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|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 1º de 27 | | | 2018Atualizado em 30/10/2025 23:33:34Articulando escalas: Cartografia e conhecimento geográfico da bacia platina (1515-1628), 2018. Tiago Bonato, Universidade Federal do Paraná • Cidades (5): Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (18): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Antonio Rodrigues "Sevilhano" (1516-1568), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Diogo Garcia de Moguér, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Ortiz de Vergara (1524-1574), Gonçalo da Costa, João Sanches "Bisacinho", Juan de Sanabria e Alonso de Hinojosa (1504-1549), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Preto (1559-1630), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Pedro Dorantes, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (17): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Cavalos, Estradas antigas, Estreito de Magalhães, Incas, Nossa Senhora de Atocha, Pela primeira vez, Peru, Porto Belo, Rio Anhemby / Tietê, Rio da Prata, Rio Itapocú, Rio Ururay, Tordesilhas | Registros relacionados | 1549. Atualizado em 25/02/2025 04:46:42 • 1°. FalecimentoApesar da dificuldade apontada por Frias, fato é que o caminho entre São Paulo e Paraguai foi intensamente utilizado. José Carlos Viladargada, ao analisar o transito de pessoas pela região, encontrou referências a cento e oito pessoas que teriam atravessado o caminho, a grande maioria no século XVI. Na metade do século encontramos uma das primeiras referências a ele. Dona Mência Calderon, viúva de Juan de Sanabria, nomeado governador do Rio da Prata, escrevia de Assunção que se podia ir de São Vicente até ali “por cierto camiño nuevo que se habia descubierto”. 1572. Atualizado em 03/04/2025 20:04:50 • 2°. Vergara23 de maio de 1599, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:38:54 • 3°. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 mesesNão é difícil perceber, através do trecho citado, que a circulação de indígenas e jesuítas era frequente pela terra adentro. Da mesma forma é visível que os caminhos percorridos eram indígenas, o caminho dos carijós, pelo qual os referidos freis entraram. Entradas em outras regiões da América portuguesa corroboram o fato de que diversos caminhos cortavam o interior do continente. Na virada do século, uma expedição saiu da vila de São Paulo com destino aos sertões ao norte da capitania. Apesar das poucas referências a ela na documentação, parece ter sido uma das entradas realizadas a mando do governador D. Francisco de Souza, em busca da serra de Sabarabuçu, supostamente rica em metais e minérios. 1622. Atualizado em 25/02/2025 04:46:44 • 4°. O procurador geral das Províncias do Rio da Prata e Paraguai, Manuel de Frias, escreveu ao rei4 de fevereiro de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:31 • 5°. Luis de Céspedes chega ao Rio de JaneiroNa véspera da partida, Martim de Sá e seu filho, Salvador, sugerem que Céspedes deveria casar-se com Dona Vitória de Sá, irmã de Martim e tia de Salvador e “o arruinado fidalgo só podia aceitar contente esta oferta de casamento com uma herdeira bela e rica que, além de sua alta jerarquia e nascimento, recomendava-se por um dote de 40.000 ducados em caixa, além de grandes plantações de cana de açúcar e extensas propriedades territoriais”439. Em sua correspondência, o próprio Céspedes relata sobre a proposta inesperada:
Se ofrecio que estos señores aficionados de mi justo agradecimiento tuvieron por bien de estimar mi persona para (...) esposso de una hija de el capitan gonçalo correa de sa sobrina del governador y poblador que fue desta tierra y assi teniendome por feliz y estimado tan buena suerte acepte el favor por pagar no resistiendo a su gusto las mercedes que tenia recebidas si bien tengo por cierto haver sido milagroso este matrimonio pues haviendo tenido impedimentos tan forçossos y passado los trabajos que tendo escritos (...) quiso nuestro señor premiar la paciencia con que los he ofrecido a su divina magestad dandome por compañera una señora tan principal como hermosa y virtuossa440.
Do ponto de vista dos Sá, os interesses no casamento eram visíveis. José Vilardaga, ao estudar as conexões entre o mundo paulista e o paraguaio concorda que o matrimônio consolidava “as redes de contatos desta influente família fluminense”, que já detinha relações, aliados e privilégios em Angola, Buenos Aires e São Paulo. A união feita com Céspedes fazia com que a ponta paraguaia e de Tucumã fosse amarrada, fechando assim “sua inserção no amplo circuito de contrabando, das trocas no mercado regional platino e vicentino, dos engenhos de açúcar, do ouro paulista, do fornecimento de escravos negros e do apresamento de cativos indígenas. Um empreendimento diversificado e articulado”.441
Além do inesperado casamento, Céspedes recebeu ampla ajuda no Rio de Janeiro:
Viendo esto y el no haver como tengo dicho otra embarcacion fue de parecer el governador Martin de sa que me fuese por tierra determineme de seguir su consejo diome todo lo necesario para mi avio canoas negros e infinitos regalos pero el mayor y de mas estima fue a su hermano el capitan goncalo correa de sá para que fuese haciendome merced todo el camino y allanar las dificuldades del”442 [Páginas 213 e 214] 8 de junho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:31 • 6°. Luís de Céspedes deixa o Rio de Janeiro em direção a Santos, com vinte dias de casadoNa véspera da partida, Martim de Sá e seu filho, Salvador, sugerem que Céspedes deveria casar-se com Dona Vitória de Sá, irmã de Martim e tia de Salvador e “o arruinado fidalgo só podia aceitar contente esta oferta de casamento com uma herdeira bela e rica que, além de sua alta jerarquia e nascimento, recomendava-se por um dote de 40.000 ducados em caixa, além de grandes plantações de cana de açúcar e extensas propriedades territoriais”439. Em sua correspondência, o próprio Céspedes relata sobre a proposta inesperada:
Se ofrecio que estos señores aficionados de mi justo agradecimiento tuvieron por bien de estimar mi persona para (...) esposso de una hija de el capitan gonçalo correa de sa sobrina del governador y poblador que fue desta tierra y assi teniendome por feliz y estimado tan buena suerte acepte el favor por pagar no resistiendo a su gusto las mercedes que tenia recebidas si bien tengo por cierto haver sido milagroso este matrimonio pues haviendo tenido impedimentos tan forçossos y passado los trabajos que tendo escritos (...) quiso nuestro señor premiar la paciencia con que los he ofrecido a su divina magestad dandome por compañera una señora tan principal como hermosa y virtuossa440.
Do ponto de vista dos Sá, os interesses no casamento eram visíveis. José Vilardaga, ao estudar as conexões entre o mundo paulista e o paraguaio concorda que o matrimônio consolidava “as redes de contatos desta influente família fluminense”, que já detinha relações, aliados e privilégios em Angola, Buenos Aires e São Paulo. A união feita com Céspedes fazia com que a ponta paraguaia e de Tucumã fosse amarrada, fechando assim “sua inserção no amplo circuito de contrabando, das trocas no mercado regional platino e vicentino, dos engenhos de açúcar, do ouro paulista, do fornecimento de escravos negros e do apresamento de cativos indígenas. Um empreendimento diversificado e articulado”.441
Além do inesperado casamento, Céspedes recebeu ampla ajuda no Rio de Janeiro:
Viendo esto y el no haver como tengo dicho otra embarcacion fue de parecer el governador Martin de sa que me fuese por tierra determineme de seguir su consejo diome todo lo necesario para mi avio canoas negros e infinitos regalos pero el mayor y de mas estima fue a su hermano el capitan goncalo correa de sá para que fuese haciendome merced todo el camino y allanar las dificuldades del”442 [Páginas 213 e 214] 18 de junho de 1628, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:39:29 • 7°. Chega a Santos, onde fica por onze dias, partindo para São Paulo30 de junho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 02:30:40 • 8°. Luís de Céspedes chega a São PauloSó então é que o governador pôde chegar à vila de São Paulo de Piratininga, já no planalto, onde iniciou nova etapa de sua aventura, a que mais interessa nesse estudo. No povoado, Céspedes solicitou permissão às autoridades locais para percorrer o caminho do Paraguai, camino de San Pablo ou simplesmente camino proibido, via terrestre-fluvial que ligava a vila de São Paulo aos sertões do Guayrá e à Província do Paraguai. A escolha do caminho fez com que se multiplicassem nas fontes e na historiografia posterior as polêmicas e ambiguidades que cercam a figura do governador. 16 de julho de 1628, domingo. Atualizado em 24/10/2025 04:29:43 • 9°. Luis de Céspedes García Xería Parte em direção ao Guayrá, via Tietê e Paraná
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 2º de 27 | | | 17 de junho de 1938, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 23:33:29Correio da Manhã • Cidades (8): Bertioga/SP, Cabo Frio/RJ, Iguape/SP, Paranaguá/PR, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (11): Antonio Paes Sande (1622-1695), Bacharel de Cananéa, Diogo Garcia de Moguér, Estácio de Sá (1520-1567), Estevão Ribeiro Bayão Parente (f.0), Jerônimo Leitão, João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Rui Garcia de Moschera, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562) • Temas (25): Açúcar, Bugres, Caminho do Mar, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Colégios jesuítas, Escravizados, Estatísticas, Fortes/Fortalezas, Gentios, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guerra de Extermínio, Guerra de Iguape, Habitantes, Jesuítas, Ouro, Pau-Brasil, Pela primeira vez, Sabarabuçu, São Paulo de Piratininga, Tamoios, Tupinaés, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda Correio da Manhã Data: 1938 Páginas 15 | Registros relacionados | Junho de 1511. Atualizado em 25/02/2025 04:42:50 • 1°. Pedro Agnez, companheiro de "Carvalhinho" é exilado no Brasil*Em 1511 a nau Bretoa vem a Cabo Frio e ai carrega mil toras de brasil, papagaios, gatos do mato - e trinta e cinco escravizados. Para o sul, antes da chegada da esquadra colonizadora de Martim Afonso, portugueses e castelhanos, morando em meio da indiada das futuras donatarias de São Vicente e Santo Amaro, faziam ocasionalmente o tráfico de nativos escravizados. 1 de janeiro de 1527, sábado. Atualizado em 25/10/2025 23:19:23 • 2°. Chegada de Diogo Garcia de MoguerEm 1511 a nau Bretoa vem a Cabo Frio e ai carrega mil toras de brasil, papagaios, gatos do mato - e trinta e cinco escravizados. Para o sul, antes da chegada da esquadra colonizadora de Martim Afonso, portugueses e castelhanos, morando em meio da indiada das futuras donatarias de São Vicente e Santo Amaro, faziam ocasionalmente o tráfico de nativos escravizados. Nas águas do pequeno Porto de São Vicente, em 1527, Diogo Garcia, piloto natural de Moguer e companheiro de Solis, negocia e contrata na sua língua travada: "uma carta de fletamiento para que truxesse en España con la nau grande ochocientos (?) esclavos". Fez o negócio o enigmático Bacharel associado com seus genros. 3 de março de 1533, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:01 • 3°. Registro de entrada dos primeiros africanos no Brasil, quando Pero de Gois, solicita 17 escravos para a fundação de um engenho de açúcarChegado o donatário, e dadas a "todo los homens terra para fazerem fazendas" deu-se começo o povoamento e colonização da capitania, fundando-se nos arredores da nova povoação os primeiros engenhos de açúcar. A escravidão foi logo tolerada e aceita pelas autoridades da colonia: em 3 de março de 1533, Martim Afonso, já ausente, concede por seu "loco-tenente, licença a Pedro de Góes para mandar para Portugal dezessete peças de escravizados nativos". 1534. Atualizado em 28/10/2025 09:21:55 • 4°. A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel,Ao mesmo tempo que para o amanho das terras, misteres da criação e mineração incipiente, a mão de obra do nativo era indispensável, a guerra, por seu turno, tornou necessária a arregimentação dos prisioneiros escravizados. Nos primeiros anos da capitania Vicentina, as chamadas "guerras de Iguape" perturbaram profundamente esse rude começo da vida civilizada. O espanhol Ruy de Moschera e seus sócios atacam e saqueiam a vila de São Vicente, em 1534; ao Norte as correrias dos Tamoyos, a que não eram estranhos os franceses do Rio de Janeiro, traziam em contínuos sobressaltos as bandas da Bertioga, mal protegidas pela fortaleza que o donatário construíra nessa barra. Serra acima, nos campos á beira das matas virgens, onde tinham suas roças os mamalucos de João Ramalho e os nativos mansos de Tibiriçá, a luta contra o gentio inimigo ainda foi mais viva e contínua 12 de maio de 1548, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:21 • 5°. CartaEm 1548 uma carta de Luiz de Góes ao rei de Portugal assinala para a nova capitania mais de 3.000 escravizados, numa população branca de 600 almas. 4 de abril de 1561, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:10 • 6°. Ataque aos índios tamoiosFora ela organizada na quaresma de 1561 com o auxílio poderoso de Martim Afonso Tebiriçá, "o qual juntou logo toda a sua gente, que está repartida por três aldeias pequenas, desmanchando suas casas, e deixando todas as suas lavouras para serem destruídas pelos inimigos". Na sexta-feira da Paixão, 4 de abril, deu-se o ataque "com grande corpo de inimigos pintados e emplumados, e com grandes alaridos"; a pequena vila esteve cercada por dois dias, e só depois de encarniçado o combate foram os atacantes vencidos. Esta guerra, escreve Anchieta - foi causa de muito bem para os nossos antigos discípulos.. Parece-nos agora - acrescenta - "que estão as portas abertas nesta Capitania para a conversão dos gentios, se Deus N. S. quiser dar maneira com que sejam postos debaixo de jugo, porque para este gênero de gente não ha melhor pregação do que a espada e vara de ferro, na qual mais do que em nenhuma outra é necessário que se cumpra o - compelle eos intrare". - (Revista do Instituto Histórico, II, 560.) 28 de maio de 1562, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:11 • 7°. João Ramalho assume o cargo de capitão para guerra na Vila de São PauloEm maio de 1562 João Ramalho é eleito pela Câmara e povo de São Paulo para capitão da gente que tem de ir á guerra contra outros nativos inimigos das bandas do Parahyba; em junho desse mesmo ano a vila tem de repelir os ataques de guayanazes e outras tribos dos arredores. As atas da Câmara dessa época revelam os contínuos sobressaltos em que vivia o pequeno núcleo de população branca do planalto. 16 de abril de 1563, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39 • 8°. “sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós”Por sua vez, no alto da escarpa abrupta, a "paupérrima e estreitíssima casinha" que foi o futuro colégio de São Paulo de Piratininga, certamente lembrava uma tosca cidadela dominando as várzeas e campos da redondeza, ainda inçados de bugres suspeitos ou hostis. Dai, como de um burgo de guerra, se dominava o largo horizonte donde era sempre possível uma surpresa ou um ataque. A carta de Anchieta de 16 de abril de 1563, escrita de São Vicente a Laynez, narra uma dessas expedições contra os nativos inimigos que moravam nos arredores de Piratininga. Fora ela organizada na quaresma de 1561 com o auxílio poderoso de Martim Afonso Tebiriçá, "o qual juntou logo toda a sua gente, que está repartida por três aldeias pequenas, desmanchando suas casas, e deixando todas as suas lavouras para serem destruídas pelos inimigos". Na sexta-feira da Paixão, 4 de abril, deu-se o ataque "com grande corpo de inimigos pintados e emplumados, e com grandes alaridos"; a pequena vila esteve cercada por dois dias, e só depois de encarniçado o combate foram os atacantes vencidos. Esta guerra, escreve Anchieta - foi causa de muito bem para os nossos antigos discípulos.. Parece-nos agora - acrescenta - "que estão as portas abertas nesta Capitania para a conversão dos gentios, se Deus N. S. quiser dar maneira com que sejam postos debaixo de jugo, porque para este gênero de gente não ha melhor pregação do que a espada e vara de ferro, na qual mais do que em nenhuma outra é necessário que se cumpra o - compelle eos intrare". - (Revista do Instituto Histórico, II, 560.) 1565. Atualizado em 25/02/2025 04:45:55 • 9°. Carta a EstácioEm 1565, os camaristas dirigem longa representação a Estácio de Sá, capitão-mór da armada real destinada ao povoamento do Rio, reclamando em termos enérgicos, providências contra os assaltos de tamoyos e tupinaquins, que matam e roubam impunemente em todo o território da capitania, "não lhe fazendo a gente desta Capitania mal nenhum". Essa representação ameaça, caso não venham auxílios imediatos, abandonarem os moradores a vila de Piratininga, "para irmos todos caminho das vilas do mar". 20 de março de 1570, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:20 • 10°. Coroa Portuguesa proibiu a caça aos índios. Apesar de não proibir a escravidão, a carta régia impunha que os índios só poderiam ser apreendidos e escravizados nas chamadas Guerras Justas, que só podiam ser decretadas pelo Rei20 de abril de 1585, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:45:42 • 11°. Reunião em Santos: Expedição marítimaMais tarde, em 1585, a situação exige a organização de uma verdadeira campanha, sob o mando do capitão-mór Jeronymo Leitão, contra as tribos de carijós, tupinaes e outras que infestavam diversas regiões da capitania. Depois das expedições escravizadoras do litoral, foi talvez a primeira guerra de caça ao gentio, requerida e aconselhada pelos camaristas da vila de São Paulo.
