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Atualizado em 01/11/2025 12:12:52 O encontro entre os guarani e os jesuítas na Província do Paraguai e ...
• 1°. Aleixo Garcia foi morto, com alguns dos seus companheiros. Francisco de Chaves conseguiu sobreviver Ruy Díaz de Guzmán menciona Alejo García no quinto capítulo de sua obra La Argentina (1612): «De uma entrada, que quatro portugueses do Brasil fizeram por terra, aos confins do Peru. No entanto, é comum este autor cometer erros nas datas e dados. Díaz de Guzmán escreve que o mencionado Alejo García entrou nas terras do interior "até os confins do Peru", não em 1516 como membro da expedição de Juan Díaz de Solís, mas em 1526 por ordem de Martín Alonso de Sosa:
[E] é o caso que no ano de 1526 quatro portugueses saíram de São Vicente por ordem de Martín Alonso de Sosa, senhor daquela capitania, entrar interior, e descobriu o que havia lá, levando consigo alguns índios amigos daquela costa, um dos quatro portugueses chamado Alejo García, estimado naquela costa como um homem prático, então no língua dos Carijos, que são os Guarani, assim como dos Tupies, e dos Tamoyos, os como andar por seus dias pelo sertão [planície] dentro com os outros companheiros, veio sair para o rio Paraná, e dele atravessando a terra por povoados de índios Guarani, chegaram ao Rio Paraguai, onde foram recebidos e entretidos pelos habitantes da província de Sacella, convocaram toda a região, para que fossem com eles à parte ocidental para descobrir e reconhecer aquelas terras, de onde trariam muitas roupas de estima, e coisas de metal (Díaz de Guzmán, cap. 5, 85). • 2°. Partida • 3°. Carta de Luis Ramírez a su padre desde el Brasil (1528): orígenes de lo "real maravilloso" en el Cono Sur Ruy Díaz de Guzmán menciona Alejo García no quinto capítulo de sua obra La Argentina (1612): "De uma entrada, que quatro portugueses do Brasil fizeram por terra, aos confins do Peru". No entanto, é comum este autor cometer erros nas datas e dados. Díaz de Guzmán escreve que o mencionado Alejo García entrou nas terras do interior "até os confins do Peru", não em 1516 como membro da expedição de Juan Díaz de Solís, mas em 1526 por ordem de Martín Alonso de Sosa:
[E] é o caso que no ano de 1526 quatro portugueses saíram de São Vicente por ordem de Martín Alonso de Sosa, senhor daquela capitania, entrar interior, e descobriu o que havia lá, levando consigo alguns índios amigos daquela costa, um dos quatro portugueses chamado Alejo García, estimado naquela costa como um homem prático, então no língua dos Carijos, que são os Guarani, assim como dos Tupies, e dos Tamoyos, os como andar por seus dias pelo sertão [planície] dentro com os outros companheiros, veio sair para o rio Paraná, e dele atravessando a terra por povoados de índios Guarani, chegaram ao Rio Paraguai, onde foram recebidos e entretidos pelos habitantes da província de Sacella, convocaram toda a região, para que fossem com eles à parte ocidental para descobrir e reconhecer aquelas terras, de onde trariam muitas roupas de estima, e coisas de metal (Díaz de Guzmán, cap. 5, 85). A Novell, porém, em seu artigo "Aleixo Garcia e o Rei Branco", afirma que as datas dadas por Díaz de Guzmán estão erradas. Que a capitania de São Vicente (hoje Santos), ainda não havia sido fundado e que Sousa, ou Sosa, não chegou ao Brasil até 1531. Ele também afirma que, segundo fontes incas, o líder inca que estava no poder à chegada de Alejo García foi Huayna Cápac e que morreu em 1526. Portanto, a chegada de esses portugueses tinham que ser mais cedo. Novel escreve: [Página 13] No ano de 1526 Sebastián Caboto chegou ao Río de la Plata com a missão de realizar a mesma volta ao mundo que Fernando de Magalhães e Juan Sebastian Elcano. No entanto, ao chegar à Ilha de Santa Catalina, localizada na costa do Brasil, um dos principais navios se perdeu e Sebastián Caboto conheceu outros sobreviventes da expedição Solís que haviam permanecido entre os índios desde 1516, e que nessa época exploravam o interior do continente chegando ao sopé dos Andes. Esses espanhóis relacionados