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Atualizado em 30/10/2025 23:24:52 Historia geral das bandeiras paulistas: Tomo II - Ciclo da caça ao nativos, lutas com os jesuítas e os espanhóis, invasão do Guayrá, do Itatim e do Tape, conquista do sul e do sudoeste do Brasil pelos paulistas (1628-1641), 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) ![]() Data: 1925 Créditos: Afonso de E. Taunay (1876-1958) Página 11
• 1°. ??? A esta efetivação da mita assistiram os principais encomenderos da província que continuavam no séquito de Cespedes, naturalmente satisfeitíssimos com esse governador que forçava os nativos a servi-los e obrigava os jesuítas a obedecer á autoridade régia. Assim mesmo, constando-lhes que d. Luiz prometera aos caciques Tayaoba e Mbaendy apadroar todos os nativos do Guayrá, pondo-os sob a jurisdição real, e justamente alarmados, endereçaram-lhe o protesto de 25 de janeiro, datado de Santo Ignacio, e encabeçado pelo mesmo de campo Ruy Ortiz Melgarejo (cf. A. do M. P.; II, 2, 151). Pediam estes signatários ardentemente a s. mercê mudasse de opinião, lembrando-lhe os trabalhos do fundador de Vila Rica e Ciudad Real, formando as duas povoações naqueles desertos, auxiliado pelo pai de Tayaoba, o cacique-mór do Guayrá e seus asseclas Araruera e Aguarucure. Referiam-se á expedição de Cabeza de Vaca e Fernando de Trecho, que pelo ano de 1550 estiveram no Ivahy. Jamais haviam os nativos daquela zona sido insolentes siquer, ainda menos rebeldes. (...) Assinada por 19 pessoas gradas, acabava a petição por uma ameaça de recorrer á real audiência de La Plata e até ao rei, responsabilizando o impolítico governador. • 2°. Fundó un pueblo que llamó de San Francisco • 3°. O fundador de Ciudad Real e Villa Rica, Ruy Dias de Melgarejo, acabou passando por São Vicente A esta efetivação da mita assistiram os principais encomenderos da província que continuavam no séquito de Cespedes, naturalmente satisfeitíssimos com esse governador que forçava os nativos a servi-los e obrigava os jesuítas a obedecer á autoridade régia. Assim mesmo, constando-lhes que d. Luiz prometera aos caciques Tayaoba e Mbaendy apadroar todos os nativos do Guayrá, pondo-os sob a jurisdição real, e justamente alarmados, endereçaram-lhe o protesto de 25 de janeiro, datado de Santo Ignacio, e encabeçado pelo mesmo de campo Ruy Ortiz Melgarejo (cf. A. do M. P.; II, 2, 151). Pediam estes signatários ardentemente a s. mercê mudasse de opinião, lembrando-lhe os trabalhos do fundador de Vila Rica e Ciudad Real, formando as duas povoações naqueles desertos, auxiliado pelo pai de Tayaoba, o cacique-mór do Guayrá e seus asseclas Araruera e Aguarucure. Referiam-se á expedição de Cabeza de Vaca e Fernando de Trecho, que pelo ano de 1550 estiveram no Ivahy. Jamais haviam os nativos daquela zona sido insolentes siquer, ainda menos rebeldes. (...) Assinada por 19 pessoas gradas, acabava a petição por uma ameaça de recorrer á real audiência de La Plata e até ao rei, responsabilizando o impolítico governador. • 4°. Fundação de Ciudad Real or "El Gauirá" A esta efetivação da mita assistiram os principais encomenderos da província que continuavam no séquito de Cespedes, naturalmente satisfeitíssimos com esse governador que forçava os nativos a servi-los e obrigava os jesuítas a obedecer á autoridade régia. Assim mesmo, constando-lhes que d. Luiz prometera aos caciques Tayaoba e Mbaendy apadroar todos os nativos do Guayrá, pondo-os sob a jurisdição real, e justamente alarmados, endereçaram-lhe o protesto de 25 de janeiro, datado de Santo Ignacio, e encabeçado pelo mesmo de campo Ruy Ortiz Melgarejo (cf. A. do M. P.; II, 2, 151). Pediam estes signatários ardentemente a s. mercê mudasse de opinião, lembrando-lhe os trabalhos do fundador de Vila Rica e Ciudad Real, formando as duas povoações naqueles desertos, auxiliado pelo pai de Tayaoba, o cacique-mór do Guayrá e seus asseclas Araruera e Aguarucure. Referiam-se á expedição de Cabeza de Vaca e Fernando de Trecho, que pelo ano de 1550 estiveram no Ivahy. Jamais haviam os nativos daquela zona sido insolentes siquer, ainda menos rebeldes. (...) Assinada por 19 pessoas gradas, acabava a petição por uma ameaça de recorrer á real audiência de La Plata e até ao rei, responsabilizando o impolítico governador. • 5°. Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha Perto da confluência do Sarapoy avistara uma fazenda de gente de São Paulo, subindo canoas por este afluente que provavelmente é o Sorocaba. • 6°. Carta Na afã de demonstrar o entusiasmo que lhes ia na alma pela ação do novo governador, resolveram o Cabildo e o procurador de Vila Rica dar público e solene testemunho dos serviços que a seu ver prestava d. Luis de Cespedes. Dai o inquérito de 14 de dezembro de 1628, por eles ordenado, para que "ad perpetuam" se afirmasse aos pósteros haver o atual capitão-general acudido áquelas remotas paragens, semi arruinados pelo descaso de suas autoridades principais (cf. A. M. P.; II, 2, 91.). [Página 36] Carta do seu apoio, continuou a municipalidade a gir contra ação jesuítica. Pediu a abertura de um inquérito sobre a próxima passada visita do capitão Felippe Romero aos povos do distrito e o seu encontro com os caciques Tayaoba e Mbaendy e, ao mesmo tempo, exprimiu a muita admiração causada pela absoluta ausência dos padres e caciques seus jurisdicionados em Vila Rica, como a se furtarem ao dever de prestar homenagens ao representante direto de Sua Majestade (cf. A. M. P.; II, 2, 105). E convinha muito saber por que razão haviam feito voltar do caminho ao cacique Tayaoba, quando vinha apresentar os seus respeitos ao capitão-general, obra do Padre Pedro Espiñosa, a quem severamente repreendera Felippe Romero. A este, se devera a retirada da ordem, podendo então o influente chefe nativo visitar o governador, de quem recebera o mais afetuoso acolhimento, sendo a sua chegada na Vila Rica saudada com salvas de fuzilaria. Mas, nem por isto, haviam deixado dois dos padres de o acompanhar e de o vigiar. E tanto eles, como o vigária de Vila Rica, Juan de Campo y Medina, haviam assistido á pratica entre s. exc. e o cacique, entabolada por meio de intérprete, presente grande número de colonos espanhóis e nativos. [Página 37] • 7°. Estava d. Luiz de Cespedes ainda em Pirapó A 23 de janeiro de 1629, estava d. Luiz de Cespedes ainda em Pirapó. Com toda a lentidão afastava-se das terras do Guayrá. Dali mandara tirar quinze nativos, e mais quinze de Santo Ignacio, para o transporte de fazendas de suas majestade católica, que o tesoureiro real Francisco Vera de Aragon levava ao porto de Maracaú, em transito para a Assunção, pagando-se jornal, porém, aos peles vermelhas. Eram os impostos arrecadados no Guayrá que o tesoureiro devia recolher á Assunção. Como não houvesse moeda na terra, cobrava-se em ferro e madeiras. Deviam esses índios ficar seis meses em Maracajú: a cada um se pagariam "três cuñas e outras tantas palas". Muitos se haviam oferecido para o comboio do tesoureiro mediante esta remuneração. Não dispensando formalidade alguma que lhe documentasse as passadas, ordenou Cespedes que se fizesse a relação os nativos mitayos que os encomenderos de Vila Rica e Ciudad Real tinham conseguido reaver em Loreto. Trinta e três caciques ali refugiados com 343 companheiros entregaram 55 mitayos. Apenas um se recusou, certo Pedro Yapoay da "encomienda" de Ruy Diaz de Guzman que "arrimou sua gente á igreja" (cf. A. do M. P.; II, 2, 143, 144). [p. 53, 54] • 8°. Manifesto A esta efetivação da mita assistiram os principais encomenderos da província que continuavam no séquito de Cespedes, naturalmente satisfeitíssimos com esse governador que forçava os nativos a servi-los e obrigava os jesuítas a obedecer á autoridade régia. Assim mesmo, constando-lhes que d. Luiz prometera aos caciques Tayaoba e Mbaendy apadroar todos os nativos do Guayrá, pondo-os sob a jurisdição real, e justamente alarmados, endereçaram-lhe o protesto de 25 de janeiro, datado de Santo Ignacio, e encabeçado pelo mesmo de campo Ruy Ortiz Melgarejo (cf. A. do M. P.; II, 2, 151). Pediam estes signatários ardentemente a s. mercê mudasse de opinião, lembrando-lhe os trabalhos do fundador de Vila Rica e Ciudad Real, formando as duas povoações naqueles desertos, auxiliado pelo pai de Tayaoba, o cacique-mór do Guayrá e seus asseclas Araruera e Aguarucure. Referiam-se á expedição de Cabeza de Vaca e Fernando de Trecho, que pelo ano de 1550 estiveram no Ivahy. Jamais haviam os nativos daquela zona sido insolentes siquer, ainda menos rebeldes. (...) Assinada por 19 pessoas gradas, acabava a petição por uma ameaça de recorrer á real audiência de La Plata e até ao rei, responsabilizando o impolítico governador. • 9°. Praça Respondeu Cespedes que o caso era grave: ia consultar a real audiência e por ela á coroa, determinava, neste ínterim, a Tayaoba e Mbaendy que esperassem a decisão real e que, quanto isto, continuassem a frequentar, com todos os seus nativos, a doutrinação dos jesuítas. Tal recado lhes deu verbalmente na praça pública de