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Bula Inter coetera de concessão, aos reis católicos, das terras descobertas e que por seu mandado se descobrirem
3 de maio de 1493, quarta-feira. Atualizado em 24/04/2025 17:14:34
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 Pessoas (1) Papa Alexandre VI (62 anos)
 Temas (2): Espanhóis/Espanha, Papas e o Vaticano





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Papa Alexandre VI concede aos reis católicos e seus sucessores as terras de Índias e ilhas descobertas e por descobrir, segundo a linha de demarcação que no diploma se expressa
4 de maio de 1493, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:04
Relacionamentos
 Pessoas (1) Papa Alexandre VI (62 anos)
 Temas (3): Descobrimento do Brazil, Espanhóis/Espanha, Papas e o Vaticano





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Tratado de Tordesilhas
7 de junho de 1494, quinta-feira. Atualizado em 05/10/2025 13:46:36
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 Cidades (5): Cuiabá/MT, Iguape/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Isabel, "A Católica" (43 anos), João II, "o Príncipe Perfeito" (39 anos), Papa Alexandre VI (63 anos)
 Temas (8): Descobrimento do Brazil, Espanhóis/Espanha, Gentios, Guaranis, Guayrá, Lagoa Dourada, Ordem de Cristo, Papas e o Vaticano

    4 Fontes
  4 fontes relacionadas

•  “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
1 de janeiro de 1937, sexta-feira
Essa Convenção foi de facto coroada de êxito, celebrada e assignada em Tordesilhas a 7 de Junho de 1494, e ratifiçada depois em Aeévalo a 2 de Julho e em Setúbal a õ de Setembro do mesmo anno. Por aquelle Tratado ,a linha demarcatória passaria não a cem léguas como ficara pela rectificação de Clemente VI, mas a 370 léguas a partir do ponto mais Occidental das ilhas de Cabo Verde para o Oéste. O apparato da força produzira como se viu e como se havia de ver depois, bastante fructo, mas não tanto quanto poderia produzir. Portugal por ambas as Bulias papaes não encontraria sinão agua dentro de sua zona de direitos, em- quanto que a Hespanha ficaria com toda a America do Sul actual; o que acaba de nos convencer, de que o rei de Portugal não discutia uma hypóthese, e sim a posse de uma re- gião, o mais dilatada possivel, numa terra cujas latitudes e longitudes já lhe eram em parte conhecidas. Com os resul- tados da Convenção, ainda assim cahira D. João numa des- proporção geográphica quanto ás futuras terras do Brasil, desproporção essa desfeita somente duzentos annos depois, primeiro arbitrariamente — pela conquista e penetração bandeirante, e depois, legalmente — por effeito do Tratado efe 1750.

•  “Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8
1 de janeiro de 2016, sexta-feira
No cotidiano, a igreja sempre teve um problema com a catequese dos nativos, era a justificativa para a colonização. Quando o Papa Alexandre VI dividiu o mundo a ser descoberto, entre Portugal e Espanha, a justificativa era descobrir o "gentio", catequiza-los e expandir a cristandade. Não tratava-se apenas da expansão do capitalismo.

A descoberta do gentio foi a coisa mais notável na Europa da época. Na realidade do mundo, levado em conta, estava dividido em três: os cristãos, os infiéis (muçulmanos) e os judeus. De forma geral, aos infiéis, é a guerra, os judeus são aqueles que que não aceitaram o último de seus Messias, de seus profetas. Estes assumiam tarefas que eram proibidas aos cristãos,como cobras juros, o comércio do dinheiro. O que causava ainda mais preconceito.

Quando há a descoberta da América, foi uma loucura, pois os nativos não eram judeus, cristãos ou muçulmanos. E estavam nus, portanto só poderiam estar descobrindo o "gentio" no Paraíso, por isso andavam nus. Este é o tema de um dos mais belos livros de história do Brasil: “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda. Enquanto todos procuravam os motivos econômicos...

Isso pode ser visto na carta de Pero Vaz de Caminha. São doze páginas, fantásticas, nas quais ele volta sete vezes a palavra nudez: "Estavam nus! Não cobriam as suas vergonhas!"

•  Mais Geografia
26 de agosto de 2025, terça-feira


Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo
01/01/1940
Créditos/Fonte: Francisco de Assis Carvalho Franco
Página 19



•  PLANALTO CENTRAL: CONTANDO NOSSA HISTÓRIA - Revista Xapuri
21 de setembro de 2025, domingo
Cuiabá, hoje capital do Mato Grosso, no extremo oeste, surgiu na mesma época, também motivada pela descoberta de ouro. Além da garimpagem, havia outro motivo para o adentramento, que era a determinação da Coroa para que as fronteiras portuguesas fossem levadas sempre mais a oeste da linha definida pelo Tratado de Tordesilhas, de 1494.





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Ratificado o Tratado de Tordesilhas em Setúbal
2 de julho de 1494, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:11
    4 Fontes
  4 fontes relacionadas

•  “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
1 de janeiro de 1937, sexta-feira
Essa Convenção foi de facto coroada de êxito, celebrada e assignada em Tordesilhas a 7 de Junho de 1494, e ratifiçada depois em Aeévalo a 2 de Julho e em Setúbal a õ de Setembro do mesmo anno. Por aquelle Tratado ,a linha demarcatória passaria não a cem léguas como ficara pela rectificação de Clemente VI, mas a 370 léguas a partir do ponto mais Occidental das ilhas de Cabo Verde para o Oéste. O apparato da força produzira como se viu e como se havia de ver depois, bastante fructo, mas não tanto quanto poderia produzir. Portugal por ambas as Bulias papaes não encontraria sinão agua dentro de sua zona de direitos, em- quanto que a Hespanha ficaria com toda a America do Sul actual; o que acaba de nos convencer, de que o rei de Portugal não discutia uma hypóthese, e sim a posse de uma re- gião, o mais dilatada possivel, numa terra cujas latitudes e longitudes já lhe eram em parte conhecidas. Com os resul- tados da Convenção, ainda assim cahira D. João numa des- proporção geográphica quanto ás futuras terras do Brasil, desproporção essa desfeita somente duzentos annos depois, primeiro arbitrariamente — pela conquista e penetração bandeirante, e depois, legalmente — por effeito do Tratado efe 1750.

