' Inventário e Testamento de Domingos / Capela de Utuguassu no campo de Parapetengui - 24/01/1653 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Inventário e Testamento de Domingos / Capela de Utuguassu no campo de Parapetengui
24 de janeiro de 1653, sexta-feira. Há 371 anos
SL 7º, 247, Cap 3º Capitão Domingos Fernandes, natural de S. Paulo, o fundador de uma capela no Utú Guassú (depois vila de Itú).

Foi casado com Anna da Costa f.ª de Belchior da Costa, natural de Portugal, falecido em 1625 com testamento em Parnaíba e de sua 1.ª mulher Izabel Rodrigues, n. p. de Manoel da Costa e de Beatriz Diniz; n. m. de Bartholomeu Fernandes e de Anna Rodrigues; faleceu o capitão Domingos Fernandes em 1652 com testamento em Parnaíba e teve: (C. O. de S. Paulo).

1-1 Anastacio da Costa
1-2 Thomé Fernandes da Costa
1-3 Felippe Fernandes Cabral
1-4 Izabel da Costa
1-5 Anna da Costa
1-6 Agostinha Rodrigues

Subsidios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)

Domingos Fernandes, filho de Manoel Fernandes e Suzana Dias, tronco dos Fernandes Povoadores da GP, natural de São Paulo onde seus pais eram moradores, falecido com testamento que recebeu o “cumpra-se” em 24-1-1653, casou com Ana da Costa com a qual teve os filhos relacionados na GP, aos quais podemos acrescentar algumas informações:

1. Anastácio da Costa, falecido em 1650 (SAESP vol. 13º, neste site) no inventário de seu pai em 1653 foi representado por sua mulher Catarina Diniz, que teve por procurador seu cunhado Sebastião Alves do Couto.

2. Tomé Fernandes da Costa, falecido em 1648 (SAESP vol. 38º, neste site). Aos filhos que constam da GP acrescente-se:

- Maria da Costa, filha natural havida em Lourença, do serviço da casa, alforriada por Ana da Costa e Domingos Fernandes.

3. Felipe Fernandes Cabral. Também era falecido e foi representado no inventario paterno por sua mulher Izabel Mendes (ou Correa) que teve por procurador seu irmão Miguel Gonçalves Correa.

Entre seus filhos,:

- Felipe Fernandes (SL 7º, 250, 2-4) onde não consta seu casamento com Maria Cubas, prima de José Alves.

- Acença Gonçalves Correa, com mais de 26 anos em 1676, quando ainda era tutelada por sua mãe.

- Maria Cabral, já casada em 1654 com Inácio Fernandes, não consta da GP

4. Izabel da Costa, em 1653 era viúva de Cristóvão Diniz (SAESP vol. 41º)

5. Ana da Costa, em 1653 estava casada em segundas com Antonio Rodrigues, já era falecida em 1676. Seu pai declara em testamento que foi primeiro casada com Pascoal Delgado o velho. (SAESP vol. 40º Pascoal Delgado Lobo, neste site)

6. Agostinha Rodrigues, era viúva em 1653, representada no inventário paterno por Guilherme Pompeu de Almeida.

Acrescente-se aos filhos de Domingos Fernandes:

7. Catarina, nascida em 1652, filha natural havida de Lucrécia, india livre, filha de Estácia da aldeia de Marumeri (esta casada com o moço Manoel).

Domingos Fernandes foi curador de Izabel, Antonio e Catarina de Oliveira, que se identificam com seus sobrinhos, filhos de Angela Fernandes e Antonio de Oliveira, falecido em 1613 (SL 7º, 257, cap 7º):

- Izabel era viúva em 1653 e tinha ao menos uma filha casada com Nuno Bicudo.

