c | Rompimento de Francisco Pedro Vinagre, comandante das armas do Pará, contra o presidente Felix Antônio Clemente Malcher |
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| 19 de fevereiro de 1835, quinta-feira. Há 189 anos |
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| | | 1835 — Rompimento de Francisco Pedro Vinagre, comandante dasarmas do Pará, contra o presidente Felix Antônio Clemente Malcher.Eram as duas autoridades aclamadas depois da sedição de 7 de janeiro(ver essa data), que começara pelo assassinato do presidente Lobo deSousa, do comandante das armas Silva Santiago e do chefe da estaçãonaval, capitão de fragata Inglis, distintíssimos oficiais. Com os sediciososestava o primeiro-tenente Germano Aranha, que muito influiu para queos seus camaradas da marinha reconhecessem os fatos consumados ea autoridade dos dois caudilhos. Informado Francisco Vinagre de queMalcher tencionava prendê-lo, dirigiu-se, na manhã deste dia, para oArsenal de Guerra, e aí pode repelir o ataque de 300 homens, que contraele foram enviados. Derrotados os assaltantes, Vinagre os perseguiu atéo Castelo, onde Malcher se refugiou, com os seus partidários. As forçasde que dispunha Francisco Vinagre, engrossadas por muitos homens dopovo, cercaram esse forte e o Hospital Militar, ocupando o SeminárioEpiscopal e as casas vizinhas. Por ordem de Malcher, o primeiro-tenente OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO154José Eduardo Wandenkolk, que exercia o cargo de capitão do porto ecomandava interinamente a estação naval, rompeu o fogo contra oArsenal de Guerra, o palácio do Bispo, o Seminário e outros edifíciosocupados pelas forças de Vinagre. Wandenkolk conservou-se a bordoda corveta Defensora, comandada por seu irmão, o primeiro-tenenteJoão Maria Wandenkolk. Além desse, sustentaram o fogo durante todoo dia os seguintes navios: brigue Cacique (primeiro-tenente Lopes daSilva), escuna Bela Maria (segundo-tenente Secundino Gomensoro),escuna Alcântara, barca Independência (primeiro-tenente J. T. Sabino)e iate Mundurucu (primeiro-tenente F. de Borja). Que espetáculo tristee revoltante (disse o então primeiro-tenente Oliveira Figueiredo) era veruns poucos navios de guerra brasileiros despejarem sem piedade, sobreuma cidade também brasileira, suas artilharias, por ordem e com o fim desustentar na presidência a um criminoso, chefe dos sediciosos assassinosde 7 de janeiro! (Depoimento, em 25 de julho de 1835, perante o Conselhode Investigação.) À noite, Malcher retirou-se para bordo da esquadra,deixando a defesa do Castelo entregue ao primeiro-tenente da armada,Antônio Maximiano da Costa Cabedo (ver o dia seguinte). | |
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