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Diário de Pero Lopes
17 de agosto de 1531, segunda-feira. Há 493 anos
Martim Afonso de Sousa conheceu um bacharel português que vivia entre os Índios desde 1501

Martim Afonso disse que iria fundar uma vila em Cananéia, para ter tempo de se preparar e organizar uma expedição ao Eldorado.

O Bacharel diz a os irmãos Afonso que estava no Brasil havia 31 anos, portanto, desde 1499. Martim Afonso diz que sendo assim, estaria alí cometendo um crime, pois a mais de 30 anos comercializava e não pagava tributos a Portugal.

O Bacharel respondeu dizendo que alí não eram terras portuguesas, e sim espanholas e que já era um "degredado".

O Bacharel diz a Martim Afonso que ali não era um local adequado para estabelecer uma vila. O clima não era ideal, a praia inundava, entre outros problemas geográficos.

Fez duas sugestões: Que fundasse a vila no porto de Santos, para melhor defesa do reino, e que o melhor caminho para o "El dorado" fosse por mar, pelo rio da Prata, e não pelo Peabiru.[1]

Junto ao "Bacharel" estava um homem chamado Francisco de Chaves, confirma a existência da trilha do Peabiru que chegava a "El Dorado", e fez uma proposta: Me de uma tropa, com 50 soldados, saio daqui,vou até o "El Dorado" e volto em 10 meses “Volto com 400 escravos indigenas com cada um som um cesto de ouro” Oitenta besteiros e arcabuzeiros e segue com Pero Lobo. ["A Guerra de Iguape", Eduardo Bueno] [2]

Salvador era filho deJoão Pires, o Gago, que viera com Martim Afonso de Sousa em 1531. [3]

Um documento registrado na Câmara de São Paulo em 1606 por Clemente Alvares, mineiro prático, morador de Santo Amaro notifica a descoberta de ouro de 14 locais contendo ouro [6]:

O mestre estava casado com a filha do Cacique Piqueroby.

"(...) Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze leguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pezam ás vezes duas e tres onças; Buturunda ou lbitiruna, a duas léguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta leguas de São Paulo para o sudoeste. Quasi trinta leguas da. mesma villa de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando do também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrair." [4]

primeira bandeira [5]

Principiamos este modesto trabalho com essas três citações, caminhandoà ré no tempo, numa tentativa de identificarmos aquele ou aqueles que por primeiropisaram as terras que hoje agasalham a cidade de Apiaí, que se denominou “SantoAntonio das Minas de Apiahy”, com as variações de “Apiahú”, “Piahú”, ousimplesmente “Piahi”, conforme se lê em alguns documentos primitivos.Significa afirmar que pretendemos encontrar, à vista de fatos acontecidosno decurso do tempo, aliados a documentação esparsa conservada em arquivosoficiais, e aproveitando pesquisas transcritas em obras de estudiosos historiadores,os primeiros que se fixaram nestes sertões com o ânimo de permanecer ocupandoa terra de modo a que ela, paulatinamente se constituísse no Apiaí que hoje é ouque passou a ser a contar do século XVIII.Relatamos que a primeira expedição exploradora mandada por MartimAfonso de Souza partiu de Cananéia, seguindo a rota do rio Ribeira que em seutrecho mediano dista pouco mais de vinte quilômetros de Apiaí, cujas minas passarama ser vasculhadas pouco tempo depois. [Santo Antonio da Minas de Apiahy (09/1993) Rubens Calazans Luz p.24]

Ninguém deve ignorar que, não só nos tempos coloniais ou mesmo Provinciais como ainda há poucos anos atrás, as viagens para Apiaí e Faxina geralmente levadas à efeito via Iguape, Xiririca, Iporanga, por ser esse o caminho natural para a região de Serra Acima, a que está ligado o litoral sul.A grandeza de Iguape, foi justamente por ter servido o seu porto há mais de um século, como escoadouro de toda a produção que procedia da região do Planalto, havendo mesmo uma estrada diretamente para Itapetininga, a cuja comarca pertenciam os termos de Xiririca, Iguape e Cananéa, de 1852 a 1854.Na falta de estradas, era o Rio Ribeira a via natural pela qual transitavam as mercadorias destinadas à região Serrana e por onde subiram os bandeirantes, descobridores das minas de Apiaí e Paranapanema, tão afamada nos tempos coloniais, sendo o tráfego entre Iguape, e a zona minéria quase que ininterrupto. [Memória Histórica de Xiririca (El Eldorado Paulista), Antônio Paulino de Almeida, 1940. Página 26]