•  “Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8
1 de janeiro de 2016, sexta-feira

•  Tratado de Tordesilhas, consultado em Wikipédia
22 de novembro de 2022, terça-feira

•  PLANALTO CENTRAL: CONTANDO NOSSA HISTÓRIA - Revista Xapuri
21 de setembro de 2025, domingo





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Ferrer
1495. Atualizado em 27/10/2025 14:27:07
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 Temas (1): Geografia e Mapas





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Ruy Garcia Moschera
1498. Atualizado em 25/10/2025 01:10:45
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 Cidades (1): Cananéia/SP
 Pessoas (3) Rui Garcia de Moschera, Bartolomeu Dias (48 anos), Bacharel de Cananéa
 Temas (1): Estátuas, marcos e monumentos





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Primeira expedição exploratória
dezembro de 1498. Atualizado em 30/10/2025 03:42:11
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 Pessoas (3) Bacharel de Cananéa, Duarte Pacheco Pereira, Rui Garcia de Moschera
 Temas (3): Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Pela primeira vez





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Vicente Yáñez Pinzón atinge o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco
26 de janeiro de 1500, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:27
Relacionamentos
 Cidades (1): Cabo de Santo Agostinho/PE
 Pessoas (2) Vicente Yáñez Pinzón (38 anos), Fernando II de Aragão (48 anos)
 Temas (2): Descobrimento do Brazil, Porto de Santa Maria





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A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia
24 de janeiro de 1502, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 07:51:40
Relacionamentos
 Cidades (2): Cananéia/SP, Piedade/SP
 Pessoas (6) Américo Vespúcio (48 anos), André Gonçalves, Bacharel de Cananéa, Cosme Fernandes Pessoa (n.1480), Piqueroby (22 anos), Rui Garcia de Moschera
 Temas (6): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Galinhas e semelhantes, Guaianase de Piratininga, Pela primeira vez





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André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a Lisboa depois de terem feito a primeira exploração do litoral brasileiro, do cabo de São Roque a Cananéia.
7 de Setembro de 1502, domingo. Atualizado em 14/07/2025 23:31:15
Relacionamentos
 Cidades (1): Lisboa/POR
 Pessoas (2) Américo Vespúcio (48 anos), André Gonçalves
 Temas (5): Graus, O Sol, Ouro, Rio da Prata, Sabarabuçu





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Carta náutica das ilhas novamente descoberta na região da índia
19 de novembro de 1502, quarta-feira. Atualizado em 24/04/2025 17:20:16
Relacionamentos
 Cidades (1): Cananéia/SP
 Pessoas (1) Américo Vespúcio (48 anos)
 Temas (6): Carijós/Guaranis, Dinheiro$, Geografia e Mapas, Guaianase de Piratininga, Pela primeira vez, Trópico de Capricórnio





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Bula do papa Júlio II aprovando o Tratado de Tordesilhas
24 de janeiro de 1506, quarta-feira. Atualizado em 28/10/2025 12:05:27
Relacionamentos
 Pessoas (1) Papa Júlio II (63 anos)
 Temas (1): Papas e o Vaticano





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Molucas
1512. Atualizado em 28/10/2025 12:08:42
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 Cidades (1): Sorocaba/SP





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Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil”
1515. Atualizado em 28/10/2025 12:06:16
Relacionamentos
 Pessoas (2) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Nuno Manoel (46 anos)
 Temas (6): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, El Dorado, Ouro, Prata, Trópico de Capricórnio





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Enciso
1518. Atualizado em 27/10/2025 14:00:51
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 Temas (1): Geografia e Mapas





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Acordo firmado
22 de março de 1518, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:18
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 Pessoas (3) Fernão de Magalhães (38 anos), Carlos V (18 anos), Manuel I, o Afortunado (49 anos)





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Partida, da qual só 18 dos 250 tripulantes sobreviveram
20 de Setembro de 1519, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:47:05
Relacionamentos
 Cidades (1): Sevilha/ESP
 Pessoas (3) Fernão de Magalhães (39 anos), João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”, Gonçalo Hernandes Eanes (f.1521)
 Temas (3): Antártida, Metalurgia e siderurgia, Pela primeira vez





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Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro
13 de dezembro de 1519, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:32:19
Relacionamentos
 Cidades (3): Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Antonio Pigafetta (ou Lombardo) (28 anos), Domingos Luís Grou (19 anos), Fernão de Magalhães (39 anos), Gonçalo Hernandes Eanes (f.1521), João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”, Mestre Bartolomeu Gonçalves (19 anos)
 Temas (12): Açúcar, Baía de Guanabara, Cabo Verde, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Curiosidades, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Metalurgia e siderurgia, Pau-Brasil, Porto de Santa Luzia, Trópico de Capricórnio





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Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada"
1524. Atualizado em 28/10/2025 08:37:50
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 Cidades (4): Florianópolis/SC, Juquiá/SP, Palhoça/SC, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Aleixo Garcia (f.1526), Francisco de Chaves (24 anos)
 Temas (11): Assunguy, Caminho do Peabiru, Espanhóis/Espanha, Estradas antigas, Incas, Ouro, Pela primeira vez, Peru, Rei Branco, Rio Itapocú, Rio Paraná





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Doze jesuítas, cosmógrafos e matemáticos, notificam a demarcação do Brasil
31 de maio de 1524, sábado. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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 Temas (2): Geografia e Mapas, Jesuítas





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A denominação Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro
1529. Atualizado em 28/10/2025 11:30:05
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 Cidades (7): Cabo Frio/RJ, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Iguape/SP, Laguna/SC, São Sebastião/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (1) Salvador Pires de Medeiros (1580-1654)
 Temas (11): Geografia e Mapas, Ilha de Santa Catarina, Pela primeira vez, Peru, Porto dos Patos, Portos, Rio Paraguay, Rio Paraná, Rio São Francisco, Rio Ururay, Santa Catarina





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Tratado de Zaragoza discute a posse das Ilhas Molucas entre Portugal e Espanha
22 de abril de 1529, segunda-feira. Atualizado em 26/08/2025 03:08:09
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 Cidades (2): Assunção/PAR, Ilhas Molucas/INDO
 Pessoas (2) Carlos V (29 anos), João III, "O Colonizador" (27 anos)
 Temas (4): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Ouro, Peru

    5 Fontes
  5 fontes relacionadas

•  Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912)
1 de janeiro de 1938, sábado
Instrumento de escritura foi celebrada em Saragoça pela qual dom Carlos V, imperador da Alemanha e rei de Espanha, vendia a dom João III, rei de Portugal, mediante o pagamento de 350 mil ducados ouro, a propriedade e a posse, ou quase posse, e direito de navegação e comércio das ilhas Molucas, também chamadas da Especiaria.

Por esse acordo, o limite no oriente ficou passando pelas ilhas de Velas, hoje Marianas ou Ladrones, na Polinésia. Posteriormente, a Espanha violou o ajustado em Saragoça e Tordesilhas, ocupando as ilhas Filipinas, que estavam, como as Molucas, dentro da demarcação portuguesa. [p. 270]

•  REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL
1 de janeiro de 2006, domingo
De todas as trilhas indígenas que percorriam o planalto a mais célebre é, sem dúvida, o Peabiru. De importância continental, desde remotas eras pré-colombianas essa grande artéria sul-americana unia à costa atlântica a populosa mesopotâmia paraguaia, habitada pelos índios carijós ou guaranis. Formada de um tronco e várias ramificações, uma delas atingia a região vicentina, regularmente freqüentada pelos tupiniquins, moradores do planalto paulistano (PETRONE, p. 35-44). Consistindo numa picada de 200 léguas (1200 km) de extensão, este último ramal, segundo a descrição do Padre Lozano. J., possuía oito palmos de largura (1,76m) e seu leito, forrado por uma gramínea que impedia o crescimento de outra vegetação, apresentava um rebaixamento de 40 centímetros em média em relação ao solo adjacente.

