anicleide Zequini, Universidade de São Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA* Dezembro de 2006
 
 15 de março de 1555, sexta-feiraAtualizado em 28/10/2025 08:39:17Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola|  |  | Léguas 49º de 424
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 Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (5): Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794), Carlos V (1500-1558), José de Anchieta (1534-1597), Luís da Grã (n.1523), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (7): Canibalismo, Carijós/Guaranis, Escolas, Goayaó, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Nheengatu
 |   | 5 fontes 0 relacionadas
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 1555Atualizado em 28/10/2025 08:39:17“Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”|  |  | Léguas 50º de 424
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 Cidades (2): São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (2): Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794), José de Anchieta (1534-1597)
 Temas (8): Cristãos, Caciques, Carijós/Guaranis, Jesuítas, Piratininga, São Paulo de Piratininga, Canibalismo, Nheengatu
 |   | 2 fontes 0 relacionadas
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 5 de dezembro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:34 • 1°. CARTA DE BALTHAZAR FERNANDES (233), DO BRASIL, DA CAPITANIA DE S. VICENTE DE PIRATININGA AOS 5 DE DEZEMBRO DE 1567.|   | Registros relacionados | 
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