Um motociclista morreu após ser atingido por uma linha chilena na noite deste domingo enquanto trafegava pela Avenida Brasil, na altura de Guadalupe, Zona Norte do Rio. Alex Leandro Silva Motta, de 35 anos, era gari e morava no bairro de Realengo, na Zona Oeste. Quando foi atingido, por volta das 20h, a vítima voltava para casa. Alex trabalhava no setor de coleta da Comlurb há cerca de quatro anos. Ele era casado e deixa dois filhos adolescentes, um de 10 e outro de 16 anos.Policiais militares do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) foram acionados para verificar a ocorrência, segundo a corporação, mas encontraram o homem em óbito. A perícia foi acionada, e a ocorrência foi encaminhada para a 31ª DP (Ricardo de Albuquerque), que instaurou um inquérito para apurar a morte do motociclista. Segundo a Polícia Civil, "diligências estão em andamento". — A equipe esteve no local para buscar alguma informação, mas não obteve nada sobre o autor. Estamos agendando algumas testemunhas para obter maiores detalhes. O fato de não ser uma área residencial dificulta o nosso trabalho. Ouvimos os policias que chegaram primeiro no local do crime — afirma o delegado titular da 31ª DP, Fabio Luiz. Nas redes sociais, internautas lamentaram a morte de Alex: "Meu Deus! Eu o conhecia... ele era muito gente boa. Triste com essa notícia. Meus sentimentos aos familiares e amigos", disse um usuário do Facebook. Também na web, amigos lançaram uma campanha contra o uso de cerol ou de linha chilena com a frase "cerol não" e a hashtag #luto.O velório de Alex será a partir das 8h, no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte, seguido do sepultamento, às 10h30, no mesmo local.O uso da linha chilena em pipas já fez vítimas com ferimentos graves na cidade. O caso de uma menina que teve uma das pernas amputadas, estimulou a alteração da lei 8.478, que proíbe o perigoso item. Dessa forma, desde 19 de julho de 2019, quem for flagrado soltando pipa com linha chilena (linha com vidro moído e cola ou quartzo moído, algodão e óxido de alumínio) ou cerol tem que pagar uma multa de R$ 342,11. O texto, publicado em Diário Oficial, estipula multas para quem fabricar, vender, comprar, portar ou usar o material. No início de fevereiro, o empresário Jair Sena, de 42 anos, sofreu um corte no pescoço feito por uma linha chilena enquanto voltava do trabalho, na Rodovia Presidente Dutra, na altura de São João de Meriti, Baixada Fluminense. O ferimento não foi mais profundo porque ele estava com um óculos de sol na gola da camisa. Já em dezembro, o cabo da Marinha Victor de Melo Baptista, de 27 anos, morreu após ser atingido pela linha com cerol enquanto dirigia sua moto na Linha Amarela, altura do bairro de Pilares, Zona Norte, na volta da praia.PORTAL SBN| COM INFORMAÇÕES DO EXTRA