Posteriormente chamada pelos jesuítas de Caminho de São Tomé (identificado com Sumé, o herói civilizador do mito tupi), a famosa trilha permitiu que, em sentido contrário, a partir da costa brasileira os conquistadores atingissem o Paraguai e desse ponto fosse possível alcançar as fabulosas riquezas do longínquo Peru (HOLANDA, 2000, p. 142-144).

Tal fato revela que, naquele tempo, além do intenso desejo dos jesuítas de ir converter os carijós, havia uma fortíssima motivação política e econômica a instigar a penetração lusa em direção à região paraguaia. A questão das Molucas, provocada no Oriente pelos espanhóis, fizera recuar a linha demarcatória do Tratado de Tordesilhas para o Ocidente. No Brasil, essa linha deveria retroceder também para o Ocidente, de maneira a deixar os mesmos 180º de cada parte. Com esse deslocamento, imaginavam os portugueses, Assunción, cidade espanhola erguida em 1537 no meio dos carijós e à beira do caminho do opulento Peru, certamente passaria à pertencer coroa lusitana, crença compartilhada durante certo tempo pelo próprio D.João III (LEITE, v.1, p. 448 e nota n.6).

•  O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente
1 de janeiro de 2020, quarta-feira

•  Tratado de Tordesilhas, consultado em Wikipédia
22 de novembro de 2022, terça-feira
A União Ibérica não foi o motivo da expansão portuguesa ao interior do continente, mas ao Tratado de Saragoça que moveu a linha de Tordesilhas nos dois extremos. Com isto os irmãos Pero Lopes de Sousa e Martim Afonso de Sousa foram armados pelo rei de Portugal e enviados em uma expedição para demarcarem a nova fronteira conforme o novo Tratado.

Algumas décadas mais tarde, na sequência da chamada "questão das Molucas", o outro lado da Terra seria dividido, assumindo como linha de demarcação, a leste, o antimeridiano correspondente ao meridiano de Tordesilhas, pelo Tratado de Saragoça, a 22 de abril de 1529.

Para solucionar esta nova disputa, celebrou-se o Tratado de Saragoça a 22 de abril de 1529. Este definiu a continuação do meridiano de Tordesilhas no hemisfério oposto, a 297,5 léguas do leste das ilhas Molucas, cedidas pela Espanha mediante o pagamento, por Portugal, de 350 000 ducados de ouro. Ressalvava-se que em todo o seu tempo se o imperador ou sucessores quisessem restituir aquela avultada quantia, ficaria desfeita a venda e cada um "ficará com o direito e a acção que agora tem". Tal nunca sucedeu, entre outras razões, porque o imperador necessitava do dinheiro português para financiar a luta contra Francisco I de França e a Liga de Cognac, que o apoiava.

•  A geopolítica nos mapas dos Reinéis, Lopo Homem e Diogo Ribeiro: a América do Sul e o Brasil na cartografia ibérica entre os tratados de Tordesilhas e Saragoça (data da consulta)
27 de outubro de 2024, domingo





  Tordesilhas
  25º de 273
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“Estas ilhas (São Vicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence, dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam
1530. Atualizado em 30/10/2025 06:06:19
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 Cidades (6): Cananéia/SP, Guarujá/SP, Iguape/SP, Laguna/SC, São Sebastião/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (10) Giovanni Caboto, Alonso de Santa Cruz, Bacharel de Cananéa, Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Garcia de Moguér, Francisco I da Áustria (1768-1835), Gonçalo da Costa, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (60 anos), Piqueroby (50 anos), Sebastião Caboto (54 anos)
 Temas (14): Baia e río do Repayro, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Ilha de Barnabé, Ilha de Santo Amaro, Jurubatuba, Geraibatiba, O Sol, Pela primeira vez, Porcos, Porto dos Patos, Portos, Rio da Prata, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio São Francisco





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  26º de 273
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Carta patente do rei dom João III nomeando Martim Afonso de Sousa capitão-mor da nova armada que mandava ao Brasil
20 de novembro de 1530, quinta-feira. Atualizado em 27/10/2025 17:38:49
Relacionamentos
 Pessoas (4) Aleixo Garcia (f.1526), Henrique Montes, João III, "O Colonizador" (28 anos), Martim Afonso de Sousa (30 anos)
 Temas (12): Assunguy, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Estradas antigas, Fortes/Fortalezas, Ordem de Cristo, Ordem de Cristo, Peru, Portos, Rio da Prata, Rio da Prata

    1 Fontes
   fontes relacionadas





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  27º de 273
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Carta
14 de dezembro de 1531, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:56
Relacionamentos
 Pessoas (5) Carlos V (31 anos), Isabel, "A Católica" (1451-1504), João III, "O Colonizador" (29 anos), Nuno Manoel (62 anos), Martim Afonso de Sousa (31 anos)
 Temas (1): Rio da Prata





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Carta do rei dom João III, dirigida a Martim Afonso de Sousa, anunciando-lhe que dividira o Brasil em capitanias
28 de Setembro de 1532, quarta-feira. Atualizado em 30/10/2025 04:24:49
Relacionamentos
 Pessoas (4) João III, "O Colonizador" (30 anos), Martim Afonso de Sousa (32 anos), Pero (Pedro) de Góes, Pero Lopes de Sousa (35 anos)
 Temas (8): Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Vicente, Ilha de Barnabé, Ilha de Santo Amaro, Pau-Brasil, Santa Ana, Léguas, Rio Cuipara





  Tordesilhas
  29º de 273
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Capitania de Santana concedida a Pero Lopes de Sousa
1 de Setembro de 1534, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:01
Relacionamentos
 Cidades (4): Ilha de Itamaracá/PE, Laguna/SC, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) João III, "O Colonizador" (32 anos), Pero Lopes de Sousa (37 anos)
 Temas (2): Capitania de Itamaracá, Capitania de Santa Ana





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Mapa da América de Peter Martyr, Veneza
dezembro de 1534. Atualizado em 25/02/2025 04:47:05
Relacionamentos
 Cidades (2): Cabo de Santo Agostinho/PE, Veneza/ITA
 Temas (6): Geografia e Mapas, Italianos, Pela primeira vez, Rio São Francisco, Serra de Paranapiacaba, Trópico de Capricórnio