Santo Ignácio, a 29 de janeiro, traduzindo-lhe as palavras Felippe Romero. (...) No ano imediato voltaria ao Guayrá com duzentas famílias espanholas para desenvolver a colonização; se achasse nativos fóra de seus "pueblos", saberia castiga-los severamente. Acatassem todos e muito a autoridade do padre Montoya. Ao despachar os dois caciques móres e os demais provenientes da região de Ybitirembá, deu-lhes muitos abraços, retribuídos efusivamente pelos nativos, que lhe prometeram seguir á risca as instruções. De Santo Ignácio mandou tirar os mitayos que estavam devendo serviços. De cerca de 350 nativos, nestas condições, apartaram-se 57, que, por sua ordem, acompanharam os respectivos encomendadores. Ainda no momento de partir, reiterou especialmente a Tayaoba e Mbaendy: Nada façam enquanto el-rei não decidir sobre o seu caso. "Criem os seus filhos e fabriquem as suas fazendas". [Historia geral das bandeiras paulistas: Tomo II - Ciclo da caça ao nativos, lutas com os jesuítas e os espanhóis, invasão do Guayrá, do Itatim e do Tape, conquista do sul e do sudoeste do Brasil pelos paulistas (1628-1641), 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) Páginas 53, 54 e 55] • 10°. Assim, reagindo, a 30 de janeiro de 1629, atacaram por ordem expressa de Antonio Raposo Tavares, a aldeia de Santo Antônio, onde governava o padre Mola, "a sacar por fuerça de armas, no solamente al dicho Tataraúna, sino tambien a toda la demas gente que el padre estaba doctrinando" Assim, reagindo, a 30 de janeiro de 1629, atacaram por ordem expressa de Antonio Raposo Tavares, a aldeia de Santo Antônio, onde governava o padre Mola, "a sacar por fuerça de armas, no solamente al dicho Tataraúna, sino tambien a toda la demas gente que el padre estaba doctrinando". (...) "No dia seguinte, ao amanhecer", continua Jarque, "ao pueblo accommetteram os paulistas como leões desatados" tendo á frente o próprio Simão Alvares e seus tupys, "todos muy bien armados y prevenidos. Y en el primer asalto lo llevaron todo á sangre y fuego hiriendo, matando y robando sin perdonar á los que se acogian al sagrado de la iglesia profanandola sacrilegamente, desacatando una imagem de la Santissima Virgen y alzando con las sagradas alhajas." [Historia geral das bandeiras paulistas: Tomo II - Ciclo da caça ao nativos, lutas com os jesuítas e os espanhóis, invasão do Guayrá, do Itatim e do Tape, conquista do sul e do sudoeste do Brasil pelos paulistas (1628-1641), 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 81] Quem dirigiu o assalto a Santo Antônio foi o próprio Simão Alvares, relatam os padres Mancilla e Maceta. [Historia geral das bandeiras paulistas: Tomo II - Ciclo da caça ao nativos, lutas com os jesuítas e os espanhóis, invasão do Guayrá, do Itatim e do Tape, conquista do sul e do sudoeste do Brasil pelos paulistas (1628-1641), 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 82] • 11°. Na mesma ocasião em que Bicudo de Mendonça ocupava a redução de São Miguel, caia, a 20 de março de 1629, uma outra expedição, destacada do exército de Manuel Preto, e comandada por Manuel Mourato, sobre a aldeia de Jesus Maria • 12°. Passados menos de dois meses, a 23 de março, acometeram os paulistas a aldeia de São Miguel de Ybituruna sob o comando de Antonio Bicudo de Mendonça Passados menos de dois meses, a 23 de março, acometeram os paulistas a aldeia de São Miguel de Ybituruna sob o comando de Antonio Bicudo de Mendonça. Encontraram-na deserta, porém. Havia os jesuítas ordenado a todos os moradores que a abandonassem. Durante muitos dias permaneceram os agressores na redução, procurando pelas matas próximas capturas os retardatários daquela retirada. [p. 83] • 13°. “Relacion de los agravios que hizieran algunos vezinos y moradores de la villa de San Pablo de Piratininga, de la Capitania de San Vicente, del estado del Brasil, saqueando la Aldeas de los Padres de la Compania de Jesus en la mission de Guayrá y Campos del Iguaçu en la governacion del Paraguay con grande menosprecio del sancto evangelio en el Año de 1629” Em princípios de 1629, pois, assaltaram os paulistas da grande expedição de Manuel Preto e Antonio Raposo Tavares, as reduções jesuíticas guayrenhas e as arrasaram ali fazendo enorme quantidade de cativos que arrastaram a São Paulo. Analisemos os documentos jesuíticos que a estes fatos notáveis se prendem. Coisa geralmente sabida é que dois jesuítas, os padres Justo Mancilla Van Surck e Simão Mazzeta ou Macetta, vieram de longe acompanhando até São Paulo a coluna dos nativos