“POR ORDEM DO PREFEITO – ‘Exumados’ os trilhos do Cemitério da Consolação”. Com este curioso título, a manchete do Cruzeiro do Sul de 26 de abril de 1960 — uma terça-feira — noticiou sobre os trabalhos de uma comissão instituída pela Câmara de Vereadores de Sorocaba para apurar as responsabilidades dos “estranhos agentes funerários” que em outubro do ano anterior “sepultaram” dois trilhos de ferro no Cemitério da Consolação.
No dia anterior à reportagem, o grupo de parlamentares havia colhido os depoimentos de quatro coveiros que trabalhavam naquele campo santo por ocasião dos fatos, porém, sem obter qualquer informação que ajudasse a desvendar o mistério.
A única novidade foi com relação ao futuro dos “defuntos metálicos”: por ordem do então prefeito sorocabano, Artidoro Mascarenhas, o material havia sido desenterrado no sábado anterior à audiência e levado ao depósito da Prefeitura, onde aguardava destinação.
Diante das dificuldades, o Legislativo Municipal decidiu encerrar os trabalhos da comissão sem convocar mais ninguém.