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Os espanhóis de Iguape, de que era chefe Ruiz García de Mosquera, ameaçados pelos portugueses de São Vicente (ver 22 de janeiro de 1532), fugiram para a ilha de Santa Catarina
1535. Atualizado em 24/10/2025 02:52:01
Relacionamentos
 Cidades (4): Cananéia/SP, Iguape/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (35 anos), Rui Garcia de Moschera
 Temas (10): Espanhóis/Espanha, Guerra de Iguape, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Ouro, Porto dos Patos, Rio dos patos / Terras dos patos, Santa Catarina, Fortes/Fortalezas, Caminho até Cananéa, Caminho do Mar





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A Coroa espanhola emitiu uma Real Cédula em favor de Gregório de Pesquera de Burgos “concedendo-lhe o título de Governador do Território entre a Cananea e Santa Catarina” autorizando-o ainda, por Capitulação de mesma data
9 de Setembro de 1536, quarta-feira. Atualizado em 31/10/2025 13:41:26
Relacionamentos
 Cidades (3): Valladolid/ESP, Cananéia/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (3) Gregorio de Pesquera, Bacharel de Cananéa, Isabel de Portugal, Imperatriz Romano-Germânica (33 anos)
 Temas (3): Capitania de Santa Ana, Rio da Prata, Santa Catarina





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  33º de 273
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Mapa de Pedro Nunes
1537. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos

 Temas (1): Geografia e Mapas





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  34º de 273
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Primeira universidade
1540. Atualizado em 25/02/2025 04:43:04
Relacionamentos

 Temas (2): Faculdades e universidades, Pela primeira vez





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  35º de 273
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“e tanto o Amazonas, a que ainda dava o nome de Maranhão, como o rio da Prata nasciam de um lago no interior do Brasil, fazendo deste uma ilha que fora totalmente circum-navegada”
maio de 1544. Atualizado em 30/10/2025 03:54:32
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (1) João Afonso ou Jean Fonteneau
 Temas (6): Geografia e Mapas, Ilha Brasil, Ilha de Barnabé, Lagoa Dourada, Rio Amazonas, Rio da Prata





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  36º de 273
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Cruz e biscainhos
25 de novembro de 1549, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:57
Relacionamentos
 Cidades (2): Cotia/Vargem Grande/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Hans Staden (24 anos), Juan de Salazar y Espinosa (41 anos)
 Temas (11): Apereatuba, Caminho até Cotia, Caminho do gado, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Cruzes, Espanhóis/Espanha, Ouro, Santa Ana das Cruzes, Pela primeira vez, Rodovia Raposo Tavares





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  37º de 273
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Sevilha
1550. Atualizado em 25/02/2025 04:44:53
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 Cidades (1): Sevilha/ESP
 Temas (1): Geografia e Mapas





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  38º de 273
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Santo André da Borda do Campo foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira
8 de abril de 1553, quarta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26
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 Cidades (8): Assunção/PAR, Cananéia/SP, Santo André/SP, Santos/SP, São Bernardo do Campo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (14) Ana Pimentel Henriques Maldonado (53 anos), Antônio de Oliveira (43 anos), Brás Cubas (46 anos), Caethana/Catharina Ramalho, Gonçalo Camacho (28 anos), Jerônima Dias, João Pires, o gago (53 anos), João Ramalho (67 anos), Manuel da Nóbrega (36 anos), Manuel de Paiva (f.1584), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (83 anos), Martim Afonso de Sousa (53 anos), Salvador Pires, Tomé de Sousa (50 anos)
 Temas (10): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Guaianás, Itapeva (Serra de São Francisco), Pelourinhos, Reino Villa, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Vila de Santo André da Borda

    2 Fontes
   fontes relacionadas
Registros mencionados (1)
1540 - Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho [26931]





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  39º de 273
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Real cédula al embajador en Lisboa mandando que averigüen las intenciones que tiene Portugal en relación con San Vicente, Cananea y Santa Catarina
6 de julho de 1553, segunda-feira. Atualizado em 06/07/2025 04:34:44
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 Cidades (3): Cananéia/SP, Lisboa/POR, São Vicente/SP





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  40º de 273
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Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
29 de agosto de 1553, sábado. Atualizado em 30/10/2025 20:32:27
Relacionamentos
 Cidades (13): Araçariguama/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Iperó/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo André/SP, São Miguel Arcanjo/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (14) André Ramalho, Antonio Rodrigues "Sevilhano" (37 anos), Caiubi, senhor de Geribatiba, Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco I da Áustria (1768-1835), João Ramalho (67 anos), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (36 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (83 anos), Matheus Nogueira, Mestre Bartolomeu Gonçalves (53 anos), Pero Correia (f.1554), Quirino Caxa (15 anos), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 Temas (36): “o Rio Grande”, Apoteroby (Pirajibú), Araritaguaba, Bairro Éden, Sorocaba, Biesaie, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho do Paraguay, Caminho Itú-Sorocaba, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Colinas, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Inhapambuçu, Inhayba, Jesuítas, Lagoas, Léguas, Maniçoba, Música, Nheengatu, Paranaitú, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Piratininga, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tribo Arari, Tupinambás, Vale do Anhangabaú, Vila de Santo André da Borda

    9 fontes
  1 fonte relacionada

•  REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL
1 de janeiro de 2006, domingo
Já na correspondência dos primeiros jesuítas, o nome de Piratininga aparece empregado de modo extremamente difuso, e, devemos admitir, confuso. Segundo carta de Nóbrega datada de outubro de 1553, a aldeia recém-construída no planalto, logo depois transformada em aldeamento jesuítico, estava instalada a cerca de duas léguas de distância da povoação de João Ramalho, conhecida pelo nome de Piratinim (LEITE, v.2, p. 16).

Dada a grande – e desconcertante – distância que o separava da futura São Paulo, não parece ser esse povoado a aldeia indígena liderada pelo sogro de Ramalho, Tibiriçá, a qual, embora possuísse essa mesma denominação, estava situada, segundo Frei Gaspar da Madre de Deus, como veremos adiante, a uma distância bem menor, a mais ou menos meia légua do núcleo jesuítico.

De acordo com Nóbrega, na carta citada, foi nesse núcleo de João Ramalho que Martim Afonso de Sousa ”primeiro povoou”, ou seja, fundou a efêmera vila de Piratininga no recuado ano de 1532, conforme relata o diário de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso. Por outro lado, em missiva escrita por Anchieta em 15 de agosto de 1554, a própria povoação dos padres aparece também chamada de aldeia de Piratininga, onde os jesuítas mantinham “uma grande escola de meninos, filhos de índios ensinados a ler e escrever” (LEITE, v.2, p. 81).

Ainda nesse tipo de documentação se faz alusão a um certo porto de Piratinim, localizado à margem esquerda do Rio Grande (Rio Tietê) e a um rio de Piratininga, que deve ser interpretado como sendo também o Anhembi (Tietê), o rio por excelência da região; fala-se igualmente em campos de Piratininga, que abarcavam toda a amplidão dos campos planaltinos; e, finalmente, em São Paulo de Piratininga, que é o nome que a casa jesuítica tomou a partir de 25 de janeiro de 1554 e que depois foi estendido à vila criada em 1560, às vezes denominada São Paulo do Campo.





