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Atualizado em 30/10/2025 13:11:07 Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969) ![]() Data: 1956 Créditos: Serafim Soares Leite (1890-1969) Página 41
• 1°. “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41). (Anchieta em 1555) Além destes índios, há ouro gentio espalhado ao longe e ao largo, a que chamam Carijós (Carijós os Guaranis, cuja menção se encontra já nas primeiras cartas de Nóbrega. Carta de 9 de agosto de 1549.), nada distinto destes quanto à alimentação, modo de viver e língua, mas muito mais manso e mais propenso às coisas de Deus, como ficámos sabendo claramente da experiência feita com alguns, que morreram aqui entre nós, bastante firmes e constantes na fé. Estes estão sob o domínio dos Castelhanos, a quem de boa vontade constróem as casas e de boa mente ajudam a obter as coisas necessárias à vida. [Página 212 do pdf] • 2°. Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" A narrativa impessoal diz que "se viu" e Nogueira, de fato, poderia não estar presente, mas Nóbrega "viu" em pessoa. Depois de fundar a Aldeia de Piratininga em 29 de agosto de 1553, seguiu para Maniçoba com um Irmão "grande" (Antonio Rodrigues) e quatro ou cinco Irmãos "pequenos" (meninos). Os tupinaquins iam matar em terreiro e comer, "uns índios carijós". Nóbrega procurou evitar o morticínio, sem o alcançar. (Foram estas e outras verificações positivas e pessoais, que o levaram ao plano de 1558, que Mem de Sá executou). Antonio Rodrigues e os Irmãos "pequenos" pregaram e "converteram" aqueles nativos que iam ser mortos; e também aqui os matadores impediam o batismo e os vigiavam muito bem, dizendo que, se eles se batizassem que comesse a sua carne morreria. [p. 437, 438 e 439 do pdf] • 3°. Carta de Pero Correa ao Pe. Braz Lourenço A narrativa impessoal diz que "se viu" e Nogueira, de fato, poderia não estar presente, mas Nóbrega "viu" em pessoa. Depois de fundar a Aldeia de Piratininga em 29 de agosto de 1553, seguiu para Maniçoba com um Irmão "grande" (Antonio Rodrigues) e quatro ou cinco Irmãos "pequenos" (meninos). Os tupinaquins iam matar em terreiro e comer, "uns índios carijós". Nóbrega procurou evitar o morticínio, sem o alcançar. (Foram estas e outras verificações positivas e pessoais, que o levaram ao plano de 1558, que Mem de Sá executou). Antonio Rodrigues e os Irmãos "pequenos" pregaram e "converteram" aqueles nativos que iam ser mortos; e também aqui os matadores impediam o batismo e os vigiavam muito bem, dizendo que, se eles se batizassem que comesse a sua carne morreria. O fato é contado em pormenor pelo Irmão Pero Correia, que tinha ido adiante de Nóbrega, e provavelmente também assistiu a matança, na carta de 18 de julho de 1554 (supra, carta 17). Ao nativo, que se ofereceu para os batizar secretamente ("para que aqueles morressem cristãos"), parece referir-se Nóbrega. [Diálogo sobre a conversão do gentio do P. Nóbrega. Baía 1556-1557. Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 437, 438 e 439 do pdf] E muitos outros da Aldea, os quais ainda que alguns não deixem a vida viciosa por exemplo de outros maus cristãos que vem, todavia se crê deles terem fé, pois o principal pecado e que lhe mais estranham, deixaram, que é matarem em terreiro e comerem carne humana. Quem não sabe que indo à guerra estes e tomando contrários os mataram e enterraram? E pera mais vos alegrar, tão bem vos direi que se vio na Mandisoba, onde se matavam uns índios Carijós, outro índio, que com os Padres andava, oferecer-se com grande fervor e lágrimas a morrer pela fé, só porque aqueles morressem cristãos, e outros muitos casos particulares que acontecem cada dia, que seria largo contar. • 4°. Por isso deixou aí um Irmão para os ensinar, e ele, indo mais longe, partiu para outras nações a 6 de Outubro de 1554. Tanto o queriam seguir os Índios, mesmo em território inimigos, que quiserem cortar o cabelo à maneira dos cristãos e ir com ele como servos Por isso deixou aí um Irmão para os ensinar, e ele, indo mais longe, partiu para outras nações a 6 de Outubro de 1554. Tanto o queriam seguir os Índios, mesmo em território inimigos, que quiserem cortar o cabelo à maneira dos cristãos e ir com ele como servos. [Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 292, 293 e 294 do pdf] • 5°. Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola • 6°. “Pois que direi de suas filhas, duas, a qual melhor cristã! Que direi da fé do grão velho Cayobi, que deixou sua aldeia e suas roças e se veio morrer de fome em Piratininga por amor de nós cuja vida e costumes e obediência a amostra bem ha fé do coração” • 7°. Manoel da Nóbrega convenceu o governador Mem de Sá a baixar "leis de proteção aos índios", impedindo a sua escravização • 8°. Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres Baía, 8 de maio de 1558 Destas cem léguas ao redor, senhoreia aquela cidade donde não há mais gente do que agora há esta cidade. E quando começaram a senhoreá-las foi con trinta ou quarenta homens somente. E não somente se contentam com terem esta senhoreada mas outros que estão antressachadas e fazem amigos uns com os outros e os que não guardam as pazes são castigados e fazem deles justiça os castelhanos como poucos dias há aconteceu que fizeram aos Índios de São Vicente que confinam com os Carijós por quebrantarem as pazes, que o Capitão do Paraguai havia feito uns com os outros, e outras muitas experiências que se tem tomado desta geração, que eu tenho ouvido e lido e alguma coisa visto. [Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres, 8 de maio de 1558. Páginas 550 e 551 do pdf] • 9°. Registro de terras Posse da Sesmaria de Geraibatiba no campo de Piratininga Campo de Piratininga, 12 de agosto de 1560: 1. Saibam quantos este instrumento de posse de humas terras de dadas, mandada dar por autorydade de justiça com ho teor do auto da pose vyrem: 2. E loguo, por mim tabelião, foy dado pose da dyta terra e mato, que parte de huma banda por uns pinheiros perto de Bartolomeu Carrasco, parte com ha outra parte vyndo pelo caminho ao longo do mato, caminho da Borda do Campo. [Página 270] • 10°. Manuel da Nóbrega solicita uma légua de terras próximas ao Rio Jeribatiba São Vicente 14 de março de 1564. Permuta de terras, confirmação e registro da sesmaria de Geraibatiba (Piratininga) Pedro Colaço, Capitão em esta Capitania de São Vicente pelo Senhor Martim Afonso de Souza, Senhor da Vila d´Alcantara e de Rio Maior, Capitão e Governador desta Capitania por El-Rey nosso Senhor, e do seu Conselho, etc. Faço saber a quantos esta minha carta de dada de terra de Sesmaria virem como por o Reverendo Padre Manoel da Nóbrega da Companhia de Jesus, residente nas casas do colégio que esta em esta Capitania estão, me foi feita uma petição por escrito, em a qual dizia em como o Governador Martim Afonso de Souza deu à Companhia e Colégio desta Capitania duas léguas de terra em quadra junto de Piratininga; e por quanto isto era em muito dano dos moradores da Vila de São Paulo, e não lhe ficaram terras para fazerem suas roças ali perto da Vila, o Padre Luiz da Grã, Provincial, e os mais Padres foram contentes, por razão do bem comum e por fazerem boa obra aos ditos moradores, de alargarem ali, com lhes demarcarem em outra parte; e foram demarcadas por mandado do Capitão Francisco de Moraes, e dado posse delas, começando na borda do mato, no caminho, que vem de Piratininga para este mar, o novo, que este ano passado se abriu, caminho do Rio de Jerobatiba, e de largura lhe demarcarão uma légua, que poderá haver, entre mestre Bartholomeu e seus herdeiros da banda do leste, e entre Bartholomeu Carrasco da parte leste, que está para a tapera de Jerebatiba vindo da Borda do Campo, vila que foi de Santo Andre, para a Aldeia de Tabaratipi. 