com Caboto o existência de uma região onde abundavam ouro e prata e onde era possível chegar subindo os rios Paraná e Paraguai. Deslumbrado com suas histórias, Sebastián Caboto desistiu da importante missão que lhe foi confiada pela coroa espanhola e decidiu explorar unilateralmente a região do Rio da Prata. A relação manuscrita com a qual nos ocupamos agora é essencial, embora pouco conhecido por estudos sobre a América ibérica e indígena no início do século XX. Pouco conhecido porque até hoje dependeu da transcrição de Varnhagen publicada em 1852 e nunca traduzida para outras línguas. Essa expedição ao sul do continente americano partiu em 3 de abril de 1526 do porto de San Lúcar de Barrameda sob o comando de Sebastián Caboto (1476-1557), que na época era "piloto prefeito" por Carlos. Esta carta descreve todos os caminhos que eles percorreram e as aventuras que viveram durante os vinte e sete meses que viajaram. Da mesma forma, o grupo indígena dos "guarenis" é mencionado pela primeira vez, assim como os "tupisnambo". A boa recepção que tiveram nas Ilhas Canárias, a viagem pela costa do Brasil por San Agustín e Pernambuco, assim como a diversidade da flora, costumes canibais e rituais dos índios Tupinambo. Mas o mais importante é que no Rio de la Plata, quinze sobreviventes cristãos da expedição de Godofredo de la Plata foram encontrados. Loaysa, um dos que foram no navio de Rodrigo de Acuña, que por sua vez lhe disse ter conhecido pelos sobreviventes da expedição de Juan Díaz de Solís. Contam-se suas andanças pelos rios Paraná, Uruguai e Paraguai em busca de metais preciosos. Também se fala sobre os problemas de fome e doenças que eles tiveram que passar, bem como de algumas dificuldades que sofreram com seus navios. Batizaram alguns lugares como o Puerto de Santa Catalina ou San Lázaro, e na confluência do rio Carcaraná com o Paraná tiveram a oportunidade de conhecer os índios "querandis", que dirigiam com destreza e habilidade duas bolas unidas por uma corda, sobre as quais falaremos mais adiante. Na foz do Paraguai encontraram a expedição liderada pelo capitão Diego García de Moguer, o tesoureiro real Fernando Calderón e Rojel Barlo (Campos 438-39). A "Carta de Luis Ramírez a seu pai" foi escrita pelo mencionado, membro da tripulação que Sebastián Caboto carregava em sua marinha. Em termos de testemunho etnográfico e antropológico, «a Carta de Luis
tem um grande valor por nos oferecer informações em primeira mão sobre os habitantes de as tribos de toda a região, principalmente os Tupis-Guarani. Como em outras crônicas da época, é preciso deixar uma ampla margem de credulidade sobre as informações que o autor nos dá, pois não sabemos ao certo onde começa e onde termina. esgota-se a imaginação e a veracidade de suas afirmações. É precisamente a imaginação e o caráter fictício de alguns trechos da Carta, o que confere a esta obra uma dimensão literária. A "lenda do rei branco", homens com pernas de avestruz que cansam o veado, tesouros que nunca são encontrados por causa das mentiras e desculpas magistrais que Luis Ramírez apresenta, são precursoras de outras crônicas e lembram as mentiras que Alvar Núñez Cabeza de Vaca (1540-1545) contou sobre suas andanças no norte e no sul do continente americano. [O encontro entre os guarani e os jesuítas na Província do Paraguai e o glorioso martírio do venerável padre Roque González nas tierras de Ñezú, 2010. Paulo Rogério Melo de Oliveira. Páginas 15 e 16] • 4°. Chegada a Kariesseba • 5°. “Historia argentina del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Río de la Plata”. