Baltazar Gonçalves esposa de Maria Alvares e o "Degredo"; está em São Paulo
2023. Há 1 anos
Fontes (2)
Aparentemente ainda morava em Santos em 1572 quando, “estante” em São Paulo em casa de Fernando Marques passou escritura ao cunhado Rodrigo Alvares.
E termina:
“Foi em casa dele que em 1572 Baltazar GONÇALVES e sua mulher Maria ALVES, estantes na vila, passaram escritura ao cunhado Rodrigo ALVARES, que não estava presente, de terras situadas em Santos, do espolio de Bartolomeu GONÇALVES. Creio que próximos laços de parentesco houvesse entre esses personagens e Fernando ALVARES”. [Américo de Moura (1881-1953). projetocompartilhar.org/Familia/ ClementeAlvares.htm consultado em 09.05.2022]
ASBRAP 3 processos Anchietanos, por Helio Abranches Viotti, S.J., 23, 8: Baltazar Gonçalves (ouvido a 5 abril 1622), agricultor, natural de Santos com c. de 78 anos, filho de Domingos Gonçalves e de Antonia Rodrigues. Era sogro de Clemente Alvares.Idem 32, 15, (ouvido a 9 dezembro 1627) com cerca de 87 anos. Seu cunhado Antonio Gonçalves.
Quem seria esse cunhado? Sardinha casou-se em Santos com Maria Gonçalves, filha de Domingos Gonçalves Sábado, 9 de Julho de 1555
Margarida irmã de Maria alvares. Casou 2ª vez em 1616 c. BELCHIOR FERNANDES (ou GONÇALVES), filho de Brás Gonçalves, o velho (INV. E TEST., XXX, 217) e des/m. Margarida Fernandes, esta irmã de Maria Alves, que depôs com seu marido Baltazar Gonçalves, o velho, nos processos de beatificação do Padre José de Anchieta, em 1622 e 1627 (vide revista da ASBRAP nº 5). [Revista da ASBRAP nº 6. Página 217]
Segundo uma informação que encontramos no “Povoadores do Campo de Piratininga” Bartolomeu Gonçalves faleceu antes de 1572 porque neste ano, diz Américo de Moura (1881-1953), Baltazar Gonçalves e Maria Alvares passaram uma escritura ao cunhado Rodrigo Alvares de terras pertencentes ao espólio de Bartolomeu. (Verbete transcrito abaixo). Rodrigo Alvares é identificado pelo mesmo autor como marido de Catarina Ramalho, filha de Bartolomeu. Isso parece indicar também que Baltazar foi herdeiro de Bartolomeu Gonçalves, confirmando a mudança do nome de Domingos para Bartolomeu. [Povoadores do Campo de Piratininga, Américo de Moura (1881-1953)]
“O dito Mestre Bartholomeu que na sua petição e muito títulos se acha com o nome de Bartholomeu Gonçalves primeiro se chamava Domingos Gonçalves em uma escritura da qual existe uma copia autentica no Arquivo do Carmo da Villa de Santos, Mas 22, n. 25, e também consta de outra Escritura lavrada a 2 de Janeiro de 1580 na Villa de Santos a qual ainda se conserva no fragmento de um livro do Cartório onde atualmente escreve o Ajudante José Pedrozo Carneiro Tabelião da Villa de Santos: eu ali copiei.” [Testamento de Clemente Alvares, projetocompartilhar.org consultado em 10.05.2022]
Citando o Pe. Simão de Vasconcelos, na vida do Pe. José de Anchieta, Antônio de Alcântara Machado (1901-1953) narra que no ano de 1570, dois moradores de S. Paulo “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo cometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros, que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”. Nessa ocasião Anchieta resolveu intervir conjurando o perigo. Obteve dos camaristas “salvo-conduto e perdão daqueles delinqüentes” [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 180]e em companhia do Pe. Salvador Rodrigues e do secular Manuel Veloso e de alguns índios desceu o Anhembi. A canoa em que iam, naufragou e o Pe. Anchieta foi salvo por um índio, e o lugar, que era encachoeirado, ficou a chamar-se Abaremanduava que quer dizer “cachoeira do Padre” (Cartas, Jesuíticas, vol. 3º, pág. 554).É esse sem dúvida o episódio referido pelo Padre Pedro Rodrigues na vida do Padre José de Anchieta (Anais da Biblioteca Nacional, vol. 29, pág. 219) quando conta que “sucedeu que dois homens, de consciências largas e de nome, temendo o castigo de suas grandes culpas, se levantaram e com suas famílias, se foram meter com os gentios inimigos pelo que, com razão, se temiam não viessem com poder de gente a destruir a capitania.Vendo o Pe. José que não havia contra esse perigo forças humanas e confiado só nas de Deus se determinou de ir em pessoa a buscar os alevantados e reduzi-los a obediência do seu capitão levando-lhes largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Pe. Vicente Rodrigues e outros homens e um índio esforçado”. Houve o naufrágio da canoa em que iam e o índio salvou o Pe. Anchieta, depois de dois mergulhos, que duraram meia hora debaixo d’água. Trouxe o Padre Anchieta os dois homens alevantados para a vila.Mas, daí a um ano, um desses homens (e que não é nomeado) “quis tornar ao sertão, mas o capitão recusou-lhe a licença, e por isso ele o maltratou por tal forma que um filho do capitão o matou a frechadas. O episódio do naufrágio foi posteriormente a 1572, quando Anchieta veio a S. Vicente com o Bispo D. Pedro Leitão e o Visitador da Companhia Pe. Ignácio de Azevedo. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Páginas 181 e 182]
1° de fonte(s) [24303] “Domingos Luiz Grou”. Américo de Moura (1881-1953), Jornal Correio Paulistano, página 4 Data: 15 de agosto de 1942, ver ano (90 registros)
Em verbete, Américo de Moura (1881-1953) descreve um Fernando Alvares, que comparece aqui e ali nas Atas da Camara de São Paulo em ajuntamentos, condenado ao degredo em 1572, revogado a pedidos já que era o único telheiro da vila.
Mas um dos arrolados por Silva Leme, Luiz Eanes, já era cidadão de São Paulo em 1572, ano em que, de seu casamento com Guiomar Rodrigues, de quem foi primeiro e não segundo marido, teve um filho homônimo.
2° de fonte(s) [27372] Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia Nº 8: Povoadores de São Paulo - Domingos Luís Grou (Adendas às primeiras gerações), consultado em 08.10.2022 Data: 8 de outubro de 2022, ver ano (261 registros)
Não obstante a maledicência de algumas pessoas (com omissão da defesa do acusado) nada se provou de matéria grave que resultasse em processo contra o sertanista, em sua prisão ou degredo. Retornando a S. Paulo em 1571 ou 1572, continuou a servir pouco tempo depois na governança. Em 1575, eleito no pelouro procurador do concelho, foi a 4 de fevereiro dispensado do cargo para acompanhar ao Cap. Mor Jerônimo Leitão na expedição do Dr. Antônio de Salema (governador da Repartição Sul do Brasil, com sede no Rio de Janeiro) movida contra os tamoios hostis, de Cabo Frio (ACCSP, I, 65). No ano seguinte, a 2 de novembro, foi nomeado almotacel (id., 108). Assinou as respectivas actas por abreviaturas e uma cruz (ver adiante).