2. E, porquanto na dita légua, que assim foi demarcada, e nela agora ter ali Gabriel Martins meia légua dada por Francisco de Moraes primeiro que se desse e demarcasse à dita Casa, assim mesmo a terra dos herdeiros de Mestre Bartholomeu tem a maior parte do que fica, pelo que me pedia havendo respeito a serem já dadas as ditas duas léguas de terras à Companhia pelo dito Senhor Martim Afonso de Souza, Capitão e Governador desta Capitania, e serem para os Colégios da dita Capitania para nelas fabricarem seus mantimentos e criações, de que resulta o bem comum e tanto proveito público, que houvesse por bem de lhes dar para a dita Companhia para seus Colégios uma légua de terras partindo d´Aldeia que se chamam dos Pinheiros pelo Rio de Jerebatiba abaixo, caminho de (...), chegando até Jerabatiaçaba, que assim se chama pela língua dos nativos, até d´onde chegar a dita légua direita e de largura outro tanto, do rio, pelo mato, que vai para Piratininga, em o que "receberão" muita claridade; [p. 42 e 43] • 11°. Aberto caminho São Vicente 14 de março de 1564. Permuta de terras, confirmação e registro da sesmaria de Geraibatiba (Piratininga) Pedro Colaço, Capitão em esta Capitania de São Vicente pelo Senhor Martim Afonso de Souza, Senhor da Vila d´Alcantara e de Rio Maior, Capitão e Governador desta Capitania por El-Rey nosso Senhor, e do seu Conselho, etc. Faço saber a quantos esta minha carta de dada de terra de Sesmaria virem como por o Reverendo Padre Manoel da Nóbrega da Companhia de Jesus, residente nas casas do colégio que esta em esta Capitania estão, me foi feita uma petição por escrito, em a qual dizia em como o Governador Martim Afonso de Souza deu à Companhia e Colégio desta Capitania duas léguas de terra em quadra junto de Piratininga; e por quanto isto era em muito dano dos moradores da Vila de São Paulo, e não lhe ficaram terras para fazerem suas roças ali perto da Vila, o Padre Luiz da Grã, Provincial, e os mais Padres foram contentes, por razão do bem comum e por fazerem boa obra aos ditos moradores, de alargarem ali, com lhes demarcarem em outra parte; e foram demarcadas por mandado do Capitão Francisco de Moraes, e dado posse delas, começando na borda do mato, no caminho, que vem de Piratininga para este mar, o novo, que este ano passado se abriu, caminho do Rio de Jerobatiba, e de largura lhe demarcarão uma légua, que poderá haver, entre mestre Bartholomeu e seus herdeiros da banda do leste, e entre Bartholomeu Carrasco da parte leste, que está para a tapera de Jerebatiba vindo da Borda do Campo, vila que foi de Santo Andre, para a Aldeia de Tabaratipi. 2. E, porquanto na dita légua, que assim foi demarcada, e nela agora ter ali Gabriel Martins meia légua dada por Francisco de Moraes primeiro que se desse e demarcasse à dita Casa, assim mesmo a terra dos herdeiros de Mestre Bartholomeu tem a maior parte do que fica, pelo que me pedia havendo respeito a serem já dadas as ditas duas léguas de terras à Companhia pelo dito Senhor Martim Afonso de Souza, Capitão e Governador desta Capitania, e serem para os Colégios da dita Capitania para nelas fabricarem seus mantimentos e criações, de que resulta o bem comum e tanto proveito público, que houvesse por bem de lhes dar para a dita Companhia para seus Colégios uma légua de terras partindo d´Aldeia que se chamam dos Pinheiros pelo Rio de Jerebatiba abaixo, caminho de (...), chegando até Jerabatiaçaba, que assim se chama pela língua dos nativos, até d´onde chegar a dita légua direita e de largura outro tanto, do rio, pelo mato, que vai para Piratininga, em o que "receberão" muita claridade; [Páginas 42 e 43] • 12°. Carta de Sesmaria: Mestre Bartholomeu e Bartholomeu Carrasco São Vicente 14 de março de 1564. Permuta de terras, confirmação e registro da sesmaria de Geraibatiba (Piratininga) Pedro Colaço, Capitão em esta Capitania de São Vicente pelo Senhor Martim Afonso de Souza, Senhor da Vila d´Alcantara e de Rio Maior, Capitão e Governador desta Capitania por El-Rey nosso Senhor, e do seu Conselho, etc. Faço saber a quantos esta minha carta de dada de terra de Sesmaria virem como por o Reverendo Padre Manoel da Nóbrega da Companhia de Jesus, residente nas casas do colégio