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) • 6°. Guayra O famoso Tayaoba, principal dos principais do Guairá, também reunia vários povos sob o seu domínio. Montoya, ao relatar a primeira entrada que fez na província de Tayaoba, disse que este nombre fué de un principal cacique gobernador de muchos pueblos, del cualtomó toda aquella província el nombre. O prestígio do cacique era tão grande que sua fama corria toda a região. Corrió la voz por todos nuestros pueblos de la venida de Tayaoba, conta-mos Montoya, y á porfía iban de 30 y 40 leguas á verlo, maravillándose dever un hombre tan famoso. Por volta de 1618, no Paraná, Roque González recebeu uma junta de 400 índios, a frente dos quais estavam os seus caciques: Entre ellos venía el cacique más principal de este rio con grande acompañamiento de canoas que, puestas en ala en esta tabla del rio (...).560 As expressões o mais principal ou o principal dos principais são muito frequêntes nas cartas dos missionários. O que nos leva a supor uma hierarquia entre os caciques. Embora cada aldeia estivesse sob o governo de um chefe, estes chefes estavam ligados a uma rede de poder e a caciques mais poderosos. De acordo com o padre Roque, o cacique principal que vinha a frente dos índios exercia sua autoridade sobre os povos do Paraná, na região onde foi fundada a redução de Itapua. Em síntese, a documentação jesuítica, por um lado, limitou o poder dos caciques às aldeias em que viviam e aos povos que governavam, mas por outro lado, deu relevo a vários caciques como Arapizandú, Cabaçamby, Tayaoba, Ñezú, cujo poder extrapolava os marcos da aldeia e se derramava para outros povos. Eram chefes famosos e de grande reputação que se destacavam do grande número de caciques anônimos e de menor [Páginas 247 e 248]
Atualizado em 28/10/2025 04:20:11 A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja Cidades (12): Assunção/PAR, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Laguna/SC, Peruíbe/SP, Porto Belo/SC, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Francisco do Sul/SC, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tucumán/ARG Pessoas (25): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca, Ângelo de Siqueira Ribeiro do Prado, Antônio Raposo Tavares, Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Bernardo de Armenta, Fernão Cardim, Henrique Montes, Inácio de Siqueira, Jerônimo Rodrigues, Jesus Cristo, João de Sousa, José de Anchieta, Juan de Salazar y Espinosa, Manuel da Nóbrega, Manuel Preto, Maximilien François Marie Isidore de Robespierre, Nuno Manoel, Padre João Fernandes Gato, Papa Paulo III, Pedro Dorantes, Pero Correia, Roque Gonzálies de Santa Cruz, Salvador Correia de Sá, O Velho, Sebastião Caboto, Simão de Vasconcelos Temas (40): Açúcar, Bilreiros de Cuaracyberá, Botocudos, Caciques, Caminho do Mar, Caminho do Piquiri, Carijós/Guaranis, Cayacangas, Cruzes, Curiosidades, Escravizados, Franciscanos, Gentios, Guaianase de Piratininga, Ilha de Santa Catarina, Jesuítas, Léguas, Mbiaça (Laguna), Meiembipe, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Música, Nheengatu, Papagaios (vutu), Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Piqueri, Portos, Redução de Loreto, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Rio da Prata, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Itapocú, Rio Paranapanema, Rio Pirapo, Rio São Francisco, Rio Uruguai, São Paulo de Piratininga, Sertão dos Patos, Tupis
• 1°. Diáspora carijó / Migração tumpinambá Posteriormente o litoral, em face dos amplos recursos alimentares de que dispunha, serviu como polo de atração, abrigando populações diversificadas, e por um longo período de tempo. O povoamento do litoral teve início cerca de 2.500 aC., estendendo-se praticamente até a chegada dos europeus. Os grupos humanos, pescadores e coletores, pré-ceramistas, foram substituídos por grupos ceramistas, talvez agricultores, por volta do ano 1000. [p. 59, 1 do pdf] 6 de janeiro de 1504, sexta-feira. Atualizado em 15/07/2025 05:11:48 • 2°. Aportou a primeira expedição colonial, com a chegada do bretão Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do "Espoir" 3 de julho de 1504, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:41:42 • 3°. Binot, o navegador francês levou consigo para a Europa Içá-Mirim, o filho de Arosca, ‘’Cacique dos Carijós’’ A 6 de janeiro de 1504 aportou a primeira expedição colonial, com a chegada do bretão Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do "Espoir", ali permanecendo até 3 de julho. Numa pequena eminência à beira-mar, ele e seus companheiros