Martim Francisco visitou a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684 - 23/01/1803 de ( registros)
Martim Francisco visitou a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684
23 de janeiro de 1803, domingo. Há 221 anos
Fontes (4)
No precedente capítulo deixamos bem assinalado o rumo que ia tomando à exploração do ferro na região do Ipanema. Êsse rumo novo indicava o advento de um estadista de larga visão nos Conselhos do Rei de Portugal: tratava-se de D. Rodrigo de Souza Coutinho, ulterior mente Conde de Linhares.
Em 1797 entrava ele êle para o Ministério Português, na qualidade de Ministro da Guerra. No trono sentava- se então D. Maria I, mas,dada a demência da Soberana, era seu filho, o Príncipe D. João , herdeiro presuntivo da corôa , quem governava de fato, embora com o título de regente.
D. Rodrigo foi encontrar na sua pasta, à espera de solução, a proposta dos Capitães -mores de Sorocaba e Itú para a restauração da fábrica de ferro do morro Araçoiaba, e não repugna admitir que tal proposta fosse o ponto de partida das suas cogitações sôbre aquele negócio.
A proposta continuou sem solução, pois o Ministro, enfronhando - se cuidadosamente do assunto, chegou à convicção de que aos proponentes faltariam recursos para uma tentativa mais viável do que as anteriores ; e no seu espírito se esboçou desde logo um plano de exploração encabeçado pelo governo da Metrópole. O influxo benéfico do novo ministro não tardou a se fazer sentir ; temos uma prova disso nas providências que assinalaram o governo do Capitão General Antonio Manoel de Melo Castro e Mendonça, providências já sumariadas no precedente capítulo. D. Rodrigo procurou a colaboração de alguns brasileiros de mérito, ouvindo- os de bom grado e facilitando- lhes a imprensa. A história do Brasil, diz o Visconde de Porto Seguro, não pode evocar o nome de Linhares sem reconhecimento sem ver nele um grande patriota, pois do próprio Brasil descendia ele pelo lado materno. Um dos brasileiros por ele distinguido foi José Bonifácio de Andrada e Silva , o futuro Patriarca da Independência. D. Rodrigo fez dele o Intendente Geral das minas de Portugal, onde José Bonifácio então residia .
Posto o estabelecimento em estado ode trabalhar, depois de reparado o antigo maquinismo e casas que ai havia, e feito, o que era mais urgente para dar-lhe movimento, em 1803 e com antecipada ordem do governo da metrópole instaurou-se nele a fabricação do ferro sob a direção de João Manso.
Em 1803 o Coronel Martim Francisco Ribeiro de Andrada, irmão de José Bonifácio, era inspetor das minas e matas da província de São Paulo e, nas viagens ao Morro do Ferro (10), examinou cuidadosamente as suas jazida.
O segundo, na viagem de 1803, fôra até a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684, quando certo frei Pedro de Souza, religioso mercenário, tentou encontrar aquêle metal em tôda a zona. Em seu diário refere-se à figueira do Cerrado, que existiu até aí por 1950, já aleijada, à beira da avenida General Carneiro [“Memória Histórica de Sorocaba VI”. Aluísio de Almeida, 1969. Página 313]
Seu pai, Johann Adolf Varnhagen, era pastor e historiador naquela cidade. Em 1802 estava na fábrica de ferro de Neubauer, em Waldeck, Alemanha, quando conheceu Guilherme Eschwege. Eschwege e Friedrich, então com 19 anos, vão para Portugal no ano seguinte a convite de José Bonifácio para a Fábrica de Ferro de Figueiró dos Vinhos. Em Portugal foi contratado para comandar as fundições portuguesas pelo período de dez anos.