"Requeremos - diz uma ata de abril de 1585 - que sua mercê com a gente desta capitania faça guerra campal aos nativos nomeados Carijós os quais a tem ha muitos anos merecida por terem mortos de 40 anos a esta parte mais de cento e cinquenta homens brancos, assim portugueses como espanhóis, até mesmo padres da Companhia de Jesus...".
Alegavam mais os paulistas que "é grande a necessidade em que esta terra está, e em muito risco de despovoar-se mais do que nunca esteve e se despovoa cada dia por causa dos moradores e povoadores dela não terem escravaria do gentio desta terra como tiveram e com que sempre se serviram... que agora não hay morador que tão somente possa fazer roças para se sustentar quanto mais canaviais, os quais deixam todos perder a míngua de escravaria..."
Requeriam também que os nativos prisioneiros não ficassem aldeados, "sobre si", porque "estando o dito gentio sobre si nenhum proveito alcançam os moradores desta terra porque para irem aventurar suas vidas e fazendas e pol-os em liberdade, será melhor não ir lá e trazendo-os e repartindo-os pelos moradores como dito é será muito serviço de Deus e Sua Majestade...".
Não se fez rogado o capitão-mór. Durante seis anos o seu pequeno exército assolou as aldeias do Anhemby, que eram conforme os jesuítas espanhóis, citados por Basílio de Magalhães, em número de 300, com mais de 30.000 habitantes...
Estava iniciada e organizada, em larga escala, a escravização do nativo. Com esse ardimento e afã, que sempre foram característicos da raça, os bandos paulistas se atiraram ás expedições de "resgate". Como mais tarde os dominou a vertigem do ouro, assanhava-os então o cheiro do sangue e a febre da caçada humana. Despovoou-se a pequena vila piratiningana com as contínuas entradas pelo sertão. "Esta vila está despejada pelos moradores serem ido ao sertão" - queixavam-se os camaristas em 1 de julho de 1623. 1 de julho de 1623, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:41:32 • 12°. O procurador da Câmara informa que a vila estava despejada de moradores por terem ido quase todos ao sertão8 de abril de 1624, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:50 • 13°. MinasMaio de 1671. Atualizado em 24/10/2025 03:39:08 • 14°. Socorro*14 de janeiro de 1693, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:55 • 15°. Nomeado Antonio Paes de Sande, com “amplíssima jurisdição” em tudo que tocasse ás “minas de ouro e prata de Paranaguá, Itabaiana e serra de Sabarabussú”A eles aconselha Antonio Paes de Sande, em 1693, que se apele para o descobrimentos das minas de Sabarábuçú, Paranaguá e outras das capitanias do Sul. O único meio para se conseguir esse descobrimento - escrevia o governador ao Conselho Ultramarino - é "servir-se S. M. de encarregar aos moradores de São Paulo este negócio, pois a confiança que faz daqueles vassalos os empenha ao efeito das obrigações dela". E num trecho que bem frisa a independência e suscetibilidade dos habitantes de São Paulo nessa época longínqua, "a pessoa que S. M. nomear para ir a São Paulo será um sujeito cuja autoridade e prudência se possa fiar negócio de tanto peso e não levará consigo mais que seus criados e as ordens e poderes reais...".
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 3º de 27 | | | 2 de agosto de 2018, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 23:38:44O Caminho do Peabiru - Eduardo Bueno • Cidades (4): Assunção/PAR, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Potosí/BOL • Pessoas (5): Christovam Jacques (1480-1531), Eduardo Bueno, Francisco Pizarro González (1476-1541), Henrique Montes, Martim Afonso de Sousa (1500-1564) • Temas (15): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estreito de Magalhães, Ouro, Payaguás, Peru, Porto dos Patos, Prata, Rei Branco, Rio Amazonas, Rio da Prata, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Maruhi, Titanic, Tordesilhas | Registros relacionados | 1514. Atualizado em 28/10/2025 08:39:11 • 1°. Portugueses recolheram no Rio da Prata um machado de prata, que estava nas mãos dos charruas1 de janeiro de 1516, sábado. Atualizado em 28/10/2025 03:20:22 • 2°. Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 4º de 27 | | |
Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida1988. Atualizado em 23/10/2025 15:57:19 Relacionamentos • Cidades (11): Assunção/PAR, Cabo Frio/RJ, Caetés/PE, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Lisboa/POR, Porto Seguro/BA, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sevilha/ESP • Pessoas (51) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Américo Vespúcio (1454-1512), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Antônio Salema, Bacharel de Cananéa, Cacique Tayaobá (1546-1629), Christovam Jacques (1480-1531), Clemente Álvares (1569-1641), D Rodrigo de Acuña, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Diogo de Quadros, Fernão de Magalhães (1480-1521), Fernão Paes de Barros, Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Orellana, Francisco Pizarro González (1476-1541), Gaspar de Lemos, Iguarou, Jerônimo Leitão, João do Prado (1540-1597), João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”, João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Correia de Sá (1575-1632), Mem de Sá (1500-1572), Nicolau Barreto, Nicolau Coelho (1460-1504), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pedro Annes, Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Pero (Pedro) de Góes, Robert Southey, Rui Garcia de Moschera, Ruy Pinto (f.1549), Sebastião Caboto (1476-1557), Sebastião Fernandes Preto (1586-1650), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Tataurana, Taubici, Vasco da Gama (1469-1524), Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514) • Temas (34): Baía de Guanabara, Bilreiros de Cuaracyberá, Caetés, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Charruas, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Escravizados, Estreito de Magalhães, Fenícios, Guayrá, Guerra de Extermínio, Habitantes, Incas, Música, Ouro, Pau-Brasil, Peru, Potiguaras, Prata, Rio Amazonas, Rio Anhemby / Tietê, Rio da Prata, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Rio Tibagi, Serra da Mantiqueira, Tamoios, Tupiniquim, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda, Vila Rica “Castelhana”, Villa Rica del Espírito SantoRegistros mencionados (43)26/01/1500 - Vicente Yáñez Pinzón atinge o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco [9016]01/04/1501 - Expedição da qual fazia parte o Américo Vespúcio chegou em Porto Seguro* [230]24/01/1502 - A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia [21460]01/11/1503 - Vespúcio fundou a feitoria do Rio de Janeiro* [236]06/01/1504 - Aportou a primeira expedição colonial, com a chegada do bretão Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do "Espoir" [27138]03/07/1504 - Binot, o navegador francês levou consigo para a Europa Içá-Mirim, o filho de Arosca, ‘’Cacique dos Carijós’’ [20549]1509 - Diogo Álvares "o Caramuru" já estava integrado aos Tupinambás, inimigos dos Carijós [7227]17/04/1511 - Chegam em abril na feitoria da Bahia de Todos os Santos, muito próximo de onde hoje é Salvador [24945]12/05/1511 - Deixam Salvador [248]26/05/1511 - Chegaram em Cabo Frio [249]01/10/1511 - Partida da nau Bretoa* [24948]1513 - Jorge Lopes Bixorda levou à presença do Rei D. Manuel três índios brasileiros, todos vestidos de penas [252]1515 - Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil” [23350]01/01/1516 - Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses [22407]25/12/1519 - Três embarcações adentram a baía de Guanabara [24949]1521 - Iça-Mirim, filho do cacique Arosca, de Santa Catarina, casou-se com Susana, filha do capitão, então tomado de grande afeição pelo hóspede brasileiro, que educara com esmero [20554]1522 - Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a procurar a célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente [27889]01/07/1525 - Uma frota espanhola partiu do porto de Sevilha com o objetivo de refazer a viagem de Fernando de Magalhães até as Ilhas Molucas* [307]26/03/1526 - Ancoraram na ilha de Santa Catarina [310]15/06/1527 - Terra do Brasil passou a ser chamada apenas Brasil [22080]1528 - Pero de Góes e Rui Pinto são incumbidos de castigar os carijós, supostamente culpados do massacre da expedição de Francisco de Chaves [347]01/02/1531 - Envio de Diogo Leite [22014]30/04/1531 - Martim Afonso fundeou no Rio de Janeiro [22544]01/08/1531 - Pedro Agnez é enviado a terra [342]01/09/1531 - De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? [1413]1533 - Fugindo à escravidão, 12 mil índios de Pernambuco e da Bahia migram para o oeste; trezentos deles chegaram ao Peru, depois de uma penosa jornada de cinco mil quilômetros através de serras, florestas, rios e pântanos [387]06/10/1534 - Foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes [6961]29/03/1541 - Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina [22126]11/03/1542 - Chega a Assunção do Paraguai a expedição de Alvar Nuñez Cabeça de Vaca [10231]03/06/1542 - Francisco de Orellana “descobre” o Rio Negro [15929]1547 - Um assentamento espanhol a “duas léguas da volta do Rio da Prata” [432]1547 - Construção duma rudimentar Casa-Forte (por volta de 1547), na foz do Rio Bertioga, adjacente à Ilha Guaimbê (Capitania de Santo Amaro), chamou a atenção dos Tamoios [22107]04/04/1561 - Ataque aos índios tamoios [19960]27/08/1575 - A bandeira de Antonio Salema, chefiado por Japú-guassú, partiu do Rio de Janeiro [19961]1579 - Jerônimo Leitão ataca as aldeias das margens do Anhembi (Tietê) [10613]30/09/1592 - Afonso Sardinha é eleito capitão da guerra contra os índios [12094]13/07/1601 - Domingos Affonso, procurador do conselho, quem aos collegas transmittia as queixas do "povo todo" furioso por causa da renovação de posturas antigas pelo facto de irem a Mogy, a um aldeiamento de indios, "homens conhecidos que desobedeciam as leis" [837]03/09/1602 - Partida [26402]31/10/1610 - Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro [20606]14/11/1611 - Carta de D. Antonio de Añasco ao Sr. Diego Marín Negrón, Governador do Rio da Prata em Buenos Aires [20734]1612 - bandeira destroçada [27130]01/08/1612 - Bartolomeu de Torales escreve ao Governador Diogo Marin Negron que Sebastian Preto, português de S. Paulo levou cinco caciques com muitos índios para a dita vila de S. Paulo* [20285]1988 - Diogo Leite pede ao Rei para levar dez escravos indígenas para Portugal [324]
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 5º de 27 | | | 1969Atualizado em 30/10/2025 23:33:30“Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda • Cidades (13): Araçoiaba da Serra/SP, Assunção/PAR, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Lisboa/POR, Malaca/MAL, Paraty/RJ, Potosí/BOL, São Paulo/SP, São Tomé de Meliapor/IND, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP • Pessoas (54): Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio de Sousa (1584-1631), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Baccio Filicaya, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Cubas (1507-1592), Carlos V (1500-1558), Christovam Jacques (1480-1531), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Diogo de Meneses e Sequeira (1553-1635), Diogo Flores Valdez (1530-1595), Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Duarte Barbosa, Duarte Lemos, Felippe Guilhem (n.1487), Paranaguá/PR (1578-1621), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Pizarro González (1476-1541), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gonçalo da Costa, Henrique Montes, Hernando Arias de Saavedra (1561-1634), Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jean de Laet (1571-1649), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Pereira Botafogo (1540-1627), João Sanches "Bisacinho", Luis Sarmiento de Mendoça, Marcos de Azevedo, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim de Orue, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Nicolas del Techo (1611-1680), Nuno Manoel (1469-1531), Paschoal Fernandes, Pedro Dorantes, Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Pero Domingues 2° (n.1578), Pero Lobo, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Sebastião Caboto (1476-1557), Sergio Buarque de Holanda (67 anos), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Thomas Griggs, Tomé de Sousa (1503-1579), Ulrico Schmidl (1510-1579), Walter Raleigh (1552-1618), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (36): Bacaetava / Cahativa, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Colinas, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Diamantes e esmeraldas, El Dorado, Estradas antigas, Gentios, Geografia e Mapas, Grunstein (pedra verde), Guayrá, Ilha da Madeira, Incas, Lagoa Dourada, O Sol, Ouro, Paraúpava, Pela primeira vez, Peru, Porcos, Porto dos Patos, Prata, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Jaguari, Rio Paraguay, Serra de Paranapiacaba, Terra sem mal, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Tupinambás, Tupis Visão do paraíso Data: 1959 Créditos: Sérgio Buarque de Holanda Páginas 70 e 71 | Registros relacionados | 1436. Atualizado em 28/10/2025 03:34:37 • 1°. Mapa de Andrèa Bianco1503. Atualizado em 28/10/2025 02:56:19 • 2°. ColomboAinda em 1436, o mapa de Andrèa Bianco, provavelmente conhecido de Colombo, mostra, ao lado do Paraíso, numa península projetada do oriente da Ásia, homens sem cabeça e com olhos e a boca no peito. A Índia verdadeira, Índia Maior, como lhe chamavam antigos geógrafos e que o Almirante presumia ter alcançado, tanto que escrevera, ainda em 1503, aos Reis Católicos que certa região por ele descoberta ficava a dez jornadas do Ganges, era, dada a notoriedade de seus tesouros e mistérios, um dos lugares favorecidos pela demanda do sítio do Éden. [Páginas 22 e 23] 1507. Atualizado em 28/10/2025 04:19:03 • 3°. Martin Waldseemüller chega a converter em “pagus S. Paulli ”, originando a hipótese de que se acharia ali o mais antigo povoado europeu no Brasilonde ficara a impressão das pisadas, para consigo levarem as raspasem relicários. Foi, em parte, a êsse hábito que, segundo o autor daCrônica da Companhia, se deveu o desgaste das ditas rochas, até aopaulatino desaparecimento das pegadas que já nos meados do séculoXVII eram invisíveis, pôsto que a lembrança delas ainda a guardassemos antigos. Além disso era sua existência atestada em certas cartas dedoação, onde se lia por exemplo: "Concedo uma data de terra sita naspegadas de São Tomé, tanto para tal parte, tanto para outra[ .... ]"10•A relação dos milagres do apóstolo, aqui como na índia, nãofica, porém, nisso, e sua notícia não nos chegou unicamente atravésdos padres missionários. Ao próprio Anthony Knivet, tido por herege,que em certo lugar chamado Itaoca ouvira dos naturais ter sido alio lugar onde pregara São Tomé, mostraram perto do mesmo sítio umimenso rochedo, que em vez de se sustentar diretamente sôbre o solo,estava apoiado em quatro pedras, pouco maiores, cada uma, do queum dedo. Disseram-lhe os índios que aquilo fôra milagre e que arocha era, de fato, uma peça de madeira petrificada. Disseram mais,que o apóstolo falava aos peixes e dêstes era ouvido. Para a parte domar encontravam-se ainda lajedos, onde o inglês pudera distinguirpessoalmente grande número de marcas de pés humanos, todos de igualtamanho li.