- Catarina aparentemente era solteira ou viúva sem filhos, sempre representada pelo genro da irmã

- Antonio se assinava Antonio de Oliveira Falcão. Comparar com: SL 7º, 237, 2-5 Ana Rodrigues de Torales, foi casada com Antonio de Oliveira Falcão; e SL. 1º, 17, 4-2 Antonia Gil foi casada com Antonio de Oliveira Falcão.

DOMINGOS FERNANDES

Inventário e Testamento - Vol 27, fls 69 a 120

Data: 24-1-1653

Juiz: Antonio Bicudo de Brito

Avaliadores: Francisco de Fontes e Manoel Pereira Farinha

Local: Vila de Santa Ana de Parnaiba, paragem de Utuguassu

Declarante: Manoel da Costa do Pino e Lourença, crioula da casa

TESTAMENTO

Eu, Domingos Fernandes, morador na Vila de Santa Ana da Parnaiba e residente neste Utuguassu, por me ver já velho e carregado de anos .....

Decidiu fazer seu testamento, encomendou a alma.

Declarou ser natural da Vila de São Paulo, filho legítimo de Manoel Fernandes e Suzana Dias, já defuntos, moradores que foram da dita vila.

Declarou que foi casado com Ana da Costa, filha de Belchior da Costa e Izabel Rodrigues, da qual teve seis filhos: Anastácio da Costa, Tomé Fernandes da Costa, casado com Ascensa da Pinha filha de João da Pinha, Felipe Fernandes Cabral, defunto, casado com Izabel Mendes, filha de João Mendes Geraldo, Izabel casada com Cristóvão Diniz, filho de Domingos Dias o moço, Ana da Costa casada com Pascoal Delgado o velho já defunto e hoje casada com Antonio Rodrigues, filho de Antonio Luiz Grou, Agostinha Rodrigues, casada com Domingos Dias Diniz defunto, filho de Domingos Dias o moço.

Declarou que mandou os filhos aviados por ele testador ao sertão donde trouxeram muitas peças das quais Tomé levou 12 para sua casa e aos demais ele testador deu menos. Pedia que se igualassem no numero de peças ou seu valor.

Declarou que as dívidas e deixas de sua defunta mulher foi pagando com o auxílio das peças que pertenciam a seus herdeiros por legítima materna, e que por isso tais peças não deveriam ser arroladas em seu próprio inventário.

Deu, por deixar sua mulher em testamento, uma moça à filha de Anastácio, outra à filha de Felipe e o resto levou Antonio Rodrigues de Almeida, marido de sua neta, filha de Domingos Dias Diniz.

Declarou ter uma filha (Catarina) de sete a oito meses, que houve de uma india livre, depois de viuvo (adiante está que era filha de Lucrécia, esta filha de Estácia, da aldeia de Marumeri e casada com o moço Manoel).

(A seguir um longo trecho em que explica a fundação da Capela de Utuguassu no campo de Parapetengui em conjunto com o genro Cristóvão Diniz, em honra a Nossa Senhora da Candelária, com capelão curado).

Faz da Capela a herdeira de sua terça e a seu neto Domingos Dias da Costa, o manco, seu padroeiro, por ser filho mais velho de Anastácio da Costa.

Seria padroeiro em conjunto com sua filha Izabel da Costa, e por morte dela, com seu filho mais velho.

Caso o neto seja falecido, seria sucedido por um de seus irmãos mais moços, Simão ou Manoel.

Deixou por seu testamenteiro Manoel da Costa do Pino, seu cunhado a quem também deixou por curador de sua filha natural Catarina e da neta Maria da Costa, filha natural de seu filho Tomé e de Lourença, negra da terra alforriada por sua mulher e que também ele deixava forra.

Testamento feito em presença de Francisco Sanches de Aguiar, seu cunhado.

Domingos Fernandes – Manoel da Costa do Pino

Testemunhas: Alberto Lobo Tinoco, Gabriel Ponce de Leon, João de Peralta, Miguel Gonçalves carrasco, Sebastião Alves do Couto, Salvador Ambrósio.