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  41º de 273
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Carta de José de Anchieta aos padres e irmãos de Coimbra
15 de agosto de 1554, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:46:29
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 Cidades (4): Coimbra/POR, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) José de Anchieta (20 anos)
 Temas (3): Caciques, Carijós/Guaranis, Deus





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  42º de 273
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Mapa de Bartholomeu Velho
1561. Atualizado em 25/02/2025 04:47:00
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 Pessoas (1) Dom Sebastião, o Adormecido (7 anos)
 Temas (12): Geografia e Mapas, Guayrá, Ilha Brasil, Ilha de Barnabé, Lagoa Dourada, Pela primeira vez, Rio da Prata, Rio dos Dragos, Rio Itapocú, Rio São Francisco, Tamoios, Trópico de Capricórnio

    7 Fontes
  4 fontes relacionadas

•  Pombal, os Jesuítas e o Brasil, 1961. Inácio José Veríssimo
1 de janeiro de 1961, domingo
Mas apoiando tais intenções havia duas razoes ponderáveis. A primeira e que os Portugueses acreditavam, sincera-mente, durante o seculo 16, que a Linha de Tordesilhas deixava a leste todo o rio Parana ate a foz do Iguaçu; ou seja, que Assunção ficava nas vizinhanças da fronteira dos domínios Portugueses.

Tal convicção levou Tome de Sousa, em carta ao rei datada de 1 de junho de 1553, a dizer que a povoação que se chama "Assunção esta muito perto de São Vicente, não passando de cem léguas". E Tome de Sousa acrescenta: "parece-nos a todos que essa povoação esta na demarcação (nos domínios) de V. A." Para justificar a proximidade que ele assinala, informa ao rei que "os de São Vicente se comunicam muito com os castelhanos" como lhes chama Jaime Cortesão, que foram inúmeros e que partiam de São Vicente em meados do século 16 na direção de Guaíra à procura de escravos. Éste historiador, argumentando a favor da precedência dos portuguêses na região de Guaíra, alude ao Mapa Mundi de Bartolomeu Velho, datado de 1562, onde já aparece a citada região de Guaíra (35), o que faz supor, admite ainda Jaime Cortesão, haver o mesmo sido desenhado com informações colhidas entre a gente de São Vicente.

Lembremo-nos, de que os caminhos indígenas (o Piabiru ou dos Pinheiros) que saíam de S. Vicente, de Cananéia ou de Santa Catarina conduziam todos à região de Guaíra, e eram seguidos pelos bandeirantes (36).

Mas os portuguêses precederam cs espanhóis nas penetrações para o Paraguai (37) não só em terra como por água — pois a pilotagem no Prata “desde o comêço da colonização do Prata pelos espanhóis até aos meados do século XVII” era feita por portuguêses (38).

•  O sertão e a geografia. André Heráclio do Rêgo
27 de janeiro de 2016, quarta-feira
(..) contexto que se situa o mito da Ilha Brasil, estudado em suas distintas vertentes por Jaime Cortesão e por Sérgio Buarque de Holanda, e que faz parte relevante da geografia imaginária dos sertões. Para Jaime Cortesão, esse conceito, pelo qual o Brasil formaria uma ilha, separada da América Hispânica pelos rios da Prata e Amazonas, unidos por um grande lago, de onde ambos nasciam, seria uma “razão geográfica” de Estado, oposto ao Tratado de Tordesilhas, e que presidiria a formação territorial do Brasil.

Ainda para Cortesão, o mito da Ilha Brasil seria a tradução da “consciência perfeita da unidade geográfica, econômica e humana” que caracterizaria o Brasil. Segundo ele, é “na cartografia antiga que deparamos os melhores documentos sobre a evolução e a importância daquele mito na história do Brasil”.

Essa concepção de uma Ilha Brasil rodeada pelo oceano e por dois grandes rios, unidos por um lago, apareceu em cartas como a de Bartolomeu Velho, de 1561, na qual o rio da Prata e o rio Pará, provavelmente o Tocantins de hoje, “ligam-se pela Lagoa Eupana, ao sul da qual se vê o Mar Grande ou Paraguai, que identificamos com o pantanal dos Xarais”. Dessa mesma lagoa partia o rio de São Francisco, “o qual se reúne por um lago menor ao Parnaíba e mais abaixo ao Paraná, que por sua vez se reúne à Lagoa Eupana”.

•  A “Ilha Brasil” de Jaime Cortesão: ideias geográficas e expressão cartográfica de um conceito geopolítico. Francisco Roque de Oliveira
25 de fevereiro de 2017, sábado
No artigo “A Ilha-Brasil dos vicentistas” – alusão ao momento, no século XVI, em que São Vicente polarizava a instalação da colónia portuguesa nas áreas meridionais do Brasil –, o leitor passará directamente das referências colhidas nos escritos de João Afonso “a uma Ilha Brasil” circum-navegável entre a foz do Amazonas e a boca do Prata para uma selecção de mapas que reproduzem a mesma ideia da ligação entre estes dois grandes rios sul-americanos articulada por um grande lago interior, cuja designação se modifica de mapa para mapa.

Nessa lista expurgada das centenas de cartas que copiariam este modelo cartográfico até meados do século XVII – mais precisamente, até à carta da América meridional de Nicolas Sanson d´Abbeville de 1650 – Cortesão inclui o mapa do Novo Mundo do grupo de quatro cartas que formam o planisfério de Bartolomeu Velho de 1561 (figura 2), a carta atlântica de Luís Teixeira de c. 1600 (figura 3), a carta da América do Sul de Lucas de Quirós de 1618, destacando, ainda assim, o primeiro destes três espécimes cartográficos:

"De todas as cartas a mais notável e extraordinária é o mapa de Bartolomeu Velho, de 1561, onde o Brasil aparece claramente delimitado como uma ilha enorme, subdividida em ilhas mais pequenas. O Prata e o Pará, este último assim nomeado e na posição aproximada do Tocantins, ligam-se e comunicam-se pela vastíssima lagoa Eupana, ao sul da qual se vê o “Mar grande ou Paraguaia”, que identificamos com os pantanais dos Xarais. Da mesma lagoa nasce o S. Francisco, o qual se reúne por um lado menor ao Parnaíba e mais abaixo ao Paraná, que, por sua vez, se reúne à lagoa Eupana, encerrando esta ligações em seu conjunto de cinco ilhas".Este mapa de Bartolomeu Velho servirá de mote para o artigo sobre as "Origens indígenas da Ilha-Brasil" da mesma séria dedicada às bandeiras paulistas, ou não fosse esse "o primeiro mapa onde a Ilha-Brasil, delineada como um todo orgânico e em oposição ou como complemento à divisória de Tordesilhas, aparece pela primeira vez".

