' Padre Alfaro adverte Balthazar - 19/02/1638 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Padre Alfaro adverte Balthazar
19 de fevereiro de 1638, sexta-feira. Há 386 anos
Em meados de fevereiro, em São Nicolau de Piratini, onde se encontra, recebe o padre Alfaro ordem de excomunhão maior, que lhe manda o bispo de Buenos Ayres, para ser notificada aos paulistas, que se encontravam em Candelária, se continuassem eles a cometer depredações e a cativar índios das doutrinas cristãs.

E em 19 de fevereiro adverte o capitão André Fernandes, Balthazar Fernandes, capitão "fulano" (Antônio) Pedroso, o capitão Domingos Alvares e o fulano Prieto e "otros muchos portugueses y castellanos contra cédulas de S.M., que não mais entrem nas reduções desctruindo-as e cativando índios cristãos, sob pena de excomunhão maior". Teve lugar a intimação pessoal nos campos que foi da Redução de Candelária de Caaçapamini, 25 de fevereiro, estando presentes o mestre de campo Insaurralde (índio), o padre Pedro Romero, o notário apostólico padre Juan Batista Hornos e outros muitos."Os bandeirantes presentes se negaram a ouvir a advertência, dias depois repetida pelo padre Alfaro, alegando que iriam apresentar recurso.

É importante que se observe dois aspectos nesta informação: primeiro André e Balthazar não estavam presentes nesse momento, uma vez que permaneceram em Santa Tereza; as acusações feitas contra os bandeirantes, nese documento, são de "cometer depredações e cativar índios", não havendo a matança de índios a que se referem alguns jesuítas e historiadores em seus relatos.

Essa foi a última viagem de Balthazar Fernandes, participando de uma bandeira de apresamento de índios. Ao retornar a São Paulo, passa por Sorocaba. [1]

História das missões orientais do Uruguai
Data: 01/01/1954 1954
Créditos / Fonte: Aurélio Pôrto
Página 162

1° de fonte(s) [25204]
História das missões orientais do Uruguai. Aurélio Pôrto.
Data: 1954, ver ano (99 registros)

Em 19 de Fevereiro, em Caaçapá-mini, a primeira pessoa referida na excomunhão notificada pelo P. Alfáro aos paulistas é o capitão André Fernandes. s ") E o mesmo se diz na declaração de Ventura Diaz, feita perante as autoridades de São Tomé, em 21 de Outubro de 1669. B1 ) Mas, a notificação pessoal da excomunhão, levada à paliçada bandeirante, foi recebi- da pelos capitães Francisco de Paiva, António Pedroso e João Raposo, pois parece que o caudilho principal da bandeira, André Fernandes, estaria ainda em Santa Teresa.


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2° de fonte(s) [21228]
“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
Data: 2014, ver ano (136 registros)

A excomunhão de Baltazar Fernandes

"...excomulgacion y censuras contra los portugueses que acometen a las reduciones de los nativos..." Este é o cabeçalho de um documento de fevereiro de 1638, assinado pelo padre Diego de Alfaro, da Companhia de Jesus, superior das reduções jesuíticas pertencentes ao Paraguai e comissário do Santo Ofício da Inquisição, que adverte "o capitão André Fernandes, Baltazar Fernandes, o capitão fulano Pedroso,o capitão Domingos Álvares e fulano Prieto y otros muchos portugueses y castelhanos, que estão aprisionando nativos cristãos - homens, mulheres, crianças e velhos - destruindo suas cabanas, sua alimentação e até matando-os. Invadem as igrejas e furtam os bens eclesiásticos".

Esse documento, cujo original se encontra na Biblioteca Nacional, foi entregue, na Redução da Candelária, pelos padres Pedro Romero e Juan Batista Hornos, notário apostólico, aos sertanistas Francisco Paiva e Antonio Pedroso, que se negaram a recebê-lo. Nesse momento, o padre Alfaro procedeu a leitura do documento em voz alta e inteligível, como relato o historiador Aurélio Porto, ordenando os sertanistas para que dentro de 24 horas saíssem do território do bispado da Prata e restituíssem os nativos maiores e menores, homens e mulheres que têm cativos, sob pena de excomunhão. Os sertanistas Paiva e Pedroso destruíram as citações, o que levou o padre Alfaro a confirmar a excomunhão.Mas vez compareceram os jesuítas ao acampamento dos sertanistas, anunciando a sua excomunhão, com o que não se preocuparam os paulistas, alegando que iriam recorrer.

Embora citados, no documento de excomunhão, André e Baltazar não se encontravam no local (Candelária). Já tinham iniciado a volta para São Paulo, trazendo grande número de nativos cativos.

Esse episódio é o único que estabelece uma relação entre Baltazar Fernandes e o padre Diego de Alfaro, advindo daí, talvez, o boato de que teria sido ele o matador do padre. Como se vê, esse fato ocorreu, em fevereiro de 1638, e o padre viria a morrer em combate em janeiro de 1639, 11 meses depois, algumas centenas de quilômetros distante dali.

A ausência de André e Baltazar Fernandes, em Candelária, onde fora lido o documento de excomunhão, é explicado por Aurélio Porto, na sua "História das Missões Orientais do Uruguai":

"Terminada a ocupação de Santa Tereza, mandou o caudilho André Fernandes, que um destacamento de 30 a 40 paulistas, apoiado por mais de 1.000 tupis e nativos amigos fossem assolar as reduções do Ijuí. Esse grupo, parece, teria por comandantes os sertanistas capitães Francisco de Paiva e Antonio Pedroso, se bem que outros paulistas de escol dele fizessem parte".

Efetivamente, foram esses dois bandeirantes, Paiva e Pedroso que, segundo documentação jesuítica, receberam a notícia de excomunhão das mãos dos jesuítas. [Páginas 118 e 119]


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