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José de Anchieta
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  José de Anchieta
  51º de 322
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1561
Atualizado em 02/11/2025 07:46:02
Fundação
•  Cidades (1): Reritiba/ES



  José de Anchieta
  52º de 322
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Ataque aos índios tamoios
4 de abril de 1561, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
Relacionamentos
 Cidades (4): Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Antônio Salema, Domingos Luís Grou (61 anos), Jerônimo Leitão, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (91 anos)
 Temas (5): Habitantes, Tamoios, Gentios, Rio Anhemby / Tietê, Ouro




  José de Anchieta
  53º de 322
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“De maneira que quase todo o dia se gasta em confissões, e se mais intérpretes houvera, muito mais se confessavam, e não é pequena desconsolação vê-los estar todo o dia esperando na Igreja”
12 de junho de 1561, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:20:08
Relacionamentos
 Cidades (3): Carapicuiba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Caiubi, senhor de Geribatiba




  José de Anchieta
  54º de 322
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2 de julho de 1562, segunda-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:02
Tibiriçá chegou na Vila de São Paulo de Piratininga uma semana antes do ataque, pois um dos homens de seu irmão (Piquerobi), teria traído a Confederação para alertá-lo do ataque
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (92 anos), Piqueroby (1480-1552)
•  Temas (1): São Paulo de Piratininga
    2 fontes
  2 relacionadas

1°. DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?
2003

2°. Cerco Tamoio na Vila de Piratininga, Eduardo Chu, graduando no curso de História da UFF e pesquisador do projeto “Um Rio de Revoltas” – FAPERJ -CNE/2018-2021 (data da consulta)
12 de março de 2023, domingo
A principal liderança das defesas da vila era Martim Afonso Tibiriçá (1470-1562), um tupiniquim convertido e único chefe de seu povo a manter alianças com os portugueses. Isso se deu em razão de os portugueses, ao começarem a encontrar dificuldades em escravizar os tupinambás, se voltarem contra seus próprios aliados tupiniquins. A maioria dos antigos aliados, diante da traição, rompeu com os portugueses e se aliou à Confederação dos Tamoios.

Tibiriçá chegou na Vila de São Paulo de Piratininga uma semana antes do ataque, pois um dos homens de seu irmão (Piquerobi), teria traído a Confederação para alertá-lo do ataque. Nas vésperas da invasão, Tibiriçá foi visitado por seu sobrinho Jaguanharo (filho de Piquerobi) que tentou convencê-lo a se unir aos tamoios, mas sua convicção em sua nova fé prevaleceu e recusou a oferta. Esse ato destaca a importância das alianças entre portugueses e indígenas para o sucesso da colonização e como os dois grupos se misturavam.  ver mais



  José de Anchieta
  55º de 322
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8 de julho de 1562, domingo
Atualizado em 02/11/2025 07:46:03
Anchieta: oitavo dia
•  Cidades (1): São Paulo/SP
•  Pessoas (1): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (92 anos)
•  Temas (2): Nossa Senhora da Visitação, Rio Piratininga
    1 fonte
  1 relacionada

1°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1886
Aludindo ao assalto, escreveu: "Chegando pois o dia, que foi o oitavo da visitação de Nossa Senhora, deram de manha sobre o rio Piratininga com grande corpo de inimigos pintados e emplumados, e com grandes alaridos (...) [P. 336]  ver mais



  José de Anchieta
  56º de 322
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11 de julho de 1562, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:03
Vitória de Tibiriça, cacique dos Guaianase de Piratininga
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (5): Brás Gonçalves, o velho (38 anos), Domingos Luís Grou (62 anos), Francisco de Saavedra (n.1555), Leonardo Nunes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (92 anos)
•  Temas (6): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Guaianase de Piratininga, Jesuítas, Pories, Rio Cubatão
Correio Paulistano/SP
Data: 1938
Página 4
    1 fonte
  1 relacionada

1°. “A profecia de Anchieta”, Dalmo Belfort Matos. Correio Paulistano/SP. Página 4
25 de janeiro de 1938, sexta-feira



  José de Anchieta
  57º de 322
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Anchieta e Manoel da Nóbrega estão em Itanhaém na quaresma que antecedeu a sua ida à aldeia de Iperoig
2 de março de 1563, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:54
Relacionamentos
 Cidades (2): Itanhaém/SP, Sorocaba/SP
 Temas (3): Caminho do gado, Jesuítas, Tamoios




  José de Anchieta
  58º de 322
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Manoel da Nóbrega
19 de março de 1563, terça-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:08
Relacionamentos
 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (46 anos)
 Temas (1): Iperoig




  José de Anchieta
  59º de 322
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10 de abril de 1563, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:03
De Itanhaém Anchieta escreve sobre a morte de Tibiriça “Morreu o nosso principal, grande amigo, e protetor Martim Afonso”
•  Cidades (3): Itanhaém/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
•  Temas (1): Caminho do gado



  José de Anchieta
  60º de 322
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“sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós”
16 de abril de 1563, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (4): Curiosidades, Guaranis, Rio Piratininga, Ururay




  José de Anchieta
  61º de 322
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Manoel da Nóbrega a José de Anchieta partiram de São Vicente em direção a região de Iperoig, atual Ubatuba
18 de abril de 1563, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:21
Relacionamentos
 Cidades (3): São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
 Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (46 anos)
 Temas (4): Confederação dos Tamoios, Iperoig, Jesuítas, Tamoios




  José de Anchieta
  62º de 322
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Nóbrega e Anchieta chegam à aldeia de Iperoí
5 de maio de 1563, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05
Relacionamentos
 Cidades (1): Ubatuba/SP
 Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (46 anos), Konyan-bébe
 Temas (2): Jesuítas, Tamoios




  José de Anchieta
  63º de 322
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6 de maio de 1563, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 04:59:07
Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig
•  Cidades (3): São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
•  Pessoas (3): Afonso Sardinha, o Velho (32 anos), Konyan-bébe, Manuel da Nóbrega (46 anos)
•  Temas (9): Confederação dos Tamoios, Gentios, Jesuítas, Pela primeira vez, Peróba, Santa Ana, Tamoios, Tupinambás, Tupiniquim
José de Anchieta
Data: 1563
Créditos: Benedito Calixto
01/01/1563
    8 fontes
  3 relacionadas

1°. Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
1607
Quando Afonso Sardinha, morador na vila de São Paulo tratou no seu testemunho do voluntário cativeiro, em que o Padre José de foi meter para fazer as pazes com os contrários, diz assim:

"Ensinava ao gentio a doutrina e fé Católica, e depois de fazer a doutrina, tomava seu Breviário e se ia pelos matos rezar, e rezando lhe vinha um passarinho muito formoso, pintado de várias cores, andar por riba de seus ombros e por riba do livro e seus braços." [Página 44]  ver mais

2°. “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
2005
Esse interesse pode parecer não surpreendente porque o pragmatismo da orientação religiosa oferece exemplos muito próximos a esse ou até mais exagerados. Mas, certamente, não era o que Anchieta e os jesuítas ensinavam então. De outra passagem se extrai a confirmação disso: tendo fugido um prisioneiro dos Tamoio, Pindobuçu, “mui angustiado”, foi a Anchieta dizendo: “Venho-te a dizer que fales a Deus que faça ir aquele contrário desencaminhado, para que possamos tomar”. Mas, Anchieta ressalva:

“Eu ouvi a sua petição, antes roguei a Deus que o livrasse”. Esse tipo de “proteção” entendida pelos índios não seduzia a todos, especialmente aqueles ciosos de suas virtudes guerreiras. Ao tentar converter um prisioneiro dos Tamoio, em vias de perder a vida num ritual, Anchieta (1988:233) se surpreendeu com sua reação: “dizendo-me que os que nós outros batizávamos não morriam como valentes, e ele queria morrer morte formosa e mostrar sua valentia”.

Logo em seguida começou a insultar seus apresadores: “Matai-me, que bem tendesde que vos vingar em mim, que eu comi a fulano vosso pai, a tal vosso irmão, e a tal vosso filho”. Ato contínuo seus inimigos saltaram sobre ele com “estocadas,cutiladas e pedradas” e o mataram, “e estimou ele mais esta valentia que a salvação de sua alma”.

Teodoro Sampaio (1978e:238) compreendeu bem isso quando escreveu que “o prisioneiro só se tinha por assaz honrado se morria no terreiro, no meio da maior solenidade, para pasto dos seus mais rancorosos inimigos”.

Métraux (1979:47-8) traz um exemplo, reproduzido do relato de experiência pessoal vivida por Jean Léry, ainda mais concludente do imediatismo pragmático das crenças indígenas, que foi inteiramente por eles transportado para a nova religiosidade que se lhes ensinava:

Vi-os muitas vezes tomados de infernal furor, pois, quando se recordam dosmales passados, batem com as mãos nas coxas e suam de angústia,queixando-se, a mim e a outro companheiro, e assim dizendo: - Mair Atouassap, acequeley Aygnan Atoupané (isto é: francês, meu amigo e bom aliado, tenho medo do diabo mais do que de qualquer outra coisa).[1]  ver mais

3°. Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Eduardo Carvalho, G1 (Globo)
3 de abril de 2014, sexta-feira
Ao longo da vida, Anchieta ficou conhecido por sua característica de conciliador. Exerceu papel fundamental durante o conflito entre índios tamoios (ou tupinambás) e tupiniquins, chamado de Confederação dos Tamoios, que, segundo Carla, ocorreu entre 1563 e 1564.

Na época, os tamoios, apoiados pelos franceses, se rebelaram contra os tupiniquins, que recebiam suporte dos portugueses. Para apaziguar os ânimos, Anchieta se ofereceu para ficar de refém dos tamoios na aldeia de Iperoig (onde atualmente fica Ubatuba, no litoral norte de SP), enquanto outro jesuíta, o padre Manoel da Nóbrega, seguiu para o litoral paulista para negociar a paz.

Enquanto esteve "preso", a devoção de Anchieta à Virgem Maria o fez escrever na areia da praia a obra "Poema à Virgem", com quase 5 mil versos. A imagem desse momento foi retratada séculos depois pelo artista Benedito Calixto, no quadro que leva o mesmo nome da obra literária e está exposto atualmente no Museu Anchieta.  ver mais



  José de Anchieta
  64º de 322
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Anchieta
23 de maio de 1563, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:03
Relacionamentos
 Pessoas (1) Cacique Pindoviiú
 Temas (2): Caciques, Confederação dos Tamoios




  José de Anchieta
  65º de 322
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21 de junho de 1563, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:04
Padre Manuel da Nóbrega retornou a São Vicente juntamente com Cunhambebe (filho) para ultimar as negociações de paz entre os indígenas e os portugueses
•  Cidades (3): São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
•  Pessoas (4): Francisco de Saavedra (n.1555), Konyan-bébe, Manuel da Nóbrega (46 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
•  Temas (3): Confederação dos Tamoios, Jesuítas, Tamoios
    1 fonte
  0 relacionadas



  José de Anchieta
  66º de 322
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O Milagre de Suzanna Dias 12 anos de idade (s/ dia confirmada)
junho de 1563. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39
Relacionamentos
 Cidades (5): Ilhéus/BA, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Suzana Dias (1540-1632)
 Temas (2): Gentios, Iperoig


•  Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Eduardo Carvalho, G1 (Globo)
3 de abril de 2014, quinta-feira




  José de Anchieta
  67º de 322
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Um tratado de paz, que não duraria muito, foi firmado e o padre Anchieta deixa a aldeia dos Tamoios, parte da aldeia do chefe Cunhambebe para Bertioga
14 de Setembro de 1563, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39
Relacionamentos
 Cidades (3): Bertioga/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
 Pessoas (3) Cacique Ariró, Konyan-bébe, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (4): Jesuítas, Tamoios, Tupinambás, Confederação dos Tamoios




  José de Anchieta
  68º de 322
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4 de dezembro de 1563, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:04
Término do Concílio de Trento
•  Cidades (2): Rosana/SP, Sorocaba/SP
•  Temas (4): Papas e o Vaticano, Santa Ana, Cemitérios, Habitantes
    2 fontes
  0 relacionadas



  José de Anchieta
  69º de 322
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Assinatura da "Paz de Iperoig"
janeiro de 1564. Atualizado em 25/02/2025 04:41:03
Relacionamentos

 Temas (3): Iperoig, Confederação dos Tamoios, Tamoios




  José de Anchieta
  70º de 322
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Mandado pelo seu tio, Me de Sá, Estácio chega à barra do Rio de Janeiro acompanhado de do líder nativo Araribóia, com os seus índios
6 de fevereiro de 1564, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:03
Relacionamentos
 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (3) Estácio de Sá (44 anos), Mem de Sá (64 anos), Arariboia ou Martim Afonso de Sousa (f.1589)
 Temas (2): Tamoios, Temiminós




  José de Anchieta
  71º de 322
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Acórdão
12 de agosto de 1564, quarta-feira. Atualizado em 26/06/2025 08:45:43
Relacionamentos
 Pessoas (2) Henrique I de Portugal (52 anos), Joanes de Bolés (f.1567)
 Temas (1): Inquisição




  José de Anchieta
  72º de 322
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1 de janeiro de 1565, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:05
Giuseppe Adorno conduziu, em sua canoa, Padre Manuel da Nóbrega e José de Anchieta
•  Cidades (2): Santos/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Giuseppe Campanaro Adorno (61 anos), Manuel da Nóbrega (48 anos)
•  Temas (1): Tamoios



  José de Anchieta
  73º de 322
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Carta de José de Anchieta, escrita em São Vicente
janeiro de 1565. Atualizado em 25/02/2025 04:47:24
Relacionamentos
 Cidades (1): São Vicente/SP
 Temas (2): Jesuítas, Tamoios




  José de Anchieta
  74º de 322
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20 de janeiro de 1565, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:05
Bertioga
•  Cidades (3): Bertioga/SP, Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira
Data: 1896
Página 584



  José de Anchieta
  75º de 322
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A cidade de São Sebastião é fundada por, Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá
1 de março de 1565, segunda-feira. Atualizado em 13/10/2025 20:42:24
Relacionamentos
 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (2) Estácio de Sá (45 anos), Mem de Sá (65 anos)
 Temas (1): Jesuítas

    1 Fontes
   fontes relacionadas




  José de Anchieta
  76º de 322
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9 de julho de 1565, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:05
Um dos primeiros documentos a se referir ao Pão de Açúcar fazendo uma analogia a essas fôrmas, foi uma carta do Padre José de Anchieta ao seu superior Diogo Mirrão
•  Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
•  Pessoas (1): Estácio de Sá (45 anos)
•  Temas (2): Açúcar, Pela primeira vez



  José de Anchieta
  77º de 322
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30 de julho de 1566, sábado
Atualizado em 02/11/2025 07:46:05
Lei impõe regras aos índios que queriam “se vender” como escravizados
•  Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA
•  Pessoas (1): Mem de Sá (66 anos)
•  Temas (6): África, Escravizados, Curiosidades, Jesuítas, Leis, decretos e emendas, Pela primeira vez
    3 fontes
  1 relacionada

1°. JOSÉ DE ANCHIETA - Padre Jesuita - San Cristóbal de La Laguna - Espanha - Peixes. recantodasletras.com.br
15 de março de 2015, domingo
Lutou contra os franceses estabelecidos na França Antártica na baía da Guanabara; foi companheiro de Estácio de Sá, a quem assistiu em seus últimos momentos (1567). Em 1566, foi enviado à Capitania da Bahia com o encargo de informar ao governador Mem de Sá do andamento da guerra contra os franceses, possibilitando o envio de reforços portugueses ao Rio de Janeiro. Por esta época, foi ordenado sacerdote aos 32 anos de idade.  ver mais



  José de Anchieta
  78º de 322
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Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado
novembro de 1566. Atualizado em 31/10/2025 15:25:19
Relacionamentos
 Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA
 Pessoas (6) Antonio Rodrigues "Sevilhano" (50 anos), Inácio de Azevedo, Luís da Grã (n.1523), Mem de Sá (66 anos), Padre Balthazar (30 anos), Pedro Leitão
 Temas (1): Tamoios

    5 Fontes
  3 fontes relacionadas

•  Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
1 de janeiro de 1607, segunda-feira
Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão.

Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6]

•  Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
1 de dezembro de 1896, terça-feira
Logo que chegaram ao Rio de Janeiro, romperam as hostilidades, e, apesar da heroica tenacidade do chefe português, a coragem dos soldados começava a fraquear e os nativos davam indícios de querem regressar ás suas tabas. Critica era por certo a posição de Estácio de Sá. Nesta conjuntura é, porém, chamado para Bahia o irmão Anchieta, afim de receber as ordens sacras. Chegando á Bahia relata ao Governador a critica situação de Estácio de Sá, e o convence de vir auxiliar a seu sobrinho. De fato, em Novembro desse mesmo ano, partiu a nova expedição acompanhando-a Mem de Sá, o BISPO PEDRO LEITÃO, O NOVO PROVINCIAL IGNACIO DE AZEVEDO E ANCHIETA, chegando no Rio de Janeiro á 18 de janeiro de 1567.

•  DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?
1 de janeiro de 2003, quarta-feira
Porem. mais que ludo isso, a figura de Anchieta representa. comoas de Iracema, Vítor Meireles, Gonçalves Dias cte., que aparecem emA Majulade do Xingu c noutras obras do escritor, lima marca de brasilidade. Dividindo com Noel NUle\s as fabulações do moribundo, o jesuíta é o lado brasileiro do menino judeu.

É justamente a brasilidade incutida pelos livros escolares que Antônio Torres irá rever cm 2000, ao lançar Meu Querido Canibal. Tentando resgatar a imagem de Cunhambebe, normalmente delineada com contornos negativos, embora de bravura, ele irá mostrar Anchieta, à semelhança do que fez Pinheiro Chagas", como figura ambígua:

"jesuíta a serviço d´el rei, com uma cruz na mão e uma espada na outra", "estranho padre" que "defendeu a guerra justa contra os hereges (os índios rebeldes à catequização)", que "quando se via impotente na sua missão evangelizadora, proclamava aos ouvidos de seus superiores civis,militares e edesiásticos que a melhor catequese eram a espada e a vara de ferro" (TORRES, 2000. p. 23 e 24).