O outro ramal foi utilizado pelo português Pero Lobo, que em 1532 foi enviado por Martim Áfonos de Sousa, com cerca de 80 indígenas para trazer riquezas do Peru. Esperava retornar dentro de 10 meses, com mais de 400 escravos carregados de ouro e prata, como se lê no diário de Pero Lopes de Sousa. [“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”, 2008. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP. Página 62]


1° de 9 fonte(s) [22897]
“O Novo Mundo: Descrição das Índias Ocidentais” ("Nieuvve wereldt, ofte, Beschrijvinghe van West-Indien"), 1625. Jean de Laet (1571-1649)
Data: 1625, ver ano (53 registros)

Jean de Laet (1571-1649) esteve no Brasil em 1596, segundo Varnhagen, Visconde de Porto Seguro (1816-1878), e certamente antes de 1625, quando imprimiu "O Novo Mundo: Descrigão das Indias Ocidentais", do qual dois livros pertencem coisas do Brasil e, nestes, dois capítulos à capitania de São Vicente.Dando uma notícia condensada de todos os descobrimentos até então, temos este escritor holandês, que colheu os necessários informes de Anthony Knivet e de Wilhelm Jostten Glimmer. Assim, escreveu ele:

(...) Ponta da Cahativa, a trinta léguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta léguas da. mesma villa de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de b>Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéias tem por costume extrair.


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2° de 9 fonte(s) [24418]
“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
Data: 1937, ver ano (77 registros)

O "bacharel" Méstre Cosme, recebeu em seu retiro de Iguapé, no mesmo ano de sua retirada, em 1531, a visita de Martim Affonso, feita em Agosto, ocasião em que, Francisco de Chaves acompanhando Pero Lobo, partiu chefiando a infortunada bandeira de Cananéa, e ali aguardou apenas o tempo suficiente para amadurecer a desforra projectada ás injustiças e iniqüidades que sofrera.


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3° de 9 fonte(s) [25743]
Santo Antônio da Minas de Apiahy. Rubens Calazans Luz*
Data: 1 de setembro de 1993, ver ano (82 registros)

Principiamos este modesto trabalho com essas três citações, caminhando à ré no tempo, numa tentativa de identificarmos aquele ou aqueles que por primeiro pisaram as terras que hoje agasalham a cidade de Apiaí, que se denominou “Santo Antonio das Minas de Apiahy”, com as variações de “Apiahú”, “Piahú”, ou simplesmente “Piahi”, conforme se lê em alguns documentos primitivos.

Significa afirmar que pretendemos encontrar, à vista de fatos acontecidos no decurso do tempo, aliados a documentação esparsa conservada em arquivos oficiais, e aproveitando pesquisas transcritas em obras de estudiosos historiadores, os primeiros que se fixaram nestes sertões com o ânimo de permanecer ocupando a terra de modo a que ela, paulatinamente se constituísse no Apiaí que hoje é ou que passou a ser a contar do século XVIII.

Relatamos que a primeira expedição exploradora mandada por Martim Afonso de Souza partiu de Cananéia, seguindo a rota do rio Ribeira que em seu trecho mediano dista pouco mais de vinte quilômetros de Apiaí, cujas minas passaram a ser vasculhadas pouco tempo depois. [p.24]


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4° de 9 fonte(s) [24487]
“São Vicente Primeiros Tempos”. Secretaria de Turismo e Cultura da Prefeitura de São Vicente
Data: 2006, ver ano (78 registros)

A denominação CANANOR que aparece no perfil geográfico de Ptolomeu deve ser interpretada como CANANÉIA (F 34) que significa “lugar dos judeus ou judeu”, de Cananeu, como eram chamados os judeus, o que quer dizer que o Bacharel deixado podia realmente ser judeu ou judaizante e de real importância. Com esse batismo André Gonçalves e Vespúcio firmavam e positivavam o fato da sua deixada naquele lugar predeterminado, que Pero Lopes, em seu “Diário”, revela já saber que se chamava Cananéia.