•  Principais mapas do Brasil dos séculos 16 e 17. Revista Ciência e Cultura, revistacienciaecultura.org.br
24 de março de 2024, domingo
O mapa mundi do cartógrafo português Bartolomeu Velho (1561) preparado a pedido de D. Sebastião, do Museu Naval de La Spezia na Ligúria (entre Gênova e Pisa);





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  43º de 273
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*Ruy Díaz de Melgarejo partiu no final de Asunción del Paraguai em direção ao centro da região de Guairá
1569. Atualizado em 25/02/2025 04:42:53
Relacionamentos
 Cidades (2): Assunção/PAR, Villa Rica del Espiritu Santo/BRA
 Pessoas (2) Ruy Díaz Ortiz Melgarejo (50 anos), Juan de Garay
 Temas (1): Guayrá





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  44º de 273
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Mapa
1573. Atualizado em 23/06/2025 06:25:02
Relacionamentos
 Pessoas (3) Pela primeira vez, Diego Ramírez de Arellano, Vasco da Gama (1469-1524)
 Temas (6): Estreito de Magalhães, Geografia e Mapas, Ilha Brasil, Lagoa Dourada, Peru, Trópico de Capricórnio





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  45º de 273
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1580
Atualizado em 28/10/2025 08:34:13
Cotia
Cidades (4): Cotia/Vargem Grande/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (1): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616)
Temas (1): Léguas
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol XXI. 1916-1921
Data: 1924
Créditos: Página 107
    4 fontes
  1 relacionada

1°. Os brutos que conquistaram o Brasil, super.abril.com.br
31 de março de 2000, sexta-feira
A mão-de-obra escrava foi a base do desenvolvimento de prósperas plantações de trigo no século XVI ao XVII, vizinhas à cidade. Áreas rurais, como Cotia e Santana de Parnaíba, abasteciam São Vicente e Rio de Janeiro, os centros produtores de açúcar, a maior mercadoria da colônia.  ver mais




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  46º de 273
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1580
Atualizado em 28/10/2025 08:20:38
Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias
Cidades (5): Itaguara/MG, Osasco/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
Pessoas (8): Américo de Moura, Balthazar Fernandes, Bartholomeu Fernandes Cabral, Bartholomeu Fernandes Mourão, Domingos Luís Grou, Manuel Fernandes Ramos, Pedro Rodrigues Cabral, Suzana Dias
Temas (13): Cachoeira do Inferno, Cachoeiras, Ermidas, capelas e igrejas, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Léguas, Mandiy, Metalurgia e siderurgia, Quitaúna, Rio Anhemby / Tietê, Santa Ana, Santo Antônio (Sorocaba), Ybyrpuêra
O Cacique Tibiriça*
Data: 1550
Créditos: VEJA São Paulo(.241.
    20 fontes
  3 relacionadas

1°. Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I*
Novembro de 2003
Filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, era bisneto por parte de mãe do famoso João Ramalho e da índia Bartira. Baltasar Fernandes, nasceu em São Paulo, onde hoje está situado o bairro do Ibirapuera, em 1580. Fez várias entradas nos sertões em busca de nativos. Mão de obra escrava de alto valor naqueles tempos.  ver mais

2°. Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
2013
Além das inusitadas relações de habitantes convivendo com as mais variadas etnias e credos, devemos aos aventureiros de Santana de Parnaíba a ideia de expansão territorial do Brasil. Desafiando o Tratado de Tordesilhas e invadindo o imenso território devoluto no centro do continente, os sertanistas dessa localidade foram fundando povoados ao longo de suas expedições. Em bandeiras de reconhecimento por imensos territórios, garantiram as futuras fronteiras do país. Mitificados como heróis por antigos historiadores, a exemplo de Affonso de Taunay, Varnhagen ou Belmonte, hoje são recolocados como bandidos ferozes, reforçando as visões que os jesuítas desenvolveram a respeito dos mamelucos do planalto, no século XVII.

(...)Em 1580, o então vereador da Câmara de São Paulo, Manuel Fernandes Ramos recebe uma sesmaria nesta área, famosa devido um grande acidente geográfico no Rio Tietê chamado de Cachoeira do Inferno, construindo uma capela em louvor a Santo Antônio e iniciando os preparativos para instalação de uma fazenda. O português Manuel Fernandes Ramos era natural da região de Moura,Portugal e casado com Suzana Dias, filha de Lopo Dias, um pioneiro que emigrou com a frota de Martim Afonso de Souza e que por sua vez amasiou-se com uma das filhas de Tibiriçá. João Ramalho também foi casado com outra filha do Cacique Tibiriçá e, por conseguinte, Suzana Dias era, por afinidade, sobrinha de Ramalho e neta de Tibiriçá, linhagem respeitada no meio social do planalto. [p.181]

Nessas incursões, a família dos Fernandes, povoadores instalados em Santana de Parnaíba, engajou-se em diversas expedições contra as reduções do Guairá (aldeamentos que transpuseram o rio Paraná), Tape (instaladas para além do rio Uruguai) e Itatim (fixadas na parte oriental do rio Paraguai). André Fernandes foi capitão de grandes bandeiras e participou de quase todas as expedições contra as missões jesuíticas na região Sul do país. Era sócio de Raposo Tavares,44 outro grande mestre de campo, chamado de O Conquistador dos Andes e dono de uma fazenda em Quitaúna, situada nos arrabaldes de Parnaíba, hoje município de Osasco (SP).

A grande sesmaria que outrora formava o território parnaibano abrangia terras nos atuais municípios de Araçariguama, Itu, São Roque e Sorocaba. Pertenciam a Suzana Dias e foram desmembrados aos seus familiares, descendentes e agregados. Um dos seus maiores desejos era que seu corpo fosse enterrado na “ermida da gloriosa Santana”, da qual seu filho André Fernandes foi patrono benfeitor. A grande matrona paulista, em testamento realizado no ano de 1628, dividia seus bens com filhos, enteados, netos, escravos forros incorporados à família e com confrarias de irmandades religiosas do seu povoado, manifestando uma preocupação em distribuir os pertences com afeto e a maior equidade possível (Camargo, 1971, p.39-40): “a residência de Suzana Dias era uma casa à margem do rio Tietê. Ficava em frente à antiga Santa Casa, propriedade posterior da família Aquilino de Morais. A tradição fantasiara que seus filhos lhe ofereceram riquíssimo sofá engastado de ouro, prata e pedras preciosíssimas, para repousar sobre os frutos das canseiras de seus descendentes ilustres os bandeirantes parnaibanos notáveis e respeitados. Lá residiu Suzana” (idem, p.32). [p.202 e 203]  ver mais

