11 de setembro de 1876, segunda-feira. Há 148 anos
A mira nos 2:000$ prometidos pela família do finado tenente-coronel Fernando de Souza Freire a quem capturasse "Generoso", escravo e assassino do mesmo tenente-coronel, tem dado em resultado bonitos episódios.Quase que diariamente percorrem por esta cidade boatos da prisão desse facínora, ora num, ora noutro ponto, e mesmo em um só dia em diversos lugares, acontecendo não raras vezes até incomodar a polícia.Ha poucos dias deu-se um caso interessante a esse respeito. Apareceu em um dos bairros da cidade de Itapetininga um indivíduo sobre quem recaíram logo suspeitas de ser o assassino em questão. A notícia dos 2:000$ o tinha precedido e fácil foi organizar-se um cerco e o prenderam.E ele ali mesmo pelos circunstantes interrogado, e faz-lhes gaguejando e assustado uma completa confissão de tão bárbaro crime que perpetrara; a tudo que lhe perguntavam, respondia afirmativamente. Em vista disto o conduziram a presença do delegado onde fez-lhe completa confissão do assassinato.Então, o delegado manda escrever o interrogatório; porém já as coisas mudaram um pouco: não se chama ele "Generoso" e sim José da Silva; não é mais escravo e assassino, mas livre e inocente. Não acreditaram muito naturalmente.A sua confissão foi tão completa, os sinais do assassino condiziam tanto com os do preso que era impossível acreditar-se no que dizia posteriormente. É então ele com todas as precauções remetido a Sorocaba, acompanhado-o um dos heróis da prisão, com o fim de aqui receber os prometidos dois contos.Mas... horrível decepção! Ninguém em Sorocaba reconhece em Generoso remetido o Generoso assassino: este é "fulatocando" a preto, aquele é pardo; um é esperto, cheio do corpo e valente, o outro é quase idiota, franzino e "poltão"; finalmente, os sinais de um combinam tanto com os do outo como a claridade do sol com a das estrelas.O nosso herói, quem sem dúvida já calculava no que empregaria os dois contos, viu a seu pezarm depois de interrogado pelo delegado de polícia, Sr. Capitão Sá Fleury, o seu "Generoso", o de vem reconhecida a identidade, abrirem-se as portas da cadeia para dar passagem ao idiota e gago José André da Silva.