levantaram uma cruz de madeira: realizou-se, ao toque de tambor e trombeta, a primeira celebração religiosa em terra catarinense. Retornando à França, Gonneville levou consigo o velho Namoa e o jovem Icá-mirim (Essomeric, afrancesado), filho do dos carijós, Arosca, sob o pretexto de "ensinar-lhe o uso da artilharia e fazer tudo quanto viam e ensinavam aos cristãos", prometendo trazê-lo de volta dentro de 20 luas, o que não foi cumprido. Em troca casou-o em 1521, aos 32 anos de idade, com sua filha Suzanne. Lageu-lhe parte de seus bens e deu-lhe o título de "Barão": um nobre carijó incluído na nobreza européia!Escreve W. Piazza que um neto de Içá-Mirim, Jean Paulmier de Gonneville, abraçou a carreira eclesiástica e chegou a ser Cônego da Catedral de Saint Pierre de Lisieux. Distinguiu-se pela sua alcunha e pelas viagens que realizou por diversos países da Europa, em missão diplomática. Em 1663 apresentou ao papa Alexandre XII a "Declaração de Viagem", acompanhada de um memorial, justificando um pedido para fundar uma missão cristã na terra austral. O Cônego de Gonneville queria ainda provar que a terra visitada em 1504 por seu antepassado tinha sido a Austrália! Icá-Mirim e Namoa, "emigrantes" brasileiros para terras europeias, fizeram o caminho inverso dos conquistadores que depois destruíram sua cultura e gente. [A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja. Páginas 60 e 61, 2 e 3 do pdf] 12 de outubro de 1514, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:44:47 • 4°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel Em 1514, aportou em Meiembipe (Ilha de Santa Catarina) a expedição comercial lusitana de Nuno Manoel e Cristóvão de Haro: trocaram o nome de Meiembipe pelo de "Ilha dos Patos"; posteriormente, toda a área circunvizinha foi conhecida como o "Sertão dos Patos". [Páginas 60 e 61, 2 e 3 do pdf] 1516. Atualizado em 25/02/2025 04:47:11 • 5°. Expedição de Nuno Manoel Em 1514, aportou em Meiembipe (Ilha de Santa Catarina) a expedição comercial lusitana de Nuno Manoel e Cristóvão de Haro: trocaram o nome de Meiembipe pelo de "Ilha dos Patos"; posteriormente, toda a área circunvizinha foi conhecida como o "Sertão dos Patos". [Páginas 60 e 61, 2 e 3 do pdf] 1519. Atualizado em 25/02/2025 04:47:00 • 6°. Atlas Miller é evidência da "ilha Brasil", segundo Jaime Cortesão Pai Sumé é o enviado de Deus que prepara seu caminho, que prega a Boa-Nova, que anuncia o estabelecimento definitivo do Cristianismo. Neste sentido, Lebrón e Armenta, andarilhos por Mbiaça, Itapocu, Campo, Ubay e Pequiri, formam um mito metade realidade, metade idealidade. Efetivamente os nativos identificaram Armenta com Pai Sumé. [p. 64 e 65, 6 e 7 do pdf] 1538. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07 • 7°. Uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires Conforme já afirmamos, São Francisco do Sul foi o berço de Santa Catarina e a primeira presença cristã e franciscana em território catarinense. Em 1537, uma expedição capitaneada por Alonso Cabrera partiu da Espanha rumo ao Rio da Prata, em socorro à expedição de Pedro de Mendoza, o fundador de Buenos Aires. Estava acompanhada de cinco franciscanos, tendo como superior Frei Bernardo de Armenta, natural de Córdova na Espanha. Dos outros frades se conhece o nome de Alonso Lebrón, natural das Ilhas Canárias. [Páginas 60, 61 e 62, 2, 3 e 4 do pdf] 1 de maio de 1538, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07 • 8°. Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas Em princípios de 1538, após infrutíferas tentativas de entrar no Rio da Prata, a nau Marañona foi arrastada pela tempestade e se refugiou no porto de São Francisco. Desembarcando com seus companheiros, Frei Bernardo de Armenta não perdeu tempo e iniciou o trabalho de Evangelização. Foi auxiliado por três espanhóis da expedição de Caboto que tinham ficado na terra catarinense e que conheciam a língua nativa. A 1° de maio de 1538 Frei Bernardo escreveu a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas: "Isto aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los"´. Estas palavras