A hipótese de que tenha lutado juntamente com Mem de Sá contra franceses e tamoios no Rio de Janeiro passa à tese:

"Quem convenceu Mem de Sá a liquidaras tamoios de uma vez por todas foi o jesuíta José de Anchieta, o que tinha por missão a evangelização e pacificação dos índios [...]. E na hora do acerto de contas, largou o rosário e o missal para assumir um lugar de soldado atrás das barricadas" (TORRES, 2000, p. 58).

O episódio de João de Bolés, que aparece na Vida composta a mando da Companhia, para ressaltar um aspecto positivo do apostolado de Anchieta, é utilizado para mostrá-lo como assassino, uma vez que, na versão do romance, é suprimida a explicação para o fato de ter o padre assumido o lugar do carrasco.

Se a propalada castidade é mantida (TORRES, 2000, p. 77), as palavras do poeta do De Gestis ganham foros de "excelsa louvação aos militares" (TORRES, 2000, p. 64), e o padre chega a "trair um segredo de confessionário, ao revelar um plano de ataque dos tamoios a Piratininga, que lhe fora revelado em confissão por Tibiriçá" (TORRES, 2000, p. 66).

Enquanto foi refém, sua facilidade de comunicação e seu magistério tomaram-no popular: ele ensinou aos índios técnicas agrícolas, pecuária, alimentação, medicina; fez-lhes sangrias e curou-os de doenças. Mas, apesar de parecer gostar deles e de eles o terem poupado, Anchieta, nas palavras de Cunhambebe, "branquelo, corcunda, feio feito a peste", revela-se, como o índio previra, "um mentiroso igual aos outros" (TORRES, 2000, p. 88).

De forma muito sutil, Francisco Ivan, cuja poesia relê muitasvezes o IlÚstieo, argúi, no seu A Chave AZI/I, a originalidade dos versos [Página 25 do pdf]




  José de Anchieta
  79º de 322
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1567
Atualizado em 02/11/2025 07:46:06
Primeira Missa em São Vicente
•  Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Inácio de Azevedo, Leonor Leme (f.0), Pedro Leitão, Suzana Dias (27 anos)
•  Temas (3): Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Pela primeira vez
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX p. 06
Data: 1897
Créditos: Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX (1897)
01/01/1897
    4 fontes
  4 relacionadas

1°. Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
1607
Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão.

Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6]  ver mais

2°. Depoimento, em São Paulo, de Suzana Dias nos “Processos Anchietanos”
5 de abril de 1622, sexta-feira

3°. "Milagres de São José de Anchieta" Jornal O São Paulo (03/04/2014)
3 de abril de 2014, sexta-feira

4°. JOSÉ DE ANCHIETA - Padre Jesuita - San Cristóbal de La Laguna - Espanha - Peixes. recantodasletras.com.br
15 de março de 2015, domingo



  José de Anchieta
  80º de 322
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O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha
18 de janeiro de 1567, quarta-feira. Atualizado em 03/09/2025 01:55:52
Relacionamentos
 Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP
 Pessoas (3) Cristóvão de Barros, Mem de Sá (67 anos), Pedro Leitão

    4 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
1 de dezembro de 1896, terça-feira
Logo que chegaram ao Rio de Janeiro, romperam as hostilidades, e, apesar da heroica tenacidade do chefe português, a coragem dos soldados começava a fraquear e os nativos davam indícios de querem regressar ás suas tabas. Critica era por certo a posição de Estácio de Sá. Nesta conjuntura é, porém, chamado para Bahia o irmão Anchieta, afim de receber as ordens sacras. Chegando á Bahia relata ao Governador a critica situação de Estácio de Sá, e o convence de vir auxiliar a seu sobrinho. De fato, em Novembro desse mesmo ano, partiu a nova expedição acompanhando-a Mem de Sá, o BISPO PEDRO LEITÃO, O NOVO PROVINCIAL IGNACIO DE AZEVEDO E ANCHIETA, chegando no Rio de Janeiro á 18 de janeiro de 1567. [Página 584]

•  DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?
1 de janeiro de 2003, quarta-feira




  José de Anchieta
  81º de 322
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20 de janeiro de 1567, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:06
Mem de Sá, governador do Brasil, ataca e toma a paliçada de Uruçu-mirim e a de Paranapucu, na baía do Rio de Janeiro
•  Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Arariboia ou Martim Afonso de Sousa (f.1589), Estácio de Sá (47 anos), Mem de Sá (67 anos), Aymberê (f.1567)
•  Temas (4): Belgas/Flamengos, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Tamoios, Temiminós
A morte de Estácio de Sá
Data: 1937
Créditos: Antônio Parreiras (1860–1937)
    4 fontes
  2 relacionadas

1°. Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
Dezembro de 1896
Depois do descanço de um dia, no dia de São Sebastião, travou-se a terrível peleja que havia de decidir da sorte dos altivos tamoyos.

O clangor das trombetas e o rufar dos tambores anunciaram, logo ao despontar da aurora, dia de peleja; mas nessa era, O SOLDADO CATÓLICO não batia-se com denodo se não contasse com o auxílio do céu, se genuflexo ante os altares, onde se celebrava o eucarístico mistério, não oferecesse a vida em holocausto ao seu Deus, que descia ao santuário da alma purificada pelo sacramento da penitência.

Assim, DEPOIS DE OUVIREM A MISSA, COMUNGARAM E RECEBERAM A BENÇÃO APOSTÓLICA, DADA PELO BISPO LEITÃO, acometeram os portugueses e seus aliados a aldeia d´Uruçumirim, principal acampamento do inimigo.

Dirigiu o Capitão-Mór enérgica fala aos seus soldados, lembrado-lhes a vitória em nome do Santo Padroeiro. Encarniçada foi a luta; os tamoios e franceses opuseram obstinada resistência aos esforços dos guerreiros de Estácio de Sá; o pelouro cruzava-se nos ares com a hervada seta e a espada encontrava-se com o tacapé. Era uma cena de horror e confusão; uma guerra de canibais.

Os tupiminós cevavam o seu implacável ódio no sangue dos tamoios; vendo VENDO IGUALMENTE OS PORTUGUESES NOS FILHOS DA BELA FALICIA OUTROS TANTOS CUJAS VIDAS NÃO LHES ERA PERMITIDO POUPAR. Assim as crueldades inerentes ás guerras, juntava-se ainda esta, O IMPLACÁVEL FUROS DAS CONTENDAS RELIGIOSAS. O delírio do combate os tinha cegado; sua alma se fecharia a todos os sentimentos nobres e generosos; uma só ideia sobre eles predominava, o de abrasar as aldeias contrárias, exterminando os seus defensores.

O cronista da Companhia de Jesus, Padre Simão de Vasconcelos, nos diz com plácida indiferença que NEM UM SÓ TAMOIO ESCAPOU COM VIDA, e dos franceses cinco que caíram nas mãos dos portugueses, FORAM PENDURADOS EM UM PAU PARA ESCARMENTO DOS OUTROS! O que respeitou o arcabuz e a bombarda, completou o incêndio, que devorou em poucas horas as pobres cabanas dos filhos das palmeiras!...

"Era conveniente aproveitas o belicoso ardor dos soldados: resolveu-se, portanto atacar a ilha do Governador, chamada então Paranápucuhy, onde o inimigo possuía um fortíssimo reduto, rodeado de cercas duplicadas que o tornavam quase inexpugnável. Para ai foi pois transportada a artilharia, cujo horríssono estampido repercutido pelos ecos da baia misturava-se coma confusa grita dos selvagens e os roucos sons dos borés.

Esse dia devera ser fatal aos adoradores de Tupan: tiveram de ceder a fortuna de seus contrários, e, abandonando suas aldeias, que o fogo consumia, foram buscar nas regiões ainda desconhecidas temporária asilo, donde também devera expeli-los a desenfreada cobiça dos colonizadores.

Os epenicios da vitória, e os cânticos de jubilo foram interrompidos para dar lugar ao luto e ás lágrimas: o heroico Estácio de Sá, acabava de expirar vítima de oculto veneno de seta de dextro tamoio".

Agora caro leitor, é justo oque pergunteis, qual a causa de uma guerra tão cruel e desumana? Seria porque os tamoios, cônscios de sua liberdade, repeliam a escravidão? [Páginas 584 e 585]  ver mais

2°. 20 de Janeiro - O verdadeiro início da cidade. Por Paulo Sergio Villasanti professor de História (data da consulta)
4 de março de 2021, sexta-feira
O entrincheiramento de Uruçumirim foi uma paliçada franco-tamoia localizada no atual outeiro da Glória. Foi atacada e invadida pelos tropas portuguesas e temiminós em 20 de janeiro de 1567, consolidando o domínio português na região e marcando a verdadeira colonização portuguesa no Rio de Janeiro.

BARRETTO (1958) dá-o como uma bateria, erguida no outeiro da Glória entre 1555-1567 e complementa com a data da sua conquista pelas forças portuguesas, 20 de janeiro de 1567, ocasião em que Estácio de Sá (1510-1567) foi ferido por uma flecha no olho, vindo a falecer um mês após, a 20 de fevereiro (op. cit., p. 256).

A decisiva batalha de Uruçumirim envolveu 1.200 combatentes (as forças temiminó-portuguesas somavam mais de 420 combatentes), nela tendo perecido Aimberê, líder à época da confederação dos Tamoios (1555-1567), cuja cabeça (e as de outros líderes indígenas) foi cortada e exibida numa estaca. Seiscentos tamoios e cinco franceses morreram na batalha de Uruçumirim, e dez franceses foram enforcados no dia seguinte à batalha.

O padre jesuíta José de Anchieta (1534-1597), cronista da campanha, reportou o seu saldo à época: "160 aldeias incendiadas, passado tudo a fio de espada".

Dia 20 de Janeiro é o dia do Santo Padroeiro da cidade, São Sebastião, mas é também o dia do Inicio do Rio de Janeiro .

"Os selvagens, de que falo, são muito dados à guerra com os vizinhos, sobretudo com os margajás (Temiminos) e os tabaiaras (Tamoios). Como não têm outro meio de apaziguar suas Guerras, batem-se valente e firmemente. Nesses embates reúnem-se seis mil homens, algumas vezes dez mil e, outrora, até doze mil, isto é, aldeias contra aldeias. Ou, também, se batem quando, casualmente, há encontros entre uns e outros.

Do mesmo modo procedem os naturais do Perú e os indios chamados cannibaes. Antes de empreenderam algum grande cometimento, quer bélico ou não, os selvagens convocam-se em assembleias principalmente os mais velhos, nas quais não tomam parte as mulheres e crianças. Os homens se reúnem de maneiras que me fazem lembrar o louvável costume dos governadores de Thebas, antiga cidade da Grecia, os quaes, quando deliberavam sobre assumptos da republica, permaneciam sempre sentados em terra.

Não menos estranho é o fato de os selvagens americanos jàmais assinarem tréguas, ou pactos, qualquer que seja o grau de inimizade entre si, como fazem as demais nações, mesmo as mais cruéis e barbaras, a exemplo dos turcos, mouros e árabes. E julgo que Theseu, a quem se deve o primeiro armísticio entre os gregos, se estivesse entre os selvagens americanos, ver-se-ia mais embaraçado do que era de crer.

Os indígenas conhecem alguns ardis de guerra, tão bons quanto os de qualquer outros povos. E, inimizados perpetuamente contra aqueles seus vizinhos, procuram-se, frequentes vezes, uns aos outros, batendo-se com tanta fúria quanto lhes é possível. Por isso, todos se vêem constrangidos a proteger suas aldeias com armas e guerreiros. Os ataques são feitos geralmente à noite, quando, então, se reúnem em massa.

Constitue excelsa honra assaltar o inimigo no próprio solo deste, trazendo, de volta, cativos. Quem mais victimas fizer, será tanto mais honrado e celebrado por seus companheiros, qual se fôra um monarcha ou illustre senhor.

Afim de surprehender a aldeia rival, empregam os indios tatica de ocultar-se, à noite, pelos matos, à semelhança de raposas. ali permanecendo o espaço de tempo necessário e conveniente para o assalto. E, quando alcança a aldeia, usam o artificio de lançar fogo às cabanas dos adversarios, afim de obrigá-los a sair do abrigo, juntamente com sua bagagem, suas mulheres e seus filhos."

Trecho do Livro "As singularidades da França antártica" do Franciscano Francês André Thevet sobre as hostilidades entre os índios que habitavam a Baia de Guanabara em 1557.  ver mais



  José de Anchieta
  82º de 322
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1567
Atualizado em 02/11/2025 07:46:07
O padre Balthazar Fernandes dá novas sobre o Rio de Janeiro, logo após a expulsão definitiva da pequena colônia francesa
•  Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
•  Pessoas (3): Padre Balthazar (31 anos), Joanes de Bolés (f.1567), Jacques Le Balleur
•  Temas (4): Cabo Frio, Franceses no Brasil, Pau-Brasil, Tamoios
    4 fontes
  4 relacionadas

1°. Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
Dezembro de 1896
O Carrasco de Bolés

Neste trabalho que apresento ao público paulista, tão cioso de suas glórias, que galhardamente se ostentam nas páginas mais gloriosas da História Pátria, desejo, até onde me for possível, salientar o caráter de Anchieta como missionário paulista.

No panfleto já publicado, e tão benevolamente acolhido pela imprensa livre e republicana, pela imprensa que não se suborna a um cego interesse partidário absurdo e até imoral, que sabe dar valor e prestígio aos depoimentos da história sejam contra quem quer que for - demonstrei que Anchieta não era merecedor de uma estátua, levantada pelo Estado:

1° - Porque não fora o fundador nem de São Paulo, nem de colégio ai inaugurado a 25 de janeiro de 1554

2° - Porque não promoveu absolutamente nada, em São Paulo, por sua iniciativa, a benefício dos paulistas

3° - Porque a pacificação dos Tamoios que tentou realizar, não foi não foi por iniciativa de Anchieta, como também não se realizou

4° - Porque considerado pelo lado cientifico, é uma personalidade mais que medíocre, não foi homem ilustrado

5° - Porque os seus trabalhos literários não tem valor real, nem mesmo fins literários teve em vista o seu autor

6° - Porque o valor da catequese por ele realizada e por seus colegas, além de excessivamente material, não foi com a brandura própria de um ministro de Cristo

7° - Porque as artes mecânicas que ensinou, nem merecem o nome de arte

8° - Porque foi um missionário intolerante e fanático, a ponto de servir de carrasco para um herege, que ele mesmo converteu e batizou, tornado-se, pois, carrasco de seu próprio filho na fé, tornando-se um parricida moral!

Este último fato bastaria para patentear que o caráter de Anchieta nunca foi o de ministro de Jesus, que disse: "amai aos vossos inimigos! Mas não se deve encarar o caráter de Anchieta só pelo lado religioso, que lhe seria completamente fatal: basta Anchieta ser um jesuíta que obedece cegamente, que anula a sua individualidade, tornando-se passivo, moralmente morto, nas mãos do seu superior, como um cadáver nas mãos do anatomista. Quem assim procede não tem caráter está na concepção convicta de sua liberdade e, portanto, de sua responsabilidade.

“Aqui não considero Anchieta como um ser passivo - como um jesuíta: considero como um homem. Aqui não faço especulações filosóficas para patentear os predicados do seu caráter individual - mas, a posteriori, a luz dos fatos registrados na História Pátria, procuro tornar evidente o caráter jesuíta que querem imortalizar, já que pôde imortalizar-se pelas suas obras!

Aqui não se argumenta, não se discute pró ou contra José de Anchieta - aqui se invoca a verdade dos fatos, o testemunho insuspeito dos depoimentos da História! Aqui não se inventa, não se fantasia, aqui apela-se para os fatos - porque contra fatos não há argumentos!

O autor destas linhas não é jesuítas, não é carola, não é fanático, não é intolerante, mas tem consciência de tratar desta momentosa questão com o maior escrúpulo, afastando-se sistematicamente, do terreno apaixonado, da linguagem inconveniente, que ás vezes os próprios fatos como que forçam o escritor a ler. Este trabalho não visa lucros pecuniários, é feito exclusivamente pelo amor á verdade”. [Páginas 571 e 572]  ver mais

2°. José de Anchieta não matou um cara. Postado por A Catequista, em ocatequista.com.br
2 de abril de 2014, sexta-feira
Para garantir a ocupação da Guanabara e reestabelecer a paz na região, era preciso expulsar de vez esse pessoal, já que os meios diplomáticos haviam sido insuficientes. Com sua influência junto aos índios tupis, Anchieta ajudou a reforçar a armada de Estácio de Sá, reunindo um grande número de guerreiros. Depois, como capelão das tropas, o santo cuidou dos feridos e ajudou a manter a moral de todos em alta.

Resultado: em 1567, a guerra terminou com a vitória portuguesa e a derrota definitiva da Confederação dos Tamoios. Cerca de dez combatentes franceses foram feitos prisioneiros e condenados à morte pela forca. Não foram condenados por heresia, mas sim por crime de invasão territorial e apoio à guerra contra os portugueses.

Era chegado o momento da execução do último francês. Para a sua desgraça, seu suplício foi aumentado por causa da incompetência do carrasco jeselito, que deu uma laçada muito mal-feita. O homem se debatia pendurado pelo pescoço, sem morrer. Para dar breve fim a essa aflição, Padre Anchieta deu uma bronca no carrasco, para que fizesse direito seu trabalho. O laço foi então refeito do modo correto, e o francês finalmente morreu, tendo abreviado os seus tormentos.

Basta um mínimo de boa vontade para notar que, em vez de desmerecer José de Anchieta, esse ato se soma aos seus incontáveis gestos de amor caridade. Ajudou o condenado a ter uma morte mais rápida e com menos sofrimento.

Porém, entrou em cena a eficiente AMHP: Agência de Manipulação Histórica Protestante. O episódio foi grotescamente distorcido para tentar manchar a trajetória do santo. Espalham por aí que o carrasco estava com peninha do francês, e por isso, estava demorando demais para aplicar a pena. Então, o Padre Anchieta o teria enforcado com suas próprias mãos.

As evidências a favor de Anchieta já foram apresentadas pelo padre Hélio Abranches Viotti, SJ. O caso foi discutido em Roma no século XVIII, e não foi considerado impedimento para a canonização do nosso maior missionário. A Igreja se pronunciou oficialmente, garantindo que Anchieta não cometeu qualquer pecado ou irregularidade nesse caso.