Parece de qualquer modo evidente que muitos pormenores dessaespécie de hagiografia do São Tomé brasileiro se deveram sobretudoà colaboração dos missionários católicos, de modo que se incrustaram,afinal, tradições cristãs em crenças originárias dos primitivos moradores da terra. Que a presença das pegadas nas pedras se tivesseassociado, entre êstes, e já antes do advento do homem branco, àpassagem de algum herói civilizador, é admissível quando se tenha emconta a circunstância de semelhante associação se achar disseminadaentre inúmeras populações primitivas, em todos os lugares do mundo.E é de compreender-se, por outro lado, que entre missionários e catequistas essa tendência pudesse amparar o esfôrço de conversão dogentio à religião cristã.
Não admira, pois, se a legenda "alapego de sam paulo", que numadas mais antigas representações cartográficas do continente sul-americano, a de Caverio, aparentemente de 1502, se acha colocada emlugar aproximadamente correspondente à bôca do Rio Macaé, no atualEstado do Rio de Janeiro e que, em 1507, Waldseemüller chega aconverter em "pagus S. Paulli", originando a hipótese de que se achariaali o mais antigo povoado europeu no Brasil, levasse pelo menos umestudioso e historiador à idéia de que a outro apóstolo cristão, alémde São Tomé, se associassem as impressões de pés humanos encontradas em pedras através de várias partes do Brasil e ligadas pelosíndios à lembrança ancestral de algum personagem adventício que, ao lado de revelações sobrenaturais, lhes tivesse comunicado misteres maiscomezinhos, tais como o plantio, por exemplo, e a utilização da mandioca 12. Essas especulações foram reduzidas a seus verdadeiros limites,desde que Duarte Leite, aparentemente com bons motivos, explicoucomo a discutida palavra "alapego" não passaria de simples corrupçãode "arquipélago", alusivo à pequena Ilha de Sant´Ana, em frente à fozdo Macaé e a algumas ilhotas circunvizinhas.
Em realidade a identificação de rastros semelhantes no ExtremoOriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu"preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde odizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua,não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI.
A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo : "Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put(é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui ahistória de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?"14.
Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto noOriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes.Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval equinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo,que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas aosanto, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aosíndios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora umpenedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima,como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por seremiguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110] 12 de outubro de 1514, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:44:47 • 4°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno ManuelPode dar-se idéia de celeridade com que se difundiu a lenda do \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\apostolado\apostolado.txtie São Tomé nas índias, e não apenas nas índias Orientais, lembrando como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro, já se falava em sua estada na costa do Brasil.
A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã , referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, à Ilha da Madeira.
Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. “Eles têm recordação de São Tomé”, diz o texto. E adianta:
“Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que têm cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior”. “No país chamam freqüentemente a seus filhos Tomé.”
A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo. Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes. “Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.” E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” O crédito universal do motivo da impressão dos pés humanos, a que provavelmente não seriam alheios os nossos índios, a julgar pelos testemunhos de numerosos cronistas, dava ainda mais corpo à idéia. Aos europeus recém-vindos tratavam logo os naturais de mostrar essas impressões, encontradas em várias partes da costa. Simão de Vasconcelos, por exemplo, refere-nos como as viu em cinco lugares diferentes: para o norte de São Vicente; em Itapoã, fora da barra da Baía de Todos os Santos; na praia do Toqué Toqué, dentro da mesma barra; em Itajuru, perto de Cabo Frio, e na altura da cidade de Paraíba, a sete graus da parte do sul, para o sertão. Neste último lugar, com um penedo solitário, achavam-se duas pegadas de um homem maior e outras duas menores, de onde tirou o jesuíta que não andaria só o apóstolo e reporta-se, aqui, a São João Crisóstomo tanto quanto ao Doutor Angélico, segundo os quais se fazia ele acompanhar, em geral, de outro discípulo de Cristo: “as segundas pegadas menores”, escreve, “devem ser deste” 5.
Por sua vez, Frei Jaboatão, dos Frades Menores, diz que no lugar do Grojaú de Baixo, sete léguas distante do Recife de Pernambuco, vira gravada a estampa de um pé, e era o esquerdo, “tão admiravelmente impresso, que à maneira de sinete em líquida cera, entrando com violência pela pedra, faz avultar as fímbrias da pegada, arregoar a pedra e dividir os dedos, ficando todo o circuito do pé a modo que se levanta mais alto que a dita pedra sobre que está impressa a pegada” 6 . Admite que sem embargo de atribuir-lhe a fama do vulgo a São Tomé, seria antes de um menino que andasse em sua companhia, porventura seu anjo da guarda. E a causa da suspeita estava na pequenez da impressão, que mostrava ser de um menino de cinco anos, com pouca diferença. 1515. Atualizado em 28/10/2025 12:06:16 • 5°. Referências dos nativos a São Tomé aparecerem na “Nova Gazeta da Terra do Brasil”Pode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira.
Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais.
"Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta: "Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé."
A presunção, originária das velhas concepções colombinas, e que a cartografia contemporânea nem sempre se mostrara solícita em desfazer, de uma ligação por terra entre o Novo Continente e a Ásia, facilitava grandemente essa idéia de que à América e ao Brasil, particularmente, se estendera a pregação de São Tomé Apóstolo.
Na própria Gazeta acha-se refletida essa idéia, onde se lê que o piloto da nau portadora das notícias, presumivelmente o célebre João de Lisboa, já afeito à carreira da índia, não acreditava achar-se o cabo e terra do Brasil a mais de seiscentas milhas de Malaca, e pensava até que em pouco tempo, e com grande vantagem para el-rei de Portugal, se poderia navegar do Reino até aquelas partes.
“Achou também que a terra do Brasil continua, dobrando, até Malaca.”. E presume o autor que esse fato favorece a crença na vinda do apóstolo a estas partes. “É bem crível”, diz, “que tenham lembrança de São Tomé, pois é sabido que está corporalmente por trás de Malaca: jaz na Costa de Siramath, no Golfo de Ceilão.” [Páginas 135 e 136]
À fé comum dos índios Tupi poderia o cronista da Companhia juntar a de muitos descobridores e conquistadores brancos do Novo Mundo. O próprio Colombo não começara por ver no Pária, precisamente ao norte da Amazônia, em lugar que Schõner, no seu Globo de 1515, chega a identificar com o Brasil - Paria sive Brasília - a verdadeira porta do Éden? E não lhe parece tão bom como o do Fison o ouro que na mesma terra se criava?
Mais tarde, sob a forma de Eldorado, se deslocaria esse paraíso colombino para a Guiana e para o rio de Orellana. Nem faltariam argumentos ainda mais respeitáveis, apoiados estes em escritos de teólogos antigos e modernos, a favor da crença dos que situassem o sagrado horto no coração do Brasil, e de preferência na Amazônia. Observa Vasconcelos que muitos daqueles teólogos, entre eles o próprio São Tomás de Aquino, teriam colocado o Paraíso debaixo da linha equinocial, cuidando que era a parte do mundo mais temperada (...) [Página 173]
Confirmadas, bem ou mal, as notícias obtidas pela expedição lusitana de 1514 e documentadas na Nova Gazeta acerca das terras do ouro e prata, não tardariam muito em manifestar-se os ciúmes e divergências nacionais em torno de sua posse.
Entre as Coroas de Portugal e Castela, que eram as diretamente interessadas, conduziu-se a polêmica sem acrimônia visível, como convinha a casas reais tão intimamente aparentadas, e no entanto com obstinada firmeza. A esperança dos maravilhosos tesouros, alvo de todas as ambições, dissimulava-se naturalmente sob raciocínios mais confessáveis, de sorte que não vinham à tona senão argumentos como o da demarcação ou o da prioridade.
Não menos do que os castelhanos, presumiam-se os portugueses favorecidos, neste caso, pela linha de Tordesilhas, chegando mesmo a reivindicar todo o litoral que se estende até o estuário platino ou mais ao sul. E quem provaria a sem-razão dessas pretensões? Quanto ao problema das prioridades eram capazes de apresentar argumentos ainda mais impressionantes. [Página 91] 1516. Atualizado em 27/10/2025 05:44:29 • 6°. São ThoméPode dar-se ideia de celeridade com que se difundiu a lenda do apostolado de São Tomé nas Índias, e não apenas nas Índias Orientais, lembrando, como, em 1516, quando Barbosa acabou de escrever seu livro já se falava em sua estada na costa do Brasil.
A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazetta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por D. Nuno Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12 de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, á Ilha da Madeira.
Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo e mandar em seguida a um amigo de Antuérpia, constava a existência naquela costa de uma gente de muito boa e livre condição, gente sem lei, nem rei, a não ser que honram entre si aos velhos. Contudo, até àquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardava memória entre os naturais. "Eles tem recordação de São Tomé", diz o texto. E adianta:
"Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas de São Tomé no interior do país. Indicam também que tem cruzes pela terra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deus pequeno, mas que havia outro Deus maior". "No país chamam frequentemente seus filhos Tomé." [Páginas 135 e 136]
22 de fevereiro de 1517, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:10 • 7°. Real Cédula de D. JoanaJulho de 1524. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17 • 8°. Carta do embaixador Juan de Çúñiga a Carlos V*3 de abril de 1526, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:40:17 • 9°. PartidaDezembro de 1527. Atualizado em 25/10/2025 02:54:39 • 10°. Subiram o rio*Dezembro de 1527. Atualizado em 25/10/2025 04:40:42 • 11°. Uma carta do embaixador João da Silveira a Dom João III era portadora de notícias alarmantes*1529. Atualizado em 28/10/2025 11:30:05 • 12°. A denominação Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro17 de agosto de 1531, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21 • 13°. Diário de Pero LopesFrancisco de Chaves, morador antigo de Cananéia e possivelmente um dos que ficaram em terra da nau San Gabriel de Dom Rodrigo de Acuna, se não mesmo um dos náufragos da armada de Solis, e neste caso, antigo companheiro de Henrique Montes e Aleixo Garcia, aparece no Diário da Navegação de Pero Lopes, a propósito da jornada que mandou Martim Afonso de Cananéia terra adentro em busca do metal precioso. Para tanto seguira Pero Lobo a 1 de setembro de 1531 com quarenta besteiros e quarenta espingardeiros, guiados pelo mesmo Chaves, que “se obrigava que em dez meses tornara ao dito porto com quatrocentos escravos carregados de prata e ouro”. Pode dizer-se que cronologicamente é essa a primeira grande entrada paulista de que existe documentação. [p. 98] 1 de setembro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 01:43:11 • 14°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?Dos Patos saíra Aleixo Garcia, e saíra, mais tarde, Cabeza de Vaca. Ambos tinham subido o Rio Itapucu, rumando para terras do atual Estado do Paraná, e sabe-se que o adelantado, valendo-se de guias indígenas, seguiu o itinerário de seu antecessor. Esse itinerário está descrito nos “Comentários” de Pero Hernandez e sobre ele discorre, com sua habitual segurança, o Barão do Rio Branco, além de reproduzi-lo em mapa 55.
Tudo faz admitir que em algum ponto dessa via devesse desembocar o caminho que tinham percorrido, saindo de Cananéia, os expedicionários de Pero Lobo. De outro modo explica-se mal o fato de a gente de Cabeza de Vaca transitar em sua entrada pelo mesmo lugar onde dez anos antes se verificara o trucidamento daqueles expedicionários encontrando, além disso, à altura do Tibaji, um índio recentemente convertido chamado Miguel, de volta à costa do Brasil, de onde era natural, após longa assistência entre os castelhanos do Paraguai. Desse Miguel dirá mais tarde Irala, em documento publicado por Machaín, que tinha seguido pelo caminho que percorreu Aleixo Garcia: “por el camino que Garcia vino”. 1533. Atualizado em 28/10/2025 02:24:15 • 15°. Adorno assassina Henrique Montes1538. Atualizado em 30/10/2025 14:02:17 • 16°. Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos AiresNa atividade que, já a partir de 1538, e até 1546, ano em que morreu, desenvolvera na Ilha de Santa Catarina, no continente vizinho, no Guairá e até em Assunção, o Frade Bernardo de Armenta, comissário da Ordem de São Francisco, estariam, muito possivelmente, os acontecimentos históricos que podem ter servido para avivar a lenda.
A alta reputação ganha por ele entre os indígenas teria sido partilhada e talvez herdada, até certo ponto, por outro franciscano que o acompanhou e lhe sobreviveu, Frei Alonso Lebron, o mesmo que Pascoal Fernandes iria aprisionar em 1548, levando para São Vicente 39 . A este podia corresponder, na história, o papel atribuído no mito indígena ao “companheiro” de Sumé.
Sabe-se que Frei Bernardo percorreu, pelo menos uma vez, em toda a sua extensão, o caminho chamado de São Tomé quando acompanhou, à frente de uma centena de índios, o Governador Gabeza de Vaca, e que o tinham em grande acatamento aqueles índios. Posto que o não estimasse o “adelantado ”, autor de sérias acusações ao seu comportamento, entre outras a de que, junto com Frei Alonso Lebron, guardaria encerradas em sua casa mais de trinta índias dos doze aos vinte anos de idade 40, a boa conta em que era geralmente havido entre catecúmenos e gentios Carijó espelha-se no nome que todos lhe atribuíam de Pay Zumé, como a identificá-lo com figura mítica.
Consta que, ao chegar a Santa Catarina, onde aceita a oferta do feitor real Pedro Dorantes, que se propõe ir descobrir o caminho “por donde garcia entró”, Cabeza de Vaca conseguiria realizar mais facilmente o intento de penetrar por terra até o Paraguai pelo fato de o julgarem os índios filho do comissário da Ordem de São Francisco, ou seja, de Bernardo de Armenta, “a quien ellos dizen Payçumé y tienen en mucha veneración”, segundo se expressaria em carta o próprio Dorantes 43 .
No que dirão mais tarde os guaiarenhos aos missionários jesuítas, não parece muito fácil separar o que pertenceria ao franciscano, predecessor daqueles na obra de catequese, dos atributos do personagem mitológico celebrado pelos seus avós e a eles comunicado de geração em geração. Mesmo no nome dado ao caminho que, da costa do Brasil, procurava as partes centrais do continente, não se prenderia, de alguma forma, a lendária tradição a uma verdade histórica ou, mais precisamente, ao fato de o ter trilhado Frei Bernardo, que na imaginação dos índios da terra deveria ser figura mais considerável do que o adelantado?
O certo, por este ou outro motivo, é que o mítico Sumé assume então no Paraguai, em particular no Guairá, que se achava para todos os efeitos dentro do Paraguai, proporções que desconhecera na América Lusitana, de precursor declarado e verdadeiro profeta da catequese jesuítica. Que dizer então do Pay Tumé peruano, em quem se acrisolam suas virtudes taumatúrgicas, dando ensejo à formação de toda uma brilhante hagiografia capaz de emparelhar-se com a do apóstolo cristão nas supostas andanças através do extremo oriente? [Páginas 152 e 153] 1538. Atualizado em 25/02/2025 04:45:53 • 17°. Documento1538. Atualizado em 25/02/2025 04:43:06 • 18°. Expedição de Mercadillo à província de Maxifaro, perto das cabeceiras do Amazonas, e ao país dos Omágua1540. Atualizado em 25/02/2025 04:47:16 • 19°. TupinambásÊsse fato surpreende tanto mais quanto a mestiçagem e o assíduo contato dos portuguêses com o gentio da costa, longe de amortecer, era de molde talvez a reanimar alguns dos motivos edênicos trazidos da Europa e que tanto vicejaram em outras partes do Nôvo Mundo. Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos e examinados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre".
Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram sôbre êles as notícias da existência de minas preciosas. Setembro de 1542. Atualizado em 25/02/2025 04:39:03 • 20°. Tem-se registro de uma ofensiva por parte dos Tupinambás à região*Sabe-se, por exemplo, graças aos textos meticulosamente recolhidos eexaminados por Alfred Métraux, o papel considerável que para muitas daquelas tribos chegara a ter a sedução de uma terra misteriosa "onde não se morre". Nem essa idéia, porém, que dera origem, por volta de 1540, a extensa migração tupinambá do litoral atlântico para o poente - causa, por sua vez, da malfadada aventura de Pedro de Orsúa na selva amazônica -, nem outras miragens paradisíacas dos mesmos índios, que se poderiam inocular nas chamadas "santidades" do gentio, parece ter colorido entre nossos colonos o fascínio, êste indiscutível, que exerceram s"ôbre êles as notícias da existência de minas preciosas.
Num primeiro momento, é certo, tiveram essas notícias qualquer coisa de deslumbrante. Delas tratara, em carta a D. João III, certo Filipe Guillén, castelhano de nação, o qual, tendo sido boticário em sua terra, fizera-se passar em Portugal por grande astrônomo e astrólogo, até que, revelado um dia seu embuste, o mandou prender el-rei.Já à sua chegada ao Brasil, pelo ano de 1539, êsse mesmo homem,de quem Gil Vicente chegou a declarar, numas trovas maldizentes,que andou por céus e terras, olhou o solo e o abismo,de[ abismo vió el profundo,de[ profundo el paraisa,dei paraíso vió el mundo,dei mundo vió quanto quiso5,pretendera ter ouvido como de Pôrto Seguro entravam terra adentrouns homens e andavam lá cinco e seis meses. Empenhando-se eminquirir e saber das "estranhas coisas dêste Brasil", propusera-se sair,com o favor de Sua Alteza, a descobrir as minas que os índios diziamlá haver. [Páginas 34 e 35] 1545. Atualizado em 25/02/2025 04:43:12 • 21°. Carta de mestre Pedro de Medina1545. Atualizado em 25/02/2025 04:41:35 • 22°. Descoberta das minas de Potosí1548. Atualizado em 25/02/2025 04:39:28 • 23°. Pascoal Fernandes aprisiona o Frei Alonso Lebron1549. Atualizado em 25/02/2025 04:43:13 • 24°. Entrada grande de Domingo Martinez de Irala9 de outubro de 1549, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:34:43 • 25°. Depoimento de Brás Arias, em SevilhaBrás Arias, português de São Vicente, dera causa a uma denúncia por onde os oficiais da Casa de Contratação puderam ter conhecimento dos processos usados em tais assaltos.
A denúncia partira do mesmo Martin de Orue que apare- cerá mais tarde em Lisboa a colher informações para o Conselho de Sua Majestade sobre as propostas de Diogo ou Domingos Nunes a el-rei Dom João III e sobre as pretensões territoriais lusitanas com respeito a terras da demarcação de Castela. Quatro ou cinco dias apenas depois da chegada de Arias, era este chamado a com- parecer perante o visitador de Sua Majestade na Casa, a fim de prestar depoimento acerca dos latrocínios e malícias atribuídos por Orue aos de São Vicente e outras partes do Brasil em prejuízo de vassalos e súditos do imperador.
Tomado seu juramento na devida forma de como diria a verdade do que sabia, confirmou Arias, acrescentando-lhes novos pormenores, as acusações do espião castelhano. Referiu como, cerca de um ano antes, dois navios, um de São Vicente, outro da capitania de Ilhéus, se tinham reunido em Cananéia, seguindo em conserva até a laguna do Viaça, junto à Ilha de Santa Catarina, onde estavam vários espanhóis, além de muitos índios e índias, que vinham sendo doutrinados por Frei Alonso Lebron, da Ordem de São Francisco. Achando-se a testemunha num dos navios, em que saíra a fazer os seus tratos, viu como Pasqual Fernandes, genovês, vizinho de São Vicente, e Martim Vaz, de Ilhéus, senhores e mestres dos navios, atraíram a bordo com enganos e fingida amizade aos espanhóis, entre estes Frei Alonso, além de parte dos catecúmenos que apresaram, e seriam cento e tantas peças, entre homens e mulheres. Feito isso partiram ambos os navios, com todos aqueles prisioneiros, seguindo um deles, o que era de Pascoal Fernandes, com destino a São Vicente, e neste iam o dito frade e os demais espanhóis, além de parte dos índios aprisionados, en- quanto o de Martim Vaz tomava o caminho de Ilhéus.
Vira mais a testemunha, e assim o disse, que chegado a São Vicente o navio de Pasqual Fernandes, o capitão daquele porto, que se chamava Brás Cubas, lhe tomou os espanhóis e índios cristãos, pondo aqueles em liberdade e entregando estes a Frei Alonso, que lhe mostrara os privilégios e faculdades recebidos da sua Ordem e de Sua Majestade. Em seguida, deixou o frade em poder de certos vizinhos e moradores portugueses de São Vicente os índios e índias convertidos, para que os guardassem provisoria- mente, enquanto ele próprio ia a Portugal e Castela a queixar-se do sucedido. E com efeito, partiu para esses reinos onde, todavia, não chegou, constando-lhe que fora aprisionado por algum corsário francês. Quanto aos índios ainda não convertidos, sabia ainda o depoente que Brás Cubas os deixou em poder de Pasqual Fernandes e dos companheiros deste que participavam do negócio com a condição de os devolverem se e quando fossem reclamados por quem de direito os pudesse haver. 1550. Atualizado em 30/10/2025 18:33:08 • 26°. Primeira notícia da descoberta de metais preciosos foi o biscainho João Sanches: “e na parte donde nós outros povoamos, os portuguezes encontraram muitas minas de prata muito ricas, e isto digo porque na minha presença fizeram muitas fundições, as quais todas enviam ao rei de Portugal para que logo mande povoar toda a costa”1552. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17 • 27°. CaminhoTambém é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino nuevo que se habia descubierto”. 26 de dezembro de 1552, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:26 • 28°. Maniçoba / Ulrico Schrnidel partiu de Buenos Aires, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André, a vila de João RamalhoTambém é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”.
Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá. 1 de janeiro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06 • 29°. Carta de D. Duarte da Cósta ao ReiEsse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá. 13 de junho de 1553, sábado. Atualizado em 13/06/2025 00:01:17 • 30°. Ulrico Schmidel chegou a São VicenteTambém é provável que a via de São Vicente a Assunção, aberta aparentemente pelo ano de 1552 ou pouco antes, fosse um dos galhos da mesma estrada. Não há prova de que antes da vinda dos europeus fosse correntemente usada, em todo o seu curso, pelos Tupi vicentinos. Ao menos em certa informação que, depois de 1554, escreveu do Paraguai Dona Mencia Galderón, a viúva de Juan de Sanabria, diz-se que de São Vicente se podia ir até Assunção “por cierto camino imevo que se habia descubierto”.
Esse novo caminho, descrito no livro do célebre aventureiro alemão Ulrico Schmidl, que em 1553 o percorreu de regresso ao Velho Mundo, foi largamente trilhado naqueles tempos, em toda a sua extensão, pelos portugueses de São Vicente, em busca dos Carijó, e ainda mais pelos castelhanos do Paraguai, que vinham à costa do Brasil ou pretendiam ir por ela à Espanha, até que os mandou cegar Tomé de Sousa no mesmo ano de 1553. Com alguma possível variante, deve ser uma das trilhas que no século seguinte percorrerão numerosos bandeirantes de São Paulo para seus assaltos ao Guairá.
Por esse tempo, o vivo interesse com que a “costa do ouro e da prata” fora disputada pelas duas Coroas ibéricas parecia em grande parte arrefecido. Tanto que, compreendida em um dos quinhões que a Pero Lopes coubera na distribuição de capitanias hereditárias, o qual quinhão devia estender-se de Cananéia até, aproximadamente, o porto dos Patos, não se preocupam em colonizá-la os portugueses. Quando muito continuam a impedir que nela se estabeleçam os seus rivais. Em vez do metal precioso que dali parecera reluzir aos antigos navegantes, o que iam a buscar na mesma costa eram os Carijó para a lavoura ou o serviço doméstico. 30 de junho de 1553, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 04:48:06 • 31°. Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte1554. Atualizado em 25/02/2025 04:43:12 • 32°. Documento21 de abril de 1554, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:12 • 33°. CartaSetembro de 1554. Atualizado em 24/10/2025 04:28:21 • 34°. Documento*Junho de 1560. Atualizado em 30/10/2025 09:15:16 • 35°. Partida da expedição de Bras Cubas*Outro tanto dissera em 1560 Vasco Rodrigues de Caldas, quando obteve de Mem de Sá autorização para rematar a jornada do espanhol. No mesmo ano e no anterior tinham-se realizado as expedições de Brás Cubas e Luís Martins, saídas do litoral vicentino. De uma delas há boas razões para presumir que teria alcançado a àrea do São Francisco, onde recolheu amostras de minerais preciosos. Marcava-se,assim, um trajeto que seria freqüentemente utilizado, no século seguinte,pelas bandeiras paulistas. É de crer, no entanto, que o govêrno, interessado, porventura, em centralizar os trabalhos de pesquisa mineral,tanto quanto possível, junto à sua sede no Brasil, não estimulasse as penetrações a partir de lugares que, dada a distância, escapavam mais fàcilmente à sua fiscalização. [p. 44 e 45]
Se em vida do Senhor de Beringel tiveram, não obstante, algum alento as pesquisas de minerais preciosos, não só nas proximi- dades da vila de São Paulo, mas também em sítios apartados, como aqueles - porventura na própria região do São Francisco - de onde Brás Cubas e Luís Martins tinham tirado ouro já nos anos de 1560 e 61, por sua morte vieram elas a fenecer ou, por longo espaço, a afrouxar-se. [p. 64] 1 de janeiro de 1574, sexta-feira. Atualizado em 30/06/2025 04:22:21 • 36°. CARTA de nomeação de Domingos Garrucho para mestre-de-campo-general da projectada jornada de descobrimento da lagoa do Ouro1580. Atualizado em 25/02/2025 04:45:56 • 37°. Peru3 de novembro de 1580, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:38 • 38°. O Minion of London zarpou de Harwich a três de novembro de 1580 com dois integrantes da tripulação de John Winter a bordo, homens que conheciam a rota e tinham no currículo uma estadia em São Vicente1582. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11 • 39°. Conversa com o então embaixador de Portugal em Londres, Antônio de Castilho24 de março de 1582, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:11:11 • 40°. Chegada da armada de Valdez ao Rio de JaneiroSabe-se, com efeito, que um dos informantes de Hakluyt sobre as vantagens que podia oferecer a Ilha de São Vicente é o mesmo Thomas Griggs, que, tendo viajado anteriormente no Minion, aludira, segundo aqui mesmo já foi notado, à pouca distância, “doze dias apenas”, por terra ou água, entre a vila de Santos e certas partes do Peru. Que não deveria parecer muito extraordinária essa idéia indicam-no os receios surgidos na mesma época, isto é, em 1582, no Rio de Janeiro, de que se desgarrassem e fugissem para o Peru os oitenta soldados deixados em São Vicente parada defesa do porto pelo contador Andrés de Equino, da armada de Diego Florez Valdez.
Mesmo a quem não partilhasse de ilusões semelhantes sobre a pretensa facilidade de acesso ao Peru entrando pelo caminho de São Vicente, pareceria claro, ainda nos primeiros anos do século seguinte, e mais tarde, que, de todas as do Brasil, era aquela a capitania de melhor passagem para as míticas serras, de onde, segundo numerosos testemunhos, continuamente se despejavam riquezas fabulosas no lago que ia alimentar o São Francisco e outros rios. E se o mau sucesso de tantas buscas sucessivas parecia sugerir que, ao menos na América Portuguesa, se não verificava a antiga crença de que os tesouros naturais sempre se avolumam à medida que se vai de oeste para leste, impunha-se a suspeita de que essas minas estariam, ao contrário, nas vizinhanças dos lugares onde fora largamente comprovada sua existência: em outras palavras, para as bandas do poente e junto às raias do Peru.
Idéia simplista, sem dúvida; por isso mais apta a logo fazer prosélitos. A prova de que não se apartaria muito da realidade está em que, passado mais de um século, se descobrirão, justamente naquele rumo, as grandes aluviões auríferas de Cuiabá e Mato Grosso, das mais avultadas que registra a história das minas do Brasil. [p. 118] 1584. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11 • 41°. Discourse of Western Planting1 de abril de 1591, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:14:35 • 42°. Alvará de Felipe II concediendo privilegios a Gabriel Soares de Sousa1596. Atualizado em 24/10/2025 04:14:38 • 43°. Expedição de Martim Correia de Sá1599. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11 • 44°. Richard Hakluyt1600. Atualizado em 30/06/2025 06:09:44 • 45°. Relato do padre Andrea LopezJulho de 1601. Atualizado em 24/10/2025 04:14:58 • 46°. D. Francisco partiu de São Paulo, com destino incerto*13 de janeiro de 1606, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 12:00:28 • 47°. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de SouzaE se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fêz dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na côrte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do Sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acêrca da distância entre aquela vila e o Peru.
A carta é, antes de tudo, um cerrado libelo contra os capitães, ouvidores e até governadores-gerais que segundo diz, não entendiam e nem estudavam senão como haviam de "esfolar, destruir e afrontar" o povo de São Paulo.
Para dar remédio a tais malefícios, pede-se ao donatário que, por sua pessoa, ou "coisa muito sua", trate de acudir com brevidade à terra que o Senhor Martim Afonso de Sousa ganhou e Sua Majestade lhe deu com tão avantajadas mercês e favores.
E para mostrar a bondade da mesma terra, referem-se os oficiais da Câmara entre outras coisas, às minas, exploradas ou não, que nela se acham, a de Caatiba, de onde se tirou o primeiro ouro, e ainda a serra que vai dali para o norte - "haverá sessenta léguas de cordilheira de terra alta, que tôda leva ouro" -, além do ferro de Santo Amaro, já em exploração, e o de Biraçoiaba, que é região mais larga e abastada, e também do muito algodão, da muita madeira, de outros muitos achegos, tudo, enfim, quanto é preciso para nela fazer-se "um grande reino a Sua Majestade".
Ao lado disso, fala-se também no grande meneio e trato com o Peru e na presença de "mais de 300 homens portuguêses, fora seus índios escravos, que serão mais de 1500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Peru por terra, e isto não é fábula" [M. E. de AZEVEDO MARQUES, Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo, 11, págs. 224 e segs. Cf. também ACSP, li, págs. 497 e segs., onde vem reproduzida a carta dos camaristas de São Paulo, de acôrdo com o texto anteriormente impresso por Azevedo Marques.].
Sôbre a distância entre o litoral atlântico e os Andes são muitas vêzes imprecisas e discordes as notícias da época, e já se sabe como a idéia de que os famosos tesouros peruanos eram vulneráveis do lado do Brasil, chegara a preocupar a própria Coroa de Castela nos dias. [Páginas 94 e 95] 9 de março de 1607, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:46 • 48°. Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais19 de fevereiro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 02:10:34 • 49°. Aporta a Pernambuco dom Francisco de Sousa, nomeado capitão-general e governador da Repartição do Sul (ver 11 de junho de 1611)22 de abril de 1609, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:19 • 50°. BN. Biblioteca Nacional do Brasil. 22/04/1609 Carta de Dom Diogo de Menezes, governador do Brasil, escrita da Bahia ao rei D. Felipe II em que se lhe queixou de prover Dom Francisco de Souza as Fortalezas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente desobrigando-o da homenagem que delas tinha e lhe apontou alguns inconvenientes pertencentes ao governador daquela província e a sua fazenda como dela se podem ver]15 de junho de 1609, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:19 • 51°. D. Francisco chegou em São PauloCom todo o desvairado otimismo de seus planos grandiosos, não é impossível que, no íntimo, Dom Francisco se deixas-se impressionar por aquela idéia, partilhada com outros portugueses da época, de que, em matéria de ouro e prata, Deus se mostrara mais liberal aos castelhanos, dando-lhes a fabulosa riqueza de suas minas. Assim se explica a miragem do Potosi, o sonho, que já tinha sido o de Tomé de Sousa, de fazer do Brasil um “outro Peru” e que está presente em todos os atos de sua administração.