deixaram os nativos muito impressionados. Esiguara desempenhara o papel de precursor. Em São Francisco, os frades encontraram este campo favorável devido a ele. Esiguara foi um tipo de pregador ambulante servindo-se de linguagem apocalíptica, que tão fundo calava na receptiva alma carijó. O campo estava fertilizado pela sua palavra. Também lhes ensinara entoar hinos e cânticos, através dos quais aprenderam a guardar os mandamentos e a ter uma só mulher de remota consanguinidade. Quando chegaram os espanhóis, náufragos da expedição de Alonso Cabera, os Carijós julgaram que fossem os irmãos dos discípulos de São Tomé. Receberam-nos com muito amor, levando-os para as suas aldeias, dando-lhes comida e bebida e varrendo os caminhos por onde andavam. Alguns discípulos de Esiguara receberam os frases com incrível alegria e chegavam a ser chatos, no dizer do Frei Bernardo, com tantos agrados que faziam. Continua o frade: "Tão grande é o número de batizados quase nada podemos fazer afora deste ministério. Nem para dormir ou comer há quase tempo. De boa vontade casam com uma só mulher e os que estavam acostumados a ter mais de uma, separam-se das outras. Os velhos, dos quais alguns tem mais de 100 anos, recebem com mais fervor a fé, e o que de nós aprendem, comunicam-no publicamente aos outros". Frei Bernardo de Armenta viu que sozinho não daria conta do ministério. Entusiasmado, pediu que fossem enviados pelo menos 12 confrades de vida apostólica das Províncias de Andaluzia e dos Anjos, conforme escreveu ao Dr. Juan de Bernal Diaz de Luco:"São tão grandes as maravilhas que Nosso Senhor realiza entre eles que não saberia contar, nem haveria papel suficiente para descrevê-las. Portanto, em nome daquele amor que Jesus Cristo teve pelo gênero humano em querer-nos redimir na preciosa árvore da Cruz, pois toda a sua obra foi para salvar e redimir almas, e aqui temos tão grande tesouro delas, peço que V. Mercê assuma esta empresa como sua e fale a S. Majestade e a esses senhores do Conselho, para que favoreçam tão santa obra, e o favor será que nos enviem 12 frades de nossa Ordem de São Francisco, que sejam acolhidos, e que S. M. os peça na Província de Andaluzia e na dos Anjos. E encarregue S. M. aos provinciais destas Províncias que enviem frades como Apóstolos. E, além disso, que S. M. envie um feitor seu que traga trabalhadores que não tenham ofício de conquistadores." Este último pedido é indicativo do projeto evangelizados de Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón: pedem lavradores que não sejam conquistadores, e missionários que não acompanhem a Conquista. Conforme anotaremos depois, os dois frades tinham muito claro que o anúncio do Evangelho não podia se resumir a um apêndice da obra conquistadora, incapaz de se livrar da violência e da morte. Estavam convencidos, igualmente, de que o trabalho apostólico ultrapassava a fronteira nitidamente religiosa e se deveria fazer muito para a promoção do nativo: "Venham também muitos camponeses com perito chefe agricultor, que mais proveitosos são do que os soldados, porque estes nativos devem ser convencidos pelo amor, não pelo ferro". Dá importância às ferramentas, às espécimes de gado, ovelhas, sementes de cana-de-açúcar, algodão, trigo, cevada e todas as qualidades de frutas, sem esquecer de contratar também mestres de açúcar, para montar engenhos. Inclui também artistas. Os lavradores que chegassem a São Francisco ou à Ilha de Santa Catarina deveriam estabelecer estreita colaboração com os nativos, que poderiam ajudá-los a plantar canaviais e lavrar as roças. A este projeto missionário deu o nome de "Província de Jesus". Podemos afirmar que, de um lado, Frei Bernardo de Armenta possuía entusiástico espírito apostólico e se achegou ao nativo sem preconceito, alimentado pelo amor e não pelo interesse; por outro lado, não escapou do projeto colonizador, ao pedir que chegasse agricultores andalusos para trabalhar as terras, das quais fatalmente os carijós passariam a ser servos, deixando de ser donos. Tal entusiamo fez com que o chefe da expedição temesse perder os