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Preso em Sorocaba (SP) médico cubano acusado de mandar matar amante em 2002
14 de fevereiro de 2012, terça-feira. Há 12 anos
Ver Sorocaba/SP em 2012
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diz políciaDo UOL, em Sorocaba (SP)15/02/2012 15h26O crime aconteceu em 2002, mas só agora a polícia conseguiu prender o médico Alfredo Eleuterio Luna Iturralde, de 61 anos. O anestesista cubano é acusado de mandar matar a amante, Juliana Costa Ferro Kaleski, em Mauá, na Grande São Paulo, dez anos atrás, segundo informações da polícia.Iturralde foi detido nesta terça-feira (14) pelos policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Sorocaba (90 km de São Paulo). Ele tinha passado por uma cirurgia cardíaca e foi preso assim que recebeu alta do hospital.“Ele não resistiu à prisão, mas se mostrou surpreso quando explicamos o que estava acontecendo”, informou o delegado José Urban Filho.De acordo com o delegado, a amante de Iturralde era enfermeira, e os dois trabalharam juntos em um hospital em Mauá. Ela foi morta a tiros, e o juiz da cidade concluiu que o médico foi o mandante do crime.“Para a Justiça não há dúvida sobre o envolvimento de Alfredo, por isso foi expedido um mandado de prisão no ano passado”, diz Urban. Ele foi levado para a carceragem da DIG e encaminhado para a penitenciária de Mauá, destinada a presos estrangeiros.RefugiadoAo policiais, o médico contou que está no Brasil desde 1995 e que chegou ao país como refugiado político. “Ele fazia parte do primeiro escalão das tropas do ditador Fidel Castro, atuando como médico do Exército”, disse o delegado.Iturralde se formou em Cuba, mas legalizou a sua situação no Brasil para atuar na profissão. Ele estava inscrito no CRM (Conselho Regional de Medicina) desde 2004 (dois anos após o crime) e mantinha uma situação ativa.O anestesista estava havia dois anos em Sorocaba e trabalhava na Santa Casa, mas passou ainda por hospitais de Tietê e Bragança Paulista.Segundo um dos membros do CRM em Sorocaba, o motivo para Iturralde estar trabalhando normalmente, mesmo procurado pela polícia, está na documentação exigida para o registro no Brasil.O CRM não pede um atestado de antecedentes criminais, o que permitiu que o anestesista continuasse com o trabalho normalmente.

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