Essa idéia obsessiva há de levá-lo, em dado momento, ao ponto de querer até introduzir lhamas andinas em São Paulo. Com esse fito chegaria a obter provisão real, lavrada em 1609, determinando que se metessem aqui duzentas lhamas ou, em sua linguagem, “duzentos carneiros de carga, daqueles que costumam trazer e carregar a prata de Potosi, para acarrear o ouro e a prata” das minas encontradas nas terras de sua jurisdição. E recomenda-se no mesmo documento que das ditas lhamas se fizesse casta e nunca faltassem 77 . Já seria essa, à falta de outras, uma das maneiras de ver transfiguradas as montanhas de Paranapiacaba numa réplica oriental dos Andes.
E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fez dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na Corte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acerca da distância entre aquela vila e o Peru. Janeiro de 1610. Atualizado em 24/10/2025 04:15:21 • 52°. D. Francisco enviou a Madri um de seus filhos, Antônio de Sousa, com dois regalos para d. Filipe II: uma espada e uma cruz forjadas com o pouco ouro das minas de São Paulo*Em maio de 1610, enquanto seu filho se preparava para ir à Espanha levando a incumbência, entre outras, de fazer vir bacelos de vinha e sementes de trigo a fim de se introduzirem dessas granjearias, assentou-se em câmara que, na procuração dada a Dom Antonio em nome do povo para ir tratar de coisas relacionadas com o bem comum fosse excluída qualquer solicitação para a vinda daquelas plantas, de modo a que ninguém ficasse depois com a obrigação de as cultivar 4 *.
Semelhante exemplo esclarece bem os receios que deveria causar entre a mesma gente o descobrimento ou conquista das minas, tão apetecidas de Dom Francisco. Tal há de ser sua constância nesses temores que, para fins do século, um governa- dor do Rio de Janeiro assinala o escasso interesse que demonstravam os paulistas por aquelas minas. Julgavam, e abertamente o diziam, observa ele, que, descobertos os tesouros, lhes haveriam de enviar governador e vice-rei, meter presídios na capitania para sua maior segurança, multiplicar ali os tributos, com o que ficariam expostos ao descrédito, perderiam o governo quase livre que tinham de sua república, seriam mandados onde antes mandavam, e nem lhes deixariam ir ao sertão, ou, se lá fossem, lhes tirariam as peças apresadas para as empregar no serviço das minas. 10 de junho de 1611, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 05:30:20 • 53°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil18 de junho de 1612, segunda-feira. Atualizado em 30/10/2025 12:37:27 • 54°. Inventário de Martim Tenório, registrado em ebirapoeira, termo da Vila de São PauloNovembro de 1613. Atualizado em 30/10/2025 06:18:01 • 55°. Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás*1628. Atualizado em 30/10/2025 09:15:25 • 56°. “Do lado espanhol”1636. Atualizado em 07/10/2025 18:06:28 • 57°. Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande”1636. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11 • 58°. Quevedo, escrito por volta de 16368 de agosto de 1672, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:57 • 59°. Carta do secretário do Conselho Ultramarino, solicitando informações sobre as minas de prata de Sabarabuçu e outras minas de esmeraldas e ouro de fundição de que se tinha notícia e que haviam motivado a preparação da jornada de Fernão Dias1687. Atualizado em 24/10/2025 20:40:11 • 60°. Ruiz Montoya en Indias (1608-1652). Francisco Jarque (1609-1691)Francisco Jarque, por sua vez, na biografia que escreveu de Montoya, além de reproduzir o que diz este das origens e fama do mesmo caminho chamado de São Tomé, refere como, por ele, “el Peabiyu, que es el camino que llaman de San Tomé”, tratara o Padre Antônio Ruiz de recolher os catecúmenos que se tinham escapado, em 1628, às garras dos “portugueses dei Brasil”, assim como à servidão a que os queriam sujeitar os espanhóis da Vila Rica iniciando, à beira dele, a fundação de um povoado que teria, afinal, destino idêntico ao dos outros, destruído que foi pelos mamelucos de São Paulo. 1699. Atualizado em 28/10/2025 03:05:52 • 61°. Já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstoloTambém Nicolas dei Techo, recorrendo ao testemunho de Nóbrega, apoiado pelas razões de Orlandini, o historiador da Companhia, refere, já em fins do século XVII, como os viajantes que saíssem do Brasil para o Guairá ainda podiam avistar a senda de São Tomé, onde andara o apóstolo. Conserva-se, adianta,
“igual todo el ano, sin mas que las hierbas crecen algo y difieren bastante de las que hay en el campo, ofreciendo el aspecto de una via hecha con artificio; jamás la miran los misioneros dei Guairá que no experimenten grande asombro”.
Além disso, perto da capital do Guairá existiriam elevados penhascos coroados de pequenas planícies onde se viam, como em várias partes do Brasil, gravadas sobre o rochedo, pisadas humanas. Contavam os indígenas como, daquele lugar, costumava o apóstolo, freqüentemente, pregar ao povo que acudia de toda parte a ouvi-lo. 1702. Atualizado em 25/02/2025 04:43:11 • 62°. Livro de Frei Antônio do Rosário, aponta entre os tesouros do Brasil o diamante, que seria então mandado “não em bisalhos, mas em caixas, que todo ano vem a este Reyno”1727. Atualizado em 25/02/2025 04:43:10 • 63°. Descoberta dos diamantes no Brasil, no Cerro Frio1791. Atualizado em 24/10/2025 20:40:12 • 64°. Missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação com S. ToméEm realidade a identificação de rastros semelhantes no Extremo Oriente, que os budistas do Cambodge atribuíam a Gautama, o seu "preah put" como lhe chamam, e os cristãos a São Tomé, de onde o dizerem vários cronistas que uns e outros os tinham por coisa sua, não deveria requerer excessiva imaginação de parte das almas naturalmente piedosas no século XVI.
A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data,escrita por Henri Langenois, um dêsses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo:
"Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat, perto do sítio onde estamos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put (é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer e adorar a divindade de nosso preah put, que a tanto o forçou êsse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor, não estaria aqui a história de suas dúvidas sôbre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo?" 14.
Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto no Oriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes.
Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval e quinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo, que os autores mais reputados pretendiam ter ido levar às partes da 1ndia, a luz do Evangelho cristão. Não só as pisadas atribuídas ao santo, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aos índios da terra.
Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora um penedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima, como se o mesmo bordão dera com fôrça em branda cêra, por serem iguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do [p. 109, 110] 28 de junho de 2013, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:04 • 65°. “Terra sem mal”
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Debates Paralelos, volume 16/2021 - Viver História2021. Atualizado em 24/10/2025 02:17:57 Relacionamentos • Pessoas (8) Afonso IV (1291-1357), Aleixo Garcia (f.1526), Bacharel de Cananéa, Cosme Fernandes Pessoa (n.1480), Duarte Pacheco Pereira, João Barcellos, João Ramalho (1486-1580), Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514) • Temas (10): Caminho do Peabiru, Goayaó, Incas, Mamelucos, Meiembipe, Nheengatu, Papas e o Vaticano, Peru, Serra de Paranapiacaba, TordesilhasRegistros mencionados (1)1524 - Aleixo Garcia lidera 2 mil guaranis / carijós (Senhor de Maratayama e dos carijós) [20130]
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 7º de 27 | | | 22 de junho de 2022, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 23:38:47Problemática em torno da descoberta europeia do Brasil, por Louro Carvalho (sinalaberto.pt) • Cidades (2): Cananéia/SP, Lisboa/POR • Pessoas (6): Gonçalo Coelho, Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Vasco da Gama (1469-1524), Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514), Afonso IV (1291-1357) • Temas (7): Descobrimento do Brazil, Geografia e Mapas, Ilha Brasil, Curiosidades, Papas e o Vaticano, Pau-Brasil, Tordesilhas | Registros relacionados | Agosto de 1499. Atualizado em 24/06/2025 02:18:34 • 1°. Vasco da Gama regressou a Portugal. Gaspar da Gama virou amigo de Dom Manuel*13 de novembro de 1499, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:46 • 2°. A esquadra, composta por quatro caravelas, zarpou de Palos de la Frontera1500. Atualizado em 28/10/2025 07:23:07 • 3°. Mapa de Juan de la Cosa, também referido como carta de Juan de la CosaA descoberta europeia do Brasil não recolhe unanimidade da parte dos historiadores. Geralmente, é atribuída a Pedro Álvares Cabral, sendo a partir da sua abordagem ao território que a exploração ou colonização se desenvolveu. Mas há outras hipóteses a considerar e com alguma relevância. 26 de janeiro de 1500, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:27 • 4°. Vicente Yáñez Pinzón atinge o Cabo de Santo Agostinho no litoral de PernambucoEmbora referida em relação à viagem de Cabral, a expressão “descoberta do Brasil” pode também aplicar-se à chegada da expedição de Vicente Yáñez Pinzón, navegador e explorador espanhol que atingiu o cabo de Santo Agostinho, promontório localizado no atual estado de Pernambuco, a 26 de janeiro de 1500. É a mais antiga viagem comprovada ao território brasileiro.
A esquadra, composta por quatro caravelas, zarpou de Palos de la Frontera, a 19 de novembro de 1499. Cruzada a linha do Equador, Pinzón enfrentou forte tempestade, mas, a 26 de janeiro de 1500, avistou o cabo e ancorou as naus num porto abrigado e de fácil acesso a pequenas embarcações, com 16 pés de fundo, segundo as indicações da sonda. Era a enseada de Suape, localizada na encosta sul do promontório, que a expedição espanhola denominou de cabo de Santa María de la Consolación.
A Espanha não reivindicou a descoberta, minuciosamente registada por Pinzón e documentada por cronistas da época, como Pietro Martire d’Anghiera e Bartolomeu de las Casas, devido ao Tratado de Tordesilhas. De noite, após o desembarque, divisaram grandes fogueiras queimando à distância, na linha da costa a noroeste. 30 de setembro de 1500, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:39:46 • 5°. Pinzón retorna para a Espanha16 de agosto de 1501, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06 • 6°. A esquadra portuguesa de André Gonçalves e Américo Vespúcio, vinda de Lisboa, avista o cabo a que se deu o nome de São Roque
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 8º de 27 | | | 1902Atualizado em 30/10/2025 23:33:26Descobrimento e Devassamento • Cidades (4): Cananéia/SP, Olinda/PE, Paraty/RJ, Porto Seguro/BA • Pessoas (15): Aleixo Garcia (f.1526), Américo Vespúcio (1454-1512), Duarte Coelho (1485-1554), Duarte Lemos, Felippe Guilhem (n.1487), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), João Capistrano Honório de Abreu (49 anos), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mem de Sá (1500-1572), Orville Derby (51 anos), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (18): Aimorés, Capitania de Porto Seguro, Diamantes e esmeraldas, Estradas antigas, Grunstein (pedra verde), Lagoa Dourada, Léguas, Manuel Fernandes Ramos, Nheengatu, O Sol, Ouro, Pela primeira vez, Peru, Rio Jequitinhonha, Rio Paraguay, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Serra da Mantiqueira | Registros relacionados | 1538. Atualizado em 27/08/2025 00:57:03 • 1°. Communicações já eram praticadas saindo da villa de Porto SeguroSegundo Varnhagen (7), o donatario da capitanía de Porto Se- guro, Pero do Campo Tourinho, fundou a sua primeira villa no proprio monte onde Cabral deixára plantado o signal da redempção. Os gentios do paiz parecião então ainda mansos e trataveis como se apresentarão acos primeiros descobridores.
Salvo algumas assaltadas que derão à nova colonia, esta gosava de alguma segurança e tranquillidade relativamente a outras capitanias, ficando os indios alli de paz e amizade com os portuguezes. (8)
Assim é que o ponto do territorio brasileiro onde desembarcou Pedro Alvares Cabral foi tambem aquelle donde mais facilmente entabolarão-se communicações com o interior do paiz, territorio de Minas Geraes. Taes communicações já erão praticadas desde os primeiros tempos do estabelecimento da villa de Porto Seguro, quando consta (1538) que os portuguezes da nova colonia entravão pela terra dentro e andavão lá 5 e 6 mezes.
Por esse tempo já se tinha levado a Porto Seguro, communicada pelos indios, a noticia da existencia de minas de ouro no interior do paiz (9), e tendo alli chegado Felippe de Guilhem (10) tirou disso um instrumento que remetteu a d. João III impetrando seu favor para buscar, e dar maneira como fossem descobrir as ditas minas (11).