frases. Por isso, proibiu-os de saírem da embarcação, o que não amedrontou a Armenta e Lebrón, que ameaçaram Cabrera de excomunhão por violar a liberdade eclesiástica, o Direito Canônico e os privilégios franciscanos, pois não tinha autoridade sobre eles, que não foram enviados pelo Rei e nem socorridos pela sua Fazenda. Quanto a eles, permaneceram no território catarinense, enquanto seus companheiros foram para o Rio da Prata. Então desceram ao sul, fundando uma missão entre os nativos carijós na região chamada Mbiaça (Laguna). Percorreram o litoral catarinense num raio de 80 léguas. [Páginas 60, 61 e 62, 2, 3 e 4 do pdf] 4.2 - O Mito do Pai Sumé Em sua carta a Juan Bernal Diaz de Luco, a 1° de maio de 1538, Bernardo de Armenta fala que Esiguara anunciava a seu povo que após ele "viriam os verdadeiros discípulos de São Tomé"." Isto que dizer que já estava vivo no meio carijó o mito Apóstolo Tomé que teria estado na América e anunciado a Evangelização posterior. Estamos diante de um mito cujo desenvolvimento supõe o encontro de três tradições: a dos primeiros cristãos americanos, a dos primeiros frades e a dos jesuítas. Os primeiros cristãos que chegaram à América devem ter utilizado o mito para convencer os nativos a aceitarem o Evangelho. No Paraguai, Perú, Bolívia já se tinha implantado o mito. Com a chegada de Frei Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón, os nativos devem ter fundido neles a imagem mítica de São Tomé nas Américas. Os frades entendiam sua missão não como um trabalho estável, mas como preparação para a chegada de outros evangelizados, o que de fato ocorreu em 1539, com a chegada de seis franciscanos ao Rio da Prata. Isto confirmou as palavras que se colocavam na boca de São Tomé: "Chegaram outros sacerdotes em suas terras, e que alguns virão apenas rapidamente, pera logo retornar, mas que os outros sacerdotes, que chegarão com cruzes nas mãos, esses serão seus verdadeiros padres, e ficarão sempre com eles, os farão descer até o rio Paranapané, aonde farão duas grandes reduções, uma na boca do Pirapó e outra no Itamaracá". São exatamente os dos locais onde, naquele tempo, os jesuítas organizaram as reduções de Loreto e Santo Inácio. Neste momento já estamos diante da terceira tradição: a dos Jesuítas, que identificaram o mito do Pai Sumé (São Tomé) com os frades, com ele buscando legitimidade histórica e religiosa para seu trabalho. Pai Sumé é o enviado de Deus que prepara seu caminho, que prega a Boa-Nova, que anuncia o estabelecimento definitivo do Cristianismo. Neste sentido, Lebrón e Armenta, andarilhos por Mbiaça, Itapocu, Campo, Ubay e Pequiri, formam um mito metade realidade, metade idealidade. [Página 64, 6 do pdf] 25 de maio de 1542, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:34:41 • 9°. Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel” Pero Corrêa foi o primeiro irmão recebido na Companhia pelo padre Leonardo Nunes, em São Vicente, em 1549. Português de nascimento, gastara bons anos de sua vida nas diversões, aprisionando e salteando nativos, mas era tipo em grande conta pela sua prudência. Era um dos principais moradores de São Vicente, e grande língua (intérprete) da terra. Em 1542 conseguiu a concessão de muitas terras, inclusivo da maior das três ilhas que estão diante de Peruíbe, para seu projeto de carga e descarga de naus. [Páginas 67 e 9 do pdf] 20 de janeiro de 1546, domingo. Atualizado em 24/10/2025 20:40:07 • 10°. Acusação do Fiscal, Licenciado Villalobos, contra Cabeza de Vaca, em Madri, a 20 de janeiro de 1546 Acusação do Fiscal, Licenciado Villalobos, contra Cabeza de Vaca, em Madri, a 20 de janeiro de 1546: "Durante o caminho que Alvar Nuñes fez por terra, abandonou treze cristãos, dos quais dois morreram e os demais escaparam dizendo que eram filhos de Pai Sumé, que é o Comissionário Frei Bernardo de Armenta, frade da Ordem de São Francisco". [p. 64, 6 do pdf] 1552. Atualizado em 24/10/2025 20:40:08 • 11°. Irala teria chegado no salto do Avanhandava às margens do rio Anhembi Efetivamente os nativos identificaram Armenta com Pai Sumé. Apenas três citações: 1) Pedro Durantes: "Depois, nesta casa e nas outras que encontrei pelo caminho em seis jornadas que andei pelo Campo, me receberam bem pelo que lhes dava, e porque os nativos que andavam comigo diziam que eu era filho do Comissário a quem eles chamavam de Pai Sumé". 