' Cavaleiros entregam cartas a D. Pedro - 07/09/1822 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Cavaleiros entregam cartas a D. Pedro
7 de setembro de 1822, sábado. Há 202 anos
 Fontes (2)
Ver São Paulo/SP em 1822
35 registros
De regresso a São Paulo, no sábado, por volta das 16 horas, dia 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro e comitiva se encontravam no alto de colina próxima do riacho do Ipiranga.

Sois cavaleiros em rápida carreira vão a seu encontro, eram o major Antônio Ramos Cordeiro e Paulo Bregaro, hoje Patrono dos Carteiros, este, como correio-real da Corte.

Traziam diversas correspondências: cartas de sua esposa Leopoldina, de José Bonifácio; duas de Lisboa - uma de seu pai D. João VI e a outra com instrução das Cortes, exigindo o regresso imediato do príncipe e a prisão e processo de José Bonifácio, e a última de Chamberlain (amigo de confiança do príncipe D. Pedro).

Revista do Instituto e Geográfico de São Paulo. Vol. XVIII
Data: 01/01/1913 1913
Página 71

Carta de José Bonifácio a D. Pedro
Data: 01/01/1822 1822
Créditos / Fonte: Domínio público
((**)((vr)

A Declaração da Independência
Data: 07/09/1822 1822
Créditos / Fonte: François-René Moreaux (1807–1860)

1° de 2 fonte(s) [29456]
Dois cavalos que mudaram a História do Brasil, Laurentino Gomes, ...
Data: 9 de janeiro de 2014



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2° de 2 fonte(s) [k-3202]
Brasil Paralelo
Data: 2024, ver ano (515 registros)

Segue o conteúdo da emblemática carta de José Bonifácio:

Senhor, as cortes ordenaram a minha prisão por obediência a vossa alteza, e no seu ódio imenso de perseguição atingiram também aquele que preza em voz servir com lealdade e a dedicação do mais fiel amigo e súdito.

O momento não comporta mais delongas ou condescendências, a revolução já está preparada para o dia de sua partida; se parte, temos a revolução no Brasil contra Portugal, e Portugal, atualmente não tem recursos para subjugar um levante que é preparado publicamente para não dizer quase visivelmente.

Se fica, tem vossa alteza contra si o povo de Portugal, a vingança das cortes, e direi até, a deserdação que dizem já estar combinada.

Ministro fiel que arrisquei tudo por minha pátria e pelo meu príncipe, servo obedientíssimo do senhor Dom João VI que as cortes tem na sua detestável coação; Eu como ministro, aconselho a vossa alteza, que fique e faça do Brasil um reino feliz, separado de Portugal, que é hoje escravo das cortes despóticas.

Senhor, ninguém mais do que sua esposa deseja a sua felicidade, e ela lhe diz em carta que com esta será entregue, que vossa alteza deve ficar e fazer a felicidade do povo brasileiro que o deseja como seu soberano, sem ligações de obediência às despóticas cortes portuguesas que querem a escravidão do Brasil e a humilhação do seu adorado príncipe regente.

Fique é o que todos pedem ao magnânimo príncipe que é vossa alteza, para o orgulho e felicidade do Brasil.

E se não ficar, correrão rios de sangue, nessa grande e nobre terra, tão querida do seu real pai, que já não governa em Portugal por opressão das cortes, nesta terra que tanto estima vossa alteza e a quem tanto vossa alteza estima.

—Arrancando a abraçadeira azul e branca que simbolizava Portugal, Pedro a atirou ao chão dizendo: “Arranquem vossas abraçadeiras soldados, viva a independência, a liberdade e a separação do Brasil”.

O príncipe sacou sua espada, o que foi seguido pelos demais militares, os paisanos retiraram o chapéu em sinal de reverência e Dom Pedro novamente declarou:

“Pelo meu sangue, pela minha honra e pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil. Brasileiros, a nossa divisa de hoje em diante será independência ou morte”.


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