Em primeiro lugar, foi um gesto de compaixão. Em segundo lugar, o tal francês enforcado não era João de Bolés (Jean le Balleur), conforme afirmam os autores protestantes. Vários documentos evidenciam que o calvinista João de Bolés foi processado na Bahia, mandado para Portugal e absolvido.

Portanto, João de Bolés não morreu no Brasil, muito menos no Rio de Janeiro, conforme provam diversos documentos citados no livro do Pe. Viotti, entre eles uma carta de José de Anchieta:

“Um dos moradores desta fortaleza era um Joanes de Bolés, homem douto nas letras latinas, gregas e hebraicas e muito lido na Sagrada Escritura, mas grande herege (...). Ali começou logo a vomitar a peçonha de suas heresias. Ao qual resistiu o Pe. Luis da Grã e o fez mandar preso à Bahia de todos os Santos. E daí foi mandado pelo Bispo dom Pedro Leitão a Portugal, e de Portugal doi para a Índia e nunca mais apareceu.” - José de Anchieta. Cartas Jesuíticas, III, 312

Essa confusão protestante também foi desmascarada no livro “Villegagnon e a França Antártica: Uma Reavaliação”, de Vasco Mariz e Lucien Provençal (saiba mais aqui).“A verdade vos libertará”, ensinou Jesus. Porém, os protestantes insistem em sua estratégia suja de deturpar a história – como se já não bastasse a deturpação da doutrina cristã – para difamar o catolicismo. Nesse mundo, devemos reconhecer, eles obtêm razoável êxito. Suas mentiras levaram e ainda levam muitos católicos a abandonarem a Igreja, ou pior: estando dentro dela, rejeitam boa parte de seus ensinamentos e se deixam influenciar pelo veneno protestante.

Mas a verdade é de Cristo, e Cristo é a verdade. E o fato, que vale acrescentar, é que o Padre Anchieta conseguiu adiar em alguns dias a execução do tal francês, que estava apegado às suas heresias. Com sua peculiar doçura e sabedoria, ajudou o homem a abraçar a verdadeira fé. Sim, o pseudo-mártir protestante morreu católico!  ver mais

3°. 20 de Janeiro - O verdadeiro início da cidade. Por Paulo Sergio Villasanti professor de História (data da consulta)
4 de março de 2021, sexta-feira
A decisiva batalha de Uruçumirim envolveu 1.200 combatentes (as forças temiminó-portuguesas somavam mais de 420 combatentes), nela tendo perecido Aimberê, líder à época da confederação dos Tamoios (1555-1567), cuja cabeça (e as de outros líderes indígenas) foi cortada e exibida numa estaca. Seiscentos tamoios e cinco franceses morreram na batalha de Uruçumirim, e dez franceses foram enforcados no dia seguinte à batalha.  ver mais

4°. Jacques Le Balleur, consulta em Wikipédia (data da consulta)
7 de fevereiro de 2024, sexta-feira



  José de Anchieta
  83º de 322
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Falecimento de Estácio de Sá no Rio de Janeiro
20 de fevereiro de 1567, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:30
Relacionamentos
 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (2) Estácio de Sá (47 anos), Mem de Sá (67 anos)




  José de Anchieta
  84º de 322
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Abril de 1567
Atualizado em 02/11/2025 07:46:07
Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício*
•  Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA
•  Pessoas (2): Mem de Sá (67 anos), Jacques Le Balleur
•  Temas (3): Metalurgia e siderurgia, Jesuítas, Assassinatos
    6 fontes
  6 relacionadas

1°. Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
Dezembro de 1896

2°. DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?
2003

3°. José de Anchieta não matou um cara. Postado por A Catequista, em ocatequista.com.br
2 de abril de 2014, sexta-feira

4°. O santo que Anchieta Matou. Reverendo Jorge Aquino, revjorgeaquino.wordpress.com
3 de abril de 2014, sexta-feira

5°. JOSÉ DE ANCHIETA - Padre Jesuita - San Cristóbal de La Laguna - Espanha - Peixes. recantodasletras.com.br
15 de março de 2015, domingo
Investigações históricas, baseadas em documentos da época (correspondência de José de Anchieta e manuscritos de Goa) revelam que o huguenote não morreu no Brasil. Na verdade foi conduzido a Salvador, na capitania da Bahia, e daí mandado a Portugal, onde teve o seu primeiro processo concluído em 1569. Em um segundo processo no Estado Português da Índia, em 1572, foi finalmente condenado pelo tribunal da Inquisição de Goa.  ver mais

6°. Jacques Le Balleur, consulta em Wikipédia (data da consulta)
7 de fevereiro de 2024, sexta-feira
Em São Vicente, Le Balleur pregou a fé cristã a partir do ponto de vista calvinista, levando os jesuítas a forçarem a Câmara a prendê-lo em 1559. Foi torturado para dar informações estratégicas do Forte Coligny. Foi levado a Salvador, onde Mem de Sá concordou em condená-lo por ser seguidor da fé protestante, e onde foi executado em abril de 1567, na presença do padre José de Anchieta. [ROCHA POMBO, José Francisco da. História do Brasil]  ver mais



  José de Anchieta
  85º de 322
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Segundo Azevedo Marques, Heliodoro Euban foi morto neste dia, em 1569, combatendo contra os franceses em Cabo Frio
8 de junho de 1567, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 18:40:14
Relacionamentos
 Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Arariboia ou Martim Afonso de Sousa (f.1589), Francisco de Saavedra (n.1555), Giuseppe Campanaro Adorno (63 anos), Hans Staden (42 anos), Heliodoros Eobanos Hessus (38 anos), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688)
 Temas (4): Alemães, Caminho do Peabiru, Franceses no Brasil, Ordem de Cristo

    1 Fontes
   fontes relacionadas




  José de Anchieta
  86º de 322
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  José de Anchieta
  87º de 322
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5 de dezembro de 1567, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:08
CARTA DE BALTHAZAR FERNANDES (233), DO BRASIL, DA CAPITANIA DE S. VICENTE DE PIRATININGA AOS 5 DE DEZEMBRO DE 1567.
•  Cidades (7): Cabo Frio/RJ, Itanhaém/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (50 anos), Padre Balthazar (31 anos), Mem de Sá (67 anos), Manoel de Chaves, Vicente Rodrigues
•  Temas (24): Aldeias, Cabo Frio, Caminho do Mar, Capitania de São Tomé, Capitania de São Vicente, Capitania do Rio de Janeiro, Carijós/Guaranis, Gentios, Ouro, São Paulo de Piratininga, Vinho, Cristãos, Léguas, Algodão, Açúcar, Inferno, Caciques, Cruzes, Piratininga, Gados, Trópico de Capricórnio, Dinheiro$, Assassinatos, Neve
Jornal Correio Paulistano
Data: 1918
10/10/1918
    1 fonte
  1 relacionada

1°. “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”
1555


    Registros relacionados
22 de fevereiro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:03
1°. Início da Quaresma
24 de julho de 1567, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:01
2°. Chegada



  José de Anchieta
  88º de 322
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Sermão
janeiro de 1568. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP




  José de Anchieta
  89º de 322
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9 de fevereiro de 1568, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:08
Enforcamento
    1 fonte
  1 relacionada

1°. O santo que Anchieta Matou. Reverendo Jorge Aquino, revjorgeaquino.wordpress.com
3 de abril de 2014, sexta-feira



  José de Anchieta
  90º de 322
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Outubro de 1568
Atualizado em 02/11/2025 07:46:09
Sermão*
•  Cidades (1): São Vicente/SP
Anchieta e Vieira: paradigmas da evangelização no Brasil
Data: 2001
Página 100



  José de Anchieta
  91º de 322
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Anchieta
dezembro de 1568. Atualizado em 23/10/2025 15:36:41
Relacionamentos
 Cidades (5): Itu/SP, Porto Feliz/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco Correa (f.1590), Gregório Ferreira (n.1542), Jorge Ferreira (1493-1591), Manuel Veloso, Rio de Una da Conceição
 Temas (5): Abayandava, Gentios, Léguas, Nossa Senhora da Conceição, Rio Sorocaba


•  “Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599)
1 de janeiro de 1575, quarta-feira
A Historia de la fundacion del collegio del Rio de Henero registra que, 1 ano depois do retorno do homizio, o “homem branco” que acompanhara Grou se desentendeu com o capitão e terminou sendo morto pelo filho deste (op.cit., p. 127). Viotti, que data de 1568 o resgate feito por Anchieta, diz que esse era Francisco Correia e que acompanhara Grou em seu desterro para o sertão (op.cit., p. 159 e 167). Esse dado da morte de Correia é desmentido pela informação da sessão de 5 de dezembro de 1593, de que perecera em entrada junto com Grou (ACSP, I, 476).

•  Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
1 de janeiro de 1607, segunda-feira
Dali a alguns tempos sucedeu que dois homens de croncrenas largas e de nome como gentio contrario temendo o castigo devido a suas graves culpas, se levantaram e com suas famílias se foram meter entre os inimigos, pelo que com razão se temia viessem com poder de gente a destruir a Capitania.

Vendo o Padre José que não havia contra este perigo forças humanas, e confiado só nas de Deus se determinou ir para buscar os alevantados e reduzi-los á obediência de seu capitão, levando largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Padre Vicente Rodrigues, e outros homens, e um nativo mui esforçado, o qual depois de Deus foi todo seu remédio no perigo em que se viu.

Tinham navegado por rios 8 dias em uma canoa de casca; são estas interiças, da grossura de um bom dedo polegas, mas tem um mal que em se alagando não dão mais mostras de si, o que não tem as de pau, que por mais que se alaguem, ou virem nunca se vão ao fundo.

Chegaram os navegantes a uma cachoeira, ou salto que o rio faz, e os padres iam rezando as horas da Conceição de Nossa Senhora, se não quando se vão todos ao fundo com a canoa, em altura de 4 ou 5 braças de água; mas todos saíram a nada, só o bom Padre José não apareceu:

não sofreu o coração do nativo deixar por bom espaço de tempo, e não no achando vem se a cima a tomar fôlego e descansar um pouco; deita-se outra vez de mergulho, e quer Deus que o acha assentado no fundo; pega dele pela roupa e o Padre deixa-se vir sem aferrar no nativo, e desta maneira vem a cima, são e salvo.

Com suma alegria e consolação dos presentes: esteve debaixo d´água obra de meia hora, não desacordado, antes muito em seu juízo, lembrando-se de três coisas, como ele depois disse: de Jesus, da Virgem Maria de Deus, e de não beber água, como de certo não bebeu.

Não se acabaram aqui os trabalhos daquele dia; porque era já noite, e chovia, e acharam-se no mato espesso, sem fato para mudar, nem coisa para comer, nem fogo com que se remediar, nem uma choupana em que se meter, nem caminho que seguir; finalmente, quando todo o humano lhes faltou, então lhes acudiu o Senhor;

porque andando assim ás apalpadelas um pedaço de caminho, vão dar nas mesmas casas dos homens, que iam buscar, os quais vendo os padres tão maltratados, de tal maneira se lhes mudaram os corações que lançados aos pés do Padre José com muitas lágrimas diziam:

Ainda Padre meus pecados haviam de abranger a vossa reverendíssima! Recolheram-nos logo em suas choupanas, e procurando todo o necessário com muita caridade, e vendo o perdão que lhes levava, e o trabalho que por eles tomara, foi fácil acabar com eles se tornassem para São Vicente.

•  Processos Anchietanos: Depoimento de Belchior, Revista da ASBRAP nº 3, páginas 40 e 41
8 de maio de 1627, sábado
O relato de Belchior Ferreira (ouvido a 8 de maio de 1627), natural da vila de São Vicente, com mais de 80 anos de idade, filho de Belchior Ferreira e de Catarina Monteiro. Conheceu-o na capitania de São Vicente e nesta cidade, de 74 anos para cá, pouco mais ou menos. E o tratara familiarmente porque ele o criou e doutrinou. Foi seu companheiro em visitas e jornadas em Santos, Bertioga, Itanhaém e São Paulo. Viveu com Anchieta na Casa de São Vicente. Eram tios dele testemunha Gregório Ferreira e Baltazar Ferreira.

Andando dois homens portugueses, por nome Francisco Corrêa e Domingos Luís na vila de São Vicente, levantados com o gentio do sertão, o Capitão Jorge Ferreira (genro de João Ramalho) fizera muito por o haver, mas sem efeito.

E oferecendo-se o Padre Anchieta a os ir buscar, fora e os trouxera. Em o caminho, indo por um rio se virara a canoa, ficando o Padre no fundo, por um pedaço de tempo, sem se afogar. E entrando depois os índios na água a o buscar, o acharam embaixo dela em oração, o que todos então tiveram por milagre. Mas que ele testemunha o não viu, só ouviu publicamente.Mas que vira, estando ele testemunha com o dito padre na Casa de São Vicente, ele lhe dera um escrito para o dito Capitão Jorge Ferreira, em que lhe dizia que o dito Francisco Corrêa lhe queria pedir licença para tornar ao sertão, e que convinha ao serviço de Deus não lhe dar.

E encarregara a ele testemunha fosse muito depressa, antes que o dito Francisco Corrêa se partisse, porque se estava embarcando. E que, chegado ele testemunha e dando o dito escrito ao dito Capitão, ele dissera que não daria a tal licença. E neste momento chegou o dito Francisco Corrêa e lha pedira.

E por lha negar, se soltara em palavras, de que sentido um filho do dito capitão, o repreendeu, de que o dito Francisco Corrêa se agravou e lhe atirou uma flechada, em retorno da qual o dito filho do dito capitão, por nome Gregório Ferreira lhe atirou outra, com que o matou logo.

E tornando-se ele testemunha para onde o dito padre estava, que era daí distância de quatro léguas, sem haver pessoa outra que pudesse dar notícia do sucedido, o dito padre, em lhe chegando, lhe dissera: “basta, que matou vosso tio a Francisco Corrêa”.

E dizendo ele testemunha que sim, tornava o dito padre a dizer: “não o matou ele, senão mataram-no seus pecados!”

O que mais se confirmou, quando se soube depois que o dito Francisco Corrêa e seu companheiro Domingos Luís, estavam consertados a levarem suas mulheres e filhas para o sertão e as entregarem aos índios, em troco de suas mancebas que no sertão tinham.

•  Vida do Venerável Padre José de Anchieta, 1672. Simão de Vasconcelos (1597-1671)
1 de janeiro de 1672, sexta-feira
“um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros, que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”.

Notório foi o caso de Francisco Correa, era este companheiro de Domingos Luis Grou, os quais com mulheres e famílias trouxera do sertão José de Anchieta com perdão de seus crimes.

Estava o dito Francisco Correa para partir do porto de Santos em um navio, pediu licença a Jorge Ferreira, que então era Capitão da terra, e sobre lhe negar tiveram palavras pesadas, das quais resultou que um filho do Capitão, Gregório Ferreira o matou as frechadas:

Foi caso fortuito, e incontinente um sobrinho do matador se acolheu com toda a pressa para dai a quatro léguas, onde então estava José, o qual em o vendo, e sem que tivesse outra notícia, disse, basta que é morto Francisco Correa? Respondeu que sim; tornou José, não o matou a ele vosso tio mataram-no seus pecados.

Duas coisas se tiveram aqui por profecias, uma foi da notícia da morte, porque constou, que ninguém viera diante ao sobrinho ao matador:

Segunda, a notícia do pecado do morto, porque contou, que em o navio em que estava para partir, e sobre que fora a contenda, tinha metido mulher e filhos, e determinava também a mulher e filhos do amigo Domingos Luis Grou, e ir-se segunda vez ao sertão a entrega-las aos nativos, a troco de mancebas que por la deixara.

•  Rio Sorocaba
7 de agosto de 1754, quarta-feira
“(...) Cachoeira aonde se afogou um Clérigo, e tem muitas pedras, embucamos em terra a passar a Trapa, saímos pelas 3 horas, e sendo 4 horas pouso mato embaraçado.7 de agosto, saída do pouso as oito horas e um quarto, sendo três horas passamos a Cachoeira chamada a do "Gracia", por se afogar um homem deste nome, e é Cachoeira pequena dez horas a de "Peres" Cachoeira pequena, também se afogou sendo meio dia Capibari Rio á direita, uma hora Serocaba rio á esquerda fizemos parada a ajuntar as canoas (...)”

•  Teotônio José Juzarte, que escreveu seu diário de navegação
1 de janeiro de 1769, domingo

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
Nessa ocasião Anchieta resolveu intervir conjurando o perigo. Obteve dos camaristas “salvo-conduto e perdão daqueles delinqüentes” e em companhia do Pe. Salvador Rodrigues e do secular Manuel Veloso e de alguns índios desceu o Anhembi. A canoa em que iam, naufragou e o Pe. Anchieta foi salvo por um índio, e o lugar, que era encachoeirado, ficou a chamar-se Abaremanduava que quer dizer cachoeira do Padre.

É esse sem dúvida o episódio referido pelo Padre Pedro Rodrigues na vida do Padre José de Anchieta (Anais da Biblioteca Nacional, vol. 29, pág. 219) quando conta que “sucedeu que dois homens, de consciências largas e de nome, temendo o castigo de suas grandes culpas, se levantaram e com suas famílias, se foram meter com os gentios inimigos pelo que, com razão, se temiam não viessem com poder de gente a destruir a capitania.

Vendo o Pe. José que não havia contra esse perigo forças humanas e confiado só nas de Deus se determinou de ir em pessoa a buscar os alevantados e reduzi-los a obediência do seu capitão levando-lhes largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Pe. Vicente Rodrigues e outros homens e um índio esforçado”. Houve o naufrágio da canoa em que iam e o índio salvou o Pe. Anchieta, depois de dois mergulhos, que duraram meia hora debaixo d’água. Trouxe o Padre Anchieta os dois homens alevantados para a vila.

Mas, daí a um ano, um desses homens (e que não é nomeado) “quis tornar ao sertão, mas o capitão recusou-lhe a licença, e por isso ele o maltratou por tal forma que um filho do capitão o matou a frechadas.

O episódio do naufrágio foi posteriormente a 1572, quando Anchieta veio a S. Vicente com o Bispo D. Pedro Leitão e o Visitador da Companhia Pe. Ignácio de Azevedo.

