' Vanderson Roberto Corrales Lao trabalhava na antiga empresa “Klink”, e era “sócio clandestino” do Sindicato dos Metalúrgicos - 01/01/1976 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Vanderson Roberto Corrales Lao trabalhava na antiga empresa “Klink”, e era “sócio clandestino” do Sindicato dos Metalúrgicos
1976. Há 48 anos
Ver Sorocaba/SP em 1976
60 registros
O ano era 1976. O movimento sindical se agitava na expectativa de uma Greve Geral. Nesse contexto, o jovem Vanderson Roberto Corrales Lao, nascido em 17 de outubro de 1959, não havia completado, ainda, 17 anos quando trabalhava na antiga empresa “Klink”, atual “Arthur Klink”, e era “sócio clandestino” do Sindicato dos Metalúrgicos, sem nenhum envolvimento político, neste momento. “Como, na época, não havia o desconto direto da mensalidade de sócio, fui à sede do Sindicato para fazer o pagamento, sempre tendo o cuidado de observar se não havia nenhum ‘pipoqueiro’ em cima de poste, porque a coisa era muito complicada. Lá peguei alguns panfletos falando da greve e saí distribuindo”, relembra. “Quando cheguei à Fepasa [antiga estação ferroviária], encontrei um militante de partido de esquerda que me alertou para ter muito cuidado com aquele material. Já estava subindo a rua Aparecida quando acabei sendo preso”.Segundo o professor, as pessoas que o abordaram não estavam fardadas, mas dirigiam um camburão onde o obrigaram a entrar. “Eles queriam o panfleto que eu estava distribuindo, mas como eu havia sido alertado anteriormente, assim que os avistei, joguei num terreno”, recorda. “Primeiramente, me levaram para um local que acredito que seja perto da Rodovia Castelinho; lá me giraram, fizeram coisas para me desnortear. Depois disso, eu não sei para onde fui, mas deram muitas voltas... eu penso que foram em direção à estrada velha de Aparecidinha”, conta.“Era uma sala escura, um lugar isolado, parecido com aqueles ambientes que a gente vê em filme”, descreve o professor. “Ali me bateram bastante e me deram muito choque – tanto que eu tenho medo disso até hoje; trabalho sempre com o disjuntor desligado”, relata ainda abalado. “Eu ficava dizendo que jurava por Deus que não conhecia absolutamente ninguém... foi um negócio absurdo”.Depois de toda a agressão sofrida, em mais de oito horas de apreensão, o prof. Vanderson foi abandonado nas imediações do antigo Hospital São Vicente, atual Policlínica, já de madrugada. Aos pais, disse que havia se envolvido numa briga, por causa de meninas. Até hoje, revelou a experiência a poucas pessoas, entre elas, aos filhos, há apenas cinco anos. “Foi terrível, foi humilhante, foi vexatório...”, avalia.Revoltado com o ocorrido, apesar do silêncio, o professor diz que conheceu uma pessoa bastante politizada, na fábrica onde trabalhava, que explicou toda a conjuntura da política nacional da época. “Na escola, tudo era muito velado. Eu tive um professor que era um pouquinho mais de vanguarda, que falava umas coisas sobre o Governo, mas os demais não”.

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