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José de Anchieta
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Básisco (322) | História |


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Estradas antigas



23620

  José de Anchieta
Estradas antigas
1  º de 322
1552
51 registros
*Neste local, porta de entrada para a “Cidade de Santo Amaro” onde aportou a primeira expedição, que consta ter sido em 1552
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24309“No dia de São Paulo”. Jornal Correio Paulistano/SP, página 5

O acaso tem singularidades notáveis. A Biblioteca veio localizar-se no velho caminho de Pinheiros - onde, segundo alguns historiadores, se localizava o povoado de Piratininga -; no que conduzia às aldeias de Carapicuíba e Embú, e que levava ao Jaraguá, onde Braz Cubas, em 1562, descobriu o primeiro ouro do Brasil, e Afonso Sardinha, além do ouro e da prata, identificou também o ferro. Essa era a trilha de Itú e Sorocaba. Por ela se iniciou a conquista maravilhosa do Oeste. [Correio Paulistano/SP, 25.01.1942. Página 5]
26491*“Um problema histórico-geográfico”: Emergências de um saber geográfico no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Uma geografia para e das bandeiras. 1894-1954. Gerson Ribeiro Coppes Jr.

No entanto, Derby pontua que nessa exploração faltava aquilo que estava ausente na maioria das bandeiras, uma pessoa que soubesse como e onde se devia procurar o “precioso metal” [Derby, 201 Ibid., p. 248.]. Tal notícia teria iniciado a lenda sobre a serra das pedras verdes por referir-se a uma serra “mui formosa e resplandecente”. Utilizando a hipótese de Teodoro Sampaio de que “Serra resplandecente” na língua tupi era Itaberaba ou Iaberaba-bussú, sua corruptela Ituberá-bussú por fim se tornou Sabará-bussú202:

[...] a fabulosa montanha de tesouros que por cerca de dois séculos encheu a imaginação dos colonos europeus e seus descendentes edeu motivos para diversas entradas no sertão, ora na região entre os rios Doce e Jequitinhonha, onde esta lenda a coloca, ora na do altoS. Francisco203 [“Um problema histórico-geográfico”: Emergências de um saber geográfico no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Uma geografia para e das bandeiras. 1894-1954, 2021. Gerson Ribeiro Coppes Jr. Páginas 75, 76 e 77]
24425“A fábrica de ferro no morro da Barra da barra de Santo Antônio - Século XVII - Uma indagação”

No entanto, Derby pontua que nessa exploração faltava aquilo que estava ausente na maioria das bandeiras, uma pessoa que soubesse como e onde se devia procurar o “precioso metal” [Derby, 201 Ibid., p. 248.]. Tal notícia teria iniciado a lenda sobre a serra das pedras verdes por referir-se a uma serra “mui formosa e resplandecente”. Utilizando a hipótese de Teodoro Sampaio de que “Serra resplandecente” na língua tupi era Itaberaba ou Iaberaba-bussú, sua corruptela Ituberá-bussú por fim se tornou Sabará-bussú202:

[...] a fabulosa montanha de tesouros que por cerca de dois séculos encheu a imaginação dos colonos europeus e seus descendentes edeu motivos para diversas entradas no sertão, ora na região entre os rios Doce e Jequitinhonha, onde esta lenda a coloca, ora na do altoS. Francisco203 [“Um problema histórico-geográfico”: Emergências de um saber geográfico no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Uma geografia para e das bandeiras. 1894-1954, 2021. Gerson Ribeiro Coppes Jr. Páginas 75, 76 e 77]
21049*História geral do Brazil antes da sua separação e independência de Portugal, 1877

Assim, fato contado não é fato consumado, fazendo-nos divagar que à margem oposta ao Rio Pinheiros pode estar enterrada a história do “primeiro engenho das Américas”, anterior ao engenho de Araçoiaba, da Fábrica Real do Ipanema. Podem ter existido antigas vilas, arraiais, núcleos pequenos de grandes homens, que viram antes de nós os morros atuais do atual Bairro do Jardim São Luiz e seu rio, antes sinuoso, a conter um volume imenso de água e, ao lado, as belezas do sítio Guarapiranga, circundante como um jardim de matas verdejantes. Neste local, porta de entrada para a “Cidade de Santo Amaro” onde aportou a primeira expedição, que consta ter sido em 1552, embora não se encontra em anais oficiais para confirmação desta informação verbalizada ao longo do tempo, deslocou-se a primeira expedição rumo a “Boca de Sertão” e que daria origem a cidade de São Paulo, com anuência dos autóctones locais, que teve a inter locução de algum naufrago ou desterrado deixado nestas paragens na expedição ao Brasil com supervisão de Américo Vespúcio, custeada pelos investidores de Veneza, os Médici, os maiores investidores de então. A intenção primeira da Expedição de Exploração da armada portuguesa comandada pelo fidalgo Martim Afonso de Sousa foi apenas pretensão para aproximar-se da entrada do Rio da Prata, possessão espanhola, disso resultando as fundações de vilas litorâneas auxiliado pelo prático de navegação Henrique Montes[2]. Deste modo começa a saga da interiorização, pelos rios, as primeiras estradas do Brasil e que o Rio Tietê e seus afluentes tiveram suma importância. [Varnhagen, Francisco Adolfo de (Visconde de Porto Seguro). História Geral do Brasil-Antes da Separação e Indepêndencia de Portugal. Rio de Janeiro, Casa E&H. Laemmert, 2ª edição]
24155*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo

Em 1552 fôra achado o ouro; possível é que uma descoberta de minério de ferro, feita mais ou menos na mesma época na zona entre o litoral e São Paulo tivesse dado lugar a que o Padre Anchieta reunisse ambos os fatos sob uma epígrafe comum. Vários indícios e alguns fatos parecem corroborar esse modo de ver.


25214

  José de Anchieta
Estradas antigas
2  º de 322
1553
71 registros
Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
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24738Piqueriby, consultado em geni.com

Em 1552 fôra achado o ouro; possível é que uma descoberta de minério de ferro, feita mais ou menos na mesma época na zona entre o litoral e São Paulo tivesse dado lugar a que o Padre Anchieta reunisse ambos os fatos sob uma epígrafe comum. Vários indícios e alguns fatos parecem corroborar esse modo de ver.
4844A estrada aberta por fundadores de SP para vencer paredão da Serra do Mar, por Edison Veiga, de Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil

Em 1552 fôra achado o ouro; possível é que uma descoberta de minério de ferro, feita mais ou menos na mesma época na zona entre o litoral e São Paulo tivesse dado lugar a que o Padre Anchieta reunisse ambos os fatos sob uma epígrafe comum. Vários indícios e alguns fatos parecem corroborar esse modo de ver.
28342"Povoadores de SP - Afonso Sardinha" Revista da ASBRAP nº 17, consultado em

Em S. Paulo, viveu de negócios e como agricultor, na posse de várias sortes de terras. Esteve em entradas do sertão e ajudou com seus administrados ao Padre José de Anchieta na abertura do caminho de S. Paulo a Santos.
26728*A fazenda geral dos jesuítas e o monopólio da passagem do Cubatão: 1553-1748, 2008. Francisco Rodrigues Torres

Em S. Paulo, viveu de negócios e como agricultor, na posse de várias sortes de terras. Esteve em entradas do sertão e ajudou com seus administrados ao Padre José de Anchieta na abertura do caminho de S. Paulo a Santos.
29314“Porta para as riquezas do Paraíso Terrestre: 1”. Carlos Pimentel Mendes, em novomilenio.inf.br

Em S. Paulo, viveu de negócios e como agricultor, na posse de várias sortes de terras. Esteve em entradas do sertão e ajudou com seus administrados ao Padre José de Anchieta na abertura do caminho de S. Paulo a Santos.
26318**Revista Brasileira

Conclusão lógica é que os primeiros negros de serra acima, que tomaram parte no bandeirismo, foram os de Afonso Sardinha. Embora não tivesse chegado a realizar grandes correrias heroicas. Desde o início da mineração do Jaraguá, levas de nativos e de negros africanos, que começaram a ser introduzidos na Capitania, eram conduzidos pelos seus donos ao sopé do morro, a fim de intensificarem esse trabalho, que prometia lucros fabulosos.
26567*“Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda

Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá.
24418*“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos

Verificando até que ponto ia a verdade do que afirmaram alguns chronistas e autorizava a tradição sobre esse novo caminho, encontramos um documento que paréce contrariar e desfazer a quasi lenda do "padre José". É o seguinte:

"Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me disse que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mao e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se não podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..."

Por este trecho da carta de D. Duarte da Costa, vê-se que o ouvidor geral de São Vicente (deve tratar-se do Capitão-mór Braz Cubas, que governou pela segunda vez, de 1552 a 1554) acceitou o offerecimento de João Perez ou Pires adiantando-se ao "referendum" do Rei, como cousa cérta.

Assim, como a época coincide exactamente com a atribuída pelos chronistas e pela tradição, á feitura do referido caminho (1553), é de suppôr, que, em verdade, quem abriu o segundo caminho do mar, o celebrado "caminho do Padre José", foi esse João Perez ou Pires, sujeito rico como se deprehende da informação do Governador, utilisando-se dos seus indios, cm tróca da impunidade pela morte do escravo, motivo, como se vê, bastante, para que elle se empenhasse na realisação daquella óbra, siabido que um degredo na Bertióga naquella época, pena muito usada então, valia por uma condemnação á mórte, infestado como estava aquele logar pelas hordas tamoyas, açuladissimas contra os portugueses.

O nome de "Caminho do Padre José" ou a ligação desse caminho com o Padre Anchieta, pôde ser devido a outro qualquer motivo; uma homenagem, por exemplo, do autor do caminho ao apóstolo de Piratininga; uma recommendação do jesuíta em favor da nóva communicação, feita ao* habitantes das duas regiões; o seu uso immediato por elle, em suas peregrinações de catechése; emfim, qualquér acto De onde pudésse gerar-se a denominação popular e a opinião dos chronistas.

Era o que nos cumpria dizer, de passagem, em beneficio da verdade histórica.
23985*S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay

Em 1553 rasgava-se nova estrada feitos pelos nativos sob a direção de José de Anchieta (1534-1597). Mandado preferir ao primeiro, por ordem de Mem de Sá, diz Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), teve por muito tempo o nome de "Caminho do Padre José".
27026*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901)

Esta última tinha-se mesmo tornado lendária na história paulista, tão grande fôra a sua influência na civilização dos povos de serra-acima. Como simples trilho ligando as campinas alta de Piratininga ás praias do mar, existiu de certo, desde época imemorial, este caminho praticado pelo gentio através dos alcantis dos montes de Paranapiacaba.

Alguns europeus, dos primeiros que se estabeleceram no paiz, teriam por ai penetrado em exploração ás regiões remotas que , segundo a tradição, eram fabulosamente ricas. João Ramalho, que se estabelecera na Borda do Campo, tel-a-ia percorrido e melhorado muitas vezes, garantindo o seu tráfico com a feitoria de Temiurú, junto do lugar onde depois se fundou São Vicente.

Os jesuítas, fundadores de São Paulo, modificaram-lhe o traçado, melhoraram-lhe o acesso dos montes em 1553, pelo que desde essa época, se ficou chamando o caminho do Padre José, em alusão a Anchieta, que, com os seus guayanàs e com auxílio de Affonso Sardinha, o construiu e melhorou.

A passagem dos rios e de brejos sem conta no alto dos campos, como a travessia dos montes alcantilados, úmidos e quase sempre desmoronadas pelas chuvas tempestuosas e frequentes, inçavam de perigos e dificuldades esse caminho, por isso mesmo objetivo, objetivo dos maiores cuidados da parte dos governadores. Mudava-se mais uma vez o traçado, desviando-o de Jeribatiba ou Santo Amaro, e conduzindo-o por Santo André, onde fora dantes.
27161*Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)

Andava o Padre José pela serra fazendo um caminho novo de São Vicente para São Paulo e acompanhavam Afonso Sardinha com muita gente, o qual jura que viu enxugar-se-lhe o vestido padre, quando entrava na choupana vindo de fora molhado, na qual estava até que lhe parecia que Afonso Sardinha dormia, e logo se saia da casinha, e posto ao pé de um pau, as mãos levantadas passava a maior parte da noite em oração.
22690Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei escrita de São Salvador da Bahia

"Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me dise que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mal e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se nam podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..."


21830

  José de Anchieta
Estradas antigas
3  º de 322
1553
71 registros
“E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão”
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24646“Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP*

Nos fins de 1553, o mesmo Nóbrega que tanto insistia em jornadear o caminho e tanto lamentaria o seu fechamento, enviou padres e irmãos que se juntassem aos nativos e erguessem o colégio que logo seria povoação. [Página 12]
28700*Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Caderno nº 7, série “Documentos Históricos: Carta de São Vicente, 1560”

Da Baía, em outubro de 1553, partiram para São Vicente, com escala pelo Espirito Santo, os padres Leonardo Nunes, Vicente Rodrigues e Braz Lourenço com os irmãos José de Anchieta, Gregorio Serrão e (segundo é corrente) um terceiro, cujo nome se ignora. Anchieta, entretanto, diz “eu e quatro irmãos”. É assim muito provavel que fossem realmente cinco os jesuitas que embarcaram na Baía, e não seis, como pretende S. de Vasconcelos (o. c., 1. 1, n. 143). Com a tempestade, que na noite de 20 para 21 de novembro surpreendeu a missão nos Abrolhos, a embarcação de Anchieta ficou bastante danificada e a de Leonardo Nunes inteiramente perdida. É esse o sucesso que Anchieta narra.
25003*“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística

As razões topográficas que ensejaram a primeira fundação de São Paulo por Martim Afonso de Sousa, ao dar execução ao plano geopolítico de D. João III, eram as mesmas agora que guiavam os passos de Nóbrega, “com a única diferença de que, no primeiro caso, se tratava de uma expansão territorial e econômica e, no segundo, duma expansão religiosa”, adverte Cortesão (1955:201). É o próprio Nóbrega (2000:190) quem afirma: “E é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão”, ou, nas palavras de Anchieta, em carta escrita de Piratininga em 1554 (1988:48), “entrada a inúmeras nações, sujeitas ao jugo da razão”. Foi “uma intuição verdadeiramente profética”, como bem diz Sérgio Buarque de Holanda (1978:96), não se podendo deixar de admitir que não lhe tenha escapado “a alta significação histórica de um esforço expansionista que outros iriam retomar para dano da Companhia”. [80 e 81]

A chegada de Anchieta a Piratininga, que ocorre em 24 de dezembro de 1553, dará novo impulso ao projeto lingüístico de aprendizado da língua geral, muito embora Nóbrega, quatro anos antes, mostrasse algum desânimo com esse plano em razão do reduzido volume lexical que avaliou ter a língua indígena. São dele as seguintes palavras: “Tem mui poucos vocábulos para lhes poder bem declarar a nossa fé”, diz em carta escrita da Bahia em 1549 (2000:66), repetindo o que já dissera noutra meses antes no mesmo ano: “São eles tão brutos que nem vocábulos têm” (2000:21). Mas será ele próprio quem comandará “um exército de intérpretes”, que dava larga dianteira à Capitania de São Vicente, explicável, segundo Cortesão (1955:206), pela existência do Campo, povoado desde 1532. Além disso, o aprendizado da língua nativa era um dos direcionamentos da Companhia de Jesus para os seus missionários pelo mundo, uma espécie de prius lógico do plano catequético. Como lembra Serafim Leite (2004-I: 29): “os que fossem destinados aos mouros ou turcos deveriam aprender a língua arábica ou caldaica; os que fossem para a Índia, a índica, e assim para as outras”. [p. 119]


26207

  José de Anchieta
Estradas antigas
4  º de 322
1554
51 registros
*Portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo
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24425“A fábrica de ferro no morro da Barra da barra de Santo Antônio - Século XVII - Uma indagação”

Outras conjecturas: Consta que com a expedição de Martim Afonso de Souza veio o mestre ferreiro Bartolomeu Fernandes, (também conhecido como Bartolomeu Gonçalves e Bartolomeu Carrasco), contratado por dois anos, para fundir aço da expedição.

