D. Francisco chegou a São Paulo em maio de 1599 com grande comitiva
5 de maio de 1599, quarta-feira. Há 425 anos
Fontes (19)
Depois da vinda de D. Francisco de Sousa, governador geral do Brasil entre 1591 e 1602, a vida recebera novos estímulos. "E o verdadeiro promotor do bandeirismo" - Escreve Taunay. Agora a vida corre em paz. "A vila durante a semana ficava deserta porque os moradores iam trabalhar nas suas fazendas. Os padres seculares viviam nas suas casas e alguns tinham a sua fazendinha.
"Os religiosos nos conventos ocupados em seus misteres e também com fazendas para a cultura de cereais e criação de gado. Era coisa comum esta modalidade de vida e por vêzes necessária à manutenção própria dos agregados".
Monta fornos de fundição. Araçoiaba, depois denominada Ipanema, para os lados de Sorocaba, resulta de sua experiência. Ali seria depois montada a grande metalúrgica do reinado D. João VI. E em Ibirapuera. Ainda existem seus restos em Santo Amaro. [Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970. Páginas 604 e 605 do pdf]
Antonio Raposo acompanhou a expedição [1]
tana como padroeira.Para Nossa Senhora da Ponte construiu Baltazar ainda outraigreja, depois matriz, hoje catedral.É um título notavel e único no Brasil e em Portugal. Por serde cor evidentemente local, trata-se uma ponte do rio Sorocaba,onde se fez a igreja a que trouxeram uma imagem de NossaSenhora.Esta imagem podia ser a Sossa Senhora cie Montesserrale,Qrago do Ipanema, ou outra do próprio Baltazar e é provavel quejá se chamasse Nossa Senhora da Potile antes da mudança do pelourinlio para o atual lugar, pois o Itavovú é à beira-rio e tinhaprovavelmente a primeira ponte. [3]
Alguns dos nomes que, mais tarde, se fixaram na vila de São Paulo, muitoprovavelmente, vieram com o governador. Segundo Frei Vicente, o primeirovisitador do Santo Ofício, Heitor Furtado de Mendonça foi nesta viagem,na qual todos teriam ficado doentes, exceto o governador, que cuidara delesaté que, só quando chegou ao Brasil, adoecesse.30 Além do visitador, GabrielSoares de Souza, autor do Tratado descritivo do Brasil, teria voltado ao Brasilnaquelas urcas, depois de ficar cerca de sete anos na corte pleiteando mercêse apoio para sua empreitada mineral, que teria entusiasmado bastante aD. Francisco [Página 109]
No período de 1540 a 1611 a colônia portuguesa foi governada por D. Francisco de Souza. Ele governou a colônia por dois períodos e no segundo teve a promessa de ser o Marquês das Minas por conta das recentes descobertas.Foi neste período que se inicia o aumento da população (de Cotia), atraída pelas minas,pressiona a necessidade de aumento da produção de alimentos, onde o sistema de produção agrícola rudimentar, extensivo e coletivo, precisou evoluir ao mesmo tempo em que valorizava a terra, forçando os colonos a iniciarem uma apropriação privada da terra. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina, 2014. Página 45]
1° de 19 fonte(s) [27904] “Apontamentos para a História dos jesuítas no Brasil. Extraído dos cronistas da Companhia de Jesus”. Antônio Henriques Leal (1828-1885) Data: 1873, ver ano (68 registros)
“..Da capitânia de S. Vicente, para onde partiu logo, foi o governador à cidade de S. Paulo, que é a mais chegada às minas, onde até então os homens e as mulheres se vestiam de pano de algodão tinto; e se havia alguma capa de baeta ou manto de sarge, se emprestava aos noivos e noivas para irem à porta da igreja. Era isto, quando lá chegou D. Francisco de Sousa, pelos anos de 1599 ou de 1600. Depois, porém, que lá foi, e viram suas galas e as dos seus criados, houve logo tantas librés e galas ricas, e mantos, que já parecia aquela terra outra. Muito se havia D. Francisco pago da Bahia; mas quando viu o que era S. Paulo, muito mais se pagou daquele clima, porque são ali os campos, como os de Portugal, férteis de trigo e de muitas frutas, uvas, rosas, açucenas, regados de frescas ribeiras e de excelentes águas. Ali se empregou nas minas, onde, por ser o ouro de lavagem, às vezes tiravam muito, outras menos, e algumas se achavam grãos de peso e de preço, do que mandou fazer um rosário, assim como saíam, redondos, quadrados ou compridos, que enviou a el-rei com outras amostras, e quatorze pérolas que se acharam no esparcel de Cananeia e em outras partes marítimas.”