1553. Atualizado em 25/02/2025 04:39:01 • 12°. Sesmarias e gados de Pero Correa são doados aos jesuítas Pero Corrêa foi o primeiro irmão recebido na Companhia pelo padre Leonardo Nunes, em São Vicente, em 1549. Português de nascimento, gastara bons anos de sua vida nas diversões, aprisionando e salteando nativos, mas era tipo em grande conta pela sua prudência. Era um dos principais moradores de São Vicente, e grande língua (intérprete) da terra. Em 1542 conseguiu a concessão de muitas terras, inclusivo da maior das três ilhas que estão diante de Peruíbe, para seu projeto de carga e descarga de naus. Cansado e arrependido de sua vida de vícios e violências, decidiu consagrá-la a serviço dos nativos, dos quais tanto aprisionara e matara. Em 1553 doou todos os seus bens à Companhia. Em 1554 participou da missão fundadora de São Paulo de Piratininga, onde foi aluno de gramática de Anchieta. 25 de janeiro de 1554, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:28 • 13°. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi 24 de agosto de 1554, sexta-feira. Atualizado em 06/10/2025 13:23:40 • 14°. Os jesuítas Pedro Correia e João de Sousa, acompanhados de um leigo, partem de São Vicente para a catequização dos índios de Cananéia, e ali acabam mártires no mês seguinte Neste mesmo ano, Nóbrega enviou-o, juntamente com os Irmãos João de Sousa e Fabiano de Lucena, para prosseguir a missão junto aos carijós. Sua primeira missão seria estabelecer a paz entre os tupis e carijós e iniciar a catequese entre os ibirajaras. Partiram a 24 de agosto de 1554 para Cananéa, onde doutrinaram os nativos e livraram da morte um castelhano e um nativo cristão. A 6 de outubro seguiram para a terra carijó. [p. 67, 9 do pdf] 6 de outubro de 1554, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:41 • 15°. Por isso deixou aí um Irmão para os ensinar, e ele, indo mais longe, partiu para outras nações a 6 de Outubro de 1554. Tanto o queriam seguir os Índios, mesmo em território inimigos, que quiserem cortar o cabelo à maneira dos cristãos e ir com ele como servos A 6 de outubro seguiram para a terra carijó. Estavam eles entre os nativos pregando o Evangelho e a paz quando, em novembro, apareceram dois intérpretes, o espanhol acima citado e outro português. O espanhol era conhecido dos jesuítas de São Vicente, por haver sido salvo quando, com uma concubina carijó, era prisioneiros dos tupis. Apesar de ter sido salvo de morte certa pelos jesuítas, o espanhol lhes devotava ódio mortal pois o tinham separado de sua concubina, que se casara com outro em São Vicente. Para ele, chegara o momento da vingança: começou a embaraçar a missão de Pero Corrêa e João de Sousa, incitando os carijós à guerra contra os tupis. 24 de agosto de 1605, sexta-feira. Atualizado em 03/09/2025 05:19:34 • 16°. No dia de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1605, celebraram a primeira missa naquela terra. E escreve o Padre Jerônimo: "Tomou-se posse, da parte de Deus, de gente que o demônio tantos mil anos tinha em seu poder." No dia de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1605, celebraram a primeira missa naquela terra. E escreve o Padre Jerônimo: "Tomou-se posse, da parte de Deus, de gente que o demônio tantos mil anos tinha em seu poder."É do Padre Inácio de Siqueira, em 1635, a poética descrição da Laguna: "Chama-se este porto de Laguna, porque, como nele se ajuntam quatro rios caudais, para ir beber no oceano por uma só boca, e esta seja muito estreita, é força que hajam as águas de esperar vez e represar a sede, que trazem, de beber no salgado, por espaço de seis ou sete léguas, até que o mar dá entrada ao rio, que mais quer ainda, que as águas se vão todas de mistura. A esta represa, que aqui fazem os rios, chamam os carijós Alagoa. Toda a barra é muito dificultosa assim ao entrar como sair, e como nós não levávamos piloto, que lá tivesse entrado, foi o desejo que nos meteu de dentro mediante a divina graça." [p. 68 e 69, 10 e 11 do pdf] Janeiro de 1619. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43 • 17°. Ainda não chegou nada aos Jesuítas* Esperavam os jesuítas descer com uns três ou quatro mil nativos e para isso escrevem a Salvador Correa de Sá pedindo farinha a embarcações de alto bordo até outubro de 1618. Mas até janeiro do ano seguinte não chegou nada, por culpa de alguns moradores de São Vicente e de Cananéa, que queriam a qualquer preço acabar com a missão. Quando esses perceberam que, mesmo assim, os padres iriam viajar com os carijós, enviaram duas canoas, uma antes e outra ao mesmo tempo, com recados para seus "compadres" como o grande Tubarão, o Conta-Larga, o Papagaio, o Grande Anjo. Os recados falsos diziam que os padres iriam buscar os nativos para os repartir, levar para Portugal e outras terras mais distantes, vendê-los e maltratá-los. E chegaram ao desplante de se dizerem emissários de Salvador Corrêa de Sá e de seu filho. E influenciaram os nativos, que voltaram atrás, mas pedindo que os padres ficassem com eles ou mandassem outros. Com muita tristeza, João Fernandes Gato e João de Almeida se despediram. Junto viajaram embaixadores dos nativos, para pedirem outros sacerdotes ao provincial Simão de Vasconcelos. Chegaram ao Colégio do Rio de Janeiro em 23 de março de 1619. 5 de abril de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43 • 18°. Chegaram a Laguna 30 de maio de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:39:37 • 19°. Falecimento 14 de julho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43 • 20°. Partiram O Padre Carneiro insistiu com eles para que fretassem um dos barcos até Cananéa, pois assim a viagem seria menos longa e penosa. Com desprezo, negaram o pedido.Partiram a 14 de julho, no mesmo dia, chegando à Enseada das Garoupas (Porto Belo), onde se abasteceram de peixe e outros produtos que ali se encontravam com mais facilidade. Permaneceram nas Garoupas 9 dias, quando tiveram que se dividir: o Padre Antonio de Araújo e o Irmão Francisco de Morais iriam por terra, com 220 almas e as canoas para os mantimentos e as passagens dos rios; e os padres Francisco Carneiro e Manuel Pacheco, na barca, com 185. Esses últimos partiram a 24 de julho, chegando à Cananéa no dia 28, onde se detiveram por 23 dias, sendo muito bem acolhidos pelos moradores. [A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja. Página 70, 12 do pdf] 24 de julho de 1628, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43 • 21°. Últimos partiram Esses últimos partiram a 24 de julho, chegando à Cananéa no dia 28, onde se detiveram por 23 dias, sendo muito bem acolhidos pelos moradores. 28 de julho de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:44 • 22°. Chegaram à Cananéa Esses últimos partiram a 24 de julho, chegando à Cananéa no dia 28, onde se detiveram por 23 dias, sendo muito bem acolhidos pelos moradores. Novamente se colocou o problema de uma embarcação. Tentaram em Santos, junto ao Padre Francisco da Silva, Vigário da Vara. Este, porém, exigiu um preço muito alto, o que faria a viagem importar em inexistentes 400 cruzados. Por fim, dois moradores cederam gratuitamente suas embarcações. Chegando Em Santos, viram o pouco gosto dos moradores pelo fato de os nativos serem levados para o Rio, quando seria melhor para suas fazendas que ficassem por ali mesmo. [Página 70, 12 do pdf] 15 de novembro de 1628, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:01 • 23°. Padre Jesuíta Roque Gonzálies de Santa Cruz é morto pelo Cacique Nheçu 6 de maio de 1758, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:18 • 24°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre
Sítios com presença de cerâmica Itararé. Financiado com recurso do Edital de Apoio às Culturas. floripaarqueologica.com.br 2018. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Florianópolis/SC • Temas (4): Arqueologia, Xokleng, Cayacangas, Jê Sobre o Brasilbook.com.br |