O mestre Bartolomeu fixou-se em solo paulista, produzindo com quatro operários 100 kg de ferro em seis ou sete horas, consumindo 450 kg de carvão vegetal, isso anterior a data de 1607, conforme relato de 1554 do padre jesuíta José de Anchieta, informando ao rei de Portugal, a existência de depósitos de prata (minério um pouco tanto escasso no Brasil) e minério de ferro no interior da vasta capitania de São Vicente, local do atual Estado de São Paulo.
24738Piqueriby, consultado em geni.com

O antigo acordo de Martim Affonso de Sousa com os tupis, de que os portugueses não subiriam para o planalto, facilitou o estabelecimento pacífico das povoações de São Vicente, Santos e Itanhaém. Mas em 1554, os portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo.Em 1560, o padre Anchieta escreveu uma carta para seu superior, o padre Manoel da Nóbrega, informando que havia se encontrado com Piqueroby nas terras de Ururaí.
24536*“História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior

Mestre Bartholomeu prestou valiosos serviços na fundação de Santos e, afeiçoando-se à nova terra, veio, após cumprir o prazo de sua contratação, fixar-se, para sempre, nos Campos de Piratininga (peixe sêco), tornado-se um dos seus primeiros povoadores e Senhor de grande trato de terras nas bandas de Jeribatuba (sítios dos Jiribás), ás margens do rio deste nome, hoje conhecido por Pinheiros, então encravado nos domínios do grande Cacique Caiubi.Tudo indica que Mestre Bartholomeu, falecido em torno de 1566, não só deixou descendência ativa, que também se devotou á sua arte produzindo pequenos artefatos de ferro comerciados ao longo do Jurubatuba, do Anhembi e do Tamanduateí, mas ainda instalou forja á margem esquerda do Jurubatuba, cuja existência, em 1554, foi citada por Anchieta, que mais tarde, em torno de 1560, fundou nas proximidades, a aldeia de Santo Amaro.


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  José de Anchieta
Estradas antigas
5  º de 322
1554
51 registros
Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
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24738Piqueriby, consultado em geni.com

O antigo acordo de Martim Affonso de Sousa com os tupis, de que os portugueses não subiriam para o planalto, facilitou o estabelecimento pacífico das povoações de São Vicente, Santos e Itanhaém. Mas em 1554, os portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo.
26238“São Paulo foi fundada a 29 de agosto de 1553?”, Benedito Carneiro Bastos Barreto "Belmonte", jornal Folha de São Paulo

São Paulo, domingo, 24 de janeiro de 1943. A História do Brasil ainda está inçada de lacunas e obscuridades que, não poucas vezes, levam os próprios historiadores a cair no terreno arenoso das conjeturas e probabilidades. O enorme acervo documental, ainda inédito, existente nos arquivos brasileiros, portugueses, espanhóis, assim como o que se encontra em poder dos jesuítas — inacessível aos leigos— tem feito da nossa História uma obra inacabada e constantemente sujeita a corrigendas e alterações, algumas de caráter tão profundo que, muitas vezes, modificam radicalmente episódios tidos até então como incontestáveis e definitivos.

Acontece então que, pela ausência de uma documentação idônea, existente mas ignorada, surgem opiniões individuais perfilhadas por este ou aquele historiador a respeito de tais e tais acontecimentos mais ou menos importantes. E daí, como é fácil imaginar, se desencadeiam as controvérsias, em torneios que empolgam e que fascinam mas que, apesar de tudo, não resolvem nada. E, sobre o panorama impreciso de nossa História, permanecem as neblinas, que o calor das discussões não dilui, nem afasta.

Por exemplo: quando se fundou S. Paulo? Quem a fundou?

Na escola nos ensinaram que foi a 25 de janeiro de 1554, pelo padre José de Anchieta.

Isso é o que se sabia nos tempos amáveis em que ainda íamos à escola. Mas, depois, surgiram da poeira dos arquivos, documentos que vieram alterar aquilo que se estabeleceu como coisa certa, definitiva e indiscutível.
28089Correio Paulistano/SP

Quem vê e admira a opulência do Estado de São Paulo de nossos dias, com os seus trezentos municípios e mais de sete milhões de habitantes, esparramados por um território de dimensão igual ao da Itália e encabeçado por uma linda capital, cuja população já vai passando de um milhão de almas - se não conhecer a nossa história, jamais pensaria que toda essa grandeza fora, em séculos pretéritos, apenas um miserável agrupamento de modestos vilarejos, localizados no planalto piratiningano.

E a vila de São Paulo no período quinhentista, era um paupérrimo amontoado de casebres, cobertos de palha, onde se falava uma exótica mescla de português e guarany, em que esta última língua tinha um predomínio copioso.

A casinha dos reverendos padres jesuítas não fugia também á pobreza da regra geral, embora fosse de maiores dimensões. Entretanto, mesmo assim, era tão diminuta, que só uma sala servia de refeitório, dormitório e para os misteres do culto religioso.

Mas, para compensar tanta modéstia, a situação estratégica da vila era admirável, dando uma ideia elevada dos reverendos padres, que a escolheram para ali fundar o primeiro núcleo importante do planalto.

Foi assim que os dignos missionários, em número de treze, chefiados pelo padre Manuel de Paiva, galgaram a serra, em janeiro de 1554, para fundar o Colégio de Piratininga, precisamente no dia em que a igreja comemora a conversão do apóstolo São Paulo.

Nessa pequena povoação se localizara uma gente heterogenia: vários cavaleiros fidalgos de que nos falam os genealogista Pedro Taques e frei Gaspar, boa quantidade de homens e degredados.

Isolado na imensa solidão do planalto, correndo rudes perigos na conquista do solo agreste, o mesmo solo que estava fadado a ser, mais tarde, a celular mater da pátria futura, tendo de um lado a muralha quase inacessível da Serra do Mar e de outros lados o deserto áspero e a mataria inóspita, prenhe de pavores; - aquele pequenino núcleo de homens, cuja tempera era dura e o aspecto insólito, segundo nos conta um historiador da sociedade portuguesa no século XVI, entretanto proliferou copiosamente, cruzando-se com o elemento nativo.

Do cruzamento entre reinóes e indígenas e do recruzamento que continuara por muito tempo, restringido ás família aqui estabelecidas, era certo que por uma lei natural, as qualidades boas ou más das raças em choque, se amalgamassem num tipo etnologicamente bizarro e fragueiro, cujo resultado foi o mameluco amorenado e valente. Este, por sua vez, produzira o bandeirante, ambicioso e intrépido, porém, mais inteligente, com as qualidades avoengas de conquistador e povoador de terras.

Além de prevalecer e requintar, na raça que se apurava, naquele original cainho, as excelentes qualidades dos seus ancestrais, havia também a ação corrigidora do clima inconstante e áspero, embora tonificador, eliminando os imprestáveis e os fracos, para vigorarem apenas os nascidos de sólida compleição.

Mais tarde, em pleno seiscentismo, nos campos de Piratininga, já estava realizada a feliz amalgama de que resultaria o paulista daquele tempo - musculoso, ágil, brigão e valente.

Sentindo-se forte e bem entrincheirado, longe da civilizado; podendo defender-se dos seus inimigos e também da pressão das autoridades que representavam o rei, pelo legendário Caminho do Mar - fácil de ser obstruído - o paulista tornou-se ainda mais audaz e reclamador.

Bulhento contumaz, até os próprios padres jesuítas foram suas vítimas, apesar do prestígio incontestável que, na Capitania, deveriam ter esses missionários.

Certa vez o governador geral, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tomando o partido da respeitável Companhia de Jesus, ocasionara em São Paulo uma enérgica reação. Reuniu-se a Câmara, em sessão de 19 de maio de 1641 e resolveu que:

"não se mandasse farinhas nem mantimentos alguns ao Rio de Janeiro e se fechasse o caminho do mar e comunicação que havia c om a vila de Santos e se notificassem os senhorios dos moinhos com graves penas não moessem farinhas e que se fixasse quartel das pessoas que haviam de ir repartidamente ao rio Pequeno (alto da serra) guardar o caminho do mar etc." [Página 3]
25001“Os transportes em São Paulo no período colonial”, José Gonçalves Salvador

Estabelecidos os primeiros colonos no litoral, onde fundaram São Vicente e Santos, transpunham logo depois as costas abruptas da serra de Paranapiacaba, vindo localizar-se no Planalto. Ao lado de Santo André da Borda do Campo surgia a 25 de janeiro de 1554 São Paulo de Piratininga. Mas durante muitas décadas haveriam seus passos de ser morosos,tardios, e de permanecer mesmo isolada de suas vizinhas do litoral, e sobretudo da Metrópole. Enorme barreira se interpunha às suas relações com a marinha: a Serra do Mar, coberta pela mata densa, o indígena que nela se ocultava, alémdas escarpas inclementes. Só à custa de muita coragem e dispêndio de energias se conseguia vencê-la, aproveitando-se, assim mesmo, de velhas trilhas abertas pelo íncola em suas descidas ao mar para buscar peixe ou sal. Afinal, a dos tupiniquins, ou do padre José, como veio a chamar-se, acabou preddminando (1) .
27137*A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja

Estabelecidos os primeiros colonos no litoral, onde fundaram São Vicente e Santos, transpunham logo depois as costas abruptas da serra de Paranapiacaba, vindo localizar-se no Planalto. Ao lado de Santo André da Borda do Campo surgia a 25 de janeiro de 1554 São Paulo de Piratininga. Mas durante muitas décadas haveriam seus passos de ser morosos,tardios, e de permanecer mesmo isolada de suas vizinhas do litoral, e sobretudo da Metrópole. Enorme barreira se interpunha às suas relações com a marinha: a Serra do Mar, coberta pela mata densa, o indígena que nela se ocultava, alémdas escarpas inclementes. Só à custa de muita coragem e dispêndio de energias se conseguia vencê-la, aproveitando-se, assim mesmo, de velhas trilhas abertas pelo íncola em suas descidas ao mar para buscar peixe ou sal. Afinal, a dos tupiniquins, ou do padre José, como veio a chamar-se, acabou preddminando (1) .
25973Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*

Em 1554, principio do mês de janeiro, por deferência a João Ramalho, enviou Manoel da Nóbrega 13 colegiais de São Vicente em companhia do coadjutor professo José de Anchieta, sob a direção do Padre Paiva, para estabelecerem um colégio nos campos de Piratininga.
26412Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina*

Os aldeamentos jesuítas foram uma tentativa de garantir mão de obra barata e abundante para que os colonos contratassem os serviços dos índios ali aldeados (MONTEIRO, 1994), servindo como alternativa logística no sistema colonial após a Guerra dos Tamoios.

A revolta dos Tamoios entre as décadas de 1540 e 1560 tornou a escravização dos Tupinambás um negócio arriscado e caro. Diante disto, os portugueses voltaram sua atenção a outro inimigo dos aliados tupiniquim, os carijós, que em muito sentido forneciam o motivo principal para a presença tanto dos jesuítas quanto de colonos no Brasil meridional. Cabe ressaltar que existia, antes mesmo da fundação de São Paulo, um modesto tráfico de escravos no litoral sul, encontrando-se, no meio do século, muitos escravos carijós nos engenhos de Santos e São Vicente. De fato, a consolidação da ocupação europeia na região de São Paulo a partir de 1553 estabeleceu uma espécie de porta de entrada para o vasto sertão, o qual proporcionava uma atraente fonte de riquezas, sobretudo na forma de índios (MONTEIRO, 1994, p. 37)

Neste ambiente de insegurança que os portugueses no ano de 1554 fundam o Colégio de São Paulo de Piratininga em local que permitisse acesso ao interior oeste da capitania.

O colégio além de abrigar os padres que trabalhariam junto à população local, também serviria de base a partir da qual os jesuítas poderiam projetar a fé para os sertões. Porém, ao orientarem suas energias para os Carijós do interior, acabaram entrando em conflito direto com os colonos, que procuravam nestes mesmos Carijós a base de seu sistema de trabalho (MONTEIRO, 2005, p. 38)”.

O conflito de interesses, no entanto, foi se configurando aos poucos e momentaneamente a paz gerada pelo término da revolta dos Tamoios criou uma perspectiva de desenvolvimento econômico com a força da mão de obra indígena que envolvia delicadas questões éticas em torno da liberdade dos índios. O fato é que a partir da fundação da vila de São Paulo foram fundados aldeamentos, sobretudo no planalto.
27894*“Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo

(Ainda em 1599) Não havia caminho que ligasse São Paulo ao sertão; apenas trilhas de índios, estreitas e traiçoeiras, por onde era possível passar somente uma pessoa de cada vez. Os homens brancos que se dispunham a embrenhar-se por essas veredas, além de serem desassombrados, precisavam ser fortes e resistentes, já que o itinerário raramente seguia na linha horizontal.

Era um subir e descer constante por serras rochosas que podiam se elevar a quase 3.000 metros acima do nível do mar. Poucos lugares na colônia eram tão altos. 21 O que parecia um problema na verdade eram dois: tendo de subir os morros de quatro, usando as mãos para agarrar raízes e pedras, ficava-se à mercê das flechas dos índios. [Fernão Cardim (1540-1625)
29784Os brutos que conquistaram o Brasil, super.abril.com.br

De costas para o mar, de olho no sertão

De todos os núcleos de colonização portuguesa no Brasil do século XVI, São Paulo era o único que não ficava no litoral e não dependia do comércio com a Europa. A sobrevivência da vila, nos seus primórdios, era garantida pela esperta política de alianças do cacique tupiniquim Tibiriçá, que havia casado sua filha com o português João Ramalho. Seus guerreiros conseguiam cativos de outras tribos para as lavouras dos primeiros colonos.

Ao perceber que não conseguiria chegar pelo sul do Brasil às cobiçadas minas de ouro e prata do Peru, a Coroa portuguesa abandonou os paulistas à própria sorte. Aos bandeirantes restou a exploração do ouro vermelho, os índios. Assim começou o “negócio do sertão”, como era chamado o ofício da caça de gente, base da economia paulista até o século XVIII.

A mão-de-obra escrava foi a base do desenvolvimento de prósperas plantações de trigo no século XVI ao XVII, vizinhas à cidade. Áreas rurais, como Cotia e Santana de Parnaíba, abasteciam São Vicente e Rio de Janeiro, os centros produtores de açúcar, a maior mercadoria da colônia.

“Até há pouco pensava-se que os bandeirantes capturavam índios para exportar para as plantações de cana no litoral”, disse à SUPER o historiador John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. “Mas hoje sabemos que a maioria dos cativos ia para as lavouras dos próprios bandeirantes”, ressalta. Enquanto houve índios, o interior de São Paulo foi o celeiro do Brasil colonial.
26938*Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594)

No ano de 1554, mudou o padre Manuel da Nóbrega os filhos dos nativos ao campo, a uma povoação nova chamada Piratininga, que os nativos faziam por ordem do mesmo Padre para receberem a fé. Também mandou alguns 12 irmãos para que estudassem gramática e juntamente servissem de intérpretes para os nativos, e assim aqui se começou o estudo da gramática de propósito e a conversão do Brasil, porque naquela aldeia se ajuntaram muitos nativos daquela comarca e tinham doutrina ordinária pela manhã e á tarde e missa aos dias santos, e a primeira se disse no dia da conversão de São Paulo do mesmo ano e se começaram a batizar e casar e viver como cristãos, o qual até aquele tempo não se tinha feito nem na Baía nem em alguma outra parte da costa. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 315 e 316]
23952*João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”

Mais tarde vieram o padre Manoel de Paiva, superior, o padre José de Anchieta, e outros. Fundaram o Colégio de São Paulo em janeiro de 1554; e, desde então, por causa da escravização dos gentios, começou a luta surda e latente entre os padres jesuítas e os que queriam especular com os infelizes nativos.