(...) O caminho seguido foi sem dúvida o mesmo dos índios, por onde em 1538 já entravam portugueses de Porto Seguro, e que também conduzia á serra do Sol da Terra... 6 de janeiro de 1550, sexta-feira. Atualizado em 25/08/2025 00:22:52 • 2°. “certas orações, que lhes ensinou na língua deles, dando-lhes o tom, e isto em vez de certas canções lascivas e diabólicas, que antes usavam”Março de 1550. Atualizado em 27/08/2025 00:43:01 • 3°. Notícias*Julho de 1550. Atualizado em 28/10/2025 16:16:26 • 4°. Carta escrita por Felipe de Guillen, provedor da fazenda da Capitania de Porto Seguro, ao Rei D. João III*Para consecução do fim que lhe estava recomendado, adotou Thomé de Souza primeiramente um alvitre que tinha de necessariamente frustar-se sobre ter sido desastroso: expediu da Bahia para o lado de Pernambuco uma galé ao mando de Miguel Henriques a quem ordenou que entrasse pelos rios dentro até onde mais não pudesse "que desejo eu muito de saber (escrevia Thomé de Souza) o qual vai por terra para ver si posso descobrir alguma boa ventura para Vossa Alteza, pois esta terra e o perun (Perú) é toda uma" (27) [p. 556] 1576. Atualizado em 23/10/2025 15:38:04 • 5°. Lançada a obra Pero de Magalhães Gândavo, “Tratado da Terra do Brasil”
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 9º de 27 | | | 8 de outubro de 1515, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 15:39:29João Dias de Solis parte da Andaluzia • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (2): Aleixo Garcia (f.1526), Henrique Montes • Temas (7): Carijós/Guaranis, Espanhóis/Espanha, Ilha de Santa Catarina, Pela primeira vez, Porto dos Patos, Rei Branco, Sabarabuçu
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 10º de 27 | | | 29 de novembro de 1541, sábadoAtualizado em 30/10/2025 23:33:26Cabeza de Vaca parte da foz do Itapocú • Cidades (2): Sorocaba/SP, Curitiba/PR • Pessoas (3): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (41 anos), Cacique Tayaobá (1546-1629), João Sanches "Bisacinho" • Temas (11): Aldeia de Tabaobi, Apoteroby (Pirajibú), Assunguy, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Rio Itapocú, Rio São Francisco, Portos, Rio Latipagiha, Caminho de Curitiba, Cavalos | Registros relacionados | 28 de fevereiro de 1661, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:54 • 1°. Tayaobi
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 11º de 27 | | |
De Santa Catarina aos incas: 500 anos da saga de Peabiru9 de abril de 2024, terça-feira. Atualizado em 09/04/2025 02:55:37 Relacionamentos • Cidades (7): Corumbá/MS, Florianópolis/SC, Laguna/SC, Palhoça/SC, Ponta Grossa/PR, Potosí/BOL, São Vicente/SP • Pessoas (2) Aleixo Garcia (f.1526), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) • Temas (17): Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Cariós, Cordilheira dos Andes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Incas, Léguas, Nheengatu, Ouro, Paiaguás, Prata, Rei Branco, Rio da Prata, Rio Itapocú Registros mencionados (1)1524 - Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada" [19955]
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 12º de 27 | | | Dezembro de 2006Atualizado em 30/10/2025 23:33:33Arqueologia de uma Fábrica de Ferro: Morro de Araçoiaba Séculos XVI-XVII. Autora: Anicleide Zequini, Universidade de São Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA* • Cidades (11): Araçoiaba da Serra/SP, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP, Capela do Alto/SP, Iperó/SP, São Vicente/SP, Curitiba/PR, Brasília/DF, Iguape/SP, Cananéia/SP, São Francisco do Sul/SC • Pessoas (8): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo Flores Valdez (1530-1595), José de Anchieta (1534-1597), Nuno Manoel (1469-1531), Pero Correia (f.1554), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Brás Cubas (1507-1592), Jerônimo Leitão • Temas (12): Caminho do Mar, Peru, Léguas, Caminho de Curitiba, Arqueologia, Sabarabuçu, Rio da Prata, Charruas, Carijós/Guaranis, Gentios, Bacaetava / Cahativa, Geografia e Mapas MAPA DE LOCALIZAÇÃO DA FLONA Data: 1985 Créditos: CENEA- Centro Nacional de Engenharia Agrícola Floresta Nacional de Ipanema, Escala: 1:250 000 | 1 fonte 0 relacionadas |
| Registros relacionados | 1391. Atualizado em 24/10/2025 21:30:13 • 1°. ArtefatoO outro vasilhame cerâmico encontrado na área B, identificada como de procedência local ou regional (neo-brasileira), apresenta características semelhantes e, também a mesma datação do vasilhame de cerâmica anteriormente descrito. (Figura 57, 58). Este artefato foi encontrado a 0,30 cm da superfície e foi em parte, reconstituído e levado para o exame de datação pelo processo de termoluminscência ao Laboratório de Vidros e Datação da Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC. O resultado do ensaio apontou a idade de 540 +/- 75 anos, correspondendo a possíveis datas de fabricação daquele artefato entre 1391 e 1541, sendo esta última data a mais provável.(Relatório de Ensaio, Anexo 1). 1411. Atualizado em 24/10/2025 21:30:13 • 2°. Artefato12 de outubro de 1514, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:44:47 • 3°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno ManuelEm 1514, Portugal enviou uma outra expedição ao sul, desta vez, chefiada por João de Lisboa e Estevão Frois, financiada D. Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, em cujo trajeto estava Cananéia e a Ilha de São Francisco do Sul (Santa Catarina). Esta expedição descobriu o estuário do rio que denominaram de Rio da Prata. Os resultados dessa expedição foram informações dadas pelos nativos(Charruas) sobre a existência de uma “Serra de Prata”, fato que deve ter impulsionado o envio da expedição espanhola para o sul de Cananéia, em 1515,chefiada por Juan Diaz de Sólis (VIANNA, 1972, p. 54). 1 de setembro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 01:43:11 • 4°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?1541. Atualizado em 25/02/2025 04:40:18 • 5°. Artefato O outro vasilhame cerâmico encontrado na área B, identificada como deprocedência local ou regional (neo-brasileira), apresenta característicassemelhantes e, também a mesma datação do vasilhame de cerâmica anteriormente descrito. (Figura 57, 58). Este artefato foi encontrado a 0,30 cm da superfície e foi em parte, reconstituído e levado para o exame de datação pelo processo de termoluminscência ao Laboratório de Vidros e Datação da Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC. O resultado do ensaio apontou a idade de540 +/- 75 anos, correspondendo a possíveis datas de fabricação daquele artefato entre 1391 e 1541, sendo esta última data a mais provável.(Relatório de Ensaio, Anexo 1). [Página 147] 1545. Atualizado em 25/02/2025 04:41:35 • 6°. Descoberta das minas de Potosí1 de setembro de 1554, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:04 • 7°. Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de PiratiningaDezembro de 1561. Atualizado em 25/02/2025 04:42:53 • 8°. Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antônio*2006. Atualizado em 25/10/2025 01:49:06 • 9°. Hélio Vianna2006. Atualizado em 25/02/2025 04:40:16 • 10°. Marcelino Pereira Cleto
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 13º de 27 | | | 1923Atualizado em 30/10/2025 23:33:28História da colonização portuguesa no Brasil • Pessoas (7): Isabel, "A Católica" (1451-1504), Nuno Manoel (1469-1531), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gonçalo Coelho, João III, "O Colonizador" (1502-1557), Carlos V (1500-1558), Martim Afonso de Sousa (1500-1564) • Temas (2): Rio da Prata, Tordesilhas História da colonização portuguesa no Brasil Data: 1923 Página 214 | Registros relacionados | 1 de janeiro de 1923, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:56 • 1°. Carta
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 14º de 27 | | | 26 de junho de 2019, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 23:38:45“O brasileiro degredado”, 26.06.2019. Eduardo Bueno • Cidades (4): Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Sevilha/ESP • Pessoas (5): Fernão de Magalhães (1480-1521), João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”, Pedro Annes, Juan Sebastián Elcano (1476-1526), Eduardo Bueno • Temas (4): Baía de Guanabara, Estreito de Magalhães, Rio da Prata, Aruaks | Registros relacionados | 1516. Atualizado em 30/10/2025 04:46:01 • 1°. Pedro Agnez, exilado no Brasil, retorna a EspanhaBom, em 1516 passa por aqui um cara chamado Francisco de Torrez, numa caravela, e ele fazia parte da expedição do Juan Diaz de Solís, que é a expedição que tinha tentado descobrir o Rio da Prata e que tinha descoberto um machado de prata, né, diferente do machado de ferro chinelão daqui dos portugueses e que na volta tinha naufragado na praia de Naufragados, tá aqui um dos náufragos, e que daí foram a pé até o Peabiru, você já viu essa história na minha peça, NVCNE, se não viu tá perdendo, e já viu também a história aqui no NVCNE, aqui óóó, veja aqui "O Caminho do Peabiru" que é uma história incrível. 10 de agosto de 1519, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:28 • 2°. Fernão de Magalhães partiu do porto de Sevilha25 de dezembro de 1519, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:45:18 • 3°. Três embarcações adentram a baía de GuanabaraE no Natal, no Natal de 1519, em dezembro de 1519, a expedição... pequena, três embarcações, do Fernando de Magalhães, adentra a baía de Guanabara num fulgurante dia de verão de dezembro, de Natal de 1519 com o Carvalhinho no comando. 27 de abril de 1521, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:35 • 4°. Falecimento de Fernão de Magalhães em Mactan, Filipinas. Sobram apenas 18 pessoas 29 de julho de 1521, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:39:18 • 5°. Gonçalo Fernandes ficou na ilha de Bornéu
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 15º de 27 | | | 27 de junho de 2022, segunda-feiraAtualizado em 30/10/2025 23:38:48Caminho de Peabiru: a fascinante rota indígena que conecta o Atlântico ao Pacífico. Catherine Balston. BBC Travel • Cidades (4): Curitiba/PR, Peabiru/PR, Potosí/BOL, Sorocaba/SP • Pessoas (5): Aleixo Garcia (f.1526), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Cláudia Inês Parellada, Francisco Pizarro González (1476-1541), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) • Temas (11): Caminho do Peabiru, Cordilheira dos Andes, El Dorado, Estradas antigas, Incas, Léguas, Nheengatu, O Sol, Payaguás, Peru, Rio da Prata | Registros relacionados | 400. Atualizado em 28/10/2025 10:26:45 • 1°. Possível abertura do Caminho do PeabiruEu havia viajado até o Estado do Paraná, não muito longe da fronteira com o Paraguai, em busca dos restos do Caminho de Peabiru — uma rede de trilhas com 4 mil quilômetros de extensão, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico, construída ao longo de milênios pelos povos indígenas sul-americanos.
O Caminho de Peabiru era uma rota espiritual para o povo guarani em busca de um paraíso mitológico. E também se tornou o caminho em direção aos tesouros do continente quando chegaram os colonizadores europeus em busca de acessos ao interior da América do Sul.
Mas a maior parte do caminho original desapareceu, consumido pela natureza ou transformado em rodovias ao longo dos séculos. Somente nos últimos anos, essa fascinante rota começou a revelar seus mistérios para o público, graças ao desenvolvimento de novos passeios turísticos.
É fácil compreender por que essa trilha transcontinental cativa a imaginação das pessoas com tanta facilidade — uma fascinação que vem desde o primeiro europeu conhecido por caminhar por toda a sua extensão: o navegador português Aleixo Garcia.
Garcia naufragou no litoral de Santa Catarina no ano de 1516, depois do fracasso de uma missão espanhola que pretendia navegar pelo Rio da Prata. Ele e meia dúzia de outros navegadores foram acolhidos pelos receptivos indígenas guaranis.
Oito anos mais tarde, depois de ouvir as histórias sobre um caminho que levava até um império nas montanhas, rico em ouro e prata, Garcia viajou com 2 mil guerreiros guaranis até os Andes, a cerca de 3 mil quilômetros de distância.
A pesquisadora brasileira Rosana Bond, no livro A Saga de Aleixo Garcia: o Descobridor do Império Inca, afirma que Garcia foi o primeiro europeu conhecido a visitar o império inca em 1524 — cerca de uma década antes da chegada do conquistador espanhol Francisco Pizarro, amplamente conhecido como "descobridor" do povo originário dos Andes peruanos.
As trilhas que vinham do Brasil conectavam-se à rede de estradas incas e pré-incas através dos Andes, que hoje recebem muitos visitantes, mas o Caminho de Peabiru propriamente dito deixou poucos vestígios.
Essa falta de evidências físicas não só levou a teorias divergentes nos círculos acadêmicos sobre quem o criou e quando, mas também gerou amplas especulações sobre sua possível criação pelos vikings ou pelos sumérios — ou mesmo pelo apóstolo Tomé, supostamente vindo de uma missão evangelizadora na Índia.
Algumas teorias afirmam que a trilha data de cerca de 400 ou 500 d.C., enquanto outras sugerem que ela remonta até 10 mil anos atrás, aos caçadores-coletores paleoindígenas.
"O Caminho de Peabiru foi a estrada transcontinental mais importante da América pré-colombiana, que ligava os povos, os territórios e os oceanos", afirma a arqueóloga Cláudia Inês Parellada, que publicou diversos estudos sobre o assunto e coordena o Departamento de Arqueologia do Museu Paranaense, em Curitiba, onde estão abrigados muitos dos achados das escavações arqueológicas da trilha.
As teorias divergem não apenas sobre a época da sua criação, mas também o local exato por onde a rota passava. "Sempre teremos várias hipóteses", explica Parellada. "É difícil ter certeza sobre o caminho completo porque ele mudou ao longo do tempo."
Mas o nome e a lenda, pelo menos, seguem vivos na cidade de Peabiru, construída na década de 1940, onde o governo local e grupos de voluntários criaram e demarcaram recentemente trilhas de caminhada inspiradas pelo Caminho de Peabiru.
Elas são parte de um plano turístico ambicioso do Paraná lançado em 2022, de mapear um provável trecho do Caminho com até 1.550 quilômetros para ciclismo e caminhada, atravessando o Estado desde o litoral e passando por 86 municípios, até a fronteira com o Paraguai.
Eu viajei até Peabiru para conhecer pelo menos um desses caminhos: uma trilha entre a floresta que inclui sete cachoeiras ao longo do curso de um dos rios da região. As margens do rio quase certamente fizeram parte do Caminho, segundo informou meu guia Arléto Rocha enquanto caminhávamos, passando sobre e abaixo de árvores caídas e depois com as águas frias do rio até os joelhos, tirando as frutas estragadas da sola das minhas botas.
Não contente em ter molhado apenas as botas, Rocha mergulhou com roupas em uma das cachoeiras. Depois, ele indicou locais onde havia encontrado pontas de flechas, argamassa, gravações em pedras e outras joias arqueológicas na última década, que agora estão em exibição no recém-inaugurado Museu Municipal "Caminhos de Peabiru".
A maior parte da caminhada na floresta, como o restante do caminho ao longo do Paraná, é simbólica — a melhor estimativa possível de onde poderá ter ficado a trilha original, apesar da certeza em alguns trechos, especialmente onde existem mapas históricos e sítios arqueológicos.
Esta região do sul do Brasil é um local de escavações arqueológicas desde os anos 1970, em busca de restos do Caminho de Peabiru. Da mesma forma, ali também havia densa população indígena (estima-se um pico de cerca de 2 milhões de pessoas, principalmente guaranis, no século 16).
Como muitos outros com quem falei, Rocha é fascinado pelo mistério da trilha e chegou a elaborar sua dissertação de mestrado sobre o assunto. Historiadores, astrônomos e arqueólogos também vêm se ocupando desse quebra-cabeça há décadas, reunindo mapas antigos, registros coloniais e histórias orais para tentar entender as origens e o propósito do caminho.
O consenso é que o caminho principal da rede conectava o litoral leste e oeste da América do Sul. Dos seus pontos de partida no litoral brasileiro (onde hoje ficam os Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina), as trilhas se reuniam no Paraná, prosseguindo através do território que hoje forma o Paraguai até a região de Potosí, na Bolívia, que era rica em prata.
Ao chegar ao lago Titicaca (hoje, fronteira entre a Bolívia e o Peru), o caminho seguia até Cusco — a capital do império inca — e, de lá, descia até o litoral peruano e o norte do Chile.
"Grosso modo, pode-se dizer que o roteiro comprido do Peabiru era aquele que acompanhava o movimento aparente do Sol, nascente-poente", segundo Bond, na série literária História do Caminho de Peabiru, publicada em 2021.
Nessa série, a autora analisa diversas hipóteses plausíveis sobre as origens da trilha e conclui que a rede de caminhos provavelmente foi criada e usada por diversos grupos indígenas ao longo dos séculos, mas sua característica principal era o desejo de conectar o Atlântico ao Pacífico.
"Ou seja, não importa quantos e quais povos construíram os trechos, pois o relevante seria que a estrada, num certo momento, passou a ser vista como um caminho homogêneo e específico, que representava na terra o andar do Sol no céu", segundo ela.
Entre os povos a que Bond se refere, encontram-se os guaranis, uma das maiores populações nativas remanescentes na América do Sul. Eles vivem em parte do Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia.
O Caminho de Peabiru é uma rota física e espiritual na cultura guarani, que leva a um paraíso mitológico chamado por eles de Yvy MarãEy, que fica além da água (o Oceano Atlântico), onde nasce o Sol.
Esse paraíso ("a terra sem mal", em tradução livre) é mencionado na tradição oral dos guaranis, nos seus rituais, música, dança, simbologia e em nomes de lugares. As lendas guaranis chegam a dizer que a rede de caminhos é um reflexo da Via Láctea na Terra.
Também se acredita que o nome da trilha venha da palavra guarani peabeyú, que significa "caminho de grama pisada", entre outras traduções.
Mas, para os colonizadores europeus (como o navegador português Aleixo Garcia), o caminho espiritual dos guaranis para o paraíso tornou-se uma via rápida até as riquezas dos incas nas expedições pelo Novo Mundo, que acabaram por causar a morte em massa das populações indígenas da América do Sul pela guerra, pela fome e, principalmente, pelas doenças.
As lendas sobre o Eldorado e a Serra da Prata trouxeram frotas de navios espanhóis e portugueses através do Atlântico e alguns grupos indígenas os ajudaram a penetrar no interior do continente, através do Caminho de Peabiru, segundo Parellada.