2° de 19 fonte(s) [24494] “História do Brasil” de João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes (1860-1934) Data: 1901, ver ano (42 registros)
Sabe- se de outra parte que em 1599 o governador-geral esteve em São Paulo e aí teve notícia do que corria acerca da Serra de Sabarabussu (Saboroason de Markgraff) e suas minas de prata. Dela fez parte um holandês, Wilhelm Glimer, que vivia em São Vicente e cerca de oitenta portugueses.
3° de 19 fonte(s) [24356] Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas Data: 1915, ver ano (45 registros)
Informado, entretanto, d. Francisco de Sousa de que, nas proximidades de São Paulo haviam sido descobertas jazidas de ouro e de ferro, enviou, em 1598, a essas, minas, Diogo Gonçalves Laço, no posto de capitão, e ele próprio, em obediência a ordens régias, partiu, em 1599, para São Paulo, afim de visitar as minas de Ybiraçoyaba, descobertas por Afonso Sardinha e Clemente Alvarez, nas imediações de Sorocaba.
5° de 19 fonte(s) [24624] Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr. Data: 1948, ver ano (66 registros)
Casou-se com D. Isabel de Gois, e quando D. Francisco chegou a São Paulo, acompanhou-o a serra de Biraçoiaba e Cahativa e Bituruna, com sua pessoa e escravos e depois disto tendo sido avisado que na barra desta capitania andavam alguns inimigos corsários e indo eu de socorro ao porto e vila de Santos me acompanhou sempre com sua pessoa e armas e escravos e tornando eu outra vez de socorro a tomar uma urca holandesa que no dito porto estava, me acompanhou sempre na dita tomada e, outrosim quando voltei terceira vez a fortificar o porto e a vila de Santos entre esta e outras vezes me acompanhou até eu tornar a esta vila de São Paulo.
6° de 19 fonte(s) [24528] “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil Data: 1957, ver ano (98 registros)
Mas o intuito de D. Francisco de Sousa vindo a S. Paulo, com mineiros, com ensaiadores de ouro, com fundidores, com imensa comitiva, com trabalhos e despesas enormes, com todos os papéis dos dois irmãos Soares de Sousa, que haviam feito tentativas de descobrimentos pelo norte, foi o de tentar descobrir pelo sul as “minas” nas nascenças do rio S. Francisco, minas que o obcecavam.
Possuindo os roteiros das minas, tendo a sua disposição os elementos sertanistas para execução, tratou de organizar uma expedição que, partindo de S. Paulo, deveria chegar ao ponto desejado. Não obstante a sua habilidade incontestável, a sua atividade perseverante, os seus árduos e esforçados trabalhos, D. Francisco de Sousa não viu a fortuna coroar a empresa a que ele se dedicara inteiramente.
