Chega ao Rio de Janeiro a notícia da restauração de Portugal, mandada pelo vice-rei marquês de Montalvão, com ordem ao governador Salvador Correia de Sá e Benevides para reconhecer e proclamar como soberano de Portugal dom João IV - 10/03/1641 de ( registros)
Chega ao Rio de Janeiro a notícia da restauração de Portugal, mandada pelo vice-rei marquês de Montalvão, com ordem ao governador Salvador Correia de Sá e Benevides para reconhecer e proclamar como soberano de Portugal dom João IV
1641 — Chega ao Rio de Janeiro a notícia da restauração de Portugal, mandada pelo vice-rei marquês de Montalvão, com ordem ao governador Salvador Correia de Sá e Benevides para reconhecer e proclamar como soberano de Portugal dom João IV, o que foi cumprido não só no Rio de Janeiro, mas também nas outras capitanias de sua jurisdição. [1]
Estes regimentos só reforçam as expectativas e os investimentos feitos em torno das supostas minas. Segundo nos diz Taunay, baseado numa consulta de Salvador Correia de Sá e Benevides realizada pelo Conselho Ultramarino em 1677, o regimento de 1603 teria surgido em função das várias dúvidas existentes em relação às minas, em especial, depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Franciscode Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”.
Esta história do ouro do tamanho de uma cabeça de cavalo aparece em outro documento. No Libro de los sucessos del ano de 1624, alocado na BNE (MSS2355), fala-se deste mineiro alemão, só que teria sido assassinado a mando dos jesuítas, que temiam que a notícia da riqueza aumentasse a servidão dos gentios.
Conforme o manuscrito, o mineiro descobrira que poderia retirar “tan gran pedazo de oro comoel cavallo en que estava”, e tal noticia alarmara tanto os padres, que, na mesma noite, o mineiro foi encontrado morto.
Apesar de o livro referenciar o ano de 1624, o documento é posterior a 1640, já que dá conta da Restauração(rebelión, conforme seu texto) que parecia ter ocorrido há pouco, e da expulsão dos jesuítas da vila, porque, segundo o manuscrito, não respeitavam os direitos dos moradores.
Menciona ainda que os jesuítas tiravam ouro de São Paulo e o enviavam ao Duque de Bragança, para financiar a revolta. O documento é do reinado de Felipe IV, já que nele se fala da prata que nunca foi retirada do Brasil no tempo de Felipe III, “ni en el de su majestade”. [2]