que esta em esta Capitania estão, me foi feita uma petição por escrito, em a qual dizia em como o Governador Martim Afonso de Souza deu à Companhia e Colégio desta Capitania duas léguas de terra em quadra junto de Piratininga; e por quanto isto era em muito dano dos moradores da Vila de São Paulo, e não lhe ficaram terras para fazerem suas roças ali perto da Vila, o Padre Luiz da Grã, Provincial, e os mais Padres foram contentes, por razão do bem comum e por fazerem boa obra aos ditos moradores, de alargarem ali, com lhes demarcarem em outra parte; e foram demarcadas por mandado do Capitão Francisco de Moraes, e dado posse delas, começando na borda do mato, no caminho, que vem de Piratininga para este mar, o novo, que este ano passado se abriu, caminho do Rio de Jerobatiba, e de largura lhe demarcarão uma légua, que poderá haver, entre mestre Bartholomeu e seus herdeiros da banda do leste, e entre Bartholomeu Carrasco da parte leste, que está para a tapera de Jerebatiba vindo da Borda do Campo, vila que foi de Santo Andre, para a Aldeia de Tabaratipi. 2. E, porquanto na dita légua, que assim foi demarcada, e nela agora ter ali Gabriel Martins meia légua dada por Francisco de Moraes primeiro que se desse e demarcasse à dita Casa, assim mesmo a terra dos herdeiros de Mestre Bartholomeu tem a maior parte do que fica, pelo que me pedia havendo respeito a serem já dadas as ditas duas léguas de terras à Companhia pelo dito Senhor Martim Afonso de Souza, Capitão e Governador desta Capitania, e serem para os Colégios da dita Capitania para nelas fabricarem seus mantimentos e criações, de que resulta o bem comum e tanto proveito público, que houvesse por bem de lhes dar para a dita Companhia para seus Colégios uma légua de terras partindo d´Aldeia que se chamam dos Pinheiros pelo Rio de Jerebatiba abaixo, caminho de (...), chegando até Jerabatiaçaba, que assim se chama pela língua dos nativos, até d´onde chegar a dita légua direita e de largura outro tanto, do rio, pelo mato, que vai para Piratininga, em o que "receberão" muita claridade; [Páginas 42 e 43]
Atualizado em 30/10/2025 13:11:09 CARTA DE BALTHAZAR FERNANDES (233), DO BRASIL, DA CAPITANIA DE S. VICENTE DE PIRATININGA AOS 5 DE DEZEMBRO DE 1567. ![]() Data: 1918 10/10/1918
• 1°. Início da Quaresma • 2°. Chegada
Atualizado em 30/10/2025 13:11:08 Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
• 1°. Expedição Sendo N Padre na Baya de todos los sanctos, Sua Alteza determinou enviar doze homens pelo sarto para descobrir o ouro que diziam estar ali, para o qual o governador Thomé de Sosa pediu um padre, Eles vão procurar o ouro e ele vai procurar o tesouro das almas, que naquelas partes é muito abundante e por essas partes acreditamos que se pode entrar até o Amazonas: agora temos notícias de que no mês de Em março de 1554 eles entraram pela capitania chamada Porto Seguro. E o que mais acontecer na Baya será escrito. do mês de julho de 1554 de Piratininga. [Página 54] • 2°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei Andava o Padre José pela serra fazendo um caminho novo de São Vicente para São Paulo e acompanhavam Afonso Sardinha com muita gente, o qual jura que viu enxugar-se-lhe o vestido padre, quando entrava na choupana vindo de fora molhado, na qual estava até que lhe parecia que Afonso Sardinha dormia, e logo se saia da casinha, e posto ao pé de um pau, as mãos levantadas passava a maior parte da noite em oração. • 3°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias • 4°. Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha* Sendo N Padre na Baya de todos los sanctos, Sua Alteza determinou enviar doze homens pelo sarto para descobrir o ouro que diziam estar ali, para o qual o governador Thomé de Sosa pediu um padre. Eles vão procurar o ouro e ele vai procurar o tesouro das almas, que naquelas partes é muito abundante e por essas partes acreditamos que se pode entrar até o Amazonas: agora temos notícias de que no mês de Em março de 1554 eles entraram pela capitania chamada Porto Seguro. E o que mais acontecer na Baya será escrito. do mês de julho de 1554 de Piratininga. [Página 54] • 5°. Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig Quando Afonso Sardinha, morador na vila de São Paulo tratou no seu testemunho do voluntário cativeiro, em que o Padre José de foi meter para fazer as pazes com os contrários, diz assim: "Ensinava ao gentio a doutrina e fé Católica, e depois de fazer a doutrina, tomava seu Breviário e se ia pelos matos rezar, e rezando lhe vinha um passarinho muito formoso, pintado de várias cores, andar por riba de seus ombros e por riba do livro e seus braços." [Página 44] • 6°. Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado* Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão. Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6] • 7°. Primeira Missa em São Vicente Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão. Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6] • 8°. Visita* • 9°. Anchieta* Dali a alguns tempos sucedeu que dois homens de croncrenas largas e de nome como gentio contrario temendo o castigo devido a suas graves culpas, se levantaram e com suas famílias se foram meter entre os inimigos, pelo que com razão se temia viessem com poder de gente a destruir a Capitania. Vendo o Padre José que não havia contra este perigo forças humanas, e confiado só nas de Deus se determinou ir para buscar os alevantados e reduzi-los á obediência de seu capitão, levando largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Padre Vicente Rodrigues, e outros homens, e um nativo mui esforçado, o qual depois de Deus foi todo seu remédio no perigo em que se viu. Tinham navegado por rios 8 dias em uma canoa de casca; são estas interiças, da grossura de um bom dedo polegas, mas tem um mal que em se alagando não dão mais mostras de si, o que não tem as de pau, que por mais que se alaguem, ou virem nunca se vão ao fundo. Chegaram os navegantes a uma cachoeira, ou salto que o rio faz, e os padres iam rezando as horas da Conceição de Nossa Senhora, se não quando se vão todos ao fundo com a canoa, em altura de 4 ou 5 braças de água; mas todos saíram a nada, só o bom Padre José não apareceu: não sofreu o coração do nativo deixar por bom espaço de tempo, e não no achando vem se a cima a tomar fôlego e descansar um pouco; deita-se outra vez de mergulho, e quer Deus que o acha assentado no fundo; pega dele pela roupa e o Padre deixa-se vir sem aferrar no nativo, e desta maneira vem a cima, são e salvo. Com suma alegria e consolação dos presentes: esteve debaixo d´água obra de meia hora, não desacordado, antes muito em seu juízo, lembrando-se de três coisas, como ele depois disse: de Jesus, da Virgem Maria de Deus, e de não beber água, como de certo não bebeu. Não se acabaram aqui os trabalhos daquele dia; porque era já noite, e chovia, e acharam-se no mato espesso, sem fato para mudar, nem coisa para comer, nem fogo com que se remediar, nem uma choupana em que se meter, nem caminho que seguir; finalmente, quando todo o humano lhes faltou, então lhes acudiu o Senhor; porque andando assim ás apalpadelas um pedaço de caminho, vão dar nas mesmas casas dos homens, que iam buscar, os quais vendo os padres tão maltratados, de tal maneira se lhes mudaram os corações que lançados aos pés do Padre José com muitas lágrimas diziam: Ainda Padre meus pecados haviam de abranger a vossa reverendíssima! Recolheram-nos logo em suas choupanas, e procurando todo o necessário com muita caridade, e vendo o perdão que lhes levava, e o trabalho que por eles tomara, foi fácil acabar com eles se tornassem para São Vicente.
Atualizado em 30/10/2025 13:11:10 Em S. Vicente estava reitor José de Anchieta, os Padres Gonçalo de Oliveira, Affonso Braz e o irmão Adão Gonçalves; em Piratininga era reitor o Padre Vicente Rodrigues e estavam os Padres Manoel de Chaves, Balthazar Fernandes, Manoel Viegas e o irmão João de Souza*
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