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. Vol. LXXXVII
1 de janeiro de 1992, quarta-feira
Sabemos da ida do padre Anchieta em 1568 em missão muito simpática. Foi levar, em mãos, como exigia o favorecido, o perdão da justiça ao régulo Domingos Luiz Grou que a vila de São Paulo desejava ter dentro de seus muros para ajudar na sua defesa. Somente voltaria se o padre Anchieta fosse buscá-lo.

Como se vê, já naquele tempo, poderosos usufruindo de prestígio gozavam de fortes regalias! Mas impõe-se-nos uma pergunta: se Grou fora homiziar-se naquelas paragens o fizera porque já, por ali, se navegava e morava.

•  Indígenas do planalto paulista, 2000. Benedito A. Prezia
1 de janeiro de 2000, sábado
Quanto aos indígenas distantes, é possível que tenham vindo grupos do médio Tietê, com os quais os moradores de Piratininga estavam articulados.

E foram estes que reclamaram dos portugueses, pois “se escandalizaram e começarão a falar mal contra os christãos que de tão longe os faziam vir”, enquanto que os cristãos de perto, isto é, os portugueses do litoral, se mostravam “fracos e medrosos”. Foi nestas aldeias do médio Tietê, talvez no rio Sorocaba, que Domingos Luís Grou foi se refugiar, depois de cometer um homicídio.

•  Jesuítas e a escultura de Anchieta em Salto
13 de março de 2009, sexta-feira

•  Língua Portuguesa, língua Tupi e língua Geral: jesuítas, colonos e índios em São Paulo de Piratininga: o que entendiam, o que praticavam, o que conversavam, 2011. João Batista de Castro Júnior
1 de janeiro de 2011, sábado
Mas o pragmatismo escravista português fez com que fossem aproveitados indivíduos que se aproximavam dos costumes dos índios, como hábeis apresadores e falantes de suas línguas, a exemplo dos filhos e netos de João Ramalho, que compuseram várias expedições, como Antônio Macedo, Vitório Ramalho, Gregório Ramalho, Belchior Carneiro e Francisco Tamarutaca, além de portugueses como Domingo Luís, o Grou, alcunha que, em condições normais, pelo seu significado de “diabo”, provocaria repulsa e rejeição do seu destinatário, mas, em São Paulo, carregava consigo desleixada jocosidade de que se orgulhava tanto seu portador quanto os descendentes, aos quais foi legada como herança.

Interessava a São Paulo a capacidade de mobilização de seus rebentos mamelucos, aqueles “valentíssimos homens, grandíssimos línguas” a que se referiu Quirício Caxa ao relatar a ida de Anchieta ao sertão de Anhembi para resgatar Grou da indianização.

Com essa prole, e unidos a ramalhenses, Domingo Luís encabeçava ações que exemplificavam o suporte econômico da Vila: o apresamento de índios. Essa habilidade não passava despercebida da Companhia de Jesus, que recebeu ex-traficante de escravos índios, como Pero Correia, e um ex-soldado como Antônio Rodrigues.

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
8 de agosto de 2022, segunda-feira
Passados treze anos, é o próprio Anchieta, já agora sacerdote quem se dirige, em companhia de Vicente Rodrigues, do Português Manuel Veloso Espínola e de um grupo de nativos cristãos a esta mesma região da antiga Aldeia de Maniçoba. Últimos meses de 1568. Vem recuperar para a vida cristã e civilizada dois criminosos, foragidos com suas famílias para o meio dos selvagens arredios do Anhembi, Domingos Luis o Grou e Francisco Correia.

•  Terra das Monções, consultado em portofeliz.sp.gov.br/historia
23 de maio de 2023, terça-feira




  José de Anchieta
  92º de 322
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José de Anchieta percorreu as terras do Espírito Santo
janeiro de 1569. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (4): Guarapari/ES, Reritiba/ES, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Temas (1): Jesuítas




  José de Anchieta
  93º de 322
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20 de março de 1569, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:09
Nascimento de Clemente Alvares em São Paulo, filho de Álvaro Rodrigues e de Catarina Gonçalves; foi batizado pelo Padre Anchieta
•  Cidades (3): Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP
•  Pessoas (6): Alvaro Rodrigues, Caethana/Catharina Ramalho, Catarina Gonçalves I, Clemente Álvares (1569-1641), Domingos Luís Grou (69 anos), Rodrigo Alvares (f.1598)
•  Temas (2): Jeribatiba (Santo Amaro), Ybyrpuêra
Correio Paulistano/SP
Data: 1942
Página 4
    10 fontes
  5 relacionadas

1°. Depoimento de Clemente Alvares
5 de abril de 1622, sexta-feira
Clemente Álvares (ouvido a 5 de abril de 1622), natural de São Paulo, com cerca de 53 anos de idade, filho de Álvaro Rodrigues e de Catarina Gonçalves. Relatou que o Padre Anchieta profetizou que sua casa se queimaria em seis meses. Possuiu de relíquia um retalho de pano, que foi consumido pelos doentes a quem emprestou e que recuperaram a saúde. Eram seus sogros Baltazar Gonçalves e Maria Álvares.  ver mais

2°. Mateus Luís Grou filho de Domingos Luís Grou e de Maria da Peña
11 de outubro de 1627, segunda-feira
Mateus Luís Grou (ouvido a 11 de outubro de 1627), natural de São Paulo, com cerca de 50 anos de idade, filho de Domingos Luís Grou e de Maria da Peña. Sendo rapaz, foi seu discípulo na escola e o acompanhou muitas vezes. Vindo Anchieta por visitador, fora visitar no Ibirapuera a casa de Clemente Álvares, que recebeu em sua casa e sítio o dito padre. Com sua chegada as flores de hortelã floresceram, não tendo flor nenhuma.  ver mais

3°. “Domingos Luiz Grou”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, página 4
15 de agosto de 1942, sábado
Tendo Anchieta voltado para São Paulo em 1569, os seus biógrafos nos dão notícia de alguns acontecimentos, que foram bem apurados por Antonio de Alcantara Machado na "Vida" que escreveu como posfacio das "Cartas".  ver mais

4°. No fluxo do Anhembi-tietê: o rio e a colonização da capitania de São Vicente nos séculos XVI e XVII, 12.2020. José Carlos Vilardaga, Universidade Federal de São Paulo
2020
Clemente Alvares, cujo nome fora escolhido pelo próprio Anchieta...  ver mais

5°. Revista da ASBRAP nº 8 - Povoadores de São Paulo - Domingos Luis Grou
30 de abril de 2022, sábado
Pelos anos de 1569 ou 1570, em conseqüência de certas dissensões, fatos mal esclarecidos em S. Vicente e S. Paulo, retirou-se dessa vila com seus administrados e acompanhantes e se estabeleceu numa região do rio Anhembi dominada por índios contrários. Como hábil capitão do gentio, devia ter um relacionamento pacífico com esses índios, os quais já manifestavam amizade pelo Padre José de Anchieta (Processo Remissorial de 1627-1628, depoimento de Ascenso Ribeiro e outras pessoas).

Muito se empenhou o Cap. Mor Jorge Ferreira em traze-lo de volta para S. Paulo, sem obter êxito. Foi bem sucedido nessa diligência o Beato Padre José de Anchieta que, no ano seguinte, conseguiu sua reconciliação. Não obstante a maledicência de algumas pessoas (com omissão da defesa do acusado) nada se provou de matéria grave que resultasse em processo contra o sertanista, em sua prisão ou degredo.  ver mais



  José de Anchieta
  94º de 322
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“um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”
1570. Atualizado em 27/10/2025 21:17:22
Relacionamentos
 Cidades (7): Carapicuiba/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tietê/SP
 Pessoas (12) Afonso Sardinha, o Velho (39 anos), Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (70 anos), Francisco Correa (f.1590), Gregório Ferreira (n.1542), João Gomes Sardinha, João Ramalho (84 anos), Jorge Ferreira (77 anos), José Joaquim Machado de Oliveira (1790-1867), Padre Balthazar (34 anos), Raul (fictício), Simão de Vasconcelos (1597-1671)
 Temas (13): Abarê, Abayandava, Cachoeiras, Carijós/Guaranis, Metalurgia e siderurgia, Guaré ou Cruz das Almas, Jesuítas, Léguas, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Santa Cruz de Itaparica, Cristãos, Rio Sorocaba

    12 Fontes
  9 fontes relacionadas

•  “Domingos Luiz Grou”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, página 4
15 de agosto de 1942, sábado
Segundo a referência a que me reporto, em 1570, dois moradores de São Paulo, um dos quais "nobre e conhecido", Domingos Luiz Grou, ambos casados e com filhos, foram implicados em um crime de morte. Fugindo à justiça, abandonaram com suas famílias a vila, desceram o rio e foram homiziar-se entre os nativos levantados, que os acolheram como parentes e amigos.

Ficassem as coisas nesses termos, teríamos talvez, como resultado dessa expedição, com antecipação de mais de um século, o surto de um povoado no sertão, a dezenas de léguas de São Paulo. Refúgio de criminosos a princípio, esse povoado poderia ir a ter grandiosos destinos.

Mas Anchieta previu do fato perigosíssimas consequências para os cristãos de Piratininga, e pôs-se imediatamente em ação. Intercedeu pelos fugitivos perantes os poderes do município, obteve para eles do juiz ordinário e dos vereadores carta de perdão e salvo-condulto, e, afim de recolher ao aprisco as ovelhas tresmalhadas, empreendeu a mesma jornada, embarcando para o sertão em companhia de outro padre, o secular Manuel Veloso e de alguns nativos cristãos.

No fim da viagem, nas proximidades do lugar em que estavam os seus nativos e mamelucos os dois fugitivos, numa cachoeira do Anhembi rodou a canoa, que ficou em pedaços, e por milagre não pereceram os missionários.

De acordo com a tradição, Machado de Oliveira pôde identificar a cachoeira em que ocorreu o naufrágio. É na terceira que se encontra abaixo de Porto Feliz, pouco acima do ribeirão dos Moinhos, e ainda conserva o nome que relembra o episódio "Avaremanduava", a cachoeira do padre.

•  Caminho do Anhembi, Américo de Moura, Correio Paulistano, 22.08.1942, página 4
22 de agosto de 1942, sábado
Como o pai, que em 1563 fora por Pedro Colaço investido nas funções de capitão dos índios, também ele se tornou delegado de confiança de Jerônimo Leitão, na fronteira entre os nativos cristãos de Piratininga e os tupiniquins levantados, que em 1570 entre o Salto de Itu e a embocadura do Capivari, haviam acolhido não somente o velho Grou e seus companheiros, fugitivos de São Paulo, como a expedição de paz do Padre Anchieta, assinalada por um dos milagres da vida do santo”.

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
1 de janeiro de 1953, quinta-feira
Então a câmara, reunida em sua casa, pediu ao capitão que mandasse recolher à vila todos os moradores do seu termo. No fim desse ano estava em São Paulo. Em 1563, na iminência de ataque a São Paulo, foi eleito capitão dos nativos, assinando o respectivo termo. Anos depois, com outro morador também casado e chefe de família, tendo praticado na vila um assasínio, levou todos os seus para o sertão do Anhembí, entre os nativos rebelados, indo em 1570 reconciliá-lo o padre José de Anchieta [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Página 383]

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
Citando o Pe. Simão de Vasconcelos, na vida do Pe. José de Anchieta, Antônio de Alcântara Machado (1901-1953) narra que no ano de 1570, dois moradores de S. Paulo “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros, que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”. Nessa ocasião Anchieta resolveu intervir conjurando o perigo. Obteve dos camaristas “salvo-conduto e perdão daqueles delinqüentes”

•  Hernani Donato
1 de janeiro de 1993, sexta-feira
A suas ordens, tinha o condenado numerosos brancos e índios, de forte espírito combativo e, sabendo-se necessário à defesa paulistana, condicionou a aceitação do perdão e seu subseqüente regresso a que o apóstolo do Brasil fosse buscá-lo. Narrando o episódio, observa: “se Grou fora homisiar-se naquelas paragens, o fizera porque já, por ali, se navegava e morava”.

•  “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
1 de janeiro de 2008, terça-feira
Elas tornaram-se também locais de refúgio para os que praticavam assassinatos ou outros delitos graves, como se viu num episódio, ocorrido por volta de 1570, envolvendo a Domingos Grou, o primeiro capitão de Índios.

Ao praticar o crime, fugiu com sua família para junto de uma comunidade indígena do médio Tietê, na região do rio Sorocaba. Como estes indígenas estavam em conflito com os moradores de Piratininga, Anchieta decidiu buscá-lo, aproveitando para tentar fazer as pazes com este povo. A viagem foi acidentada, tendo o barco virado numa cachoeira, quando afundou parte a carga, juntamente com o missionário.

Não sabendo nadar, Anchieta foi socorrido pelo jovem Tupi Araguaçu. Por este motivo, o salto passou a ser chamado Abaremanduaba, isto é, “local que recorda o padre”. Chegando à aldeia, conseguiu a paz e o retorno de Grou e sua família. Voltaram para São Paulo, tendo obtido perdão do Conselho.

•  História de Carapicuíba. João Barcellos
25 de março de 2013, segunda-feira
Falar dos rios Anhamby/Tietê e Jeribatiba/Pinheiros é falar de Affonso Sardinha, o Velho, e de como, entre 1570 e 1605, ele os liga numa malha social, econômica e militar, para dar segurança aos percursos que, mais tarde, serão os percursos das bandeiras que demandarão o ouro e as esmeraldas em outros rincões do Brasil.

Os rios que abriram as portas à colonização e ao bandeirismo, nos séculos XVI e XVII, são os mesmos rios que no século XXI continuam a dar vida à malha social e econômica da grande São Paulo dos Campos de Piratininga, na sua malha metropolitana e estadual.

Apesar dos desvios de curso, principalmente no Butantã/Ybitátá, pontes e mais pontes, obras para navegação comercial, poluição industrial e doméstica sem controle, etc., os dois rios continuam a deixar-nos sonhar com a aventura de ir sempre além.

[1] Carapocuyba - aldeia de goyanazes ou de guaranis?... Tudo indica que a primitiva Aldeia Carapocuyba é de origem guarani, até pela proximidade com a Aldeia Koty, pois, segundo documentos antigos (títulos de terras e testamentos) que falam dos "goayanazes aldeados no sítio do Capão, por Fernão Dias Paes, o velho, e que Afonso Sardinha, o Velho, tem aldeado outros da mesma tribo em Carapicuíba". Ou seja, há uma miscigenação nativa forçada pela preação que logo vai acabar com os guaranis tanto na Koty como na Carapocuyba. [p. 7 e 8 do pdf]

Em 1570 tem um engenho de cana d´açúcar em Santos e monta o primeiro trapiche (depósito) de açúcar e pinga da Vila piratininga. Paralelamente ao comércio de açúcar, monta engenho para processar marmelos e torna-se um dos mais ricos comerciantes de São Paulo.

Tanto no litoral como no planalto tem casas que arrenda a padres e aos primeiros advogados que chegam à colônia. É o judeu por excelência que vive de empreendimentos e de renda.

Nos anos 70 é o colono mais poderoso da Capitania de São Vicente acima da Serra do Mar e dá-se ao luxo de financiar a expansão dos jesuítas para o sul, a partir do oeste paulista.

Conhece o prático-minerador Clemente Álvares e estabelece sociedade com ele, pela qual financia a busca de novas minas de ferro, prata e ouro. Clemente Álvares vem a ser um minerador respeitado e, ao mesmo tempo, um cidadão detestado por se apropriar abusivamente de bens e documentos da própria família e das minas de ouro de outros, incluindo as do "velho" Sardinha... que chega a registrar como suas na Câmara Municipal piratininga! [p. 15 e 16]

•  Surpresas que a genealogia nos revela. Por Paulo Fernando Zaganin. Em xn--yep-dma.com.br
8 de setembro de 2019, domingo

•  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
15 de março de 2022, terça-feira
Em 1570, como relatam as crônicas do Padre José Anchieta, ocorreu entre Porto Feliz e Tietê um naufrágio. Este relato indica a presença de colonizadores desde o início do descobrimento. Durante as monções, no final de século XVIII, Pirapora do Curuçá foi o primeiro e mais importante proto de reabastecimento e descanso para os bandeirantes que saiam de Araritaguaba (Porto Feliz).




  José de Anchieta
  95º de 322
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1572
Atualizado em 31/10/2025 21:38:52
Nas atas da câmara, de 1572 em diante, nenhum indício se encontra de hostilidades na região de Anhembi
•  Cidades (4): Capivari/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Domingos Luís Grou (72 anos)
•  Temas (1): Rio Anhemby / Tietê
Correio Paulistano/SP
Data: 1942
Página 4
    1 fonte
  1 relacionada

1°. Caminho do Anhembi, Américo de Moura, Correio Paulistano, 22.08.1942, página 4
22 de agosto de 1942, sábado



  José de Anchieta
  96º de 322
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Grou
1573. Atualizado em 23/10/2025 15:38:03
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Domingos Luís Grou (73 anos), Francisco Correa (f.1590), Gregório Ferreira (n.1542), Jorge Ferreira (80 anos)




  José de Anchieta
  97º de 322
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“Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599)
1575. Atualizado em 24/10/2025 02:52:10
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Domingos Luís Grou (75 anos), Francisco Correa (f.1590), Quirino Caxa (37 anos)
 Temas (4): Carijós/Guaranis, Maniçoba, Rio Paranapanema, Caminho do Paraguay





  José de Anchieta
  99º de 322
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Anchieta avisava que os índios carijós, não podendo se “vingar dos castelhanos”, atacavam os portugueses “os quais dizem que todos são uns”
1577. Atualizado em 27/06/2025 06:33:50
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Temas (1): Carijós/Guaranis




  José de Anchieta
  100º de 322
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1578
Atualizado em 02/11/2025 07:46:10
Anchieta começou a governar a província
•  Temas (1): Colégios jesuítas
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX p. 08
Data: 1897


ANO: Exibir antigas
Eventos: 322
\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p415\sting22.txt



  José de Anchieta
  51º de 322
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1561
Atualizado em 02/11/2025 07:46:02
Fundação
•  Cidades (1): Reritiba/ES




  José de Anchieta
  52º de 322
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Ataque aos índios tamoios
4 de abril de 1561, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10
Relacionamentos
 Cidades (4): Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Antônio Salema, Domingos Luís Grou (61 anos), Jerônimo Leitão, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (91 anos)
 Temas (5): Habitantes, Tamoios, Gentios, Rio Anhemby / Tietê, Ouro





  José de Anchieta
  53º de 322
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“De maneira que quase todo o dia se gasta em confissões, e se mais intérpretes houvera, muito mais se confessavam, e não é pequena desconsolação vê-los estar todo o dia esperando na Igreja”
12 de junho de 1561, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:20:08
Relacionamentos
 Cidades (3): Carapicuiba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Caiubi, senhor de Geribatiba





  José de Anchieta
  54º de 322
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2 de julho de 1562, segunda-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:02
Tibiriçá chegou na Vila de São Paulo de Piratininga uma semana antes do ataque, pois um dos homens de seu irmão (Piquerobi), teria traído a Confederação para alertá-lo do ataque
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (92 anos), Piqueroby (1480-1552)
•  Temas (1): São Paulo de Piratininga
    2 fontes
  2 relacionadas

1°. DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?
2003

2°. Cerco Tamoio na Vila de Piratininga, Eduardo Chu, graduando no curso de História da UFF e pesquisador do projeto “Um Rio de Revoltas” – FAPERJ -CNE/2018-2021 (data da consulta)
12 de março de 2023, domingo
A principal liderança das defesas da vila era Martim Afonso Tibiriçá (1470-1562), um tupiniquim convertido e único chefe de seu povo a manter alianças com os portugueses. Isso se deu em razão de os portugueses, ao começarem a encontrar dificuldades em escravizar os tupinambás, se voltarem contra seus próprios aliados tupiniquins. A maioria dos antigos aliados, diante da traição, rompeu com os portugueses e se aliou à Confederação dos Tamoios.