Entretanto, outra causa não deixara de concorrer originariamente para criar um certo conflito entre os padres da Companhia e os que acompanhavam a João Ramalho: - a fundação da vila de São Paulo, em prejuízo de Santo André. [Página 107]

A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 1554 — 1560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."

Quando os padres da Companhia de Jesus resolveram convidar os nativos para povoarem a sua vila de São Paulo, a fim de ser mais facilitada a catequese, não são mencionados senão Tebir-içá e Cayubi. E até o cronista (Gaspar da Madre de Deus), cujas primeiras narrações já foram transcritas, tratando da escolha do local para a fundação do Colégio da Companhia de Jesus, escreveu:

"Eram os campos de Pirá-tininga habitados nesse tempo por algumas tribos guayanás que obedeciam a Tebyreçá e Cayubi, os régulos que, consentindo no desembarque de Martim Afonso, perseveravam em lealdade para com os brancos, tudo em deferência a João Ramalho. Chegados os padres ao campo, e fitando na formosa miragem do país que ante eles se distendia, fizeram parada nas alturas sobranceiras ao rio Tamanduaethy e ribeiro Anhamgabahú, e ai levantaram um rustico aposento para abrigo, e em que celebrou-se missa a 25 de janeiro de 1554, dia em que se soleniza a conversão de São Paulo, que dai derivou seu nome a povoação que então se começou a edificar naquelas paragens; e, como para essa edificação dependia-se de gente afeita a tais trabalhos, convidaram os jesuítas a Tebyreçá e Cayubi para que com suas tribos viessem levantar seus alojamentos nas vizinhanças do sítio em que haviam feito seu aposento; e assim praticaram, estabelecendo-se Tebyreçá no local em que vê-se hoje o mosteiro de São Bento, e derramando-se os nativos pela área que depois serviu de assento á atual cidade.

Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias. Parece que Piquiroby já era falecido; e ou, aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos", visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga.
27625*Diagnóstico Arqueológico Interventivo na área de influência da duplicação da rodovia Bunjiro Nakaro (SP-250), 2014. Municípios de Vargem Grande Paulista, Cotia e Ibiúna, estado de São Paulo, 2014. Osvaldo Paulino da Silva

Mais tarde vieram o padre Manoel de Paiva, superior, o padre José de Anchieta, e outros. Fundaram o Colégio de São Paulo em janeiro de 1554; e, desde então, por causa da escravização dos gentios, começou a luta surda e latente entre os padres jesuítas e os que queriam especular com os infelizes nativos.

Entretanto, outra causa não deixara de concorrer originariamente para criar um certo conflito entre os padres da Companhia e os que acompanhavam a João Ramalho: - a fundação da vila de São Paulo, em prejuízo de Santo André. [Página 107]

A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 1554 — 1560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."

Quando os padres da Companhia de Jesus resolveram convidar os nativos para povoarem a sua vila de São Paulo, a fim de ser mais facilitada a catequese, não são mencionados senão Tebir-içá e Cayubi. E até o cronista (Gaspar da Madre de Deus), cujas primeiras narrações já foram transcritas, tratando da escolha do local para a fundação do Colégio da Companhia de Jesus, escreveu:

"Eram os campos de Pirá-tininga habitados nesse tempo por algumas tribos guayanás que obedeciam a Tebyreçá e Cayubi, os régulos que, consentindo no desembarque de Martim Afonso, perseveravam em lealdade para com os brancos, tudo em deferência a João Ramalho. Chegados os padres ao campo, e fitando na formosa miragem do país que ante eles se distendia, fizeram parada nas alturas sobranceiras ao rio Tamanduaethy e ribeiro Anhamgabahú, e ai levantaram um rustico aposento para abrigo, e em que celebrou-se missa a 25 de janeiro de 1554, dia em que se soleniza a conversão de São Paulo, que dai derivou seu nome a povoação que então se começou a edificar naquelas paragens; e, como para essa edificação dependia-se de gente afeita a tais trabalhos, convidaram os jesuítas a Tebyreçá e Cayubi para que com suas tribos viessem levantar seus alojamentos nas vizinhanças do sítio em que haviam feito seu aposento; e assim praticaram, estabelecendo-se Tebyreçá no local em que vê-se hoje o mosteiro de São Bento, e derramando-se os nativos pela área que depois serviu de assento á atual cidade.

Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias. Parece que Piquiroby já era falecido; e ou, aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos", visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga.
24528*“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil

João Ramalho não deu informações precisas sobre a terra de seu berço. Dela veio estando casado com mulher, que lá deixou e da qual nunca mais teve notícia, supondo-a morta, quarenta anos depois.

O Padre Manuel da Nóbrega, na carta de 31 de agosto de 1553 ao Padre Luís Gonçalves da Câmara, diz que João Ramalho era parente do Padre Manuel de Paiva, o celebrante da missa no planalto, a 25 de janeiro de 1554. (Páginas de História do Brasil, pelo Padre Serafim Leite, págs. 92 a94).
24428*“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP

Porém foi barrado pela prudência de Tomé de Sousa, que via neste futuro trabalho missionário uma violação ao Tratado de Tordesilhas, podendo criar problemas com Castela (NÓBREGA, Carta de 15.06.1553 (In: LEITE, NCJ, p. 41). A solução foi instalar-se, a meio caminho, no planalto de Piratininga, deixando para mais tarde o missão junto aos Carijó. [p. 160]
25003*“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística

De igual forma procedeu Caiubi, senhor de Geribatiba. Também foi batizado pelos jesuítas, tendo ganhado o nome de “João”. “Auxiliou-os na fundação de São Paulo: Os jesuítas convidaram Caiubi a estabelecer-se nas imediações do sítio escolhido”, diz Serafim Leite (2004-I: 93), no que é consonante com Frei Gaspar da Madre de Deus (1975:123-4). Segundo Antônio Alcântara Machado, em nota a Cartas... de Anchieta (1988:185), Caiubi assentou-se com sua gente "no extremo sul, próximo do sítio que depois se chamou Tabatagoera (hoje Tabatinguera)", onde tinha "sob sua guarda o caminho que do alto do espigão descia para a várzea e tomara para São Vicente por Santo André". Nóbrega, no Diálogo sobre a Conversão do Gentio (2000:246), considera Caiubi um exemplo de fé cristã: “Que direi da fé do grão velho Caiubi, que deixou sua aldeia e suas roças e se veio morrer de fome em Piratininga por amor de nós, cuja vida e costumes e obediência amostra bem a fé do coração”.
26414*Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo, 1994. John Manuel Monteiro

A revolta dos Tamoios entre as décadas de 1540 e 1560 tornou a escravização dos Tupinambás um negócio arriscado e caro. Diante disto, os portugueses voltaram sua atenção a outro inimigo dos aliados tupiniquim, os carijós, que em muito sentido forneciam o motivo principal para a presença tanto dos jesuítas quanto de colonos no Brasil meridional. Cabe ressaltar que existia, antes mesmo da fundação de São Paulo, um modesto tráfico de escravos no litoral sul, encontrando-se, no meio do século, muitos escravos carijós nos engenhos de Santos e São Vicente. De fato, a consolidação da ocupação europeia na região de São Paulo a partir de 1553 estabeleceu uma espécie de porta de entrada para o vasto sertão, o qual proporcionava uma atraente fonte de riquezas, sobretudo na forma de índios.

O colégio além de abrigar os padres que trabalhariam junto à população local, também serviria de base a partir da qual os jesuítas poderiam projetar a fé para os sertões. Porém, ao orientarem suas energias para os Carijós do interior, acabaram entrando em conflito direto com os colonos, que procuravam nestes mesmos Carijós a base de seu sistema de trabalho. [Páginas 37 e 38]


22438

  José de Anchieta
Estradas antigas
6  º de 322
1554
51 registros
Expedição planejada por Thomé de Souza; (...) notícia dada pelo Padre Anchieta em 1554; enquanto a localização do Ypanema da primeira descoberta de Afonso Sardinha*
•  Imagens (3)
•  Fontes (5)
  
  
  

25743Santo Antônio da Minas de Apiahy. Rubens Calazans Luz*

Foi no Estado de São Paulo que, em meados do século XVI, se descobriram as primeiras minas de ouro do Brasil. Confirmaram esses achados missivas do bispo Sardinha e do padre Anchieta, datadas respectivamente de 1552 e 1554.[p.23]
24363*“Braz Cubas”, Francisco Corrêa de Almeida Moraes

Em carta de Piratininga Anchieta assinalava que “agora descobriu-se uma grande cópia de ouro, prata, ferro e ouros metais, até aqui inteiramente desconhecida (como afirmam todos), a qual julgamos ser um ótimo e facílimo negócio, de que já por experiência estamos instruídos.” [Página 30]
27161*Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628)

Sendo N Padre na Baya de todos los sanctos, Sua Alteza determinou enviar doze homens pelo sarto para descobrir o ouro que diziam estar ali, para o qual o governador Thomé de Sosa pediu um padre.

Eles vão procurar o ouro e ele vai procurar o tesouro das almas, que naquelas partes é muito abundante e por essas partes acreditamos que se pode entrar até o Amazonas: agora temos notícias de que no mês de Em março de 1554 eles entraram pela capitania chamada Porto Seguro. E o que mais acontecer na Baya será escrito. do mês de julho de 1554 de Piratininga. [Página 54]
24155*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo

Pouco tempo após os europeus estabelecem-se em Piratininga, em março de 1554 a expedição planejada por Thomé de Souza e dirigida por Bruja partiu das proximidades de Santo Amaro rumo a região de Sorocaba. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1998. Página 21]
23548*Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI

O padre José de Anchieta deveria fazer parte desta expedição, pois notícia dada por ele em 1554, relaciona a localização do Ypanema e a primeira descoberta de Afonso Sardinha. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1895. Página 23]


26125

  José de Anchieta
Estradas antigas
7  º de 322
1554
51 registros
“Foi agora enviado o Irmão Pero Correia, com dois outros irmãos, a umas aldeias de índios, que estão ao longo do mar, para lhes pregar a palavra de Deus e sobretudo, se puder ser, para abrir caminho até certos povos que chamam ibiraiaras”*
•  Imagens (1)
  
  
  



24737

  José de Anchieta
Estradas antigas
8  º de 322
1554
51 registros
Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de Piratininga
•  Fontes (3)
  
  
  

26938*Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594)

Quadrimestre de Maio a Setembro de 1554, de Piratininga:

Além destes ha outra casta de nativos grandemente disseminada por toda a parte (á qual chamam Carijó), em nada diferente destes no alimento, no modo de viver e na língua, todavia muito mais mansos e mais prósperos á coisas divinas, o que claramente conhecemos pela conversação de alguns que conhecemos aqui entre nós, bastante firmes e constantes. Estes estão sob a jurisdição dos Castelhanos, cujas casas fazem de boa mente, comprando-lhes o necessário para o uso da vida e com quem vivem em amigável disposição.

A estes seguem inumeráveis gerações para o ocidente pelo sertão, até a província do Perú, que um nosso Irmão percorreu; as quais são na verdade muito mandas e facilmente se chegam á razão; são todas sujeitas a um principal, vive cada um separadamente em sua casa com mulher e filhos, não se alimentam por maneira alguma de carne humana, e aos quais, se se anunciar a palavra de Deus, não é duvidoso que mais se aproveitará em um mês com eles, do que com estes em um ano.

E também ha, vizinho desta, outra infinita multidão de nações (que propriamente se dizem "escravos"), pelas quais se vai até o Amazonas, e cremos que vivem em outra parte do mar da Etiópia.

Mandou-se agora o Irmão Pero Corrêa com dois outros, Irmãos (41) a umas povoações de nativos, que estão situadas perto do mar, a pregar entre eles a palavra de Deus, e maxime se se puder, a manifestá-la em certos povos, a que apelidam Ibirajáras, os quais cremos que se avantajam a todos estes, não só no uso da razão, como na inteligência e na brandura de costumes. Obedecem todos estes a um único senhor, tem grande horror á carne humana, vivem satisfeitos com uma só mulher, e resguardam cuidadosamente as filhas virgens (o que outros n ão curam) e a ninguém, senão ao próprio marido, as entregam. Se a mulher cai em adultério, o marido mata-a; se porém ésta, evadindo-se das mãos do marido, foge para a casa do principal, é recebida benignamente e conservada por este, até que se abrande a cólera do marido e ele se aplaque. Se alguém faz sua, por furto, a coisa alheia, é levado á presença do principal, e este ordena que seja açoitado pelo algoz. Não creem em idolatria alguma ou feiticeiro, e levam vantagem a muitíssimos outros em bons costumes, de sorte que parecem aproximar-se da lei mais conforme á natureza. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 47 e 48]

Acresce também a isso que, como todas as orações e gemidos dos nosso Irmãos, depois que aqui estão, se afadigam pedindo contínua e fervorosamente a Deus Otimo e Maximo que enfim se digne algumas vezes mostrar e descobrir algum caminho em que para aqui se dirijam os gentios a receberem a sua fé, agora finalmente se descobriu uma grande cópia de ouro, prata, ferro, e outros metais, até aqui inteiramente desconhecida (como afirmam todos), a qual julgamos ótima e facílima razão, de que já por experiência estamos instruídos. Porquanto, muitos dos Cristãos, que aqui têm vindo, a fazer por força o que não se resolveriam a fazer por amor. Resta que, Reverendo Padre, nos encomendemos humildemente á tua terra e ás orações de todos os nossos Irmãos. Piratininga, na Casa de São Paulo, 1554. O mínimo da Sociedade de Jesus. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Página 49]
28133*“A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de Piratininga”, Amilcar Torrão Filho, doutorando na Unicamp

Antes de Vieira, outros jesuítas já haviam chamado a atenção para a dificuldade de evangelização dos índios, não apenas por sua resistência à doutrina, mas pela ação desagregadora dos colonos brancos. Estes interferiam no trabalho dos jesuítas de várias maneiras: pelos maus exemplos e pelos pecados, não raro de muito maior escândalo do que dos índios pagãos, por incentivar as guerras e a antropofagia, pelo adultério e mancebia, blasfêmias e, sobretudo, pelo seu desejo de escravizar a maior parte desses nativos em proveito próprio, de suas fazendas, em detrimento do Império de Cristo na Terra, do qual eram mandatários os portugueses.

Anchieta, em carta a Inácio de Loiola de 1o de setembro de 1554, queixa-se da má influência dos brancos sobre os catecúmenos. Relata que um dos principais da terra, vivendo distante mais de trezentas milhas de Piratininga, chegara com o irmão Pero Correia para receber os preceitos da lei divina e a doutrina da fé cristã. Tendo ido um dia a Santo André, a mítica povoação de João Ramalho, foi convidado por um cristão a beber, mas negou-se, dizendo estar determinado a abandonar os antigos costumes, e que beber lhe estava proibido pelos inacianos. Apesar da recusa, o índio não teve forças para vencer as insistências do cristão, que teria afirmado:

“Não tenhas medo, que eles não virão a saber”. Vencido, deu-se à bebida e, por causa dela, “caiu em gravíssima doença, a que se seguiu a morte. Faleceu, porém, confessado e contrito, depois de recebido o baptismo” [Serafim Leite, Cartas dos Primeiros Jesuítas do Brasil, São Paulo, Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo, 1957, v. II (1553-1558), p. 107.]. Esses cristãos mostravam-se, disse o mesmo Anchieta, ainda piores que os pagãos. Eram os irmãos da Companhia, por causa deles, “humas mortes vivas, ou humas vidas mortas”.