O “Diário” de Pero Lopes é muito claro quanto à vinda do Bacharel ao lugar de degredo.“E fazendo o caminho de sudoeste demos com hua ilha. Quis a Nossa Senhora e a bemaventurada Santa Clara, cujo dia era, que alimpou a néboa, e reconhecemos ser a Ilha de Cananéia... Por este rio arriba mandou o Capitam J. hum bergantim, e a Pedro Annes, que era língua da terra, que haver falla dos índios. Quinta-feira, dezessete dias do mez d’agosto (1531) veo Pedro Annes piloto no bergantim, e com elle veo Francisco de Chaves e o Bacharel, e cinco ou seis castelhanos. Este Bacharel havia trinta annos que estava degredado nesta terra”.


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5° de 9 fonte(s) [24614]
“A Guerra de Iguape”, Eduardo Bueno, youtube.com/watch?v=vqUklpmKSiA
Data: 15 de maio de 2019, ver ano (202 registros)

Junto ao "Bacharel" estava um homem chamado Francisco de Chaves, confirma a existência da trilha do Peabiru que chegava a "El Dorado", e fez uma proposta: Me de uma tropa, com 50 soldados, saio daqui,vou até o "El Dorado" e volto em 10 meses “Volto com 400 escravos nativos com cada um som um cesto de ouro”. Oitenta besteiros e arcabuzeiros e segue com Pero Lobo.


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6° de 9 fonte(s) [29451]
Consulta em peabirucalunga.blogspot.com
Data: 11 de julho de 2019



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7° de 9 fonte(s) [29759]
O Bacharel de Cananéa, youtube.com/watch?v=P6mLSiDE8s8
Data: 2021



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8° de 9 fonte(s) [k-324]
Significado e localização de Cahativa. Por Adriano César Koboyama
Data: 4 de outubro de 2022, ver ano (261 registros)

Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), em “O Tupi na Geographia Nacional”, de (1901), escreve que:

Bacaetava é corruptela de Mbaé-caitaba, a queimada sendo que CAATYVA é o matagal; o mato cerrado. Alt. Catyba.

Dicionário Tupi (antigo) - Português. Moacyr Ribeiro de Carvalho:

Ç-Á-TYBA é agrupamento do particípio "çaba" com o sufixo "tyba", dando-lhe idéia mais acentuada de: constância, continuação, frequência, hábito. Ex, xe çó-á´-tyba: lugar ao qual costumo ir.

Localização

Enganosa ou enganada, específica é a Carta dos Camaristas de São Paulo ao donatário da Capitania datada de 13 de janeiro de 1606:

Diogo de Quadros é ainda provedor das minas; até agora tem progredido bem: anda fazendo um engenho de ferro a três léguas desta vila, e como se perdeu no Cabo Frio, tem pouca posse e vai devagar, mas acabado, será de muita grande importância por estar perto daqui com três léguas, e haverá metal de ferro; mas há na serra de Byraçoiaba, 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga, e abastada, e perto dali com três léguas está a Cahatyba de onde se tirou o primeiro ouro, e desde ali ao Norte haverá 60 léguas de cordilheira de terra alta, que toda leva ouro, principalmente a serra de Jaraguá, de Nossa Senhora do Monte Serrate, a de Voturuna, e outros.

Desde os Mappas do Reino de Portugal e suas conquistas, incluído na Istoria Delle Guerre del Regno del Brasile. Accadute. Tra La Corona di Portogallo e La Republica di Olanda, obra composta e ofertada a Pedro II de Portugal (1648-1706) em 1698, absolutamente todos os mapas consultados e catalogados no Brasilbook registram Cahatiba e Sorocaba!


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9° de 9 fonte(s) [28138]
Um Ano com os Salmos, de Elben Magalhães Lenz César
Data: 17 de outubro de 2022, ver ano (261 registros)

Dando uma notícia condensada de todos esses descobrimentos, temos o escritor holandês, Jean de Laet; na sua obra "O Novo Mundo ou Descrição das Indias Ocidentais", cuja princeps é de 1625 e que colheu os necessários informes de Anthony Knivet e de Wilhelm Jostten Glimmer. Assim, escreveu ele:

"As minas de ouro que se descobriram nestes annos precedentes, na capitania de São Vicente, são: Santiago e Santa Cruz, nas montanhas de Paranapiacaba, a quatro ou cinco leguas do mar; Jaraguá, cerca de cinco leguas de São Paulo para o norte, e a dezesete ou dezoito leguas do mar; Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, seis ou sete leguas de São Paulo, ao nordeste e a vinte ou pouco mais do mar; Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze leguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pezam ás vezes duas e tres onças; Buturunda ou lbitiruna, a duas leguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta leguas de São Paulo para o sudoeste. Quase trinta leguas da. mesma villa de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrahir". [24343]


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