Tibiriçá chegou na Vila de São Paulo de Piratininga uma semana antes do ataque, pois um dos homens de seu irmão (Piquerobi), teria traído a Confederação para alertá-lo do ataque. Nas vésperas da invasão, Tibiriçá foi visitado por seu sobrinho Jaguanharo (filho de Piquerobi) que tentou convencê-lo a se unir aos tamoios, mas sua convicção em sua nova fé prevaleceu e recusou a oferta. Esse ato destaca a importância das alianças entre portugueses e indígenas para o sucesso da colonização e como os dois grupos se misturavam.  ver mais




  José de Anchieta
  55º de 322
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8 de julho de 1562, domingo
Atualizado em 02/11/2025 07:46:03
Anchieta: oitavo dia
•  Cidades (1): São Paulo/SP
•  Pessoas (1): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (92 anos)
•  Temas (2): Nossa Senhora da Visitação, Rio Piratininga
    1 fonte
  1 relacionada

1°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1886
Aludindo ao assalto, escreveu: "Chegando pois o dia, que foi o oitavo da visitação de Nossa Senhora, deram de manha sobre o rio Piratininga com grande corpo de inimigos pintados e emplumados, e com grandes alaridos (...) [P. 336]  ver mais




  José de Anchieta
  56º de 322
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11 de julho de 1562, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:03
Vitória de Tibiriça, cacique dos Guaianase de Piratininga
•  Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (5): Brás Gonçalves, o velho (38 anos), Domingos Luís Grou (62 anos), Francisco de Saavedra (n.1555), Leonardo Nunes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (92 anos)
•  Temas (6): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Guaianase de Piratininga, Jesuítas, Pories, Rio Cubatão
Correio Paulistano/SP
Data: 1938
Página 4
    1 fonte
  1 relacionada

1°. “A profecia de Anchieta”, Dalmo Belfort Matos. Correio Paulistano/SP. Página 4
25 de janeiro de 1938, sexta-feira




  José de Anchieta
  57º de 322
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Anchieta e Manoel da Nóbrega estão em Itanhaém na quaresma que antecedeu a sua ida à aldeia de Iperoig
2 de março de 1563, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:42:54
Relacionamentos
 Cidades (2): Itanhaém/SP, Sorocaba/SP
 Temas (3): Caminho do gado, Jesuítas, Tamoios





  José de Anchieta
  58º de 322
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Manoel da Nóbrega
19 de março de 1563, terça-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:08
Relacionamentos
 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (46 anos)
 Temas (1): Iperoig





  José de Anchieta
  59º de 322
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10 de abril de 1563, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:03
De Itanhaém Anchieta escreve sobre a morte de Tibiriça “Morreu o nosso principal, grande amigo, e protetor Martim Afonso”
•  Cidades (3): Itanhaém/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
•  Temas (1): Caminho do gado




  José de Anchieta
  60º de 322
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“sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós”
16 de abril de 1563, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (4): Curiosidades, Guaranis, Rio Piratininga, Ururay





  José de Anchieta
  61º de 322
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Manoel da Nóbrega a José de Anchieta partiram de São Vicente em direção a região de Iperoig, atual Ubatuba
18 de abril de 1563, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:21
Relacionamentos
 Cidades (3): São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
 Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (46 anos)
 Temas (4): Confederação dos Tamoios, Iperoig, Jesuítas, Tamoios





  José de Anchieta
  62º de 322
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Nóbrega e Anchieta chegam à aldeia de Iperoí
5 de maio de 1563, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:05
Relacionamentos
 Cidades (1): Ubatuba/SP
 Pessoas (2) Manuel da Nóbrega (46 anos), Konyan-bébe
 Temas (2): Jesuítas, Tamoios





  José de Anchieta
  63º de 322
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6 de maio de 1563, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 04:59:07
Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig
•  Cidades (3): São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
•  Pessoas (3): Afonso Sardinha, o Velho (32 anos), Konyan-bébe, Manuel da Nóbrega (46 anos)
•  Temas (9): Confederação dos Tamoios, Gentios, Jesuítas, Pela primeira vez, Peróba, Santa Ana, Tamoios, Tupinambás, Tupiniquim
José de Anchieta
Data: 1563
Créditos: Benedito Calixto
01/01/1563
    8 fontes
  3 relacionadas

1°. Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
1607
Quando Afonso Sardinha, morador na vila de São Paulo tratou no seu testemunho do voluntário cativeiro, em que o Padre José de foi meter para fazer as pazes com os contrários, diz assim:

"Ensinava ao gentio a doutrina e fé Católica, e depois de fazer a doutrina, tomava seu Breviário e se ia pelos matos rezar, e rezando lhe vinha um passarinho muito formoso, pintado de várias cores, andar por riba de seus ombros e por riba do livro e seus braços." [Página 44]  ver mais

2°. “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
2005
Esse interesse pode parecer não surpreendente porque o pragmatismo da orientação religiosa oferece exemplos muito próximos a esse ou até mais exagerados. Mas, certamente, não era o que Anchieta e os jesuítas ensinavam então. De outra passagem se extrai a confirmação disso: tendo fugido um prisioneiro dos Tamoio, Pindobuçu, “mui angustiado”, foi a Anchieta dizendo: “Venho-te a dizer que fales a Deus que faça ir aquele contrário desencaminhado, para que possamos tomar”. Mas, Anchieta ressalva:

“Eu ouvi a sua petição, antes roguei a Deus que o livrasse”. Esse tipo de “proteção” entendida pelos índios não seduzia a todos, especialmente aqueles ciosos de suas virtudes guerreiras. Ao tentar converter um prisioneiro dos Tamoio, em vias de perder a vida num ritual, Anchieta (1988:233) se surpreendeu com sua reação: “dizendo-me que os que nós outros batizávamos não morriam como valentes, e ele queria morrer morte formosa e mostrar sua valentia”.

Logo em seguida começou a insultar seus apresadores: “Matai-me, que bem tendesde que vos vingar em mim, que eu comi a fulano vosso pai, a tal vosso irmão, e a tal vosso filho”. Ato contínuo seus inimigos saltaram sobre ele com “estocadas,cutiladas e pedradas” e o mataram, “e estimou ele mais esta valentia que a salvação de sua alma”.

Teodoro Sampaio (1978e:238) compreendeu bem isso quando escreveu que “o prisioneiro só se tinha por assaz honrado se morria no terreiro, no meio da maior solenidade, para pasto dos seus mais rancorosos inimigos”.

Métraux (1979:47-8) traz um exemplo, reproduzido do relato de experiência pessoal vivida por Jean Léry, ainda mais concludente do imediatismo pragmático das crenças indígenas, que foi inteiramente por eles transportado para a nova religiosidade que se lhes ensinava:

Vi-os muitas vezes tomados de infernal furor, pois, quando se recordam dosmales passados, batem com as mãos nas coxas e suam de angústia,queixando-se, a mim e a outro companheiro, e assim dizendo: - Mair Atouassap, acequeley Aygnan Atoupané (isto é: francês, meu amigo e bom aliado, tenho medo do diabo mais do que de qualquer outra coisa).[1]  ver mais

3°. Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Eduardo Carvalho, G1 (Globo)
3 de abril de 2014, sexta-feira
Ao longo da vida, Anchieta ficou conhecido por sua característica de conciliador. Exerceu papel fundamental durante o conflito entre índios tamoios (ou tupinambás) e tupiniquins, chamado de Confederação dos Tamoios, que, segundo Carla, ocorreu entre 1563 e 1564.

Na época, os tamoios, apoiados pelos franceses, se rebelaram contra os tupiniquins, que recebiam suporte dos portugueses. Para apaziguar os ânimos, Anchieta se ofereceu para ficar de refém dos tamoios na aldeia de Iperoig (onde atualmente fica Ubatuba, no litoral norte de SP), enquanto outro jesuíta, o padre Manoel da Nóbrega, seguiu para o litoral paulista para negociar a paz.

Enquanto esteve "preso", a devoção de Anchieta à Virgem Maria o fez escrever na areia da praia a obra "Poema à Virgem", com quase 5 mil versos. A imagem desse momento foi retratada séculos depois pelo artista Benedito Calixto, no quadro que leva o mesmo nome da obra literária e está exposto atualmente no Museu Anchieta.  ver mais




  José de Anchieta
  64º de 322
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Anchieta
23 de maio de 1563, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:03
Relacionamentos
 Pessoas (1) Cacique Pindoviiú
 Temas (2): Caciques, Confederação dos Tamoios





  José de Anchieta
  65º de 322
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21 de junho de 1563, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:04
Padre Manuel da Nóbrega retornou a São Vicente juntamente com Cunhambebe (filho) para ultimar as negociações de paz entre os indígenas e os portugueses
•  Cidades (3): São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
•  Pessoas (4): Francisco de Saavedra (n.1555), Konyan-bébe, Manuel da Nóbrega (46 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
•  Temas (3): Confederação dos Tamoios, Jesuítas, Tamoios
    1 fonte
  0 relacionadas




  José de Anchieta
  66º de 322
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O Milagre de Suzanna Dias 12 anos de idade (s/ dia confirmada)
junho de 1563. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39
Relacionamentos
 Cidades (5): Ilhéus/BA, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Suzana Dias (1540-1632)
 Temas (2): Gentios, Iperoig


•  Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Eduardo Carvalho, G1 (Globo)
3 de abril de 2014, quinta-feira





  José de Anchieta
  67º de 322
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Um tratado de paz, que não duraria muito, foi firmado e o padre Anchieta deixa a aldeia dos Tamoios, parte da aldeia do chefe Cunhambebe para Bertioga
14 de Setembro de 1563, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39
Relacionamentos
 Cidades (3): Bertioga/SP, Sorocaba/SP, Ubatuba/SP
 Pessoas (3) Cacique Ariró, Konyan-bébe, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
 Temas (4): Jesuítas, Tamoios, Tupinambás, Confederação dos Tamoios





  José de Anchieta
  68º de 322
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4 de dezembro de 1563, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:04
Término do Concílio de Trento
•  Cidades (2): Rosana/SP, Sorocaba/SP
•  Temas (4): Papas e o Vaticano, Santa Ana, Cemitérios, Habitantes
    2 fontes
  0 relacionadas




  José de Anchieta
  69º de 322
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Assinatura da "Paz de Iperoig"
janeiro de 1564. Atualizado em 25/02/2025 04:41:03
Relacionamentos

 Temas (3): Iperoig, Confederação dos Tamoios, Tamoios





  José de Anchieta
  70º de 322
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Mandado pelo seu tio, Me de Sá, Estácio chega à barra do Rio de Janeiro acompanhado de do líder nativo Araribóia, com os seus índios
6 de fevereiro de 1564, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:03
Relacionamentos
 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (3) Estácio de Sá (44 anos), Mem de Sá (64 anos), Arariboia ou Martim Afonso de Sousa (f.1589)
 Temas (2): Tamoios, Temiminós





  José de Anchieta
  71º de 322
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Acórdão
12 de agosto de 1564, quarta-feira. Atualizado em 26/06/2025 08:45:43
Relacionamentos
 Pessoas (2) Henrique I de Portugal (52 anos), Joanes de Bolés (f.1567)
 Temas (1): Inquisição





  José de Anchieta
  72º de 322
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1 de janeiro de 1565, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:05
Giuseppe Adorno conduziu, em sua canoa, Padre Manuel da Nóbrega e José de Anchieta
•  Cidades (2): Santos/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): Giuseppe Campanaro Adorno (61 anos), Manuel da Nóbrega (48 anos)
•  Temas (1): Tamoios




  José de Anchieta
  73º de 322
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Carta de José de Anchieta, escrita em São Vicente
janeiro de 1565. Atualizado em 25/02/2025 04:47:24
Relacionamentos
 Cidades (1): São Vicente/SP
 Temas (2): Jesuítas, Tamoios





  José de Anchieta
  74º de 322
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20 de janeiro de 1565, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:05
Bertioga
•  Cidades (3): Bertioga/SP, Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira
Data: 1896
Página 584




  José de Anchieta
  75º de 322
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A cidade de São Sebastião é fundada por, Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá
1 de março de 1565, segunda-feira. Atualizado em 13/10/2025 20:42:24
Relacionamentos
 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (2) Estácio de Sá (45 anos), Mem de Sá (65 anos)
 Temas (1): Jesuítas

    1 Fontes
   fontes relacionadas





  José de Anchieta
  76º de 322
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9 de julho de 1565, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:05
Um dos primeiros documentos a se referir ao Pão de Açúcar fazendo uma analogia a essas fôrmas, foi uma carta do Padre José de Anchieta ao seu superior Diogo Mirrão
•  Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
•  Pessoas (1): Estácio de Sá (45 anos)
•  Temas (2): Açúcar, Pela primeira vez




  José de Anchieta
  77º de 322
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30 de julho de 1566, sábado
Atualizado em 02/11/2025 07:46:05
Lei impõe regras aos índios que queriam “se vender” como escravizados
•  Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA
•  Pessoas (1): Mem de Sá (66 anos)
•  Temas (6): África, Escravizados, Curiosidades, Jesuítas, Leis, decretos e emendas, Pela primeira vez
    3 fontes
  1 relacionada

1°. JOSÉ DE ANCHIETA - Padre Jesuita - San Cristóbal de La Laguna - Espanha - Peixes. recantodasletras.com.br
15 de março de 2015, domingo
Lutou contra os franceses estabelecidos na França Antártica na baía da Guanabara; foi companheiro de Estácio de Sá, a quem assistiu em seus últimos momentos (1567). Em 1566, foi enviado à Capitania da Bahia com o encargo de informar ao governador Mem de Sá do andamento da guerra contra os franceses, possibilitando o envio de reforços portugueses ao Rio de Janeiro. Por esta época, foi ordenado sacerdote aos 32 anos de idade.  ver mais




  José de Anchieta
  78º de 322
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Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado
novembro de 1566. Atualizado em 31/10/2025 15:25:19
Relacionamentos
 Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA
 Pessoas (6) Antonio Rodrigues "Sevilhano" (50 anos), Inácio de Azevedo, Luís da Grã (n.1523), Mem de Sá (66 anos), Padre Balthazar (30 anos), Pedro Leitão
 Temas (1): Tamoios

    5 Fontes
  3 fontes relacionadas

•  Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
1 de janeiro de 1607, segunda-feira
Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão.

Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6]

•  Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
1 de dezembro de 1896, terça-feira
Logo que chegaram ao Rio de Janeiro, romperam as hostilidades, e, apesar da heroica tenacidade do chefe português, a coragem dos soldados começava a fraquear e os nativos davam indícios de querem regressar ás suas tabas. Critica era por certo a posição de Estácio de Sá. Nesta conjuntura é, porém, chamado para Bahia o irmão Anchieta, afim de receber as ordens sacras. Chegando á Bahia relata ao Governador a critica situação de Estácio de Sá, e o convence de vir auxiliar a seu sobrinho. De fato, em Novembro desse mesmo ano, partiu a nova expedição acompanhando-a Mem de Sá, o BISPO PEDRO LEITÃO, O NOVO PROVINCIAL IGNACIO DE AZEVEDO E ANCHIETA, chegando no Rio de Janeiro á 18 de janeiro de 1567.

•  DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?
1 de janeiro de 2003, quarta-feira
Porem. mais que ludo isso, a figura de Anchieta representa. comoas de Iracema, Vítor Meireles, Gonçalves Dias cte., que aparecem emA Majulade do Xingu c noutras obras do escritor, lima marca de brasilidade. Dividindo com Noel NUle\s as fabulações do moribundo, o jesuíta é o lado brasileiro do menino judeu.

É justamente a brasilidade incutida pelos livros escolares que Antônio Torres irá rever cm 2000, ao lançar Meu Querido Canibal. Tentando resgatar a imagem de Cunhambebe, normalmente delineada com contornos negativos, embora de bravura, ele irá mostrar Anchieta, à semelhança do que fez Pinheiro Chagas", como figura ambígua:

"jesuíta a serviço d´el rei, com uma cruz na mão e uma espada na outra", "estranho padre" que "defendeu a guerra justa contra os hereges (os índios rebeldes à catequização)", que "quando se via impotente na sua missão evangelizadora, proclamava aos ouvidos de seus superiores civis,militares e edesiásticos que a melhor catequese eram a espada e a vara de ferro" (TORRES, 2000. p. 23 e 24).

A hipótese de que tenha lutado juntamente com Mem de Sá contra franceses e tamoios no Rio de Janeiro passa à tese:

"Quem convenceu Mem de Sá a liquidaras tamoios de uma vez por todas foi o jesuíta José de Anchieta, o que tinha por missão a evangelização e pacificação dos índios [...]. E na hora do acerto de contas, largou o rosário e o missal para assumir um lugar de soldado atrás das barricadas" (TORRES, 2000, p. 58).