A CIDADE DA CONVERSÃO

Pela historiografia e pelas cartas jesuíticas vemos que eram freqüentes as queixas dos inacianos contra os colonos europeus, os mamelucos e mesmo os religiosos enviados à América. Uma das tópicas mais importantes dessas cartas é justamente “a sã natureza da terra e a corrupção em que se acham os cristãos”, principalmente os clérigos de outras ordens, “em que tudo, sem exceção, parece contrário à religião e à eficácia da pregação” (19).

Mas como entender esse desejo de afastamento e a fixação em Piratininga, tão próximos de João Ramalho, segundo os padres da Companhia, seu inimigo declarado? As facilidades de conversão nos campos de Piratininga não eram tão grandes quanto se pensava ou se dizia e cedo os jesuítas percebem que a catequese não se poderia efetivar apenas pelo amor, mas sobretudo pelo temor. Anchieta afirma a Loiola, em setembro de 1554, que esses índios não estavam sujeitos a nenhum rei ou chefe e só tinham em alguma estima “aqueles que fizeram algum feito digno de homem forte”.

Quando pareciam ganhos, voltavam a seus velhos hábitos “porque não há quem os obrigue pela força a obedecer”, já que cada um “é um rei em sua casa e vive como quer”. Por isso nenhum fruto se pode colher deles “se não se juntar a força do braço secular, que os dome e sujeite ao jugo da obediência” (20).

Anchieta afirma que a abundância de ouro, prata, ferro e outros metais, antes desconhecidos, seria ótimo e facílimo meio pelo qual se chegaria ao caminho “pelo qual esses gentios se haviam de levar à fé”. Isso se daria pois, “vindo para aqui muitos cristãos sujeitarão os gentios ao jugo de Cristo, e assim estes serão obrigados a fazer, por força, aquilo que não é possível levá-los por amor” (21). Nem todos os jesuítas se opunham ao cativeiro dos índios, como era o caso de Nóbrega e de Anchieta. Apesar da defesa de Nóbrega da liberdade da maioria dos índios, “a escravidão indígena devia ser permitida e mesmo desejada em determinados casos, não apenas para efeitos de defesa ou de castigo, mas também porque a oferta de legítimos cativos atrairia novos colonos para o Novo Mundo” (22).
27720Arqueologia de uma Fábrica de Ferro: Morro de Araçoiaba Séculos XVI-XVII. Autora: Anicleide Zequini, Universidade de São Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA*

Antes de Vieira, outros jesuítas já haviam chamado a atenção para a dificuldade de evangelização dos índios, não apenas por sua resistência à doutrina, mas pela ação desagregadora dos colonos brancos. Estes interferiam no trabalho dos jesuítas de várias maneiras: pelos maus exemplos e pelos pecados, não raro de muito maior escândalo do que dos índios pagãos, por incentivar as guerras e a antropofagia, pelo adultério e mancebia, blasfêmias e, sobretudo, pelo seu desejo de escravizar a maior parte desses nativos em proveito próprio, de suas fazendas, em detrimento do Império de Cristo na Terra, do qual eram mandatários os portugueses.

Anchieta, em carta a Inácio de Loiola de 1o de setembro de 1554, queixa-se da má influência dos brancos sobre os catecúmenos. Relata que um dos principais da terra, vivendo distante mais de trezentas milhas de Piratininga, chegara com o irmão Pero Correia para receber os preceitos da lei divina e a doutrina da fé cristã. Tendo ido um dia a Santo André, a mítica povoação de João Ramalho, foi convidado por um cristão a beber, mas negou-se, dizendo estar determinado a abandonar os antigos costumes, e que beber lhe estava proibido pelos inacianos. Apesar da recusa, o índio não teve forças para vencer as insistências do cristão, que teria afirmado:

“Não tenhas medo, que eles não virão a saber”. Vencido, deu-se à bebida e, por causa dela, “caiu em gravíssima doença, a que se seguiu a morte. Faleceu, porém, confessado e contrito, depois de recebido o baptismo” [Serafim Leite, Cartas dos Primeiros Jesuítas do Brasil, São Paulo, Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo, 1957, v. II (1553-1558), p. 107.]. Esses cristãos mostravam-se, disse o mesmo Anchieta, ainda piores que os pagãos. Eram os irmãos da Companhia, por causa deles, “humas mortes vivas, ou humas vidas mortas”.

A CIDADE DA CONVERSÃO

Pela historiografia e pelas cartas jesuíticas vemos que eram freqüentes as queixas dos inacianos contra os colonos europeus, os mamelucos e mesmo os religiosos enviados à América. Uma das tópicas mais importantes dessas cartas é justamente “a sã natureza da terra e a corrupção em que se acham os cristãos”, principalmente os clérigos de outras ordens, “em que tudo, sem exceção, parece contrário à religião e à eficácia da pregação” (19).

Mas como entender esse desejo de afastamento e a fixação em Piratininga, tão próximos de João Ramalho, segundo os padres da Companhia, seu inimigo declarado? As facilidades de conversão nos campos de Piratininga não eram tão grandes quanto se pensava ou se dizia e cedo os jesuítas percebem que a catequese não se poderia efetivar apenas pelo amor, mas sobretudo pelo temor. Anchieta afirma a Loiola, em setembro de 1554, que esses índios não estavam sujeitos a nenhum rei ou chefe e só tinham em alguma estima “aqueles que fizeram algum feito digno de homem forte”.

Quando pareciam ganhos, voltavam a seus velhos hábitos “porque não há quem os obrigue pela força a obedecer”, já que cada um “é um rei em sua casa e vive como quer”. Por isso nenhum fruto se pode colher deles “se não se juntar a força do braço secular, que os dome e sujeite ao jugo da obediência” (20).

Anchieta afirma que a abundância de ouro, prata, ferro e outros metais, antes desconhecidos, seria ótimo e facílimo meio pelo qual se chegaria ao caminho “pelo qual esses gentios se haviam de levar à fé”. Isso se daria pois, “vindo para aqui muitos cristãos sujeitarão os gentios ao jugo de Cristo, e assim estes serão obrigados a fazer, por força, aquilo que não é possível levá-los por amor” (21). Nem todos os jesuítas se opunham ao cativeiro dos índios, como era o caso de Nóbrega e de Anchieta. Apesar da defesa de Nóbrega da liberdade da maioria dos índios, “a escravidão indígena devia ser permitida e mesmo desejada em determinados casos, não apenas para efeitos de defesa ou de castigo, mas também porque a oferta de legítimos cativos atrairia novos colonos para o Novo Mundo” (22).


22690

  José de Anchieta
Estradas antigas
9  º de 322
1555
46 registros
Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei escrita de São Salvador da Bahia
•  Fontes (1)
  
  
  

24418*“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos

Verificando até que ponto ia a verdade do que afirmaram alguns chronistas e autorizava a tradição sobre esse novo caminho, encontramos um documento que paréce contrariar e desfazer a quasi lenda do "padre José". É o seguinte:

"Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me disse que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mao e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se não podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..."

Por este trecho da carta de D. Duarte da Costa, vê-se que o ouvidor geral de São Vicente (deve tratar-se do Capitão-mór Braz Cubas, que governou pela segunda vez, de 1552 a 1554) acceitou o offerecimento de João Perez ou Pires adiantando-se ao "referendum" do Rei, como cousa cérta.

Assim, como a época coincide exactamente com a atribuída pelos chronistas e pela tradição, á feitura do referido caminho (1553), é de suppôr, que, em verdade, quem abriu o segundo caminho do mar, o celebrado "caminho do Padre José", foi esse João Perez ou Pires, sujeito rico como se deprehende da informação do Governador, utilisando-se dos seus indios, cm tróca da impunidade pela morte do escravo, motivo, como se vê, bastante, para que elle se empenhasse na realisação daquella óbra, siabido que um degredo na Bertióga naquella época, pena muito usada então, valia por uma condemnação á mórte, infestado como estava aquele logar pelas hordas tamoyas, açuladissimas contra os portugueses.

O nome de "Caminho do Padre José" ou a ligação desse caminho com o Padre Anchieta, pôde ser devido a outro qualquer motivo; uma homenagem, por exemplo, do autor do caminho ao apóstolo de Piratininga; uma recommendação do jesuíta em favor da nóva communicação, feita ao* habitantes das duas regiões; o seu uso immediato por elle, em suas peregrinações de catechése; emfim, qualquér acto De onde pudésse gerar-se a denominação popular e a opinião dos chronistas.

Era o que nos cumpria dizer, de passagem, em beneficio da verdade histórica.


21938

  José de Anchieta
Estradas antigas
10  º de 322
1560
73 registros
A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão
•  Fontes (22)
  
  
  

27042*Estrada do Padre Dória (1832-1842): estudo de geografia histórica nos caminhos da Serra do Mar, 2019. Alexandre da Silva. USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia

Trilha dos Tupiniquins
Trajeto: Vertente esquerda do Vale do Rio Mogi
Tipo: Picada
Rampa Máxima: Muito variável
Largura média: 0,60m
Conceito tecnológico básico: Chão batido
Grau de interferência nas encostas: Nenhum
Período: Até 1500
Principal meio de transporte: A pé
Aportes tecnológicos: Empirismo
Principal objetivo: Acesso ao litoral

Caminho do Padre José
Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio Perequê
Tipo: Picada
Rampa Máxima: Muito variável
Largura média: 1,00m
Conceito tecnológico básico: Chão batido
Grau de interferência nas encostas: Muito baixo
Período: 1560-1770
Principal meio de transporte: A pé
Aportes tecnológicos: Empirismo indígena
Principal objetivo: Evitar contato com os tamoios

Novo Caminho de Cubatão
Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio das Pedras
Tipo: Picadão
Rampa Máxima: 20%
Largura média: 2,00m Conceito tecnológico básico: Pequenos cortes, arrimos e estivas Grau de interferência nas encostas: Médio
Período: 1770-1790
Principal meio de transporte: A pé e mula
Aportes tecnológicos: Experiência europeia. Mestres de obras portugueses
Principal objetivo: Abastecimento das expedições para o sertão

Calçada de Lorena
Trajeto: Espigão - Pedras/Perequê
Tipo: Estrada calçada
Rampa Máxima: 20% - 25%
Largura média: 3,00m Conceito tecnológico básico: Pequenos cortes e arrimos Grau de interferência nas encostas: Baixo Período: 1790-1841
Principal meio de transporte: Tropa de mulas
Aportes tecnológicos: Real Corpo de Engenheiros de Portugal
Principal objetivo: Escoamento do açucar [Página 39]
23985*S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay

Em 1560, relata o Padre Antonio Franco, na vida de Manuel da Nóbrega, mandou este celebre evangelizador abrir novo caminho de Piratininga para São Vicente através de áspera montanha porque no outro eram os transeuntes assaltados pelos Tamoyos "inimigos cruéis do nome Portugues".Por agencia de dois irmãos leigos "engenhosos, se abriu com grande trabalho este caminho, de que todos receberam grande segurança e proveito". [S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601, 1920. Afonso de E. Taunay, página 180]
3728Religiosidade e geografia explicam nomes dos estados do Sul e do Sudeste do Brasil. Por João Paulo Vicente, nationalgeographicbrasil.com

Sobre São Paulo não há controvérsia, assim como em Minas Gerais. No caso do primeiro, o estado foi batizado por conta do Colégio de São Paulo de Piratininga, fundado pelos jesuítas Manuel de Nóbrega e José de Anchieta em 1553. A colonização da região, no entanto, começou no litoral, em São Vicente.

O interessante é que o Colégio, e em seguida a Vila de São Paulo, criada em 1560, surgiram por uma diferença radical na maneira como os colonos em geral e os jesuítas encaravam os indígenas. Enquanto grande parte dos portugueses e europeus que não eram ligados à igreja católica não viam problemas em capturar e explorar os índios, os religiosos buscavam catequizá-los. Para fazer isso sem conflitos, subiram a Serra do Mar e se instalaram numa área mais protegida, onde hoje fica a capital do estado.

Minas Gerais, por sua vez, era uma área inexplorada do Espírito Santo e Rio de Janeiro durante o século 16 e grande parte do século 17. Conforme minas de ouro (e de outros minérios valiosos) foram descobertas na região, passou a ser motivo de disputa entre diversos grupos. Finalmente, em 1720 foi criada a capitania de Minas Gerais.
24528*“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil

Em 1560 foi também usado, por ordem de Mem de Sá, um outro caminho entre o planalto e o litoral, mais para oeste, a fim de evitar os ataques dos tamoios. Por essa forma, “para melhor serviço de Deus e de el-rei, nosso senhor”, que nesse tempo tudo decidia, concentrou o Governador Geral mais uma vez, os moradores do planalto em um ponto mais avançado no sertão, alargando a posse portuguesa. Documentos autênticos provam que não houve um pedido único nem uma só razão para a transferência de sede da vila.

Essas duas veredas, ordinaríssimas, mal traçavam o trânsito entre o planalto e o Cubatão. Esta última ficou conhecida sob o nome de Caminho do Padre José, não se sabe desde que data e por que razão, talvez por ser freqüentada por Anchieta. Em 1560 José de Anchieta era apenas irmão da Companhia de Jesus, só tendo tomado ordens sacerdotais em 1566, na Bahia (Serafim Leite, História da Companhia de Jesus, Vol. 1º, pág. 29, Nota 2).

Nem ele tinha poderes, nem a Companhia de Jesus, nessa época, tinha posses para construção de caminhos por piores que fossem. José de Anchieta “subia por esse caminho” (Documentos Interessantes, Vol. 29, pág. 112).

É o que diz a Memória de Melo e Castro aqui citado. Foi uma preocupação constante, e com muita razão, da gente do planalto em manter a comunicação com o litoral. Desde as mais remotas vereanças da vila de Santo André (Atas, pág. 15), através das atas da Câmara de S. Paulo, continuamente se fala e se recomenda e se insta pela conservação do caminho do mar.

Este caminho nos primeiros tempos, e por muito tempo, foi uma vereda de índios pela serra de Paranapiacaba, (porque da ilha de S. Vicente até ao pé da serra se viajava por água) e daí para a vila de S. Paulo, até à borda do campo, atravessavam-se rios caudalosos.

Em 1560 o caminho do mar ainda passava pelo vale do Mogi, pelos sítios de João Ramalho, e por Ururaí, e foi por ele que Martim Afonso subiu até a região de Piratininga. Depois se fez outro, mais a oeste, que a tradição chamou caminho do Pe. José (Os rios correm para o mar) e que por ordem de Mem de Sé começou a servir ao tráfego entre o planalto e o litoral. O primeiro chamou-se o caminho velho do mar. Pelo caminho novo, era proibida a passagem de boiadas, visto o estrago que causavam. Ambos eram péssimos; do alto da serra até ao campo havia atoleiros causados pelas inundações dos rios Grande e Pequeno; do alto da serra para baixo eram aspérrimos e apenas indicados pelos cortes das árvores.
25470*Relatorio apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Provincia de S. Paulo

De feito, logo depois de ter Martim Afonso de Sousa escolhido o local em que se devia fundar a povoação de São Vicente, a mais antiga d´esta parte da Terra de Santa Cruz, foi seu primeiro cuidado mandar abrir uma estrada que, começando no sítio onde posteriormente se levantou o forte da Estacada, quase defronte o rio de Santo Amaro, junto ao lugar que então servia de ancoradouro ás embarcações, seguia pela praia de Embaré, continuava pela de Itararé e ia finalizar em São Vicente. Tal foi o primeiro caminho que o homem civilizado abriu na província de São Paulo.