"Conhecer as rotas e trilhas principais através das populações nativas tornou-se uma vantagem estratégica, que amplificou o saque, a destruição e a cobiça de novos territórios e riquezas minerais", explica ela.
Ao longo dos séculos seguintes, sucessivas ondas de exploradores, catequizadores jesuítas, bandeirantes, comerciantes e colonizadores também fizeram uso do Caminho de Peabiru para ter acesso ao interior do continente — pavimentando, ampliando e, às vezes, alterando o curso do caminho.
"Os primeiros registros escritos sobre a trilha datam dos séculos 16 e 17", segundo Parellada. "Eles incluem o relato de Ruy Díaz de Guzmán em 1612, sobre a morte de Garcia nas mãos do grupo étnico Payaguás durante seu retorno do Peru para o litoral [brasileiro]."
Para continuar minha pesquisa sobre os vestígios da trilha, viajei para o litoral de Santa Catarina, até a Enseada do Brito, no município de Palhoça - uma baía tranquila onde os historiadores acreditam que Garcia teria morado e dali partido em sua missão até o império inca. Este é o ponto de partida de outra caminhada inspirada pelo Caminho de Peabiru — um trajeto de 25 quilômetros que passa por praias, dunas de areia no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e uma visita a duas aldeias guaranis.
Durante o aquecimento para a caminhada, tento imaginar Garcia e seu grupo de náufragos barbudos, a milhares de quilômetros de casa, e suas novas acomodações com os guaranis depois de perderem seu navio.
Como na caminhada anterior, a trilha é apenas uma estimativa do local onde poderá ter passado o Caminho de Peabiru. Ele foi definido com a pesquisa do empresário local Flávio Santos, que desenvolveu esse projeto de turismo depois de estudar a história da trilha e os sítios arqueológicos locais.
Como muitos outros, ele vê o potencial de atrair turistas o ano inteiro, beneficiando a comunidade local, incluindo as aldeias guaranis próximas, se tudo for feito corretamente.
"Temos esta trilha antiga, então, por que não conectar a história e os povos indígenas locais?"Ç, questiona Santos. "É importante que os moradores locais conheçam essa história e saibam como os povos indígenas viviam e como foram dizimados."
Parellada concorda: "Um passeio pelo Caminho de Peabiru, aliado a atividades educativas, poderá ser uma ponte para a compreensão total do passado colonial da América do Sul, sua biodiversidade e o conhecimento dos povos indígenas". Abril de 1516. Atualizado em 24/10/2025 02:56:27 • 2°. Seguiram em direção a Espanha*Garcia naufragou no litoral de Santa Catarina no ano de 1516, depois do fracasso de uma missão espanhola que pretendia navegar pelo Rio da Prata. Ele e meia dúzia de outros navegadores foram acolhidos pelos receptivos indígenas guaranis. 1524. Atualizado em 28/10/2025 03:28:43 • 3°. Aleixo Garcia lidera 2 mil guaranis / carijós (Senhor de Maratayama e dos carijós)Oito anos mais tarde, depois de ouvir as histórias sobre um caminho que levava até um império nas montanhas, rico em ouro e prata, Garcia viajou com 2 mil guerreiros guaranis até os Andes, a cerca de 3 mil quilômetros de distância.
A pesquisadora brasileira Rosana Bond, no livro A Saga de Aleixo Garcia: o Descobridor do Império Inca, afirma que Garcia foi o primeiro europeu conhecido a visitar o império inca em 1524 — cerca de uma década antes da chegada do conquistador espanhol Francisco Pizarro, amplamente conhecido como "descobridor" do povo originário dos Andes peruanos.
As trilhas que vinham do Brasil conectavam-se à rede de estradas incas e pré-incas através dos Andes, que hoje recebem muitos visitantes, mas o Caminho de Peabiru propriamente dito deixou poucos vestígios.
Essa falta de evidências físicas não só levou a teorias divergentes nos círculos acadêmicos sobre quem o criou e quando, mas também gerou amplas especulações sobre sua possível criação pelos vikings ou pelos sumérios — ou mesmo pelo apóstolo Tomé, supostamente vindo de uma missão evangelizadora na Índia. 1524. Atualizado em 28/10/2025 08:37:50 • 4°. Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada"Garcia naufragou no litoral de Santa Catarina no ano de 1516, depois do fracasso de uma missão espanhola que pretendia navegar pelo Rio da Prata. Ele e meia dúzia de outros navegadores foram acolhidos pelos receptivos indígenas guaranis. Oito anos mais tarde, depois de ouvir as histórias sobre um caminho que levava até um império nas montanhas, rico em ouro e prata, Garcia viajou com 2 mil guerreiros guaranis até os Andes, a cerca de 3 mil quilômetros de distância. A pesquisadora brasileira Rosana Bond, no livro A Saga de Aleixo Garcia: o Descobridor do Império Inca, afirma que Garcia foi o primeiro europeu conhecido a visitar o império inca em 1524 — cerca de uma década antes da chegada do conquistador espanhol Francisco Pizarro, amplamente conhecido como "descobridor" do povo originário dos Andes peruanos. As trilhas que vinham do Brasil conectavam-se à rede de estradas incas e pré-incas através dos Andes, que hoje recebem muitos visitantes, mas o Caminho de Peabiru propriamente dito deixou poucos vestígios. Essa falta de evidências físicas não só levou a teorias divergentes nos círculos acadêmicos sobre quem o criou e quando, mas também gerou amplas especulações sobre sua possível criação pelos vikings ou pelos sumérios — ou mesmo pelo apóstolo Tomé, supostamente vindo de uma missão evangelizadora na Índia. 1612. Atualizado em 30/10/2025 14:56:13 • 5°. “Historia argentina del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Río de la Plata”. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
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“El Guairá. Historia de la antiga província (1554-1676)”. Ramón I. Cardozo, professor de História en los colégios de 2a. enseñanza del Paraguay1938. Atualizado em 06/10/2025 19:14:20 Relacionamentos • Cidades (4): Alambari/SP, Buenos Aires/ARG, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (13) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Cacique Tayaobá (1546-1629), Felippe Romero, Guiraberá, José Cataldino (1571-1653), Juan del Campo y Medina, Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Pedro Lozano (1697-1752), Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Taubici • Temas (21): Aldeia de Los angeles, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho do Peabiru, Cemitérios, Colinas, Cuaracyberá, Guaianás, Guayrá, Ilha de Santa Catarina, Nuatinguy, Redução Santo Thomé, Rio Corumbataí, Rio Huybay, Rio Latipagiha, Rio Paranapanema, Santa Catarina, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Villa Rica del Espírito Santo, Ybitirembá, Ybitiruzú ou YbianguiRegistros mencionados (2) • 1. João Dias Solis penetrou na emboucadura do Rio da Prata 1 de fevereiro de 1516 O Lugar Geográfico e Seus Habitantes
1. A antiga Província do Guairá - Antes de Portugal entrar em franca concorrência com a Espanha na conquista e colonização das terras do Rio da Prata apesar da imprecisa e fantástica linha de Tordesilhas, a Espanha teve a sorte de se tornar proprietária das terras de Santa Catalina dentro dessa demarcação. Os náufragos da expedição Solis foram os primeiros a ocupá-los em 1516
2. Sua situação geográfica
Fazia parte dessa rica área, a chamada Província do Guairá, nome derivado do cacique de uma tribo Guarani que vivia então nas proximidades da grande cachoeira de mesmo nome. Esta província, que alcançou fama nos primeiros tempos da conquista e estava prestes a dar nome a todo o Paraguai, situava-se entre o Paraná e o Atlântico, entre 22° 30´ e 25° 30´ de latitude e os 49° 30´ e 54° 30´ de longitude oeste de Greenwich com limites, ao norte, o Paranapané
Aspecto geral Atravessado pela linha tropical (Trópico de Capricórnio) goza de todas as belezas naturais correspondentes à sua situação geográfica. É formado por duas regiões separadas pelas montanhas de Ybytyrembetá: a parte plana, alta a leste, em direção ao mar, e a parte montanhosa. Este é quase totalmente coberto por selvas impenetráveis e imensas montanhas de cujas encostas nascem múltiplos cursos de água que, ao chegarem ao Paraná, transformam-se em caudalosos rios.
Numerosos afluentes do rio principal fluem das serras de Ybytyrembetá. Bem ao sul, o Yguasú corre com grandes recifes e saltos que dificultam a navegação. Segundo Lozano, próximo à foz desse imponente afluente do Paraná, os primeiros conquistadores tiveram seu porto marcado pela famosa Peña Pobre, assim chamada porque, a princípio, acreditaram que a rocha era feita de metal rico, o sonho dourado, devido ao brilho esplêndido que emitia à luz do sol e, por fim, descobriram que não era nada.
Mais acima, a trinta léguas, está o grande Salto del Guairá, uma das cachoeiras mais maravilhosas do mundo; Duas léguas acima cai o Piquyry, e doze, ao norte dele, o Huybay com bastante fluxo e curso. Nasce no coração da província. Em seu curso, e a setenta léguas de sua foz, está o Salto de Arayny. São afluentes do Huybay, do Yñe-e-y que atravessa as altas montanhas através de barrancos e vales pedregosos e do Carimbatay. Outro afluente do Paraná é o Paraná-pané, um rio caudaloso e extenso que nasce nas proximidades de Piratin-ní. Seus afluentes são o Pirapó, o Itangu-á e o Tibaxiba (Tebicybá?). [Páginas 14 e 15]
A Província do Guairá incluía em seu perímetro outros indígenas, famosos na conquista, como o de Ypambusú nas proximidades da foz do Pirapó, o de Tucuty na nascente do Itaangu-á, o de Tayaoba ou Tayaoty no de Yñee-y, a de Ñuatinguy na de Huybay e a de Ybytyrembetá, bem ao leste, a de Caí-yú ou Guarayrú ou Cabelludos onde a colina de Ybytyruná se ergue majestosamente no meio da solidão da planície.
Lozano conta que pela província de Tayaoba a estrada guarani chamada Peabirú atravessava 200 léguas, desde São Vicente, no litoral do Brasil, até o Paraná com oito palmos de largura e coberta de capim finíssimo. Ele mesmo diz que na província de Ñuatinguy existe uma proeminente colina de mesmo nome onde os indígenas tinham um santuário no qual veneravam o cadáver do abapayé Urobolí ou Urubumorotín (corvo branco). [Página 16]
8 - Guiraberá - Senhor de Tayaoba ou Tayaoty, na nascente do Yñeé- e afluente do Huybay, bem no coração do Guairá onde se formou a redução Arcángel, próximo à serra de Ybytyrembetá. A princípio se opôs à pregação do Evangelho em seus domínios até se converter e se tornar um grande amigo dos jesuítas com o nome de Nicolás.
(...)
11. Añaryry-i - Cacique encontrado por Alvar Nuñez en Caíyú. 12 - Ararundy - Cacique de Tayaoba ou Tayaoty, segundo Padre Techo. [Página 30]
24 - Tay-i tetu - Cacique de Ybytyrembetá, segundo Padre Techo. [Página 32]
As fundações - De modo que com o desvio da rota natural da conquista e colonização, com o trânsito continuado pelas regiões paranaenses, os conquistadores asunceños entraram em contato com as diversas parcialidades dos nativos daquelas vastas terras com as quais se concretizaram as riqueza da terra, da mansidão natural dos cariós e da necessidade de haver centros a meio caminho para proteção e refúgio e para efetivar a ocupação do vasto território.
Como consequência das relações estabelecidas entre os conquistadores Asunceños e os indígenas da área Guairá - extremamente populoso - foi a presença na capital da conquista do Rio da Prata de vários chefes tribais, caciques influentes de diferentes lugares, para solicitar proteção ao governador como súditos declarados e espontâneos do monarca espanhol contra os habitantes das encostas orientais do montanhas por Ybytyrembetá, que, arrastados pelos colonos portugueses, estabelecidos em São Vicente, iniciaram o movimento que, a longo prazo, resultou na ruína do Guairá e na perda daquela rica possessão espanhola. [Páginas 43 e 44] | |  |
• 2. Manifesto 25 de janeiro de 1629 Em 25 de janeiro de 1629, Rodrigo Ortiz de Melgarejo, Mestre do Campo e Tenente do Governador e Prefeito de Justiça de Villa Rica del Espiritu Santo, apresentou uma petição escrita ao Governador Geral em nome dos moradores e encomenderos da Villa não deu efeito ao pedido dos caciques [Página 113] Registros mencionados (10)01/02/1516 - João Dias Solis penetrou na emboucadura do Rio da Prata [14171]1552 - Irala teria chegado no salto do Avanhandava às margens do rio Anhembi [20647]1570 - O mesmo Melgarejo funda Villa Rica del Espiritu Santo, distante 60 léguas de Ciudad Real. Levava com ele mais cavalos que homens: 40 vecinos e 53 cavalos [20653]1622 - Fundação [28215]09/08/1625 - Encarnação de Nuatynguay [28217]1626 - São Roque Gonzales fundou quatro Reduções: Candelária, Caaçapa-Mirim, Assunção do Juí e Caaró [22949]1628 - “Do lado espanhol” [27597]23/10/1628 - Luís de Céspedes chega a Vila Rica [17712]25/01/1629 - Manifesto [27575]29/01/1629 - Praça [27576]
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|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 18º de 27 | | | 2010Atualizado em 30/10/2025 23:33:33“Europeus e Indígenas - Relações interculturais no Guairá nos séculos XVI e XVII”. Mestrado de Nádia Moreira Chagas, Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - MESTRADO • Cidades (4): Assunção/PAR, Guarapuava/PR, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (14): Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Cacique Guayra, Cacique Tayaobá (1546-1629), Diego de Sanabria, Domingo Martinez de Irala (1506-1556), Hernando de Trejo y Carvajal (1520-1558), José Cataldino (1571-1653), Luis de Céspedes García Xería (n.1588), Pedro Dorantes, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629), Taubici • Temas (20): Aldeia de Los angeles, Atibajiba, Cachoeiras, Canibalismo, Gualachos/Guañanas, Guayrá, Nheengatu, Ouro, Peru, Piqueri, Rio Anhemby / Tietê, Rio Iguassú, Rio Itapocú, Rio Latipagiha, Rio Paranapanema, Rio Tibagi, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Tupis, Ybitirembá | Registros relacionados | 1 de fevereiro de 1516, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:48 • 1°. João Dias Solis penetrou na emboucadura do Rio da Prata1524. Atualizado em 28/10/2025 08:37:50 • 2°. Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada"Desde a demarcação de Tordesilhas para o oeste, em direção ao Pacífico, a Espanha reivindica ser dona dessas terras que incluíam o que hoje corresponde aos estados do Paraná e Santa Catarina. Em 1516, foram os espanhóis, da expedição de Solís, os que chegaram ali primeiro, e também foram os espanhóis, da expedição de Aleixo Garcia em 1524, os primeiros a atravessá-las Maio de 1541. Atualizado em 25/02/2025 04:42:41 • 3°. Vaca*Ao chegar à ilha de Santa Catarina, vindo de Cananéia, o governador Cabeza de Vaca tomou algumas providências para sua entrada nos territórios, enviando em maio de 1541, Felipe de Cáceres, para ir pelo Rio da Prata até Buenos Aires verificar as condições dos seus moradores. 2 de novembro de 1541, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:42:41 • 4°. O governador partiu com o restante dos homens, para uma jornada de 19 diasEssa descrição feita nos Comentários denota a importância dos rios para a navegação e comunicação entre as regiões. Consta que o Rio Itabucú foi utilizado por uma parte da expedição e, em 2 de novembro de 1541, o governador partiu com o restante dos homens,para uma jornada de 19 dias quando (...) 14 de janeiro de 1542, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:41 • 5°. Chegada ao rio Iguatu1552. Atualizado em 25/02/2025 04:47:17 • 6°. Caminho26 de novembro de 1609, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 11:29:53 • 7°. Carta escrita de Assunção em 26 de novembro de 16093.2.1 Preocupação das autoridades para a formação das Reduções
Intensificaram-se a partir da primeira década do século XVII, os esforços para a formação das Reduções que necessitou também da intervenção das autoridades, como se pode ver em documento de 26 de novembro de 1609, em que o Capitão Don Antonio de Añasco, tenente de governador nas Províncias do Paraguai e do Rio da Prata, disse que
Por el presente mando al capª Pero garçia y outra qualquer Justiçia de guayra, que en ningª manera precisa asta que outra cosa se ordene y mande, no salgan ni enbien a hacer malocas Jornadas ni entrada ningª a la Provª del yparanapane y Atibaxiba, ni outro ningun rio que cayga en el paranapane, porquanto de presente se pretende reduçir a los naturales della por médio del Padre Joseph Cataldino y el P. Simon Maseta de la compañia de Jesus a quien les esta cometida la dha reduçion, antes para Ella les acudiran y haran acudir con todo el favor y auyda que fuere neccessº por ser cosa tan del serviçio de dios N. Señor y de su magestad y bien de la tierra, ni menos consientan que ningun soldado ni viçino entre a inquietar los yndios com achaque [...]42.