3°. “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
2014
Baltazar Fernandes nasceu por volta de 1580, em São Paulo, nas proximidades do atual Ibirapuera, onde seu pai tinha fazenda. Ou pode ter nascido em Santa Ana de Parnaíba, onde viveu a família dos Fernandes por muitos anos. (...) Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654.  ver mais




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Início da União ibérica
2 de Setembro de 1580, terça-feira. Atualizado em 06/10/2025 14:44:55
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 Pessoas (1) Filipe II, “O Prudente” (53 anos)
 Temas (4): Curiosidades, Habitantes, Jesuítas, União Ibérica

    2 fontes
  1 fonte relacionada

•  Varnhagen: O Homem e a Obra; Revista "América Brasileiro", diretor: Elysio de Carvalho*
1 de março de 1923, quinta-feira
Durante o dominio espanhol, de 1580 a 1640, augmentou extraordinariamente a immigração portuguesa para o Brasil,composta dos melhores elementos, que procuravam na America um refugio seguro contra a prepotência dos Felippes. E´ de no^ar que da própria Espanha chegaram naquelle tempo famílias gra das, e aqui se estabeleceram em perfeito convívio as duas raças. Estavam em São Vicente tão intimamente ligados lares espanhóes e portugueses, que mostraram velleidades de libertar, tanto de umcomo de outro jugo, a capitania, acclamando em 1641 rei a Amador Bueno.

Em 1625, na famosa expedição de D. Fradique de Toledo, vieram fidalgos ás chusmas, muitos dos quaes, como os Rendons,os Quevedos, os Toledos e outros, ficaram no país e fundaram grandes casas,que ainda hoje são os mais illustres solares da velha aristocracia paulista e bahiana. Por fim, cumpre-nos ainda citar o facto de terem vindo para o Brasil, nos primordios da sua historia, fidalgos florentinos, como os Cavalcantis, os Acciolys, os Adornos e os Lins, e de outras nacionalidades, que se uniram á nobreza da terra e crearam gerações que se fizeram históricas pelo heroísmo, pelo esforço e pela virtude.

Eis ahi como se iniciou o povoamento no Brasil com homens perdidos.Tão profuso foi o elemento aristocrático na nossa colonisação primitiva que unicamente pela sua existência e permanência se poderá explicar o gráo de adeantamento e o estado de cultura de certos núcleos de população do país, taes como Olinda, Bahia e S. Vicente, que já no primeiro século da conquista impressionaram a viajantes estrangeiros pelo luxo, pela opulencia, e, principalmente, pela distineção das maneiras e pela polidez dos costumes, alliadas ao instincto da beíleza.

Além disto, certos phenomenos que se manifestam na nossa evolução politica e social, e parecem obscuros ou excepcionaes, não se esclarecem senão pelo esplendor do nosso sangue: o mais importante delles é o sentimento oligarchico da nossa historia politica, tão persistente e vivo, que o regime republicano não o poude ainda destruir. Também é de observar, como uma das peculiaridades da raça, esse orgulho desmedido que sempre nos acompanhou através dos séculos, e de que é violenta expressão aconhecida guerra dos mascates, em 1710.

(...) Geralmente, os historiadores da Civilisaçãò datam de 1580 o oceaso portuguez, assignalado pelo dominio hespanhol. Teria sido essa a verdade para a Ásia e a Europa, não para o Brasil. Colônia de Hespanha, mas intacto resguardando o espirito colonial dos lusos até 1640, ou combatendo pela sua predominância, como que o Brasil enfeixa os últimos raios solares da energia dissipada ou amortecida em outras paragens.

E´ mesmo no curso dos seis decennios hespanhóes e philippinos que a energia colonisadora faz a conquista da Parahyba e do Rio Grande do Norte, funda o porto de Fortaleza e o redueto de Camocim, aniquila a França Equinoxial, no Maranhão, com os bravos Jeronymo de Albuquerque e Alexandre de Moura,implanta o governo do Pará, inflecte com a esquadrilha de Pedro Teixeira para o labyrmtno amazônico, chegando os exploradores,em canoas, até Payamino, e desse logar, por terra, até á cidade castelhana de Quito.

E´ainda naquelle periodo que os bandeirantes iniciam a guerra contra as reducções hespanholas de Guayrá, de Tape, do paiz dos Itatines, ampliam a nossa fronteira meridional até aos affluentes orientaes do Paraná e do Uruguay, como também alargam o nosso oeste bravio, por Matto Grosso e Goyaz, immensidades virgens e fulvas no seu deslumbramento.





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1586
Atualizado em 28/10/2025 08:34:13
Mapa de Luis Teixeira: Capitanias
Cidades (9): Cananéia/SP, Itu/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
Temas (3): Geografia e Mapas, Rio Ururay, Trópico de Capricórnio
Capitanias hereditárias*
Data: 1586
Créditos: Luís TeixeiraPor volta de 1574(mapa
    2 fontes
  1 relacionada

1°. Principais mapas do Brasil dos séculos 16 e 17. Revista Ciência e Cultura, revistacienciaecultura.org.br
24 de março de 2024, domingo




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A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú
1589. Atualizado em 25/02/2025 04:46:53
Relacionamentos
 Cidades (2): Assunção/PAR, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
 Temas (4): Guayrá, Rio Iguassú, Rio Paraná, Rio Paranapanema





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  50º de 273
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Chegaram a Ciudad Real de onde partiram para Vila Rica onde numerosos tinham pingues "encomiendas"
24 de junho de 1589, sábado. Atualizado em 20/10/2025 15:06:06
Relacionamentos
 Cidades (2): Assunção/PAR, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Hernando Arias de Saavedra (1561-1634), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
 Temas (6): Ciudad Real, Guayrá, Minas de Tambó, Rio Iguassú, Rio Paraná, Rio Paranapanema


•  “História Geral das Bandeiras Paulistas, escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhois e portugueses”, Tomo I. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
1 de janeiro de 1924, terça-feira
A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú. Quando em 1589 sairam de Assunção os Padres Salone, Ortega e Filds, seguiram o vale do Iguatemy dirigindo-se a uma povoação de espanhóis situada á esquerda do Rio Paraná já com trinta anos de existência a que por vezes temos referido. Era ela Ciudad Real ou Ciudad de Guayrá, fundada em 1557 por R. Diaz Melgarejo.

Para leste, a 60 léguas sobre o Ivahy, existia a segunda Vila Rica del Spiritu Santo também fundação de Ruy Dias Melgarego, em 1557, com o fim de conter os nativos. A 24 de junho de 1589, chegaram a Ciudad Real de onde partiram para Vila Rica onde numerosos tinham pingues "encomiendas".

Densa era então a população nativa do Paraguay, afirmam os autores jesuíticos. Mais de 200.000 nativos, metade dos quais talves habitava ás margens do Tibagy. Entre eles só havia 15.000 cristianizados.