No ano de 1560, o governador geral Mem de Sá, visitando a capitania e indo a São Vicente e Paratininga, tomou a picada que, através da serra de Paranapiacaba, era a mais trilhada pelos nativos em seu trajeto para o litoral. Principiava o caminho na raiz da serra, no porto de Santa Cruz do rio Cubatão, denominado primitivamente porto das Armadias, e em terras de Ruy Pinto, e no lanço da serra que atravessava as ingremidades e alcantis de mui difícil acesso.

Compreendeu logo o governador que outro caminho convinha abrir, afim de facilitar a comunicação de beira mar para o interior. Neste intuito dispôs que se abrisse o novo caminho por melhores localidades, encarregando desta tarefa ao padre Anchieta, que de bom grado a desempenhou, aproveitando-se de um trilho feito também pelos nativos, e por ele conhecido, o qual veio a se chamar - caminho do padre José. [Página 265]
3269*Breves Notas às Cartas de José de Anchieta. Eduardo Tomasevicius Filho, Doutorando em Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

Em 1560, os jesuítas, temendo que a nova vila não prosperasse,pediram para que o Governo-Geral do Brasil extinguisse a Vila de Santo André. Cumpriu-se a ordem e em 1560 foi oficializada a vila de São Paulo de Piratininga, com a mudança do pelourinho de Santo André para São Paulo. Os índios e portugueses que viviam naquela região tiveram que se mudar para duas localidades,que receberam o nome de Nossa Senhora dos Pinheiros e São Miguel. (Madre de Deus, 1975, p. 125). No colégio de São Paulo, as atividades religiosas das mulheres eram as seguintes: "Seguimos a mesma ordem na doutrina dos índios: chamam-se todos os dias duas vezes à Igreja, a toque de campainha, ao qual açodem as mulheres ora uma ora outras, e não só aprendem as orações na própria língua,mas também ouvem práticas e são instruídas no conhecimento das coisas da fè" (Anchieta, 1556, p. 22).

(...) (Anchieta) ao relatar em 1560 que trabalhava continuamente para a conversão dos índios à fé católica e, por conseqüência, aos hábitos europeus de vida familiar: "Porque os adultos, aos quais o mau costume de seus pais quase se converteu em natureza, cerram os ouvidos para não ouvir a palavra de salvação e converter-se ao verdadeiro culto de Deus" (Anchieta, 1560, p. 57). De qualquer modo, é um exemplo interessante que Anchieta experimentou sobre os limites de eficácia do direito, e da inadequação da aplicação de determinadas regras a povos distintos dos quais elas foram criadas. [p. 8 do pdf]
20610O Observador: Econômico e Financeiro, 08.1949*

Achava- se instalada a fábrica à beira- rio; o combustível era facilmente transportado; a mina estava à porta e, os produtos acabados, descendo o Jeribatuba, encontravam logo o mercado de Santos, ou subindo pela estrada antiga melhorada, ao que se diz, por Anchieta, das vilas acima da Serra do Cubatão [O Observador: Econômico e Financeiro, 08. 1949. Página 59]
28747*Cartas Avulsas: 1550-1568

Mem de Sá, vitorioso, vae a S. Vicente (Nob., c. XXI) ver Nobrega e dar varias providencias: mudança da Villa de Santo André-da-Borda-do-Campo para Piratininga, obra de três léguas distante; caminho protegido contra os Tamoyos da Serra, entre São Vicente e São Paulo.
23952*João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”

Em 1560, "um pedaço de terra que, partindo por um regato que está a par do mosteiro de Pirá-tininga, e que irá cortando pelo dito regato até entestar com roças de Fernão Alves, onde foi o primeiro tujipar, e dali irá cortando ao longo do campo até partir com terras de Antonio Pinto, e irá partindo com ele até se findar no rio da Tapera do Cacique, e dali irá por ele abaixo até chegar ao dito regato, onde começou primeiro a partir, que será onde se vê o dito regato meter no rio Anhangavahay". [p. 387]
23942*ALMANAK da Provincia de São Paulo para 1873 organisado e publicado por Antonio José Baptista de Luné e Paulo Delfino da Fonseca. São Paulo: Typographia Americana, Ano 1

A data de fundação de São Miguel é incerta e controversa. A teoria que aponta a data mais antiga informa o ano de 1560, quando da visita de José de Anchieta aos índios guaianases, que haviam fugido da Vila de São Paulo de Piratininga quando esta sofreu a chegada de índios vindos da extinta Vila de Santo André da Borda do Campo.
28125*História da Capitania de São Vicente, hoje chamada de São Paulo e Notícias dos anos em que se descobriu o Brasil; Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)

112. Não satisfeitos o incansável Martim Afonso com ter explorado a costa, projetou conseguir alguma noção dos sertões deste continente, empresa não intentada pelos capitães seus antecessores, os quais se contentaram com explorar os mares, e ver as praias. Servindo-lhe de guia João Ramalho, embarcou-se em São Vicente, e foi passar o Caneú, aquela bahia de água salgada, em cuja passagem, tendo ela sido livre por mais de dois séculos aos moradores da Marinha, e Serra acima, que navegavam, e se comunicação pelo lagamar de Santos, e Portos, a que chamam Cubatões, a Junta da [Página 174]

113. Em um destes portos, chamados Cubatões, que ficava em terras pertencentes n´outro tempo aos Jesuítas do Colégio de Santos, e agora a Luiz Pereira Machado, foi desembarcar o primeiro Donatário, o qual deu o nome de Porto de Santa Cruz, trocado por este apelido o que antes tinha de Porto das Armadias, segundo declara o dito Martim Afonso na carta de Sesmaria por ele concedida a Ruy Pinto. Entrava-se para ele pelo esteiro chamado Piraiquê, o qual faz confluência com o Rio do Cubatão geral pouco acima da Ilha do Teixeira, assim denominada, por ter sido do Capitão-mór, e Provedor da Real Casa da Fundição, Gaspar Teixeira de Azevedo: hoje chamam-lhe Piassaquéra, nome composto do substantivo piassaba, que significa porto, e do adjetivo aquéra coisa velha, ou para melhor dizer, antiquada. Aqui deu princípio á sua viagem para o campo de Piratininga pelo caminho de que se servirão os portugueses até o ano de 1560, em que o Governador Geral do Estado Mem de Sá, vindo a esta Capitania, ordenou, que ninguém o frequentasse, por ser infestado de nativos nossos contrários, substituindo em seu lugar a estrada do Cubatão Geral, a que as Sesmarias antigas chamam Caminho de Padre José, por o ter aberto, ou concertado o Venerável Padre José de Anchieta. [Páginas 175 e 176]
24646“Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP*

Teria sido também para mantê-lo (o Caminho do Peabiru), além da ameaça do tupiniquim que de amigo se tornara inimigo, que em 1560, abriu-se o áspero caminho do Cubatão, ligando São Paulo ao lagamar vicentino. É bem pode ter ocorrido que, para seguir à risca a ordenança, deixou-se parecer a fundação de Maniçoba (proximidade da atual cidade de Itu), o primeiro aldeamento no sul do Brasil). Houve longo silêncio sobre o Peabiru.

"Perdeu-se de tal modo a tradição desse caminho - lamenta-se Batista Pereira em sua carta a Paulo Duarte - que, apesar de saber quanto Santo André lhe estava à orla, a localização da vila à borda do campo era até há pouco um problema".
26728*A fazenda geral dos jesuítas e o monopólio da passagem do Cubatão: 1553-1748, 2008. Francisco Rodrigues Torres

O primeiro porto fluvial que se tem notícia, na região, foi o denominado Peaçaba ou Piaçaguera, no rio Mogi. Exatamente nesse ponto, em 1532, Martim Afonso se encontrou com João Ramalho para subirem a serra do Cubatão. Ramalho serviu de guia e língua da terra nesse episódio.

Posteriormente o porto que teve seu movimento intensificado, a partir de 1560, foi o porto das Almadias. Leiamos o que a historiadora Inez Garbuio Peralta16 cita sobre esse porto:

Esse novo pôrto era o chamado pôrto das Almadias ou Armadias mencionado por Martim Afonso de Sousa, situado na foz do Rio Perequê, a um quilômetro de sua confluência com o Rio Cubatão. Os indígenas já o conheciam e o denominavam Peaçaba, contudo, o mesmo recebeu de Martim Afonso o nome de Santa Cruz, em 1533.

A maior utilização desse porto está ligada a uma ordem expedida por Mem de Sá, em 1560, para que se abandonasse o caminho de Piaçaguera. Passou-se, então, a se utilizar o caminho do Padre José, o qual desembocava no porto das Almadias. Dessa forma, podemos perceber que a integração existente entre porto e caminho era nítida.

Tanto que, ao se obstar um caminho, o porto, inexoravelmente, também caía em desuso. O porto representava o elo entre percursos. O caminho estático ligado ao caminho semovente. O porto das Almadias foi utilizado por cerca de 100 anos.

A partir da segunda metade do século XVII foi utilizado outro caminho na serra do Mar, aproveitando a margem do rio das Pedras. O novo caminho indicava um novo porto. O terceiro porto, conhecido como Geral localizava-se no rio Cubatão. O porto Geral foi o que teve uma vida funcional mais duradoura e o que consolidou o surgimento da povoação de Cubatão.
24428*“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP

O outro ramal saía de São Vicente, passando pela serra de Paranapicaba, subindo pela Piaçaguera de cima, até alcançar o planalto de Piratininga, num trajeto proposto pelo engenheiro Bierrembach de Lima (Fig. 5, no último capítulo). Este caminho é apenas citado no Diário de Pero Lopes, quando relata sobre um grupo de portugueses que Martim Afonso deixara no planalto, em vista da instalação de uma povoação.

Chamado de Trilha dos Tupiniquins tal rota apresentava muitos riscos, pois, como escreveu Vasconcelos, “os Tamoios contrários, que habitavam sobre o rio Paraíba, neste lugar vinham esperar os caminhantes de uma e outra parte, e os roubavam e cativavam e comiam”229. Com o tempo foi abandonado, quando se abriu o Caminho Novo ou o Caminho do Pe. José, que se tornou a comunicação mais utilizada para o planalto.

A partir de Piratininga, o caminho alcançaria a rota-tronco na divisa do Paraná, provavelmente na altura da atual Itararé. Foi por esta rota que o Pe. Nóbrega deve ter alcançado Maniçoba, na divisa entre Paraná e São Paulo, onde realizou trabalhos missionários, como se verá mais à frente.

Este trajeto deve ter sido usado pelos Carijó, quando alcançaram Piratininga, ao tentar atacar os moradores de São Vicente, pois fala-se que haviam se confrontado com as aldeias do rio Grande [Tietê] [NOBREGA, Carta a Tomé de Sousa, 1559 (CN, p. 217).]. Foi também por esta rota que atingiram os paulistas as reduções jesuíticas do Guairá, no século XVII, levando-as à destruição231.

Havia mais dois ramais que corriam paralelos aos rios Tietê e Paranapanema, encontrando-se com a rota-tronco na altura da antiga povoação paraguaia de Vila Rica, na região central do Paraná, como sugerem Chmyz & Maack 232 . O ramal do Paranapanema levava à região do Itatim, no atual Mato Grosso do Sul, costeando a direita do rio, caminho feito pela tropa de Antônio Pereira de Azevedo, que fez parte da grande expedição de Raposo Tavares, em 1647, e não pelo ramal do Tietê, como sugere Cortesão233. Isto pela simples razão de que os caminhos indígenas costumavam ser em linha reta. Parece ser a mesma rota que foi localizada numa documentação do governador Morgado de Mateus e que apresenta um itinerário mais detalhado: Eu tenho um mappa antigo, em q’ se ve o rot.o [roteiro] de hum cam. o [caminho] q’ seguião os antigos Paulistas, o qual saindo de S. Paulo p.a Sorocaba, vay dahy a Fazenda de Wutucatú q’ foy dos P.es desta S. Miguel [Missão de S. Miguel] junto do Paranapanema, q’ hoje se achão destruido, dahy costiando o R.o [rio] p. la esquerda, se hia a Encarnação [redução jesuítica à beira do Tibagi], a St.o X.er [redução S.Francisco Xavier, no médio Tibagi] e a St.o Ignácio [redução no Paranapanema] e desde o salto das Canoas, emté a barra deste rio gastavão 20 dias, dahy entrando no [rio] Paraná, navegavão o R.o Avinhema, ou das três barras, e subindo por elle emté perto das suas vertentes, tornavão a largar as canoas, e atravessavão por terra as vargens de Vacaria [no atual Mato Grosso do Sul] 234 . [Páginas 60, 62 e 63]
28107*“Cubatão: Caminhos da História”. Cesar Cunha Ferreira, Francisco Rodrigues Torres e Welington Ribeiro Borges

O acesso ao Planalto Paulista, a princípio, era feito por trilhas (caminhos) abertas pelos índios. O primeiro caminho ficou conhecido por Trilha dos Tupiniquins, justamente por ter sido aberto pelos índios. Esse caminho foi utilizado por Martim Afonso de Souza, em 1532, para chegar ao planalto. Posteriormente, ficou conhecido por Sendeiro do Ramalho uma vez que João Ramalho foi um dos primeiros homens brancos a subir a Serra por essa trilha. O traçado era correspondente ao da atual ferrovia São Paulo – Santos e desembocava em Piaçaguera, região da Cosipa.

Em 1560, esse caminho foi abandonado por ordem de Mem de Sá, governador geral, por causa dos frequentes ataques dos índios. A partir daí, passou-se a utilizar o Caminho do Padre José. O traçado desta trilha aproveitava o vale do rio perequê. Esse caminho foi feito por João Perez, “o Gago”, sujeito rico, que utilizou seus escravos indígenas como mão-de-obra em troca da impunidade pela morte de um escravo que havia assassinado.

Quanto à denominação popular Caminho do Padre José, mais tarde aplicada ao novo caminho do Cubatão, teria sido promovida pelos jesuítas. Há um relato do historiador Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) sobre este Caminho:

as arrebatadas fortificações em Santos defenderiam o caminho da serra, e que não defendessem, esse caminho se defenderia por si mesmo, porque embora fosse chamado o caminho do Padre José era um caminho do diabo, que se vencia trepando com as mãos e pés agarrados às raízes das árvores.
27894*“Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo

Não havia caminho que ligasse São Paulo ao sertão; apenas trilhas de índios, estreitas e traiçoeiras, por onde era possível passar somente uma pessoa de cada vez. Os homens brancos que se dispunham a embrenhar-se por essas veredas, além de serem desassombrados, precisavam ser fortes e resistentes, já que o itinerário raramente seguia na linha horizontal.
27928Caminho do Mar coleciona nomes e histórias, Liz Batista, jornal O Estado de de São Paulo

Nascida como trilha em 1560, rota se tornou primeira estrada pavimentada da América Latina Fechada em 1985 para o tráfego de automóveis, a Estrada Velha de Santos, ou Caminho do Mar, faz parte da história de São Paulo. Muitos ainda se recordam do tempo em que aquela estrada de curvas acentuadas era o trajeto imperativo para quem se dirigia à Baixada Santista, antes da inauguração da Rodovia Anchieta em 1947.

É fato que do seu surgimento, no período colonial, até sua desativação, na década de 1980, a rota cumpriu papel fundamental para formação da capital paulista e desenvolvimento do País. As imagens do Acervo Estadão mostram um pouco dessa trajetória.