Embora o documento tenha muitas informações a serem discutidas, assinala-se, apenas a preocupação do governante com relação ao trabalho que os padres Cataldino e Masseta realizariam entre os indígenas do Guairá. Isso seria importante para a coroa espanhola, no sentido de que essas populações estariam “acomodadas” nas povoações fundadas pelos jesuítas, contribuindo para a entrada dos espanhóis na região, o que explica tanto zelo e preocupação para que os padres tivessem todo o necessário para organizar as reduções. Não há vestígios de preocupação, portanto, em que as populações indígenas pudessem ter sido vistas e compreendidas em suas diferenças.
A leitura do mesmo demonstra ainda que, os espanhóis costumavam maloquear as aldeias indígenas para forçá-los ao trabalho em suas fazendas e minas, e que tais ações ficariam proibidas nas regiões onde os jesuítas aplicariam seus métodos de ensino e redução das populações. 1612. Atualizado em 30/10/2025 14:56:13 • 8°. “Historia argentina del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Río de la Plata”. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)Ainda na descrição de Guzmán, e continuando a subir o Rio Paraná, está seu grande afluente, o rio Paranapanema, um dos principais rios do Guairá. Seus afluentes são os Rios Tibajiba, e o Pirapó. O rio Ayembí ou Añemby (que é o Tietê) que, de São Vicente chega ao rio Paraná, também é citado aqui, e que por esse rio “[...] se comunican [...] los portugueses de la costa de los castellanos de esta província de Guayrá [...]”, em referência à sua importância para a comunicação entre as regiões. São relacionados ainda outros rios que entram pelo rio Paraná, como o seu afluente Paraná-Itabuiyí ou Itabuigí que, na interpretação do autor, estava ao lado do Brasil. Seu nome quer dizer “yibá = brazo; bú = salir; iguí = de él, esto es, rio de donde brota outro. 1968. Atualizado em 25/02/2025 04:42:42 • 9°. 6MAACK, R. Geografia Física do Paraná. Curitiba. Banco de Desenvolvimento do Paraná, Universidade Federal do Paraná, 1968, p. 40 e 78
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 19º de 27 | | | 10 de maio de 2025, sábadoAtualizado em 30/10/2025 23:38:48Por Matheus Carvalho, Jornal Razão — Santa Catarina - jornalrazao.com • Cidades (1): Laguna/SC • Pessoas (1): Sebastião Caboto (1476-1557)
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 20º de 27 | | | 15 de abril de 2023, sábadoAtualizado em 30/10/2025 23:38:48Lentava o povo Charrua! Flavio Haubricht • Cidades (1): Porto Alegre/RS • Temas (7): Cavalos, Charruas, Guaranis, Jesuítas, Missões/Reduções jesuíticas, Rio da Prata, Tuberculose
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 21º de 27 | | | 26 de fevereiro de 2022, sábadoAtualizado em 30/10/2025 23:38:46Nossa Senhora do Desterro – “Maria do Desterro” - a12.com • Temas (1): N S do Desterro
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 22º de 27 | | | 10 de abril de 2021, sábadoAtualizado em 30/10/2025 23:38:46História do Ciudad de Buenos Aires, consultado em welcomeargentina.com • Cidades (1): Buenos Aires/ARG • Pessoas (1): Pedro de Mendoza • Temas (1): Pela primeira vez | Registros relacionados | Março de 1536. Atualizado em 25/02/2025 04:38:53 • 1°. Fundação de Buenos Aires*A primeira fundação de Buenos Aires teve lugar em março de 1536 por Dom Pedro de Mendoza (1487-1537), quem foi designado por Carlos V como adiantado, “para conquistar e povoar as terras que há no Rio de Solis, chamado de la Plata”. Não é sabido com certeza o lugar certo no que fundou a cidade, já que não se encontrou o ata de fundação. 15 de junho de 1536, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:38:53 • 2°. Batalha entre espanholes e os indios QuerandíesNão é sabido com certeza o lugar certo no que fundou a cidade, já que não se encontrou o ata de fundação. O 15 de junho de 1536, teve lugar uma cruel batalha entre espanholes e os nativos Querandíes. Na luta morreram cerca de quarenta espanholes e aproximadamente mil nativos. Os nativos sobreviventes, aliaram-se a outros e destruíram a recém fundada cidade.
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 23º de 27 | | | 2008Atualizado em 30/10/2025 23:33:33A transformação da cultura de base açoriana catarinense através do desenvolvimento da pesca e do turismo – UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO. Universidade de Salamanca. Instituto de Estudos de Iberoamérica y Portugal. Programa de Doctorado Interuniversitário, Antropologia de Iberiamérica • Cidades (2): Laguna/SC, Araquari/SC • Pessoas (5): Hans Staden (1525-1576), Leonardo Nunes, Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Sebastião Caboto (1476-1557), Ulrico Schmidl (1510-1579) • Temas (5): Bugres, Carijós/Guaranis, Guaianás, Jesuítas, Tordesilhas | Registros relacionados | 4 de janeiro de 1504, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:42 • 1°. Navegador francês Binot Paulmier de Gonneville, sofreu avarias na viagem, ficando a deriva e, por fim, acabou aportando em nossas terrasPelo que se sabe, a ilha de São Francisco foi o primeiro ponto a ser tocado pelos franceses em território brasileiro no inicio de 1504. Este, sob o comando de Binot Paumier de Gonneville, a bordo da nau L’Espoir, permaneceram na região por quase 6 meses, recuperando a embarcação. 12 de fevereiro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 03/09/2025 00:17:45 • 2°. “O irmão Pedro Correia é aqui grande instrumento para por ele Nosso Senhor obrar muito, porque é virtuoso e sábio, e a melhor língua do Brasil”Como verdadeiros aventureiros, homens como Hans Staden ou Ulrich Schmidel, percorreram o mundo com o objetivo de conhecer novas terras e novas gentes, ou mesmo aqueles que procuravam, em nome da sua fé, conquistar novos adeptos como os missionários espanhóis Bernardo de Armenta e Afonso Lebron, com sua idealização da “Província de Jesus” ou, ainda, aqueles seguidores de Inácio de Loyola, os primeiros jesuítas, que vêm ao Brasil Meridional, a partir de 1553, dando seguimento aos trabalhos apostólicos de Leonardo Nunes, reafirmando a organização da “Missão aos Carijós” ou “dos Patos”, cujos trabalhos são descritos nas “Cartas Ãnuas”. Por outro lado a primeira organização político-administrativa aconteceu com as “Capitanias Hereditárias”, cabendo o extremo meridional a Pedro Lopes de Souza, com a Capitania de Santo Amaro e Terras de Santana, que aprofunda as tensões luso-castelhanas a partir do Tratado de Tordesilhas e a sua inconclusa demarcação. [Página 53]
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 24º de 27 | | | 22 de fevereiro de 1517, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 23:33:25Real Cédula de D. Joana • Pessoas (1): Manuel I, o Afortunado (48 anos) | 1 fonte 1 relacionada | • 1°. “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda1969
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 25º de 27 | | | 25 de janeiro de 1629, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 23:33:26Manifesto • Cidades (1): Sorocaba/SP • Pessoas (4): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Cacique Mbaendy, Cacique Tayaobá (83 anos), Luis de Céspedes García Xería (n.1588) | 2 fontes 1 relacionada | • 1°. “El Guairá. Historia de la antiga província (1554-1676)”. Ramón I. Cardozo, professor de História en los colégios de 2a. enseñanza del Paraguay1938 Em 25 de janeiro de 1629, Rodrigo Ortiz de Melgarejo, Mestre do Campo e Tenente do Governador e Prefeito de Justiça de Villa Rica del Espiritu Santo, apresentou uma petição escrita ao Governador Geral em nome dos moradores e encomenderos da Villa não deu efeito ao pedido dos caciques [Página 113] ver mais
|  | Juan Diaz de Solís Últimas atualizações 26º de 27 | | | 1 de fevereiro de 1516, sexta-feiraAtualizado em 30/10/2025 18:03:29João Dias Solis penetrou na emboucadura do Rio da Prata • Cidades (3): Cananéia/SP, Potosí/BOL, Sorocaba/SP • Pessoas (1): Aleixo Garcia (f.1526) • Temas (10): Rei Branco, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Guayrá, Ilha de Santa Catarina, Peru, Rio da Prata, Rio Paranapitanga, Santa Catarina, Ybitirembá História Geral Da Civilização Brasileira Data: 1997 V. 11 Economia E Cultura: 1930-1964. Página 316 | 3 fontes 2 relacionadas | • 1°. “El Guairá. Historia de la antiga província (1554-1676)”. Ramón I. Cardozo, professor de História en los colégios de 2a. enseñanza del Paraguay1938 O Lugar Geográfico e Seus Habitantes
1. A antiga Província do Guairá - Antes de Portugal entrar em franca concorrência com a Espanha na conquista e colonização das terras do Rio da Prata apesar da imprecisa e fantástica linha de Tordesilhas, a Espanha teve a sorte de se tornar proprietária das terras de Santa Catalina dentro dessa demarcação. Os náufragos da expedição Solis foram os primeiros a ocupá-los em 1516
2. Sua situação geográfica
Fazia parte dessa rica área, a chamada Província do Guairá, nome derivado do cacique de uma tribo Guarani que vivia então nas proximidades da grande cachoeira de mesmo nome. Esta província, que alcançou fama nos primeiros tempos da conquista e estava prestes a dar nome a todo o Paraguai, situava-se entre o Paraná e o Atlântico, entre 22° 30´ e 25° 30´ de latitude e os 49° 30´ e 54° 30´ de longitude oeste de Greenwich com limites, ao norte, o Paranapané
Aspecto geral Atravessado pela linha tropical (Trópico de Capricórnio) goza de todas as belezas naturais correspondentes à sua situação geográfica. É formado por duas regiões separadas pelas montanhas de Ybytyrembetá: a parte plana, alta a leste, em direção ao mar, e a parte montanhosa. Este é quase totalmente coberto por selvas impenetráveis e imensas montanhas de cujas encostas nascem múltiplos cursos de água que, ao chegarem ao Paraná, transformam-se em caudalosos rios.
Numerosos afluentes do rio principal fluem das serras de Ybytyrembetá. Bem ao sul, o Yguasú corre com grandes recifes e saltos que dificultam a navegação. Segundo Lozano, próximo à foz desse imponente afluente do Paraná, os primeiros conquistadores tiveram seu porto marcado pela famosa Peña Pobre, assim chamada porque, a princípio, acreditaram que a rocha era feita de metal rico, o sonho dourado, devido ao brilho esplêndido que emitia à luz do sol e, por fim, descobriram que não era nada.
Mais acima, a trinta léguas, está o grande Salto del Guairá, uma das cachoeiras mais maravilhosas do mundo; Duas léguas acima cai o Piquyry, e doze, ao norte dele, o Huybay com bastante fluxo e curso. Nasce no coração da província. Em seu curso, e a setenta léguas de sua foz, está o Salto de Arayny. São afluentes do Huybay, do Yñe-e-y que atravessa as altas montanhas através de barrancos e vales pedregosos e do Carimbatay. Outro afluente do Paraná é o Paraná-pané, um rio caudaloso e extenso que nasce nas proximidades de Piratin-ní. Seus afluentes são o Pirapó, o Itangu-á e o Tibaxiba (Tebicybá?). [Páginas 14 e 15]
A Província do Guairá incluía em seu perímetro outros indígenas, famosos na conquista, como o de Ypambusú nas proximidades da foz do Pirapó, o de Tucuty na nascente do Itaangu-á, o de Tayaoba ou Tayaoty no de Yñee-y, a de Ñuatinguy na de Huybay e a de Ybytyrembetá, bem ao leste, a de Caí-yú ou Guarayrú ou Cabelludos onde a colina de Ybytyruná se ergue majestosamente no meio da solidão da planície.
Lozano conta que pela província de Tayaoba a estrada guarani chamada Peabirú atravessava 200 léguas, desde São Vicente, no litoral do Brasil, até o Paraná com oito palmos de largura e coberta de capim finíssimo. Ele mesmo diz que na província de Ñuatinguy existe uma proeminente colina de mesmo nome onde os indígenas tinham um santuário no qual veneravam o cadáver do abapayé Urobolí ou Urubumorotín (corvo branco). [Página 16]
8 - Guiraberá - Senhor de Tayaoba ou Tayaoty, na nascente do Yñeé- e afluente do Huybay, bem no coração do Guairá onde se formou a redução Arcángel, próximo à serra de Ybytyrembetá. A princípio se opôs à pregação do Evangelho em seus domínios até se converter e se tornar um grande amigo dos jesuítas com o nome de Nicolás.
(...)
11. Añaryry-i - Cacique encontrado por Alvar Nuñez en Caíyú. 12 - Ararundy - Cacique de Tayaoba ou Tayaoty, segundo Padre Techo. [Página 30]
24 - Tay-i tetu - Cacique de Ybytyrembetá, segundo Padre Techo. [Página 32]
As fundações - De modo que com o desvio da rota natural da conquista e colonização, com o trânsito continuado pelas regiões paranaenses, os conquistadores asunceños entraram em contato com as diversas parcialidades dos nativos daquelas vastas terras com as quais se concretizaram as riqueza da terra, da mansidão natural dos cariós e da necessidade de haver centros a meio caminho para proteção e refúgio e para efetivar a ocupação do vasto território.
Como consequência das relações estabelecidas entre os conquistadores Asunceños e os indígenas da área Guairá - extremamente populoso - foi a presença na capital da conquista do Rio da Prata de vários chefes tribais, caciques influentes de diferentes lugares, para solicitar proteção ao governador como súditos declarados e espontâneos do monarca espanhol contra os habitantes das encostas orientais do montanhas por Ybytyrembetá, que, arrastados pelos colonos portugueses, estabelecidos em São Vicente, iniciaram o movimento que, a longo prazo, resultou na ruína do Guairá e na perda daquela rica possessão espanhola. [Páginas 43 e 44] ver mais • 2°. “Europeus e Indígenas - Relações interculturais no Guairá nos séculos XVI e XVII”. Mestrado de Nádia Moreira Chagas, Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - MESTRADO2010
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Nuestros Paisanos Los Indios1992. Atualizado em 06/10/2025 18:30:34 Relacionamentos • Cidades (1): Buenos Aires/ARG • Pessoas (1) Cacique Tabobá • Temas (5): Carijós/Guaranis, Gran Chaco, Guaycurus, Jesuítas, Querandíes |
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