8° de 19 fonte(s) [9049] “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) Data: 21 de dezembro de 1964, ver ano (90 registros)
No Espírito Santo deteve-se o Governador, enviando na direção da Sabarabuçú a Diogo Martim Cão. Parou pouco no Rio. De Santos a Cubatão, viajou em canoa Subiu o péssimo caminho da Paranapiacaba em, rêde. Nos arredores de São Paulo teria cavalgado: Chegou à vila do Planalto em maio de 1599. Foi um alvoroço inclusive. hás Modas masculinas. E sonhando sempre, partiu logo para as,minas dos Sardinha, pelo caminho já descrito. Parte a cavalo, parte em canoa, parte em rêde, estava nas Furnas, triste: sertão: entre campos, no fim do ano. Em data não sabida de 1599 fundou no local a vila de Nossa Senhora de Monte Serrate, erigindo o pelourinho, um esteio de madeira de lei com. uma faca e um gancho de ferro, objetos êsses, nos ricos pelourinhos de pedra, menos grosseiros e coroados com as armas reais.
9° de 19 fonte(s) [24536] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior Data: 1969, ver ano (117 registros)
(...) chegou á vila de São Paulo atraído pela fama das descobertas dos Sardinhas, pai e filho, aos quais se mostrara grato e dedicara consideração especial, dano-lhes plena liberdade nas suas iniciativas minero-metalúrgicas.
Conclusão lógica é que os primeiros negros de serra acima, que tomaram parte no bandeirismo, foram os de Afonso Sardinha. Embora não tivesse chegado a realizar grandes correrias heroicas.
Embora não tivesse chegado a realizar grandes correrias heroicas, (não podia começar pelo fim) o "patriarca de de ouro" foi um bandeirante com raio de ação bem desenvolvido.
Seu nome é apontado pelos historiadores em vários assaltos ao sertão bruto. Sua presença no mataréo já é assinalada em 1590, através de numerosas entradas. Em 1599 estava ele bandeirando no rio Jeticahy, hoje Rio Grande.
Como admitir que o importador de negros de Angola não se tivesse utilizado deles nas suas proezas sertanistas? E estas suas proezas sertanistas, que forma o prelúdio das grandes façanhas, poderiam ser omitidas como secundárias?
Acredito que não e por muitos motivos. Por exemplo: a repercussão que tiveram os seus achados de ouro no espirito daquele encantador d. Francisco de Souza, a quem se apelidou de "eldoradomaniaco", redunda logo em mais duas bandeiras, muito importantes, que foram as de André de Leão e Nicolau Barreto.
Desde o início da mineração do Jaraguá, levas de nativos e de negros africanos, que começaram a ser introduzidos na Capitania, eram conduzidos pelos seus donos ao sopé do morro, a fim de intensificarem esse trabalho, que prometia lucros fabulosos. [Páginas 77 e 78]
12° de 19 fonte(s) [24461] “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga Data: 2010, ver ano (130 registros)
Em maio deste mesmo ano, Domingos Gomes Pimentel, que viera com o governador, solicitava terras entre os caminhos do Ibirapuera e Pinheiros porque queria trazer a família da Bahia.
13° de 19 fonte(s) [27557] Anais de História de Além-Mar, 2010. José Carlos Vilardaga Data: 2010, ver ano (130 registros)
Quando o governador chegou à pequena vila em 1599, não havia praticamente nenhum ofício que não os atrelados à Câmara. E, aliás, os ofícios disponíveis pela governança da Capitania eram sediados na vila de São Vicente, centro da capitania do mesmo nome. Entretanto, D. Francisco criaria, sob a jurisdição das supostas minas, um aparelho administrativo que serviu também para acomodar os diversos personagens, novos e antigos. Instituiu, por exemplo, mamposteiro de cativos, avaliador, partidor, medidor, avaliador da fazenda, juiz dos órfãos, repartidor de terras, procurador e escrivão do campo, capitão da gente de cavalo, escrivão da ouvidoria, alferes etc., ou seja, uma diversidade enorme de ofícios.
E, nestes, alojou seus acompanhantes, muitos deles castelhanos, como Geraldo de Medina, João de Santa Maria e Bernardo de Quadros, ou flamengos, como Geraldo Betting e Cornélio de Arzão, mas também uma boa quantidade de moradores mais antigos, como Antonio e Francisco Proença, pai e filho, ambos aliados importantes de Souza em São Paulo; Geraldo Correa; João Soares, João da Costa, Antonio Camacho, Francisco da Gama, dentre outros. Todos eles, de modo geral, foram, portanto, nomeados para cargos das minas ou das aldeias indígenas, e também ocupantes de ofícios camarários.
