O Serviço Nacional de Informações (SNI) foi criado pela lei nº 4.341 com o objetivo de supervisionar e coordenar as atividades de informações e contrainformações no Brasil e exterior.
Foram absorvidos o Serviço Federal de Informações e Contra-Informações (SFICI-1958) e a Junta Coordenadora de Informações (JCI-1959).
Embora o general Humberto Castelo Branco defendesse a criação do SNI, este fora idealizado por Golbery do Couto e Silva, general que lutara na Segunda Guerra após treinamento oficial junto ao exército estadunidense, na Fort Leavenworth War School.
Golbery, ativo na a crise de 1954 que culminara com o suicídio de Vargas, participou ainda do grupo que tentou impedir a posse de Juscelino Kubitschek.
Passando à reserva, passou a trabalhar num dos think tanks a serviço dos interesses americanos e do regime militar, o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes).
Seu acervo de gravações, dossiês, e farto material a serviço da repressão seriam integralmente transferidos aos arquivos do SNI em 1964.
Paradoxalmente, embora tenha fomentado seu desenvolvimento, Golbery seria contra a atuação da chamada linha dura da repressão e a favor da abertura política do país a partir de 1974.