Os caminhos até o mar. A mais antiga rota do interior do País para o litoral Atlântico surgiu por volta de 1560, quando o governador Mem de Sá recorreu aos jesuítas para que abrissem uma trilha, alternativa às indígenas, para transpor a Serra do Mar. A vereda recebeu o nome de Caminho do Padre Anchieta e tornou-se o caminho usado para o transporte de ouro até Santos e para o comércio de produtos.
29350*REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL

Os historiadores alegam ainda razões de subsistência para justificar a escolha do sítio da nova aldeia. Não devemos nos esquecer que, com a chegada dos europeus transferidos de Santo André, em 1560, os campos planaltinos se mostrariam muito favoráveis à criação de animais domésticos, sobretudo de gado vacum, nas pastagens alagadiças situadas a nordeste, próximas das margens do Tietê e do Tamanduateí (Guaré), e que a pesca foi também uma atividade econômica de grande relevância para a nascente povoação. O próprio Padre Manuel de Nóbrega fazia questão de ressaltar, em carta de 1556, que a aldeia de Piratininga estava provida “de toda abastança que na terra pode aver” (LEITE, v.2, p. 284).

O que não se via até há pouco suficientemente ressaltado, contudo, como um dos fatores determinantes da escolha do local onde depois se fixaria a nova casa jesuítica – com a grande exceção de Pasquale Petrone (PETRONE, p.140-141) talvez –, era a preexistência nas imediações de um intrincado sistema de trilhas indígenas que cortavam em todos os sentidos a lombada interfluvial. Essas veredas poriam os irmãos da Companhia em comunicação direta com o litoral vicentino, com as aldeias planaltinas dos índios aliados e com o distante Paraguai, cujo fascínio durante muito tempo manteve bem aceso o fervor catequético dos inacinos, sobretudo do Padre Manuel da Nóbrega.

Cumpre, porém, chamar a atenção para um ponto controvertido acerca do modo como se deu a escolha do sítio onde foi erguida a casa jesuítica no planalto piratiningano. Indícios nos levam a pensar que, contrariamente à história oficial divulgada pelos jesuítas, foram os próprios índios desejosos de serem convertidos pelos padres da Companhia que se teriam reunido, sozinhos, numa aldeia, sem contar para a escolha de sua localização com a presença ou, quem sabe, sequer com a orientação de Nóbrega e seus companheiros (AMARAL, 1971,v.1, p. 128-129). [p. 12 e 13]

De acordo com Nóbrega, na carta citada, foi nesse núcleo de João Ramalho que Martim Afonso de Sousa ”primeiro povoou”, ou seja, fundou a efêmera vila de Piratininga no recuado ano de 1532, conforme relata o diário de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso. Por outro lado, em missiva escrita por Anchieta em 15 de agosto de 1554, a própria povoação dos padres aparece também chamada de aldeia de Piratininga, onde os jesuítas mantinham “uma grande escola de meninos, filhos de índiosensinados a ler e escrever” (LEITE, v.2, p. 81). Ainda nesse tipo de documentação se faz alusão a um certo porto de Piratinim, localizado à margem esquerda do Rio Grande (Rio Tietê) e a um rio de Piratininga, que deve ser interpretado como sendo também o Anhembi (Tietê), o rio por excelência da região; fala-se igualmente em campos de Piratininga, que abarcavam toda a amplidão dos campos planaltinos; e, finalmente, em São Paulo de Piratininga, que é o nome que a casa jesuítica tomou a partir de 25 de janeiro de 1554 e que depois foi estendido à vila criada em 1560, às vezes denominada São Paulo do Campo. [p. 14]

A primeira Casa de Câmara só foi edificada em 1575 (ATAS, v.1, p. 76-79). Térrea e dispondo de um único cômodo, quando havia alguém encarcerado nela eram os vereadores obrigados a se reunir alhures, em geral na casa do vereador mais velho (ATAS, v.1, p. 125, 135, 158 e 161). Com a construção da Casa de Câmara, São Paulo passou a contar com dois logradouros, funcionando um deles como praça religiosa e o outro, como praça civil, dualidade que remontava em origem à cidade portuguesa medieval: o terreiro jesuítico, onde fora erguido o pelourinho em 1560 e agora se via um cruzeiro em frente da igreja (DEUS, p. 125; ATAS, v.1, p. 322 e 467) – terreiro esse que devia coincidir espacialmente com a praça central da aldeia indígena criada em 1553 –, e a praça pública, para onde foi depois transferido o símbolo de liberdade municipal, o qual não passava de uma rústica peça de madeira falquejada (ATAS, v.1,p. 269, 309 e 310). Posicionando-se entre esses dois espaços, a Casa de Câmara dava,supomos, os fundos para a praça pública e a frente para o adro dos jesuítas (ATAS, v.1,p. 161 e 269). [p. 22]

Em 1560, por uma questão de segurança, Mem de Sá ordenou a abertura de um novo caminho do mar, conhecido mais tarde pelo nome de Caminho do Padre José (PERALTA, p. 7). A primeira seção desse novo caminho, porém, durante muito tempo parece ter coincidido com a do anterior. Partia da vila pelas atuais Ruas do Carmo e Tabatinguera, passando em seguida pela mesma ponte sobre o Rio Tamanduateí (ATAS, v.1, p. 272-274 e 300). Nas Atas, essa via de comunicação é chamada de Caminho do Ipiranga (1584), porque se distanciava a partir de determinado ponto da velha trilha tupiniquim para atravessar o ribeiro desse nome (ATAS, v.1, p. 237-238). [p. 24]
24504*“A cidade de São Paulo em 1900. Impressões de Viagem”. Alfredo Moreira Pinto

De então começou a edificação da nova povoação, a qual, já pelo labor dos indios, já pela concorrência dos colonos vindos do littoral, teve rapido incremento a ponto de supplantar, alguns annos depois, a vizinha villa de Santo André, pois certo é que, achando-se em S. Vicente o governador-geral Mem de Sá, em 1560, mediante representação do padre Nobrega, mandou extinguir a villa de Santo André e transferiu este predicamento para a povoação vizinha com o nome de S. Paulo de Pira-tininga (A villa de S. Paulo ficou completamente fundada e reconhecida em 5 de abril de 1560, data da reapectiva Provisão).


20672

  José de Anchieta
Estradas antigas
11  º de 322
1584
42 registros
*Ainda Anchieta, em suas Informações, mencionava: os “índios carijós que são das Índias de Castela...”
•  Imagens (12)
•  Fontes (2)
  
  
  

32020VI Congresso Nacional de Educação - ENTRE O FALAR E O ESCREVER: A MEMÓRIA AMERÍNDIA NA AMÉRICA PORTUGUESA (SÉCULO XVI)

De então começou a edificação da nova povoação, a qual, já pelo labor dos indios, já pela concorrência dos colonos vindos do littoral, teve rapido incremento a ponto de supplantar, alguns annos depois, a vizinha villa de Santo André, pois certo é que, achando-se em S. Vicente o governador-geral Mem de Sá, em 1560, mediante representação do padre Nobrega, mandou extinguir a villa de Santo André e transferiu este predicamento para a povoação vizinha com o nome de S. Paulo de Pira-tininga (A villa de S. Paulo ficou completamente fundada e reconhecida em 5 de abril de 1560, data da reapectiva Provisão).
24750*História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert

De então começou a edificação da nova povoação, a qual, já pelo labor dos indios, já pela concorrência dos colonos vindos do littoral, teve rapido incremento a ponto de supplantar, alguns annos depois, a vizinha villa de Santo André, pois certo é que, achando-se em S. Vicente o governador-geral Mem de Sá, em 1560, mediante representação do padre Nobrega, mandou extinguir a villa de Santo André e transferiu este predicamento para a povoação vizinha com o nome de S. Paulo de Pira-tininga (A villa de S. Paulo ficou completamente fundada e reconhecida em 5 de abril de 1560, data da reapectiva Provisão).


23330

  José de Anchieta
Estradas antigas
12  º de 322
1585
55 registros
*Fernão Cardim sobre o caminho
•  Imagens (7)
•  Fontes (4)
  
  
  

25001“Os transportes em São Paulo no período colonial”, José Gonçalves Salvador

Estabelecidos os primeiros colonos no litoral, onde fundaram São Vicente e Santos, transpunham logo depois as costas abruptas da serra de Paranapiacaba, vindo localizar-se no Planalto. Ao lado de Santo André da Borda do Campo surgia a 25 de janeiro de 1554 São Paulo de Piratininga. Mas durante muitas décadas haveriam seus passos de ser morosos, tardios, e de permanecer mesmo isolada de suas vizinhas do litoral, e sobretudo da Metrópole. Enorme barreira se interpunha às suas relações com a marinha: a Serra do Mar, coberta pela mata densa, o indígena que nela se ocultava, além das escarpas inclementes. Só à custa de muita coragem e dispêndio de energias se conseguia vencê-la, aproveitando-se, assim mesmo, de velhas trilhas abertas pelo íncola em suas descidas ao mar para buscar peixe ou sal. Afinal, a dos tupiniquins, ou do padre José, como veio a chamar-se, acabou preddminando (1) .

Melhorou-a Anchieta, auxiliado pelos naturais, sem a haver, contudo, modificado grandemente, pois só excepcionalmente e com indizível sacrifício podia transpô-la, agora, qualquer animal doméstico. O recurso então viável consistia no uso de pés e mãos, pelo menos na serra. Deixemos, a propósito, que fale o padre jesuíta em sua Informação de 1585.

"Vão lá por umas serras tão altas que dificultosamente podem subir nenhuns animais, e os homens sobem com trabalho e às vêzes de gatinhas por não despenharem-se, e por ser o caminho tão mau e ter ruim serventia padecem os moradores e os nossos grandes trabalhos".

Verdade que permaneceria com poucas atenuantes por mais uns duzentos anos. O padre Fernão Cardim, que em 1585 veio a São Paulo na companhia do visitador da Ordem dos Jesuítas, o padre Cristóvão de Gouveia, nos deixou uma descrição dessa viagem, e na qual gastaram quatro dias. Até à base da serra caminharam distância de duas léguas por água e uma por terra, pernoitando numa tejupaba (palhoça). No dia seguinte fizeram a ascenção até ao meio dia. Quando, por fim, chegaram ao cume, achavam-se "bem cansados", "sendo o caminho tão íngreme que às vêzes iam pegando com as mãos". De novo pernoitaram, e mais uma vez se puseram a caminho, "o pior que nunca haviam visto". (Página 81 e 82)

A última etapa da viagem dos padres Cardim e Cristóvão de Gouveia, em 1585, fizera-se a cavalo, como dissemos, linhasatrás, sinal de que os paulistas desde cêdo se utilizaram dêssemeio. Tão bem impressionado ficara o companheiro do Visitador da Ordem, que nos legou estas expressivas declarações: "quem tem sal é rico, porque as criações não faltam"
24880*No fluxo do Anhembi-tietê: o rio e a colonização da capitania de São Vicente nos séculos XVI e XVII, 12.2020. José Carlos Vilardaga, Universidade Federal de São Paulo

Estabelecidos os primeiros colonos no litoral, onde fundaram São Vicente e Santos, transpunham logo depois as costas abruptas da serra de Paranapiacaba, vindo localizar-se no Planalto. Ao lado de Santo André da Borda do Campo surgia a 25 de janeiro de 1554 São Paulo de Piratininga. Mas durante muitas décadas haveriam seus passos de ser morosos, tardios, e de permanecer mesmo isolada de suas vizinhas do litoral, e sobretudo da Metrópole. Enorme barreira se interpunha às suas relações com a marinha: a Serra do Mar, coberta pela mata densa, o indígena que nela se ocultava, além das escarpas inclementes. Só à custa de muita coragem e dispêndio de energias se conseguia vencê-la, aproveitando-se, assim mesmo, de velhas trilhas abertas pelo íncola em suas descidas ao mar para buscar peixe ou sal. Afinal, a dos tupiniquins, ou do padre José, como veio a chamar-se, acabou preddminando (1) .

Melhorou-a Anchieta, auxiliado pelos naturais, sem a haver, contudo, modificado grandemente, pois só excepcionalmente e com indizível sacrifício podia transpô-la, agora, qualquer animal doméstico. O recurso então viável consistia no uso de pés e mãos, pelo menos na serra. Deixemos, a propósito, que fale o padre jesuíta em sua Informação de 1585.

"Vão lá por umas serras tão altas que dificultosamente podem subir nenhuns animais, e os homens sobem com trabalho e às vêzes de gatinhas por não despenharem-se, e por ser o caminho tão mau e ter ruim serventia padecem os moradores e os nossos grandes trabalhos".

Verdade que permaneceria com poucas atenuantes por mais uns duzentos anos. O padre Fernão Cardim, que em 1585 veio a São Paulo na companhia do visitador da Ordem dos Jesuítas, o padre Cristóvão de Gouveia, nos deixou uma descrição dessa viagem, e na qual gastaram quatro dias. Até à base da serra caminharam distância de duas léguas por água e uma por terra, pernoitando numa tejupaba (palhoça). No dia seguinte fizeram a ascenção até ao meio dia. Quando, por fim, chegaram ao cume, achavam-se "bem cansados", "sendo o caminho tão íngreme que às vêzes iam pegando com as mãos". De novo pernoitaram, e mais uma vez se puseram a caminho, "o pior que nunca haviam visto". (Página 81 e 82)

A última etapa da viagem dos padres Cardim e Cristóvão de Gouveia, em 1585, fizera-se a cavalo, como dissemos, linhasatrás, sinal de que os paulistas desde cêdo se utilizaram dêssemeio. Tão bem impressionado ficara o companheiro do Visitador da Ordem, que nos legou estas expressivas declarações: "quem tem sal é rico, porque as criações não faltam"
28107*“Cubatão: Caminhos da História”. Cesar Cunha Ferreira, Francisco Rodrigues Torres e Welington Ribeiro Borges

Estabelecidos os primeiros colonos no litoral, onde fundaram São Vicente e Santos, transpunham logo depois as costas abruptas da serra de Paranapiacaba, vindo localizar-se no Planalto. Ao lado de Santo André da Borda do Campo surgia a 25 de janeiro de 1554 São Paulo de Piratininga. Mas durante muitas décadas haveriam seus passos de ser morosos, tardios, e de permanecer mesmo isolada de suas vizinhas do litoral, e sobretudo da Metrópole. Enorme barreira se interpunha às suas relações com a marinha: a Serra do Mar, coberta pela mata densa, o indígena que nela se ocultava, além das escarpas inclementes. Só à custa de muita coragem e dispêndio de energias se conseguia vencê-la, aproveitando-se, assim mesmo, de velhas trilhas abertas pelo íncola em suas descidas ao mar para buscar peixe ou sal. Afinal, a dos tupiniquins, ou do padre José, como veio a chamar-se, acabou preddminando (1) .

Melhorou-a Anchieta, auxiliado pelos naturais, sem a haver, contudo, modificado grandemente, pois só excepcionalmente e com indizível sacrifício podia transpô-la, agora, qualquer animal doméstico. O recurso então viável consistia no uso de pés e mãos, pelo menos na serra. Deixemos, a propósito, que fale o padre jesuíta em sua Informação de 1585.

"Vão lá por umas serras tão altas que dificultosamente podem subir nenhuns animais, e os homens sobem com trabalho e às vêzes de gatinhas por não despenharem-se, e por ser o caminho tão mau e ter ruim serventia padecem os moradores e os nossos grandes trabalhos".