14° de 19 fonte(s) [27894] “Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo Data: 2011, ver ano (131 registros)
A campanha piratiningana teve um desfecho inusitado:acusado de falsificar documentos, João Pereira de Sousa foi preso quando ainda marchava rumo às minas. As outras duas deram no de sempre: índios escravizados e necas de Sabarabuçu.
Dois anos depois, ainda com o fracasso apesar-lhe os ombros, a tentação veio bater novamente à porta de d. Francisco. Dessa vez, na forma de um pedaço de metal azulado com pintas douradas. O torrão foi oferecido ao governador-geral por “um brasileiro” que dizia que a origem do regalo eram os “montes Sabaroason”.
Aquele minério valia quase nada, mas foi o suficiente para alucinar d. Francisco. Convencido de que o Sabarabuçu ficava mesmo abaixo da Bahia, o governador-geral decidiu se mudar de Salvador, então capital da colônia, para a boca do sertão: a vila de São Paulo de Piratininga.
Trocar Salvador por São Paulo, em 1599, só mesmo por um bom motivo; no caso de d. Francisco, a ganância.Na virada do século XVI para o XVII, Salvador era, junto com Olinda, a vila mais desenvolvida da América Portuguesa. Alavancada pelo dinheiro dos senhores de engenho, a sede do Governo-Geral já experimentava alguns luxos e uma certa movimentação.
Nessa época, a capitania do Recôncavo contava com impressionantes 3.000 habitantes brancos e mestiços. Já São Paulo, com suas reles cem casas, a maioria de pau a pique e teto de palha, era uma vila feia, “bem insignificante, quase miserável”.17 Em lugar do clima quente da Bahia, sopravam “grandes frios e geadas”. 18Paupérrimos, seus cerca de 200 moradores livres se vestiam tão miseravelmente que os trajes faustosos usados por d. Francisco quando entrou na vila, em maio de 1599, provocaram comentários. [Paginas 162 a 165 do pdf]
Mal instalou-se em São Paulo, deu início a uma série de providências para limpar e abrir caminhos e erigir vilas e fortes. Ainda naquele ano, o governador vistoriou pessoalmente as malservidas minas de ouro descobertas por Brás Cubas e Luiz Martins quase quatro décadas antes: Jaraguá, Birutuna, Monserrate e Biraçoiaba (região que se estende por cerca de 90 quilômetros entre os atuais municípios de São Paulo e Sorocaba).
O tesouro que d. Francisco buscava, no entanto, não estava ali tão próximo daquela vila molambenta. Escondia se em algum lugar certamente pior, disso ele sabia. O Sabarabuçu devia estar em algum ponto entre São Paulo e a Bahia — o que vale dizer, uma longitude de mais de 1.400 quilômetros em linha reta.
Tudo indicava que a serra resplandecente sonhada por d. Francisco ficava naquela região representada nos mapas da época com um imenso vazio, habitada apenas por índios e, segundo a imaginação de alguns cartógrafos, leões. O ouro estava no vão, no oco, no deserto do Brasil. [Páginas 165, 166 e 167 168 do pdf]
Não havia caminho que ligasse São Paulo ao sertão; apenas trilhas de índios, estreitas e traiçoeiras, por onde era possível passar somente uma pessoa de cada vez. Os homens brancos que se dispunham a embrenhar-se por essas veredas, além de serem desassombrados, precisavam ser fortes e resistentes, já que o itinerário raramente seguia na linha horizontal.
