Um morador chegava em casa de carro, por volta da 0h30, quando seis homens se aproximaram, cinco deles estavam encapuzados. Eles estavam com duas armas e quatro facas.
Três famílias de origem boliviana moravam na residência que fica na Vila Bela, em São Mateus, zona leste de São Paulo. O imóvel era dividido em cômodos com cama, armários, fogão, geladeira e pia.
As dez pessoas que estavam na casa foram levadas para um desses quartos, no piso superior e mantidas reféns. Brayan estava no andar de baixo e foi entregue à mãe por um dos assaltantes. Ele ficou assustado e começou a chorar no colo dela.
Os criminosos roubaram R$ 4.500 durante o assalto. Eles ainda pediam mais dinheiro e ficaram incomodados com o choro do menino. Um dos assaltantes, armado com um revólver, mandou a criança se calar, caso contrário, atiraria.
Foi naquele momento que Brayan pediu para não ser morto e também para que não assassinassem a mãe dele.
O menino levou um tiro na cabeça depois que a mãe ajoelhou e mostrou a carteira vazia. Após o crime, eles fugiram levando o dinheiro. O menino foi levado a um hospital, mas já chegou morto à unidade de saúde. O corpo dele foi enterrado na Bolívia.
Os pais de Brayan vieram com ele para o Brasil havia seis meses. Eles moravam e trabalhavam como costureiros no mesmo imóvel onde aconteceu o crime.
Após a tragédia, a mãe disse que não queria mais continuar vivendo no País e voltaram à Bolívia nos próximos dias. Brayan era filho único do casal.