Segundo Pizarro (Memórias históricas, II, 133 e 211), o governador do Rio de Janeiro, Constantino de Menelau, fundou nesta data a povoação de Cabo Frio - 13/11/1615 de ( registros)
Segundo Pizarro (Memórias históricas, II, 133 e 211), o governador do Rio de Janeiro, Constantino de Menelau, fundou nesta data a povoação de Cabo Frio
. Em carta de 1o de outubro de 1615 (no t. XVIII, p. 409, da Rev. do Inst. imprimiu-se erradamente 1625), Menelau disse ao rei que recebera no Rio a sua ordem para o estabelecimento de duas fortalezas e de uma povoação em Cabo Frio, e que ia partir dentro de 15 dias. Em setembro, ele esteve em Cabo Frio, onde cinco navios ingleses tinham levantado um fortim, evacuado precipitadamente à sua chegada, partindo logo os navios que estavam a receber pau-brasil. Anteriormente, e no mesmo ano de 1615, havia expulsado desse lugar os tripulantes de vários navios holandeses, fazendo alguns prisioneiros. Foi então que destruiu a chamada Casa de Pedra, de que fala Pizarro, citando o Roteiro de Pimentel, que é de 1699. A denominação, porém, é muito mais antiga. Em um mapa do Rio de Janeiro, Cabo Frio e seus arredores, desenhado em 1579 por Jacques de Vaudeclaye (A verdadeira vista de Janeiro e do Cabo Frio, Biblioteca Nacional de Paris), está representada a Casa de Pedra sobre uma rocha na ponta do Sul da entrada do canal de Itajuru, isto é, na chamada Barra Nova. Knivet visitou EFEMéRIDES BRASILEIRAS 639 pelo ano de 1596 a Casa de Pedra (ver cap. III de sua Rel). A ilha em que neste século (século XIX) se assentou o farol chamava-se Abuá7 * : “Esta ilha se chama Le Bouha (Abuá) que é muito alta e se mostra em forma de sela de cavalo”, diz J. de Vaudeclaye. Em Thevet, lê-se: “Os selvagens a chamam Bouahé (Abuá)”, e algumas linhas adiante: “[...] Ilha mais próxima do dito Cabo Frio chamada Abuá” (Hist. d’André Thevet angoumoisin, de deux voyages, etc, ms. da Biblioteca Nacional de Paris, fs. 101 v.º).