O episódio de João de Bolés, que aparece na Vida composta a mando da Companhia, para ressaltar um aspecto positivo do apostolado de Anchieta, é utilizado para mostrá-lo como assassino, uma vez que, na versão do romance, é suprimida a explicação para o fato de ter o padre assumido o lugar do carrasco.

Se a propalada castidade é mantida (TORRES, 2000, p. 77), as palavras do poeta do De Gestis ganham foros de "excelsa louvação aos militares" (TORRES, 2000, p. 64), e o padre chega a "trair um segredo de confessionário, ao revelar um plano de ataque dos tamoios a Piratininga, que lhe fora revelado em confissão por Tibiriçá" (TORRES, 2000, p. 66).

Enquanto foi refém, sua facilidade de comunicação e seu magistério tomaram-no popular: ele ensinou aos índios técnicas agrícolas, pecuária, alimentação, medicina; fez-lhes sangrias e curou-os de doenças. Mas, apesar de parecer gostar deles e de eles o terem poupado, Anchieta, nas palavras de Cunhambebe, "branquelo, corcunda, feio feito a peste", revela-se, como o índio previra, "um mentiroso igual aos outros" (TORRES, 2000, p. 88).

De forma muito sutil, Francisco Ivan, cuja poesia relê muitasvezes o IlÚstieo, argúi, no seu A Chave AZI/I, a originalidade dos versos [Página 25 do pdf]





  José de Anchieta
  79º de 322
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1567
Atualizado em 02/11/2025 07:46:06
Primeira Missa em São Vicente
•  Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Inácio de Azevedo, Leonor Leme (f.0), Pedro Leitão, Suzana Dias (27 anos)
•  Temas (3): Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Pela primeira vez
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX p. 06
Data: 1897
Créditos: Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX (1897)
01/01/1897
    4 fontes
  4 relacionadas

1°. Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
1607
Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão.

Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6]  ver mais

2°. Depoimento, em São Paulo, de Suzana Dias nos “Processos Anchietanos”
5 de abril de 1622, sexta-feira

3°. "Milagres de São José de Anchieta" Jornal O São Paulo (03/04/2014)
3 de abril de 2014, sexta-feira

4°. JOSÉ DE ANCHIETA - Padre Jesuita - San Cristóbal de La Laguna - Espanha - Peixes. recantodasletras.com.br
15 de março de 2015, domingo




  José de Anchieta
  80º de 322
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O governador-geral do Brasil Mem de Sá entra na baía do Rio de Janeiro com uma esquadrilha
18 de janeiro de 1567, quarta-feira. Atualizado em 03/09/2025 01:55:52
Relacionamentos
 Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP
 Pessoas (3) Cristóvão de Barros, Mem de Sá (67 anos), Pedro Leitão

    4 Fontes
  2 fontes relacionadas

•  Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
1 de dezembro de 1896, terça-feira
Logo que chegaram ao Rio de Janeiro, romperam as hostilidades, e, apesar da heroica tenacidade do chefe português, a coragem dos soldados começava a fraquear e os nativos davam indícios de querem regressar ás suas tabas. Critica era por certo a posição de Estácio de Sá. Nesta conjuntura é, porém, chamado para Bahia o irmão Anchieta, afim de receber as ordens sacras. Chegando á Bahia relata ao Governador a critica situação de Estácio de Sá, e o convence de vir auxiliar a seu sobrinho. De fato, em Novembro desse mesmo ano, partiu a nova expedição acompanhando-a Mem de Sá, o BISPO PEDRO LEITÃO, O NOVO PROVINCIAL IGNACIO DE AZEVEDO E ANCHIETA, chegando no Rio de Janeiro á 18 de janeiro de 1567. [Página 584]

•  DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?
1 de janeiro de 2003, quarta-feira





  José de Anchieta
  81º de 322
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20 de janeiro de 1567, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:06
Mem de Sá, governador do Brasil, ataca e toma a paliçada de Uruçu-mirim e a de Paranapucu, na baía do Rio de Janeiro
•  Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): Arariboia ou Martim Afonso de Sousa (f.1589), Estácio de Sá (47 anos), Mem de Sá (67 anos), Aymberê (f.1567)
•  Temas (4): Belgas/Flamengos, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Tamoios, Temiminós
A morte de Estácio de Sá
Data: 1937
Créditos: Antônio Parreiras (1860–1937)
    4 fontes
  2 relacionadas

1°. Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
Dezembro de 1896
Depois do descanço de um dia, no dia de São Sebastião, travou-se a terrível peleja que havia de decidir da sorte dos altivos tamoyos.

O clangor das trombetas e o rufar dos tambores anunciaram, logo ao despontar da aurora, dia de peleja; mas nessa era, O SOLDADO CATÓLICO não batia-se com denodo se não contasse com o auxílio do céu, se genuflexo ante os altares, onde se celebrava o eucarístico mistério, não oferecesse a vida em holocausto ao seu Deus, que descia ao santuário da alma purificada pelo sacramento da penitência.

Assim, DEPOIS DE OUVIREM A MISSA, COMUNGARAM E RECEBERAM A BENÇÃO APOSTÓLICA, DADA PELO BISPO LEITÃO, acometeram os portugueses e seus aliados a aldeia d´Uruçumirim, principal acampamento do inimigo.

Dirigiu o Capitão-Mór enérgica fala aos seus soldados, lembrado-lhes a vitória em nome do Santo Padroeiro. Encarniçada foi a luta; os tamoios e franceses opuseram obstinada resistência aos esforços dos guerreiros de Estácio de Sá; o pelouro cruzava-se nos ares com a hervada seta e a espada encontrava-se com o tacapé. Era uma cena de horror e confusão; uma guerra de canibais.

Os tupiminós cevavam o seu implacável ódio no sangue dos tamoios; vendo VENDO IGUALMENTE OS PORTUGUESES NOS FILHOS DA BELA FALICIA OUTROS TANTOS CUJAS VIDAS NÃO LHES ERA PERMITIDO POUPAR. Assim as crueldades inerentes ás guerras, juntava-se ainda esta, O IMPLACÁVEL FUROS DAS CONTENDAS RELIGIOSAS. O delírio do combate os tinha cegado; sua alma se fecharia a todos os sentimentos nobres e generosos; uma só ideia sobre eles predominava, o de abrasar as aldeias contrárias, exterminando os seus defensores.

O cronista da Companhia de Jesus, Padre Simão de Vasconcelos, nos diz com plácida indiferença que NEM UM SÓ TAMOIO ESCAPOU COM VIDA, e dos franceses cinco que caíram nas mãos dos portugueses, FORAM PENDURADOS EM UM PAU PARA ESCARMENTO DOS OUTROS! O que respeitou o arcabuz e a bombarda, completou o incêndio, que devorou em poucas horas as pobres cabanas dos filhos das palmeiras!...

"Era conveniente aproveitas o belicoso ardor dos soldados: resolveu-se, portanto atacar a ilha do Governador, chamada então Paranápucuhy, onde o inimigo possuía um fortíssimo reduto, rodeado de cercas duplicadas que o tornavam quase inexpugnável. Para ai foi pois transportada a artilharia, cujo horríssono estampido repercutido pelos ecos da baia misturava-se coma confusa grita dos selvagens e os roucos sons dos borés.

Esse dia devera ser fatal aos adoradores de Tupan: tiveram de ceder a fortuna de seus contrários, e, abandonando suas aldeias, que o fogo consumia, foram buscar nas regiões ainda desconhecidas temporária asilo, donde também devera expeli-los a desenfreada cobiça dos colonizadores.

Os epenicios da vitória, e os cânticos de jubilo foram interrompidos para dar lugar ao luto e ás lágrimas: o heroico Estácio de Sá, acabava de expirar vítima de oculto veneno de seta de dextro tamoio".

Agora caro leitor, é justo oque pergunteis, qual a causa de uma guerra tão cruel e desumana? Seria porque os tamoios, cônscios de sua liberdade, repeliam a escravidão? [Páginas 584 e 585]  ver mais

2°. 20 de Janeiro - O verdadeiro início da cidade. Por Paulo Sergio Villasanti professor de História (data da consulta)
4 de março de 2021, sexta-feira
O entrincheiramento de Uruçumirim foi uma paliçada franco-tamoia localizada no atual outeiro da Glória. Foi atacada e invadida pelos tropas portuguesas e temiminós em 20 de janeiro de 1567, consolidando o domínio português na região e marcando a verdadeira colonização portuguesa no Rio de Janeiro.

BARRETTO (1958) dá-o como uma bateria, erguida no outeiro da Glória entre 1555-1567 e complementa com a data da sua conquista pelas forças portuguesas, 20 de janeiro de 1567, ocasião em que Estácio de Sá (1510-1567) foi ferido por uma flecha no olho, vindo a falecer um mês após, a 20 de fevereiro (op. cit., p. 256).

A decisiva batalha de Uruçumirim envolveu 1.200 combatentes (as forças temiminó-portuguesas somavam mais de 420 combatentes), nela tendo perecido Aimberê, líder à época da confederação dos Tamoios (1555-1567), cuja cabeça (e as de outros líderes indígenas) foi cortada e exibida numa estaca. Seiscentos tamoios e cinco franceses morreram na batalha de Uruçumirim, e dez franceses foram enforcados no dia seguinte à batalha.

O padre jesuíta José de Anchieta (1534-1597), cronista da campanha, reportou o seu saldo à época: "160 aldeias incendiadas, passado tudo a fio de espada".

Dia 20 de Janeiro é o dia do Santo Padroeiro da cidade, São Sebastião, mas é também o dia do Inicio do Rio de Janeiro .

"Os selvagens, de que falo, são muito dados à guerra com os vizinhos, sobretudo com os margajás (Temiminos) e os tabaiaras (Tamoios). Como não têm outro meio de apaziguar suas Guerras, batem-se valente e firmemente. Nesses embates reúnem-se seis mil homens, algumas vezes dez mil e, outrora, até doze mil, isto é, aldeias contra aldeias. Ou, também, se batem quando, casualmente, há encontros entre uns e outros.

Do mesmo modo procedem os naturais do Perú e os indios chamados cannibaes. Antes de empreenderam algum grande cometimento, quer bélico ou não, os selvagens convocam-se em assembleias principalmente os mais velhos, nas quais não tomam parte as mulheres e crianças. Os homens se reúnem de maneiras que me fazem lembrar o louvável costume dos governadores de Thebas, antiga cidade da Grecia, os quaes, quando deliberavam sobre assumptos da republica, permaneciam sempre sentados em terra.

Não menos estranho é o fato de os selvagens americanos jàmais assinarem tréguas, ou pactos, qualquer que seja o grau de inimizade entre si, como fazem as demais nações, mesmo as mais cruéis e barbaras, a exemplo dos turcos, mouros e árabes. E julgo que Theseu, a quem se deve o primeiro armísticio entre os gregos, se estivesse entre os selvagens americanos, ver-se-ia mais embaraçado do que era de crer.

Os indígenas conhecem alguns ardis de guerra, tão bons quanto os de qualquer outros povos. E, inimizados perpetuamente contra aqueles seus vizinhos, procuram-se, frequentes vezes, uns aos outros, batendo-se com tanta fúria quanto lhes é possível. Por isso, todos se vêem constrangidos a proteger suas aldeias com armas e guerreiros. Os ataques são feitos geralmente à noite, quando, então, se reúnem em massa.

Constitue excelsa honra assaltar o inimigo no próprio solo deste, trazendo, de volta, cativos. Quem mais victimas fizer, será tanto mais honrado e celebrado por seus companheiros, qual se fôra um monarcha ou illustre senhor.

Afim de surprehender a aldeia rival, empregam os indios tatica de ocultar-se, à noite, pelos matos, à semelhança de raposas. ali permanecendo o espaço de tempo necessário e conveniente para o assalto. E, quando alcança a aldeia, usam o artificio de lançar fogo às cabanas dos adversarios, afim de obrigá-los a sair do abrigo, juntamente com sua bagagem, suas mulheres e seus filhos."

Trecho do Livro "As singularidades da França antártica" do Franciscano Francês André Thevet sobre as hostilidades entre os índios que habitavam a Baia de Guanabara em 1557.  ver mais




  José de Anchieta
  82º de 322
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1567
Atualizado em 02/11/2025 07:46:07
O padre Balthazar Fernandes dá novas sobre o Rio de Janeiro, logo após a expulsão definitiva da pequena colônia francesa
•  Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
•  Pessoas (3): Padre Balthazar (31 anos), Joanes de Bolés (f.1567), Jacques Le Balleur
•  Temas (4): Cabo Frio, Franceses no Brasil, Pau-Brasil, Tamoios
    4 fontes
  4 relacionadas

1°. Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
Dezembro de 1896
O Carrasco de Bolés

Neste trabalho que apresento ao público paulista, tão cioso de suas glórias, que galhardamente se ostentam nas páginas mais gloriosas da História Pátria, desejo, até onde me for possível, salientar o caráter de Anchieta como missionário paulista.

No panfleto já publicado, e tão benevolamente acolhido pela imprensa livre e republicana, pela imprensa que não se suborna a um cego interesse partidário absurdo e até imoral, que sabe dar valor e prestígio aos depoimentos da história sejam contra quem quer que for - demonstrei que Anchieta não era merecedor de uma estátua, levantada pelo Estado:

1° - Porque não fora o fundador nem de São Paulo, nem de colégio ai inaugurado a 25 de janeiro de 1554

2° - Porque não promoveu absolutamente nada, em São Paulo, por sua iniciativa, a benefício dos paulistas

3° - Porque a pacificação dos Tamoios que tentou realizar, não foi não foi por iniciativa de Anchieta, como também não se realizou

4° - Porque considerado pelo lado cientifico, é uma personalidade mais que medíocre, não foi homem ilustrado

5° - Porque os seus trabalhos literários não tem valor real, nem mesmo fins literários teve em vista o seu autor

6° - Porque o valor da catequese por ele realizada e por seus colegas, além de excessivamente material, não foi com a brandura própria de um ministro de Cristo

7° - Porque as artes mecânicas que ensinou, nem merecem o nome de arte

8° - Porque foi um missionário intolerante e fanático, a ponto de servir de carrasco para um herege, que ele mesmo converteu e batizou, tornado-se, pois, carrasco de seu próprio filho na fé, tornando-se um parricida moral!

Este último fato bastaria para patentear que o caráter de Anchieta nunca foi o de ministro de Jesus, que disse: "amai aos vossos inimigos! Mas não se deve encarar o caráter de Anchieta só pelo lado religioso, que lhe seria completamente fatal: basta Anchieta ser um jesuíta que obedece cegamente, que anula a sua individualidade, tornando-se passivo, moralmente morto, nas mãos do seu superior, como um cadáver nas mãos do anatomista. Quem assim procede não tem caráter está na concepção convicta de sua liberdade e, portanto, de sua responsabilidade.

“Aqui não considero Anchieta como um ser passivo - como um jesuíta: considero como um homem. Aqui não faço especulações filosóficas para patentear os predicados do seu caráter individual - mas, a posteriori, a luz dos fatos registrados na História Pátria, procuro tornar evidente o caráter jesuíta que querem imortalizar, já que pôde imortalizar-se pelas suas obras!

Aqui não se argumenta, não se discute pró ou contra José de Anchieta - aqui se invoca a verdade dos fatos, o testemunho insuspeito dos depoimentos da História! Aqui não se inventa, não se fantasia, aqui apela-se para os fatos - porque contra fatos não há argumentos!

O autor destas linhas não é jesuítas, não é carola, não é fanático, não é intolerante, mas tem consciência de tratar desta momentosa questão com o maior escrúpulo, afastando-se sistematicamente, do terreno apaixonado, da linguagem inconveniente, que ás vezes os próprios fatos como que forçam o escritor a ler. Este trabalho não visa lucros pecuniários, é feito exclusivamente pelo amor á verdade”. [Páginas 571 e 572]  ver mais

2°. José de Anchieta não matou um cara. Postado por A Catequista, em ocatequista.com.br
2 de abril de 2014, sexta-feira
Para garantir a ocupação da Guanabara e reestabelecer a paz na região, era preciso expulsar de vez esse pessoal, já que os meios diplomáticos haviam sido insuficientes. Com sua influência junto aos índios tupis, Anchieta ajudou a reforçar a armada de Estácio de Sá, reunindo um grande número de guerreiros. Depois, como capelão das tropas, o santo cuidou dos feridos e ajudou a manter a moral de todos em alta.

Resultado: em 1567, a guerra terminou com a vitória portuguesa e a derrota definitiva da Confederação dos Tamoios. Cerca de dez combatentes franceses foram feitos prisioneiros e condenados à morte pela forca. Não foram condenados por heresia, mas sim por crime de invasão territorial e apoio à guerra contra os portugueses.

Era chegado o momento da execução do último francês. Para a sua desgraça, seu suplício foi aumentado por causa da incompetência do carrasco jeselito, que deu uma laçada muito mal-feita. O homem se debatia pendurado pelo pescoço, sem morrer. Para dar breve fim a essa aflição, Padre Anchieta deu uma bronca no carrasco, para que fizesse direito seu trabalho. O laço foi então refeito do modo correto, e o francês finalmente morreu, tendo abreviado os seus tormentos.

Basta um mínimo de boa vontade para notar que, em vez de desmerecer José de Anchieta, esse ato se soma aos seus incontáveis gestos de amor caridade. Ajudou o condenado a ter uma morte mais rápida e com menos sofrimento.

Porém, entrou em cena a eficiente AMHP: Agência de Manipulação Histórica Protestante. O episódio foi grotescamente distorcido para tentar manchar a trajetória do santo. Espalham por aí que o carrasco estava com peninha do francês, e por isso, estava demorando demais para aplicar a pena. Então, o Padre Anchieta o teria enforcado com suas próprias mãos.

As evidências a favor de Anchieta já foram apresentadas pelo padre Hélio Abranches Viotti, SJ. O caso foi discutido em Roma no século XVIII, e não foi considerado impedimento para a canonização do nosso maior missionário. A Igreja se pronunciou oficialmente, garantindo que Anchieta não cometeu qualquer pecado ou irregularidade nesse caso.