apresados no Guayrá. Chegados á vila piratiningana,desceram a Santos, partindo dai para a Bahia, afim de exporem ao então governador geral do Brasil, Diogo Luiz de Oliveira, o que se passara nas reduções do Ivahy e pedir-lhe garantias contra novos assaltos dos paulistas. Documento preciosíssimo para a história de São Paulo, e inédito, é o relatório que ao governador apresentaram sobre os fatos, em 10 de outubro de 1629, o qual passamos a comentar. Já é o título o mais saboroso. Relacion de los agravios que hizieran algunos vezinos y moradores de la villa de San Pablo de Piratininga, de la Capitinia de San Vicente, del estado del Brasil, saqueando la Aldeas de los Padres de la Compania de Jesus en la mission de Guayrá y Campos del Iguaçu en la governacion del Paraguay con grande menosprecio del sancto evangelio en el Año de 1629. (...) Mazzeta de quem já no tomo primeiro desta obra falamos, era napolitano, relata Jarque no seus "Insignes misioneros". Natural de Castelensi, reino de Napoles, em 1582 "nació a la vida mortal para levar su predicacion tropas de innumerables almas á la eterna". Em menino um tiro casual lhe quebrara uma perna; ficara para sempre coxo e sofrera imenso deste desastre, e sempre com a maior resignação e piedade. Ainda secular vivia em rigorosa penitência e contínua mortificação e fora exemplar, fervorosíssimo no noviciado. Já em certa época, antes de 1628, enfrentara uma expedição de Manuel Preto que pretendia atacar Santo Ignacio e a obrigara a retirar-se. Era na data do grande assalto o superior das províncias de Tucuty, Iñecay e Tayaoba. Fundára o pueblo de San Pablo. [Historia geral das bandeiras paulistas: Tomo II - Ciclo da caça ao nativos, lutas com os jesuítas e os espanhóis, invasão do Guayrá, do Itatim e do Tape, conquista do sul e do sudoeste do Brasil pelos paulistas (1628-1641), 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Páginas 77 e 78] Neste ínterim haviam Pedro Vaz de Barros e Braz Leme seguido outro rumo, mas com péssimo resultado. Nas terras por eles percorridas, habitadas por nativos bravos, perderam bastante gente. Assim duas vezes recuaram ante os nativos de Caayú. No Huybay e Ybianguira não foram mais felizes.(...) Comentando estes sucessos, desesperados exclamam, amargamento, os dois jesuítas: "El aver-se reducido y juntado estos yndios en pueblos con los Padres para recivir la ley de Diós y para no ser esclavos y captivos de los Portuguzes!" Espavoridas com as notícias de tantos descalabros, ficaram então desertas quatro grandes reduções da província de Tayaoba, a saber: Encarnacion no Natinguy, a de São Paulo, junto a ela, a dos Santos Anjos e São Thomé, Apóstolo. [Historia geral das bandeiras paulistas: Tomo II - Ciclo da caça ao nativos, lutas com os jesuítas e os espanhóis, invasão do Guayrá, do Itatim e do Tape, conquista do sul e do sudoeste do Brasil pelos paulistas (1628-1641), 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 86] • 14°. Saíra de Vila Rica uma força sob o comando do capitão Lourenço de Villalva Incidente curioso, e que se prende á época que estamos analisando, é o do conselho de guerra a que respondeu o capitão Francisco Benitez, por haver desamparado o presídio de soldados que se havia posto na redução do Ytupé, é foz do Yniay, para impedir a passagem dos paulistas conselho cujas sessões se encetaram em Vila Rica del Espiritu Santo, a 21 de julho de 1631 (cf. Annaes do Museu Paulista t. 1, p. 318). A enfrentar os paulistas, por ordem de Cespedes, viera a Vila Rica, comandando uma força, o meste de campo don Alonso Riquelme de Gusman, nomeado "teniente de governador y justicia mayor, capitan a guerra" da localidade. Já se batera com uma das expedições em Eupabay. Corria o ano de 1631, e Antonio Raposo Tavares encetara as operações da segunda faze da agressão aos estabelecimentos jesuíticos. [Historia geral das bandeiras paulistas: Tomo II - Ciclo da caça ao nativos, lutas com os jesuítas e os espanhóis, invasão do Guayrá, do Itatim e do Tape, conquista do sul e do sudoeste do Brasil pelos paulistas (1628-1641), 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 127] Graves acusações de Juan Merino, soldado, ao seu ex-comandante. No Ytupé havia encontrado um frade que conseguira obter a restituição de alguns nativos, cativos dos paulistas e a quem mandara embora. Logo depois ordenara que os seus soldados tratassem de aprisionar selvícolas. Neste ínterim chegara um bilhete escrito a ele por Benitez e ao padre por um chefe paulista, avisando-os de que ao "Pueblo Nuevo querian benir los dichos portugueses a dar". Reunida, a soldadesca alvorotou-se ao saber de tal ameaça, achando prudente avisar-se do ocorrido ao mestre de campo. Com pasmo geral, decidira Benitez faze-lo em pessoa, deixando como substituto o alferes real Francisco de Villalva e o aguazil-mór Manuel de Peralta, a quem fornecera instruções para o caso em que por ali surgisse o inimigos. Assim partira em companhia do depoente. Chegando a Villa Rica e apresentando-se o desidioso chefe ao seu superior dera-lhe este, como de esperar, voz de prisão. Ordenou o Mestre de Campo Gusman que o algemassem e o puzessem em duro cárcere. Ao se executar este mandado fugiu o oficial para lugar desconhecido. Assim, por público pregão, determinou o Mestre de Campo o confisco de seus bens e nativos de seu serviço, correndo-lhe o processo á revelia. Nele figura, no rosto dos autos, interessantíssimo papel, uma carta, recebida pelo oficial faltoso, de um chefe paulista, sertanista de medíocre destaque, genro de Domingos Fernandes e com este co-fundador de Ytú, Christovam Diniz. Na íntegra o reproduzimos, pois cremos que seja o primeiro documento desta natureza que se divulga, uma missiva de sertanista em ação de guerra a um oficial espanhól seu adversário: "Meu senhor capitão Francisco Benitez" - Pela Vossa mercê soube que tinha v. m. saúde a qual aumente o Senhor por largos anos O que dizer v. m. que não lhe respondera a uma carta foi por falta de papel como manifestei ao Reverendo padre frey João, porque não sou eu tão descortês quando mais a pessoa a quem tenho tanta obrigação. Pediu-me v. m. que evite a que não vão para essa parte meus negros, o não fizemos desde que viemos de Tayaoba, que o derradeiro salto foi então que os que para lá andam; são dest´outros arraiais de que não tenho a meu cargo. (...) Mais de que me consolo que nenhuma pessoa de Parnahyba estão quá, que todos somos recolhidos. O que me a mim parecia bem era tomarem v. ms. essa tapera de Utupeba para que se ponhão alá com eles e requerer-lhes o que é bem; que eles não quererão de v. m. coisa nenhuma, se não nativos, se os poderem tomar a seu salvo. [Historia geral das bandeiras paulistas: Tomo II - Ciclo da caça ao nativos, lutas com os jesuítas e os espanhóis, invasão do Guayrá, do Itatim e do Tape, conquista do sul e do sudoeste do Brasil pelos paulistas (1628-1641), 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Páginas 128 e 129]
Atualizado em 30/10/2025 23:24:54 Revista Marítima Brasileira* ![]() Data: 1948 Página 8
• 1°. Carta de Martim de Sá, datada de Lisboa • 2°. Notícias bem documentadas informam que barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada • 3°. Representação de Bartholomeu Fernandes
Atualizado em 30/10/2025 23:24:52 Onde ![]() Data: 1957 Créditos: Washington Luís (1869-1957) Página 263
• 1°. Genealogia de Diogo de Unhate, consultada em geni.com 7 de março de 2023, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 23:24:54 Genealogia de Diogo de Unhate, consultada em geni.com
• 1°. Donatários • 2°. Nascimento de Diogo de Oñate, em Guipuzcoa, Biscaia, Pais Basco, Espanha Diogo de Unhate. Nomes alternativos: "Diogo de Oñate". Data de nascimento: circa 1545. Local de nascimento: Guipuzcoa, Biscaia, Pais Basco, Spain (Espanha). Falecimento: Família imediata: Marido de Maria Nunes. • 3°. Nascimento de Diogo de Onhate • 4°. Nascimento de Maria Nunes Botelho, filha de Antão Nunes e Isabel Botelho • 5°. Casamento de Diogo de Unhate e Maria Nunes Botelho, em Santos/SP • 6°. Diogo de Unhate veio para a Capitania de São Vicente • 7°. “os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar” • 8°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós Dentre as primeiras referências a presença portuguesa no litoral paranaense, consta uma bandeira Cativadora de índios em 1585, a primeira lançada pelos paulistas, que se dirigiu contra os Carijó de Paranaguá. Essa bandeira foi chefiada por Jerônimo Leitão, Capitão-Mor de São Vicente, que deu continuidade à ação preadora nos anos subsequentes. Seu sucessor, Manoel Soeiro, e outros bandeirantes, continuaram as incursões preadoras após 1594, até o extermínio de toda a população indígena no litoral sul. • 9°. Ata Em maio de 1590 teve o cargo de almotacel e, em julho do mesmo ano, nomeado escrivão da armada do Cap. Jerônimo Leitão aos contrários (ACCSP, I, 244, 246, 249, 253 a 317, 318 e 405). • 10°. Diogo de Unhate apresenta provisão de Jerônimo Leitão Em maio de 1590 teve o cargo de almotacel e, em julho do mesmo ano, nomeado escrivão da armada do Cap. Jerônimo Leitão aos contrários (ACCSP, I, 244, 246, 249, 253 a 317, 318 e 405). • 11°. Onde • 12°. Requerimento de sesmaria • 13°. Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi Voltou para Santos, alguns anos depois, onde serviu, de 1609 a 1617, os cargos de escrivão da Ouvidoria e da Fazenda Real (“Sesm.”, I, 35 a 224). Obteve em 1608, com João de Abreu, sesmaria em S. Sebastião e, no mesmo ano, outra sesmaria na região do rio Sorocaba. Em luta contra índios hostis e piratas de várias procedências, recebeu muitos ferimentos, do que resultou ficar manco e aleijado da mão e do braço direito (“Sesm.”, I, 22, 24 e 33). Diogo de Unhate e João de Abreu – 1608 – Estiveram em guerras, na Capitania há 40 anos, Diogo tinha 11 filhos e 5 filhas para casar. Recebeu muitas “frexadas e feridas”, ficou manco e aleijado do braço direito e mão direita, derramou seu sangue muitas vezes. Pediram terras devolutas “tão longe” para ir roçar, a 15 léguas de Santos, em frente à ilha de S. Sebastião. • 14°. Segundo os documentos históricos, o seu primeiro povoador foi Diogo de Unhate, morador em Santos, que obteve de Pedro Cubas, delegado de Salvador Correia de Sá, então capitão-mór de Santo Amaro, uma carta de sesmaria compreendendo o terreno entre Ararapira e Superaguy "na parte que se chama Parnaguá" Voltou para Santos, alguns anos depois, onde serviu, de 1609 a 1617, os cargos de escrivão da Ouvidoria e da Fazenda Real (“Sesm.”, I, 35 a 224). Obteve em 1608, com João de Abreu, sesmaria em S. Sebastião e, no mesmo ano, outra sesmaria na região do rio Sorocaba. Em luta contra índios hostis e piratas de várias procedências, recebeu muitos ferimentos, do que resultou ficar manco e aleijado da mão e do braço direito (“Sesm.”, I, 22, 24 e 33). Em 1614, requereu uma sesmaria em Paranaguá, sem obter a confirmação (Idem, 216). Faleceu em data não conhecida, em Paranaguá ou S. Sebastião. Ignora-se o número exato de filhos; em 1608, cinco das seis filhas estavam casadas ou por dotar (v. a carta de sesmaria). Pais de, entre outros (acrescidos de alguns netos): • 15°. PLANALTO CENTRAL: CONTANDO NOSSA HISTÓRIA - Revista Xapuri
Atualizado em 30/10/2025 23:24:53 “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953) ![]() Data: 1929 Créditos: Francisco de Assis Carvalho Franco Página 1
• 1°. Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567) Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Corôa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos. Foi ele um dos nobres que ficaram na Bahia, da arribada de Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567). [p. 1] • 2°. Partida para Monomotapa Pelo alvará de 13 de dezembro de 1590, tivera permissão para "prosseguir nos seus descobrimentos além do Rio de São Francisco, atendendo ao trabalho e despesas que tinha tido nesse negócio". Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Coroa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos. Foi ele um dos nobres que ficaram na Bahia, da arribada de Francisco Barreto, que havia sido governador e ia á conquista de Monomotapa. [Página 1] • 3°. Gabriel Diogo Martins Cam era um sesmeiro do Irajá, que havia anteriormente penetrado no recesso baiano, a mando de d. Francisco de Sousa, na demanda inútil da Serra Resplandescente. Ora, sua incumbência se restringia a seguir a mesma rota de Antonio Dias de Adorno. É sabido que esse sertanista, buscando a serra legendária, atalhara para a serra dos Aimorés, seguindo a diretriz do rio Caravelhas - e penetrara assim no denominado sertão das esmeraldas. Desse ponto, alongando-se pelo sertão a varando o território de Minas atual e parte do da Bahia, foi chegar doente junto a Jequiriçá, no próprio engenho de Gabriel Soares de Souza em 1574. [Os companheiros de D. Francisco de Souza, 1929. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953). Páginas 10 e 11] • 4°. Testamento Dessas nomeações se deduz que a Côrte andava naquela época bastante preocupada com as possíveis riquezas minerais do subsolo da nova terra descoberta. De fato, ali andava desde 1584, como arauto das riquezas do Brasil. • 5°. Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós Em 1585 Antonio de Proença fez parte da expedição chefiada por Jeronimo Leitão, a qual se dirigiu por via marítima á Paranaguá, donde regressou no ano seguinte com numerosa presa. • 6°. Pelo alvará de 13 de dezembro de 1590, tivera permissão para "prosseguir nos seus descobrimentos além do Rio de São Francisco, atendendo ao trabalho e despesas que tinha tido nesse negócio". Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Coroa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos Dessas nomeações se deduz que a Côrte andava naquela época bastante preocupada com as possíveis riquezas minerais do subsolo da nova terra descoberta. De fato, ali andava desde 1584, como arauto das riquezas do Brasil, Gabriel Soares de Sousa, senhor de engenho na Bahia. Pelo alvará de 13 de dezembro de 1590, tivera permissão para "prosseguir nos seus descobrimentos além do Rio de São Francisco, atendendo ao trabalho e despesas que tinha tido nesse negócio." Requeria concessões e privilégios afim de revelar á Corôa uns fabulosos tesouros de prata nos sertões bahianos. Foi ele um dos nobres que ficaram na Bahia, da arribada de Francisco Barreto, que havia sido governador da Índia e ia á conquista de Monomotapa (1567). [p. 1] • 7°. Alvará nomeando Agostinho de Sotomaior, castelhano, provedor das minas do Brasil, devendo acompanhar o governador dom Francisco de Sousa Ao partir do Reino, em Março de 1591, deixou d. Francisco de Sousa assentada a nomeação de várias auxiliares mineiros que deviam alcança-lo no Brasil. Foram assim assinados os alvarás transferindo o castelhano Agostinho de Soutomaior, de provedor das minas de Monomotapa, para o mesmo cargo nas do Brasil (26 de março de 1591) e na mesma data, a de certo Christovam, lapidário de esmeraldas. [p. 1] • 8°. Carta régia ordenando que as duas urcas em que deveriam vir para o Brasil o governador nomeado dom Francisco de Sousa e Gabriel Soares de Sousa regressassem carregadas de açúcares Ao partir do Reino, em março de 1591, deixou d. Francisco de Sousa assentada a nomeação de vários auxiliares mineiros que deviam alcança-lo no Brasil. Foram assim assinados os alvarás transferindo o castelhano Agostinho de Soutomaior, de provedor das minas de Monomotapa, para o mesmo cargos nas do Brasil, em 26 de março de 1591, e na mesma data, a de certo Christovam, lapidário de esmeraldas. • 9°. Alvará de nomeação, para feitor das minas de ferro, João Corrêa Mais tarde, teve alvará de nomeação, para feitor das minas de ferro, João Corrêa, em 5 de novembro de 1591, que, um ano após, tinhas seus ordenados num alvará, encontrando-se ainda no Reino, com mais empregados destinados ás minas referidas, aguardando ordens de partida. • 10°. Manuel Juan de Morales foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão, Wilhelm Glymmer), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba Sebastião de Freitas veio com d. Francisco da Metrópole, tendo tomado parte na expedição de Gabriel Soares de Sousa (1591). Natural de Alagôa, da cidade de Silves, no Algarve, filho de Manuel Pires, passou, logo após o fracasso do senhor de engenho bahiano, para a Capitania de São Vicente, tendo se casado com d. Maria Pedroso, filha de Antonio Rodrigues de Alvarenga, tronco dos Alvarengas de São Vicente. Exerceu os cargos de almotacel (1596-1598), juiz da Câmara (1600), vereador (1604-1609) e capitão da vila de São Paulo: a primeira vez por provisão de 22 de junho de 1606 e a segunda vez pela provisão datada de 12 de janeiro de 1609. Obteve várias dadas de chão, e uma sesmaria concedida pelo capitão-mór Pedro Vaz de Barros. Por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara. Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..." Sebastião de Freitas parece ter falecido depois da expedição de ataque ao Guairá (1628). • 11°. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* Após a expedição de Itapucú, a que já nos referimos, Antonio Knivet regressou para a Europa em companhia de Salvador Corrêa de Sá, em agosto de 1601. De seu compatriota, Henrique Barraway, que o acompanhou em quase todas suas peregrinações, sabe-se que ficou em São Paulo, onde se casou com Francisca Alvares, filha de Marcos Fernandes, e dele procede o apelido de Baruel. Faleceu anos após, na vila de São Paulo. • 12°. Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara. Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..." • 13°. Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou, trazidos do Alto Peru Após a expedição de Itapucú, a que já nos referimos, Antonio Knivet regressou para a Europa em companhia de Salvador Corrêa de Sá, em agosto de 1601. De seu compatriota, Henrique Barraway, que o acompanhou em quase todas suas peregrinações, sabe-se que ficou em São Paulo, onde se casou com Francisca Alvares, filha de Marcos Fernandes, e dele procede o apelido de Baruel. Faleceu anos após, na vila de São Paulo. • 14°. Petição que fez Clemente Alvarez "...porquanto Francisco Alvares Corrêa que está eleito por eleição para ser procurador é ido fóra da villa e não se sabe aonde, que se ajuntasse algumas pessoas da governança da terra para com eles ditos oficiais elegerem um procurador que sirva em sua ausência e assim acordaram; e outrossim mandaram uma provisão que éra vinda a esta vila do sr. Governador d. Francisco de Sousa sobre o ouro valer por trinta mil réis o marco, que se suspendesse o seu efeito até a vinda do senhor governador por estar de caminho para esta Capitania..." • 15°. Epidemia que atingia a vila de São Paulo / D. Francisco está no Sertão Das atas seguintes se verifica que a 12 de Maio de 1611 d. Francisco ainda permanecia no sertão, em companhia de moradores de São Paulo e dos juízes Salvador Pires e Manuel Francisco e que a 5 de junho seguintes esses juízes já haviam regressado, não se falando de d. Francisco. • 16°. Retornam a São Paulo • 17°. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil Das atas seguintes se verifica que a 12 de maio do mesmo ano d. Francisco ainda permanecia no sertão, em companhia de moradores de São Paulo e dos juízes Salvador Pires e Manuel Francisco e que a 5 de junho seguinte esses juízes já haviam regressado, não se falando de d. Francisco. A 12 de junho foi lavrado um termo em como d. Luis de Sousa se havia apresentado, com um codicilo e nomeação, que fizera d. Francisco de Sousa, e para o fim de assumir o governo das Capitanias do Sul. Vê-se, pois, que, entre 5 e 12 de junho de 1611, d. Francisco de Sousa faleceu, afirmando Pedro Taques que foi a 11. Mas seu falecimento ter-se-ia dado na vila de São Paulo ou no sertão? • 18°. Cornélio Arzão teria introduzido o plantio de trigo em São Paulo com um moinho no Anhangabaú • 19°. Carta de el-rei Filipe III, o Piedoso (1578-1621) ao governador geral do Brasil, Gaspar de Sousa De uns raros documentos, sabemos ainda que d. Francisco de Sousa não havia abandonado a sua miragem da Sabarabossú. Comprova-se com o que abaixo transcrevemos de essencial da carta de el-rei ao governador geral do Brasil, Gaspar de Sousa, datada de Lisboa, a 22 de fevereiro de 1613: "Eu, el-rei, vos envio muito saudar. Marcos d´Azevedo me fez relação do descobrimento que fez das Esmeraldas, sendo disso encarregado por d. Francisco de Sousa, governador que foi das Capitanias do Rio de Janeiro, São Vicente e Espírito Santo, oferecendo quatro pedras que disse ter tirado das minas dela, nas quais mandei fazer e se achou serem esmeraldas finas... E me representou o dito Marcos d´Azevedo que para as ditas minas se poderem cultivar como convém fazendo-se a jornada á custa da minha fazenda, sendo para ela as esmeraldas, serão necessários mais de dez mil cruzados de despesa. E para a fazer algum particular com a minha ajuda e fazendo-lhe mercês para obrigar aos que quiserem ir em sua companhia e dando-lhe licença para que possam trazer as esmeraldas, pagando os quintos - não faltaria quem se obrigasse a faze-la com quatro mil cruzados para despesas e pela boa informação que tenho do dito Marcos de Azevedo e experiência que ele já tem da matéria, Hey por bem, etc." [p. 40] • 20°. História do Brasil. Autor: Frei Vicente do Salvador (1564-1639)
Atualizado em 30/10/2025 23:24:51 Manuel Juan de Morales foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão, Wilhelm Glymmer), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba
• 1°. “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953) 1929 Sebastião de Freitas veio com d. Francisco da Metrópole, tendo tomado parte na expedição de Gabriel Soares de Sousa (1591). Natural de Alagôa, da cidade de Silves, no Algarve, filho de Manuel Pires, passou, logo após o fracasso do senhor de engenho bahiano, para a Capitania de São Vicente, tendo se casado com d. Maria Pedroso, filha de Antonio Rodrigues de Alvarenga, tronco dos Alvarengas de São Vicente. Exerceu os cargos de almotacel (1596-1598), juiz da Câmara (1600), vereador (1604-1609) e capitão da vila de São Paulo: a primeira vez por provisão de 22 de junho de 1606 e a segunda vez pela provisão datada de 12 de janeiro de 1609. Obteve várias dadas de chão, e uma sesmaria concedida pelo capitão-mór Pedro Vaz de Barros. Por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara. Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..." Sebastião de Freitas parece ter falecido depois da expedição de ataque ao Guairá (1628). ver mais Sobre o Brasilbook.com.br |