. O ministro Feijó conseguiu dominar a revolta e fazer embarcar o batalhão para a Bahia; no entanto, na noite de 14, o corpo de polícia e a maior parte dos batalhões de linha levantaram-se, seduzidos por alguns dos membros do partido conhecido então pelo nome de Exaltados, e, desobedecendo ao comandante das armas, general José Joaquim de Lima e Silva, ocuparam a praça da Constituição e o antigo campo de Santana. Entre as exigências da tropa e dos corifeus do Partido Exaltado figurava a da deportação de 89 cidadãos. Feijó tomou enérgicas providências para resistir aos sediciosos e reunir no paço da cidade a família imperial, a regência, os membros do ministério e as duas Câmaras, que, desde a manhã de 15 até 20, se conservaram em sessão permanente. Os representantes da nação mostraram naqueles dias difíceis a mais honrosa coragem cívica. “As nossas deliberações não podem ser reconhecidas livres [disse Bernardo de Vasconcelos], desde que se tem violado o artigo da Constituição que determina a obediência passiva da tropa. Mas o Brasil há de ser salvo... Mostremos aos inimigos da ordem pública que os representantes da nação não se aterram.” Carneiro Leão, Evaristo da Veiga, Rebouças e outros deputados apoiaram fortemente o governo. Em poucas horas, Feijó reuniu uma força de três mil cidadãos armados. O 5o batalhão de infantaria, a artilharia de marinha e o primeiro corpo de artilharia de posição conservaram-se fiéis ao governo, e o general OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO 400 Morais organizou nessa ocasião o batalhão de oficiais soldados. No dia 16, Lino Coutinho, Bernardo de Vasconcelos e Manuel da Fonseca Lima e Silva foram nomeados ministros do Império, da Fazenda e da Guerra, e a 17 o deputado Sebastião do Rego Barros assumiu o comando do corpo municipal. Enfim, no dia 22, Feijó anunciava às Câmaras o completo restabelecimento da ordem.