CUMPRA-SE: 24-1-1653 – Antonio Bicudo de Brito

HERDEIROS:

os filhos de Anastácio da Costa

Felipe Rodrigues Cabral

Tomé Fernandes da Costa

Ana da Costa

Agostinha Rodrigues

A menina Catarina

Seguem as avaliações

Entre as dívidas:

Devia 99$410 à viuva Izabel de Oliveira e sua irmã Catarina de Oliveira e seu irmão Antonio de Oliveira por ter sido seu curador o defunto Domingos Fernandes sem ter prestado contas.

Nuno Bicudo era procurador de sua sogra Izabel de Oliveira.

Citados às partilhas as filhas e noras:

· Izabel da Costa, viúva, assina por ela seu genro Custódio Bicudo

· Izabel Mendes, mulher que foi de Felipe Fernandes Cabral, assina por ela seu irmão Miguel Gonçalves Correa (mais adiante está que a irmã dele era Izabel Correa)

· Ascensa da Pinha, viúva de Tomé Fernandes da Costa, assina por ela seu cunhado Baltazar Carrasco dos Reis

· Catarina Diniz, mulher de Anastácio da Costa, por procurador seu cunhado Sebastião Alves do Coito

· Ana da Costa, por procurador Manoel Fernandes

· Agostinha Rodrigues, por procurador Guilherme Pompeu de Almeida

Aparece ainda:

· Assino por minha sogra e minha tia Catarina de Oliveira, Nuno Bicudo

· Como herdeiro, Antonio de Oliveira Falcão

· Pelas órfãs Maria e Catarina, seu curador Domingos Fernandes da Costa

Seguem pagamentos aos Oliveiras:

3-4-1654 - Miguel Gonçalves Correa, como curador de Maria Cabral, casada com Inácio Fernandes, requer a legítima por ser ela filha natural de Felipe Fernandes.

17-5-1662 – Domingos Fernandes da Costa dá conta do testamento de seu tio Manoel da Costa do Pino, que era responsável por mandar rezar 4 missas por ano na Capela.

Juntamente com seu primo João Diniz da Costa, administradores, pedem a remoção da Capela por não poderem morar em Ituguassu.

1-10-1676 – divisão das terras. Ana da Costa já falecida.

Chamados:

Tomé Fernandes da Costa e seus irmãos Domingos Fernandes da Costa, João da Penha, Manoel de Chaves, netos do inventariado.

Mais herdeiros:

Mateus Correa Leme, Diogo Tavares. Felipe Fernandes defunto C.c. Maria Cubas, sua irmã ou curador.

Citada: A viúva Izabel Mendes Geraldo, curadora de sua filha Ascensa Gonçalves Correa, herdeira do avô.

Izabel Mendes Cabral, neta

Procurador de Maria Cubas: José Alves, seu primo. [1]

24 Janeiro 1653 Testamento: Santana de Parnaíba, SP, Brasil, Em seu testamento, datado de 24 de Janeiro de 1653, Domingos declara: Eu, Domingos Fernandes, morador na vila de Santana do Parnaíba, e residente neste Utuguassu, por me ver já velho e carregado de anos, [...]. Declaro que mandei os filhos ao sertão, donde trouxeram muitas peças [índios], das quais Thomé levou 12 para sua casa, e aos demais dei menos. Peço que se igualem no número de peças ou seu valor. Declaro que as dívidas e deixas de minha defunta mulher fui pagando com o auxílio das peças que pertenciam a meus herdeiros por legítima materna, e por isso tais peças não devem ser arroladas em meu próprio inventário. Dei uma moça à filha de Anastácio, outra à filha de Felipe, e o resto levou Antonio Rodrigues de Almeida, marido de minha neta, filha de Domingos Dias Diniz. Declaro ter uma filha, Catharina, de sete a oito meses, que tive de uma índia livre, depois de viúvo. [2]

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