Pedido de demissão de Seidl, responsável pela saúde, que fora substituído por Theophilo Torres
18 de outubro de 1918, sexta-feira. Há 106 anos
No dia 18 de outubro, o país tomava conhecimento do pedido de demissão de Seidl, que fora substituído por Theophilo Torres. Na verdade, a exoneração do ex-diretor foi resultado de fortes pressões da Presidência da República, que enviara o oficial de gabinete Elmano Cardim para cobrar contas sobre os trabalhos de combate à epidemia. Wenceslau Braz colocava a culpa da morosidade na organização dos socorros públicos e, conseqüentemente, da expansão da epidemia, nas costas de Seidl. Tal exoneração foi uma tentativa de dar uma resposta pública diante das críticas à impossibilidade de conter a expansão da moléstia e socorrer a população. Foi, conseqüentemente, uma forma que as elites dirigentes, mais diretamente Wenceslau Braz, encontraram para tentar diminuir suas perdas políticas diante do colapso social que se instaurara.