Era um subir e descer constante por serras rochosas que podiam se elevar a quase 3.000 metros acima do nível do mar. Poucos lugares na colônia eram tão altos. 21 O que parecia um problema na verdade eram dois: tendo de subir os morros de quatro, usando as mãos para agarrar raízes e pedras, ficava-se à mercê das flechas dos índios. [Fernão Cardim (1540-1625)]
15° de 19 fonte(s) [28397] A organização espacial das atividades econômicas em Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX, Nádia Pereira Daian Data: 2011, ver ano (131 registros)
Foi essa obsessão que induziu o governo de Portugal a determinar a D. Francisco de Sousa, então Governador Geral do Brasil, que se transferisse para São Paulo e tentasse identificar os caminhos das ambicionadas riquezas minerais.
D. Francisco de Sousa, animado da esperança de que por Piratininga melhor se chegaria ao Sabarabuçu armou uma tropa e entregou o seu comando a André de Leão, para seguir em busca da famigerada serra (...). Ocorrida essa entrada em 1601-1602, ficava traçado o tronco do caminho que seria logo após, continuamente, trilhado pelos caçadores de índios, percussores da grande bandeira de Fernão Dias, que foi a definitiva descobridora das Minas Gerais e a origem do seu povoamento (LIMA JUNIOR, 1943, p. 34).
16° de 19 fonte(s) [26412] Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina* Data: 1 de fevereiro de 2014, ver ano (137 registros)
D. Francisco de Souza, por sua vez, chegou a Villa de S. Paulo em Maio de 1599, seguido de considerável comitiva. Jornadeou logo para as minas do Araçoiaba, onde Affonso Sardinha, o moço, lhe fez doação dum dos fornos Catallães para o preparo do ferro, passando depois a visitar as minas de Bacaetava, S. Roque e Jaraguá.
17° de 19 fonte(s) [25016] O Brasil na Monarquia Hispânica (1580-1668) Novas Interpretações* Data: 1 de dezembro de 2016, ver ano (148 registros)
O governador permaneceu em São Paulo entre 1599 e 1604, numa primeira vez, e entre 1610 e 1611, numa segunda ocasião. Nesta última, inclusive, ali faleceu, pobremente, segundo Frei Vicente de Salvador. Souza, apesar de certa imagem de “Quixote mineral” que se construiu sobre ele postumamente, vinha cumprir fielmente seu regimento e suas ordens, emanadas de Felipe II, para demandar tais riquezas.
18° de 19 fonte(s) [27864] “O semeador de horizontes”. Revista da Associação Paulista Medicina* Data: 1 de outubro de 2018, ver ano (187 registros)
D. Francisco de Sousa, antes de vir para a América, serviu em Tânger e comandou em 1578 a frota que levaria D. Sebastião à trágica jornada de Alcácer-Quibir. Político hábil e erudito, sabia moldar-se a situações diversas, o que lhe valeu a alcunha de D. Francisco “das manhas”. Esse D. Juan de metas impossíveis dá os primeiros passos do bandeirismo enviando homens nos rumos do Sabarabuçu, Cataguases, Goiás e Mato Grosso.
Protetor dos índios escravizados, efetua a conquista do Rio Grande do Norte e defende a costa brasileira dos ataques corsários franceses, ingleses e holandeses. Foi o propulsor da expedição de Gabriel Soares de Sousa que levaria à morte o autor do Tratado descritivo do Brasil na região situada entre o Jacobina e o Paranamirim do Rio das Contas. Prossegue a saga do cavaleiro andante enamorado de serras resplandecentes.
Antes de sua vinda, segundo depoimentos de Fernão Cardim e Frei Vicente do Salvador, os paulistas vestiam-se de “burel e pelotes pardos e azuis de petrinas compridas”, com “roupões de cacheiras sem capa”. Homens e mulheres se cobriam com o rústico pano de algodão tecido pelas índias, e, se havia alguma capa de baeta, era luxo emprestado aos noivos que adentravam a igreja no dia do casamento. Com D. Francisco de Sousa, os paulistas passam a viver com certo luxo depois que “viram suas galas e de seus criados, e houve tantos librés e mantos de seprilhos que já parecia outra coisa”.