"Existem muitas formas de ser contar a história. Os historiadores precisam tomar um cuidado muito especial, com uma coisa muito perturbadora, que é o anacronismo, ou seja, deitar olhar sobre um período do passado, que se quer estudar, com o olhar do presente, querendo avaliar valores e comportamentos à luz do que você vê nos dias de hoje."
Citação do prof. Jonas Soares, historiador do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, extraído do livro "Baltasar Fernandes: Culpado ou Inocente?" de Sérgio Coelho de Oliveira.
Sob o título "Escravo Fugido - 100$000 de gratificação, o "Correio Paulistano" de 20 de agosto de 1868 anunciava:
"Do lugar denominado Água Branca em São Paulo desapareceu no dia 20 de Maio a Elesbão Antonio da Costa e Silva de Sorocaba o escravo de nome Benedito, crioulo de mais de 30 anos, alto, corpo regular, cor fula, olhos pequenos e pouco abertos, boa dentadura, sem barba pés malfeitos, e calcanhares bem calejados, no andar é meio corcunda; quem o aprender e entregar em Sorocaba ao sr. Luiz Matheus Maylasku, receberá a gratificação acima e em São Paulo no hotel da Europa e a metade da mesma gratificação, protestando-se desde já usar de todo o rigor da lei da lei contra quem o acoutar."