Henrique da Costa Baltazar, filho de Baltazar Gonçalves foram denunciados na Câmara
1 de abril de 1609, quarta-feira. Há 415 anos
A 3 de abril de 1609, Henrique da Costa, filho de Domingos Rodrigues, já falecido, e o moço Baltazar, solteiro, filho de Baltazar Gonçalves, pessoa da governança de São Paulo, foram denunciados na Câmara de serem os portugueses que apresavam índios carijós nômades no Atuahi, ação não permitida pelas leis e que poderia resultar em pena de 500 cruzados (200$000) e degredo de dois anos para seus infratores.
Notificado Baltazar Gonçalves do ocorrido, recebeu a intimação de reunir os índios apresados por seu filho e vizinho e deles fazer entrega ao alcaide Francisco Leão (ACCSP, II, 240).[1]
Aproximando-se o final do ano de 1611, Diogo de Quadros novamente providenciava uma entrada ao sertão. Fazia-o furtivamente, ocultando-se atrás da figura de Baltazar Gonçalvez. A Câmara, a princípio, não sabia de seu envolvimento, tendo apenas o conhecimento de que não poucas pessoas se preparavam para partir:
[...] muita gente, vizinhos e moradores desta vila, brancos e negros,iam ao sertão desta capitania dizendo que iam a descobrimentos ou àoutra parte ou a descer gentio e que não sabiam com que ordem e quenão era bem que se fizessem coisas semelhantes sem ordem, pelo muitoque importava a esta terra [...] (ACTAS DA CÂMARA, 1611, p. 296).Como se percebe, o próprio objetivo da entrada era obscuro. Nãose sabia ao certo se a leva ia à descoberta de minerais valiosos ou à caça deíndios.[2]