No dia 5 de junho de 1966, Adhemar de Barros foi afastado do cargo de governador de São Paulo e cassado pelo presidente Castelo Branco.
Adhemar tinha conseguido interferir na eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, quando apoiou Francisco Franco para a presidência da Casa, contra Waldemar Lopes Ferraz, o candidato do partido governista, a Arena.
Isso deixou o governo federal com receio de perder a sucessão estadual indireta, que passava pela Assembleia.
O candidato escolhido pelo governo federal era o ex-deputado Roberto Costa de Abreu Sodré, que procurou o presidente Castello Branco para relatar esquema de empréstimos de Adhemar, através de títulos públicos, as chamadas "adhemaretas".
Castello, após ouvir os reclamos dos seus ministros, afirmou que iria agir. O governo tinha duas alternativas: cassar o mandato de diversos deputados estaduais paulistas e assim garantir o quórum que daria a vitória ao candidato do partido do governo, o já indicado Abreu Sodré ou em uma medida mais radical cassar o mandato do próprio governador Adhemar de Barros.
Adhemar ainda iniciou uma série de nomeações na administração publica de São Paulo, que recebeu críticas de todos os lados.
O descalabro praticado chegava ao ponto do, em apenas 30 dias, astronômico número de 16.600 nomeações. Essa cifra chegou a 20.377 no período de seis meses.
A situação era tão absurda, que notícia divulgada pela imprensa chamou a atenção: na cidade de Laranjal Paulista, foram nomeados dois motoristas para o posto de saúde, que não possuía nenhuma ambulância...
Em 2 de junho de 1966, o governo federal fez divulgar pelos jornais do país, que o Conselho de Segurança Nacional, subordinado diretamente à Presidência da República, estava investigando as nomeações em São Paulo.