Julgamos a propósito repetir aqui o que a respeito do rio Tietê escreve Manoel Ayres do Cazal, pois nos parece que será de justificável interesse para o leitor:"O rio Tietê, em outro tempo Anhemby, nome que lhe deu uma tribo nativa, tem sua nascença obra de 20 léguas a leste da cidade de São Paulo, da qual passa não muito arredado; e obra de 4 milhas abaixo recolhe pela margem esquerda o rio dos Pinheiros, que vem do sueste com 6 léguas de curso. Depois de 13 recebe pela direita o Jundiahy, que passa pela vila de seu nome. Junto desta confluência, forma o rio Tietê uma grande catapulta, que impede a subida dos peixes, e 15 léguas adiante se lhe junta o Capibary por uma boca de seis braças de largura, depois de ter atravessado um extenso bosque de majestoso arvoredo. 2 léguas abaixo deságua na margem esquerda, com 8 ou 9 braças de largura, o rio Sorocaba, que nasce na serra do Cubatão e passa pela vila que lhe toma o nome." [Peregrinação pela Província de S. Paulo: 1860-1861, 1862. Augusto Emílio Zaluar (1825-1882). Página 187]