A 8 de setembro de 1590, estavam de novo em Ciudad Real. O cabildo de Vila Rica pediu que até ali chegassem. Angariaram milhares e milhares de neófitos, pregavam entre os ferozes ibirayaras e afinal atingiram Vila Rica onde a pedido do cabildo, edificaram a igreja paroquial.

Alí também construíram igreja própria e colégio obtendo valiosas dádivas de patrimônio, dos principais colonos, comodo General Ruy Diaz de Gusman, do Mestre de Campo, D. Antonio de Añasco, da nativa principal D. Maria Boypitan, filha do maior cacique do rio Ivahy, etc. Em dois anos acabaram o colégio e uma igreja de três naves. Em Vila Rica mantiveram alguns anos esta residência com grande aplauso dos governadores, entre eles, Hernandarias de Saavedra.

Eram porém escassíssimas as forças da missão que operava no Paraguay e Tucuman, mau grado os extraordinários esforços dos missionários. Saloni, Ortega e Filds, dentro em breve, eram senhores da língua Guarany dedicando-se ainda Ortega ao estudo do ibirayara "idioma de una nacion muy numerosa y valiente", dizia o Padre Barzana ao seu Provincial, em carta de 8 de setembro de 1594.

O Cônego João Pedro Gay autor de uma "História da República jesuítica do Paraguay" prolixa serzidura das obras de diversos autores ignacinos e em que diz também aproveitado um velho manuscrito guarany, datado de São Borja, e de 1737 assinado por Jayme Bonenti, Gay dizíamos, que compendiou Charlevoix, Techo, Montoya, Lozano, traz muitos pormenores sobre esses primeiros tempos do Guayrá (p. 245 et pass de sua obra).

Assim nos conta que Guayrá, o tal cacique mór tinha tuxauas amigos que governavam doze grandes povos ao longo do Paranapanema e do Paraná, cujos nomes cita. A parte oriental do Guayrá ele a dá como populosíssima especialmente no Hubay ou Ivahy onde aponta sete grande povos.

Refere-se aos habitantes da província de Tayaoba, guerreiros e indomáveis, vizinhos dos Cabelludos, também belicosa gente do vale do Iguassú. Ao sul estavam os ibirayáras. [p. 323, 324 e 325]

•  “Reflexões sobre uma zona de fronteira no século XVII: A província do Guairá e Sertão dos Carijós”, Dora Shellard Corrêa
3 de julho de 2020, sexta-feira
Sergio Buarque de Holanda (1902-1982):

"A Província do Guairá ou o Sertão dos Carijós, do ponto de vista europeu nos séculos XVI e XVII, era uma fronteira. Fronteira tanto no sentido geopolítico, entre a América espanhola e portuguesa, como no cultural, um espaço de expansão, contato e tensão da cultura de base europeia com culturas indígenas diversas e, portanto, paisagens, hábitos, línguas, formas de espacialização e territorialização variados."

O Guairá era, em sua maior parte, um espaço indígena sobre o qual europeus e euro-americanos avançavam, onde perambulavam, faziam acordos, cativavam, matavam e guerreavam. Contudo, não tinham um domínio político-militar e paisagístico efetivo daquele espaço. Quando penetraram naquelas terras e se estabeleceram nelas no século XVI, interferiram, direta ou indiretamente, nas dinâmicas existentes, mas também foram obrigados a se conformar a elas. Foram principalmente culturas Jê e Guarani que dominaram, se defrontaram, conviveram e transformaram aquele espaço, muitos séculos antes da chegada dos espanhóis e portugueses (NOELLI; CORRÊA, 2016).

A leitura das fontes informa que esse interior da América, como outras tantas zonas de fronteira do continente, foi sendo perambulado, conhecido, disputado, ocupado atomizadamente, mas também perdido. A instabilidade dos povoados fundados, depois abandonados, refundados, transladados não foi em nada incomum na Governação e Província do Rio da Prata e Paraguai no início dos dois primeiros séculos da colonização.

No que ficou conhecido como Província do Guairá, foram fundadas: Ontiveros, em 1554; Cidade Real do Guairá, em 1557; Vila Rica do Espírito Santo, em 1570 e Santiago de Xerez, em 1593. Das quatro, Ontiveros foi abandonada, e Vila Rica mudou de localização pelo menos uma vez em 1589, tendo sido seu sítio original abandonado. Talvez tenha depois dado lugar ao Tambo, local de extração de ferro (CORTESÃO, 1951, p. 287).

Santiago de Xerez, fundada com gente de Cidade Real do Guairá e de Vila Rica do Espírito Santo, na beira do baixo Ivinhema, foi realocada no mesmo ano para a margem do rio Aquidauana ou Miranda(NOVAIS, 2004). Entretanto, em 1605, havia nessa vila somente 15 homens de armas (HOLANDA, 2014, p. 157).

As reduções jesuíticas de São Francisco Xavier e Encarnação deslocaram-se logo depois de seu estabelecimento e, em 1628, falava-se na transferência da redução de São José (CORTESÃO, op. cit., p. 217). Tais movimentos foram justificados pela insalubridade do sítio ou pela falta de aldeias próximas que pudessem sustentar o padre responsável.

O Guairá era, em sua maior parte, um espaço indígena sobre o qual europeus e euro-americanos avançavam, onde perambulavam, faziam acordos, cativavam, matavam e guerreavam. Contudo, não tinham um domínio político-militar e paisagístico efetivo daquele espaço.

Quando penetraram naquelas terras e se estabeleceram nelas no século XVI, interferiram, direta ou indiretamente, nas dinâmicas existentes, mas também foram obrigados a se conformar a elas. Foram principalmente culturas Jê e Guarani que dominaram, se defrontaram, conviveram e transformaram aquele espaço, muitos séculos antes da chegada dos espanhóis e portugueses (NOELLI; CORRÊA, 2016).

Foram movimentos desconectados com o incerto perímetro da Província do Guairá ou das colônias espanholas e portuguesa. A leitura das fontes informa que esse interior da América, como outras tantas zonas de fronteira do continente, foi sendo perambulado, conhecido, disputado, ocupado atomizadamente, mas também perdido.

A instabilidade dos povoados fundados, depois abandonados, refundados, transladados não foi em nada incomum na Governação e Província do Rio da Prata e Paraguai no início dos dois primeiros séculos da colonização. No que ficou conhecido como Província do Guairá, foram fundadas: Ontiveros, em 1554; Cidade Real do Guairá, em 1557; Vila Rica do Espírito Santo, em 1570 e Santiago de Xerez, em 1593.

Das quatro, Ontiveros foi abandonada, e Vila Rica mudou de localização pelo menos uma vez em 1589, tendo sido seu sítio original abandonado. Talvez tenha depois dado lugar ao Tambo, local de extração de ferro (CORTESÃO, 1951, p. 287).
Registros mencionados (2)
01/10/1777 - Tratado de Santo Ildefonso [9738]
2024 - Diários foram publicados [1983]


  


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