D. Pedro assumia o exercício do poder executivo e procurava impor suaautoridade, sem hostilizar as atitudes da Vila de Itu e coligadas, mas, também, sem conceder aelas qualquer iniciativa política autônoma.Pela primeira vez, D. Pedro se auto-referia como chefe do Poder Executivo,condição que vinha perseguindo e que a viagem a São Paulo buscava construir em bases maisconcretas.Ainda em Lorena, D. Pedro mandou dispensar a Guarda de Honra destinada aacompanhá-lo, formada por oficiais e comerciantes ligados a Francisco Ignácio e quepretendiam liderar o governo na Província.Em portaria de 19 de agosto, assim o Príncipe se manifestou:Manda S.A.Real o Príncipe Regente, pela Secretaria de Estadointerina, participar a VV.EEx. que lhe foram presentes quatro ofíciosdesse Governo, dois com data de 6 de Agosto e os outros com a de 12do mesmo mês e ano. N’um deles participavam VV.EEx. haveremformado uma Guarda de Honra para S.A.Real composta de 32 praças,tiradas dos Oficiais de Milícias e Comerciantes; porém, comoV.A.Real ordenou, que se reunisse nesta Província aquela legítimaGuarda de Honra, mandada criar pelo mesmo Senhor: Há por bemdispensar esta de o acompanhar, e do uso dos seus uniformes, visto oGoverno629não ter pedido licença, nem aprovação do plano de suacriação, como é de se dever para poder formas quaisquer Corpos, euniformizá-los, muito principalmente Corpos desta natureza. [DE ALTEZA REAL A IMPERADOR: O Governo do Príncipe D. Pedro, de abril de 1821 a outubro de 1822, 2006. Vera Lúcia Nagib Bittencourt. Página 344]
Dia 19, pousou em Guaratinguetá, onde recebe "ótimas cavalgaduras para toda a comitiva, sempre mais numerosa", e vai rezar na Igreja de Aparecida. [0]Manifesto do príncipe regente D. Pedro, dirigido à Câmara da vila de Sorocaba, participando ter anulado o termo de vereança extraordinária, visto terem cessado os motivos que lhe deram causa, e ordenando que a referida Câmara se dirija diretamente à Sua Real Pessoa, enquanto não estiver formado o governo da província de São Paulo. Lorena [1]