Em primeiro lugar, foi um gesto de compaixão. Em segundo lugar, o tal francês enforcado não era João de Bolés (Jean le Balleur), conforme afirmam os autores protestantes. Vários documentos evidenciam que o calvinista João de Bolés foi processado na Bahia, mandado para Portugal e absolvido.

Portanto, João de Bolés não morreu no Brasil, muito menos no Rio de Janeiro, conforme provam diversos documentos citados no livro do Pe. Viotti, entre eles uma carta de José de Anchieta:

“Um dos moradores desta fortaleza era um Joanes de Bolés, homem douto nas letras latinas, gregas e hebraicas e muito lido na Sagrada Escritura, mas grande herege (...). Ali começou logo a vomitar a peçonha de suas heresias. Ao qual resistiu o Pe. Luis da Grã e o fez mandar preso à Bahia de todos os Santos. E daí foi mandado pelo Bispo dom Pedro Leitão a Portugal, e de Portugal doi para a Índia e nunca mais apareceu.” - José de Anchieta. Cartas Jesuíticas, III, 312

Essa confusão protestante também foi desmascarada no livro “Villegagnon e a França Antártica: Uma Reavaliação”, de Vasco Mariz e Lucien Provençal (saiba mais aqui).“A verdade vos libertará”, ensinou Jesus. Porém, os protestantes insistem em sua estratégia suja de deturpar a história – como se já não bastasse a deturpação da doutrina cristã – para difamar o catolicismo. Nesse mundo, devemos reconhecer, eles obtêm razoável êxito. Suas mentiras levaram e ainda levam muitos católicos a abandonarem a Igreja, ou pior: estando dentro dela, rejeitam boa parte de seus ensinamentos e se deixam influenciar pelo veneno protestante.

Mas a verdade é de Cristo, e Cristo é a verdade. E o fato, que vale acrescentar, é que o Padre Anchieta conseguiu adiar em alguns dias a execução do tal francês, que estava apegado às suas heresias. Com sua peculiar doçura e sabedoria, ajudou o homem a abraçar a verdadeira fé. Sim, o pseudo-mártir protestante morreu católico!  ver mais

3°. 20 de Janeiro - O verdadeiro início da cidade. Por Paulo Sergio Villasanti professor de História (data da consulta)
4 de março de 2021, sexta-feira
A decisiva batalha de Uruçumirim envolveu 1.200 combatentes (as forças temiminó-portuguesas somavam mais de 420 combatentes), nela tendo perecido Aimberê, líder à época da confederação dos Tamoios (1555-1567), cuja cabeça (e as de outros líderes indígenas) foi cortada e exibida numa estaca. Seiscentos tamoios e cinco franceses morreram na batalha de Uruçumirim, e dez franceses foram enforcados no dia seguinte à batalha.  ver mais

4°. Jacques Le Balleur, consulta em Wikipédia (data da consulta)
7 de fevereiro de 2024, sexta-feira




  José de Anchieta
  83º de 322
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Falecimento de Estácio de Sá no Rio de Janeiro
20 de fevereiro de 1567, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:30
Relacionamentos
 Cidades (1): Rio de Janeiro/RJ
 Pessoas (2) Estácio de Sá (47 anos), Mem de Sá (67 anos)





  José de Anchieta
  84º de 322
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Abril de 1567
Atualizado em 02/11/2025 07:46:07
Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício*
•  Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA
•  Pessoas (2): Mem de Sá (67 anos), Jacques Le Balleur
•  Temas (3): Metalurgia e siderurgia, Jesuítas, Assassinatos
    6 fontes
  6 relacionadas

1°. Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
Dezembro de 1896

2°. DOSSIÊ: ESCRITAS DA HISTÓRIA E MEMÓRIA ANCHlETA NOBRASlL: QUE MEMÓRIA?
2003

3°. José de Anchieta não matou um cara. Postado por A Catequista, em ocatequista.com.br
2 de abril de 2014, sexta-feira

4°. O santo que Anchieta Matou. Reverendo Jorge Aquino, revjorgeaquino.wordpress.com
3 de abril de 2014, sexta-feira

5°. JOSÉ DE ANCHIETA - Padre Jesuita - San Cristóbal de La Laguna - Espanha - Peixes. recantodasletras.com.br
15 de março de 2015, domingo
Investigações históricas, baseadas em documentos da época (correspondência de José de Anchieta e manuscritos de Goa) revelam que o huguenote não morreu no Brasil. Na verdade foi conduzido a Salvador, na capitania da Bahia, e daí mandado a Portugal, onde teve o seu primeiro processo concluído em 1569. Em um segundo processo no Estado Português da Índia, em 1572, foi finalmente condenado pelo tribunal da Inquisição de Goa.  ver mais

6°. Jacques Le Balleur, consulta em Wikipédia (data da consulta)
7 de fevereiro de 2024, sexta-feira
Em São Vicente, Le Balleur pregou a fé cristã a partir do ponto de vista calvinista, levando os jesuítas a forçarem a Câmara a prendê-lo em 1559. Foi torturado para dar informações estratégicas do Forte Coligny. Foi levado a Salvador, onde Mem de Sá concordou em condená-lo por ser seguidor da fé protestante, e onde foi executado em abril de 1567, na presença do padre José de Anchieta. [ROCHA POMBO, José Francisco da. História do Brasil]  ver mais




  José de Anchieta
  85º de 322
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Segundo Azevedo Marques, Heliodoro Euban foi morto neste dia, em 1569, combatendo contra os franceses em Cabo Frio
8 de junho de 1567, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 18:40:14
Relacionamentos
 Cidades (2): Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Arariboia ou Martim Afonso de Sousa (f.1589), Francisco de Saavedra (n.1555), Giuseppe Campanaro Adorno (63 anos), Hans Staden (42 anos), Heliodoros Eobanos Hessus (38 anos), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688)
 Temas (4): Alemães, Caminho do Peabiru, Franceses no Brasil, Ordem de Cristo

    1 Fontes
   fontes relacionadas





  José de Anchieta
  86º de 322
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  José de Anchieta
  87º de 322
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5 de dezembro de 1567, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:08
CARTA DE BALTHAZAR FERNANDES (233), DO BRASIL, DA CAPITANIA DE S. VICENTE DE PIRATININGA AOS 5 DE DEZEMBRO DE 1567.
•  Cidades (7): Cabo Frio/RJ, Itanhaém/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (6): Luís da Grã (n.1523), Manuel da Nóbrega (50 anos), Padre Balthazar (31 anos), Mem de Sá (67 anos), Manoel de Chaves, Vicente Rodrigues
•  Temas (24): Aldeias, Cabo Frio, Caminho do Mar, Capitania de São Tomé, Capitania de São Vicente, Capitania do Rio de Janeiro, Carijós/Guaranis, Gentios, Ouro, São Paulo de Piratininga, Vinho, Cristãos, Léguas, Algodão, Açúcar, Inferno, Caciques, Cruzes, Piratininga, Gados, Trópico de Capricórnio, Dinheiro$, Assassinatos, Neve
Jornal Correio Paulistano
Data: 1918
10/10/1918
    1 fonte
  1 relacionada

1°. “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”
1555


    Registros relacionados
22 de fevereiro de 1567, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:03
1°. Início da Quaresma
24 de julho de 1567, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:01
2°. Chegada




  José de Anchieta
  88º de 322
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Sermão
janeiro de 1568. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): São Paulo/SP





  José de Anchieta
  89º de 322
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9 de fevereiro de 1568, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:08
Enforcamento
    1 fonte
  1 relacionada

1°. O santo que Anchieta Matou. Reverendo Jorge Aquino, revjorgeaquino.wordpress.com
3 de abril de 2014, sexta-feira




  José de Anchieta
  90º de 322
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Outubro de 1568
Atualizado em 02/11/2025 07:46:09
Sermão*
•  Cidades (1): São Vicente/SP
Anchieta e Vieira: paradigmas da evangelização no Brasil
Data: 2001
Página 100




  José de Anchieta
  91º de 322
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Anchieta
dezembro de 1568. Atualizado em 23/10/2025 15:36:41
Relacionamentos
 Cidades (5): Itu/SP, Porto Feliz/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco Correa (f.1590), Gregório Ferreira (n.1542), Jorge Ferreira (1493-1591), Manuel Veloso, Rio de Una da Conceição
 Temas (5): Abayandava, Gentios, Léguas, Nossa Senhora da Conceição, Rio Sorocaba


•  “Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599)
1 de janeiro de 1575, quarta-feira
A Historia de la fundacion del collegio del Rio de Henero registra que, 1 ano depois do retorno do homizio, o “homem branco” que acompanhara Grou se desentendeu com o capitão e terminou sendo morto pelo filho deste (op.cit., p. 127). Viotti, que data de 1568 o resgate feito por Anchieta, diz que esse era Francisco Correia e que acompanhara Grou em seu desterro para o sertão (op.cit., p. 159 e 167). Esse dado da morte de Correia é desmentido pela informação da sessão de 5 de dezembro de 1593, de que perecera em entrada junto com Grou (ACSP, I, 476).

•  Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)
1 de janeiro de 1607, segunda-feira
Dali a alguns tempos sucedeu que dois homens de croncrenas largas e de nome como gentio contrario temendo o castigo devido a suas graves culpas, se levantaram e com suas famílias se foram meter entre os inimigos, pelo que com razão se temia viessem com poder de gente a destruir a Capitania.

Vendo o Padre José que não havia contra este perigo forças humanas, e confiado só nas de Deus se determinou ir para buscar os alevantados e reduzi-los á obediência de seu capitão, levando largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Padre Vicente Rodrigues, e outros homens, e um nativo mui esforçado, o qual depois de Deus foi todo seu remédio no perigo em que se viu.

Tinham navegado por rios 8 dias em uma canoa de casca; são estas interiças, da grossura de um bom dedo polegas, mas tem um mal que em se alagando não dão mais mostras de si, o que não tem as de pau, que por mais que se alaguem, ou virem nunca se vão ao fundo.

Chegaram os navegantes a uma cachoeira, ou salto que o rio faz, e os padres iam rezando as horas da Conceição de Nossa Senhora, se não quando se vão todos ao fundo com a canoa, em altura de 4 ou 5 braças de água; mas todos saíram a nada, só o bom Padre José não apareceu:

não sofreu o coração do nativo deixar por bom espaço de tempo, e não no achando vem se a cima a tomar fôlego e descansar um pouco; deita-se outra vez de mergulho, e quer Deus que o acha assentado no fundo; pega dele pela roupa e o Padre deixa-se vir sem aferrar no nativo, e desta maneira vem a cima, são e salvo.

Com suma alegria e consolação dos presentes: esteve debaixo d´água obra de meia hora, não desacordado, antes muito em seu juízo, lembrando-se de três coisas, como ele depois disse: de Jesus, da Virgem Maria de Deus, e de não beber água, como de certo não bebeu.

Não se acabaram aqui os trabalhos daquele dia; porque era já noite, e chovia, e acharam-se no mato espesso, sem fato para mudar, nem coisa para comer, nem fogo com que se remediar, nem uma choupana em que se meter, nem caminho que seguir; finalmente, quando todo o humano lhes faltou, então lhes acudiu o Senhor;

porque andando assim ás apalpadelas um pedaço de caminho, vão dar nas mesmas casas dos homens, que iam buscar, os quais vendo os padres tão maltratados, de tal maneira se lhes mudaram os corações que lançados aos pés do Padre José com muitas lágrimas diziam:

Ainda Padre meus pecados haviam de abranger a vossa reverendíssima! Recolheram-nos logo em suas choupanas, e procurando todo o necessário com muita caridade, e vendo o perdão que lhes levava, e o trabalho que por eles tomara, foi fácil acabar com eles se tornassem para São Vicente.

•  Processos Anchietanos: Depoimento de Belchior, Revista da ASBRAP nº 3, páginas 40 e 41
8 de maio de 1627, sábado
O relato de Belchior Ferreira (ouvido a 8 de maio de 1627), natural da vila de São Vicente, com mais de 80 anos de idade, filho de Belchior Ferreira e de Catarina Monteiro. Conheceu-o na capitania de São Vicente e nesta cidade, de 74 anos para cá, pouco mais ou menos. E o tratara familiarmente porque ele o criou e doutrinou. Foi seu companheiro em visitas e jornadas em Santos, Bertioga, Itanhaém e São Paulo. Viveu com Anchieta na Casa de São Vicente. Eram tios dele testemunha Gregório Ferreira e Baltazar Ferreira.

Andando dois homens portugueses, por nome Francisco Corrêa e Domingos Luís na vila de São Vicente, levantados com o gentio do sertão, o Capitão Jorge Ferreira (genro de João Ramalho) fizera muito por o haver, mas sem efeito.

E oferecendo-se o Padre Anchieta a os ir buscar, fora e os trouxera. Em o caminho, indo por um rio se virara a canoa, ficando o Padre no fundo, por um pedaço de tempo, sem se afogar. E entrando depois os índios na água a o buscar, o acharam embaixo dela em oração, o que todos então tiveram por milagre. Mas que ele testemunha o não viu, só ouviu publicamente.Mas que vira, estando ele testemunha com o dito padre na Casa de São Vicente, ele lhe dera um escrito para o dito Capitão Jorge Ferreira, em que lhe dizia que o dito Francisco Corrêa lhe queria pedir licença para tornar ao sertão, e que convinha ao serviço de Deus não lhe dar.

E encarregara a ele testemunha fosse muito depressa, antes que o dito Francisco Corrêa se partisse, porque se estava embarcando. E que, chegado ele testemunha e dando o dito escrito ao dito Capitão, ele dissera que não daria a tal licença. E neste momento chegou o dito Francisco Corrêa e lha pedira.

E por lha negar, se soltara em palavras, de que sentido um filho do dito capitão, o repreendeu, de que o dito Francisco Corrêa se agravou e lhe atirou uma flechada, em retorno da qual o dito filho do dito capitão, por nome Gregório Ferreira lhe atirou outra, com que o matou logo.

E tornando-se ele testemunha para onde o dito padre estava, que era daí distância de quatro léguas, sem haver pessoa outra que pudesse dar notícia do sucedido, o dito padre, em lhe chegando, lhe dissera: “basta, que matou vosso tio a Francisco Corrêa”.

E dizendo ele testemunha que sim, tornava o dito padre a dizer: “não o matou ele, senão mataram-no seus pecados!”

O que mais se confirmou, quando se soube depois que o dito Francisco Corrêa e seu companheiro Domingos Luís, estavam consertados a levarem suas mulheres e filhas para o sertão e as entregarem aos índios, em troco de suas mancebas que no sertão tinham.

•  Vida do Venerável Padre José de Anchieta, 1672. Simão de Vasconcelos (1597-1671)
1 de janeiro de 1672, sexta-feira
“um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros, que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”.

Notório foi o caso de Francisco Correa, era este companheiro de Domingos Luis Grou, os quais com mulheres e famílias trouxera do sertão José de Anchieta com perdão de seus crimes.

Estava o dito Francisco Correa para partir do porto de Santos em um navio, pediu licença a Jorge Ferreira, que então era Capitão da terra, e sobre lhe negar tiveram palavras pesadas, das quais resultou que um filho do Capitão, Gregório Ferreira o matou as frechadas:

Foi caso fortuito, e incontinente um sobrinho do matador se acolheu com toda a pressa para dai a quatro léguas, onde então estava José, o qual em o vendo, e sem que tivesse outra notícia, disse, basta que é morto Francisco Correa? Respondeu que sim; tornou José, não o matou a ele vosso tio mataram-no seus pecados.

Duas coisas se tiveram aqui por profecias, uma foi da notícia da morte, porque constou, que ninguém viera diante ao sobrinho ao matador:

Segunda, a notícia do pecado do morto, porque contou, que em o navio em que estava para partir, e sobre que fora a contenda, tinha metido mulher e filhos, e determinava também a mulher e filhos do amigo Domingos Luis Grou, e ir-se segunda vez ao sertão a entrega-las aos nativos, a troco de mancebas que por la deixara.

•  Rio Sorocaba
7 de agosto de 1754, quarta-feira
“(...) Cachoeira aonde se afogou um Clérigo, e tem muitas pedras, embucamos em terra a passar a Trapa, saímos pelas 3 horas, e sendo 4 horas pouso mato embaraçado.7 de agosto, saída do pouso as oito horas e um quarto, sendo três horas passamos a Cachoeira chamada a do "Gracia", por se afogar um homem deste nome, e é Cachoeira pequena dez horas a de "Peres" Cachoeira pequena, também se afogou sendo meio dia Capibari Rio á direita, uma hora Serocaba rio á esquerda fizemos parada a ajuntar as canoas (...)”

•  Teotônio José Juzarte, que escreveu seu diário de navegação
1 de janeiro de 1769, domingo

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
Nessa ocasião Anchieta resolveu intervir conjurando o perigo. Obteve dos camaristas “salvo-conduto e perdão daqueles delinqüentes” e em companhia do Pe. Salvador Rodrigues e do secular Manuel Veloso e de alguns índios desceu o Anhembi. A canoa em que iam, naufragou e o Pe. Anchieta foi salvo por um índio, e o lugar, que era encachoeirado, ficou a chamar-se Abaremanduava que quer dizer cachoeira do Padre.

É esse sem dúvida o episódio referido pelo Padre Pedro Rodrigues na vida do Padre José de Anchieta (Anais da Biblioteca Nacional, vol. 29, pág. 219) quando conta que “sucedeu que dois homens, de consciências largas e de nome, temendo o castigo de suas grandes culpas, se levantaram e com suas famílias, se foram meter com os gentios inimigos pelo que, com razão, se temiam não viessem com poder de gente a destruir a capitania.

Vendo o Pe. José que não havia contra esse perigo forças humanas e confiado só nas de Deus se determinou de ir em pessoa a buscar os alevantados e reduzi-los a obediência do seu capitão levando-lhes largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Pe. Vicente Rodrigues e outros homens e um índio esforçado”. Houve o naufrágio da canoa em que iam e o índio salvou o Pe. Anchieta, depois de dois mergulhos, que duraram meia hora debaixo d’água. Trouxe o Padre Anchieta os dois homens alevantados para a vila.

Mas, daí a um ano, um desses homens (e que não é nomeado) “quis tornar ao sertão, mas o capitão recusou-lhe a licença, e por isso ele o maltratou por tal forma que um filho do capitão o matou a frechadas.