Verdade que permaneceria com poucas atenuantes por mais uns duzentos anos. O padre Fernão Cardim, que em 1585 veio a São Paulo na companhia do visitador da Ordem dos Jesuítas, o padre Cristóvão de Gouveia, nos deixou uma descrição dessa viagem, e na qual gastaram quatro dias. Até à base da serra caminharam distância de duas léguas por água e uma por terra, pernoitando numa tejupaba (palhoça). No dia seguinte fizeram a ascenção até ao meio dia. Quando, por fim, chegaram ao cume, achavam-se "bem cansados", "sendo o caminho tão íngreme que às vêzes iam pegando com as mãos". De novo pernoitaram, e mais uma vez se puseram a caminho, "o pior que nunca haviam visto". (Página 81 e 82)

A última etapa da viagem dos padres Cardim e Cristóvão de Gouveia, em 1585, fizera-se a cavalo, como dissemos, linhasatrás, sinal de que os paulistas desde cêdo se utilizaram dêssemeio. Tão bem impressionado ficara o companheiro do Visitador da Ordem, que nos legou estas expressivas declarações: "quem tem sal é rico, porque as criações não faltam"
3336*A Vila de São Paulo em seus primórdios – ensaio de reconstituição do núcleo urbano quinhentista

Estabelecidos os primeiros colonos no litoral, onde fundaram São Vicente e Santos, transpunham logo depois as costas abruptas da serra de Paranapiacaba, vindo localizar-se no Planalto. Ao lado de Santo André da Borda do Campo surgia a 25 de janeiro de 1554 São Paulo de Piratininga. Mas durante muitas décadas haveriam seus passos de ser morosos, tardios, e de permanecer mesmo isolada de suas vizinhas do litoral, e sobretudo da Metrópole. Enorme barreira se interpunha às suas relações com a marinha: a Serra do Mar, coberta pela mata densa, o indígena que nela se ocultava, além das escarpas inclementes. Só à custa de muita coragem e dispêndio de energias se conseguia vencê-la, aproveitando-se, assim mesmo, de velhas trilhas abertas pelo íncola em suas descidas ao mar para buscar peixe ou sal. Afinal, a dos tupiniquins, ou do padre José, como veio a chamar-se, acabou preddminando (1) .

Melhorou-a Anchieta, auxiliado pelos naturais, sem a haver, contudo, modificado grandemente, pois só excepcionalmente e com indizível sacrifício podia transpô-la, agora, qualquer animal doméstico. O recurso então viável consistia no uso de pés e mãos, pelo menos na serra. Deixemos, a propósito, que fale o padre jesuíta em sua Informação de 1585.

"Vão lá por umas serras tão altas que dificultosamente podem subir nenhuns animais, e os homens sobem com trabalho e às vêzes de gatinhas por não despenharem-se, e por ser o caminho tão mau e ter ruim serventia padecem os moradores e os nossos grandes trabalhos".

Verdade que permaneceria com poucas atenuantes por mais uns duzentos anos. O padre Fernão Cardim, que em 1585 veio a São Paulo na companhia do visitador da Ordem dos Jesuítas, o padre Cristóvão de Gouveia, nos deixou uma descrição dessa viagem, e na qual gastaram quatro dias. Até à base da serra caminharam distância de duas léguas por água e uma por terra, pernoitando numa tejupaba (palhoça). No dia seguinte fizeram a ascenção até ao meio dia. Quando, por fim, chegaram ao cume, achavam-se "bem cansados", "sendo o caminho tão íngreme que às vêzes iam pegando com as mãos". De novo pernoitaram, e mais uma vez se puseram a caminho, "o pior que nunca haviam visto". (Página 81 e 82)

A última etapa da viagem dos padres Cardim e Cristóvão de Gouveia, em 1585, fizera-se a cavalo, como dissemos, linhasatrás, sinal de que os paulistas desde cêdo se utilizaram dêssemeio. Tão bem impressionado ficara o companheiro do Visitador da Ordem, que nos legou estas expressivas declarações: "quem tem sal é rico, porque as criações não faltam"


28147

  José de Anchieta
Estradas antigas
13  º de 322
1586
22 registros
*Anchieta
•  Fontes (1)
  
  
  

24789*Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil. Alfredo Moreira Pinto

Li as duas Informações do padre José de Anchieta, 1584 e 1586, e nelas não vi o nome Paranapiacaba. Na primeira ele escreveu:

“Para o sertão, caminho do Noroeste, além de umas altíssimas serras que estão sobre o mar, tem a vila de Piratininga ou de S. Paulo, 14 ou 15 léguas da vila de S. Vicente...”


26865

  José de Anchieta
Estradas antigas
14  º de 322
1663
27 registros
*Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil, 1663. Simão de Vasconcelos (1597-1671)
  
  
  



6770

  José de Anchieta
Estradas antigas
15  º de 322
1727
23 registros
O comerciante João Antunes Cabral Camelo chega Cuiabá
•  Imagens (3)
•  Fontes (8)
  
  
  

26773*Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923)

Os Paulistas começaram a descer o Tietê desde os primeiros tempos, provavelmente antes do meiado do seculo XVI. Uns foram subindo pelos seus afluentes, Juquiry, Jundiahy, Piracicaba, Sorocaba. Outros foram até o Paraná.


21588

  José de Anchieta
Estradas antigas
16  º de 322
1769
56 registros
*Teotônio José Juzarte, que escreveu seu diário de navegação
•  Imagens (1)
•  Fontes (4)
  
  
  

27037*“Tietê ontem e hoje: preservação ou mudança toponímica e a legislação do ato de nomear. Uma proposta de Lei”. Tese apresentada por Ideli Raimundo di Tizzio à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Semiótica e Lingüística Geral. Orientadora: Profa. Dra. Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick

Nos relatos de monçoeiros, verificamos que a maior preocupação era em relação à indicação de perigos e sua localização. A expedição comandada por Juzarte era composta de 36 embarcações e mais de 700 homens, mulheres, jovens e crianças e animais para o povoamento de Iguatemi.

O elevado número de integrantes deve-se ao fato de muitos morrerem antes de chegar ao destino, em decorrência de enfermidades, ataques de índios ou de espanhóis. Nenhum destes problemas, contudo, detém tanto a atenção de Juzarte quanto os acidentes geográficos dos rios.

Só no Tietê, Juzarte faz um relato minucioso de quarenta e seis cachoeiras que encontrou durante a viagem. Nos relatos de monçoeiros, notamos, igualmente, a indicação dos diferentes acidentes geográficos dos rios.

Precisar o acidente, assim como a sua localização, era fundamental para a sua segura transposição. No relato feito pelo Conde Azambuja, em 1751, há uma descrição do Tietê, os tipos de acidentes mais comuns neste rio e como eram conhecidos:

É este primeiro rio a que chamam Tietê o mais cheio de cachoeiras e das piores, é o fundo deste rio quase todo de pedra, sentada por igual, mas com pouco fundo; em algumas partes roçam neles as canoas lhe dão o nome de itaupaba; quando, porém, o fundo é desigual e com pedras espalhadas e em alturas debaixo d´água e as canoas correm risco de virar-se topando nelas lhe chamam sirga, por ser necessário lançarem-se pilotos e remeiros na água e levarem nas mãos as canoas, para irem desviando devagar sem as deixarem tomar força com a correnteza que ali é sempre maior. Se em alguma parte deixam as pedras canal fundo aberto é a que chamam cachoeira que ordinariamente as há onde sirgas, das quais se servem muitas vezes quando nos canais acham grandes dificuldades a vencer (Cleto: 1977, 118).

Informa ainda o viajante que o Tietê passou por dois saltos e por 71 cachoeiras e sirgas ao longo do Tietê (idem, 120). Não há identificação de quantas “itaupabas” teriam sido encontradas no caminho. Os termos sirga e itaupaba apresentados pelo Conde de Azambuja são indicados para os locais nos quais as pedras do leito do rio são encontradas próximas a superfície dos rios, o que geraria perigo de virar às canoas.
28509*Uma esquina nos confins do Brasil: O SUL DO MATO GROSSO COLONIAL E SUAS VIAS DE COMUNICAÇÃO (PROJETOS E REALIDADES) Paulo Roberto Cimó Queiroz

Nos relatos de monçoeiros, verificamos que a maior preocupação era em relação à indicação de perigos e sua localização. A expedição comandada por Juzarte era composta de 36 embarcações e mais de 700 homens, mulheres, jovens e crianças e animais para o povoamento de Iguatemi.

O elevado número de integrantes deve-se ao fato de muitos morrerem antes de chegar ao destino, em decorrência de enfermidades, ataques de índios ou de espanhóis. Nenhum destes problemas, contudo, detém tanto a atenção de Juzarte quanto os acidentes geográficos dos rios.

Só no Tietê, Juzarte faz um relato minucioso de quarenta e seis cachoeiras que encontrou durante a viagem. Nos relatos de monçoeiros, notamos, igualmente, a indicação dos diferentes acidentes geográficos dos rios.

Precisar o acidente, assim como a sua localização, era fundamental para a sua segura transposição. No relato feito pelo Conde Azambuja, em 1751, há uma descrição do Tietê, os tipos de acidentes mais comuns neste rio e como eram conhecidos:

É este primeiro rio a que chamam Tietê o mais cheio de cachoeiras e das piores, é o fundo deste rio quase todo de pedra, sentada por igual, mas com pouco fundo; em algumas partes roçam neles as canoas lhe dão o nome de itaupaba; quando, porém, o fundo é desigual e com pedras espalhadas e em alturas debaixo d´água e as canoas correm risco de virar-se topando nelas lhe chamam sirga, por ser necessário lançarem-se pilotos e remeiros na água e levarem nas mãos as canoas, para irem desviando devagar sem as deixarem tomar força com a correnteza que ali é sempre maior. Se em alguma parte deixam as pedras canal fundo aberto é a que chamam cachoeira que ordinariamente as há onde sirgas, das quais se servem muitas vezes quando nos canais acham grandes dificuldades a vencer (Cleto: 1977, 118).

Informa ainda o viajante que o Tietê passou por dois saltos e por 71 cachoeiras e sirgas ao longo do Tietê (idem, 120). Não há identificação de quantas “itaupabas” teriam sido encontradas no caminho. Os termos sirga e itaupaba apresentados pelo Conde de Azambuja são indicados para os locais nos quais as pedras do leito do rio são encontradas próximas a superfície dos rios, o que geraria perigo de virar às canoas.
29433Terra das Monções, consultado em portofeliz.sp.gov.br/historia

Anchieta e o Abaremanduaba

Já no século da descobertas, às águas do Tietê, ilustra-se um dos naufrágios do Taumaturgo (milagreiro) do Brasil. Haviam ameaçado os "redemoinhos" de uma corredeira de tragar a Anchieta. Seu nome daí em diante para sempre relembraria o caso: Abaremaduaba, persistente na toponímia paulista. Explica Juzarte:

"Em outro tempo, navegou por esta cachoeira um religioso da Companhia de Jesus, de virtude, chamado Padre José de Anchieta, o qual andava catequizando aos nativos, pregando-lhes missão, os quais vindo com ele em uma canoinha virara a embarcação no meio desta cachoeira largando ao Padre no fundo da mesma. Passado muito tempo, vendo que o padre não surgia acima, cuidando estaria já morto, mergulhou um dos nativos ao fundo e achou-o vivo, sentado em uma pedra, rezando no seu Breviário e por isso ficou o nome a esta cachoeira de Abaremanduaba".


26863

  José de Anchieta
Estradas antigas
17  º de 322
1865
125 registros
*Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1
  
  
  



23952

  José de Anchieta
Estradas antigas
18  º de 322
1886
78 registros
*João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
•  Imagens (71)
  
  
  



25470

  José de Anchieta
Estradas antigas
19  º de 322
1888
85 registros
*Relatorio apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Provincia de S. Paulo
•  Imagens (5)
  
  
  



25237

  José de Anchieta
Estradas antigas
20  º de 322
1895
66 registros
*Revista do Museu Paulista
•  Imagens (9)
  
  
  



24284

  José de Anchieta
Estradas antigas
21  º de 322
1913
65 registros
*Inventario dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa
     Imagens (3)
    
    
    



28125

  José de Anchieta
Estradas antigas
22  º de 322
1920
79 registros
*História da Capitania de São Vicente, hoje chamada de São Paulo e Notícias dos anos em que se descobriu o Brasil; Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
  
  
  



23985

  José de Anchieta
Estradas antigas
23  º de 322
1920
79 registros
*S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay
•  Imagens (49)
  
  
  



25782

  José de Anchieta
Estradas antigas
24  º de 322
1927
90 registros
*Capitanias Paulistas. Benedito Calixto de Jesus (1853-1927)
•  Imagens (1)
  
  
  



24418

  José de Anchieta
Estradas antigas
25  º de 322
1937
81 registros
*“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
•  Imagens (8)
  
  
  



8757

  José de Anchieta
Estradas antigas
26  º de 322
1939
79 registros
*Início das obras da Via Anchieta
  
  
  



26238

  José de Anchieta
Estradas antigas
27  º de 322
1943
75 registros
“São Paulo foi fundada a 29 de agosto de 1553?”, Benedito Carneiro Bastos Barreto "Belmonte", jornal Folha de São Paulo
  
  
  



24380

  José de Anchieta
Estradas antigas
28  º de 322
1953
76 registros
*Relatos Monçoeiros
•  Imagens (25)
  
  
  



23948

  José de Anchieta
Estradas antigas
29  º de 322
1954
104 registros
*“Histórias e Tradições da Cidade de São Paulo”
•  Imagens (23)
  
  
  



25837

  José de Anchieta
Estradas antigas
30  º de 322
1956
70 registros
*Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969)
•  Imagens (14)
  
  
  



27918

  José de Anchieta
Estradas antigas
31  º de 322
1956
70 registros
Revista Histórica do Museu Nacional de Montevidéu*
  
  
  



24528

  José de Anchieta
Estradas antigas
32  º de 322
1957
102 registros
*“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
•  Imagens (57)
•  Fontes (1)
  
  
  



25001

  José de Anchieta
Estradas antigas
33  º de 322
1958
80 registros
“Os transportes em São Paulo no período colonial”, José Gonçalves Salvador
  
  
  



24646

  José de Anchieta
Estradas antigas
34  º de 322
1971
83 registros
“Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP*
•  Imagens (57)
  
  
  



24465

  José de Anchieta
Estradas antigas
35  º de 322
1992
99 registros
*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP. Vol. LXXXVII
     Imagens (1)
    
    
    



3178

  José de Anchieta
Estradas antigas
36  º de 322
1997
103 registros
*CARTA DE SÃO VICENTE 1560. CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA
  
  
  



25003

  José de Anchieta
Estradas antigas
37  º de 322
2005
269 registros
*“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
•  Imagens (9)
  
  
  



28107

  José de Anchieta
Estradas antigas
38  º de 322
2008
82 registros
*“Cubatão: Caminhos da História”. Cesar Cunha Ferreira, Francisco Rodrigues Torres e Welington Ribeiro Borges
  
  
  



24428

  José de Anchieta
Estradas antigas
39  º de 322
2008
82 registros
*“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
•  Imagens (15)
  
  
  



27294

  José de Anchieta
Estradas antigas
40  º de 322
2013
157 registros
História de Carapicuíba. João Barcellos
•  Imagens (40)
  
  
  



3490

  José de Anchieta
Estradas antigas
41  º de 322
2015
150 registros
*Estúdio UNIVESP, Suely Queiroz, em entrevista à Mônica Teixeira
  
  
  



27928

  José de Anchieta
Estradas antigas
42  º de 322
2015
150 registros
Caminho do Mar coleciona nomes e histórias, Liz Batista, jornal O Estado de de São Paulo
  
  
  



27042

  José de Anchieta
Estradas antigas
43  º de 322
2019
252 registros
*Estrada do Padre Dória (1832-1842): estudo de geografia histórica nos caminhos da Serra do Mar, 2019. Alexandre da Silva. USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia
•  Imagens (2)
  
  
  



