O crime: Leonardo foi para casa de Marta, na viela das Rosas, bairro Cidade Jardim, e discutiram. Ele voltou a insistir para ela deixar de fazer programas e morarem juntos. "Foi um momento de nervosismo da parte dos dois. Deu no que deu. A gente começou a se estapear, discutir... Depois pensei: não acredito que fiz uma desgraça dessa."
Para matar Marta, Leonardo usou uma faca de cozinha. Foram várias perfurações no peito e uma no púbis. No interrogatório, ele disse que no dia 1º Marta o chamou de idiota, corno, porque sabia que ela saía com homens e ainda assim ficava atrás dela.
Segundo Leonardo, na ocasião, ela o ofendeu e trocaram tapas e empurrões. Leonardo pegou a faca na gaveta do armário da cozinha e a golpeou. Marta caiu e ele percebeu que estava morta. Pegou então cobertores da cama para enrolar o corpo e deixou na área de serviço, ao lado da máquina de lavar roupa.
Antes de sair da casa, Leonardo escreveu um bilhete. O propósito era desviar a investigação da polícia. Ele sabia que iriam encontrar o pedaço de papel e escreveu: "Sair com homem casado é que dar e isso morte sua garota de programa sua vagabunda."
A reportagem teve conhecimento desse bilhete no dia seguinte ao que o corpo de Marta foi encontrado, mas não citou anteriormente para não prejudicar o trabalho da polícia.
Segundo o delegado Acácio Aparecido Leite, da DIG, a hipótese de que uma mulher tivesse matado Marta acabou sendo descartada a partir das primeiras informações levantadas por investigadores.
O delegado descobriu que Marta havia comentado com algumas amigas que estava preocupa devido ao relacionamento que mantinha com Leonardo. No dia do crime, Leonardo pegou o celular de Marta, a faca e a chave da casa. Teria escondido os objetos num terreno próximo à avenida Américo de Figueiredo.
Policiais fizeram uma varredura na área, mas não acharam. Leonardo não pensou em fugir e continuou no emprego. "Fugir para quê? Um dia eu ia ser pego". Ele disse que está arrependido. "Continuei trabalhando e pedindo para Deus: me perdoa, me perdoa."