O episódio do naufrágio foi posteriormente a 1572, quando Anchieta veio a S. Vicente com o Bispo D. Pedro Leitão e o Visitador da Companhia Pe. Ignácio de Azevedo.

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. Vol. LXXXVII
1 de janeiro de 1992, quarta-feira
Sabemos da ida do padre Anchieta em 1568 em missão muito simpática. Foi levar, em mãos, como exigia o favorecido, o perdão da justiça ao régulo Domingos Luiz Grou que a vila de São Paulo desejava ter dentro de seus muros para ajudar na sua defesa. Somente voltaria se o padre Anchieta fosse buscá-lo.

Como se vê, já naquele tempo, poderosos usufruindo de prestígio gozavam de fortes regalias! Mas impõe-se-nos uma pergunta: se Grou fora homiziar-se naquelas paragens o fizera porque já, por ali, se navegava e morava.

•  Indígenas do planalto paulista, 2000. Benedito A. Prezia
1 de janeiro de 2000, sábado
Quanto aos indígenas distantes, é possível que tenham vindo grupos do médio Tietê, com os quais os moradores de Piratininga estavam articulados.

E foram estes que reclamaram dos portugueses, pois “se escandalizaram e começarão a falar mal contra os christãos que de tão longe os faziam vir”, enquanto que os cristãos de perto, isto é, os portugueses do litoral, se mostravam “fracos e medrosos”. Foi nestas aldeias do médio Tietê, talvez no rio Sorocaba, que Domingos Luís Grou foi se refugiar, depois de cometer um homicídio.

•  Jesuítas e a escultura de Anchieta em Salto
13 de março de 2009, sexta-feira

•  Língua Portuguesa, língua Tupi e língua Geral: jesuítas, colonos e índios em São Paulo de Piratininga: o que entendiam, o que praticavam, o que conversavam, 2011. João Batista de Castro Júnior
1 de janeiro de 2011, sábado
Mas o pragmatismo escravista português fez com que fossem aproveitados indivíduos que se aproximavam dos costumes dos índios, como hábeis apresadores e falantes de suas línguas, a exemplo dos filhos e netos de João Ramalho, que compuseram várias expedições, como Antônio Macedo, Vitório Ramalho, Gregório Ramalho, Belchior Carneiro e Francisco Tamarutaca, além de portugueses como Domingo Luís, o Grou, alcunha que, em condições normais, pelo seu significado de “diabo”, provocaria repulsa e rejeição do seu destinatário, mas, em São Paulo, carregava consigo desleixada jocosidade de que se orgulhava tanto seu portador quanto os descendentes, aos quais foi legada como herança.

Interessava a São Paulo a capacidade de mobilização de seus rebentos mamelucos, aqueles “valentíssimos homens, grandíssimos línguas” a que se referiu Quirício Caxa ao relatar a ida de Anchieta ao sertão de Anhembi para resgatar Grou da indianização.

Com essa prole, e unidos a ramalhenses, Domingo Luís encabeçava ações que exemplificavam o suporte econômico da Vila: o apresamento de índios. Essa habilidade não passava despercebida da Companhia de Jesus, que recebeu ex-traficante de escravos índios, como Pero Correia, e um ex-soldado como Antônio Rodrigues.

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
8 de agosto de 2022, segunda-feira
Passados treze anos, é o próprio Anchieta, já agora sacerdote quem se dirige, em companhia de Vicente Rodrigues, do Português Manuel Veloso Espínola e de um grupo de nativos cristãos a esta mesma região da antiga Aldeia de Maniçoba. Últimos meses de 1568. Vem recuperar para a vida cristã e civilizada dois criminosos, foragidos com suas famílias para o meio dos selvagens arredios do Anhembi, Domingos Luis o Grou e Francisco Correia.

•  Terra das Monções, consultado em portofeliz.sp.gov.br/historia
23 de maio de 2023, terça-feira





  José de Anchieta
  92º de 322
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José de Anchieta percorreu as terras do Espírito Santo
janeiro de 1569. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (4): Guarapari/ES, Reritiba/ES, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Temas (1): Jesuítas





  José de Anchieta
  93º de 322
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20 de março de 1569, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 07:46:09
Nascimento de Clemente Alvares em São Paulo, filho de Álvaro Rodrigues e de Catarina Gonçalves; foi batizado pelo Padre Anchieta
•  Cidades (3): Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP
•  Pessoas (6): Alvaro Rodrigues, Caethana/Catharina Ramalho, Catarina Gonçalves I, Clemente Álvares (1569-1641), Domingos Luís Grou (69 anos), Rodrigo Alvares (f.1598)
•  Temas (2): Jeribatiba (Santo Amaro), Ybyrpuêra
Correio Paulistano/SP
Data: 1942
Página 4
    10 fontes
  5 relacionadas

1°. Depoimento de Clemente Alvares
5 de abril de 1622, sexta-feira
Clemente Álvares (ouvido a 5 de abril de 1622), natural de São Paulo, com cerca de 53 anos de idade, filho de Álvaro Rodrigues e de Catarina Gonçalves. Relatou que o Padre Anchieta profetizou que sua casa se queimaria em seis meses. Possuiu de relíquia um retalho de pano, que foi consumido pelos doentes a quem emprestou e que recuperaram a saúde. Eram seus sogros Baltazar Gonçalves e Maria Álvares.  ver mais

2°. Mateus Luís Grou filho de Domingos Luís Grou e de Maria da Peña
11 de outubro de 1627, segunda-feira
Mateus Luís Grou (ouvido a 11 de outubro de 1627), natural de São Paulo, com cerca de 50 anos de idade, filho de Domingos Luís Grou e de Maria da Peña. Sendo rapaz, foi seu discípulo na escola e o acompanhou muitas vezes. Vindo Anchieta por visitador, fora visitar no Ibirapuera a casa de Clemente Álvares, que recebeu em sua casa e sítio o dito padre. Com sua chegada as flores de hortelã floresceram, não tendo flor nenhuma.  ver mais

3°. “Domingos Luiz Grou”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, página 4
15 de agosto de 1942, sábado
Tendo Anchieta voltado para São Paulo em 1569, os seus biógrafos nos dão notícia de alguns acontecimentos, que foram bem apurados por Antonio de Alcantara Machado na "Vida" que escreveu como posfacio das "Cartas".  ver mais

4°. No fluxo do Anhembi-tietê: o rio e a colonização da capitania de São Vicente nos séculos XVI e XVII, 12.2020. José Carlos Vilardaga, Universidade Federal de São Paulo
2020
Clemente Alvares, cujo nome fora escolhido pelo próprio Anchieta...  ver mais

5°. Revista da ASBRAP nº 8 - Povoadores de São Paulo - Domingos Luis Grou
30 de abril de 2022, sábado
Pelos anos de 1569 ou 1570, em conseqüência de certas dissensões, fatos mal esclarecidos em S. Vicente e S. Paulo, retirou-se dessa vila com seus administrados e acompanhantes e se estabeleceu numa região do rio Anhembi dominada por índios contrários. Como hábil capitão do gentio, devia ter um relacionamento pacífico com esses índios, os quais já manifestavam amizade pelo Padre José de Anchieta (Processo Remissorial de 1627-1628, depoimento de Ascenso Ribeiro e outras pessoas).

Muito se empenhou o Cap. Mor Jorge Ferreira em traze-lo de volta para S. Paulo, sem obter êxito. Foi bem sucedido nessa diligência o Beato Padre José de Anchieta que, no ano seguinte, conseguiu sua reconciliação. Não obstante a maledicência de algumas pessoas (com omissão da defesa do acusado) nada se provou de matéria grave que resultasse em processo contra o sertanista, em sua prisão ou degredo.  ver mais




  José de Anchieta
  94º de 322
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“um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”
1570. Atualizado em 27/10/2025 21:17:22
Relacionamentos
 Cidades (7): Carapicuiba/SP, Itu/SP, Porto Feliz/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tietê/SP
 Pessoas (12) Afonso Sardinha, o Velho (39 anos), Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (70 anos), Francisco Correa (f.1590), Gregório Ferreira (n.1542), João Gomes Sardinha, João Ramalho (84 anos), Jorge Ferreira (77 anos), José Joaquim Machado de Oliveira (1790-1867), Padre Balthazar (34 anos), Raul (fictício), Simão de Vasconcelos (1597-1671)
 Temas (13): Abarê, Abayandava, Cachoeiras, Carijós/Guaranis, Metalurgia e siderurgia, Guaré ou Cruz das Almas, Jesuítas, Léguas, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Santa Cruz de Itaparica, Cristãos, Rio Sorocaba

    12 Fontes
  9 fontes relacionadas

•  “Domingos Luiz Grou”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, página 4
15 de agosto de 1942, sábado
Segundo a referência a que me reporto, em 1570, dois moradores de São Paulo, um dos quais "nobre e conhecido", Domingos Luiz Grou, ambos casados e com filhos, foram implicados em um crime de morte. Fugindo à justiça, abandonaram com suas famílias a vila, desceram o rio e foram homiziar-se entre os nativos levantados, que os acolheram como parentes e amigos.

Ficassem as coisas nesses termos, teríamos talvez, como resultado dessa expedição, com antecipação de mais de um século, o surto de um povoado no sertão, a dezenas de léguas de São Paulo. Refúgio de criminosos a princípio, esse povoado poderia ir a ter grandiosos destinos.

Mas Anchieta previu do fato perigosíssimas consequências para os cristãos de Piratininga, e pôs-se imediatamente em ação. Intercedeu pelos fugitivos perantes os poderes do município, obteve para eles do juiz ordinário e dos vereadores carta de perdão e salvo-condulto, e, afim de recolher ao aprisco as ovelhas tresmalhadas, empreendeu a mesma jornada, embarcando para o sertão em companhia de outro padre, o secular Manuel Veloso e de alguns nativos cristãos.

No fim da viagem, nas proximidades do lugar em que estavam os seus nativos e mamelucos os dois fugitivos, numa cachoeira do Anhembi rodou a canoa, que ficou em pedaços, e por milagre não pereceram os missionários.

De acordo com a tradição, Machado de Oliveira pôde identificar a cachoeira em que ocorreu o naufrágio. É na terceira que se encontra abaixo de Porto Feliz, pouco acima do ribeirão dos Moinhos, e ainda conserva o nome que relembra o episódio "Avaremanduava", a cachoeira do padre.

•  Caminho do Anhembi, Américo de Moura, Correio Paulistano, 22.08.1942, página 4
22 de agosto de 1942, sábado
Como o pai, que em 1563 fora por Pedro Colaço investido nas funções de capitão dos índios, também ele se tornou delegado de confiança de Jerônimo Leitão, na fronteira entre os nativos cristãos de Piratininga e os tupiniquins levantados, que em 1570 entre o Salto de Itu e a embocadura do Capivari, haviam acolhido não somente o velho Grou e seus companheiros, fugitivos de São Paulo, como a expedição de paz do Padre Anchieta, assinalada por um dos milagres da vida do santo”.

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
1 de janeiro de 1953, quinta-feira
Então a câmara, reunida em sua casa, pediu ao capitão que mandasse recolher à vila todos os moradores do seu termo. No fim desse ano estava em São Paulo. Em 1563, na iminência de ataque a São Paulo, foi eleito capitão dos nativos, assinando o respectivo termo. Anos depois, com outro morador também casado e chefe de família, tendo praticado na vila um assasínio, levou todos os seus para o sertão do Anhembí, entre os nativos rebelados, indo em 1570 reconciliá-lo o padre José de Anchieta [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Página 383]

•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
Citando o Pe. Simão de Vasconcelos, na vida do Pe. José de Anchieta, Antônio de Alcântara Machado (1901-1953) narra que no ano de 1570, dois moradores de S. Paulo “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros, que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”. Nessa ocasião Anchieta resolveu intervir conjurando o perigo. Obteve dos camaristas “salvo-conduto e perdão daqueles delinqüentes”

•  Hernani Donato
1 de janeiro de 1993, sexta-feira
A suas ordens, tinha o condenado numerosos brancos e índios, de forte espírito combativo e, sabendo-se necessário à defesa paulistana, condicionou a aceitação do perdão e seu subseqüente regresso a que o apóstolo do Brasil fosse buscá-lo. Narrando o episódio, observa: “se Grou fora homisiar-se naquelas paragens, o fizera porque já, por ali, se navegava e morava”.

•  “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
1 de janeiro de 2008, terça-feira
Elas tornaram-se também locais de refúgio para os que praticavam assassinatos ou outros delitos graves, como se viu num episódio, ocorrido por volta de 1570, envolvendo a Domingos Grou, o primeiro capitão de Índios.

Ao praticar o crime, fugiu com sua família para junto de uma comunidade indígena do médio Tietê, na região do rio Sorocaba. Como estes indígenas estavam em conflito com os moradores de Piratininga, Anchieta decidiu buscá-lo, aproveitando para tentar fazer as pazes com este povo. A viagem foi acidentada, tendo o barco virado numa cachoeira, quando afundou parte a carga, juntamente com o missionário.

Não sabendo nadar, Anchieta foi socorrido pelo jovem Tupi Araguaçu. Por este motivo, o salto passou a ser chamado Abaremanduaba, isto é, “local que recorda o padre”. Chegando à aldeia, conseguiu a paz e o retorno de Grou e sua família. Voltaram para São Paulo, tendo obtido perdão do Conselho.

•  História de Carapicuíba. João Barcellos
25 de março de 2013, segunda-feira
Falar dos rios Anhamby/Tietê e Jeribatiba/Pinheiros é falar de Affonso Sardinha, o Velho, e de como, entre 1570 e 1605, ele os liga numa malha social, econômica e militar, para dar segurança aos percursos que, mais tarde, serão os percursos das bandeiras que demandarão o ouro e as esmeraldas em outros rincões do Brasil.

Os rios que abriram as portas à colonização e ao bandeirismo, nos séculos XVI e XVII, são os mesmos rios que no século XXI continuam a dar vida à malha social e econômica da grande São Paulo dos Campos de Piratininga, na sua malha metropolitana e estadual.

Apesar dos desvios de curso, principalmente no Butantã/Ybitátá, pontes e mais pontes, obras para navegação comercial, poluição industrial e doméstica sem controle, etc., os dois rios continuam a deixar-nos sonhar com a aventura de ir sempre além.

[1] Carapocuyba - aldeia de goyanazes ou de guaranis?... Tudo indica que a primitiva Aldeia Carapocuyba é de origem guarani, até pela proximidade com a Aldeia Koty, pois, segundo documentos antigos (títulos de terras e testamentos) que falam dos "goayanazes aldeados no sítio do Capão, por Fernão Dias Paes, o velho, e que Afonso Sardinha, o Velho, tem aldeado outros da mesma tribo em Carapicuíba". Ou seja, há uma miscigenação nativa forçada pela preação que logo vai acabar com os guaranis tanto na Koty como na Carapocuyba. [p. 7 e 8 do pdf]

Em 1570 tem um engenho de cana d´açúcar em Santos e monta o primeiro trapiche (depósito) de açúcar e pinga da Vila piratininga. Paralelamente ao comércio de açúcar, monta engenho para processar marmelos e torna-se um dos mais ricos comerciantes de São Paulo.

Tanto no litoral como no planalto tem casas que arrenda a padres e aos primeiros advogados que chegam à colônia. É o judeu por excelência que vive de empreendimentos e de renda.

Nos anos 70 é o colono mais poderoso da Capitania de São Vicente acima da Serra do Mar e dá-se ao luxo de financiar a expansão dos jesuítas para o sul, a partir do oeste paulista.

Conhece o prático-minerador Clemente Álvares e estabelece sociedade com ele, pela qual financia a busca de novas minas de ferro, prata e ouro. Clemente Álvares vem a ser um minerador respeitado e, ao mesmo tempo, um cidadão detestado por se apropriar abusivamente de bens e documentos da própria família e das minas de ouro de outros, incluindo as do "velho" Sardinha... que chega a registrar como suas na Câmara Municipal piratininga! [p. 15 e 16]

•  Surpresas que a genealogia nos revela. Por Paulo Fernando Zaganin. Em xn--yep-dma.com.br
8 de setembro de 2019, domingo

•  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
15 de março de 2022, terça-feira
Em 1570, como relatam as crônicas do Padre José Anchieta, ocorreu entre Porto Feliz e Tietê um naufrágio. Este relato indica a presença de colonizadores desde o início do descobrimento. Durante as monções, no final de século XVIII, Pirapora do Curuçá foi o primeiro e mais importante proto de reabastecimento e descanso para os bandeirantes que saiam de Araritaguaba (Porto Feliz).





  José de Anchieta
  95º de 322
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1572
Atualizado em 31/10/2025 21:38:52
Nas atas da câmara, de 1572 em diante, nenhum indício se encontra de hostilidades na região de Anhembi
•  Cidades (4): Capivari/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Domingos Luís Grou (72 anos)
•  Temas (1): Rio Anhemby / Tietê
Correio Paulistano/SP
Data: 1942
Página 4
    1 fonte
  1 relacionada

1°. Caminho do Anhembi, Américo de Moura, Correio Paulistano, 22.08.1942, página 4
22 de agosto de 1942, sábado




  José de Anchieta
  96º de 322
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Grou
1573. Atualizado em 23/10/2025 15:38:03
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Domingos Luís Grou (73 anos), Francisco Correa (f.1590), Gregório Ferreira (n.1542), Jorge Ferreira (80 anos)





  José de Anchieta
  97º de 322
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“Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599)
1575. Atualizado em 24/10/2025 02:52:10
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Domingos Luís Grou (75 anos), Francisco Correa (f.1590), Quirino Caxa (37 anos)
 Temas (4): Carijós/Guaranis, Maniçoba, Rio Paranapanema, Caminho do Paraguay





  José de Anchieta
  98º de 322
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Anchieta avisava que os índios carijós, não podendo se “vingar dos castelhanos”, atacavam os portugueses “os quais dizem que todos são uns”
1577. Atualizado em 27/06/2025 06:33:50
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Temas (1): Carijós/Guaranis







  José de Anchieta
  100º de 322
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1578
Atualizado em 02/11/2025 07:46:10
Anchieta começou a governar a província
•  Temas (1): Colégios jesuítas
Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vol. XIX p. 08
Data: 1897

  


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