24880

  José de Anchieta
Estradas antigas
44  º de 322
2020
285 registros
*No fluxo do Anhembi-tietê: o rio e a colonização da capitania de São Vicente nos séculos XVI e XVII, 12.2020. José Carlos Vilardaga, Universidade Federal de São Paulo
  
  
  



24738

  José de Anchieta
Estradas antigas
45  º de 322
2022
329 registros
Piqueriby, consultado em geni.com
  
  
  



26890

  José de Anchieta
Estradas antigas
46  º de 322
2022
329 registros
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
    
    
    



4365

  José de Anchieta
Estradas antigas
47  º de 322
2024
855 registros
São José dos Campos – Fazenda Sant’Ana. Consulta em ipatrimonio.org
  
  
  


modo: 0
TODOS (322)

  José de Anchieta

   ()  º de (322)
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26 de setembro de 1619, sexta-feira
Depoimento do Padre Baltazar Fernandes
•  Imagens (11)
  
  
  

Registros mencionados (1):
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi


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  José de Anchieta

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1937
“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
•  Imagens (8)
  
  
  


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  José de Anchieta

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2014
“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
  
  
  

Registros mencionados (76):
01/01/1480 - *Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil
01/01/1515 - *Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias
22/01/1531 - Bertioga
01/01/1553 - *Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira
20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias
15/01/1560 - Santo Amaro
01/01/1580 - *Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias
01/01/1589 - *Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas
07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]
01/01/1594 - *O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)
23/05/1599 - D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses
01/01/1600 - *Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega
01/01/1603 - *Balthazar se casa com Isabel de Proença em São Paulo, com a qual teria doze filhos
01/01/1608 - *Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa
07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi
21/04/1611 - D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar”
01/11/1613 - Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás*
23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas
01/01/1629 - *Quando da destruição do Guairá, nos anos de 1629 e de 1630, os paulistas parnaibanos, chefiados por André Fernandes, certamente passaram pela localização da futura Sorocaba na ida e na volta
06/03/1629 - Benta
01/01/1632 - *Gabriel Ponce de Leon chega em Santana de Parnaíba, casado com a filha "índia" de Balthazar
02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias
01/01/1637 - *Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai
23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna
19/02/1638 - Padre Alfaro adverte Balthazar
01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios*
09/01/1639 - Bandeirantes paulistas travam combate com espanhóis e guaranis
17/01/1639 - Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição
22/04/1639 - Bula Papal condenando o cativeiros dos índios no Brasil produz graves distúrbios no Rio de Janeiro, em Santos e em São Paulo
23/07/1639 - Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus
01/11/1639 - Retorno*
24/12/1639 - Balthazar Fernandes está no atual território do Rio grande do Sul participando da destruição de Santa Tereza do Ibituruna, segundo o livro “Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?” do jornalista Sérgio Coelho de Oliveira
24/06/1640 - Reunião
13/07/1640 - Jesuítas são expulsos de São Paulo
01/01/1645 - *Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba
01/01/1646 - *Outro parnaibano, Baltazar Carrasco dos Reis iniciava o povoamento de Curitiha
07/10/1647 - Rei concede perdão aos paulistas
01/01/1648 - *Falecimento de Izabel Proença de Abreu, filha de Balthazar Fernandes em Santana de Parnaíba
03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios
28/11/1654 - Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba
01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados*
01/01/1655 - *Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba
21/03/1655 - Isabel de Procença faleceu em Santana de Parnaíba
12/04/1655 - Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença
22/04/1655 - Registro dos bens e propriedades de Isabel de Proença no sítio e paragem chamada Sorocava
21/04/1660 - Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby
28/02/1661 - Tayaobi
28/02/1661 - Partida
02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila"
03/03/1661 - O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila
06/06/1662 - Balthazar foi convocado para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa Isabel
04/06/1667 - Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal
04/07/1667 - Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação”
01/01/1668 - Em 1668, frei Mauro da Trindade Vieira foi ao sertão "e companhia dos sertanistas que costumavam ir todos os anos ao gentio", sua intenção era trazer algumas "peças" para o hospício que os beneditinos tinham em Sorocaba
01/01/1670 - *Segunda fundação de Sorocaba
01/01/1732 - Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto
01/02/1732 - Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba*
06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
19/01/1888 - Libertados os últimos 460 escravos em Sorocaba
01/01/1927 - *“História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal
15/02/1929 - Estrada Real, Koboyama
01/11/1949 - Revista Investigações*
01/01/1950 - *Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937) - “Ensaios históricos”
01/01/1954 - *O monumento ao Tropeiro, doado à cidade pelo conde Francisco Matarazzo
01/01/1969 - *História de Sorocaba
01/01/1971 - *História de Santana de Parnaíba, 1971. 372 páginas. Paulo Florêncio da Silveira Camargo
01/01/1986 - *Adolfo Frioli, em palestra proferida no Instituto Genealógico Brasileiro, em São Paulo
01/01/2014 - Rapodo Tavares atacou a redução de Jesus Maria, na margem esquerda do rio Jacuí, e depois de seis horas de luta arrasou a redução
01/01/2017 - *Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022
16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?
22/03/2023 - *Avenida Itavuvu
17/11/2023 - O NASCIMENTO DE GUARAPIROCABA, urublues1.blogspot.com
08/02/2024 - A importância da comunicação não-verbal e como é que o estudo de Mehrabian tem vindo a ser mal interpretado. Consulta em objetivolua.com
19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com)
04/10/2024 - Distância Sorocaba-São Paulo/SP


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  José de Anchieta

   ()  º de (322)
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8 de setembro de 2019, domingo
Surpresas que a genealogia nos revela. Por Paulo Fernando Zaganin. Em xn--yep-dma.com.br
  
  
  


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  José de Anchieta

   ()  º de (322)
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21 de outubro de 2022, sexta-feira
Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo, Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick, professora associada de Toponímia Geral e do Brasil do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da FFLCH - USP
  
  
  


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  José de Anchieta

   ()  º de (322)
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1895
Revista do Museu Paulista
•  Imagens (9)
  
  
  


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  José de Anchieta

   ()  º de (322)
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25 de janeiro de 1942, domingo
“No dia de São Paulo”. Jornal Correio Paulistano/SP, página 5
•  Imagens (1)
  
  
  


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  José de Anchieta

   ()  º de (322)
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1997ID: 28700
Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Caderno...
Atualizado em 26/08/2025 03:40:48
  
  
  


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  José de Anchieta

   ()  º de (322)
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10 de outubro de 2022, segunda-feira
Revista da ASBRAP nº 10. Genealogia Paulistana - Título Proenças (Adendas às primeiras gerações). H. V. Castro Coelho (data da consulta)
    
    
    


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  José de Anchieta

   ()  º de (322)
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13 de junho de 1587, sábado
Morre Heliodorus Eobanus Hessus (o primeiro)
•  Fontes (2)
  
  


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  José de Anchieta

   ()  º de (322)
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17 de julho de 1627, sábado
Depoimento de Diogo Teixeira de Carvalho nos Processos Anchietanos, 17.07.1627
•  Fontes (1)
  
  


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  José de Anchieta

   ()  º de (322)
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1953
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953
•  Imagens (1)
  
  
  


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  José de Anchieta

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2008
“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
•  Imagens (15)
  
  
  

Registros mencionados (45):
01/02/1531 - Envio de Diogo Leite
17/08/1531 - Diário de Pero Lopes
01/09/1531 - De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
22/05/1532 - Os navios de Martim Afonso e seu irmão Pedro Lopes parte de São Vicente com destino a Portugal
01/10/1532 - Martim Afonso preside a primeira eleição popular no planalto de Piratininga e instala a primeira Câmara de Vereadores na Borda do Campo*
10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias
01/01/1543 - *Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil
01/08/1549 - Pediu ao capitão Antônio de Oliveira que lavrasse um novo termo “verbo ad verbum” e que foi passado no livro 1º de Cartas de Sesmaria*
01/01/1550 - *Abandonaram, marchando a maior parte para o Paraguai e saindo outros na pequena embarcação que naufragou em Itanhaém (os vistos por Hans Staden)
01/01/1551 - *Conflito entre o Padre Leonardo Nunes e «um homem que havia quarenta annos estava na terra já tinha bisnetos e sempre viveu em peccado mortal e andava excommungado"
01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam”
10/06/1553 - Carta do Padre Manoel da Nóbrega ao Padre Luís Gonzaga da Câmara
15/06/1553 - “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada
01/01/1554 - *Carta
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
15/08/1554 - Carta de José de Anchieta aos padres e irmãos de Coimbra
08/06/1556 - Carta do padre jesuíta Luís da Grã a Inácio de Loyola
07/04/1557 - Geribatiba ficava a seis passos de Piratininga
02/09/1557 - Nóbrega em carta escrita registra o “Colégio de Piratininga” e o porto de “Piratinim” e não “São Paulo de Piratininga”
05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão
10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga
16/04/1563 - “sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós”
01/01/1567 - *Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão”
01/01/1570 - *“um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”
01/01/1575 - *“Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599)
01/01/1583 - *Jesuítas, estiveram no aldeamento de “Nossa Senhora dos Pinheiros da Conceição”, a uma légua de Piratininga
14/09/1583 - “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes”
17/03/1590 - A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada
26/03/1590 - Por ocasião da ameaça de ataque à são Paulo, os camaristas escreviam: “(...) que se ponha gente na ambuaçava na aldeia de Caiapurui”
09/04/1590 - Ataque tem a intenção de tomar o caminho do mar
11/04/1590 - “República”
15/04/1590 - “(...) todos os homiziados e apelados [os que tiverem processo] q’ na dita villa houver ou ai estiverem por quoallquer cauzo (...) que aparesão e venhão a dita vila com suas armas para ajudaren a defender do nosso gentio
07/07/1590 - Por terem matado Domingos Grou
07/07/1590 - O ataque temido ocorreu em junho desse ano de 90, desfechado pelo grupo do Vale do Paraíba
16/02/1591 - Guerra
15/06/1591 - “Estes ataques não impediram que os colonos continuassem suas incursões pelo sertão. Além do Vale do Paraíba, foram escravizar os Tupi do médio Tietê, em Pirapitingui, na região de Itu, onde mataram muitos e trouxeram outros cativos”
15/08/1593 - Proibido ir ao sertão
05/12/1593 - Depoimento sobre o ataque a Antonio de Macedo e Domingos Luis Grou no rio Jaguari: Manoel Fernandes uma das vítimas
01/01/1639 - *“Tesoro de la lengua guaraní”, Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652)
01/01/1647 - Raposo Tavares estivera em Portugal
15/05/1648 - Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui
01/01/1672 - *Vida do Venerável Padre José de Anchieta, 1672. Simão de Vasconcelos (1597-1671)
01/01/1740 - *“De Itu ao Rio grande não se encontram facilmente os Caiapós, a que por outro nome chamam Bilreiros, porque com grande dificuldade passam o Rio grande, e chegaram tão perto de S. Paulo, que tocaram o sino da Igreja de Jundiaí, com cujo som aterrados fugiram”
06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
08/04/2023 - Caminho de São Tomé, hoje chamado Peabiru: Sorocaba-Paranapanema


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27 de fevereiro de 2022, domingo
Piqueriby, consultado em geni.com
  
  
  


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9 de dezembro de 1627, sexta-feira
Cunhado de Baltazar, Antônio Gonçalves é ouvido
  
  
  


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13 de março de 2009, sexta-feiraID: 26935
Jesuítas e a escultura de Anchieta em Salto
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•  Imagens (1)
  
  
  


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março de 1956ID: 27918
Revista Histórica do Museu Nacional de Montevidéu*
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1929
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXVII
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5 de abril de 1560, sexta-feira
A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão
•  Fontes (22)
  
  
  

Referências (26):
[1] Folhinha de Simão de Nantua, ou dos Pais de família, para o anno de 1835, 01/01/1835
[2] ALMANAK da Provincia de São Paulo para 1873 organisado e publicado por Antonio José Baptista de Luné e Paulo Delfino da Fonseca. São Paulo: Typographia Americana, Ano 1, 01/01/1873
[3] Monografia de João Mendes de Almeida (1831-1898), 01/01/1882
[4] João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 01/01/1886
[5] Relatorio apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Provincia de S. Paulo, 01/01/1888
[6] “A cidade de São Paulo em 1900. Impressões de Viagem”. Alfredo Moreira Pinto, 01/01/1900
[7] Correio Paulistano, 27/03/1913
[8] História da Capitania de São Vicente, hoje chamada de São Paulo e Notícias dos anos em que se descobriu o Brasil; Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), 01/01/1920
[9] S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay, 01/01/1920
[10] Cartas Avulsas: 1550-1568, 01/01/1931
[11] O Observador: Econômico e Financeiro, 08.1949*, 01/08/1949
[12] “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil, 01/01/1957
[13] “Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP*, 01/10/1971
[14] A escravidão em São Caetano (1598-1871). Por José de Souza Martins, 01/01/1988
[15] Breves Notas às Cartas de José de Anchieta. Eduardo Tomasevicius Filho, Doutorando em Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, 01/01/2004
[16] REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL, 01/01/2006
[17] “Edição de documentos oitocentistas e estudo da variedade linguística em Santana de Parnaíba”. Camila Mota, 01/01/2007
[18] A fazenda geral dos jesuítas e o monopólio da passagem do Cubatão: 1553-1748, 2008. Francisco Rodrigues Torres, 01/01/2008
[19] “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP, 01/01/2008
[20] “Cubatão: Caminhos da História”. Cesar Cunha Ferreira, Francisco Rodrigues Torres e Welington Ribeiro Borges, 01/01/2008
[21] “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga, 01/01/2010
[22] “Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo, 01/01/2011
[23] “O ‘bárbaro’ que salvou São Paulo”. Rodrigo Garcia, Revista da Câmara Municipal de São Paulo - Portal da Câmara Municipal de São Paulo, 01/01/2015
[24] Caminho do Mar coleciona nomes e histórias, Liz Batista, jornal O Estado de de São Paulo, 30/11/2015
[25] Estrada do Padre Dória (1832-1842): estudo de geografia histórica nos caminhos da Serra do Mar, 2019. Alexandre da Silva. USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia, 01/01/2019
[26] Religiosidade e geografia explicam nomes dos estados do Sul e do Sudeste do Brasil. Por João Paulo Vicente, nationalgeographicbrasil.com, 05/11/2020


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  José de Anchieta

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2005
“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
•  Imagens (9)
  
  
  


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25 de março de 2013, segunda-feira
História de Carapicuíba. João Barcellos
•  Imagens (40)
  
  
  


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1935
Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil. Alfredo Moreira Pinto
•  Imagens (17)
  
  
  


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1570
“um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros (carijós), que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”
•  Imagens (20)
•  Fontes (12)
  
  
  


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17 de março de 1590, sábado
A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada
•  Fontes (13)
  
  
  

Registros mencionados (1):
01/01/1500 - *Nascimento de Domingos Gonçalves Fernandes e Fernão Alvares em Portugal


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11 de novembro de 1560, sexta-feira
Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri
•  Imagens (5)
•  Fontes (9)
  
  
  


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1957
“Notas sobre a evolução da morada paulista”. Luiz Saya (1911-1975)
•  Imagens (57)
  
  
  


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1988
Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida
•  Imagens (12)
  
  
  


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1958
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII, 1958. Comissão de redação: Dácio Pires Correia, Nicolau Duarte Silva e Vinicio Stein de Campos
•  Imagens (10)
  
  
  


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1954
“Histórias e Tradições da Cidade de São Paulo”
•  Imagens (23)
  
  
  


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2002ID: 29231
Mãe, mestra e guia: uma análise da iconografia de Santa´Anna, Maria...
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
  
  
  


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  José de Anchieta

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1575
“Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599)
•  Fontes (4)
  
  
  


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